Apostila Contorno 1
Apostila Contorno 1
Contorno
UnB
UFES
2
Sumário
1 Introdução 7
1.1 O método dos elementos de contorno . . . . . . . . . . . . . . . . . 7
1.1.1 Vantagens do Método do Elemento de contorno . . . . . . . 9
1.1.2 Desvantagens do método MEC . . . . . . . . . . . . . . . . 10
1.1.3 Escolhendo MEC ou MEF . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 10
1.2 Teorema de Gauss . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 11
1.3 Delta de Dirac . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 14
1.4 Integração numérica . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 16
1.4.1 Fórmulas de Newton Cottes . . . . . . . . . . . . . . . . . . 16
1.4.2 Quadratura de Gauss . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 17
1.5 Integração numérica de integrais impróprias . . . . . . . . . . . . . 23
1.6 Exercícios propostos . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 27
3
4 SUMÁRIO
Introdução
7
8 CAPÍTULO 1. INTRODUÇÃO
De acordo com [2], esses métodos são capazes de construir modelos discre-
tos a partir do modelo contínuo. Isto resulta na substituição do sistema original
por um outro mais simples, obtido através da discretização do problema. Assim,
constatou-se que boas soluções são obtidas quando esse tipo de simplificação é
realizada.
O MDF é classificado como um método diferencial. Trata-se de um método
de resolução de equações diferenciais que se baseia na aproximação de derivadas
por diferenças finitas. Ele transforma equação diferencias em equações algébricas
nos nós de um domínio, através da aproximação citada acima.
De acordo com [3], o MEF transforma a equação diferencial governante do
problema numa equação integral equivalente que trabalha com respostas desco-
nhecidas. Essas equações integrais são aproximadas por um conjunto semelhante
de equações integrais discretizadas, onde a resposta é desconhecida em um con-
junto finito de nós. De acordo com [4], a resposta de cada elemento é caracterizada
em termos de um número finito de graus de liberdade. Esses graus de liberdade
são representados como os valores das funções desconhecidas, em um conjunto
de pontos nodais. A formulação do elemento é definida por equações algébricas
obtidas de considerações matemáticas ou experimentais. A solução do sistema ori-
ginal é aproximada, pois um modelo discreto é construído pela conexão de todos
os elementos.
Segundo [2], o MEF apresenta vantagens sobre o MDF, pois esse permite
uma melhor aplicação das condições de contorno do problema e permite que a
construção da malha apresente tamanho variável. Contudo, o método de MEF
possui como característica, a utilização de um número muito grande de variáveis
nas suas equações, consumindo, assim, um tempo computacional muito grande.
Além disso, a entrada e saída de dados são muito trabalhosas quando o problema
é complexo.
O outro método computacional utilizado é o MEC, que é um método integral.
Nesse trabalho será utilizado o MEC, também conhecido como Boundary Element
Method (BEM). O MEC consiste em obter as equações integrais somente com
informações do contorno de um problema. Podemos definir uma equação integral
como uma equação que contém uma função operada por uma integral.
Engenheiros que estão familiarizados com elementos finitos muitas vezes per-
guntam porque é necessário desenvolver ainda outra técnica computacional. A
resposta é que elementos finitos provaram ser inadequados ou ineficientes em mui-
tas aplicações de engenharia. A análise de elementos finitos (MEF) é ainda um
processo comparativamente lento devido à necessidade de definir e redefinir malhas
na peça ou no domínio em estudo.
Elementos de contorno (MEC) surgiram como uma poderosa alternativa aos
1.1. O MÉTODO DOS ELEMENTOS DE CONTORNO 9
2. Alta resolução das tensões: as tensões são precisas porque nenhuma outra
aproximação é imposta na solução em pontos interiores, isto é, a solução é
exata e totalmente contínua dentro do domínio.
em cada ponto nodal é muito ineficiente porque somente alguns destes valo-
res serão incorporados na análise de projeto. Portanto, o uso de elementos
de contorno é um uso muito efetivo de recursos computacionais e, além disso,
como pontos internos em soluções MEC são opcionais, o usuário pode se con-
centrar em uma determinada região interior em vez de em todo o interior.
Para decidir se as soluções MEC ou MEF são mais adequadas para um pro-
blema específico, três fatores devem ser levados em consideração:
¨ ˆy2 ˆx2
∂f (x, y) ∂f (x, y)
dxdy = dx dy (1.1)
A ∂x ∂x
y1 x1
¨ ˆy2
∂f (x)
dxdy = [f (x2 (y)) − f (x1 (y))] dy (1.2)
A ∂x
y1
~t = dx~i + dy ~j (1.3)
dS dS
e
dy ~ dx ~
~n = i− j (1.4)
dS dS
s2
y2 D dx
s1
A dS ~t
dy
E C
dy ~n
y1 dS
B
x
x1 x2
Figura 1.1: Área A que é o domínio de integração de f (x, y).
Daí, tem-se:
dy
nx = ⇒ dy = nx dS (1.5)
dS
e
1.2. TEOREMA DE GAUSS 13
dx
ny = − ⇒ dx = −ny dS (1.6)
dS
ˆy2 ˆ ˆ
[f (x2 (y)) − f (x1 (y))] dy = f (s)nx ds − f (s)nx ds (1.8)
y1 BCE BED
ˆy2 ˆ ˆ
[f (x2 (y)) − f (x1 (y))] dy = f (s)nx ds + f (s)nx ds (1.9)
y1 BCE DEB
ˆy2 ˛
[f (x2 (y)) − f (x1 (y))] dy = f (s)nx ds (1.10)
s
y1
Ou seja:
¨ ˛
∂f (x, y)
dxdy = f (s)nx ds (1.11)
A ∂x s
˚ ‹
∂f (x, y, z)
dxdydz = f (s, v)ny ds (1.14)
V ∂y S
˚ ‹
∂f (x, y, z)
dxdydz = f (s, v)nz ds (1.15)
V ∂z S
Carga concentrada
Viga em balanço
F (x, d, a) a
1
a
d x
0 se x < d − a2
F (x, d, a) = 1
se d − a2 ≤ x ≤ d + a
(1.16)
a 2
0 se x > d + a2
Agora podemos definir a função delta de Dirac como o limite da função pulso
retangular unitário quando a se aproxima de zero.
Essa função se comporta de tal maneira que pode ser usada para representar
as fontes pontuais. Quando a região onde a função atua fica menor, a intensidade
aumenta de tal forma que a integral da função permanece constante.
0 se x 6= d
δ(x − d) = (1.18)
∞ se x = d
16 CAPÍTULO 1. INTRODUÇÃO
ˆ
b 0 se d < a
δ(x − d)dx = 1 se a ≤ d ≤ b (1.19)
a
0 se d > b
• Integral do produto de uma função delta de Dirac com outra função g(x):
ˆ
b 0 se d < a
g(x)δ(x − d)dx = g(d) se a ≤ d ≤ b (1.20)
a
0 se d > b
Os erros diminuem:
f (x)
x1 x2 x3 x4 x5 x
h h h h
f (x)
x1 x2 x3 x4 x5 x
h h h h
ˆ 1 n
X
f (ξ)dξ = f (ξi )ωi (1.21)
−1 i=1
onde ωi são os peso de Gauss. Os pesos e pontos de Gauss são calulados através de
algoritmos como, por exemplo, a function Gauss_Legendre.m que será utilizada ao
longo do curso. Embora seja possível gerar pesos e pontos de Gauss para intervalos
diferentes de [−1, 1], em um programa de elementos de contorno, onde o número
de integração é muito grande, os pontos e pesos de Gauss são gerandos apenas
uma vez para o intervalo [−1, 1] e integrais em intervalos diferentes destes são
calculadas através de uma mudança de variável, da seguinte forma:
ˆ x1 ˆ 1
dx
g(x)dx = g(x(ξ)) dξ (1.22)
x2 −1 dξ
x(ξ = 1) = x2 (1.24)
1.4. INTEGRAÇÃO NUMÉRICA 19
Note que a equação (1.22) pode ser escrita da mesma forma que a equação
(1.21) considerando f (ξ) = g(x(ξ))dx/dξ.
A transformação de coordenadas de x para ξ pode ser obtida através de uma
relação linear, da seguinte forma:
(
x1 = −a + b
x(ξ) = aξ + b ⇒ (1.25)
x2 = a + b
x1 + x2 = 2b (1.26)
x2 + x1
b= (1.27)
2
x2 − x1
a= (1.28)
2
Daí tem-se:
1
x(ξ) = [(x2 − x1 )ξ + (x1 + x2 )] (1.29)
2
dx x2 − x1
= (1.30)
dξ 2
Exemplo 1.4.1
Função regular
Integrar usando três pontos de Gauss a função f (x) = sin(x) no intervalo
[0, π] (Figura 1.6).
ˆ π
I= sin(x)dx (1.31)
0
Integral analítica:
ˆ π
Ia = sin(x)dx = − cos(x) ]π0 = − cos(π) − (− cos(0)) = −(−1) + 1 = 2 (1.32)
0
Integral numérica:
20 CAPÍTULO 1. INTRODUÇÃO
0.9
0.8
0.7
0.6
f(x)
0.5
0.4
0.3
0.2
0.1
0
0 0.5 1 1.5 2 2.5 3 3.5
x
x1 = 0 e x2 = π
dx x2 − x1 π−0 π
= = = (1.33)
dξ 2 2 2
1 1 πξ + π
x = [(π − 0)ξ + π − 0] = π(ξ + 1) = (1.34)
2 2 2
ˆ π ˆ 1 ˆ 1
dx πξ + π π
I= sin(x)dx = sin(x(ξ)) dξ = sin( ) dξ (1.35)
0 −1 dξ −1 2 2
ˆ π ˆ 1 n
dx X dx
I= sin(x)dx = g(x(ξ)) dξ = g(x(ξi )) ωi (1.36)
0 −1 dξ i=1
dξ
onde:
g(x) = sin(x)
1.4. INTEGRAÇÃO NUMÉRICA 21
πξ + π
x(ξ) =
2
e
dx π
=
dξ 2
Usando tabelas disponíveis em livros, tem-se, para n = 3:
ˆ 1/2
1 1
Ia = −x log(|x − |)dx = (3 + 2 log 2) = 0, 274143 (1.37)
0 2 16
Integral numérica:
x1 = 0 e x2 = 1/2
1
dx x2 − x 1 −0 1
= = 2
= (1.38)
dξ 2 2 4
22 CAPÍTULO 1. INTRODUÇÃO
2.5
1.5
f(x)
0.5
0
0 0.1 0.2 0.3 0.4 0.5
x
1 1 1 1 ξ+1
x = [( − 0)ξ + + 0] = (ξ + 1) = (1.39)
2 2 2 4 4
ˆ 1/2 ˆ 1
1 1 dx
(1.40)
I= −x log x − dx = −x(ξ) log x(ξ) − dξ
0 2 −1
2 dξ
ˆ 1
ξ+1 ξ + 1 1 1
I= − log − dx dξ (1.41)
−1 4 4 2 4
Daí, tem-se que:
ˆ 1/2 ˆ 1 n
1 dx X dx
(1.42)
I= −x log x − dx = g(x(ξ)) dξ = g(x(ξi )) ωi
0 2
−1 dξ i=1
dξ
onde:
1
g(x) = −x log x −
2
1.5. INTEGRAÇÃO NUMÉRICA DE INTEGRAIS IMPRÓPRIAS 23
ξ+1
x(ξ) =
4
e
dx 1
=
dξ 4
ˆ 1 N
1 X
Ilog = log f (η)d(η) = ρi f (ηi ) (1.43)
0 η i=1
x(η = 0) = x1 (1.45)
x(η = 1) = x2 (1.46)
x(η) = aη + b (1.47)
sendo que:
(
x1 = b
(1.48)
x2 = a + b
Calculando a e b, tem-se:
b = x1 (1.49)
a = x2 − x1 (1.50)
ou seja:
x − x1 = (x2 − x1 )η (1.52)
Uma vez que η está sempre definido no intervalo [0,1] (η é sempre maior ou
igual a zero), tem-se:
|x − x1 | = |x2 − x1 |η (1.53)
1.5. INTEGRAÇÃO NUMÉRICA DE INTEGRAIS IMPRÓPRIAS 25
dx
= x2 − x1 (1.54)
dη
A integral (1.44) pode ser escrita como:
ˆ x2 ˆ 1
dx
I= log(|x − x1 |)g(x)dx = log (η|x2 − x1 |) g(x(η)) dη (1.55)
x1 0 dη
ˆ 1 ˆ 1
1 dx 1
Ilog = log −g(x(η)) dη = log f (η)dη (1.59)
0 η dη 0 η
onde
dx
f (η) = −g(x(η)) , (1.60)
dη
Substituindo a equação (1.60) na equação (1.57), pode-se escrever:
ˆ 1
I¯ = − log(|x2 − x1 |)f (η)dη (1.61)
0
26 CAPÍTULO 1. INTRODUÇÃO
ˆ 1/2 ˆ 0
I= −x log(|x − 1/2|)dx = x log(|x − 1/2|)dx (1.62)
0 1/2
1−η
1 1
x(η) = 0 − η+ = (1.63)
2 2 2
dx 1
=− (1.64)
dη 2
Comparando mais uma vez as equações (1.62) com a equação (1.44), tem-se
que:
1−η
g(x(η)) = x(η) = (1.65)
2
Usando a equação (1.60), tem-se:
1−η 1−η
dx 1
f (η) = −g(x(η)) =− − = (1.66)
dη 2 2 4
Agora, a integral (1.62) pode ser calculada usando as equações (1.55), (1.56),
(1.59), e (1.61).
Calculando numericamente a integral I, ¯ dado pela equação (1.61), usando 3
¯
pontos de Gauss padrão tem-se que I = 0, 08664.
Quanto à integral Ilog , usando tabelas disponíveis em livros [7] e a equação
(1.43), tem-se, para N = 3:
ˆ ˛ ˛ ˛ ˛
1
A= dA = xdy = − ydx = xdy − ydx .
A s s 2 s s
b) Usando a relação
˛ ˛
1
A= xdy − ydx ,
2 s s
[pto_Gaus,peso_Gauss]=Gauss_Legendre(-1,1,npg);
Exercício 1.4 Fazer um programa para integrar a função f (x) = −x2 log(|x − 2|)
no intervalo [0,4], usando quadratura de Gauss logarítmica e quadratura de Gauss
padrão, ambas com 4 pontos de integração.
Capítulo 2
n
X
Γ= Γi (2.1)
i=1
e n
X
lim Γi = s, (2.2)
n→∞
i=1
29
30CAPÍTULO 2. PROPRIEDADES GEOMÉTRICAS DE FIGURAS PLANAS
ˆ (x2 ,y2 ) ˆ 1
dΓ
Γi = dΓ = dξ (2.3)
(x1 ,y1 ) −1 dξ
É preciso, então, criar funções que relacionem Γ com ξ, uma vez que a integral
é calculada em funçao de ξ. Para tanto, o ponto (x1 , y1 ) deve corresponder ao
2.1. CÁLCULO DO PERÍMETRO DE FIGURAS PLANAS 31
s2
s1
sn
x = aξ + b (2.4)
x2 − x1
a= (2.6)
2
x1 + x2
b= (2.7)
2
32CAPÍTULO 2. PROPRIEDADES GEOMÉTRICAS DE FIGURAS PLANAS
s Ω
Γ
Γ2
Γ1
Γn
e, portanto
x2 − x1 x1 + x 2
x= ξ+ (2.8)
2 2
e
dx x2 − x1
= (2.9)
dξ 2
Da mesma forma, pode-se escrever:
y2 − y1 y1 + y2
y= ξ+ (2.10)
2 2
dy y2 − y1
= (2.11)
dξ 2
dΓ (x2, y2)
dy
dx
(x1, y1)
s 2 2
p dΓ dx dy
dΓ = dx2 + dy 2 ⇒ = + (2.12)
dξ dξ dξ
ou
s 2 2
x2 − x1 y2 − y1
dΓ L
= + = (2.13)
dξ 2 2 2
onde
q
L = (x2 − x1 )2 + (y2 − y1 )2 (2.14)
Daí, tem-se:
ˆ 1 ˆ 1
dΓ L
Γi = dξ = dξ = L (2.15)
−1 dξ −1 2
34CAPÍTULO 2. PROPRIEDADES GEOMÉTRICAS DE FIGURAS PLANAS
1 1
x = (−ξ + 1)x1 + (ξ + 1)x2 (2.16)
2 2
ou
onde
1
N1 (ξ) = (−ξ + 1) (2.18)
2
e
1
N2 (ξ) = (ξ + 1) (2.19)
2
1
N2
N1
-1 1 ξ
y
(x3, y3)
(x2, y2)
dξ
dΓ
(x1, y1)
−1 0 +1
x
ξ
x = aξ 2 + bξ + c (2.20)
sendo que:
x(ξ = −1) = x1
x(ξ = 0) = x2 (2.21)
x(ξ = +1) = x3
x1 = a(−1)2 + b(−1) + c x1 = a − b + c
x2 = a(0)2 + b(0) + c =⇒ x2 = c (2.22)
x3 = a(+1)2 + b(+1) + c x3 = a + b + c
x3 − x1
x1 − x3 = −2b ⇒ b= (2.23)
2
36CAPÍTULO 2. PROPRIEDADES GEOMÉTRICAS DE FIGURAS PLANAS
c = x2 (2.24)
(x3 − x1 )
x1 = a − + x2
2
x1 − 2x2 + x3
a=
2
x1 ξ 2 − 2x2 ξ 2 + x3 ξ 2 + x3 ξ − x1 ξ + 2x2
x=
2
(ξ 2 − ξ) (ξ 2 + ξ)
x= x1 + (1 − ξ)2 x2 + x3
2 2
ξ ξ
x = (ξ − 1) x1 + (1 − ξ)(1 + ξ) x2 + (ξ + 1) x3
|2 {z } | {z
N
} |2 {z }
2
N1 N3
x = N1 x1 + N2 x2 + N3 x3 (2.25)
ξ
N1 = (ξ − 1) (2.26)
2
N2 = (1 − ξ)(1 + ξ) (2.27)
ξ
N3 = (ξ + 1) (2.28)
2
2.1. CÁLCULO DO PERÍMETRO DE FIGURAS PLANAS 37
N3
N2
ξ
−1 0 +1
N1
Figura 2.7: Funções de forma quadráticas contínuas.
y = N1 y1 + N2 y2 + N3 y3 (2.30)
e também:
onde
dN1 1
=ξ− , (2.32)
dξ 2
dN2
= −2ξ (2.33)
dξ
e
dN3 1
=ξ+ (2.34)
dξ 2
38CAPÍTULO 2. PROPRIEDADES GEOMÉTRICAS DE FIGURAS PLANAS
n ˆ n ˆ n ˆ
s 2 2
1 1 1
X dΓ X dx dy X
Γ= dξ = + dξ = J(ξ)dξ (2.35)
i=1 −1 dξ i=1 −1 dξ dξ i=1 −1
r
2 2
em que a função J(ξ) = dx
dξ
+ dy
dξ
é chamada jacobiano da transformação.
Usando quadratura de Gauss com p pontos de Gauss, conclui-se que
ˆ 1 p
X
J(ξ)dξ = wk J(ξk ) (2.36)
−1 k=1
n
" p #
X X
Γ= wk J(ξk ) (2.37)
i=1 k=1
x(ξ = − 32 ) = x1
x(ξ = 0) = x2 ⇒ x = aξ 2 + bξ + c (2.38)
x(ξ = + 23 ) = x3
x1 = a(− 32 )2 + b(− 32 ) + c x1 = 49 a − 23 b + c
x2 = a(0)2 + b(0) + c =⇒ x2 = c (2.39)
x3 = a(+ 32 )2 + b(+ 23 ) + c x3 = 49 a + 23 b + c
8 8 8
x1 + x3 = a + 2c ⇒ x1 + x3 = a + 2x2 ⇒ a = x1 + x3 − 2x2 (2.40)
9 9 9
2.1. CÁLCULO DO PERÍMETRO DE FIGURAS PLANAS 39
N3
N1
-1 −2 2 1 ξ
3 3
N2
9(x1 − 2x2 + x3 )
a= (2.41)
8
Substituindo em (1), tem-se:
3
b = (x3 − x1 ) (2.44)
4
9(x1 − 2x2 + x3 ) 2 3
x= ξ + (x3 − x1 )ξ + x2 (2.45)
8 4
(x3, y3)
(x2, y2)
dξ
(x1, y1)
dΓ −1 +1
− 23 0 + 23
x ξ
3 2 3
x = (3ξ 2 − 2ξ) x1 + (−9ξ 2 + 4) x2 + (3ξ 2 + 2ξ) x3 (2.48)
|8 {z } |8 {z } |8 {z }
N1 N2 N3
x = N1 x1 + N2 x2 + N3 x3 (2.49)
3 9 3
N1 = (3ξ 2 − 2ξ) = ξ( ξ − ) (2.50)
8 8 4
2 9
N2 = (−9ξ 2 + 4) = 1 − ξ 2 (2.51)
8 4
3 9 3
N3 = (3ξ 2 + 2ξ) = ξ( ξ + ) (2.52)
8 8 4
As derivadas das funções de forma são dadas por:
dN1 3
= (−1 + 3ξ) (2.53)
dξ 4
dN2 9
=− ξ (2.54)
dξ 2
dN3 3
= (1 + 3ξ) (2.55)
dξ 4
2.2. O MÉTODO DA INTEGRAÇÃO RADIAL (MIR) 41
or
ˆ ˆ r
I= f (x(ρ, θ), y(ρ, θ))ρdρdθ, (2.58)
θ 0
pode-se escrever:
ˆ
I= F (ρ, θ)dθ (2.60)
θ
r dθ
cos α = 2
dΓ
, (2.61)
2
ou
cos α
dθ = dΓ, (2.62)
r
onde α é o ângulo entre os vetores unitários r e n.
42CAPÍTULO 2. PROPRIEDADES GEOMÉTRICAS DE FIGURAS PLANAS
dΓ J
2
α
I
r dθ K
2
K n rdθ
J α
r
r
I
dθ
Q
dΓ
~n.~r
dθ = dΓ. (2.63)
r
Substitutindo a equação (2.63) na equação (2.60), a integral de domínio (2.56)
pode ser escrita como uma integral de contorno dada por:
ˆ
~n.~r
I= F dΓ (2.64)
Γ r
ˆ
~n · ~r
I= F dΓ (2.65)
Γ r
NE ˆ NE
X ~n · ~r X
I= F dΓ = Ii (2.66)
i=1 Γi r i=1
onde
ˆ
~n · ~r
Ii = F dΓ (2.67)
Γi r
~
S
dy
dΓ
dx
x
~
Figura 2.11: Vetor S.
y
(x3, y3)
~s
~n
Ω
+
(x2, y2)
Γ
(x1, y1)
x
Figura 2.12: A
~
S dx~i + dy~j
~s = =p (2.69)
~
|S| dx2 + dy 2
dx dy
dξ ~i + q dξ ~j
~s = q (2.70)
dx 2 dy 2 dx 2 dy 2
( dξ ) + ( dξ ) ( dξ ) + ( dξ )
2.2. O MÉTODO DA INTEGRAÇÃO RADIAL (MIR) 45
dx dy
dξ ~ dξ ~
~s = dΓ
i + dΓ
j = sx~i + sy~j (2.71)
dξ dξ
Onde
dx
dξ
sx = dΓ
(2.72)
dξ
dy
dξ
sy = dΓ
(2.73)
dξ
~n · ~s = 0 ⇒ nx s x + ny s y = 0 (2.75)
e
q
n2x + n2y = 1 (2.76)
nx = s y
(2.79)
ny = −sx
~n
~s
~s
~n
Cálculo da integral F
´r ´ +1
F = o
f (x, y)ρdρ = −1
f (x, y)ρ dρ
dξ
dξ
y
ρ
θ
x
ρ = aξ + b =⇒ interpolação linear.
a = b e r = a + a = 2a ⇒ a = b = r
2
ou seja:
ρ = 2r (ξ + 1)
dρ r
dξ
= 2
onde
x = ρcosθ
y = ρsenθ
15o
1
2 45o
75o
|P − Pa |
EP = 100% ×
Pa
onde
P = Valor do perímetro calculado numericamente;
Pa = Valor do perímetro calculado numericamente.
2.3. EXERCÍCIOS PROPOSTOS 49
(x3 , y3 )
L/6
(x2 , y2 ) L/3
(x1 , y1 ) L/3
L/6
x2 + y 2 + z 2 = R 2 .
ˆ
s 2 2
∂z ∂z
f (x, y) = S = + + 1dxdy
A ∂x ∂y
NE TE S V Es EV
onde:
N E = número de elementos utilizados na malha.
T E = tipo do elemento (T E = C => elementos contínuos, T E = D => elementos
descontínuos).
ES = erro percentual no cálculo da área superficial da esfera, dado por:
|S − Sa |
EA = 100% ×
Sa
EV = erro percentual no cálculo do volume da esfera, dado por:
|V − Va |
EV = 100% ×
Va
Sa = valor exato da área superficial da esfera dado por:
Sa = 4πR2
4
Va = πR3
3
Inicie usando uma malha grosseira, de um elemento por segmento, e 4 pontos
de integração em ambas as integrais. Refine até obter uma convergência de quatro
algarismos significativos (não significa que as integrais convirgirão para os valores
analíticos). Em seguida, repita a análise utilizando 8 pontos de integração em
ambas as integrais para que a convergência seja para valores mais próximos dos
valores analíticos.
Capítulo 3
3.1 Introdução
∂Qx
Q̇x = .
∂t
51
52 CAPÍTULO 3. PROBLEMAS DE CONDUÇÃO DE CALOR
T0 T1
T0 > T 1
∆x
T1 − T0
Q̇x = −kA lim ,
∆x→0 ∆x
da qual é obtida:
∂T
Q̇x = −kA , (3.1)
∂x
que é a equação da quantidade de calor transferida por condução na unidade de
tempo.
Generalizando para um caso 3D e considerando a taxa de condução de calor
por unidade de área, pode-se definir:
1 ˙~ ˙ ˙
~q˙ = (Qx i + Qy~j + Qz~k)
dA
onde Q̇x , Q̇y e Q̇z são os fluxos de calor nas direções x, y e z, respectivamente.
3.2. EQUAÇÃO DE POISSON PARA TRANSFERÊNCIA DE CALOR 53
Assim
1 ∂T ~ ∂T ~ ∂T ~
~q˙ = −kdA i+ j+ k ,
dA ∂x ∂y ∂z
∂T ~ ∂T ~ ∂T ~
= −k i+ j+ k ,
∂x ∂y ∂z
~q˙ = −k ∇T,
~ (3.2)
onde
∂~ ∂ ∂
~ =
∇ i + ~j + ~k
∂x ∂y ∂z
é o operador gradiente.
Da primeira lei da termodinâmica segue:
onde Q̇e , Q̇g e Q̇s são os fluxos de calor que entra, que é gerado e que sai do
sistema, respectivamente, e U̇ é a variação da energia térmica do sistema.
Para um caso unidimensional, conforme Fig.(2.1), a 1ª lei da termodinâmica
é dada por:
dz
Q̇x
dy
dx
!
∂ Q̇
Q̇x + q˙g dV = Q̇ + dx + cρdV Ṫ ,
dx
em que q˙g é a geração de calor por unidade de volume, c o calor específico, ρ a
densidade do material e Ṫ = ∂T
∂t
.
54 CAPÍTULO 3. PROBLEMAS DE CONDUÇÃO DE CALOR
∂ Q̇
q˙g dV = dx. (3.3)
∂x
Substituindo a Eq.(3.1) na Eq.(3.3), obtém-se:
∂ ∂T
q˙g dxdydz = −kA dx.
dx ∂x
Como A = dydz e considerando k constante em todo material, tem-se:
∂ 2T
q˙g = −k .
∂x2
Expandindo para o caso 3D, segue:
∂ 2T ∂ 2T ∂ 2T q˙g
2
+ 2
+ 2
=− ,
∂x ∂y ∂z k
que é conhecida como equação de Fourier para condução de calor. Esta equação
ainda pode ser escrita como:
q˙g
∇2 T = − ,
k
onde 2
∂2 ∂2
2 ∂
∇T = + +
∂x2 ∂y 2 ∂z 2
é o operador laplaciano.
Quando q˙g = 0 a equação de Fourier se reduz a ∇2 T = 0 que é conhecida
como equação de Laplace.
d2 T (x)
=0 (3.4)
dx2
Essa equação pode ter três tipos distintos de condições de contorno:
Caso 1: Condição de Dirichlet
Caso 2:
T (x) = 100x + c
onde c é uma constante arbitrária
Caso 3:
T (x) = 100
1
T ∗ = − |x − xd | (3.5)
2
que satisfaz:
d2 T ∗ (x, xd )
− = δ(x − xd ). (3.6)
dx2
E a solução fundamental Q∗ é dada por:
dT ∗ 1
Q∗ = = − sign(x − xd ) (3.7)
dx 2
onde H é a função heaviside unitária.
56 CAPÍTULO 3. PROBLEMAS DE CONDUÇÃO DE CALOR
−T (xd ) = T (1)Q∗ (1, xd ) − T ∗ (1, xd )Q(1) − T (0)Q∗ (0, xd ) + T ∗ (0, xd )Q(0). (3.11)
lim T ∗ (0, 0) = 0
x−>0
lim T ∗ (1, 0) = − 21
x−>0
1 (3.12)
lim Q∗ (0, 0) = 2
x−>0
lim Q∗ (1, 0) = − 12
x−>0
3.2. EQUAÇÃO DE POISSON PARA TRANSFERÊNCIA DE CALOR 57
1 1 1
−T (0) = −T (1) + Q(1) − T (0) + 0Q(0) (3.14)
2 2 2
e para o ponto xd = 1
1 1 1
−T (1) = −T (1) − 0Q(1) − T (0) − Q(0) (3.15)
2 2 2
d2 T 1 dT
2
=
dx k dt
que utilizando o procedimento apresentado anteriormente pode ser reescrita como:
ˆ l ˆ l 2 ∗ ˆ
2
∗d T ∗ ∗ l dT 1 l ∗
T dx = (T Q − T Q)0 − T dx + T Ṫ .
0 dx2 0 dx
2 k 0
Aplicando os limites de integração e usando a propriedade do delta de Dirac obtém-
se:
ˆ
∗ ∗ ∗ ∗ 1 l ∗
T (xd ) = −T (l)Q (l, xd )+T (l, xd )Q(l)+T (0)Q (0, xd )−T (0, xd )Q(0)+ T Ṫ dx
k 0
Tomando os pontos fonte nos pontos de contorno:
"´ #
1 0l T ∗ (x, 0)Ṫ dx
0.5 −0.5 T (0) 0 −0.5 Q(0)
= + ´
−0.5 0.5 T (1) 0.5 0 Q(1) k 0l T ∗ (x, l)Ṫ dx
HT = GQ + M Ṫ (3.27)
∂T ∗ 1 ∂ 2T ∗ δ(x − xd , y − yd )
1 ∂
r + 2 2
=− . (3.29)
r ∂r ∂r r ∂θ k
∂T ∗
1 ∂
r =0 (3.30)
r ∂r ∂r
Depois de ser integrada duas vezes gera:
T ∗ = A ln(r) + B (3.31)
62 CAPÍTULO 3. PROBLEMAS DE CONDUÇÃO DE CALOR
ˆ ˆ 2π
δ(x − xd , y − yd ) 1
..dΩ = A rdθ. (3.33)
Ω k 0 r
Ao integrar o lado direito e aplicar as propriedades do delta de Dirac no lado
esquerdo obtém-se:
1
− . = 2πA, (3.34)
k
portanto:
−1
A= . (3.35)
2πk
A solução fundamental bidimensional se torna, finalmente:
−1
T∗ =
ln r. (3.36)
2πk
Considerando que o sistema de referência tem origem em uma posição qualquer, r
é dado por:
(3.37)
p
r= (x − xd )2 + (y − yd )2 ,
onde (xd , yd ) são coordenadas do ponto fonte.
q = ~q˙.~n, (3.38)
(x, y)
y
Ponto campo
r
yd Ponto fonte
(xd , yd )
xd x x
∂T
q = −k ,
∂n
onde ∂T
∂n
é a derivada da temperatura na direção do vetor normal ao contorno
~n.Dessa forma, é possível definir a solução fundamental para o fluxo de calor dada
por:
∂ T∗
q ∗ = −k . (3.39)
∂n
∗ ∂ 1
q = −k − ln r ,
∂n 2πk
1 ∂ ∂
q = ∗
(ln r) nx + (ln r) ny . (3.40)
2π ∂x ∂y
Calculando o termo ∂
∂x
(ln r), obtém-se
∂ ∂ ln r ∂r
(ln r) = . (3.41)
∂x ∂r ∂x
64 CAPÍTULO 3. PROBLEMAS DE CONDUÇÃO DE CALOR
∂ 1 ∂ 1
(ln r) = (x − xd )2 + (y − yd )2 2 ,
∂x r ∂x
1 (x − xd )
= ,
r [(x − xd )2 + (y − yd )2 ] 21
1 (x − xd )
= ,
r r
∂ x − xd
(ln r) = ,. (3.42)
∂x r2
De modo análogo, tem-se:
∂ y − yd
(ln r) = . (3.43)
∂y r2
Substituindo a Eq.(3.42) e a Eq.(3.43) na Eq.(3.40), segue:
1
q∗ = [(x − xd )nx + (y − yd )ny ], (3.44)
2πr2
que é a solução fundamental de fluxo.
Isolado
T = 1000o C
T = 70o C
0,75 m
Isolado
66 CAPÍTULO 3. PROBLEMAS DE CONDUÇÃO DE CALOR
Capítulo 4
∇2 T = 0, (4.1)
multiplicando a equação (4.1) por uma função peso ω(x, y) e integrando sobre o
domínio A, assume-se que o resultado da integral é zero (método dos resíduos
ponderados). Assim, tem-se:
ˆˆ
(∇2 T )ωdA = 0,
ˆˆ 2 A
∂ 2T
∂ T
+ ωdA = 0,
A ∂x2 ∂y 2
ˆˆ 2 ˆˆ 2
∂ T ∂ T
2
ωdA + 2
ωdA = 0 (4.2)
A ∂x A ∂y
67
68 CAPÍTULO 4. O MÉTODO DOS ELEMENTOS DE CONTORNO
tem-se: ˆ ˆ
∂T ∂ ∂T
ωnx ds = ω dA.
s ∂x A ∂x ∂x
Aplicando a regra da derivada do produto de funções, tem-se:
ˆ ˆ 2 ˆ
∂T ∂ T ∂T ∂ω
ωnx ds = 2
ωdA + dA.
s ∂x A ∂ x A ∂x ∂x
Com o objetivo de obter uma equação integral que não possua integrais de
domínio (integrais de área) a função ω deve ser escolhida de forma que a integral de
4.1. EQUAÇÃO INTEGRAL DE CONTORNO 69
δ(x − xd )
∇2 ω = − ,
k
o que implica que ω = T ∗ . Então tem-se:
ˆ ˆ ˆ
∂T ∗ ∂T ∗ [−δ(x − xd )]
T ds − T ds + T dA, (4.9)
s ∂n s ∂n A k
1
q∗ = [(x − xd )nx + (y − yd )ny ],
2πr2
com r = [(x − xd )2 + (y − yd )2 ], logo
ˆ ˆ θ2
∗ 1
T q ds = T [(x − xd )nx + (y − yd )ny ]ds.
s∗ θ1 2πr2
70 CAPÍTULO 4. O MÉTODO DOS ELEMENTOS DE CONTORNO
Arco de circunferência
S S′
Em s∗ , tem-se:
~r = (x − xd )~i + (y − yd )~j,
p
|~r| = r = (x − xd )2 + (y − yd )2 ,
(x − xd )~i + (y − yd )~j
~n = ,
r
onde ~n é um vetor unitário. Quando rx = (x − xd ) e ry = (y − yd ) tem-se:
rx~i + ry~j
~n =
r
com
rx ry
nx = e ny = .
r r
Assim ˆ ˆ
s θ2
∗ T rx ry
T q ds = rx + r y εdθ.
s∗ θ1 2πr2 r r
Observando que r = ε para qualquer θ, portanto;
ˆ ˆ ˆ
θ2 rx2 + ry2 θ2
∗ T T
T q ds = εdθ = dθ.
s∗ θ1 2πε2 ε θ1 2π
Fazendo ε −→ 0, tem-se:
ˆ
−1
T ∗ qds = lim ε ln ε(θ2 − θ1 ),
s∗ 2πk ε→0
ˆ
T ∗ qds = 0.
s∗
Voltando a equação original, segue:
ˆ ˆ
T (xd , yd )(θ2 − θ1 )
T (xd , yd ) = T q ds − T ∗ qds +
∗
− 0,
s s 2π
ˆ ˆ
(θ2 − θ1 )
T (xd , yd ) 1 − = T q ds − T ∗ qds,
∗
2π s s
ˆ ˆ
2π − (θ2 − θ1 )
T (xd , yd ) = T q ∗ ds − T ∗ qds.
2π s s
s∗
θ2 ε
d x
θint θ1
onde
1,
se (xd , yd ) ∈ ao domínio
c= θint
, se (xd , yd ) ∈ ao contorno
2π
0, se (xd , yd ) ∈
/ ao domínio ou ao contorno
ˆ ˆ
∂T (xd , yd ) ∂
= ∗
T q ds − ∗
qT ds . (4.15)
∂xd ∂xd s s
ˆ ˆ
∂T (xd , yd ) ∂q ∗ ∂T ∗
= T ds − q ds. (4.16)
∂xd s ∂xd s ∂xd
onde:
∂T ∗ rx
= , (4.17)
∂xd 2πkr2
∂T ∗ ry
= , (4.18)
∂yd 2πkr2
S = s1 + s2 + . . . + sn .
···
S
sn
s1
s2 ···
n ˆ
X n ˆ
X
cT (xd , yd ) = ∗
T q ds − T ∗ qds. (4.21)
j=1 sj j=1 sj
n
" ˆ # n
" ˆ #
1 (i) X X
T (xd , yd ) = Tj ∗
q dΓ − qj ∗
T dΓ , (4.22)
2 j=1 Γj j=1 Γj
s Ω
Γ
Γ2
Γ1
Γn
Chamando (´
q ∗ dΓ, se i 6= j
Hij = Γj
´ ∗
− 21 + Γj q dΓ, se i = j
e ˆ
Gij = T ∗ dΓ (4.24)
Γj
T =0 1 3 T =1
H11 T¯1 + H12 T2 + H13 T¯3 + H14 T4 = G11 q1 + G12 q¯2 + G13 q3 + G14 q¯4 ,
H21 T¯1 + H22 T2 + H23 T¯3 + H24 T¯4 = G21 q1 + G22 q¯2 + G23 q3 + G24 q¯4 .
T¯1
H11 H12 H13 H14 G11 G12 G13 G14 q1
H21 H22 H23 H24 T2 G21 G22 G23 G24 q¯2
H31 H32 H33 H34 T¯3 = G31 G32
G33 G34 q3
H41 H42 H43 H44 T4 G41 G42 G43 G44 q¯4
T¯1
−G11 H12 −G13 H14 q1 −H11 G12 −H13 G14
−G21 H22 −G23 H24 T2
−H21 G22 −H23
= G24
q¯2
G34 T¯3
−G31 H32 −G33 H34 q3 −H31 G32 −H33
−G41 H42 −G43 H44 T4 −H41 G42 −H43 G44 q¯4
• Matriz G
onde p
r= (x − xd )2 + (y − yd )2 ,
(xd , yd ) são as coordenadas do ponto fonte e (x, y) as coordenadas dos pontos
campo (pontos de integração ou pontos de Gauss).
Considerando o elemento j conforme 4.6, tem-se:
(x2 , y2 )
dΓ
dy
nj
dx ξ
-1 1
(x1 , y1 )
x = N1 (ξ)x1 + N2 (ξ)x2
y = N1 (ξ)y1 + N2 (ξ)y2 ,
onde N1 (ξ) e N2 (ξ) são as funções de forma lineares contínuas dadas por (Fig.
2.1.1):
1
N1 = (1 − ξ) (4.30)
2
4.4. ELEMENTOS DE CONTORNO CONSTANTES 79
1
N2 = (1 + ξ). (4.31)
2
Dividindo ambos os termos da igualdade por dξ, obtém-se:
s
2 2
dΓ dx dy
= +
dξ dξ dξ
dx x2 − x1 dy y2 − y1
= e = .
dξ 2 dξ 2
Assim: s 2 2
x2 − x1 y2 − y1
dΓ
= +
dξ 2 2
dΓ 1p 1
= (x2 − x1 )2 + (y2 − y1 )2 = L,
dξ 2| {z } 2
L
• Matriz [H]
Assumindo o sentido anti-horário para numeração dos nós, conforme Fig. 13,
observa-se que o lado esquerdo do vetor tangente é igual ao interior do domínio
enquanto que o lado direito é igual ao exterior do domínio. Dessa forma, o vetor
80 CAPÍTULO 4. O MÉTODO DOS ELEMENTOS DE CONTORNO
Sentido anti-horário
sx
~s sy
(x2 , y2 )
~n
~s
(x1 , y1 ) ~n
nx = sy e ny = −sx ,
portanto
sy sx + (−sx )sy = 0.
ou ainda,
nx = −sy e ny = sx ,
que resulta
−sy sx + sx sy = 0.
Observando que, se:
tem-se:
nx = s y e ny = −sx .
Como o vetor ~s é unitário, tem-se:
x2 − x1 y2 − y1
sx = e sy = .
L L
Logo:
ˆ 1
1 rx nx + ry ny dΓ
Hij = dξ, (4.35)
2π −1 r2 dξ
onde,
rx = (x − xd ) e ry = (y − yd ).
Usando integração de Gauss e sabendo que dΓ/dξ = L/2, a Eq.(4.35), pode ser
escrita como: " NP G #
L X rx nx + ry ny
Hij = ω` . (4.36)
8π `=1 r2
• Matriz H
ˆ
1 1 rx nx + ry ny
Hij = − + dΓ
2 2π Γj r
Como
rx nx + ry ny = ~r.~n = 0
1
∴ Hij = − (4.37)
2
• Matriz G
Da Eq.(4.32), tem-se:
ˆ
1
G=− ln rdΓ (4.38)
2πk Γj
82 CAPÍTULO 4. O MÉTODO DOS ELEMENTOS DE CONTORNO
Assim, tem-se:
ˆ L
1 2
Gij = − ×2 ln rdr
2πk 0
L
1 2
= − (−r + r ln r)
πk 0
1 L L L
= − − + ln + 0 − lim r ln r .
πk 2 2 2 r→0
L L
= 1 − ln
2πk 2
e
q = N1 q1 + N2 q2 .
nX
(ˆ ) nX
(ˆ )
elem elem
T1 q1
q ∗ dΓ − ∗
cT (xd , yd ) = N1 N2 T N1 N2 dΓ .
Γj T2 j Γj q2 j
j=1 j=1
nX
(ˆ ) nX (ˆ )
elem elem
T1 q1
q ∗ dΓ
∗
cT (xd , yd ) = N1 N2 − N1 N2 T dΓ .
Γj T2 j Γj q2 j
j=1 j=1
nX
( )
elem
T1 q1
cT (xd , yd ) = h1 h2 − g1 g2 ,
j T2 j
j q2 j
j=1
onde ˆ
h1 = N1 q ∗ dΓ,
Γj
ˆ
h2 = N2 q ∗ dΓ,
Γj
ˆ
g1 = N1 T ∗ dΓ
Γj
e ˆ
g2 = N2 T ∗ dΓ.
Γj
T1 T1 q1
cT1 = h1 h2 + h1 h2 + ··· − g1 g2 −
1 T2 1
2 T2 2
1 q2 1
q1
− g1 g2 ··· .
2 q2 2
1 4
T =0 T =1
2 3
T̄1 T̄3 T̄2
cT1 = h1 h2 1 + h1 h2 2 + h1 h2 3 +
T̄2 T̄4 T̄3
q1d
d
T̄4 q̄2
+ h1 h2 4 − g1 g2 1 a − g1 g2 2 −
T̄1 q2 q̄3a
d d
q3 q̄4
− g1 g2 3 a − g1 g4 1 ,
q4 q̄1a
(−c T1 + h11 + h24 ) T̄1 + (h21 + h12 ) T̄2 + (h22 + h13 ) T̄3 + (h23 + h14 ) T̄4
| {z } | {z } | {z } | {z }
H11 H12 H13 H14
= g11 q1d + g21 q2a + g12 q̄2d + g22 q̄3a + g13 q3d − g23 q4a + g14 q̄4d + g24 q̄1a
T̄1
T̄2
H11 H12 H13 H14 T̄3 =
T̄4
q1d
q2a
Gd11 Ga12 Gd12 Ga13 Gd13 Ga14 Gd14 Ga11 (4.40)
.
..
.
q̄1a
H11 H12 H13 H14 T̄1
H21 H22 H23 H24 T̄2
=
H31 H32 H33 H34 T̄3
H41 H42 H43 H44 T̄4
q1d
q2a
Gd11 Ga12 Gd12 Ga13 Gd13 Ga14 Gd14 Ga11 q̄2d
Gd21 Ga22 Gd22 Ga23 Gd23 Ga24 Gd24 Ga21
q̄3a
.
Gd31 Ga32 Gd32 Ga33 Gd33 Ga34 Gd34 Ga31
q3d
Gd41 Ga42 Gd42 Ga43 Gd43 Ga44 Gd44 Ga41
q̄4a
q4d
q̄1a
(4.41)
1 4
T =1
q=1
3
H11 H12 H13 H14 T1
H21 H22 H23 H24 T̄2
H31 H32 H33 H34 T̄3
H41 H42 H43 H44 T̄4
q̄1d
q̄2a
Gd11 Ga12 Gd12 Ga13 Gd13 Ga14 Gd14 Ga11 q2d
Gd21 Ga22 Gd22 Ga23 Gd23 Ga24 Gd24 Ga21 q3a = q3
= .
Gd31 Ga32 Gd32 Ga33 Gd33 Ga34 Gd34 Ga31
q3d = q3
Gd41 Ga42 Gd42 Ga43 Gd43 Ga44 Gd44 Ga41
q4a
q̄4d
q̄1a
(4.44)
Como foi visto nos exemplos 4.5.1 e 4.5.2, os procedimentos para aplicar as
condições de contorno quando se tem elementos contínuos (nos quais um nó é com-
partilhado por 2 elementos) são mais complexos que nos elementos descontínuos.
Esta seção apresenta uma algoritmo simples que executa bem esta tarefa. Em-
bora o caso mostrado seja restrito a elementos lineares contínuos, este algoritmo
pode ser facilmente estendido para outros tipos de elementos contínuos, tanto nas
formulações de elementos de contorno 2D como elementos de contorno 3D.
Inicialmente, considere que será criada uma matriz [Tpr ] que contém informa-
ções sobre os nós nos quais a temperatura é prescrita (conhecida). Esta matriz tem
5 colunas e o número de linhas é igual ao número de nós nos quais a temperatura
é conhecida. Para facilitar o entendimento, considere que as colunas da matrizes
sejam representadas por cinco vetores {a1 }, {a2 }, {a3 }, {a4 } e {a5 }. Desta forma,
a linha i da matriz [Tpr ] é dada por:
(4.47)
Tpr i = a1i a2i a3i a4i a5i
sendo que cada elemento i dos vetores {a1 }, {a2 }, {a3 }, {a4 } e {a5 } contém:
90 CAPÍTULO 4. O MÉTODO DOS ELEMENTOS DE CONTORNO
Uma vez construída a matriz [Tpr ], a troca das colunas das matrizes [H] e [G]
segue o seguinte algoritmo:
1 1
x = N1 x1 + N2 x2 = (1 − ξ)x1 + (1 + ξ)x2
2 2
x1 − ξx1 + x2 + ξx2 1
= = [(x2 − x1 ) ξ + x2 + x1 ] (4.50)
2 2
92 CAPÍTULO 4. O MÉTODO DOS ELEMENTOS DE CONTORNO
1
y= [(y2 − y1 ) ξ + y2 + y1 ] . (4.51)
2
A coordenada x do ponto fonte é dada por xd = x(ξ = ξd ) e yd = y(ξ = ξd ),
sendo que ξd = −1 para o ponto fonte no nó 1 e ξd = +1 para o ponto fonte no nó
2. Daí, tem-se:
1
xd = [(x2 − x1 ) ξd + x2 + x1 ] , (4.52)
2
1
yd = [(y2 − y1 ) ξd + y2 + y1 ] (4.53)
2
e
q
(4.54)
p
r = (x − xd ) + (y − yd ) = rx2 + ry2 ,
2 2
onde
1 1
rx = x − xd = [(x2 − x1 )ξ + x2 + x1 ] − [(x2 − x1 )ξd + x2 + x1 ] (4.55)
2 2
1
rx = (x2 − x1 )(ξ − ξd ) (4.56)
2
Da mesma forma, tem-se:
1
ry = (y2 − y1 )(ξ − ξd ) (4.57)
2
e
s 2 2
1 1
r= (x2 − x1 )(ξ − ξd ) + (y2 − y1 )(ξ − ξd )
2 2
1 1
(4.58)
p
= (ξ − ξd ) (x2 − x1 )2 + (y2 − y1 )2 = (ξ − ξd )L
2 2
ˆ
g1 = T ∗ N1 dΓ (4.59)
Γj
e
ˆ
g2 = T ∗ N2 dΓ. (4.60)
Γj
ˆ ˆ 1
∗ dΓ
g1 = T N1 dΓ = T ∗ N1 dξ
Γj −1 dξ
ˆ 1
−1 L1
= log(r) (1 − ξ)dξ
−1 2πk 22
ˆ
−L 1 ξ − ξd
= log L (1 − ξ)dξ (4.61)
8πk −1 2
ˆ 1 ˆ 1
−L
ξ+1
g1 = log (1 − ξ)dξ + log (L) (1 − ξ)dξ (4.62)
8πk −1 2 −1
Fazendo
ξ+1 dη 1
η= ⇒ = (4.63)
2 dξ 2
tem-se:
−1 + 1
η(ξ = −1) = =0 (4.64)
2
1+1
η(ξ = 1) = =1 (4.65)
2
ξ = 2η − 1 ⇒ 1 − ξ = 1 − 2η + 1 = 2(1 − η) (4.66)
94 CAPÍTULO 4. O MÉTODO DOS ELEMENTOS DE CONTORNO
Daí, tem-se:
"ˆ 1 #
1
ξ 2
L dξ
g1 = − log(η)2(1 − η) dη + log(L) ξ −
8πk 0 dη 2 −1
ˆ 1
L
=− 2(1 − η)2 log(η)dη
8πk 0
" #)
(1)2 (−1)2
+ log(L) 1 − − (−1) +
2 2
ˆ 1 ˆ 1
L
=− 4 log(η)dη − η log(η)dη + 2 log(L) (4.67)
8πk 0 0
L 3
g1 = − log(L) ; (4.68)
4πk 2
• Ponto fonte no nó 2: ξd = 1.
centro, o ponto fonte pode não pertencer a um contorno suave caso seja um nó de
canto. Daí, deve-se calcular o ângulo interno θint pois o termo c da equação (4.13)
não é mais igual a 1/2. Embora este cálculo não apresente grandes dificuldades,
existe uma implementação alternativa que normalmente é a preferida quando se
trata de elementos contínuos. Esta implementação não faz a integração de maneira
explícita mas usa uma propriedade da matriz [H] decorrente da modelagem de um
corpo sob temperatura constante. Sem perder a generalidade, considere que todos
os nós de um corpo encontre-se com a temperatura T = 1. Neste caso, o fluxo
será nulo em todos os nós, ou seja, q = 0 em todos os nós. Desta forma, a equação
matricial é reescrita como:
onde {1} é um vetor com todos os elementos iguais a 1 e {0} é um vetor com todos
os elementos iguais a zero. Neste caso, é fácil perceber que:
N
X
Hij = 0, para i = 1, 2, ..., N. (4.72)
j=1
N
X
Hii = Hij , com i 6= j, para i = 1, 2, ..., N, (4.73)
j=1
uma vez que todos os termos de fora da diagonal são integrais regulares e já foram
previamente calculados.
T = N1 T1 + N2 T2 + N3 T3
q = N1 q1 + N2 q2 + N3 q3
96 CAPÍTULO 4. O MÉTODO DOS ELEMENTOS DE CONTORNO
ξ
N1 = (ξ − 1) (4.74)
2
N2 = (1 − ξ)(1 + ξ) = 1 − ξ 2 (4.75)
ξ
N3 = (ξ + 1) (4.76)
2
ˆ
nX
elem T1
N1 N2 N3 T2 q ∗ dΓ
cT (d) =
Γj
T3 j
j=1
elem ˆ
nX q 1
T ∗ N1 N2 T3 q2 dΓ . (4.77)
−
Γj
q3 j
j=1
ˆ
nX
elem T1
N1 N2 N3 q ∗ dΓ T2
cT (d) =
Γj
T3 j
j=1
elem ˆ
nX q 1
N1 N2 N3 T ∗ dΓ q2 , (4.78)
−
Γj
q3 j
j=1
nX
elem T1 q 1
cT (d) = h1 h2 h3 j T2 − g1 g2 g3 j q2 ,
T3 j q3 j
j=1
98 CAPÍTULO 4. O MÉTODO DOS ELEMENTOS DE CONTORNO
onde ˆ
h1 = N1 q ∗ dΓ,
Γj
ˆ
h2 = N2 q ∗ dΓ,
Γj
ˆ
h3 = N3 q ∗ dΓ,
Γj
ˆ
g1 = N1 T ∗ dΓ,
Γj
ˆ
g2 = N2 T ∗ dΓ
Γj
e ˆ
g3 = N3 T ∗ dΓ.
Γj
A integração dos termos da matrizes [H] e [G] quando o ponto fonte não
pertence ao elemento é regular e não apresenta grandes diferenças em relação à
integração do elemento constante (veja a seção 4.4.1). Para evitar a repetição
desnecessária, a integração para o elemento quadrático não será detalhada.
Diante disso, o tratamento da singularidade forte pode ser feita de maneira in-
direta devido as propriedades da matriz [H], conforme foi mostrado na seção 4.5.4.
No caso da matriz [G], há duas possibilidades, ou deve-se tratar numericamente
ou de forma analítica, sendo que essa última só é recomendada para elementos
constantes ou lineares. No caso de funções de forma de ordem maior (quadráticas,
por exemplo), o jacobiano da transformação de Γ para ξ não é mais constante
ao longo do elemento, tornando o tratamento analítico inviável. Dessa forma, o
tratamento numérico é recomendado.
Integrais singulares da ordem (log r) podem ser avaliadas eficientemente pela
quadratura de Gauss com uma transformação de variáveis cúbica, conforme pro-
posto por Telles [5], que cancela exatamente a singularidade logarítmica. Uma
outra possibilidade é o uso da quadratura logarítmica de Gauss [6] que está entre
os métodos numéricos mais utilizadas para o tratamento de integrais com singu-
laridade fraca em problemas bi-dimensionais (log r). Detalhes da quadratura de
Gauss logarítmica foram apresentados na seção 1.5.
A integração dos termos da matriz [H] para elementos quadráticos contínuos
é feita de maneira indireta, conforme já descrito na seção 4.5.4 para elementos
lineares contínuos.
A integração dos termos da matriz [G] para elementos quadráticos contínuos
é feita usando a quadratura logarítmica de Gauss, coforme será detalhado nos
parágrafos seguintes.
Conforme já mostrado na seção 2.1.2, a coordenada x de um ponto pertencente
a um elemento quadrático é aproximada por:
ξ ξ
x = N1 x1 + N2 x2 + N3 x3 = (ξ − 1)x1 + (1 − ξ 2 )x2 + (ξ + 1)x3
2 2
1 2 1
= ξ (x1 − 2x2 + x3 ) + ξ (x3 − x1 ) + x2 (4.79)
2 2
Da mesma forma, tem-se:
1 1
y = ξ 2 (y1 − 2y2 + y3 ) + ξ (y3 − y1 ) + y2 (4.80)
2 2
O ponto fonte tem coordenada (xd , yd ), sendo xd = x(ξ = ξd ) e yd = y(ξ = ξd ).
Desta forma, tem-se ξd = −1 para o ponto fonte no nó 1, ξd = 0 para o ponto
fonte no nó 2 e e ξd = +1 para o ponto fonte no nó 3. Daí, tem-se:
1 1
xd = ξd2 (x1 − 2x2 + x3 ) + ξd (x3 − x1 ) + x2 (4.81)
2 2
100 CAPÍTULO 4. O MÉTODO DOS ELEMENTOS DE CONTORNO
1 1
yd = ξd2 (y1 − 2y2 + y3 ) + ξd (y3 − y1 ) + y2 (4.82)
2 2
q
(4.83)
p
r= (x − xd )2 + (y − yd )2 = rx2 + ry2
onde
1 2 1
ξ − ξd2 (x1 − 2x2 + x3 ) + (ξ − ξd ) (x3 − x1 ) (4.84)
r x = x − xd =
2 2
1
rx = (ξ − ξd ) [(x1 − 2x2 + x3 ) (ξ + ξd ) + x3 − x1 ] (4.85)
2
Da mesma forma, tem-se:
1
ry = (ξ − ξd ) [(y1 − 2y2 + y3 ) (ξ + ξd ) + y3 − y1 ] (4.86)
2
e
1
(ξ − ξd ) [(x1 − 2x2 + x3 ) (ξ + ξd ) + x3 − x1 ]2
r=
2
1
+ [(y1 − 2y2 + y3 ) (ξ + ξd ) + y3 − y1 ]2 2 (4.87)
Chamando
1
rA = (ξ − ξd ) (4.88)
2
e
rB = [(x1 − 2x2 + x3 ) (ξ + ξd ) + x3 − x1 ]2
21
+ [(y1 − 2y2 + y3 ) (ξ + ξd ) + y3 − y1 ]2 (4.89)
tem-se que
r = rA rB (4.90)
4.6. ELEMENTOS DE CONTORNO QUADRÁTICOS CONTÍNUOS 101
onde rB > 0.
ˆ
[g] = T ∗ [N1 N2 N3 ] dΓ = [g1 g2 g3 ] (4.91)
onde
ˆ
g1 = T ∗ N1 dΓ, (4.92)
Γj
ˆ
g2 = T ∗ N2 dΓ (4.93)
Γj
e
ˆ
g3 = T ∗ N3 dΓ. (4.94)
Γj
ˆ ˆ 1
∗ dΓ
g1 = T N1 dΓ = T ∗ N1 dξ
Γj −1 dξ
ˆ 1
−1 dΓ
= log(rA rB )N1 dξ
−1 2πk dξ
ˆ 1
−1 dΓ
= [log(rA ) + log(rB )] N1 dξ = g1s + g1ns (4.95)
2πk −1 dξ
onde
ˆ 1
−1 dΓ
g1s = log(rA )N1 dξ (4.96)
2πk −1 dξ
é uma integral regular (não singular) que será integrada usando quadratura de
Gauss padrão.
102 CAPÍTULO 4. O MÉTODO DOS ELEMENTOS DE CONTORNO
ˆ 1
−1 ξ dΓ
g1s = log(rA ) (ξ − 1) dξ (4.98)
2πk −1 2 dξ
Fazendo
ξ+1 dη 1
η= ⇒ = (4.99)
2 dξ 2
tem-se:
−1 + 1
η(ξ = −1) = =0 (4.100)
2
1+1
η(ξ = 1) = =1 (4.101)
2
ξ = 2η − 1 ⇒ 1 − ξ = 1 − 2η + 1 = 2(1 − η) (4.102)
ξ − ξd
rA = =η (4.103)
2
Daí, tem-se:
ˆ 1 ˆ 1
−1 dΓ dξ −1 dΓ
g1s = log (η) N1 (ξ(η)) dη = log (η) N1 (ξ(η)) dη (4.104)
2πk 0 dξ dη πk 0 dξ
• Ponto fonte no nó 2: ξd = 0.
ξ − ξd ξ−0 ξ
rA = = = (4.105)
2 2 2
4.6. ELEMENTOS DE CONTORNO QUADRÁTICOS CONTÍNUOS 103
ˆ ˆ
−1 1 ξ dΓ −1 1 dΓ
g2s = log( )N2 dξ = log(ξ)N2 dξ
2πk −1 2 dξ 2πk −1 dξ
ˆ 1
−1 dΓ
− log(2)N2 dξ = g2s1 + g2s2 (4.106)
2πk −1 dξ
onde
ˆ 1
−1 dΓ
g2s2 = log(2)N2 dξ (4.107)
2πk −1 dξ
é uma integral regular e pode ser integrada usando quadratura de Gauss padrão.
ˆ 1
−1 dΓ
g2s1 = log(ξ)N2 dξ (4.108)
2πk −1 dξ
é uma integral com singularidade fraca e deve ser calculada usando quadratura de
Gauss logarítmica através da seguinte transformação:
dη
η=ξ⇒ =1 (4.109)
dξ
tem-se:
η(ξ = 0) = 0 (4.110)
η(ξ = 1) = 1 (4.111)
ξ − ξd ξ η
rA = = = (4.112)
2 2 2
Daí, tem-se:
ˆ 1 ˆ 1
−1 η dΓ dξ −1 dΓ
g2s1 =2× log N2 (ξ(η)) dη = log (η) N2 (ξ(η)) dη
2πk 0 2 dξ dη πk 0 dξ
(4.113)
As integrais g1 e g3 não são singulares quando o ponto fonte é o nó 2 pois
N1 = N3 = 0 no nó 2, onde T ∗ → ∞.
104 CAPÍTULO 4. O MÉTODO DOS ELEMENTOS DE CONTORNO
• Ponto fonte no nó 3: ξd = 1.
Desta forma, a integral g3 não precisa ser calulada quando o ponto fonte é o
nó 3 pois usa-se o valor calculado da integral g1 quando o ponto fonte é o nó 1.
que resulta
ˆ ˆ ˆ
cT (xd , yd ) = ∗
q T ds − ∗
T qds + T ∗ f (x, y)dA. (4.117)
s s A
4.7. FONTES DE CALOR 105
Caso a fonte de calor seja concentrada, ela será representada por uma função
delta de Dirac, ou seja:
ˆ ˆ ˆ
cT (xd , yd ) = ∗
q T ds − ∗
T qds + T ∗ Cδ(x − xc , y − yc )dA. (4.119)
s s A
ˆ ˆ
cT (xd , yd ) = ∗
q T ds − T ∗ qds + CT ∗ (xc − xd , yc − yd ). (4.120)
s s
Caso a fonte de calor f (x, y) seja distriuída no domínio, pode-se usar o mé-
todo da integração radial para transformar a integral de domínio em integral de
contorno, da seguinte forma:
ˆ ˆ θ2ˆ r
∗
T f (x, y)dA = T ∗ f [x(ρ, θ), y(ρ, θ)]ρdρ dθ.
A θ1
|0 {z }
F
Fazendo ˆ r
F = T ∗ f [x(ρ, θ), y(ρ, θ)]ρdρ, (4.121)
0
106 CAPÍTULO 4. O MÉTODO DOS ELEMENTOS DE CONTORNO
resulta ˆ ˆ θ2
F = ∗
T f (x, y)dA = F dθ. (4.122)
A θ1
r dθ
2
cosα = dΓ
2
cosα
dθ = ds. (4.123)
r
Como ~n e ~r são vetores unitários, tem-se:
ro
q(r) = −q(ro ) . (4.127)
r
ri ro
C B A D O r
Sa
V
Sb
2.5
1.5
y 0.5
−0.5
−1
−1.5
−2
−2.5
−3 −2 −1 0 1 2 3
x
Figura 4.13: Malha de elementos de contorno com 16 nós com elementos constantes
(8 no contorno externo e 8 no contorno interno)
2.5
1.5
0.5
y
−0.5
−1
−1.5
−2
−2.5
−3 −2 −1 0 1 2 3
x
Figura 4.14: Malha de elementos de contorno com 112 nós com elementos cons-
tantes (56 no contorno externo e 56 no contorno interno)
2.5
1.5
0.5
y
−0.5
−1
−1.5
−2
−2.5
−3 −2 −1 0 1 2 3
x
Figura 4.15: Malha de elementos de contorno com 16 nós com elementos quadrá-
ticos (8 no contorno externo e 8 no contorno interno)
110 CAPÍTULO 4. O MÉTODO DOS ELEMENTOS DE CONTORNO
290
Elementos Constantes
Elementos Lineares
Elementos Quadráticos
285
Resultado Analítico
Temperatura no ponto A
280
275
270
265
260
0 20 40 60 80 100 120
Número de nós
350
Elementos Constantes
Elementos Lineares
345 Elementos Quadráticos
Resultado Analítico
340
Temperatura no ponto B
335
330
325
320
315
0 20 40 60 80 100 120
Número de nós
−248
Elementos Constantes
−250 Elementos Lineares
Elementos Quadráticos
−252 Resultado Analítico
−254
Fluxo no ponto A
−256
−258
−260
−262
−264
−266
−268
0 20 40 60 80 100 120
Número de nós
−200
Elementos Constantes
Elementos Lineares
−205 Elementos Quadráticos
Resultado Analítico
−210
Fluxo no ponto B
−215
−220
−225
−230
−235
0 20 40 60 80 100 120
Número de nós
395
Elementos Constantes
Elementos Lineares
390 Elementos Quadráticos − nó da extremidade
Elementos Quadráticos − nó do meio
385 Resultado Analítico
Temperatura no ponto C
380
375
370
365
360
355
0 20 40 60 80 100 120
Número de nós
420
410
400
Fluxo no ponto D
390
380
340
0 20 40 60 80 100 120
Número de nós
Distribuição de temperatura
2.5
2 350
1.5
1 300
0.5
250
y
−0.5
200
−1
−1.5 150
−2
−2.5 100
−3 −2 −1 0 1 2 3
x
r
θ
A E O F B x
1 θ θ
q=− √ cos cos θ + sin sin θ em BC, (4.128)
2 r 2 2
1 θ θ
q=− √ cos sin θ − sin cos θ em CD, (4.129)
2 r 2 2
1 θ θ
q= √ cos cos θ + sin sin θ em DA, (4.130)
2 r 2 2
T = 0 em AO (4.131)
q = 0 em OB. (4.132)
√ θ
u= r cos , (4.133)
2
4.8. EXEMPLOS NUMÉRICOS 115
cos θ
qx = √ 2 (4.134)
2 r
sin θ
qy = √ 2 . (4.135)
2 r
0.76
Elementos Constantes
Elementos Lineares
Elementos Quadráticos
0.74
Resultado Analítico
Temperatura no ponto F
0.72
0.7
0.68
0.66
0.64
0 50 100 150 200 250
Número de nós
0.9
0.8
Fluxo normal no ponto E
0.7
0.6
0.2
0.1
0 50 100 150 200 250
Número de nós
0.335
0.33
0.325
0.32
Temperatura no ponto J
0.315
0.31
Elementos Constantes
0.305 Elementos Lineares
Elementos Quadráticos
0.3 Resultado Analítico
0.295
0.29
−0.17
Elementos Constantes
−0.18 Elementos Lineares
Elementos Quadráticos
−0.19 Resultado Analítico
Fluxo na direção x no ponto J
−0.2
−0.21
−0.22
−0.23
−0.24
−0.25
−0.26
−0.27
0 50 100 150 200 250
Número de nós
−0.53
Elementos Constantes
Elementos Lineares
−0.535 Elementos Quadráticos
Resultado Analítico
Fluxo na direção y no ponto J
−0.54
−0.545
−0.55
−0.555
−0.56
−0.565
0 50 100 150 200 250
Número de nós
Distribuição de temperatura
1.5
1
1 0.8
0.6
y
0.5
0.4
0
0.2
−0.5
−1.5 −1 −0.5 0 0.5 1 1.5
x
Exercício 4.2 Representar os termos das matrizes [H] e [G] para o problema de
condução de calor mostrado na figura abaixo. Mostrar a matriz [A] e o vetor {b}
em função das matrizes [H] e [G].
Dados:
−0.5000 0.3285 0.1761
[H] = 0.2497 −0.5000 0.2497
0.1761 0.3285 −0.5000
0.2695 0.1313 0.0533
[G] = 0.0893 0.3031 0.0893
0.0533 0.1313 0.2695
122 CAPÍTULO 4. O MÉTODO DOS ELEMENTOS DE CONTORNO
∞
" #
nπy
(−1)n+1 + 1 nπx sinh
2X L
Ta (x, y) = sin nπH
π n=0 n L sinh L
y
T3 = 1
(0,1) (1,1)
T4 = 0
k=1 T2 = 0
(0,0) (1,0)
T1 = 0 x
Compare o erro em relação a solução analítica nos pontos internos com co-
ordendas (x, y) = (0, 5; 0, 5) e (x, y) = (0, 25; 0, 25). Faça uma análise de conver-
gência, ou seja, calcule T com diferentes malhas e monte uma tabela da seguinte
forma:
x y NE T Ta Erro
onde:
N E = número de elementos utilizados na malha.
Erro = erro percentual no cálculo da temperatura, dado por:
4.9. EXERCÍCIOS PROPOSTOS 123
|T − Ta |
Erro = 100% ×
Ta
Inicie usando uma malha grosseira, de um elemento por segmento. Refine até
obter uma convergência de quatro algarismos significativos.
2 2
q=1
R. 2
2 T =5
2
4 q=0
q = −1
R. 1 q=1
2 2
T =0
Exercício 4.7
Representar os termos das matrizes [H] e [G] para o seguinte problema de condução
de calor. Mostrar a matriz [A] e o vetor {b} em função das matrizes [H] e [G].
q=0
5 3
4
T = 1o C
4
2
T = 1o C
T = 10o C
5
1 3
q = 10 cal/(s m) 2
1
T an = x + y
|Tcan − Tc |
ε% = 100% ×
|Tcan |
onde Tc é o valor de T no ponto interno de coordenadas (x, y) = (1/3, 1/3).
Sugestão: Crie uma function
CDC = corrige_CDC(CDC,ELEM,NOS,MALHA)
que irá corrigir a matriz CDC para se adequar às condições de contorno variáveis
com as coordenadas y.
4.9. EXERCÍCIOS PROPOSTOS 125
T (x = 0) = 0
T (x = 1) = cos(πy)
q=0
(1,1)
T =0 T = cos(πy)
∇2T = 0, k =1.
(0,0) x
q=0
|Tcan − Tc |
ε% = 100% ×
|Tcan |
√ √
onde Tc é o valor de T no ponto interno de coordenadas (x, y) = ( 2/2, 2/2).
Sugestão: Crie uma function
CDC = corrige_CDC(CDC,ELEM,NOS,MALHA,SEGMENTOS,CCSeg)
que irá corrigir a matriz CDC para se adequar às condições de contorno variáveis
com as coordenadas y.
q=0
(1,1)
T =0 ∇2T = −q̇/k T =0
(0,0) x
q=0
x y NE T Ta Erro
onde:
N E = número de elementos utilizados na malha.
Erro = erro percentual no cálculo da temperatura, dado por:
4.9. EXERCÍCIOS PROPOSTOS 127
|T − Ta |
Erro = 100% ×
Ta
Inicie usando uma malha grosseira, de um elemento por lado. Refine até obter
uma convergência de quatro algarismos significativos.
128 CAPÍTULO 4. O MÉTODO DOS ELEMENTOS DE CONTORNO
Capítulo 5
Problemas Elásticos
n
Γ1
Γ2
129
130 CAPÍTULO 5. PROBLEMAS ELÁSTICOS
ˆ ˆ
ti dΓ + bi dΩ = 0 (5.1)
Γ Ω
ti = σij nj (5.3)
onde σij são as componentes do tensor de tensões, pode-se rescrever a equação de
equilíbrio estático de maneira conveniente, onde todas as integrais são de domínio:
ˆ ˆ
σij,j dΩ + bi dΩ = 0 (5.4)
Ω Ω
1
ij = (ui,j + uj,i ), (5.6)
2
como: ˆ ˆ
1 (1) 1 (2)
σij (ui,j (2)
+ uj,i ) dΩ = σij (ui,j + uj,i )(1) dΩ. (5.7)
2 Ω 2 Ω
5.1. TEOREMA DE BETTI 131
O segundo termo do lado direito da equação pode ser escrito como as forças
de corpo, conforme a equação (5.4):
ˆ ˆ ˆ
(1) (1) (1)
σij (ui,j )(2) dΩ = (σij (ui )(2) ),j dΩ + bi (ui )(2) dΩ. (5.12)
Ω Ω Ω
A forma final do teorema de Betti é obtida ao realizar esse procedimento nos dois
lados da equação:
ˆ ˆ ˆ ˆ
(1) (1) (2) (2)
(σij (ui )(2) )nj dΓ + bi (ui )(2) dΩ = (σij (ui )(1) )nj dΓ + bi (ui )(1) dΩ
Γ Ω Γ Ω
(5.14)
e aplicar a transformação de Cauchy, dada pela equação (5.3):
ˆ ˆ ˆ ˆ
(1) (2) (1) (2) (2) (1) (2) (1)
ti ui dΓ + bi ui dΩ = ti ui dΓ + bi ui dΩ. (5.15)
Γ Ω Γ Ω
132 CAPÍTULO 5. PROBLEMAS ELÁSTICOS
1 1
Uij = (1 − ν)(3 − 4ν) log δij + r,i r,j (5.20)
8πµ r
5.4. EQUAÇÕES INTEGRAIS SINGULARES 133
−1 ∂r
Tij = [(1 − 2ν)δij + 2R,i r,j ] − (1 − 2ν)(r,i ni − r,j ni ) (5.21)
4π(1 − ν)r ∂n
Figura 5.2: Ponto fonte localizado no contorno, circundado por uma região semi-
circular.
ˆ ˆ
ul + lim Tli ui dΓ = lim Uli ti dΓ (5.23)
→0 Γ−Γ +Γ∗ →0 Γ−Γ +Γ∗
ˆ ˆ
0
lim Tli ui (z) dΓ = lim Tli [ui (z) − ui (z )] dΓ +
→0 Γ−Γ +Γ∗ →0 Γ∗
ˆ
0
ui (z ) lim Tli dΓ +
→0 Γ∗
ˆ
ˆ ˆ
cli ui + −Tli ui dΓ = Uli ti dΓ (5.25)
Γ
´
onde − representa integral no sentido do valor principal de Cauchy e o coefi-
ciente cli (z0 ) é dado por δij + Aij (z0 ), no qual δij representa o delta de Kronecker.
5.5. FORMULAÇÃO DOS ELEMENTOS DE CONTORNO DISCRETIZADA135
(1)
u1
u(1)
2
(2)
N (1) N (2) N (3)
u1 0 0 0 u1
u= = (1) (2) = Nu(n)
u2 0 N 0 N 0 N (3)
(2)
u2
(3)
u1
u(3)
2
(5.26)
(1)
t1
t(1)
2
(2)
N (1) N (2) N (3)
t1 0 0 0 t1
t= = (1) (2) = Nt(n) (5.27)
t2 0 N 0 N 0 N (3) t(2)
2
(3)
t
1
t(3)
2
(n) (n)
onde ui e ti são os valores nodais de deslocamentos e forças de superfícies,
respectivamente, e N (i) são as funções de forma quadráticas definidas por:
136 CAPÍTULO 5. PROBLEMAS ELÁSTICOS
1
N (1) = ξ (ξ − 1) (5.28)
2
N (2) = 1 − ξ 2 (5.29)
1
N (3) = ξ (ξ + 1) (5.30)
2
onde ξ representa uma coordenada adimensional ao longo do elemento (Figura 5.3).
Considere que o domínio tenha sido dividido em N E elementos de contorno.
Substituindo as equações (5.26) e 5.27) na equação (5.25), tem-se
NE
(ˆ ) NE
(ˆ )
X X
cl ul + −TNdΓ uj = UNdΩ tj (5.31)
j=1 Γj j=1 Γj
Chamando
ˆ
UNdΓ = g (5.32)
Γj
e
ˆ
−TNdΓ = h (5.33)
Γj
tem-se
N
X N
X
lj j
H u = Glj tj (5.34)
j=1 j=1
(1)
x1
x(1)
2
(2)
N (1) N (2) N (3)
x1 0 0 0 x1
x= = = Nx(n)
x2 0 N (1) 0 N (2) 0 N (3)
(2)
x2
(3)
x1
x(3)
2
(5.36)
ˆ ˆ 1
H (j)
= −Tlk N dΓ = −Tlk N (j) |J|dξ
(j)
(5.37)
Γj −1
ˆ ˆ 1
G (j)
= Ulk N (j)
dΓ = Ulk N (j) |J|dξ (5.38)
Γj −1
( 2 2 )1/2
dΓ dx1 dx2
|J| = = + (5.39)
dξ dξ dξ
onde dx1 /dξ e dx2 /dξ são obtidos derivando-se as equações (5.36) em relação a ξ.
138 CAPÍTULO 5. PROBLEMAS ELÁSTICOS
Hvq = 0 (5.41)
onde vq é um vetor que para todos os nós tem deslocamentos unitários ao longo
da direção q e zero na outra direção. Para satisfazer a equação (5.41) tem-se
N
X
Hii = − Hij j 6= i (5.42)
j=1
sendo j par ou ímpar.
O termo da diagonal da matriz H é igual a soma de todos os outros termos
fora da diagonal correspondentes ao grau de liberdade em consideração.
ˆ ˆ
σik + Sjik uj dΓ = Djik tj dΓ (5.43)
Γ Γ
onde Skij e Dkij são combinações lineares das derivadas de Tij e Uij , respectiva-
mente.
O tensor Skij é dado por
−2
Sijr = {2r,k nk [rr δij (1 − 2µ) + µ(r, jδri + r, iδrj ) − 4r,r r,i r,j ]
4π(1 − µ)r2
+2µ(r,r r,j ni + 2r,r r,i nj ) + (1 − 2µ)(2r,i r,j nr + δri nj + δrj ni )
−(1 − 4µ)nr δij } (5.44)
u0i = lij uj
t0i = lij tj (5.46)
0
σ22 = t02
0
σ12 = t01 (5.47)
140 CAPÍTULO 5. PROBLEMAS ELÁSTICOS
1 0
ε011 = (u + u01,1 ) = u01,1
2 1,1
du01 du01 dξ
u01,1 = = (5.48)
dx01 dξ dx01
s 2 2
dx01 dx02
q
ds = dx01 2 + dx02 2 = + dξ
dξ dξ
ds
= J (5.49)
dξ
du01 dξ
ε011 =
dξ ds
du01 −1
ε011 = J (5.50)
dξ
5.8. TENSÕES NO CONTORNO 141
Sendo
3
(i)
X
u1 = N (i) u1
i=1
3
du1 X dN (i) (i)
= u
dξ n=1
dξ 1
(5.51)
3
X dN (i) (i)
ε011 = u1 J −1 (5.52)
n=1
dξ
E ν
σ22 = 2
22 + t1 (5.53)
1−ν 1−ν
para estado plano de deformação e por:
Placas de Kirchhoff
143
144 CAPÍTULO 6. PLACAS DE KIRCHHOFF
Ω Τg
Ωg
Τ
y x
z
Figura 6.1: Placa Fina.
ˆ t/2
mx = σx zdz, (6.1)
−t/2
ˆ t/2
my = σy zdz, (6.2)
−t/2
ˆ t/2
mxy = τxy zdz, (6.3)
−t/2
ˆ t/2
qx = τxz dz, (6.4)
−t/2
6.2. RELAÇÕES BÁSICAS PARA PLACAS FINAS 145
τyz
τyz
σy τy
x
σy τ xy σx
τ yx
τyz σx
τ xy
τyz
∂x y x
z ∂y
e ˆ t/2
qy = τyz dz. (6.5)
−t/2
∂qx ∂qy
+ + g = 0, (6.6)
∂x ∂y
∂mx ∂myx
+ − qx = 0, (6.7)
∂x ∂y
∂my ∂mxy
+ − qy = 0. (6.8)
∂y ∂x
onde as unidades de força distribuída g é dada em N.m2 , o momento m é dado em
N.m e o esforço cortante q é dado em N .
146 CAPÍTULO 6. PLACAS DE KIRCHHOFF
Considere as posições inicial e final de um elemento da placa dado por abcd pa-
ralelo ao plano médio com lados ab e ad paralelos aos eixos x e y, respectivamente,
a uma distância z do plano médio (Figura 6.4).
Assumindo que, durante a flexão da placa, os pontos a, b, c e d, movem-se
para a0 , b0 , c0 e d0 , chamando as componentes de deslocamento u0 e v0 do ponto
a nas direções x e y (Figura 6.4), respectivamente, o deslocamento do ponto b na
direção x é dado por:
∂u
b0x − bx = uo + dx. (6.9)
∂x
Então, o incremento do comprimento dx na direção x é dado por:
∂u
∆dx = dx, (6.10)
∂x
e a deformação na direção x é dada por:
6.2. RELAÇÕES BÁSICAS PARA PLACAS FINAS 147
∆dx ∂u
εx = = . (6.11)
dx ∂x
Da mesma forma, podemos escrever:
∂v
εy = , (6.12)
∂y
∂u ∂v
γxy = + . (6.13)
∂y ∂x
A Figura 6.5 mostra as posições inicial e final de uma seção da placa, paralela
ao plano xz, que contém os pontos a, b, n1 e n2 . A rotação do elemento an1 ,
inicialmente na posição vertical, é igual a ∂w
∂x
(Figura 6.5). Então, o deslocamento
do ponto na direção x, a uma distância z da superfície média pode ser escrita
como:
∂w
u = −z . (6.14)
∂x
148 CAPÍTULO 6. PLACAS DE KIRCHHOFF
∂w
v = −z . (6.15)
∂y
∂ 2w
εx = −z = zκx ,
∂x2
∂ 2w
εy = −z 2 = zκy ,
∂y
∂ 2w
γxy = −2z = zκxy . (6.16)
∂x∂y
E
σx = (εx + νεy ),
1 − ν2
E
σy = (εy + νεx ), (6.18)
1 − ν2
τxy = Gγxy .
Onde:
E: módulo de elasticidade longitudinal;
ν: coeficiente de Poison;
G: módulo de elasticidade transversal;
Sendo:
E
G= 2(1+ν)
E ∂ 2w ∂ 2w
σx = − ( + ν )z, (6.19)
1 − ν 2 ∂x2 ∂y 2
E ∂ 2w ∂ 2w
σy = − ( + ν 2 )z, (6.20)
1 − ν 2 ∂y 2 ∂x
∂ 2w
τxy = −2G z. (6.21)
∂x∂y
∂ 2w ∂ 2w
mx = −D + ν (6.22)
∂x2 ∂y 2
∂ 2w ∂ 2w
my = −D + ν (6.23)
∂y 2 ∂x2
150 CAPÍTULO 6. PLACAS DE KIRCHHOFF
∂ 2w
mxy = myx = −D(1 − ν) (6.24)
∂x∂y
Et3
onde D = 12(1−ν 2 )
∂ 2w ∂ 2w
∂
qx = −D + , (6.25)
∂x ∂x2 ∂y 2
∂ 2w ∂ 2w
∂
qy = −D + .
∂y ∂x2 ∂y 2
(6.26)
∂ 4w ∂ 4w ∂ 4w g
4
− 2 2 2
+ 4
=− (6.27)
∂x ∂x ∂y ∂y D
que também pode ser dado por:
g
∆∆(w) = − (6.28)
D
onde:
∂ 2 () ∂ 2 ()
∆= + (6.29)
∂x2 ∂y 2
é o operador laplaciano.
ou
∂mns
Vn = qn + . (6.36)
∂s
ˆ ˆ
σij ε∗ij dΩ σx ε∗x + σy ε∗y + σz ε∗z + τxy γxy
∗ ∗ ∗
(6.38)
= + τxz γxz + τyz γyz dΩ.
Ω Ω
´ ´ h E 2 2 2 ∗
σ ε∗ dΩ
Ω x x
= Ω
(∂ w
1−ν 2 ∂x2
+ ν ∂∂yw2 ) ∂∂xw2
2 ∗
i
2 2 ∂ 2 w ∂ 2 w∗ 2
+ E
(∂ w
1−ν 2 ∂x2
+ ν ∂∂yw2 ) ∂∂yw2 + 4G ∂x∂y ∂x∂y
z dΩ. (6.40)
´ ∗
h
∂2w ∂ 2 w ∂ 2 w∗ ∂2w ∂ 2 w ∂ 2 w∗ ∂ 2 w ∂ 2 w∗ 2
i
Ω
σx ε x dΩ = D( ∂x 2 + ν ∂y 2 ) ∂x 2 + D( ∂x 2 + ν ∂y 2 ) ∂y 2 + 2D(1 − ν) ∂x∂y ∂x∂y
z dΩ
´ 2 ∗ 2 ∗ 2 w∗
= − Ω (mx ∂∂xw2 + my ∂∂yw2 + 2mxy ∂∂x∂y )dΩ. (6.41)
∂ ∂f (x) ∂g(x)
[f (x)g(x)] = g(x) + f (x). (6.42)
∂x ∂x ∂x
Usando a propriedade de derivação (6.42) na equação (6.41), pode-se escrever:
ˆ ˆ
∂w∗ ∂w∗ ∂mx
∂
σx ε∗x dΩ =− mx − dΩ. (6.43)
Ω Ω ∂x ∂x ∂x ∂x
Usando o teorema de Green ([3]), a equação (6.43) pode ser escrita como:
ˆ ˆ ˆ
∂w∗ ∂w∗ ∂mx
σx ε∗x dΩ = − mx cos αdΓ + dΩ. (6.44)
Ω Γ ∂x Ω ∂x ∂x
ˆ ˆ ˆ
∂w∗ 2
∂ ∗ ∂mx ∗ ∂ mx
σx ε∗x dΩ = − mx cos αdΓ + w −w dΩ. (6.45)
Ω Γ ∂x Ω ∂x ∂x ∂x2
ˆ ˆ ˆ
∂w∗ ∂ 2 mx
∗ ∂mx
σx ε∗x dΩ = −mx cos α + w cos α dΓ − w∗ dΩ. (6.46)
Ω Γ ∂x ∂x Ω ∂x2
ˆ ˆ ˆ
∂w∗ ∂ 2 my
∗ ∂my
σy ε∗y dΩ = −my sin α + w sin α dΓ − w∗ dΩ, (6.47)
Ω Γ ∂y ∂y Ω ∂y 2
e
ˆ ˆ
∗ ∂w∗ ∂w∗ ∂mxy
τxy γxy dΩ = −mxy
cos α − mxy sin α + w∗ sin α+
Ω Γ ∂y ∂x ∂x
ˆ
∂ 2 mxy
∗ ∂mxy
w cos α dΓ − 2w∗ dΩ. (6.48)
∂y Ω ∂x∂y
ˆ ˆ
∂w∗ ∂w∗ ∂w∗
σij ε∗ij dΩ
=− mx cos α + my sin α + mxy cos α+
Ω Γ ∂x ∂y ∂y
ˆ
∂w∗
∗ ∂mx ∂mxy ∂my ∂mxy
mxy sin α dΓ + w cos α + sin α + dΓ −
∂x Γ ∂x ∂y ∂y ∂x
ˆ 2
∂ 2 mxy ∂ 2 my
∂ mx
w ∗
+2 + dΩ. (6.49)
Ω ∂x2 ∂x∂y ∂y 2
ˆ ˆ
∂w∗ ∂w∗ ∂w∗
σij ε∗ij dΩ =− mx
cos α + my sin α + mxy cos α+
Ω Γ ∂x ∂y ∂y
ˆ ˆ
∂w∗
mxy sin α dΓ + w qn dΓ + gw∗ dΩ.
∗
(6.50)
∂x Γ Ω
ˆ ˆ ∗
∂w∗
∂w
σij ε∗ij dΩ
=− mx cos α cos α − sin α +
Ω Γ ∂n ∂s
∗
∂w∗
∗
∂w∗
∂w ∂w
my sin α sin α + cos α + mxy cos α sin α + cos α +
∂n ∂s ∂n ∂s
∗ ˆ ˆ
∂w∗
∂w
mxy sin α cos α − sin α dΓ + w qn dΓ + gw∗ dΩ. (6.52)
∗
∂n ∂s Γ Ω
ˆ ˆ
∂w∗
σij ε∗ij dΩ mx cos2 α + my sin2 α + 2mxy sin α cos α +
=−
Ω Γ ∂n
∂w∗
2 2
mxy cos α − sin α + (my − mx ) sin α cos α dΓ +
∂s
ˆ ˆ
w qn dΓ + gw∗ dΩ.
∗
(6.53)
Γ Ω
ˆ ˆ ˆ
∂w∗ ∂w∗
σij ε∗ij dΩ =− mn + mns − qn w dΓ + gw∗ dΩ.
∗
(6.54)
Ω Γ ∂n ∂s Ω
ˆ Γ2 ˆ
∂w∗ ∂mns ∗
∗
(6.55)
mns dΓ = mns w − w dΓ,
Γ ∂s Γ1 Γ ∂s
ˆ N ˆ
∂w∗ X c
∂mns ∗
mns dΓ = − Rci wc∗i − w dΓ, (6.56)
Γ ∂s i=1 Γ ∂s
onde
Rci = m+ −
nsi − mnsi , (6.57)
e os termos wci , m+
nsi , mnsi são, respectivamente, os valores de deslocamentos e
−
y
z
s
≡ n
Γ
Γ≡s i −
mnsi
n +
mnsi
ˆ ˆ Nc ˆ
∂w∗ ∂mns ∗
X
σij ε∗ij dΩ = ∗
qn w − mn + w dΓ + Rci wci + gw∗ dΩ.
∗
Ω Γ ∂n ∂s i=1 Ω
(6.58)
Das equações (6.58) e (6.36), tem-se:
ˆ ˆ Nc ˆ
∂w∗
X
σij ε∗ij dΩ = ∗
Vn w − mn dΓ + Rci wc∗i + gw∗ dΩ. (6.59)
Ω Γ ∂n i=1 Ω
ˆ ˆ Nc ˆ
∗ ∂w
X
σij∗ εij dΩ = ∗
Vn w − mn dΓ + Rci wci + g ∗ wdΩ.
∗
(6.60)
Ω Γ ∂n i=1 Ω
ˆ Nc ˆ
∂w∗
X
∗
Vn w − mn dΓ + Rci wci + gw∗ dΩ =
∗
Γ ∂n i=1 Ω
ˆ Nc ˆ
∂w X
Vn∗ w − m∗n dΓ + Rc∗i wci + g ∗ wdΩ. (6.61)
Γ ∂n i=1 Ω
ˆ Nc
∂w(P ) X
Kw(Q) + Vn∗ (Q, P )w(P ) − m∗n (Q, P ) dΓ(P ) + Rc∗i (Q, P )wci (P ) =
Γ ∂n i=1
ˆ Nc
∂w∗
X
∗
Vn (P )w (Q, P ) − mn (P ) (Q, P ) dΓ(P ) + Rci (P )wc∗i (Q, P ) +
Γ ∂n i=1
ˆ
b(P )w∗ (Q, P )dΩ. (6.64)
Ω
158 CAPÍTULO 6. PLACAS DE KIRCHHOFF
ˆ
∂V ∗ ∂m∗n
1 ∂w(Q) ∂w
+ (Q, P )w(P ) − (Q, P ) (P ) dΓ(P ) +
2 ∂n1 Γ ∂n1 ∂n1 ∂n
Nc ˆ
∂Rc∗ ∂w∗ ∂ ∂w∗
X
i
(Q, P )wci (P ) = Vn (P ) (Q, P ) − mn (P ) (Q, P ) dΓ(P ) +
i=1
∂n1 Γ ∂n1 ∂n1 ∂n
Nc ˆ
∂w∗ ∂w∗
Rci (P ) ci (Q, P ) +
X
b(P ) (Q, P )dΩ. (6.65)
i=1
∂n1 Ω ∂n1
apenas a equação (6.64). Neste caso, os pontos fontes são os nós do contorno e um
número igual de pontos externos ao domínio do problema [10].
∂2 ∂2
∆= + (6.67)
∂x2 ∂y 2
1 2 1
w∗ = ρ (ln ρ − ), (6.68)
8πD 2
onde
ˆ 1 N
1 X
I= log f (ξ)d(ξ) ' wi f (ξ),
0 ξ i=1
Considere a Figura 6.8 onde o contorno de uma placa é aproximado por uma
série de segmentos (elementos de contorno) Γi , cujo número e forma são escolhidos
para representá-lo adequadamente.
(1)
w
(1)
∂w
# ∂n
"
(1) (2) (3) w(2)
w Nd 0 Nd 0 Nd 0
∂w = (1) (2) (3) ∂w (2)
(6.70)
∂n 0 Nd 0 Nd 0 Nd ∂n
w(3)
∂w (3)
∂n
(1)
Vn
m(1)
n
" #
(1) (2) (3) (2)
Vn Nd 0 Nd 0 Nd 0 Vn
= (1) (2) (3) (2) (6.71)
mn 0 Nd 0 Nd 0 Nd
mn
(3)
Vn
m(3)
n
Coordenada Isoparamétrica
1 2 3
ξ
-1 -2/3 0 2/3 1
Elemento Intrínseco 3
Elemento Real n
2
(1) 9 3
Nd = ξ ξ− ; (6.72)
8 4
(2) 3 3
Nd = 1− ξ 1+ ξ ; (6.73)
2 2
(3) 9 3
Nd = ξ ξ+ . (6.74)
8 4
(1)
x1
x(2)
" #
1
(1) (2) (3) (3)
x1 Nc 0 Nc 0 Nc 0 x1
= (1) (2) (3) (1) (6.75)
x2 0 Nc 0 Nc 0 Nc
x2
(2)
x2
x(3)
2
1
Nc(1) = ξ (ξ − 1) ; (6.76)
2
Nc(2) = 1 − ξ2 ; (6.77)
1
Nc(3) = ξ (ξ + 1) . (6.78)
2
d como o ponto fonte, as equações (6.64) e (6.65) podem ser escritas na forma
matricial como:
(i,1)
w
(i,1)
(d)
∂w
w # ∂n
"
Ne (i,d) (i,d) (i,d) (i,d) (i,d) (i,d) w(i,2)
1 X h11 h12 h13 h14 h15 h16
+ =
h(i,d) (i,d) (i,d) (i,d) (i,d) (i,d) ∂w (i,2)
2
∂w (d)
i=1 21 h22 h23 h24 h25 h26
∂n
∂n1 w(i,3)
∂w (i,3)
∂n
(i,1)
Vn
(i,1)
mn
"
#
N
X g (i,d) g (i,d) g (i,d) g (i,d) g (i,d)
e
(i,d) (i,2)
11 12 13 14 15 g16 Vn
+
g (i,d) g (i,d) g (i,d) g (i,d) g (i,d) (i,d)
g26
(i,2)
mn
i=1 21 22 23 24 25
(i,3)
Vn
m(i,3)
n
Nc
( ) ! Nc
( ) ! ( )
(i,d) (i,d) (d)
X R1 X c1 P
(i,d) wc(i) + (i,d) Rc(i) + 1
(d) . (6.79)
i=1
R2 i=1
c2 P2
ˆ ˆ
(i,d) (i,d)
h11 = N (1)
Vn∗ dΓ, h12 =− N (1) m∗n dΓ, (6.80)
Γi Γi
ˆ ˆ
(i,d) (i,d)
h13 = N (2)
Vn∗ dΓ, h14 =− N (2) m∗n dΓ, (6.81)
Γi Γi
ˆ ˆ
(i,d) (i,d)
h15 = N (3)
Vn∗ dΓ, h16 =− N (3) m∗n dΓ, (6.82)
Γi Γi
ˆ ∗ ˆ
(i,d) (1) ∂Vn (i,d) ∂m∗n
h21 = N dΓ, h22 =− N (1) dΓ, (6.83)
Γi ∂n1 Γi ∂n1
ˆ ∗ ˆ
(i,d) (2) ∂Vn (i,d) ∂m∗n
h23 = N dΓ, h24 =− N (2) dΓ, (6.84)
Γi ∂n1 Γi ∂n1
ˆ ∗ ˆ
(i,d) (3) ∂Vn (i,d) ∂m∗n
h25 = N dΓ, h26 =− N (3) dΓ, (6.85)
Γi ∂n1 Γi ∂n1
ˆ ˆ
(i,d) (i,d) ∂w∗
g11 = N (1) ∗
w dΓ, g12 =− N (1) dΓ, (6.86)
Γi Γi ∂n
ˆ ˆ
(i,d) (i,d) ∂w∗
g13 = N (2) ∗
w dΓ, g14 =− N (2) dΓ, (6.87)
Γi Γi ∂n
ˆ ˆ
(i,d) (i,d) ∂w∗
g15 = N (3) ∗
w dΓ, g16 =− N (3) dΓ, (6.88)
Γi Γi ∂n
ˆ ∗ ˆ
(i,d) (1) ∂w (i,d) ∂ ∂m∗n
g21 = N dΓ, g22 =− N (1) dΓ, (6.89)
Γi ∂n1 Γi ∂n1 ∂n
ˆ ∗ ˆ
(i,d) (2) ∂w (i,d) ∂ ∂m∗n
g23 = N dΓ, g24 =− N (2) dΓ, (6.90)
Γi ∂n1 Γi ∂n1 ∂n
ˆ ∗ ˆ
(i,d) (3) ∂w (i,d) ∂ ∂m∗n
g25 = N dΓ, g26 =− N (3)
dΓ, (6.91)
Γi ∂n1 Γi ∂n1 ∂n
∗
(i,d) (i,d) ∂wci
c1 ∗
= wci , c2 = , (6.92)
∂n1
∗
(i,d) (i,d) ∂Rci
R1 ∗
= Rci , R2 = , (6.93)
∂n1
ˆ ˆ
(d) (d) ∂w
P1 = gw∗ dΩ, P2 = g dΩ. (6.94)
Ω Ω ∂n1
166 CAPÍTULO 6. PLACAS DE KIRCHHOFF
Ne
X
Γ= Γe , (6.95)
e=1
Assim:
H0 R0 G0 C 0
wbn Pbn
(6.98)
= Vbn Vc + ,
H00 R00 wc G00 C00 Pc
Hw = GV + P, (6.99)
onde,
H0 R 0
H= , (6.100)
H00 R00
wbn
w= , (6.101)
wc
G0 C0
G= , (6.102)
G00 C00
Vbn
V= , (6.103)
Vc
Pbn
P= . (6.104)
Pc
ou
ˆ ˆ ˆ r
∗
gw dΩ = (Ax + By + C)w∗ ρdρdθ, (6.106)
Ωg θ 0
pode-se escrever:
ˆ ˆ
∗
gw dΩ = F ∗ dθ. (6.108)
Ωg θ
r dθ
cos α = dΓ
2
, (6.109)
2
6.10. TRANSFORMAÇÃO DAS INTEGRAIS DE DOMÍNIO EM INTEGRAIS DE CONTORNO PAR
ou
cos α
dθ = dΓ. (6.110)
r
n.r
dθ = dΓ. (6.111)
r
ˆ ˆ
F∗
∗
gw dΩ = n.rdΓ. (6.112)
Ωg Γg r
Sabendo que
170 CAPÍTULO 6. PLACAS DE KIRCHHOFF
x = ρ cos θ (6.113)
y = ρ sin θ. (6.114)
onde
ˆ r
∂w∗
∗
G = (Ax + By + C) ρdρ (6.116)
0 ∂n1
onde
ˆ r
∂ 2 w∗
∗
H = (Ax + By + C) ρdρ (6.118)
0 ∂x2
6.11 Resultados
Estes problemas são equivalentes aos problemas proposto no livro Thimoshenko
1959 que considera uma placa quadrada com módulo de elasticidade E=1 Pa e
Poisson de ν =0,3. A deflexão é normalizada por w0 = wD q
e comparada com a
normalização W’ Thimoshenko. A malha do método elemento de contorno (MEC)
possui uma discretização de 5 elementos por linha.
6.11. RESULTADOS 171
[4] C. A. Felippa. Finite Element Discretization and the Direct Stiffness Method.
2011.
[8] J. B. Paiva. Boundary element formulation for plate bending and its aplication
in engineering. PhD thesis, University of São Paulo, São Carlos School of
Engineering, 1987. In Portuguese.
173