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Teoria Dos Erros - Revisão PDF

Este documento apresenta os conceitos fundamentais da teoria dos erros, incluindo tratamento matemático de medidas, algarismos significativos, classificação e propagação de erros. Também aborda construção de gráficos, método dos mínimos quadrados e linearização de gráficos. O objetivo é fornecer uma breve revisão dos principais tópicos da teoria dos erros para análise estatística de medidas experimentais.

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Este documento apresenta os conceitos fundamentais da teoria dos erros, incluindo tratamento matemático de medidas, algarismos significativos, classificação e propagação de erros. Também aborda construção de gráficos, método dos mínimos quadrados e linearização de gráficos. O objetivo é fornecer uma breve revisão dos principais tópicos da teoria dos erros para análise estatística de medidas experimentais.

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TeoriadosErros

UmaBreveReviso
Tratamentomatemticodemedidas
Noessobremedidas:Oresultadodeuma
medida(M)constitudoportrsitens:
a) Umnmero,representadoporm;
b) Umaunidade,representadaporu;
c) Umaindicaodaconfiabilidadedamedida,
representadapeloerroprovveldamedida
m (m);
Simbolicamentetemse:M =(m m)u
Algarismos significativos: Ao se realizar uma
medida, a regra geral que se deve
apresentala com apenas os algarismos de que
se tem certeza mais um nico algarismo
duvidoso. Estes algarismos so denominados
algarismos significativos da medida.
Obs.: Em uma medida, os zeros esquerda do
nmero, isto , os zeros que posicionam a
virgula, no so significativos. Exemplo:
1 A medida 0,023 cm tem somente dois
algarismos significativos;
2 A medida 0,0040000 tem cinco algarismos
significativos;
Critriosdearredondamento
Ao efetuar qualquer operao matemtica com
grandezas expressas com diferentes nmeros de
algarismos significativos, necessrio exprimir
os resultados segundo a norma de que o
nmero obtido deve ter apenas um algarismo
duvidoso. Assim sendo, preciso arredondar o
resultado obtido no primeiro algarismo
duvidoso.
Os critrios para isso so:
1 Se numa quantidade os algarismos que
virem aps o primeiro algarismo duvidoso
formarem nmeros iguais ou superiores a 5, 50,
500, etc., aumentase de uma unidade o
primeiro algarismo duvidoso e desprezase os
demais;
2 Se os algarismos a serem desprezados numa
quantidade formarem nmeros inferiores a 5,
50, 500, etc., os algarismos significativos que
restam no se modificam.
Operaes com algarismos significativos
a) Adio e Subtrao
O resultado da adio (ou subtrao) de
vrias medidas obtido arredondandose a
soma (ou subtrao) na casa decimal da
parcela mais pobre em decimais, aps
efetuar a operao.
a) Multiplicao e Diviso
O produto (ou diviso) de duas ou mais
medidas deve possuir, em geral, o mesmo
nmero de algarismos significativos da
parcela mais pobre em significativos.
Classificao de erros
Existem diversas classificaes de erros na
literatura. A nomenclatura tambm e variada,
sendo que o mesmo tipo de erro denominado de
maneira diferente dependendo do autor. Aqui,
classificaremos os diversos tipos de erros em trs
tipos:
a) Erro de escala: o mximo erro aceitvel
cometido pelo operador, devido ao limite de
resoluo da escala do instrumento de medida;
Para instrumentos analgicos o erro de escala
igual metade da menor diviso da escala, para
instrumentos no analgicos o erro igual menor
diviso da escala
b) Erro sistemtico: aquele que, sem
praticamente variar durante a medida, entra de
igual modo em cada resultado desta, fazendo
com que seu valor se afaste do valor real em um
sentido definido. O erro sistemtico o que
aparece seguindo alguma regra definida;
descoberta sua origem, possvel eliminlo;
c) Erro aleatrio: aquele que decorre de
perturbaes estatsticas imprevisveis,
ocorrendo, portanto, em qualquer sentido. Os
erros aleatrios no seguem qualquer regra
definida. Assim sendo, no se pode evitlos.
Clculo do erro aleatrio provvel:
A anlise dos erro aleatrio provvel realizada
utilizandose um tratamento estatstico
desenvolvido a partir dos postulados de Gauss.
Devido natureza estatstica dos erros aleatrios,
impossvel determinar o seu valor verdadeiro,
sendo somente possvel estimar o seu valor
provvel. Para calcular o erro aleatrio, necessrio
definir algumas relaes:
a) Valor mais provvel:
1 2 n

n
=1
Onde o nmero de medidas realizadas
b) Desvio de uma medida:

c) Desvio padro:

2
d) Desvio padro da mdia:
m
No nosso curso, o erro aleatrio ser estimado
atravs da expresso
u m
Propagao de erros
Uma medida indireta de uma grandeza
efetuada atravs de uma srie de medidas
diretas de grandezas que se relacionam
matematicamente com a grandeza em questo.
O estudo da influncia dos erros individuais, no
resultado das operaes matemticas que
fornecem o valor da grandeza medida
indiretamente, denominado propagao de
erros.
Seja uma grandeza dependente de outras
grandezas
1 2 n
, ento
1 2 n
e o desvio associado a dado por
1
1
2
2
n
n
Exemplo: Calcule o volume de um cilindro de
comprimento e
dimetro , com seu
respectivo erro propagado.
Grficos
Construodegrficos
Dependendo do problema, pode ser mais
conveniente confeccionar o grfico em papel
milimetrado, monolog (ou semilog), dilog (ou
loglog) ou outros tipos de papel.
Aps selecionar o papel no qual ser
confeccionado o grfico, algumas regras devem
ser observadas para sua boa construo:
1) Escolha a identificao de cada um dos eixos
coordenados;
2) Determinao da escala para cada um dos
eixos coordenados;
3) Marcao dos pontos da tabela que contm
os dados (medidos ou calculados) e seus erros
associados;
4) Traado da curva que representa os pontos
marcados;
Mtodo dos Mnimos Quadrados (MMQ)
Ao se obter uma sucesso de pontos
experimentais que representados em um grfico
apresentam comportamento linear, diferentes
experimentadores podero traar diferentes
retas, encontrando diferentes valores para os
coeficientes linear e/ou angular. Qual ser a
melhor reta?
Para responder essa questo utilizase as
equaes dos mnimos quadrados. Essas
equaes fornecem os melhores parmetros
linear e angular para a reta.
Seja a reta
As equaes que fornecem e so:

2
e

2

2
Obs.: Caso o conjunto de pontos experimentais
corresponda a uma equao nolinear, devese primeiro
linearizala e, como consequncia, refazer a tabela dos
pontos experimentais antes da utilizao das relaes
acima.
Linearizao de grficos
Como dito anteriormente, a utilizao do MMQ
s possvel se o conjunto dos dados
experimentais representar uma reta. Mas,
muitas vezes, ao coletar tais dados, notase, ao
construir o grfico, que os pontos no
obedecem a uma equao de reta. Quando isso
ocorre, tornase necessrio realizar uma
linearizao.
Existem vrias formas de se linearizar um
grfico, no entanto, ser apresentada aqui
apenas a mais geral.
a) Se a relao que representa o fenmeno fsico
estudado for do tipo
ux
onde e so, respectivamente, as variveis
independente e dependente e , e so
constantes, podese realizar a linearizao
aplicando na equao acima, obtendose
onde , e .
Vse ento que necessrio calcular o dos
valores experimentais da varivel dependente
antes de utilizar o MMQ.
b) Se a relao que representa o fenmeno
fsico estudado for do tipo
u
onde e so, respectivamente, as variveis
independente e dependente e e so
constantes, podese realizar a linearizao
aplicando na equao acima, obtendose
onde , , e .
Vse ento que necessrio calcular o dos
valores experimentais das variveis dependente
e independente antes de utilizar o MMQ.
Exerccio: Medidas efetuadas de corrente e
tenso em um resistor RDV
1
(varistor) fornecem
os seguintes dados experimentais:
A proposio matemtica que rege o fenmeno
tem a forma
[
.
a) Trace o grfico ;
b) Linearize o grfico ;
c) Encontre os valores de e atravs do
MMQ.
1
Resistncia Dependente da Voltagem
V(Volts) 18,7 31,5 92,0 150,0 215,0 340,0
I(A) 0,48 0,88 4,10 7,50 13,00 23,00
Essa reviso da teoria dos erros foi extrada da
seguinte referncia bibliogrfica:
PIACENTINI, Joo J. et al. Introduo ao
Laboratrio de Fsica, 2 edio. Florianpolis, Ed.
da UFSC, 2005.
Para aqueles interessados em aprofundar os
conceitos apresentados aqui, recomendase
tambm a seguinte referncia:
VUOLO, Jos H. Fundamentos da Teoria dos Erros,
2 edio. So Paulo, Ed. Edigard Blcher LTDA.
1996.
Att.
Prof.MicaelDiasdeAndrade

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