Ficha de Avaliac3a7c3a3o
Ficha de Avaliac3a7c3a3o
Nome: __________________________________________________________
Data _____ / _____ / _____
Avaliao ____________________
Professor(a) ____________________
Mitologia Urbana I
Um bom mito urbano, novo ou velho, inclui sempre mais emoo e sensao que
racionalidade. Baseado em locais e factos reais, histria com algum sentido, distorce-se em si
prprio, com o tempo e com os contos de quem conta. Ficam sempre a faltar algumas partes para
um todo mais bvio, ficando assim algo em suspenso, e at mais permanente. Portugal, pas de
mars e nevoeiros, est cheio de mitos urbanos. Aqui vo alguns bem atuais (3 nesta crnica, 3 na
prxima). Ou quando as partes e variveis que importam e mesmo as que no importam no
esto todas em jogo.
1. Cidade e Poltica. Este ms o governo aplicou novo aumento s tarifas de transportes
urbanos e suburbanos. Em pouco mais de seis meses, as tarifas em Lisboa e no Porto
aumentaram cerca de 20%, e nos comboios suburbanos quase 30%. Disse o ministro que os
sacrifcios tm que ser partilhados por todos. Belo princpio. Estes aumentos nos transportes
pblicos, sentidos direta e duramente por uma vasta camada da populao, vo melhorar as
contas do Estado em cerca de 1% do valor assumido pelas dvidas do BPN. Sobre sacrifcios
partilhados por todos, estamos conversados. Assim como sobre os excelentes sinais que se d
na confiana no bem pblico e na sociedade como comunidade. Mas h muito a conversar sobre
outras variveis. No preo real dos transportes, visto pelo custo mdio de vida dos portugueses e
assim comparado com outros pases. No aumento do custo de vida dos que j so pobres, no
obstante a tarifa social proposta. Na mais difcil motivao para os cidados utilizarem os
transportes coletivos, simplesmente porque lhes parece mais urbano, mais sustentvel e mais
cvico. No aumento do desequilbrio face ao automvel, muito mais ineficiente e dependente a
100% de energia importada e no renovvel. Mas aqui, o maior mito, cheio de nevoeiro, mesmo
entre poltica e cidade. Quando h um desfasamento enorme entre a escala dos problemas e a
escala das solues, entre a vida quotidiana das cidades e quem deveria de facto govern-las.
Govern-las bem, bem entendido.
2. Cidade e Identidade. Sabemos como os rios e o mar cravam fundo na nossa alma lusa. Lisboa
nunca seria Lisboa sem as suas margens e seu porto de rio e mar, desde os fencios at hoje.
Durante muito tempo ignorou-se esta alma gentica, abateram-se barcos e rotas, mais ocupados
em terraplanar e construir mar urbano terra adentro. O Tejo quedou-se quase sem navios,
sombra azul do que era ou poderia ser, e o nosso desassossego ficava em terra, ainda mais
melanclico e sem
salpicos. Mas eis que, recentemente, todos falam de novo no mar, o mar e seu fantstico
potencial. E o rio, claro. H ainda eventos culturais interligados, como o festival do peixe. Acho
timo. Entretanto, enquanto altas eminncias debatem contentores de Alcntara e o futuro do
mar, entre promessas de regatas internacionais e de grandes projetos turstico-imobilirios,
fecha-se a nica lota de Lisboa, em Pedrouos, onde a Docapesca tem a sua sede e onde
atuavam diversas empresas ligadas pesca e ao mar. Que belssimo mito. Cheio de nevoeiro,
literalmente.
3. Cidade e Arquitetura. Prev-se um arrojado edifcio no nevrlgico largo do Rato, em terrenos
onde esto atualmente umas modestas casas. Tem havido grande polmica e razovel debate em
torno da arquitetura, da modernidade e de ruturas. Mas tambm da autoridade de arquitetos
famosos e de aprovaes municipais prvias, enfim do lugar da prpria cidadania e da crtica
social. Este projeto, e seu processo, so srios candidatos a novo e fresqussimo mito.
Especialmente no nevoeiro em torno do que ser um urbanismo de qualidade, hoje, com tudo o
que tal implica. Em todo o debate, silncio quase total sobre uma instituio de instruo e
beneficncia que ali est desde 1896, apoiando at hoje a educao de crianas de famlias
desfavorecidas, e que desapareceria com o novo projeto. E muito pouco sobre os impactos que
este tipo de intervenes tm nos espaos e nas dinmicas pblicas da cidade, em particular num
largo to vital e to maltratado nas ltimas dcadas.
vero. Temos um clima magnfico. Frutas, peixes e vinhos de estalo. Praias, rios e
paisagens de primeira. Continuamos a produzir valentes mitos, por entre debates, desgnios,
mars e nevoeiros. Ser talvez natural que com tantas benesses para corpo e esprito, nos
embale bem mais a emoo que a razo. Mesmo assim, como dizia Espinoza e diz agora
Damsio, um pouco de razo com emoo no nos faria mal, muito pelo contrrio. Manteramos
timos mitos e belos nevoeiros mas no seu devido lugar.
Joo Seixas, Pblico, 6/09/20111.
1.
Associa cada elemento da coluna A ao nico elemento da coluna B que lhe corresponde.
(10 pontos)
COLUNA A
1. Os mitos ancestrais e
contemporneos
2. Na presente crnica so
apresentados
3. O primeiro mito anunciado
reporta-se relao desfasada
4. Em Lisboa, o rio e o mar, que
fazem parte da nossa histria,
5. Nos nossos dias, a reabilitao
do porto de Lisboa e o potencial
martimo
6. A construo de um edifcio
polmico no largo do Rato
7. Os recursos naturais do nosso
pas tornam-se propcios
COLUNA B
AREAL EDITORES
AVALIAO
TESTE 5
2.
Explica o que o cronista pretende dizer com a expresso Belo princpio., no pargrafo relativo
ao mito 1, Cidade e Poltica. (3 pontos)
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__________________________________________________________________________________
__________________________________________________________________________________
3.
4.
AVALIAO
b) hiperonmia.
24
22
Estava o Padre32 ali, sublime e dino33,
23
25
34
32
36
Prolas.
Cu cheio de estrelas.
38
Morada cheia de luz.
39
O destino.
37
AREAL EDITORES
TESTE 5
AVALIAO
TESTE 5
Responde aos itens que se seguem, de acordo com as orientaes que te so dadas.
1.
1.1.
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3.
Indica qual o critrio de distribuio dos membros desta reunio pela sala. (3 pontos)
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4.
6.
Jpiter refere-se aos portugueses como povo merecedor de grande estima e admirao. D
exemplos de segmentos que confirmem esta afirmao. (5 pontos)
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AVALIAO
2.
Transcreve as expresses caracterizadoras de Jpiter, fazendo referncia aos traos fsicos e
psicolgicos e aos smbolos do poder. (7 pontos)
2.
Atenta nos versos Com ua coroa e cetro rutilante / De outra pedra mais clara que diamante,
(4 pontos)
2.1.
2.2.
Escreve uma frase em que utilizes a palavra clara com um sentido diferente.
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3.
3.1.
Jpiter, que era o deus mais sublime e poderoso, enalteceu o valor dos portugueses.
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3.2.
A atitude de Jpiter levou a que os deuses se pronunciassem sobre o destino dos marinheiros.
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3.3.
4.
4.1.
mitologia _______________________________________
4.2.
suburbano ______________________________________
AREAL EDITORES
TESTE 5