Joana d'Arc de Luc Besson

filme de 1999 dirigido por Luc Besson

Joana d'Arc de Luc Besson[4][5][6][7] (em francês: Jeanne d'Arc; em inglês: The Messenger: The Story of Joan of Arc) é um filme francês, feito em língua inglesa, de 1999, do gênero drama biográfico, dirigido por Luc Besson. Foi gerenciado pela Gaumont e distribuído pela Columbia Pictures e pela Sony Pictures Entertainment e produzido por Patrice Ledoux e a trilha sonora é de Éric Serra.

Joana d'Arc de Luc Besson
Jeanne d'Arc
Joana d'Arc de Luc Besson
Cartaz do filme
 França
1999 •  cor •  158 min 
Género drama biográfico
Direção Luc Besson
Roteiro
Elenco Milla Jovovich
Dustin Hoffman
Faye Dunaway
John Malkovich
Música Éric Serra
Idioma inglês
Orçamento US$ 60 milhões[1][2]
Receita US$ 67 milhões[3]

Acabou sendo um fracasso de crítica e público.

Sinopse

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Em 1412, nasce em Domrémy, na França, uma menina chamada Joana. Ainda jovem, ela desenvolve uma tão intensa e fora do comum que fazia se confessar várias vezes por dia.

Eram tempos muito difíceis, pois a Guerra dos Cem Anos com a inimiga de sempre Inglaterra prolongava-se desde 1337. Em 1420, Henrique V e Carlos VI de França assinam o Tratado de Troyes, declarando que após a morte do rei, a França pertencerá a Inglaterra. Todavia, ambos os reis morrem e Henrique VI é o novo rei dos dois países rivais, mas tem poucos meses de idade e Carlos, o delfim de França, não deseja entregar de mãos beijadas o seu reino a uma criança.

Desta forma, os ingleses invadem o país e ocupam Compiègne, Reims e Paris, com o rio Loire conseguindo deter o avanço dos invasores. Carlos foge para Chinon, mas ele quer é ir para Reims, onde por tradição os soberanos franceses são coroados, mas como os ingleses dominam toda a região envolvente, isto torna-se um problema grave para ser contornado. Até que aparece Joana que, além de se autointitular a "Donzela de Lorraine" tinha uma determinação e fé inabalável e dizia que estava numa missão divina para libertar a França da opressão dos ingleses.

Desesperado por uma solução, o delfim aceita lhe dar um exército, com o qual ela consegue recuperar a cidade de Reims, onde o delfim é coroado rei. Mas se finalmente para ele os problemas tinham acabado, para Joana seria o início do fim.

Elenco

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Contexto histórico

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Joana d'Arc é contemporânea da Guerra dos Cem Anos, longa disputa entre Inglaterra e França. Heroína dessa guerra, foi presa pelos borguinhões e condenada à fogueira por prática de bruxaria. Contudo, cinco séculos depois, o processo que a condenou foi invalidado e ela foi canonizada como santa pelo Papa Bento XV.

Precisão histórica

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A cena em que Joana testemunha o assassinato e o estupro póstumo de sua irmã por soldados ingleses em sua aldeia é inteiramente uma construção fictícia.[2][8][1] Joana e sua família fugiram de sua aldeia antes que ela fosse atacada[9] e na verdade foi atacada pelos borgonheses, não pelos ingleses.[1] No filme, Joana é vista tendo visões quando criança; na verdade, Joana afirmou que essas visões começaram por volta dos 13 anos. Ela também é vista encontrando sua espada em um campo quando criança, enquanto, historicamente, ela foi descoberta muitos anos depois em sua jornada para Chinon.[8] Filipe o Bom é retratado como irreligioso, quando na verdade era um católico devoto.[10]

Hayward dá crédito a Besson por mostrar a colaboração entre os borgonheses e os ingleses com mais precisão do que cineastas anteriores.[1] Muitas falas durante as cenas do julgamento de Joan foram retiradas literalmente da transcrição real do julgamento de Joan.[2] Joana é mostrada recebendo os dois ferimentos que recebeu na vida real (uma flecha acima do peito e uma flecha na perna), e o filme inclui alguns dos relatos do século XV associados a Joana, como a capacidade de reconhecer Carlos VII entre um grupo de seus cortesãos em Chinon.[2] O exame da virgindade de Joana foi um verdadeiro teste que Joana teve que completar para provar seu mérito.[2]

Recepção

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Bilheteria

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O filme arrecadou US$14,276,317 nos Estados Unidos, além de mais US$ 52,700,000 arrecadados no restante do mundo, com um faturamento total de US$ 67 milhões, bem abaixo do esperado.[3]

Crítica

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The Messenger dividiu a opinião dos críticos. No site Rotten Tomatoes, o filme tem uma média de 32% de aprovação, baseado em 76 críticas. O consenso afirma: "A narrativa pesada desmorona sob seu próprio peso."[11] Já no Metacritic, o filme tem uma pontuação de 54, com base em 33 resenhas, indicando recepção "mista ou média".[12]

Prêmios e indicações

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Prêmio César 2000 (França)

  • Venceu nas categorias de melhor figurino e melhor som.
  • Indicado nas categorias de melhor filme, melhor diretor, melhor desenho de produção, melhor canção, melhor edição e melhor fotografia.

Referências

  1. a b c d Hayward, Susan; Powrie, Phil (2009). The Films of Luc Besson: Master of Spectacle. Manchester: Manchester University Press. p. 164. ISBN 978-0-7190-7029-7 
  2. a b c d e Aberth, John (2012). A Knight at the Movies. [S.l.]: Taylor & Francis. pp. 257–298. ISBN 978-1-135-25726-2 
  3. a b «The Messenger: The Story of Joan of Arc (1999)». Box Office Mojo. Consultado em 21 de novembro de 2014. Cópia arquivada em 19 de janeiro de 2016 
  4. Joana d'Arc de Luc Besson no CinePlayers (Brasil)
  5. Joana d'Arc de Luc Besson no AdoroCinema
  6. Joana d'Arc de Luc Besson no DVDPT (Portugal)
  7. Joana d'Arc de Luc Besson no SapoMag (Portugal)
  8. a b Studies in Medievalism XII: Film and Fiction: Reviewing the Middle Ages. [S.l.]: D.S. Brewer. 23 de janeiro de 2003. pp. 40–46. ISBN 978-0-85991-772-8 
  9. Haydock, Nickolas (Verão de 2007). «Shooting the Messenger: Luc Besson at War with Joan of Arc». Exemplaria. 19 (2): 243–269. doi:10.1179/175330707X212859 
  10. Van Loo, Bart (2020). De Bourgondiërs. Amsterdam: De bezige bij. 228 páginas. ISBN 9789403139005 
  11. «The Messenger: The Story of Joan of Arc». Rotten Tomatoes. Consultado em 27 de dezembro de 2022 
  12. «The Messenger: The Story of Joan of Arc». Metacritic. Consultado em 21 de novembro de 2014 
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