Viana (Maranhão)
País | |
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Unidade federativa | |
Área |
1 162,49 km2 |
Altitude |
13 m |
Coordenadas |
População |
51 442 hab. () |
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Densidade |
44,3 hab./km2 () |
Gentílico |
vianense vianense |
Estatuto |
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Prefixo telefônico |
98 |
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Viana é um município brasileiro localizado na Baixada Maranhense, estado do Maranhão. Sua população em 2022 foi estimada pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) em 51.442 habitantes,[1] distribuídos em 1.166,745 km² de área. A cidade de Viana é a quarta mais antiga do Maranhão e teve sua origem na aldeia Guajajara de Maracu, que começou a ser povoada pelos missionários da Companhia de Jesus em 1683. Seu nome é uma homenagem à cidade portuguesa de Viana do Castelo.
Hoje, por força de seu grande desempenho nos setores do comércio e da prestação de serviços, Viana ocupa a posição de segundo maior centro político, cultural e populacional da Região da Baixada Maranhense. É também o principal polo da região de planejamento dos Lagos maranhenses. Considerada uma capital subregional de alta influência na região.
A cidade de Viana é uma das mais importantes do Maranhão. É um centro comercial que conta com lojas de móveis e eletrodomésticos, casas lotéricas, restaurantes, distribuidoras de alimentos, farmácias, óticas, hotéis, clínicas particulares, lojas de vestuário, lojas do ramo agropecuário, lojas de revenda de motocicletas, lojas de autopeças, padarias, mercado público (conhecido como feira da Barra do Sol), correspondentes bancários e financeiras, vários açougues, salões de beleza, escolas privadas, pizzarias e praça de alimentação. Além de contar com agências do Banco do Brasil, Caixa Econômica Federal, Bradesco e Banco do Nordeste.
Viana é a segunda maior cidade da região da Baixada Maranhense. É o principal centro comercial e de serviços da Região dos Lagos Maranhenses. Seu centro comercial encontra-se em pleno desenvolvimento atraindo empresas de médio porte, como Grupo Mateus( Camino Supermercados), Lojas Noroeste, Óticas Diniz, Lojas Americanas e Lojas TopFama.
A cidade é também conhecida pelos epítetos de Rainha da Baixada Maranhense e Cidade dos Lagos, atributos que fazem de Viana um dos municípios mais tradicionais do Maranhão. Seu principal ponto turístico é o Parque Dilú Melo.
História
editarA região era habitada pelos índios guajajaras na época da chegada dos europeus. Na segunda metade do século XVII, os jesuítas fundaram a Missão de Conceição de Maracu, deslocando para aquele local certo número de índios procedentes da aldeia do Itaqui. Mas, ao que parece, somente em princípios do século seguinte os padres da Companhia de Jesus se estabeleceram na região, edificando, na extremidade de "um esporão de terra firme que avança entre a lagoa e uma das suas enseadas", uma igreja sob a invocação de Nossa Senhora da Conceição. Há, também, notícias relativas à exploração de minas de ouro para as bandas do rio Turi.
Aos padres jesuítas vieram juntar-se posteriormente, sob os auspícios da administração pública, alguns colonos portugueses que, acompanhados de grande número de escravos negros, se localizaram na sede da aldeia e em outros pontos, dedicando-se ao comércio e à agricultura.
Em 8 de julho de 1757, foi criada a vila, com a denominação de Viana, pelo governador da Capitania, Gonçalo Pereira Lobato e Sousa, que ali compareceu acompanhado de outras autoridades. Em nome do governo português, o governador tomou posse da vila e de todos os bens a ela pertencentes, conforme a relação que lhe foi apresentada pelo padre Manuel das Neves, da Companhia de Jesus, missionário que administrava a antiga aldeia, assistido pelo padre José Rancone, como procurador do seu colégio. Pelo mesmo governador foi concedida à vila, em 30 de outubro de 1759, uma légua de terra em quadra para o seu patrimônio. A título de indenização, por ser a doação parcialmente alagadiça, ser-lhe-ia concedida mais tarde nova porção de terra, contígua ao antigo patrimônio. Também em 1759, a Coroa Portuguesa concedeu 14,5 mil hectares de terra aos índios gamelas, como sesmaria.[2]
Em 1768, o governador Joaquim de Melo e Póvoas, relatando à coroa portuguesa a viagem que fizera ao interior da Capitania, informava haver estado em Viana, achando excelente a sua situação. Encontrara uma "boa igreja, suficiente casa de câmera e uma forte cadeia". Visitou a escola, que "estava muito bem provida de rapazes", dos quais "alguns escrevem bem". Ainda de acordo com o depoimento do governador, a vila dispunha de boas casas, embora todas cobertas de palha, e de uma boa olaria, tendo ele ordenado que as casas em construção e as que de futuro se levantassem fossem cobertas de telhas, ajudando-se os moradores uns aos outros.
Provida de paróquia desde 1757, quando cessou a jurisdição temporal e secular dos missionários regulares que administravam a Missão, a vila passou a ser assistida espiritualmente por vigários designados pelo bispado.
Em 1820, contava a localidade uma grande praça, cinco ruas e algumas travessas, com 137 fogos e 843 almas, em cujo número se incluíram aproximadamente 400 índios domesticados.
Elevação a cidade
editarA Lei provincial n.° 377, de 30 de junho de 1855, elevou a vila à categoria de cidade. Pela divisão territorial vigente em 1.° de janeiro de 1958, o Município compõe-se de apenas um distrito, o do mesmo nome.
Vianenses notórios
editarComunidades quilombolas
editar- São Cristóvão[3]
Referências
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- ↑ Madeiro, Carlos (2017) "Luta de meio século contra grilagem explica violência na disputa por terras no MA"; UOL notícias, 5 de maio de 2017.
- ↑ SALES, Lea Rocchi. Aprendendo a ser negro: reinterpretações acerca da identidade étnica em São Cristóvão - MA. 2007. 111 f. Tese (Mestrado em Antropologia Social)-Universidade de Brasília, Brasília, 2007.