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Relatório Cinética

O documento descreve um experimento para determinar a energia de ativação de uma reação química iônica em meio aquoso através da lei de Arrhenius. A reação foi realizada em diferentes temperaturas e os dados obtidos foram usados para calcular a constante de velocidade e traçar um gráfico de lnK versus 1/T, permitindo determinar a energia de ativação.

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Relatório Cinética

O documento descreve um experimento para determinar a energia de ativação de uma reação química iônica em meio aquoso através da lei de Arrhenius. A reação foi realizada em diferentes temperaturas e os dados obtidos foram usados para calcular a constante de velocidade e traçar um gráfico de lnK versus 1/T, permitindo determinar a energia de ativação.

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Cintica Qumica Lei de Arrhenius

Disciplina: Fsico-Qumica
Professora: Isabel Rigolli
Aluna: Mirella Botelho de A. Lisboa








Salvador, Ba
Maio, 2012
1. Objetivo:

Determinar a energia de ativao de uma reao qumica inica em meio aquoso.

2. Introduo:

A cintica qumica o ramo da cincia que estuda a velocidade das reaes
qumicas, os fatores que as influenciam e o mecanismo pelo qual elas ocorrem. A
velocidade de uma reao est relacionada com as concentraes dos reagentes, seus
estados fsicos e se esto em soluo ou no, bem como com a temperatura, presso e
a presena ou no de catalisadores. Possui uma importncia ampla, visto que trata de
temas como, por exemplo, a rapidez com que um medicamento atua no organismo.
De acordo com a teoria das colises, para que uma reao qumica acontea
entre as substncias envolvidas necessrio fornecer certa quantidade de energia,
geralmente na forma de calor, que favorea o encontro (orientao adequada) e a
coliso entre suas molculas. Essa energia tambm necessria para romper ligaes
qumicas existentes entre os tomos de cada substncia permitindo, desse modo, a
formao de outras ligaes qumicas e a sntese de uma substncia nova, conhecida
como o produto da reao em questo.
Essa energia inicial necessria para que a reao comece a acontecer
chamada de energia de ativao e corresponde diferena de energia entre os
reagentes e o pico de mxima energia, estado de transio, no qual as espcies
encontram-se no mximo alongamento possvel entre elas (complexo ativado -
deformao mxima das molculas). Vale ressaltar que a energia de ativao no
depende da temperatura e sim das espcies envolvidas na reao qumica.

Diagrama de energia de uma reao qumica.

A equao de Arrhenius, proposta pelo qumico sueco Svante Arrhenius,
fornece a relao entre a energia de ativao e a velocidade na qual uma reao
qumica processada.


ou



Onde:
K = constante de velocidade
A = constante pr-exponencial
Ea = energia de ativao
R = constante universal dos gases (R=8,314 JK
-
mol
-1
)
T = temperatura
De acordo com a teoria cintica dos gases, o fator

representa a frao de
molculas com a quantidade de energia mnima necessria para que a reao ocorra. A
constante pr-exponencial A representa o nmero de choques totais e a constante
de velocidade K representa o nmero de choques efetivos.
A energia de ativao de uma reao qumica ento determinada
experimentalmente por meio da realizao da reao em temperaturas diversas e
posterior elaborao do grfico de lnK versus T
-
que resultar em uma reta na qual a
sua inclinao corresponde tal energia de ativao.

3. Fundamentao terica:

O experimento consiste nas seguintes equaes que representam as reaes
qumicas:
1
2 2
2 8 2 4
2 2
K
Amido
I S O I SO

+ +
reao-problema de segunda ordem

Mantendo constante a concentrao do on iodeto, a reao acima torna-se de
pseudo primeira ordem, tendo-se:
em que K=K*I
-
].

Para manter constante e controlada a concentrao do on iodeto, este ser
regenerado pela reao entre o on tiossulfato e o iodo resultante da oxidao do
iodeto pelo persulfato:

2
2 2
2 2 3 4 6
2 2
K
Amido
I S O I S O

+ +
reao competitiva

Realiza-se o experimento a diferentes faixas de temperaturas e mede-se o
tempo necessrio para que a reao ocorra, ou seja, no ponto de virada para o amido,
adicionado como indicador.
Para a obteno dos dados utiliza-se a lei da velocidade, onde:

K = t
-1
ln([S
2
O
8
2-
]o/[ S
2
O
8
2-
])

E a relao entre a variao de concentrao:
2
2 8 2 3 1
2
S O S O
t t

( ( A A

=
A A


Conhecendo-se as concentraes iniciais de iodeto de potssio e de tiossulfato
de sdio, encontra-se o valor de K para diferentes temperaturas, elaborando a curva e
determinando e energia de ativao.



4. Materiais e reagentes:
Tubos de ensaio (~ 100cm, no mnimo)
Basto de vidro
Cronmetro de celular
Mquina de resfriamento de gua
Solues de:
. Iodeto de potssio 0,5 mol.L
-

. Persulfato de potssio 0,01 mol.L
-

. Tiossulfato de sdio 0,01 mol.L
-

. Amido


5. Procedimento experimental:

1 Colocou-se 20,0 mL da soluo de iodeto de potssio e 10,0 mL da soluo de
tiossulfato de sdio em um tubo de ensaio.

2 Em outro tubo de ensaio colocou-se 20,0 mL da soluo de persulfato de potssio e
algumas gotas da soluo de amido.

3 Os dois tubos de ensaio foram colocados no banho. 5 minutos foram aguardados
para que as solues entrassem em equilbrio trmico com o banho.

4 Adicionou-se rapidamente a soluo do primeiro tudo soluo do segundo,
acionando simultaneamente o cronmetro do celular. Agitou-se constantemente a
mistura com o basto de vidro e o tempo quando a soluo se tornou azul foi anotado.

5 O procedimento dos itens 1,2,3 e 4 foram realizados nas temperaturas de
10,15,20,25 e 30C.

6. Clculos e discusso:

Tabela com os dados encontrados experimentalmente:

Reagente Concentrao
Inicial/mol.L
-1

Volume
Utilizado/L
n
o
/L
-1

K
2
S
2
O
8
0,010 0,020 0,0002
KI 0,5 0,020 0,01
Na
2
S
2
O
3
0,010 0,010 0,0001
Tabela 1




Usando a equao: K = t
-1
ln([S
2
O
8
2-
]
o
/[ S
2
O
8
2-
]) em que:
- [S
2
O
8
2-
]
o
= nmero de mols inicial de persulfato de potssio= 0,0002 mols.
- [S
2
O
8
2-
] = nmero de mols final de persulfato de potssio =
o
(S
2
O
8
2-
)-
o
(S
2
O
3
2-
)/2
= 0,00015 mols.
Para o ensaio realizado na temperatura de :

K= 0,0005105543728

Para o ensaio realizado na temperatura de :

K= 0,0007956469631


Para o ensaio realizado na temperatura de :

K= 0,0009920071464


Para o ensaio realizado na temperatura de :

K= 0,001832369888

Para o ensaio realizado na temperatura de :

K= 0,001957020901
Tabela 2



Tempo/s /C T
-
/10
-3
K
-1
K

/s
-1
lnK


563,47 10 3,53
5,10554x10
-4

-7,58001
361,57 15 3,47
7,95646x10
-4

-7,13635
290 ,00 20 3,41
9,92007x10
-4

-6,91578
157,00 25 3,35
1,83236x10
-3

-6,30214
147,00 30 3,30
1,95702x10
-3

-6,23633
Com os dados da tabela acima, elabora-se a curva do logaritmo da velocidade
especfica em funo do inverso da temperatura absoluta:



A partir dos parmetros da reta, calcula-se a energia de ativao da reao e o fator de
Arrhenius. Analisando a equao de Arrhenius:
1
ln ln
a
E
K A
R T
| |
=
|
\ .

percebe-se que esta se assemelha equao de uma reta do tipo y ax b = + , onde,
para este caso,
a
a
E
a E aR
R
= = e ln
b
b A A e = =
A partir dai, calcula-se a energia de ativao e o fator de Arrhenius, considerando R =
8,314 J/mol.K:

()()


Qual a frao da concentrao dos ons persulfato que reage durante o intervalo de
tempo cronometrado?

[S
2
O
8
2-
]
o
-

[S
2
O
8
2-
]

x 100

=

25%
[S
2
O
8
2-
]
o


Qual a dependncia entre o tempo que a soluo leva para tornar-se azul e a
temperatura da experincia? Como so afetados os valores de K e E
at
em relao aquele
tempo?
Observando-se a tabela 2, percebe-se que quando a temperatura aumenta o tempo
reduz. Pela equao da velocidade da reao, quando esta integrada e rearranjada:
K = t
-1
ln([S
2
O
8
2-
]o/[ S
2
O
8
2-
]),
y = -6.0961x + 13.966
-8
-7
-6
-5
-4
-3
-2
-1
0
3.2 3.3 3.4 3.5 3.6
lnK'
T-/10-3 K-1
T
-1
x lnK'
Nota-se que o tempo inversamente proporcional a K. Portanto, quanto maior for o
tempo de reao, menor ser a constante K.
7. Concluso
O procedimento experimental foi realizado com sucesso e foi permitido experimentar
uma forma clssica de determinao da energia de ativao (Ea). O efeito da temperatura foi
constatado como fator de grande relevncia no valor da constante especfica (K), j que para
temperaturas maiores, teve-se uma maior constante especfica e, logo, uma maior velocidade
de reao. As observaes empricas foram constatadas, dessa forma, nesse experimento.
8. Referncias Bibliogrficas

[1] BALL, D. W. Fsico - Qumica. 1 ed. Vol. 2. So Paulo: Ed. Pioneira Thomson
Learning, 2005.
[2] ATKINS, P.; De PAULA, J. Fsico Qumica. 8 ed. Vol. 2. Rio de Janeiro: LTC, 2008.
[3] ATKINS, P. Fsico-Qumica Fundamentos. 3ed. Rio de Janeiro: LTC, 2009.

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