Nota: Para outros significados, consulte Ibirapuera (desambiguação)

O Ibirapuera é um bairro nobre localizado na região centro-sul da capital paulista, no distrito de Moema, e cortado pela Avenida Indianópolis.

Ibirapuera
Bairro de São Paulo
Vista aérea do Ibirapuera a partir de Moema
Distrito Moema
Subprefeitura Vila Mariana
Região Administrativa Centro-Sul
Mapa

Limita-se com os bairros de: Paraíso, Vila Nova Conceição e Jardim Lusitânia e a região dos Jardins.

História

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Do tupi ybyrá (árvore) + pûer (velho) + o sufixo -a, formando o que na gramática do tupi é conhecido como uma composição atributiva. O -a ao final é o sufixo substantivador, e não faz parte do adjetivo pûer.
Tropas gaúchas acampadas na área do futuro Parque do Ibirapuera durante a Revolução Constitucionalista de 1932.

Topônimo

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Ibirapuera na língua tupi (ybyrá + pûer + -a) significa "árvores velhas"[1]. Era uma região alagadiça, que fora parte de uma aldeia indígena na época da colonização. No século XIX predominavam chácaras e pastagens na área, assim como nos futuros bairros vizinhos.

A primeira edificação da região foi construída em 1822, sendo uma sede de fazenda. Essas propriedades rurais perduraram até o ano de 1922, quando houve um loteamento da região, tornando-a urbana. O desenvolvimento do bairro ocorreu na década de 1940, quando houve a construção da Avenida Santo Amaro, em substituição à antiga estrada de rodagem que ligava o então município Santo Amaro à cidade de São Paulo.[2]

O nome Ibirapuera é usado pelo subdistrito formado em 1935, quando o município de Santo Amaro foi incorporado. Compreendia o distrito policial do Brooklin. Originalmente se estendia do Morumbi ao Jabaquara. Em 1964 foi criado o subdistrito do Jabaquara, que se formou com parte do subdistrito da Saúde e parte do subdistrito do Ibirapuera. Em 1991, houve a nova divisão da cidade em distritos. Permaneceu a divisão anterior nos cartórios de registro civil. O subdistrito do Ibirapuera se estende desde o Real Parque e a Fazenda Morumbi no Morumbi, incluindo o Brooklin e o Campo Belo, até parte da Vila Guarani e do Parque Jabaquara, no Jabaquara.[2]

A partir da inauguração do Parque Ibirapuera no ano de 1954, durante o IV Centenário da cidade, houve a edificação de importantes pontos do município no bairro, tais como: o Comando Militar do Sudeste, o Ginásio do Ibirapuera e a Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo, além de marcos históricos, a exemplo do Obelisco dos Revolucionários de 1932 e do Monumento às Bandeiras.

Atualidade

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Fontes do parque homônimo, ao fundo o Palácio 9 de Julho e o panorama dos edifícios do bairro.

Sua área é ocupada majoritariamente por grandes equipamentos públicos, como: o Parque do Ibirapuera, o Instituto de Cardiologia Dante Pazzanese, a Assembleia Legislativa de São Paulo e o Complexo Esportivo Constâncio Vaz Guimarães, além de grandes áreas institucionais, como: o Círculo Militar, o Instituto de Engenharia, o Comando Militar do Sudeste, o Forte do Ibirapuera, dentre outros.

O uso residencial está restrito a algumas quadras do bairro, onde destacam-se edifícios de alto-padrão, sendo uma "Zona de Valor A", classificação do CRECI, tal como: Real Parque, Jardim América e Perdizes.[3] Estes edifícios concentram-se nas proximidades das ruas: Curitiba, Joinville, Tumiaru e Pirapora.

Devido às suas instituições culturais Ibirapuera é um bairro turístico, e sedia um museu, o Museu de Arte Contemporânea de São Paulo, que foi instalado no antigo Detran.[4]

Bibliografia

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  • Villaça, Flávio (1998). Espaço intra-urbano no Brasil. São Paulo: Studio Nobel. pp. 107–108 
  • Ponciano, Levino (2001). Bairros paulistanos de A a Z. São Paulo: SENAC. pp. 107–108. ISBN 8573592230 
  • ROBRAHN-GONZÁLEZ, Erika Marion (2010). Contexto Histórico do Bairro do Ibirapuera, SP Programa de Gestão do Patrimônio Arqueológico, Histórico e Cultural ed. São Paulo: Prefeitura de São Paulo. pp. 1–25 
  • PRADO, João F. de Almeida (2005). A história e a formação do bairro do Ibirapuera em São Paulo Revista de História Paulistana, v. 8, n. 2 ed. São Paulo: Secretaria Municipal de Cultura. pp. 45–60 
  • CALÓGERAS, João Pandiá (2008). O bairro do Ibirapuera: história e urbanização Revista Arquivo Histórico Municipal, v. 12, n. 3 ed. São Paulo: Prefeitura de São Paulo. pp. 33–50 
  • SILVA, Mariana Almeida (2016). A geografia do bairro do Ibirapuera: um estudo sobre urbanização e lazer Revista Estudos Paulistanos, v. 15, n. 1 ed. São Paulo: Universidade Presbiteriana Mackenzie. pp. 22–40 
  • ZUNINO, Hugo (2017). O Parque Ibirapuera e seu entorno: história e geografia de um bairro icônico Revista Scripta Nova, v. 20, n. 518 ed. São Paulo: Universidade de São Paulo. pp. 1–20 

Referências

  1. Navarro, Eduardo de Almeida (2013). Dicionário de Tupi Antigo: a língua indígena clássica do Brasil. São Paulo: Global. 566 páginas 
  2. a b História do Bairro
  3. «Pesquisa CRECI» (PDF). 11 de julho de 2009. Consultado em 2 de agosto de 2009. Arquivado do original (PDF) em 6 de julho de 2011 
  4. Goldman vistoria obras do Museu de Arte Contemporânea
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