Moita (Marinha Grande)
Moita é uma povoação portuguesa sede da Freguesia de Moita do Município da Marinha Grande, freguesia com 7,81 km² de área[1] e 1296 habitantes (censo de 2021)[2], tendo, por isso, uma densidade populacional de 165,9 hab./km².
Moita
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Freguesia | |
Localização | |
Localização de Moita em Portugal | |
Coordenadas | 39° 42′ 14″ N, 8° 56′ 44″ O |
Região | Centro |
Sub-região | Região de Leiria |
Distrito | Leiria |
Município | Marinha Grande |
Código | 101003 |
Administração | |
Tipo | Junta de freguesia |
Características geográficas | |
Área total | 7,81 km² |
População total (2021) | 1 296 hab. |
Densidade | 165,9 hab./km² |
Sítio | http://www.moita.freguesias.pt |
A freguesia foi criada pela Lei n.º 114/85[3] de 4 de outubro, no Município de Alcobaça, com lugares da freguesia de Pataias. Até 12 de julho de 2001, fazia parte deste município, tendo então passado a integrar o da Marinha Grande.
Demografia
editarA população registada nos censos foi:[2]
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Distribuição da População por Grupos Etários[5] | ||||
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Ano | 0-14 Anos | 15-24 Anos | 25-64 Anos | > 65 Anos |
2001 | 236 | 202 | 790 | 190 |
2011 | 220 | 168 | 786 | 249 |
2021 | 130 | 149 | 701 | 316 |
História
editarDe todos os lugares nascidos ao redor do pinhal real, a Moita é seguramente a povoação que mais atribulações e indefinições administrativas sofreu ao longo da sua história. Com o avançar do século XVIII perderia a relativa importância que detivera como vintena.
Encravada nos confins dos concelhos de Alcobaça e Leiria, chegou a incorporar o primeiro concelho da Marinha Grande, entre 1836 e 1838, que integrava a freguesia de Carvide e a Moita. Retornou a Alcobaça, anexada à Junta da Paróquia de Pataias, após ter pertencido durante algum tempo à Paróquia da Maceira, devido à extinção do concelho da Marinha Grande, em 1838.
Durante anos, a Moita reivindicou a sua libertação do concelho de Alcobaça, tendo as lutas populares com vista à sua reintegração no município marinhense acontecido nas décadas de 30, 40 e 70. Pretendia-se a salvaguarda dos interesses dos moitenses, dadas as afinidades existentes no quotidiano com a Marinha Grande e o implícito afastamento com a sede do concelho a que pertencia, aos mais diversos níveis.
Face à realidade existente, era necessário uma tomada de posição que desse cobertura legal ao que já se verificava na prática e daí o pugnar pela integração da Moita no município da Marinha Grande. Em 1999 é, constituída uma comissão que englobava cidadãos das mais diversas profissões e ideologias políticas, denominada "Amigos da Moita". A comissão, criada com o objetivo de elaborar um documento reivindicativo do que consideravam ser o mais elementar e legítimo direito, era presidida por José Vicente Rosa. A 19 de abril de 2001, os protestos e exigências dos moitenses são finalmente atendidos na Assembleia da República, ficando a Moita a pertencer oficialmente ao município da Marinha Grande, desde o dia 12 de julho de 2001, na sequência da publicação da Lei n.º 28/2001 no Diário da República n.º 160 I série A.[6]
O anseio dos moitenses acabou por ser satisfeito ao fim de 163 anos.
A primeira freguesia a ser desanexada de um município depois de 25 de Abril de 1974, comemorou a sua reintegração no município marinhense, em ambiente de alegria.
A festa de cariz popular, que assinalou a passagem oficial, ocorreu a 9 de setembro de 2001, tendo o evento sido promovido pela Câmara Municipal da Marinha Grande, Junta de Freguesia da Moita, Comissão "Amigos da Moita" e Clube Desportivo Moitense.
Atividades Económicas
editarA evolução e o progresso da Moita são notórios, sendo hoje uma terra pujante de vida e de força, graças à sua indústria – principal sustentáculo económico – dispersa por um conjunto de atividades, onde predomina a tecnologia de ponta em áreas diversas como os moldes, aços, plásticos, móveis e onde chegou a existir uma fábrica de CDs (Sonovis, em processo de insolvência), a par de outras de menor pujança.
Embora o setor primário tenha pouco peso, no que diz respeito à economia local, a prática da agricultura é bastante notória, ainda que praticada em regime de autoconsumo pelas famílias residentes. Na maior parte das habitações, o espaço destinado ao cultivo e/ou à criação de aves assume especial relevo, principalmente entre a camada etária mais idosa.
Referências
- ↑ «Carta Administrativa Oficial de Portugal CAOP 2013». descarrega ficheiro zip/Excel. IGP Instituto Geográfico Português. Consultado em 10 de dezembro de 2013. Arquivado do original em 9 de dezembro de 2013
- ↑ a b Instituto Nacional de Estatística (23 de novembro de 2022). «Censos 2021 - resultados definitivos»
- ↑ Diário da República - http://dre.tretas.org/dre/182081/
- ↑ Instituto Nacional de Estatística (Recenseamentos Gerais da População) - https://www.ine.pt/xportal/xmain?xpid=INE&xpgid=ine_publicacoes
- ↑ INE. «Censos 2011». Consultado em 11 de dezembro de 2022
- ↑ «Lei n.º 28/2001, de 12 de julho». Diário da República. Consultado em 17 de agosto de 2024