Spider-Man 2099, (Brasil: Homem-Aranha 2099 ) foi uma versão do super-herói Homem-Aranha criada no ano de 1992 por Peter David e Rick Leonardi para a Marvel Comics. Foi um dos primeiros super-heróis do que viria a ser o universo Marvel 2099, uma dimensão futurista distópica e cyberpunk, diferente do ambiente dos super-heróis da linha editorial Marvel tradicional. Miguel O'Hara é o primeiro personagem latino-americano a assumir a identidade de Homem-Aranha. As publicações da revista foram canceladas devido à baixas vendas em 1996, marcando o fim do personagem.

Homem-Aranha 2099
Informações gerais
Primeira aparição The Amazing Spider-Man #365 (agosto de 1992)
Spider-Man 2099 #1 (aparição completa)
Criado por Peter David
Rick Leonardi
Editora Marvel Comics
Informações profissionais
Afiliações atuais Exilados

Em 2014, o roteirista Dan Slott decidiu reviver o personagem na revista Homem-Aranha Superior, onde O'Hara volta para o ano de 2014 e encontra Peter Parker (cujo corpo estava sob domínio de Otto Octavius). Posteriormente o personagem recebeu sua própria revista spin-off, que durou por pouco tempo.[1]

Biografia ficcional

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Miguel O’Hara, o herói aracnídeo do futuro, não ganhou seus poderes nos tempos de colégio. Além disso, nas histórias, a angústia adolescente não foi um tema explorado. Já adulto, trabalhava como chefe de um projeto de aprimoramento genético da Alchemax, inspirado nas capacidades do Homem-Aranha original.

O’Hara teve o destino drasticamente alterado após um trágico experimento que visava ampliar a força de um condenado, usado como cobaia. O resultado foi a morte desse indivíduo. Decidido a abandonar a companhia, Miguel foi logrado pelo magnata Tyler Stone, que o contaminou com um alucinógeno chamado Êxtase. Uma vez ingerida, a substância tornava a pessoa tão dependente quanto o oxigênio.

O’Hara parecia não ter escolha a não ser se submeter ao jogo da nefasta Alchemax. Como havia usado seu próprio código genético em algumas experiências, decidiu fazer uso do material para reestruturar sua estrutura molecular e assim livrar-se da dependência do Êxtase. Teria funcionado, se seu superior Aaron não interferisse, misturando a programação de O’Hara com os códigos do Projeto Aranha. Saído de uma câmara de visual diferente, o transformado Miguel já revelou que seus poderes, também, não eram exatamente os mesmos de Peter Parker.

A força e a agilidade, iguais às de uma aranha, continuavam as mesmas. Daí para frente, o Aranha do futuro herdou um pouco mais de um aracnídeo genuíno. Garras retráteis brotavam de suas mãos e pés, sua visão tornou-se mais sensível, o fluido de teia era produzido em seus antebraços e lançado naturalmente e nasceram ainda peçonhas capazes de inocular veneno.

Se Peter Parker pensou de início em ganhar dinheiro com seus poderes e em combater o mal apenas após o assassinato do Tio Ben, Miguel O’Hara não teve as mesmas oportunidades e já foi obrigado, de início, a lutar por sua sobrevivência. Trajando roupa de moléculas instáveis azul com caveira aracnídea estampada na frente, tecido ultraleve colado para planar nas correntes de vento o que viria a ser o uniforme do novo herói o Aranha 2099 teve como primeiro desafio o superciborgue Risco, contratado da Alchemax para capturá-lo.

Tudo o que Miguel não queria era virar super-herói. Pretendia se livrar de suas habilidades sobre-humanas o mais rápido possível. Para mostrar como sua atitude começou a mudar, é necessária uma rápida apresentação do elenco que marcou a série. Gabriel O’Hara, o irmão de Miguel, tinha o hábito pouco saudável de se envolver com mulheres problemáticas. Quando sua namorada Kasey, uma despojada terrorista, é capturada pela Alchemax, cabe a Miguel resgata-lá , na cena em que apareceu, pela primeira vez, em 2099 o sagrado mantra com grande poder, vem grande responsabilidade. Para resgatá-la, o Homem-Aranha do futuro enfrenta um samurai da Stark-Fujikawa e oficiais do Olho Público. Depois cai no misterioso submundo, onde encontra e enfrenta o canibal Abutre.

O’Hara começava assim a se dar conta da importante responsabilidade que deveria assumir. De volta à cidade alta, descobre que seus atos estavam contagiando o povo, quase criando uma nova religião, com pessoas vestindo trajes similares ao seu e que se chamavam aracnitas. Quando visita sua mãe no asilo Lar Vale Feliz, relembra a relação complicada com o pai e vê o quanto ela admira o Aranha. O novo super-herói renasce, agora convicto de sua missão.

Outras mídias

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Publicação no Brasil

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Em outubro de 1993, o personagem ganhou um título próprio em formatinho[2] pela Abril Jovem. A revista durou 39 números[3] e no número 35 foi publicado o crossover entre Miguel O'Hara e Peter Parker, o Homem-Aranha original.[4]

Ver também

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Referências

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  1. Robinson, Bryan (16 de Agosto de 2011). «Remembering the First – and Forgotten – Latino Spider-Man». Fox News Latino. Consultado em 16 de Agosto de 2011. Arquivado do original em 20 de agosto de 2011 
  2. Marcelo Miranda. «MARVEL ESPECIAL # 18 - MARVEL 2099». Universo HQ. Arquivado do original em 22 de julho de 2010 
  3. Heitor Pitombo (junho de 2007). «Marvel - 40 Anos de Brasil». Revista Crash (5). Editora Escala. pp. 15 a 21. ISSN 1980-8739 
  4. Marcus Vinicius de Medeiros (22 de maio de 2002). «Homem-Aranha 2099». Omelete. Arquivado do original em 22 de abril de 2009 

Ligações externas

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