Estruturas de Concreto
Estruturas de Concreto
UNIVERSIDADE DE SO PAULO
ESCOLA DE ENGENHARIA DE SO CARLOS
DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA DE ESTRUTURAS
ESTR UTUR A S D E
C ONC R ETO
2002
Departamento de Engenharia de Estruturas
Escola de Engenharia de So Carlos USP
Av. do Trabalhador Socarlense, 400 Centro
13566-590 So Carlos SP
Fone (16) 273-9455 Fax (16) 273-9482
http://www.set.eesc.sc.usp.br
ISSN 1413-9928
SUMRIO
Resumo
Com o intuito de aferir a viabilidade econmica das solues mais adotadas para
edifcios, foram feitas vrias estruturaes em concreto armado para um mesmo
edifcio. Foram concebidas estruturas convencionais (com lajes macias e com lajes
nervuradas) e lajes lisas (com e sem protenso), para um edifcio residencial com vinte
pavimentos. Para cada uma das alternativas, foi desenvolvido o projeto completo, at
as fundaes. Para que o levantamento de custos de cada alternativa fosse o mais real
possvel, foram levados em considerao: material, mo-de-obra, recursos necessrios
e tempo de construo.
1 INTRODUO
1
Mestre em Engenharia de Estruturas - EESC-USP, ata@accvia.com.br
2
Professor Doutor do Departamento de Engenharia de Estruturas da EESC-USP, libanio@sc.usp.br
2 APRESENTAO DO EDIFCIO-EXEMPLO
devido aos limites impostos, apresenta uma grande quantidade de vigas, fato esse
que deixa a forma do pavimento muito recortada, diminuindo a produtividade da
construo e o reaproveitamento de formas;
grande consumo de formas;
a existncia de muitas vigas, por outro lado, forma muitos prticos, que garantem
uma boa rigidez estrutura;
foi durante anos o sistema estrutural mais utilizado nas construes de concreto,
por isso a mo-de-obra j bastante treinada;
o volume de concreto grande, devido principalmente ao consumo das lajes;
fck=35MPa para vigas e pilares e fck=20MPa para lajes.
define-se o pavimento com poucas lajes, cada uma delas podendo atingir at
80m2;
b) Tijolos cermicos:
facilidade de aquisio dos tijolos;
para que os tijolos componham a laje nervurada como material inerte, deve-se
garantir que eles estejam vedados com argamassa ou ensacados;
o material inerte quando existente melhor isolante trmico que o concreto;
a principal desvantagem dos tijolos que aumentam o peso prprio da estrutura;
a colocao de dutos deve ser feita na regio das nervuras, pois, se efetuada por
cima dos tijolos, reduzir a espessura da mesa comprimida.
7 ANLISE DE CUSTOS
CONCRETO
Qte. (m3) P.Unit. (R$) P.Total (R$)
Lajes 366,00 116,00 42.456,00
Vigas 244,60 126,00 30.819,60
Pilares 206,80 126,00 26.056,80
Total 817,40 - 99.332,40
AO
Qte. (kg) P.Unit. (R$) P.Tot. (R$)
Lajes 18.389,00 1,10 20.227,90
Vigas 36.888,00 1,10 40.576,80
Pilares 21.277,00 1,10 23.404,70
Total 76.554,00 84.209,40
FORMA
Qte. (m2) P.Unit. (R$) P.Tot. (R$)
Lajes 4.234,60 7,50 31.759,50
Vigas 3.535,00 7,50 26.512,50
Pilares 1.872,00 7,50 14.040,00
Total 9.641,60 - 72.312,00
Pilares
25%
Lajes
37%
Vigas
38%
Forma
28%
Concreto
39%
Ao
33%
CONCRETO
Qte. (m3) P.Unit. (R$) P.Tot. (R$)
Lajes 326,60 116,00 37.885,60
Vigas 190,80 126,00 24.040,80
Pilares 206,80 126,00 26.056,80
Total 724,20 - 87.983,20
AO
Qte. (kg) P.Unit. (R$) P.Tot. (R$)
Lajes 14.704,00 1,10 16.174,40
Vigas 30.253,00 1,10 33.278,30
Pilares 19.384,00 1,10 21.322,40
Total 64.341,00 - 70.775,10
FORMA
Qte. (m2) P.Unit. (R$) P.Tot. (R$)
Lajes 4.327,00 6,50 28.125,50
Vigas 2.773,80 6,50 18.029,70
Pilares 1.872,00 6,50 12.168,00
Total 8.972,80 - 58.323,20
Pilares
27%
Lajes
38%
Vigas
35%
Forma
27%
Concreto
40%
Ao
33%
CONCRETO
Qte. (m3) P.Unit.(R$) P.Tot. (R$)
Lajes 353,00 116,00 40.948,00
Vigas 190,80 126,00 24.040,80
Pilares 206,80 126,00 26.056,80
Total 750,60 - 91.045,60
AO
Qte. (kg) P.Unit.(R$) P.Tot. (R$)
Lajes 17.280,00 1,10 19.008,00
Vigas 31.515,00 1,10 34.666,50
Pilares 22.462,00 1,10 24.708,20
Total 71.257,00 - 78.382,70
FORMA
Qte. (m2) P.Unit. (R$) P.Tot. (R$)
Lajes 4.327,00 7,00 30.289,00
Vigas 2.773,80 7,00 19.416,60
Pilares 1.872,00 7,00 13.104,00
Total 8.972,80 - 62.809,60
Pilares
28%
Lajes
38%
Vigas
34%
Forma
27%
Concreto
39%
Ao
34%
CONCRETO
Qte. (m3) P.Unit. (R$) P.Tot. (R$)
Lajes 337,28 116,00 39.124,48
Vigas 190,80 126,00 24.040,80
Pilares 206,80 126,00 26.056,80
Total 734,88 - 89.222,08
AO
Qte. (kg) P.Unit. (R$) P. Total (R$)
Lajes 12.620,00 1,10 13.882,00
Vigas 30.523,00 1,10 33.575,30
Pilares 19.965,00 1,10 21.961,50
Total 63.108,00 - 69.418,80
FORMA
Qte. (m2) P.Unit. (R$) P.Tot. (R$)
Lajes 567,00 6,50 3.685,50
Vigas 2.773,80 6,50 18.029,70
Pilares 1.872,00 6,50 12.168,00
Total 5.212,80 - 33.883,20
PR-FABRICADOS
Qte. (m2) P.Unit. (R$) P.Tot. (R$)
Total 4.000,00 8,90 35.600,00
Pilares
26%
Lajes
41%
Vigas
33%
PM
16%
Forma Concreto
15% 39%
Ao
30%
CONCRETO
Qte. (m3) P.Unit. (R$) P.Tot. (R$)
Lajes 483,40 119,00 57.524,60
Vigas 139,00 126,00 17.514,00
Pilares 260,40 126,00 32.810,40
Total 882,80 - 107.849,00
AO
Qte. (kg) P.Unit. (R$) P.Tot. (R$)
Lajes 20.112,00 1,10 22.123,20
Vigas 26.860,00 1,10 29.546,00
Pilares 24.857,00 1,10 27.342,70
Total 71.829,00 - 79.011,90
FORMA
Qte. (m2) P.Unit. (R$) P.Tot. (R$)
Lajes 4.415,00 5,50 24.282,50
Vigas 2.200,40 5,50 12.102,20
Pilares 2.281,00 5,50 12.545,50
Total 8.896,40 - 48.930,20
Pilares
31%
Lajes
44%
Vigas
25%
Forma
21%
Concreto
45%
Ao
34%
CONCRETO
Qte. (m3) P.Unit. (R$) P.Tot. (R$)
Lajes 498,20 119,00 59.285,80
Vigas 139,00 126,00 17.514,00
Pilares 260,40 126,00 32.810,40
Total 897,60 - 109.610,20
AO
Qte. (kg) P.Unit. (R$) P.Tot. (R$)
Lajes 28.408,00 1,10 31.248,80
Vigas 27.186,00 1,10 29.904,60
Pilares 22.918,00 1,10 25.209,80
Total 78.512,00 - 86.363,20
FORMA
Qte. (m2) P.Unit. (R$) P.Tot. (R$)
Lajes 4.415,00 6,00 26.490,00
Vigas 2.200,40 6,00 13.202,40
Pilares 2.281,00 6,00 13.686,00
Total 8.896,40 - 53.378,40
Pilares
29%
Lajes
47%
Vigas
24%
Forma
21%
Concreto
44%
Ao
35%
CONCRETO
Qte. (m3) P.Unit. (R$) P.Tot. (R$)
Lajes 335,60 116,00 38.929,60
Vigas 284,20 126,00 35.809,20
Pilares 195,20 126,00 24.595,20
Total 815,00 - 99.334,00
AO
Qte. (kg) P.Unit. (R$) P.Tot. (R$)
Lajes 12.520,00 1,10 13.772,00
Vigas 32.234,00 1,10 35.457,40
Pilares 23.210,00 1,10 25.531,00
Total 67.964,00 - 74.760,40
FORMA
Qte. (m2) P.Unit. (R$) P.Tot. (R$)
Lajes 3.963,20 5,50 21.797,60
Vigas 2.717,60 5,50 14.946,80
Pilares 1.751,00 5,50 9.630,50
Total 8.431,80 - 46.374,90
CUSTO PROTENSO
Qte. (kg) P.Unit. (R$) P.Tot. (R$)
Total 8.062,60 3,86 31.121,64
Pilares Lajes
24% 30%
Vigas
46%
Protenso
12%
Forma Concreto
18% 40%
Ao
30%
8 COMPARATIVO DE CUSTOS
260000 255853
249351 251590
245000
235791
Custo (R$)
232237
228124
230000
217081
215000
200000
OP1 OP2 OP3 OP4 OP5 OP6 OP7
9 FUNDAES
3
AOKI, N. (1998). (USP. Escola de Engenharia de So Carlos). Comunicao pessoal.
10 CONCLUSES
11 AGRADECIMENTOS
12 BIBLIOGRAFIA
AALAMI, B.O. (1990). Load balancing. ACI Structural Journal. Technical Paper.
Resumo
O presente trabalho pretende contribuir para aumentar o conhecimento acerca do
comportamento estrutural da membrana de argamassa armada em piscinas e
reservatrios. Foram realizadas simulaes numricas por computador com o intuito
de se investigar o comportamento da membrana quando submetidas ao da gua, de
recalques e de variaes de temperatura. A influncia das dimenses da estrutura e da
resistncia da argamassa tambm foram analisadas. So discutidos estes e outros
aspectos relacionados fase de projeto. O trabalho apresenta ainda breves
comentrios sobre a etapa de construo, bem como alguns cuidados necessrios para
a garantia de um material de boa qualidade. Tendo em vista a obteno de uma
estrutura durvel e com bom desempenho, preciso que cada equipe de trabalho tenha
um palavra de ordem: aos projetistas, detalhamento; aos construtores, controle; mo-
de-obra, conscientizao.
1 INTRODUO
1
Mestra em Engenharia de Estruturas - EESC-USP, dalimgp@hotmail.com
2
Professor Titular do Departamento de Engenharia de Estruturas da EESC-USP, jbhanai@sc.usp.br
2 ESTUDO DO SOLO
R = A (1)
onde:
- resistncia ao cisalhamento ( = c + tg )
A - rea da seo de contato bloco-plano
i R
en
P.s
P
P.cosi
4 c m sen i cos m
H max = (3)
[1 cos( i cos m )]
< 4 a 5 D 85s
D15f (4)
> 4 a 5 D15s
onde:
3
O fator 4 aplica-se a materiais de filtro tais como areias artificiais e brita.
D xy
f para filtro e s para solo
4
Sistema fabricado e fornecido pela Rhodia-Ster.
atua deteriorando o material e, portanto, reduzindo a sua vida til. Em funo disso,
espera-se que a argamassa apresente desempenho satisfatrio com relao a:
a) apresentar resistncia mecnica e rigidez suficientes para suportar os
esforos atuantes sem apresentar grandes deformaes;
b) possuir elevada compacidade, a fim de evitar a passagem de lquidos e
gases para o seu interior, o que provoca a corroso da armadura;
c) ser estvel fsica e quimicamente, fazendo com que os efeitos decorrentes
de retrao, fluncia e variaes volumtricas permaneam dentro de limites
aceitveis;
d) possuir resistncia abraso.
A retrao um fenmeno particularmente importante no estudo da
argamassa armada, uma vez que os elementos desse material, em virtude da sua
pequena espessura, possuem uma grande superfcie exposta ao meio ambiente. Isto
provoca uma maior susceptibilidade do material aos efeitos da retrao, dentre os
quais inclui-se a fissurao da argamassa, podendo provocar uma diminuio da
proteo da armadura contra a corroso. Percebe-se, portanto, a grande importncia
do combate retrao da argamassa, atravs de uma cura cuidadosa e da utilizao
de valores mais baixos para o teor de cimento e para a relao gua/cimento.
A durabilidade um importante aspecto a ser considerado ao se projetar e
construir uma estrutura. Diversas causas podem influir negativamente na durabilidade
das argamassas. Tais causas podem ser fsicas ou qumicas. Entre as primeiras
esto a fissurao e o desgaste superficial da argamassa. A fissurao pode ser
provocada por alteraes de volume devidas a gradientes trmicos ou presso
de cristalizao de sais nos poros , carregamento estrutural ou exposio a
temperaturas extremas como nos casos de congelamento ou fogo. Lixiviao da
pasta de cimento por solues cidas, reaes expansivas envolvendo ataque por
sulfato, reaes lcali-agregado e corroso das armaduras so causas qumicas que
provocam efeitos deletrios argamassa.
Na realidade, causas fsicas e qumicas no ocorrem dissociadamente,
podendo, inclusive, influenciar uma outra. Por exemplo, o surgimento de fissuras
abre caminho para que os agentes qumicos deletrios penetrem na argamassa.
Porosidade, composio granulomtrica, absoro de gua, forma, textura
superficial, resistncia compresso, mdulo de elasticidade e presena de
substncias deletrias so importantes caractersticas dos agregados para a
tecnologia do concreto e da argamassa, pois tm influncia tanto na dosagem quanto
nas propriedades nos estados fresco e endurecido.
Os agregados usualmente empregados na fabricao de argamassa armada
so as areias naturais, mas tambm podem ser utilizadas areias artificiais.
Conforme o prprio nome indica, a argamassa armada constituda por
agregados midos, ou seja, aqueles cujo dimetro mximo no ultrapassa 4,8 mm.
No entanto, algumas pesquisas tm mostrado bons resultados no uso de agregados
classificados como grados, mas com tamanho geralmente inferior a 9,5 mm. Este
material tem sido denominado de microconcreto e apresenta vantagens como a
reduo do consumo de cimento, em virtude da menor rea superficial de agregado
por volume de concreto.
Trabalhabilidade e custo so algumas razes para a especificao de limites
granulomtricos. Por exemplo, areias muito grossas produzem misturas com menor
deformaes excessivas. Uma outra funo deste tipo de armadura seria enrijecer e
facilitar a montagem das telas que constituem a armadura difusa.
As telas empregadas em argamassa armada podem ser tecidas (com malha
quadrada, retangular ou hexagonal), soldadas (com malhas quadradas ou
retangulares) ou formadas a partir de chapas expandidas. A rigidez das telas
soldadas facilita a montagem de superfcies planas e com curvatura simples, mas
dificulta a aplicao em superfcies com curvatura dupla ou com pequenos raios.
4 COMPORTAMENTO DA MEMBRANA
5
LUSAS - verso 11.3 de fevereiro de 1995.
6
As caractersticas do solo foram assumidas a partir dos dados contidos na literatura.
(a) (b)
c) Comportamento retrao
A retrao um fenmeno varivel no tempo e no ocorre dissociadamente
da fluncia. Da decorre a dificuldade de simulao numrica.
(a) (b)
7
Nota-se que esse coeficiente dado em unidade de fora por unidade de volume. No entanto, a
entrada de dados no programa requer um coeficiente de mola definido em unidade de fora por unidade
de comprimento. Contornou-se tal situao multiplicando o coeficiente de reao do solo pela rea do
elemento.
Solo
areia compacta mdia argila medianamente
Reao
rija
vertical 40 10-3 2,5 10-3
horizontal 7 10-3 2,5 10-3
4.1.1 Ao hidrosttica
Os deslocamentos podem ser estimados atravs de uma anlise feita com o
Mtodo das Diferenas Finitas. A seguinte expresso define a equao diferencial de
flexo para placas sob apoio elstico:
k q
4 w + w = (4)
D D
onde:
w - deslocamento nodal
k - coeficiente de mola do apoio
q - carga uniformemente distribuda
3
Ed
D - constante de placa D =
12 (1 )
8
Esta expresso considera a retrao de modo simplificado, tomando-se fct = 0,75.ftk. Ela tambm
despreza a presena da armadura.
M r = 0,25bh 2 f tk (5)
onde:
b, h: largura e espessura da placa.
ftk : resistncia caracterstica compresso da argamassa
M
M 'r = r (6)
b
4.1.3 Retrao
Como dito anteriormente, a retrao um fenmeno bastante difcil de ser
simulado, devido sua ocorrncia ser complexa, alm de varivel no tempo. Buscou-
se, dentre algumas, uma alternativa que, de maneira simples, fornecesse alguns
dados iniciais para a anlise dos efeitos de variaes volumtricas na estrutura.
A forma adotada foi aplicar estrutura uma reduo de temperatura de 15 C.
O caso mais crtico acontece quando h uma variao volumtrica diferencial. Por
este motivo, aplicou-se o carregamento de temperatura apenas no fundo do
reservatrio9.
O solo no pode ser considerado como apoio elstico neste caso. A oposio
ao deslocamento se deve ao atrito entre a membrana e a camada de regularizao.
Ento, estas foram simuladas como duas cascas justapostas e interligadas. A mais
externa, correspondente regularizao, possua 1 cm de espessura e resistncia
compresso igual a 8 MPa (dados correntes na prtica, uma vez que essa uma
camada pobre e delgada). Para a membrana de argamassa armada foi adotada uma
espessura de 2,5 cm e resistncias da argamassa de 20 e 40 MPa, como nos casos
anteriores. Apenas o fundo encontrava-se apoiado verticalmente (no incio do
captulo j se fez aluso necessidade de fora normal para que haja atrito; com essa
adoo, despreza-se a parcela correspondente aderncia entre o filtro e a camada
de regularizao o que, alm de no ser significativo, dificultaria a simulao
numrica).
Como previsto, neste tipo de solicitao predominam os esforos axiais.
Coerentemente, as zonas crticas situam-se nos cantos pois a se concentram as
restries ao movimento. O aumento das dimenses do reservatrio causa um
crescimento dessas reas, mas no de forma proporcional por isso que, nas
estruturas correntes de concreto armado so feitas juntas. Nota-se que, para o caso
do reservatrio maior com fck = 20 MPa, praticamente todo o fundo est sujeito
fissurao. No entanto, grande parte dessa rea est apenas na iminncia de
fissurao10.
A elevao da resistncia da argamassa melhora o desempenho da
membrana reduzindo as reas sujeitas fissurao. No entanto, a relao entre a
tenso mxima atuante e a resistncia da argamassa no se altera muito o que,
em outras palavras, significa abertura de fissuras de mesma ordem de grandeza. A
Tabela 5 mostra as zonas sujeitas fissurao para este tipo de solicitao.
Como j foi dito, a anlise feita aqui partiu de uma simplificao (adoo de
uma contrao de volume devido a reduo de temperatura. Diversos fatores, tais
como a variao do valor da resistncia e do mdulo de elasticidade ao longo do
tempo, a reduo da solicitao, bem como a associao de reduo de temperatura
com deformaes de contrao, no puderam ser investigados neste momento.
Apesar da anlise simplista, os resultados obtidos fornecem uma primeira idia do
comportamento da membrana sujeita a redues de volume. Todavia tal efeito pode
e deve ser melhor avaliado.
9
No reservatrio de 1020 m2 foi aplicada uma reduo de 10 C nos cantos para simular uma retrao
um pouco menor que no fundo (essas regies so moldadas anteriormente ao fundo).
10
Alm disso, deve-se lembrar que, devido caracterstica da solicitao, o surgimento de uma fissura
dissipa energia, reduzindo as tenses na argamassa. Sendo assim, a pea provavelmente fissuraria e
a regio com tenses mais elevadas reduziria de tamanho.
4.1.4 Recalques
Trs foram as formas propostas para a simulao de recalques.
A primeira consiste na imposio de deformaes membrana. Ao se aplicar
uma carga no solo (por exemplo, o carregamento provocado pela cobertura de um
reservatrio, transmitido ao solo por meio de uma sapata flexvel) ele se deforma (vide
Figura 5a). Atravs dos procedimentos disponveis na teoria de Mecnica dos Solos
pode-se obter uma estimativa dessas deformaes, denominada de perfil de
recalques. Conhecendo-se este perfil, impe-se essas deformaes membrana a
fim de estudar o seu comportamento.
A segunda forma de simulao baseia-se na idia de falta de apoio sob a
membrana associada ao hidrosttica. Neste caso, supe-se que a falta de apoio
seria decorrente de uma falha localizada na compactao da base, somada a uma
lixiviao do solo, ou a um recalque deste.
A terceira hiptese praticamente uma decorrncia da primeira, pois, a partir
de um perfil de recalques, pretendeu-se estudar o efeito do enrijecimento provocado
pela disposio de uma sapata de espessura varivel, e inversa ao referido perfil, na
regio de influncia dos recalques. Seriam duas as funes dessa variao gradual
de espessura: evitar a concentrao elevada, e conseqente fissurao, nas regies
de ligao entre membrana e sapata (onde existiria uma variao brusca de
espessura), alm de reduzir os esforos aplicados ao solo devido ao aumento da rea
de aplicao do carregamento. A disposio dessa sapata pressupe o
conhecimento das deformaes provocadas por recalque, uma vez que a sapata
Figura 5 - (a) perfil de recalques decorrente da atuao do pilar; (b) sapata de espessura
varivel acompanhando o perfil de recalque anterior
w = 1,658.s.s (7)
sendo:
s = s1 se s1 e
s = 1,8.s1 se 1,8.s1 < e
s=e se 1,8.s1 > e e s1 < e
s1 = 1,5 c + + 0,16
2 r
1 1 f tk
s = s
Es 2 r
onde:
s - espaamento entre fissuras
s1 - espaamento de referncia entre fissuras
e - espaamento entre os fios da tela que so transversais ao eixo da pea
Es - mdulo de deformao longitudinal do ao
s - deformao mdia da armadura mais tracionada da seo
s - tenso em servio da armadura
ftk - resistncia caracterstica da argamassa trao
r - taxa geomtrica de armadura (= As/Ac de acordo com a NBR-6118)
- dimetro do fio da tela na direo do eixo da pea
c - cobrimento da armadura
11
preciso lembrar que a pintura proporciona uma proteo extra. SILVA(1995) afirma que a pintura em
epxi capaz de vedar fissuras pr-existentes de at 0,1 mm.
12
No esquecer , no entanto, que a regio dos cantos crtica para o caso dos esforos provenientes da
retrao.
b) Zonas de solicitao
As zonas no sujeitas fissurao ocupam, em geral, a maior parte da
extenso dos reservatrios. Estas reas, portanto, exigem apenas uma armadura
mnima construtiva o que propicia grande economia. Nas demais reas h de se
tomar providncias para que a fissurao no ocorra ou, se ocorrer, mantenha-se
dentro de limites tolerveis, que ainda garantam a considerao do reservatrio como
estanque.
Pode-se concluir da anlise dos resultados que, em solos deformveis,
necessrio usar argamassas mais resistentes. Alm disso, quanto menor o
reservatrio, maior a proporo de reas com armadura e espessura mnimas.
d) Existncia de pilares
Quando o projeto exigir a cobertura do reservatrio, sendo necessrio pilares
para suport-la, alguns cuidados devem ser tomados.
Em primeiro lugar deve-se levantar o perfil de recalques provocado pela
sapata, a fim de se determinar a sua rea de influncia. Ao longo desta, recomenda-
se dispor uma sapata de espessura varivel.
Em se tratando de solos deformveis, como a argila, o espaamento entre
pilares deve ser tal a obedecer dois limites: grande o suficiente para evitar a
sobreposio de tenses entre sapatas adjacentes o que eleva demasiado os
esforos na membrana; mas, por outro lado, pequeno o bastante para respeitar a
baixa capacidade de carga do solo. A ordem de grandeza desses limites, varivel de
caso a caso, determinada pelo tipo de solo de apoio e pelas dimenses do
reservatrio.
5 TCNICAS DE CONSTRUO
13
A facilidade construtiva justifica tal alternativa.
14
Aplicvel somente a elementos pr-moldados.
15
Asperses intermitentes no so recomendadas devido s contraes e dilataes alternadas.
16
A cura qumica indicada para moldagens em clima frio, onde a cura com gua contra-indicada, em
virtude da possibilidade de congelamento. Para o caso de reservatrios, seria necessria uma pr-
avaliao de custos e de possveis perdas de aderncia posterior pintura.
pela adio de fibras no metlicas. Outro expediente seria diminuir as restries aos
deslocamentos, atravs da previso de juntas elsticas entre painis de dimenses
determinadas17 (vide Figura 6.1);
3. Proteo da superfcie inferior: a fim de evitar o ataque de gua e
substncias percoladas pelo filtro, pode-se dispor uma manta plstica ou uma
membrana de impermeabilizao entre a camada de regularizao e a membrana de
argamassa armada (vide Figura 6);
4. Proteo da superfcie superior: como j foi dito anteriormente, a pintura
com epxi ou borracha clorada contribui para a durabilidade da estrutura. Um sistema
construtivo que tem se destacado atualmente constitui-se de uma estrutura de
alvenaria revestida por uma capa de vinil. Possivelmente, o mesmo conceito pode
ser aplicado aos reservatrios em argamassa armada, aplicando-se este tipo de
proteo membrana;
17
Antes de serem utilizadas, deve ser feito um estudo sobre o seu desempenho, adeso com a
argamassa da membrana, cuidados na execuo, necessidades de manuteno e riscos de fissurao.
Talvez esse fosse um bom tema a ser inserido em pesquisas futuras.
7 AGRADECIMENTOS
8 REFERNCIAS BIBLIOGRFICAS
AMERICAN CONCRETE INSTITUTE (1989). ACI 549.1R-88 - Guide for the design,
construction , and repair of ferrocement. Detroit, USA. 27p.
Resumo
As aes presentes durante a construo de estruturas de edifcios em concreto armado
so significantemente influenciadas pelo processo construtivo e podem ultrapassar a
capacidade resistente definida no projeto estrutural. Os pavimentos recm concretados
so suportados por pavimentos previamente concretados, atravs de um sistema de
frmas, escoras e reescoras. Se houver fissurao prematura os pavimentos tero
maiores deformaes ao longo do tempo. Assim sendo, o trabalho apresenta um
procedimento de anlise estrutural que leva em conta a seqncia natural de
construo. A definio das aes nos pavimentos durante a construo estabelece a
histria de carregamentos dos elementos estruturais do incio ao fim da obra. Os
modelos tridimensionais (utilizando o mtodo dos elementos finitos) aqui apresentados
consideram que o tempo altera as propriedades de resistncia e deformabilidade do
concreto antes dos 28 dias. Deste modo, definido um novo mtodo para a
determinao da distribuio das aes de construo entre o sistema de escoramento
e os pavimentos interligados (mtodo aproximado).
1 INTRODUO
1
Prof. Titular da UNIP Universidade Paulista, osmbfernao@linkway.com.br
2
Prof. Doutor do Departamento de Engenharia de Estruturas da EESC-USP, correa@sc.usp.br
Figura 3.5 Modelo utilizado para a determinao da distribuio das aes no instante da
concretagem
Figura 3.6a - Anlise seqencial para um edifcio de 4 pavimentos com processo de construo
com dois nveis de escoras mais um nvel de reescora (2+1)
Figura 3.6b - Anlise seqencial para um edifcio de 4 pavimentos com processo de construo
com dois nveis de escoras mais um nvel de reescora (2+1)
Figura 3.6c - Anlise seqencial para um edifcio de 4 pavimentos com processo de construo
com dois nveis de escoras mais um nvel de reescora (2+1)
Figura 3.6d - Anlise seqencial para um edifcio de 4 pavimentos com processo de construo
com dois nveis de escoras mais um nvel de reescora (2+1)
Por fim deve-se deixar bem claro que, embora a anlise seqencial
construtiva tenha sido mostrada na figura 3.6 para um processo de construo
particular com dois nveis de escoras mais um nvel de reescora, todas as definies
estabelecidas so vlidas para qualquer outro processo com um nmero variado de
nveis escorados e reescorados. Tambm so vlidas se houver etapas com retirada
parcial de pontaletes e/ou retirada total de pontaletes com reescoramento parcial.
Figura 4.1 Distribuio das aes quando no h pontaletes ligados fundao rgida
Figura 4.3 - Forma dos pavimentos e posio dos pontaletes (em cm)
onde:
IDADE fck EC
(EM DIAS) (kN/m2) (kN/m2)
7 1,99.104 2,24.107
14 2,32.104 2,39.107
21 2,47.104 2,46.107
28 2,50.104 2,48.107
Tabela 4.3 Aes aplicadas no pavimento imediatamente inferior ao que est sendo
concretado
ELEMENTO AO VERTICAL
CONCENTRADA (kN)
P1 12,66
P2 15,45
P3 21,07
P4 18,98
E1 3,34
E2 3,38
E3 8,86
E4 3,33
E5 1,87
como uma dificuldade. Por exemplo, nesse caso, houve a necessidade de apenas 3
processamentos simples.
A estrutura primria da figura 3.5 muito semelhante j utilizada para o
dimensionamento dos elementos estruturais do pavimento. Praticamente a diferena
a introduo dos elementos de barra rotulados nas extremidades para a simulao
dos pontaletes.
J a modelagem da estrutura primria da figura 4.1 se faz com dois
pavimentos interligados por um nvel de pontaletes. Pode-se inclusive aproveitar a
estrutura da figura 3.5.
A estrutura primria da figura 4.2 exatamente a mesma da figura 4.1, com a
diferena de que as aes de peso prprio esto aplicadas no pavimento inferior, ao
invs do superior.
Em alguns aspectos o mtodo aproximado at ganha mais simplicidade em
relao ao mtodo simplificado. Por exemplo, no h a necessidade de considerar o
peso prprio das frmas e dos pontaletes. evidente que, ao no levar em conta
essas cargas, em um balano geral das aes nos pavimentos e nos conjuntos de
pontaletes chega-se a valores menores (melhor explicando, as reaes de apoio na
fundao so menores). Entretanto, esse fato mostrou-se desprezvel.
Os resultados do mtodo aproximado acompanham bem os resultados via
anlise seqencial construtiva, inclusive quanto determinao das etapas crticas do
processo. As convergncias dos valores das aes ao longo da altura do edifcio
tambm se assemelham.
De acordo com os 3 procedimentos a maior solicitao ocorreu no 2.o
pavimento durante a etapa 9A. A tabela 4.4 mostra os resultados.
FATOR k (xG)
ANLISE SEQENCIAL 1,390
MTODO APROXIMADO 1,357
MTODO SIMPLIFICADO 2,117
FATOR k (xG)
ANLISE SEQENCIAL 0,610
MTODO APROXIMADO 0,493
MTODO SIMPLIFICADO 2,850
5 REFERNCIAS BIBLIOGRFICAS
CEB-FIP Model Code for Concrete structures (1990). Evaluation of the time dependent
behaviour of concrete. Bulletin d'information, Lausanne, n.199, 201p.
CHOI, C.K.; KIM, E. (1985). Multistory frames under sequential gravity loads. Journal
of Structural Engineering, ASCE, v.111, n. 11, p. 2373-2384, Nov.
GRUNDY, P.; KABAILA, A. (1963). Construction loads on slabs with shored formwork
in multistory buildings. ACI Structural Journal, v.60, n. 12, p. 1729-1738, Dec.
KRIPKA, M.; SORIANO, H.L. (1992). Sistema para anlise incremental construtiva de
edificaes. In: CONGRESSO IBERO LATINO AMERICANO SOBRE MTODOS
COMPUTACIONAIS PARA ENGENHARIA, 13., Porto Alegre. Anais. p. 381-390.
SBAROUNIS, J.A. (1984). Multistory flat plate buildings: construction loads and
immediate deflections. Concrete International, v.6, n. 2, p. 70-77, Feb.
WAI-FAH CHEN et al. (1985). Construction load analysis for concrete structures.
Journal of Structural Engeneering, ASCE, v.111, n. 5, p. 1019-1036, May.
WAI-FAH CHEN et al. (1992). Construction load distributions for laterally braced
framework. ACI Structural Journal, v.89, n. 4, p. 415-424, July-Aug.
WAI-FAH CHEN et al. (1991). Determining shoring loads for reinforced concrete
construction. ACI Structural Journal, v.88, n. 3, p. 340-350, May-June.
Resumo
As anlises apresentadas neste trabalho tm por finalidade avaliar o comportamento
global do sistema de contraventamento dos edifcios em alvenaria estrutural. O modelo
numrico utilizado consiste em uma modelagem mais precisa que as usualmente
empregadas para esse tipo de estrutura, havendo a possibilidade de incluso no
comportamento global a deformabilidade por cisalhamento das paredes e os efeitos da
toro do edifcio. Todas as anlises so desenvolvidas adotando-se comportamento
elstico linear para o sistema de contraventamento.
1 INTRODUO
1
Mestre em Engenharia de Estruturas, Aluno de Doutorado na EESC-USP, joelneto@sc.usp.br
2
Professor Doutor do Departamento de Engenharia de Estruturas da EESC-USP, correa@sc.usp.br
2.1 Apresentao
P1
P3
P4
L1
L2
P2
P5
Barras horizontais
rgidas
Barras verticais
flexveis
A
AS = (1)
c
a
eX
FX
eY
Y
FY
X
13
12
11
10
9
8
7
Nvel
6
5
4
3 Modelo 1
2 Modelo 2
Modelo 3
1 Modelo 4
0
0 0,01 0,02 0,03 0,04 0,05 0,06 0,07
Deslocamentos (m)
3
Considerando-se, segundo a NBR-10837, alvenaria no-armada e argamassa com resistncia entre
5,0MPa e 12,0MPa.
4
Em geral, a adoo de argamassa mais resistente no a soluo mais adequada. Nesse caso
agravam-se os problemas relativos s variaes volumtricas de temperatura e retrao, relacionadas
com o alto teor de cimento contido nessas argamassas.
100
Modelo 1
90
Modelo 4
80
70
Esforo cortante (kN)
60
50
40
30
20
10
0
43 45 47 49 51 53 55 57 59 61 63 65 67 69 71 73 75 77 79 81 83 85
Parede
70
Modelo 3
60 Modelo 4
40
30
20
10
0
43 45 47 49 51 53 55 57 59 61 63 65 67 69 71 73 75 77 79 81 83 85
Parede
1000
Modelo 3
900
Modelo 4
800
700
Momento fletor (kN.m)
600
500
400
300
200
100
0
43 45 47 49 51 53 55 57 59 61 63 65 67 69 71 73 75 77 79 81 83 85
Parede
M1 M2
RH1 RH2
RV1 RV2
13
12
Modelo 1
11 Modelo 2
Modelo 3
10 Modelo 4
9
8
7
Nvel
6
5
4
3
2
1
0
0 10 20 30 40 50 60 70
Esforo cortante (kN)
13
12
Modelo 3
11 Modelo 4
10
9
8
7
Nvel
6
5
4
3
2
1
0
0 100 200 300 400 500 600 700 800 900 1000
Momento fletor (kN.m)
admissvel f cis1 =0,25Mpa5. O lintel mais solicitado LX3 apresenta um esforo cortante
V=10,8kN, e seo transversal com b=14,5cm e d=165cm, resultando numa tenso de
cisalhamento =0,05MPa, bem inferior admissvel. Os lintis LX12 e LX13
apresentam esforo cortante V=9,2kN, no entanto suas sees possuem altura menor
5
Obtida de acordo com a NBR-10837, considerando-se alvenaria armada e elemento fletido. Essa tenso
admissvel define o limite para no se utilizarem estribos no elemento estrutural.
12
Lintis Lintis Vento X
Direo X Direo Y Vento Y
10
Esforo cortante (kN)
0
1 3 5 7 9 11 13 15 17 19 21 23 25 27 29 31 33 35 37 39 41 43 45
Lintel
Vale salientar que os lintis so, tambm, solicitados por flexo, com aspecto
do diagrama de momentos semelhante Figura 17. Nesse caso, deve-se determinar
uma rea de armadura adicional armadura de flexo obtida com a anlise das
cargas verticais. Os lintis sob aberturas de porta apresentam menor altura da seo
transversal, de modo que deve-se verificar a necessidade de armadura dupla quando
superpem-se as solicitaes de flexo provenientes das aes horizontais e das
cargas verticais.
5 CONCLUSES
6 REFERNCIAS BIBLIOGRFICAS
Resumo
Prope-se definir procedimentos para o projeto de cascas com forma livre, utilizando-
se recursos computacionais para definio da forma e anlise da estrutura e um
mtodo construtivo adequado a esse tipo de estrutura. Apresentam-se os resultados de
gerao e anlise estrutural de formas livres de cascas que podem ser usadas no
projeto de coberturas, utilizando-se mtodos numricos disponveis. So descritas as
experincias de execuo de dois prottipos de cobertura em casca, com aplicao de
argamassa em ncleo de material leve, posicionado entre telas de ao moldadas na
forma das membranas pnseis invertidas. Apresentam-se os resultados obtidos em
prova de carga realizada sobre um dos prottipos executados, comprovando-se o bom
desempenho da estrutura, mesmo sendo a seo formada por duas faces finas sem
conexo rgida.
1 INTRODUO
1
Professor Doutor do Departamento de Estruturas da UFPI, pedro-wellington@uol.com.br
2
Professor Titular do Departamento de Engenharia de Estruturas da EESC-USP, jbhanai@sc.usp.br
2 ESTADO DA ARTE
2.1 Generalidades
A metodologia usual de projeto de coberturas em casca de concreto consiste
em tomar uma superfcie definida analiticamente e cortar dessa superfcie um certo
segmento, podendo-se obter assim cpulas esfricas e cascas cilndricas entre outras
(a) (b)
Figura 1 - Casca sobre planta triangular (a) com definio estrutural e (b) com definio
geomtrica da forma. Vistas frontal e lateral
A classificao das cascas com forma livre pode ser feita com base no tipo de
modelo usado na definio de sua superfcie mdia. VIZOTTO (1993) apresenta
alguns tipos de modelos propostos e efetivamente empregados no projeto de cascas
com forma livre. A partir do trabalho de VIZOTTO (1993) nota-se que, basicamente,
os modelos usados so as membranas suspensas, as membranas pneumticas e as
formas de fluxo, e pode-se concluir que com tais modelos as cascas com forma livre
tero sempre curvatura gaussiana positiva em quase toda a sua extenso, com
exceo de regies prximas s bordas da estrutura (Figura 2).
Figura 2 - Inverso da curvatura prximo das bordas de cascas com forma livre
livre pois, como se comentou, tais cascas tem geralmente curvatura gaussiana
positiva, portanto encaixam-se perfeitamente na definio de cpulas que so cascas
de dupla curvatura submetidas principalmente a esforos de compresso (Vocabulrio
de Teoria das Estruturas LNEC).
Por outro lado, caso o processo construtivo seja moldagem in loco, um maior
abatimento, por proporcionar menor inclinao da superfcie da casca, pode facilitar o
lanamento do concreto.
No primeiro artigo que trata do assunto de anlise de cascas com forma livre,
particularmente de cascas funiculares, RAMASWAMY (1958) apresenta como uma
das vantagens desses tipos de cascas o fato de que no necessrio um tedioso
clculo de esforos da estrutura j que a sua superfcie foi encontrada escolhendo o
estado de tenses que se deseja. No entanto, o estado de tenses escolhido s se
verifica para o carregamento utilizado na definio da superfcie mdia da forma
suspensa. Na estrutura definitiva dois fatores alteram esse estado de tenses:
carregamentos diferentes daquele utilizado na gerao da forma suspensa e a rigidez
da estrutura definitiva a esforos de compresso.
Outras aes que podem atuar na cobertura alm do peso prprio so:
variao de temperatura; deformaes impostas por retrao ou movimentos de
apoios; e sobrecargas assimtricas.
A abordagem mais eficiente para anlise estrutural de cascas com forma livre,
por muitos motivos, consiste na utilizao de mtodos numricos, como o Mtodo dos
Elementos Finitos (MEF).
Porm existem mtodos simplificados como o apresentado por ODELLO &
ALLGOOD (1973), definido a partir de ensaios em vrios modelos e prottipos de
cascas sobre planta quadrada e apoiadas ao longo das bordas (ver Figura 17).
ODELLO & ALLGOOD (1973) ensaiaram um total de 20 (vinte) modelos em escala
reduzida, sendo dezessete com dimenses em planta de 20 x 20 (510mm x 510mm)
e trs com dimenses em planta de 8 x 8 (2400mm x 2400mm). Os modelos
estruturas tinham relao vo/flecha limitados a 20 e relao vo/espessura limitados
a 200. Alm disso, foi construdo um prottipo com dimenses em planta de 35 x 40
(11m x 12m), que tambm foi ensaiado.
Primeiramente foram testadas quatro cascas sem qualquer armadura, com
relaes vo/flecha variveis, e os tipos de falha que ocorreram so mostrados na
Figura 5. A flambagem, de acordo com os autores, foi o tipo de colapso mais
frequente nos ensaios, principalmente quando a espessura era pequena e a casca era
muito abatida.
Com os ensaios, ODELLO & ALLGOOD (1973) chegaram s seguintes
concluses:
O esforo de compresso na casca (N) e a fora de trao nas vigas de
borda (H) podem ser obtidos, respectivamente, pelas expresses:
H = Na (2)
Figura 5 - Tipos de runa das cascas ensaiadas por ODELLO & ALLGOOD (1973)
b
K = 0 ,40 e 40
(4)
As cascas de 2,40m ensaiadas por ODELLO & ALLGOOD (1973), que tinham
espessura de 11mm, romperam com carga de 12kN/m2.
O prottipo ensaiado por ODELLO & ALLGOOD (1973) alcanou a carga
uniforme de 6,5kN / m2. A espessura da casca era de 2 (51mm) e a flecha de 30
(760mm) o que d relaes vo/flecha de 16 e vo/espessura de 240; as dimenses
das vigas de borda no so descritas no artigo. Houve desenvolvimento de fissuras
correspondentes ao colapso com formao de mecanismo prximo runa, porm a
ruptura foi localizada, com snap-through. Os autores atribuem o colapso a falhas no
processo construtivo, que ocasionaram desvios na superfcie mdia da casca.
Apesar de apresentarem frmulas simples para anlise de cascas com forma
livre (de um tipo especfico) no se deve deixar de lembrar que ODELLO & ALLGOOD
(1973) recomendam que clculos de tenses utilizando-se mtodos numricos podem
dar valores mais precisos e que as expresses apresentadas deveriam ser usadas
apenas em fase de anteprojeto.
Na Figura 6 apresentam-se os resultados dos ensaios de ODELLO &
ALLGOOD (1973). No grfico mostra-se a carga de colapso versus , parmetro
obtido com a eq. 5. Para valores de menores que 2 o colapso foi sempre por snap-
through de uma pequena regio. Para maior que 2 a flambagem alcanava uma
regio maior da casca. Finalmente, nas cascas com valores de maiores que 8 o
colapso se deu por falha da viga de borda.
= (t x zm / b2)2 (5)
transmitida para os lados. Os ensaios de ODELLO & ALLGOOD (1973) mostram que
esse comportamento, nesse tipo de estrutura, no corresponde realidade prximo
de ruptura, quando a carga ento transmitida diretamente para os cantos. Alm
disso, ODELLO & ALLGOOD (1973) indicam que a casca se comportou
elasticamente apenas para valores de carga da ordem de 20% da carga ltima. Logo
a anlise simplificada de RAMASWAMY (1986) provavelmente pode ser utilizada
apenas para valores de carga baixos (comparados com a carga ltima), quando se
tem regime elstico. Porm, como determinar o valor da carga ltima? Caso se
utilizem mtodos simplificados, esses devem ser complementados por ensaios. Por
outro lado, os ensaios mostram que h vrios modos de colapso, de acordo com as
caractersticas da casca e da viga de borda. Portanto h demanda de grande nmero
de ensaios para cobrir as vrias situaes possveis, o que pode ser minimizado
utilizando-se mtodos mais refinados para complement-los.
De acordo com SCHNOBRICH (1991), a utilizao de mtodos de anlise
no-linear por elementos finitos a alternativa mais eficiente nos dias de hoje para
suplementar testes em laboratrio feitos sobre cascas de concreto.
MANG (1991) aponta que h ainda uma distncia muito grande entre o
estado-da-arte de anlise no-linear de cascas de concreto por elementos finitos e a
prtica corrente de projeto dessas estruturas, na qual se utilizam mtodos clssicos, e
que essa distncia deveria ser encurtada com a elaborao de modelos numricos
mais sofisticados, que podem auxiliar o projetista. O citado autor diz que os mtodos
atuais, nos quais se utilizam equaes constitutivas realistas, alm de trazerem
melhorias em relao aos mtodos clssicos, podem ser teis na simulao do
comportamento de cascas levando-se em conta adequadamente vrios fenmenos
mecnicos. Porm, embora isso possa ser relevante para a determinao do estado
de tenses mais real de uma estrutura e para a anlise de exemplos acadmicos, sua
influncia sobre a resposta estrutural de uma estrutura de concreto bem projetada
muito menor.
Pode-se concluir que os procedimentos clssicos de clculo de esforos em
regime elstico e dimensionamento de estruturas de concreto, embora desprezem
muitos efeitos mecnicos complexos, que de fato ocorrem na estrutura, podem trazer
bons resultados e, principalmente, dar origem a uma estrutura bem projetada.
Porm, a determinao de modo de ruptura bem como da carga de ruptura deve ser
feita com utilizao de mtodos requintados, sendo o Mtodo dos Elementos Finitos o
mais indicado atualmente, podendo-se representar de maneira mais exata a
geometria da estrutura.
Figura 8 - Vista esquemtica de equipamento de projeo de concreto por via seca, extrada de
FIGUEIREDO (1992)
z=
5 g
2
1
8 N a +b 2
(
a 2 x 2 b2 y2 ) ( ) (6)
z1 z2 z3 zsimpl
0,6
0,5
0,4
z * (N/g)/a2
0,3
0,2
0,1
0
1 1,1 1,2 1,3 1,4 1,5 1,6 1,7 1,8 1,9 2
b/a
Figura 9 - Comparao entre valores de zmx calculados com a expresso da Tabela 1 com
um, dois e trs termos da srie (z1, z2 e z3) e o valor de zmx calculado com a eq.6
(zsimpl)
Por exemplo, para uma casca com a=b=20m, na qual se pretende adotar
flecha de 1/10 do vo, tem-se z*(N/g)/a2 0,3. Sendo g=2,50kN/m2, dado de projeto, e
zmx = 2,00m o valor de N ser de 37,5kN/m. Com o valor de N possvel estimar a
espessura da casca tomando-se como base um valor de tenso admissvel no
concreto, por exemplo 7MPa, o que daria espessura da ordem de 0,5cm. Nota-se que
um valor impossvel de ser adotado pensando-se em termos construtivos e, alm
disso, apesar de se ter o material submetido a tenso baixa haver com certeza
problema de flambagem da estrutura se for adotada espessura to pequena. Uma
alternativa para estimativa da espessura mnima pode ser o valor recomendado por
WILBY (1993), de L/450, o que resultaria em cerca de 4,5cm. Poder-se-ia adotar,
ento, 5,0cm para a espessura da casca. Isso apenas o pr-dimensionamento da
seo que naturalmente precisa ser confirmado em anlise mais apurada.
Utilizando a formulao proposta por ODELLO & ALGOOD (1973), mostrada
no Captulo 2, encontram-se os seguintes valores de esforos:
A estrutura apresentada no Item 3.1 foi obtida com modelo suspenso apoiado
ao longo das bordas. Isso obrigou a estrutura definitiva a ter bordas retas e
consequentemente vigas de borda para amenizar os esforos de trao. Cabe nesse
momento um esclarecimento, j que no foi feita uma otimizao da seo da viga de
borda; provavelmente aumentando-se sua rigidez conseguir-se-ia que esse elemento
absorvesse mais trao aliviando assim a casca. Porm, os valores de esforos
encontrados nos dois elementos, viga e casca, no demandam taxas de armadura
que inviabilizem seu uso.Por outro lado, uma alternativa para se eliminarem as vigas
a utilizao de modelos suspensos apoiados por pontos, que tero assim bordas
auto-modeladas, evitando-se a necessidade de vigas na estrutura definitiva.
Foram feitos vrios modelos de membranas suspensas presas nos cantos e
submetidas a carga uniforme. Na Figura 11 apresenta-se a forma tpica dessas
estruturas j invertidas. Na Figura 12 encontram-se curvas carga x deslocamento
mximo para membranas suspensas presas nos quatro cantos, que podem auxiliar a
gerao dessas formas quando se deseja determinada flecha no modelo, orientando
na escolha do valor da carga.
Foram feitas representaes da superfcie dessas cascas por curvas de nvel
(Figura 13). Nota-se que as estruturas se assemelham a cpulas sobre apoios em
forma de leque. Os resultados do processamento dos modelos, devidamente
invertidos, indicam que nesses leques tem-se em certa extenso, basicamente,
compresso uniaxial e pequenos esforos de flexo, enquanto que na cpula nota-se
compresso biaxial, para carga uniforme.
Figura 11 - Exemplos de cascas geradas por analogia com membranas suspensas presas em
quatro cantos
Figura 13 - Curvas de nvel de casca com forma de membrana suspensa presa em quatro
cantos
Figura 14 - Exemplos de casca com forma de membrana pnsil invertida sobre planta triangular
e apoiadas apenas nos vrtices
4.1 Prottipo I
4.2 Prottipo II
4.3 Comentrios
5 CONCLUSES
carregamento, mesmo sendo suas faces finas e ligadas apenas por conectores
flexveis, no caso fios de ao CA-60, dobrados em forma de Z. Isso se deveu ao fato
de existirem elementos de borda com grande rigidez e tambm predominncia de
esforos de membrana sobre os de flexo, devido forma da estrutura. O processo
executivo proposto apresenta como vantagens: (1) execuo por camadas, o que
permite a utilizao de cimbramento leve e introduo gradual de carga na estrutura;
(2) reduo das dispendiosas frmas; (3) bom desempenho termoacstico da
estrutura, devido ao ncleo de material leve. , portanto uma alternativa interessante
para viabilizar a execuo de coberturas em casca de concreto com forma livre.
6 BIBLIOGRAFIA
BILLINGTON, D.P. Concrete thin shells of revolution. In: MEDWADOWSKI, S.J. et al.
Concrete thin shells. Proc. ACI Symposium, New York, 1970. 2ed. s. l., ACI, 1980.
HEGER, F.J.; ZAGHARMEE, M.S. Buckling of thin concrete domes. ACI Journal,
NovemberDecember, 1983.
HEGER, F.J. Concrete domes for water and wastewater tanks. ACI Structural
Journal, p. 445-452, 1990.
ODELLO, R. J.; ALGOOD, J.R. Shells for standard floor and roof elements. Journal
of Structural Division, ASCE, v.99, n.ST10, p.1999-2009, October, 1973..
RAMASWAMY, G.S. The theory of a shell in the form of a Prandtl membrane. Civil
Engineering and Public Works Review, v.53, n. 626, August, 1958.
RAMASWAMY, G.S.; CHETTY, S.M.K.; BHARGAVA, R.N. Casting and testing a shell
roof unit. Civil Engineering and Public Works Review, v.53, n.626, August, 1958.
RAMASWAMY, G.S. Design and construction of concrete shell roofs. New York,
McGraw-Hill, 1968.
WILBY, C.B. Concrete dome roofs. Longman Scientific & Technical, 1993. 313p.
Resumo
Este trabalho trata da evoluo natural do modelo de clculo em regime elstico
linear, largamente empregado no dimensionamento de pavimentos de concreto armado,
para um modelo com maior capacidade de representao. A considerao da no-
linearidade fsica do material concreto armado incorporada a um sistema
computacional em elementos finitos segundo modelos no-estratificados, atravs da
generalizao das formulaes para o campo dos esforos. O elemento de barra
abordado em campo uniaxial, verificando-se o escoamento produzido pela flexo. Para
o elemento de placa, estabelece-se o critrio de escoamento de Von Mises com leis
associativas particularizado ao estado plano de tenses (EPT). Essas tenses so
integradas ao longo da espessura do elemento, permitindo escrever o critrio em
funo do terno de valores de momentos atuantes. Por fim, os modelos de barra e placa
so integrados ao sistema computacional, resultando um sistema de anlise no-linear
de pavimentos de concreto armado. A caracterizao do comportamento fsico da seo
transversal feita segundo um diagrama momento-curvatura trilinear. A aplicao do
modelo proposto a um pavimento convencional, juntamente com uma proposta para a
anlise de pavimentos com a considerao da no-linearidade fsica, evidenciam a
viabilidade de seu emprego em projetos usuais de pavimentos de concreto armado.
1 INTRODUO
1
Doutor em Engenharia de Estruturas EESC-USP, richard.oliveira@embraer.com.br
2
Professor Doutor do Departamento de Engenharia de Estruturas da EESC-USP, correa@sc.usp.br
onde : J2 =
1
6[ (
2
]
1 3 ) + ( 1 2 ) + ( 2 3 )
2 2
- o 2o invariante das
tenses desviadoras;
1 , 2 , 3 - tenses principais do estado tridimensional de tenses.
De acordo com OWEN & HINTON (1980), pode-se definir uma tenso efetiva
ef
( ) de acordo com a expresso 2.6.
ef = 3. J2 y (2.6)
Coloca-se a seguir, na Figura 2.1, uma interpretao geomtrica do critrio de
Von Mises para o estado tridimensional (ETT) e plano de tenses (EPT) no espao
das tenses principais.
eixo hidrosttico
2.K
1 = 2 = 3
superfcie de
escoamento
superfcie de 3k
escoamento
3.K
(
= E. e = E p ) (2.8)
( )
k p = p
d
d
(2.14)
b) Critrio de plastificao
Por tratar-se de um modelo constitutivo uniaxial, o critrio de plastificao deve
ser referido a uma nica varivel de anlise. Define-se, ento, uma funo f:R R ,
denominada critrio de plastificao e pertencente a um espao de tenses possveis
E convexo e fechado tal que:
(
f:R R / f ( ) = y + k. 0 ) (3.2)
E = { R / f ( ) 0} (3.3)
. .
>0 e f=0 ( .f = 0 )
- condio de consistncia:
. . .
se f = 0 , tem-se f 0 , portanto .f = 0 (3.6)
A condio de consistncia pode representar um descarregamento, onde:
. . . .
=0 e f <0 ( .f = 0 )
do critrio de plastificao: f ( ) = y + k. 0 , ( )
(
f ( i+1 ) = i+1 y + k. i+1 0 ) (3.10)
.
da condio de Kuhn-Tucker: .f = 0
.
i+1 . f ( i+1 ) = . f ( i+1 ) = 0 , pois t 0 (3.11)
.
onde: = t. i +1 .
Para que o processo iterativo possa ser iniciado, as expresses 3.8 a 3.11
devem estar relacionadas a um estado de tenses originrio de uma tentativa inicial
que ser tomada, por simplicidade, como o resultado da aplicao de relao elstica
linear entre tenso e deformao. A indicao das variveis relativas a esse estado de
tenses ser feita atravs do superndice t. Com a tentativa de comportamento
elstico linear, resultam:
ip(t ) p
+1 = i (passo elstico) (3.12)
[
ti+1 = E. i+1 pi ] (3.13)
it+1 = i (3.14)
(
fit+1 = it+1 y + k. i ) (3.15)
As variveis de estado {, , }
p
i +1
no instante de tempo final t i+1 = t i + t
podem agora ser reescritas com relao aos seus valores oriundos da tentativa em
regime elstico linear, atravs de uma expresso para 0 obtida pela imposio
da condio fi+1=0.
fi+t 1
= (3.16)
(E + k )
As variveis de estado atualizadas so ento dadas pelas expresses 3.17 a
( )
3.19, podendo-se utilizar a 3.17 para provar que: sin it+1 = sin( i+1 ) .
( )
i+1 = it+1 E. . sin it+1 (3.17)
pi+1 = pi + . sin( ) t
i +1 (3.18)
i+1 = i + (3.19)
[ ]
1
u i+1 = K iG . Fiext
+1 , (3.22)
ef
M= . z. dz (3.29)
h
z =
2
i = B
e =1
T
ij . dL e + Fi ext
= B. M . dL
e =1
e e (3.30)
0 0
= su = e + p (4.1)
b) Critrio de plastificao
Em se tratando de um modelo constitutivo triaxial, o critrio de plastificao
deve referir-se tenso efetiva para o critrio de Von Mises, expressa por:
ef = 3. J2 .
O critrio definido pela funo f:LinxR m R , denominado critrio de
plastificao, e o conjunto E tem o mesmo significado do caso uniaxial:
(
f:LinxR m R / f ( , q) = ef y + k. 0) (4.2)
E = {(, q) LinxR m
/ f ( , q) 0 } (4.3)
. .
[ ]
p = r (, q) (4.4)
[ ]
. .
q = h( , q) (4.6)
1
onde: S = tr ;
3
- tensor das tenses no espao tridimensional;
tr = 1 + 2 + 3 - o trao do tensor das tenses .
S
onde: n = = r ( , q) - vetor direo do fluxo plstico segundo uma lei associativa.
S
{
onde: S = S xx S xy S yy S zz } - representa o tensor desviador completo;
s zz = m ;
{
S* = S xx S yy S xy } - representa o tensor desviador incompleto;
2 1 0
1
P = 1 2 0 - relaciona o tensor das tenses ao respectivo desviador.
3
0 0 6
Desse modo, pode-se reescrever S como:
S = TP (4.15)
f ( , q) = T P
2
3
(
y + k. ) (4.16)
. .
p = P (4.17)
. . 2 T
= P (4.18)
3
[
i+1 = C i+1 pi+1 ] (4.22)
.
onde : i+1 = t. i+1 para simplificao da notao utilizada;
i+1 - deformao plstica efetiva no incremento i + 1 ;
f i+1 = iT+1P i+1 ;
C - matriz dos mdulos constitutivos de rigidez para o EPT.
A condio de complementaridade de Kuhn-Tucker, reescreve-se:
f ( i+1 , qi+1 ) 0 , e i+1 0
i+1f ( i+1 , qi+1 ) = 0 , pois t 0 (4.23)
[
it+1 = C i+1 pi ] (4.24)
qit+1 = qi (4.26)
(
fi+t 1 = f it+1, qi+1 ) (4.27)
[ ]
1
i+1 ( ) = C 1 + i+1P (4.28)
( ) (
onde: k i+1 = y + k. i+1 ).
elevando-se ao quadrado ambos os membros da expresso, tem-se:
2
f 2 = f 2. f.
2
3
( ) 2
3
1 2
2
( )
2
3
1
. k i+1 + . k 2 i+1 = f f. . k i+1 + . k 2 i+1 = 0
3
( ) ( )
agrupando-se os termos semelhantes, e recorrendo-se expresso 4.30, vem:
[f ( )] 1
[ ] [R( )]
2
f ( i +1 )
2 2
i +1 = i +1 =0 (4.31)
2
onde:
2
[ ( )] 1
[R( )]
2
1 2
. i+1 . f i+1 ( i+1 ) ;
2
i +1 = k i +1 = k i + (4.32)
3 3 3
( ) ( ) ( )
2 2 2
t
+ ty t
ty + 4 t xy
[f( )]
2 x x
i +1 = + . (4.33)
2[1 + 2G i+1 ]
2 2
E
6. 1 + i+1
3(1 )
[ f ( )]
2
- Resoluo da equao 4.31 com i +1 dado pela expresso 4.33,
obtendo-se o valor de i+1 ;
- A partir de i+1 , determinam-se as variveis de estado no instante i+1, pelas
expresses 4.28, 4.29, 4.21 e 4.20 (na ordem indicada).
2. R =
2
3
(
. k. i +1 . )
[ ]
1
ui+1 = K iG . Fiext
+1 , (4.36)
onde : ief+1 = 2. J2t - tenso efetiva do critrio de Von Mises relativo ao estado de
tentativa;
yi = yi 1 +
2
3
( )
k. i - tenso de escoamento para o caso triaxial.
Para o EPT no plano xy, o momento efetivo pode ser expresso de acordo com
os esforos de placa, atravs da integrao da tenso efetiva dada por 2.J2 :
Mef =
2
3
( )
. M2x + M2y M x .M y + 2.M2xy (4.44)
Mr
Dr =
1
rr
M y Mr
Dy =
1 1
r y rr
Mu M y
Du =
1 1
ru r y
Figura 4.4 - Diagrama momento-curvatura trilinear para sees de concreto armado
O momento de fissurao determinado no estdio Ia desprezando-se a
existncia das armaduras, em conformidade com o item 1.1.2 do Anexo da NB-1/78. A
resistncia do concreto trao na flexo assume os valores dados em 4.46 ou 4.47,
conforme a seo transversal.
O momento de fissurao pode ser obtido pela expresso:
fctm . b. h 2
Mr = (4.50)
6
da expresso clssica de flexo: M = -E.I.(1/r), deduz-se a curvatura correspondente :
1 2. fctm
= * (4.51)
r r Ec .h
O escoamento da seo transversal, como utilizado por CORRA (1991),
inicia-se com o escoamento da armadura tracionada ( st = fyk ) . O concreto
tracionado no contribui, e as tenses de compresso tanto no concreto como no ao
comprimido so proporcionais s respectivas deformaes. A Figura 4.5 ilustra o
estado de tenses e de deformaes na seo transversal.
( ) (
e A s + A s\ + e . e . A s + A s\ ) ( )
+ 2. b. A s\ . d\ + A s . d
2
x= (4.52)
b
Es
onde: e = - razo entre os mdulos de deformao.
E c*
A partir da posio da linha neutra pode-se observar ou o escoamento da
armadura tracionada, ou fibra mais comprimida do concreto atingindo a tenso
c = fcm . Supondo-se o escoamento da armadura de trao, tem-se:
f yk . A s
c = (4.53)
*
E c . x. b + A \ .E . (
x d\ )
2 s s
x
c = Ec* . c (4.54)
se ( c fcm ) , ento a hiptese de escoamento da armadura coerente, e passa-se
determinao do momento fletor de escoamento dado pela expresso 4.56. Caso
contrrio, se ( c > fcm ) , a hiptese no se confirma. Neste caso, parte-se para a
verificao da segunda hiptese: fibra mais comprimida do concreto com c = fcm ,
com deformao:
c = *c (4.55)
Ec
e, a partir dos valores da tenso e da deformao no concreto, calcula-se o momento
relativo ao escoamento dado pela expresso 4.56:
. x. b
My = c .d
x
+
[ (
c . x d\ )]
(
.E s . A \s . d d\ ) (4.56)
2 3 x
e a respectiva curvatura:
1 st
= = c (4.57)
r y ( d x) x
Por fim, o momento ltimo para a seo determinado segundo uma das
alternativas colocadas na Figura 4.6 ou 4.7. A primeira alternativa consiste em admitir
que a fibra mais comprimida do concreto atinja a deformao de 0.35% ( c = fcm ) ,
enquanto a deformao na armadura de trao atue com valores inferiores a 1.00%
( )
st = fyk . A segunda alternativa admite deformao de 1.00% na armadura de
trao, enquanto que a deformao na fibra mais comprimida do concreto situe-se
entre os valores de 0.20% e 0.35%. Como permite o item 4.1.1.1 da NB-1, o diagrama
parbola retngulo foi substitudo pelo retngulo equivalente. Uma terceira alternativa
consiste no caso em que a deformao na armadura tracionada atinge o valor mximo
de 1%, sem que no entanto, a fibra mais comprimida do concreto apresente
deformao igual ou superior a 0.20%. Neste caso, o diagrama retangular deixa de
existir, sendo substituido pelo diagrama triangular representado na Figura 4.7, de
acordo com uma 3a hiptese.
1a hiptese 2a hiptese
[ ( ) (
b = ( 0,8.b.fcm .d) + 0,01. A \s .E s + A s . f yk )] (4.60)
[( ) (
c = 0,01. A \s .E s . d\ + A s . f yk . d )] (4.61)
onde:
sc =
(
0,0035. x d\ ) - para a 1a hiptese; (4.63)
x
sc =
(
0,01. x d \ ) - para a 2a hiptese. (4.64)
(d x)
1 0,010
= - para a 2a hiptese. (4.66)
ru d x
[( ) ( )] ;
b = 2. A \s .E s + 200. A s . f yk (4.69)
5 APLICAO
Legenda:
elementos grupo I
elementos grupo II
elementos grupo III
domnios desse grupo. Sugere-se que dentro de cada grupo, o valor de esforo
referencial pr estabelecido no seja ultrapassado em mais de cerca de 10%. Se um
dos grupos no atender a um desses quesitos, aborta-se o procedimento, que deve
ser reiniciado com a adoo de novos grupos de um dos dois modos distintos:
alterando-se a geometria das faixas que o compem, ou modificando-se o valor de
referncia imposto ao grupo.
Observando os resultados deste exemplo, pode-se verificar a concordncia
entre as faixas adotadas para os grupos e a distribuio dos esforos no pavimento.
Desse modo, procede-se a armao do pavimento para os esforos obtidos, de
acordo com as Figuras 5.14. e 5.15. A Tabela 5.5 apresenta as armaduras de
dimensionamento das vigas.
6 CONCLUSO
7 BIBLIOGRAFIA
Resumo
Neste trabalho so discutidos os procedimentos simplificados para a considerao da
no linearidade fsica (NLF) e da no linearidade geomtrica (NLG) na anlise de
edifcios de concreto armado. Deste modo, pretende-se estabelecer o grau de
confiabilidade desses processos. Algumas prescries para reduo na inrcia dos
elementos estruturais so comparadas com os resultados obtidos atravs de modelos
em elementos finitos, permitindo, assim, a avaliao destas prescries. Um estudo
detalhado do parmetro z, como majorador dos esforos em primeira ordem para a
obteno dos esforos finais em segunda ordem, efetuada, de modo que se possa
estabelecer, de forma mais clara, as vantagens e as limitaes deste parmetro.
1 INTRODUO
1
Doutor em Engenharia de Estruturas EESC-USP, rivpinto@uol.com.br
2
Professor Associado do Departamento de Engenharia de Estruturas da EESC-USP, ramalho@sc.usp.br
3
Os deslocamentos horizontais podem ser devidos a assimetria na geometria da estrutura ou no
carregamento, a imperfeies geomtricas ou a outros fatores diversos da ao horizontal.
2 NO-LINEARIDADE FSICA
v
u
3 3
1 2 1 2
4 BAR3
8 QPM8
7 6 5
Parmetro :
Este parmetro reduz o mdulo de elasticidade transversal para representar a
transferncia de cisalhamento entre as superfcies de fissuras. Para o mesmo, devem
ser adotados valores baixos (menores que 0,5) se o modo de ruptura for determinado
pelo cisalhamento. Como no caso de vigas a ruptura determinada
predominantemente pela flexo, ser assumido =0,8 (prximo de 1).
Parmetro de amaciamento :
No tipo de problema analisado a ruptura ocorre principalmente devido
flexo. Por isso, o valor do parmetro de amaciamento ser adotado como 35,
conforme Manual de Verificao II do LUSAS (1995).
4
Na teoria da plasticidade, as tenses atuantes em planos igualmente inclinados em relao aos eixos
coordenados so chamadas tenses octadricas.
Este parmetro definido pela razo entre a parcela de tenso que excede yo
e a deformao plstica (figura 2.2), sendo: = tan 1 C 1 .
Tenso de ruptura
uniaxial
yo
p lim
Deformao plstica
efetiva p
d x
h d
qd
15 cm
60 cm 600 cm
qd
15 cm
60 cm 600 cm
1,25
1,15
1,05
Beta x =0.28
Beta x =0.32
0,95 Beta x =0.36
Beta x =0.40
EI eq/EcIg
0,55
0,45
0,35
0,1 0,2 0,3 0,4 0,5 0,6 0,7 0,8 0,9 1
Md / Md rup
Observa-se pela figura 2.5 que, para as vigas biapoiadas, quando a linha
neutra se encontra nas proximidades do domnio 2 (x=0,28) o valor de EIef se
aproxima de 0,40 EcIg. medida que a linha neutra se aproxima do domnio 4
(x=0,6283), o valor de EIef se aproxima de 0,60 EcIg. Resultando em mdia um valor
de EIef de 0,50 EcIg.
1,20
1,10
Beta x =0.28
Beta x =0.32
1,00 Beta x =0.36
Beta x =0.40
EI eq/EcIg
Beta x =0.44
0,90 Beta x =0.48
Beta x =0.52
Beta x =0.56
0,70
0,60
0,1 0,2 0,3 0,4 0,5 0,6 0,7 0,8 0,9 1
Md / Md rup
que as vigas com armadura simples. Este comportamento era esperado, uma vez que
a armadura restringe a fissurao, que uma das principais causas da reduo de
inrcia nas peas de concreto armado.
Md
Nd
280 cm
50cm
25 cm
Nd Md A s f yd
d = ; d = ; = .
A c f cd A c f cd h A c f cd
p1
F1
p2 F1=7,6 kN
F2 F2=13,8 kN
p2 p1=0,268 kN/cm
F2 p2=0,380 kN/cm
2
Ecm=3030 kN/cm
12x290 cm
p2 2
20x70 cm
F2
p2
F2
p2
F2
2
25x75 cm
255 cm
0.70
2.20
12x2.90
0.70
2.90
2.20
14
13
12
11
10
9
8
Pavimento
7
6
5
Lusas
4
Ip=Ig; Iv=Ig
3 Ip=Ig; Iv=0,5Ig
2 Ip=0,8Ig; Iv=0,5Ig
1 Ip=Ig; Iv=0,6Ig
0
0 1 2 3 4 5 6 7 8
flecha (cm)
Figura 2.10 - Deslocamento nos pavimentos segundo diferentes redues de inrcia para vigas
e pilares
3 NO-LINEARIDADE GEOMTRICA
Para tornar vivel a execuo das anlises propostas ser utilizado o sistema
LASER, RAMALHO (1990), adaptado por CORRA (1991) para a considerao da
NLG. Esse sistema permite a anlise de estruturas compostas por barras, dispostas
no espao e submetidas a carregamentos aplicados nos ns.
Colunas I = 0,8 Ig
Vigas com armadura nas duas faces I = 0,5 Ig
Vigas com armadura em uma face I = 0,4 Ig
Lajes I = 0,3 Ig
n n
FHi =
i
Pi
i +1
Pi+1 tg( )
(3.1)
n n
onde i
Pi a carga vertical total at o pavimento i, P
i +1
i +1 a carga vertical total at o
S d = f 3 S( f 1 f 2 Fk ) (3.2)
g1 g + q1 q 0
Assim, f = = 0,8 g1 + 0,2 q1 0
g+q
fv = 0,8 1130
, + 0,2 1217
, 0
1001
, 0 = 0,4
fv = 0,904 + 0,243 0 = 1074
, 0 = 0,7
1098 0 = 0,8
,
sendo:
f cj = f ck + 3,5MPa (3.4)
Pid x id
= (3.6)
a d Pd
Direo x :
Direo y :
4 AVALIAO DO COEFICIENTE Z
1,40 NLG
Proc. Simplif.
1,20
1,00
Acrscimos
0,80
0,60
0,40
0,20
0,00
1 3 5 7 9 11 13 15 17 19 21 23 25 27 29 31 33 35 37 39 41 43 45 47 49
Edifcios
Figura 4.1 - Comparao entre os acrscimos de esforos normais devidos ao vento nos
pilares em segunda ordem e o z
1,60
NLG
1,40 Proc. Simplif.
1,20
Acrscimos
1,00
0,80
0,60
0,40
0,20
0,00
1 3 5 7 9 11 13 15 17 19 21 23 25 27 29 31 33 35 37 39 41 43 45 47 49
Edifcios
Figura 4.2 - Comparao entre os acrscimos de momentos fletores nos pilares em segunda
ordem e o z
1,290
1,257
1,196
1,170
1,157
z
1,140
1,129
1,116
1,104
1,076
1,060
1,040
-3,00 -2,00 -1,00 0,00 1,00 2,00 3,00 4,00 5,00 6,00
Acrsc. < z Dif. % entre acrscimos mdios e o z Acrsc. > z
Figura 4.3 - Diferena % entre os acrscimos mdios de momentos fletores nos pilares em
segunda ordem e o z
1,40 NLG
Proc. Simplif.
1,20
1,00
Acrscimos
0,80
0,60
0,40
0,20
0,00
1 3 5 7 9 11 13 15 17 19 21 23 25 27 29 31 33 35 37 39 41 43 45 47 49
Edifcios
Figura 4.4 - Comparao entre os acrscimos de momentos fletores nos pilares em segunda
ordem e o z - Faixa 1
1,458
1,290
1,257
1,196
1,170
1,157
z
1,140
1,129
1,116
1,104
1,076
1,060
1,040
-7,00 -6,00 -5,00 -4,00 -3,00 -2,00 -1,00 0,00 1,00 2,00 3,00 4,00
Figura 4.5 - Diferena % entre os acrscimos mdios de momentos fletores nos pilares em
segunda ordem e o z - Faixa 1
Para a faixa 2 observa-se , nas figuras 4.6 e 4.7, que a grande maioria dos
edifcios apresenta resultados contra a segurana, ou seja, os acrscimos de segunda
ordem so maiores que o valor do z. As diferenas tornam-se maiores medida que
os valores de z aumentam. Para z acima de 1,3 essas diferenas esto acima de 6%
contra a segurana, atingindo at valores da ordem de 19%.
1,80
NLG
1,60
Proc. Simplif.
1,40
Acrscimos
1,20
1,00
0,80
0,60
0,40
0,20
0,00
1 3 5 7 9 11 13 15 17 19 21 23 25 27 29 31 33 35 37 39 41 43 45 47 49
Edifcios
Figura 4.6 - Comparao entre os acrscimos de momentos fletores nos pilares em segunda
ordem e o z - Faixa 2
1,458
1,290
1,257
1,196
1,170
1,157
z
1,140
1,129
1,116
1,104
1,076
1,060
1,040
-2,00 0,00 2,00 4,00 6,00 8,00 10,00 12,00 14,00 16,00 18,00 20,00
Figura 4.7 - Diferena % entre os acrscimos mdios de momentos fletores nos pilares em
segunda ordem e o z - Faixa 2
1,60
NLG
1,40 Proc. Simplif.
1,20
Acrscimos
1,00
0,80
0,60
0,40
0,20
0,00
1 3 5 7 9 11 13 15 17 19 21 23 25 27 29 31 33 35 37 39 41 43 45 47 49
Edifcios
Figura 4.8 - Comparao entre os acrscimos de momentos fletores nos pilares em segunda
ordem e o z - Faixa 3
1,458
1,290
1,257
1,196
1,170
1,157
z
1,140
1,129
1,116
1,104
1,076
1,060
1,040
-4,00 -2,00 0,00 2,00 4,00 6,00 8,00 10,00 12,00 14,00
Acres. < z Dif. % entre acrscimos mdios e o z Acres. > z
Figura 4.9 - Diferena % entre os acrscimos mdios de momentos fletores nos pilares em
segunda ordem e o z - Faixa 3
1,40 NLG
Proc. Simplif.
1,20
1,00
Acrscimos
0,80
0,60
0,40
0,20
0,00
1 3 5 7 9 11 13 15 17 19 21 23 25 27 29 31 33 35 37 39 41 43 45 47 49
Edifcios
Figura 4.10 - Comparao entre os acrscimos de momentos fletores nos pilares em segunda
ordem e o z - Faixa 4
1,458
1,290
1,257
1,196
1,170
1,157
z
1,140
1,129
1,116
1,104
1,076
1,060
1,040
-15,00 -10,00 -5,00 0,00 5,00 10,00 15,00
Acres. < z Dif. % entre acrscimos mdios e o z Acres. > z
Figura 4.11 - Diferena % entre os acrscimos mdios de momentos fletores nos pilares em
segunda ordem e o z - Faixa 4
1,40 NLG
Proc. Simplif.
1,20
1,00
Acrscimos
0,80
0,60
0,40
0,20
0,00
1 3 5 7 9 11 13 15 17 19 21 23 25 27 29 31 33 35 37 39 41 43 45 47 49
Edifcios
Figura 4.12 - Comparao entre os acrscimos de momentos fletores nos pilares em segunda
ordem e o z - Faixa 5
1,458
1,290
1,257
1,196
1,170
1,157
z
1,140
1,129
1,116
1,104
1,076
1,060
1,040
-35,00 -30,00 -25,00 -20,00 -15,00 -10,00 -5,00 0,00 5,00
Acres. < z Dif. % entre acrscimos mdios e o z Acres. > z
Figura 4.13 - Diferena % entre os acrscimos mdios de momentos fletores nos pilares em
segunda ordem e o z - Faixa 5
Para a estrutura global observa-se, atravs das figuras 4.14 e 4.15, que os
acrscimos mdios de esforos esto prximos ao z mesmo para valores mais
elevados deste. Para z menor que 1,25 a maior diferena contra a segurana
observada da ordem de 2%. Para z acima de 1,25 surgem diferenas pouco
maiores que 3% contra a segurana.
1,40
NLG
Proc. Simplif.
1,20
1,00
Acrscimos
0,80
0,60
0,40
0,20
0,00
1 3 5 7 9 11 13 15 17 19 21 23 25 27 29 31 33 35 37 39 41 43 45 47 49
Edifcios
Figura 4.14 - Comparao entre os acrscimos de esforos cortantes nas vigas em segunda
ordem e o z
1,290
1,257
1,196
1,170
1,157
z
1,140
1,129
1,116
1,104
1,076
1,060
1,040
-4,00 -3,00 -2,00 -1,00 0,00 1,00 2,00 3,00 4,00
Acrsc. < z Dif. % entre acrscimos mdios e o z Acrsc. > z
Figura 4.15 - Diferena % entre os acrscimos mdios de esforos cortantes nas vigas em
segunda ordem e o z
1,60
NLG
1,40 Proc. Simplif.
1,20
Acrscimos
1,00
0,80
0,60
0,40
0,20
0,00
1 3 5 7 9 11 13 15 17 19 21 23 25 27 29 31 33 35 37 39 41 43 45 47 49
Edifcios
Figura 4.16 - Comparao entre os acrscimos de esforos cortantes nas vigas em segunda
ordem e o z - Faixa 1
1,458
1,290
1,257
1,196
1,170
1,157
z
1,140
1,129
1,116
1,104
1,076
1,060
1,040
-3,00 -2,00 -1,00 0,00 1,00 2,00 3,00 4,00 5,00 6,00 7,00
Figura 4.17 - Diferena % entre os acrscimos mdios de esforos cortantes nas vigas em
segunda ordem e o z - Faixa 1
1,80
1,60 NLG
Proc. Simplif.
1,40
Acrscimos
1,20
1,00
0,80
0,60
0,40
0,20
0,00
1 3 5 7 9 11 13 15 17 19 21 23 25 27 29 31 33 35 37 39 41 43 45 47 49
Edifcios
Figura 4.18 - Comparao entre os acrscimos de esforos cortantes nas vigas em segunda
ordem e o z - Faixa 2
1,458
1,290
1,257
1,196
1,170
1,157
z
1,140
1,129
1,116
1,104
1,076
1,060
1,040
-10,00 -5,00 0,00 5,00 10,00 15,00 20,00
Figura 4.19 - Diferena % entre os acrscimos mdios de esforos cortantes nas vigas em
segunda ordem e o z - Faixa 2
1,60
NLG
1,40
Proc. Simplif.
1,20
Acrscimos
1,00
0,80
0,60
0,40
0,20
0,00
1 3 5 7 9 11 13 15 17 19 21 23 25 27 29 31 33 35 37 39 41 43 45 47 49
Edifcios
Figura 4.20- Comparao entre os acrscimos de esforos cortantes nas vigas em segunda
ordem e o z - Faixa 3
1,458
1,290
1,257
1,196
1,170
1,157
z
1,140
1,129
1,116
1,104
1,076
1,060
1,040
-4,00 -2,00 0,00 2,00 4,00 6,00 8,00 10,00 12,00
Figura 4.21 - Diferena % entre os acrscimos mdios de esforos cortantes nas vigas em
segunda ordem e o z - Faixa 3
Para a faixa 4 (figuras 4.22 e 4.23) a maior parte dos edifcios se apresenta a
favor da segurana em relao ao z. As diferenas percentuais a favor da segurana
chegam a valores prximos a 11% mesmo para valores baixos de z, chegando a 13%
para z acima de 1,30. J as diferenas contra a segurana verificadas so menores,
ultrapassando 4,5% em apenas dois edifcios (n 17 e 45).
1,40
NLG
Proc. Simplif.
1,20
1,00
Acrscimos
0,80
0,60
0,40
0,20
0,00
1 3 5 7 9 11 13 15 17 19 21 23 25 27 29 31 33 35 37 39 41 43 45 47 49
Edifcios
Figura 4.22- Comparao entre os acrscimos de esforos cortantes nas vigas em segunda
ordem e o z - Faixa 4
1,458
1,290
1,257
1,196
1,170
1,157
z
1,140
1,129
1,116
1,104
1,076
1,060
1,040
-14,00 -12,00 -10,00 -8,00 -6,00 -4,00 -2,00 0,00 2,00 4,00 6,00
Figura 4.23 - Diferena % entre os acrscimos mdios de esforos cortantes nas vigas em
segunda ordem e o z - Faixa 4
1,40
NLG
Proc. Simplif.
1,20
1,00
Acrscimos
0,80
0,60
0,40
0,20
0,00
1 3 5 7 9 11 13 15 17 19 21 23 25 27 29 31 33 35 37 39 41 43 45 47 49
Edifcios
Figura 4.24- Comparao entre os acrscimos de esforos cortantes nas vigas em segunda
ordem e o z - Faixa 5
1,458
1,290
1,257
1,196
1,170
1,157
z
1,140
1,129
1,116
1,104
1,076
1,060
1,040
-30,00 -25,00 -20,00 -15,00 -10,00 -5,00 0,00 5,00
Figura 4.25 - Diferena % entre os acrscimos mdios de esforos cortantes nas vigas em
segunda ordem e o z - Faixa 5
5 CONCLUSES
6 BIBLIOGRAFIA
BECK, H.; KNIG, G. (1966). Restraining forces (Festhaltekrfte) in the analysis of tall
buildings. In: SYMPOSIUM ON TALL BUILDINGS, Oxford. Proceedings. p.513-536.
FRANCO, M.(1995). Global and local instability of concret tall buildings. In:
SYMPOSIUM ON SPACE STRUCTURES, Milan, May. Proceedings.
ABSTRACT
In this article, the accuracy of computing internal forces in BEM formulation for
Reissners and Mindlin Plates is discussed. An accurate scheme to evaluate the initial
moment domain integral usually used to compute the vector correction in non-linear
analysis is proposed. The domain integrals are transformed to boundaries the of the
approximation sub-domains, resulting into regular integrals, which are accurately
performed by mean of standard integration schemes.
1 INTRODUCTION
The direct boundary element formulation for Reissners and Mindlins plates
were proposed by WEEN (1982) and BARCELLOS & SILVA (1987), respectively.
Recently, these formulations have been discussed in several works, among them we
wish to point out the unified BEM approaches, proposed separately by WESTPHAL et
al. (2001) and PALERMO (2003).
As these formulations deal with complex kernels, one must be sure that the
integrals along boundary elements and over internal cells are accurately evaluated.
Studies regarding this matter have been presented in several works as in: RASHED et
al. (1998), EL-ZAFRANY et al. (1995) and MARCZAK & CREUS (2002). All these
works are related with the accuracy for computing boundary element integrals. In this
paper, we are trying to improve the accuracy to evaluate the initial moment field effects
required to perform non-linear analysis. A simple scheme to evaluate the initial
moment effects over triangular cells with linear approximations is proposed. From the
unified approach given by PALERMO (2003) the integrals appearing in both
displacement and internal force equations are easily transformed to the boundary and
them precisely computed, leading to very accurate values of deflections, and bending
and twisting moments. Simple examples are solved to show the accuracy reached by
using the proposed formulation.
1
Professor do Departamento de Engenharia Civil da UFSCar, scresce@terra.com.br
2
Professor Titular do Departamento de Engenharia de Estruturas da EESC-USP, venturin@sc.usp.br
[ ]
cik u k = u*ik pk d pik* uk d + ui*3 Mui* , gd + ui* , m
0
d (1)
- Due to a unit point load in the direction orthogonal to the plate surface:
r 2
= r (ln r 1 )r , (2)
8D
1 1 2
w* ( s , q ) = r ( lnr 1 ) lnr /( 1 )2 (3)
D 8
and
u*3 = w, (5)
where
w,i =
1 2
8D xi x
[
r (ln r 1 ) ] (6)
1
h , = [ln( r ) + K0 ( r )] (7)
D( 1 ) x x
2
w, =
1 2
8D x
[
r ( ln( r ) 1 ) ] (8)
u , m d = u m d u m , d
* 0 * 0 * 0
i i i (9)
m m
where
m
m is the external boundary if m
o
were continuous inside the body,
u , m d =
* 0
i
*
m i
u m 0
d + w , + h(
i i i
, + h , m 0
, d + ) (10)
m m
o
It is worth to stress that the integrals with density m is usually performed
o
along the external boundary only, while the integrals with density m , have to be
o
also performed along the cell boundary as continuity of m , is usually not assumed.
Moreover, the domain integrals were all eliminated because only linear shape
functions (over continuous and discontinuous internal cells) will be used to approach
o
m .
The domain integral due to the initial moment field was therefore transformed
to the boundary or sub-domain boundaries, along which no strong singularity has to be
evaluated. Thus, simple numerical integration techniques can be adopted to evaluate
accurately the initial moment effects.
Similarly, from the displacement representation we can derive curvature
representations and them internal moment and shear force integral equations. For
simplicity, let us particularize the problem deriving only bending and twisting moment
representations, which are given by:
m = u
*
& *
& *
[* 0
]
k pk d pk u k d + u 3 Mu , gd m +
D( 1 ) 2
+ +
x
+
1 x
* 0 * 0 * 0
u , m d u , m d u , m d (11)
2 x
The integrals along the boundary can be accurately performed using analytical
or appropriate numerical schemes as has been shown elsewhere5,6. Herein, we are
o
going to work on the integral terms containing m . By integrating these terms by parts
and then differencing them we find:
m = u
*
& *
& *
[
k pk d pk u k d + u 3 Mu , gd m
* 0
]
D( 1 ) * 2
+
2
u , +u , +
*
1
u
*
, m
0
d
m
m
D( 1 ) * 2 0
+
2
u + u +
*
1
u
*
m , d (12)
m
m
3 NUMERICAL TESTS
To demonstrate the accuracy for computing the domain integrals involving the
o
initial moment m , we selected two simple problems with known exact solution:
constant and linear moment fields applied over rectangular domains.
Let us first consider a rectangular domain l x b ( l in the x1 direction), over
which a constant initial moment field, m11 o
= 1.0 , is applied. The plate is simply
supported along the sides of length b and free in the other direction. The example was
analysed using a very poor mesh and a finer one. As the exact solution is quadratic in
w, the same order of the approximations, practically no variation is observed refining
the mesh.
Exact values of deflections and internal moments were computed all over the
plate domain. In Table 1, we depicted the computed values along the plate middle axis
x1. Bending and twisting moments are zero, therefore the corresponding obtained
values are exactly the computed errors, demonstrating that the technique is rather
accurate. Numerical and exact values for deflections are also given in Table 1,
confirming again the accuracy of the formulation. The maximum error verified for
computing deflections is also of order of 10-8, the same errors observed for computing
bending and twisting moments.
The second test carried out consists of applying a linear initial moment field
o
varying from zero at x1=0.0 to 1.00 at x1= l , i.e., m11 = x1 / l . As we are using
quadratic approximations to approach all boundary values, only approximate answers
were expected. Table 2 gives the results obtained by using only the finer mesh.
Deflections and moments, m11 , were computed for points along x2, the axis passing
through the plate centre in the side b direction. It should be noted that the exact
moments are zero, therefore the values in Table 2 represent again the computed
errors.
0 2
wD /( m11 l ) 0.0625 0.0625 0.0625 0.0625 0.0625 0.0625
4 CONCLUSION
5 REFERENCES
PALERMO JR., L. Plate bending analysis using the classical or the Reissner-Mindlin
models. Engineering Analysis with Boundary Elements, 2003 (to appear)
WEEN, F.V. Application of the boundary integral equation method to Reissners plate
model. International Journal for Numerical Methods in Engineering, v.18, p.1-10, 1982.