CRN Brasil IT Midia Ed
CRN Brasil IT Midia Ed
br
Cássio
Pedrão, Especial
da Afrac Automação
“A automação
comercial tem
Comercial
evoluído no Frente a frente,
Brasil muito representantes
na base de leis da indústria, da
fiscais. Mas, com distribuição e do
o aquecimento canal discutem
das vendas os principais
em vários movimentos
setores, novas do setor
oportunidades
vão surgir” DESTAQUES:
CRN Tech
desvenda os
prós e contras
do SAT Fiscal
Ao canal:
atenção à gestão
do negócio!
Afinal, TI e
automação
caminharão
juntas?
28
A fim de promover discussões para elevar o nível de profissionalização
do setor de automação comercial, CRN Brasil realizou um debate com
a cadeia de AC no País. Confira nesta edição especial o cenário atual e
26 I Como motivar funcionários
Ricardo Jordão, da BizRevolution, escan-
cara: funcionários não são motivados por
cafés da manhã, mas sim por empresas
que definem metas de crescimento e o
apoio para atingi-las
46 I Os desdobramentos da TI
quanto à NF-e
os esforços das companhias por um futuro de sucesso para o setor O advogado especialista Luis Massoco
aponta como a emissão da NF-e incre-
mentará o mercado de TI no que tange à
20
automação comercial
58 I Programando o futuro
Professor Lobão, da Fundação Dom Ca-
bral, mostra que o desejo de perpetuação
18 36 repousa no imaginário do ser humano. O
mesmo ocorre com as organizações, mas
é preciso estar preparado para o futuro
18 I Na onda da consolidação, o 40 I Como em Wall Street
especialista é rei Clientes aprovam bar em São Paulo em que
Determinada a manter o foco e a liderança na os preços das bebidas mudam de acordo
distribuição de automação comercial e AIDC, com a oferta e a procura. Todo o processo
a CDC Brasil mantém posição conservadora acontece graças a um projeto de automação
quanto à aproximação do setor com a TI comercial
www.crn.com.br
UNIDADE SETORES E NEGÓCIOS • TECNOLOGIAS DA INFORMAÇÃO
EDITORIAL
EDITORA Silvia Noara Paladino • spaladino@itmidia.com.br
REPÓRTERES Haline Mayra • hmayra@itmidia.com.br
Patricia Joaquim • pjoaquim@itmidia.com.br
PRODUTOR DE ARTE Francisco Yukio Porrino • fporrino@itmidia.com.br
CONSELHO EDITORIAL Aldo Teixeira • Presidente da Aldo Distribuição
Estela Bernandes • Executiva de estratégia de canais e alianças da IBM Brasil
Mariano Gordinho • Diretor de operações da Officer
Paulo Pichini • Presidente da Getronics no Brasil e América Latina
Renato Carneiro • Sócio-diretor da 2S Inovações Tecnológicas
Ricardo Jordão • Consultor e fundador da BizRevolution
COMERCIAL
GERENTE COMERCIAL Wilson Galluzzi • agalluzzi@itmidia.com.br • (11)7133-8274
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CRN Brasil
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O R RE
AV
CI
F
POR
TACLE
ES
1º Oscar Burd
Twitter
Pesquisa revela que número
de seguidores de um usuário
SMB sofisticado?
No alvo da SAP já há tempos, o limitada por falta de canais na região. 2008 e 2009 - de 240 para 190 na
SMB deve receber mais atenção da “Temos como canais de venda 26 América Latina - a participação das
não define sua relevância na
rede social fornecedora não só na esfera do ERP, para All-in-One e 22 para BusinessO- vendas indiretas no campo SME na
mas também com ferramentas de BI e ne. Não vamos duplicar ou triplicar, região subiu de 47% para 61%. “Ou
CRM. Os números revelados no SAP mas será por especialização geográfica seja, 50 canais a menos produziram
Fórum 2010 mostram uma ideia mais e verticais”, avisa Cristina. O Busines- muito mais”, disse ele.
consolidada para obter mais presença sOne está instalado em 700 empresas Por Vitor Cavalcanti, do IT Web
entre essas empresas. e, de acordo com Marcelo Giampietro,
2º Marcelo Rodrigues Cristina Palmaka, vice-presidente diretor de PME para América Latina, é Em entrevista à TV Reseller, Cris-
Negócios com Skype
O especialista aponta que, por de vendas de PME da SAP Brasil, afir- o produto que mais traz clientes para tina Palmaka explica as razões e con-
meio do Skype, é possível fazer ma que PME para a fabricante se resu- SAP. “São cerca de 9 mil clientes na sequências da decisão de enxugar o
transações comerciais com os
seus clientes me em crescimento. “Entendemos que AL entre large e SME. No ano passa- número de parceiros.
o mercado é maior do que aquele que do aumentamos mil clientes na região, Assista em: http://www.resellerweb.
estamos endereçando atualmente. Pri- mais de 80% desse crescimento vem com.br/webcasts/index.asp?video=1030
meiro focaremos crescimento geográfi- de BusinessOne”, calcula Gianpietro.
co - o Sudeste representa 60%. Temos Além do ERP, os executivos veem Nota: Há tempos a SAP tem vonta-
grande oportunidade de crescer na re- espaço para levar BI e CRM para es- de de crescer sua marca nas empresas
3º Ricardo Jordão gião Sul (que hoje responde por 15% da sas companhias. Eles entendem que menores, mas enfrenta a concorrên-
Jesus e o
empreendedorismo receita com PME)”. Para ampliar a pre- o primeiro contato é pelo sistema de cia de empresas mais tradicionais
Em uma brilhante compara- sença neste segmento, principalmente gestão “Empresas médias e pequenas nesse meio, até mesmo bem menores
ção, o blogueiro mostra o quão
por meio dos sistemas BusinessOne e estão enxergando que é preciso gerir do que ela. A recomposição da estra-
arrojado é o perfil de pessoas
empreendedoras do All-in-One, a executiva ampliará sua de forma estruturada. Da receita com tégia de parcerias te convenceu? O
aposta em canais. “Não temos como ter PME, 30% foi de produtos não-ERP”, que falta? O que está bom? Envie-
capilaridade sem parceiros. Teremos lembra Cristina. nos um e-mail contando a sua visão.
revendas especializados por região”, ex- A sua opinião, desde que expressada,
plica. No Nordeste, cita a VP, há opor- Mais com menos é capaz de reconfigurar o mercado.
tunidade de crescer por meio de reven- Gianpietro informa que, apesar da editorialcanal@itmidia.com.br
4º Ronei Machado das e, atualmente, a atuação da SAP é redução de canais empreendida entre (Por Haline Mayra)
Ano eleitoral e de
Copa do Mundo Leia mais sobre o assunto em http://www.resellerweb.com.br
Especialista discorre sobre mi-
tos e fatos sobre os impactos
do ano eleitoral para a cadeia
de distribuição de TI
RESULTADO
corporativos DA ENQUETE
As modificações nas impressoras
Mais da metade do tempo dos gestores,
fiscais proposta pelo Governo do
especificamente 59% das horas
trabalhadas, acaba sendo utilizada para Estado de São Paulo ainda não está
“apagar incêndios”. A informação é da clara para os revendedores. De acor-
consultoria empresarial ProGeps, que do com a última enquete do Portal
utilizou como base para o resultado seu Reseller Web, para 42, 86% o SAT
universo de clientes. Fiscal “será bom, pois o investimen-
De acordo com a empresa, essa to no projeto de automação será
demanda divide-se na resolução de menor, fazendo com que o cliente
problemas (29%) e em atividades decida mais rápido”, e exatamente a
administrativas (30%), como reuniões, mesma porcentagem dos internau-
despacho de papelada, checagem de tas tem uma visão negativa sobre
e-mail e telefonemas. o mesmo tema: “o SAT Fiscal é
Já atividades importantes no que diz inviável e não entrará em vigor, pois
respeito a estratégia, como treinamento não há viabilidade técnica para sua
e coaching de seus subordinados, implementação”. Por fim, 14,29%
ocupam somente 1% do horário dos internautas acreditam que “será
de trabalho dos líderes. A gestão
ruim, pois várias marcas de impres-
propriamente dita ocupa apenas 16% do
sora entrarão no mercado, deixando
tempo desses profissionais, índice que
a concorrência desleal para quem
representa menos da metade do valor
tem especialização”.
considerado adequado (35%), segundo
especialistas da consultoria.
Como resultado disso, o levantamento
aponta que a produtividade média NO AR
alcançada pelas organizações é de 60%,
As redes sociais têm o
Novo ou seja, há um desperdício de cerca
de 30% no potencial produtivo das
seguinte efeito no seu
blog no empresas, considerando que entre 5% e negócio:
Reseller Web
10% constituem perdas irrecuperáveis.
Na sua opinião:
FALTA DE OBJETIVIDADE Responda no
“Quando chegamos a uma empresa, www.resellerweb.com.br
o que vemos é redundância, falta de q Nenhum, porque não
objetividade entre departamentos, as utilizamos para fins de
falta de visão e alinhamento. Trata-se negócios;
de um conjunto de coisas que têm
que trabalhar em harmonia”, explica o
q Positivo em vendas, porque
criamos uma estratégia
presidente da ProGeps, Elzo Guarnieri.
própria para essa plataforma;
As organizações geralmente tendem a
acreditar que a solução para o aumento
Marcelo Rodrigues da produtividade está em novos
q Positivo em marketing,
O diretor técnico-comercial da ATC Brasil chega porque cria um melhor elo
ao Reseller Web para ajudar o leitor a reconhe- investimentos, principalmente em virtual com os clientes;
cer e dar conta de oportunidades de negócios sistemas de gestão automatizados.
com as mais variadas tecnologias. “É necessário trabalhar de baixo para q Negativo, porque não
Rodrigues é formado em engenharia elétrica, cima, ‘mãos na massa’, entrar nos desenhamos nenhum plano
com ênfase em computação e cursou pós-gradu- estratégico de uso da
ação em sistemas digitais, ambos pela Escola Po-
detalhes e, como isso sempre, de
alguma maneira, se reflete nas pessoas, ferramenta;
litécnica da Universidade de São Paulo.
Até agora, o blogueiro já desvendou oportu- ter um programa dirigido para todos
nidades em Nota Fiscal Eletrônica e na tecno- os universos coberto pelo trabalho de
q Negativo, porque o nosso
logia de comunicação sem fio 802.11n. Confira público-alvo não frequenta
melhoria”, disse.
seus próximos posts e acompanhe o blog Opor- tais redes.
Por FinancialWeb
tunidades de negócios.
13
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TV
Reseller
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index.asp?video=1030
Marcelo
Duarte, da
CDC Brasil:
"É um desafio
muito grande
um distribuidor
conseguir atuar
bem em todos os
segmentos"
Por Silvia Noara Paladino
spaladino@itmidia.com.br
Na onda da consolidação,
o especialista é Determinada a manter o foco e a liderança na distribuição de automação
comercial e AIDC, a CDC Brasil mantém posição conservadora quanto à
aproximação do setor com a TI e decreta: a aquisição de um distribuidor de
tecnologia está fora de cogitação
À frente da operação comercial da CDC CRN Brasil – Qual foi desempenho da mentos portáteis, para soluções de mobilidade.
Brasil, o também sócio Marcelo Duarte Hirsch empresa em vendas, em 2009? Também agregamos a Ncomputing, que possui
tem em mãos um plano de crescimento ousado Marcelo Duarte – Apesar da crise e do merca- uma plataforma para que múltiplos usuários
para 2013, quando a companhia almeja bater a do mais retraído, crescemos pouco mais de 35% compartilhem o mesmo PC.
casa dos R$ 700 milhões em faturamento. De no ano, por conta de uma série de fatores: o pro- Para 2010, tem uma iniciativa de expansão
um lado, estão as oportunidades oriundas de cesso de aumento de capilaridade, a expansão do com novas marcas, sempre com fabricantes
novas alianças com fabricantes e da expansão portfólio, o ganho de mercado em alguns seg- focados nos mercados de automação ou de
da capilaridade. De outro, olhos atentos para mentos, como de AIDC [identificação e coleta AIDC. Muito em breve, vamos fazer um
o movimento de consolidação do mercado. automática de dados], entre outros. anúncio. Queremos inserir de duas a quatro
E a rota traçada tem sido seguida. Após um Em 2009, atendemos perto de 7 mil revendas novas bandeiras neste ano, dando mais opção
avanço de 35% nos resultados de 2009, a diferentes, no ano todo. Em termos de canais ainda para o canal.
empresa já projeta um crescimento pouco ativos, que compram todo trimestre, chegamos
acima dos 50% para este ano. a cerca de 2 mil canais. CRN Brasil – Qual foi a relevância dos
Na entrevista exclusiva a seguir, o negócios com Bematech nos resulta-
executivo comenta a aquisição da BP CRN Brasil – Em termos de expansão de dos de 2009?
Solutions pela Officer e diz que não acredita portfólio, quais foram os destaques? Há Duarte – A parceira com a Bematech está
no cruzamento da TI com automação em novos acordos em negociação avançada? indo muito bem. A empresa continua atuando
detrimento da especialização do canal e do Duarte – O principal acordo foi com a Bemate- de forma muito próxima de seus principais re-
distribuidor. Ele fala também sobre a parceria ch [oficializado em julho de 2009], além da Data- vendedores, e a entrada da CDC não invalida
com a Bematech e a nova filial de Recife (PE), max-Oneil, fabricante de impressoras de código essa aproximação. Rapidamente, a Bematech
que entra em atividades em abril. de barras, tanto para desktop quanto equipa- começou a apoiar as nossas iniciativas e sem
a é rei
maduros. Eu entendi claramente a estratégia comprar. O mesmo vale para o canal de automa-
da Officer em querer entrar nesse mercado, ao ção, se quiser expandir portfólio.
comprar um distribuidor especializado. Acho Posso citar a nossa parceria com a HP, que tem
legal esse processo de profissionalização. sido bem sucedida, pois os canais de automação
começaram a comprar itens de TI da fabricante para
CRN Brasil – A CDC enxerga fusões e complementar a oferta, por exemplo, servidores.
aquisições como possibilidades para a Mas não que a CDC entrará com esse portfólio
dúvida é um fabricante de extrema relevância sua estratégia de crescimento? no canal de TI. Essa aliança tem tido sucesso pois
na nossa estratégia. Duarte – É uma possibilidade sim para CDC. tanto a HP quanto a CDC tomam o devido cuidado
Estamos trabalhando em um projeto de lon- para que essa seja uma venda incremental.
CRN Brasil - Qual foi o volume de vendas go prazo para crescer tanto de forma orgânica
gerado com a Bematech? quanto inorgânica. Entendemos muito bem esse CRN Brasil – Você acredita em uma
Duarte – O volume de vendas é de grande re- movimento e temos um plano bastante ousado. maior interação entre canais de TI e au-
levância. Você pode dizer que a Bematech está tomação? Tem visto isso acontecer?
entre as cinco principais marcas, sem dúvida. E CRN Brasil – Você considera a aquisição Duarte – Não tenho visto essa colaboração.
a empresa ter nos escolhido como único parceiro de um distribuidor de TI? O que tem acontecido é a interação entre
de distribuição, é um motivo de orgulho e um Duarte – A CDC adquirir um distribuidor de desenvolvedores de software e revendas de
diferencial para o nosso canal. TI não faz sentido. Trabalhamos muito for- hardware. Tudo que se complementa é inte-
te em automação comercial e AIDC e somos ressante, agora, não tenho visto canal de TI
CRN Brasil – Quais são os próximos o único distribuidor com operação bastante e de automação colaborarem. Ainda vejo os
passos da estratégia de crescimento consolidada nos dois segmentos. O mercado dois mundos muito separados, pelo próprio
da CDC? de TI está bem resolvido, não vejo como isso mercado em que eles atuam.
Duarte – Temos uma nova filial em Recife (PE). agregaria valor. E falo isso com muita tran-
A partir de abril, começaremos a operar não só quilidade. Não é a nossa estratégia. CRN Brasil – Que oportunidades você
com força de vendas, mas também com estoque Como parte do plano, temos a missão de destacaria em automação para 2010?
local. Acreditamos muito no desenvolvimento trabalhar sempre com tecnologias que não estão Duarte – RFID no mercado de AIDC é sem-
do Nordeste do País e entendemos que isso será disponíveis no varejo e que dependem de um pre uma grande aposta. A questão fiscal está
um grande diferencial, principalmente para os VAR ou integrador para serem implementadas cada vez mais rigorosa e as operações não for-
canais regionais. Estamos investindo na amplia- no cliente. Desde que fundamos a empresa, em mais devem diminuir. O segmento de softwa-
ção de nossa cobertura comercial. 1993, essa é a proposta, atuando sempre 100% re também deve crescer muito em função das
com o canal. questões de legislação. Existe ainda um proces-
CRN Brasil – A aquisição da BP Solutions so de profissionalização no mercado de softwa-
pela Officer tem sido considerada um CRN Brasil – Você tem percebido a apro- re, além do crescimento na área de mobilidade
movimento importante em termos de ximação dos mundos de TI e automa- corporativa.
19
Da HP para a Itautec
Seguindo os passos de Mário Anseloni, João Ribeiro Batista
é nomeado novo CFO da Itautec. Ribeiro deixou o mesmo
cargo na HP Brasil dois meses após seu antigo chefe in-
gressar na fábrica brasileira de eletrônicos. Ribeiro ocupa o
lugar de Ricardo Setúbal, que já acumulava função no con-
selho de administração e, agora, fica apenas com o cargo
de presidente do grupo consultivo.
Softcorp contrata
A integradora indica Flavio Elizalde para a diretoria de pré- Foto: Ricardo Benichio
ndedor
naus (AM) para iniciar a fabricação dos modelos dezembro, a fábrica amazonense iniciou também Futuro próximo
fixos verticais. E, até o final do ano, tanto o preju- a fabricação de leitores de mão. “Mas vendemos Em face do sucesso da estratégia, a Elgin infor-
ízo dos importados, quanto os aportes na planta um lote de 12 mil unidades para o Banco do Bra- ma que, num futuro próximo, deve começar a pro-
terão sido cobertos, segundo a empresa. sil, então ainda estamos focados na entrega desse duzir também leitores bióticos de mão, um produto
“Temos capacidade para produzir até 5 mil projeto. Em cerca de dois ou três meses, vamos ao de maior valor agregado, segundo o diretor.
unidades ao mês e, por ora, estamos na média mercado com as versões móveis”, conta Espíndo- E mais: a Datalogic estuda colocar a fábrica
das 2 mil. Com a produção iniciada em outubro la. A capacidade de produção já é de 10 mil uni- da Elgin para abastecer todo o mercado latino
de 2009, já conseguimos atingir cerca de 40% dades para este produto, mas a média inicial será americano. “Mas queremos ir devagar, porque
a 50% do mercado de leitores verticais fixos”, na casa das 2 mil ao mês. nossa experiência em distribuição para a Amé-
avalia Espíndola. Em termos de mercado, a Elgin comemo- rica Latina não é boa até o momento”, pondera
Ao lembrar o receio quanto às patentes e o ra que, além de ampliar o volume de vendas, os Espíndola, que anseia encontrar bons parceiros
fato de nenhum produto Datalogic ser produzido produtos nacionalizados se tornaram acessíveis regionais para poder aderir à ideia.
fora dos Estados Unidos – somente este acordo a uma camada de empresas varejistas que não Mesmo sem uma resposta positiva imediata,
brasileiro –, o executivo informa que há rigor no podiam, antes, adquirir tais soluções. “Explica- o executivo afirma que o plano da Elgin inclui o
controle da produção. “Ao final da fabricação, o mos a eles que, no Brasil, estava em curso a as- investimento de R$ 10 milhões na fábrica de Ma-
lote passa por uma aprovação final da corporação, censão das classes C e D, o que geraria demanda naus. A fabricante conta, ainda, com duas unida-
que é feita em tempo real na fábrica brasileira”. nos varejistas que atendem esse público. E, ago- des fabris e um centro de distribuição em Mogi das
Apesar da rigidez, a matriz parece ter visto ra, conseguimos levar o produto para além do Cruzes (SP), um outro CD em Vitória (SP) e mais
bastante vantagem no acordo com a Elgin: em grande varejo”. um CD e um escritório em São Paulo (SP).
21
Compra-se
Investimento da Tivit
A empresa brasileira aplicou
R$ 10 milhões em uma fábrica
empresas!
de software em Curitiba (PR). Em 2008, o grupo Linx experimentou o crescimento por
Aberto em janeiro, o centro de aquisições e, somente em 2009, três novas empresas
desenvolvimento já conta com 100 ingressaram em sua oferta; para este ano, outras três devem
funcionários. A previsão é que o
ser absorvidas
site abrigue mais 300 colaboradores
Com sua presença consolidada no turamento para 2010, que chega aos R$
até o final deste ano.
fornecimento de soluções para otimizar 130 milhões, contra R$ 90 milhões ad-
o trabalho de varejos e atacados, o grupo quiridos em 2009.
Linx aderiu à expansão de seu alcance de A estratégia bem sucedida também
forma inorgânica. As mais recentes aqui- despertou o interesse da BNDESPar,
Microcity fatura R$ 70
sições são CSI e Intercommerce. que, hoje, detém 21% de participação
milhões
A integradora brasileira Microcity Com um total investido de R$ 100 no grupo.
encerra 2009 com faturamento milhões, a fabricante optou pela compra Novas compras continuam no ho-
de R$ 70 milhões, pouco abaixo de olho em aumentar o porftólio de solu- rizonte da fabricante. No segundo se-
dos R$ 72 milhões projetados em ções para ponto de venda e de ferramen- mestre do ano, Fernandes avalia que de
fevereiro do ano passado. Mesmo
tas para novas indústrias, como eletroele- duas a três empresas devem ser incor-
assim, o resultado representa um
crescimento de cerca de 13%, se trônicos, farmácia, lojas de departamento poradas, embora não forneça detalhes
comparado a 2008. e materiais de construção, entre outros. do montante a ser investido ou dos
Antes, o foco estava bem centrado em segmentos que devem ser atacados.
moda, calçados e bijuterias. Hoje com 24 canais distribuídos
Mal estar na Novell “No caso da CSI, ganhamos tam- pelo País, a Linx segue em busca de
A fabricante rejeitou a oferta de bém a possibilidade de aderir à política novas alianças. “Estamos sempre aber-
compra de US$ 2 bilhões feita pela de integração que eles mantêm com tos a parcerias”, diz Fernandes. Nas
empresa de investimentos Elliott grandes magazines – essas empresas cidades de Belo Horizonte, São Paulo,
Associates L.P.. O presidente e compram de forma modularizada, e Rio de Janeiro e Recife, porém, a atua-
CEO da Novell, Ron Hovsepian, agora podemos vender para eles tam- ção é direta.
afirmou que a proposta "subestima bém”, diz Nércio Fernandes, diretor de
as projeções de crescimento da desenvolvimento da empresa.
companhia". Pouco antes das duas empresas que
foram incorporadas em 31 de dezembro
de 2009, o grupo Linx já havia adquiri- Tais movimentos
Atraso para NF-E
do a Formata Data Business, software devem auxiliar
house mineira, com o intuito de ganhar a companhia
O sinal de alerta está aceso: 85%
mercado na região mineira. “Mantemos no alcance de
das 240 mil empresas que terão a estratégia de aquisição com foco em sua meta de
de emitir Nota Fiscal Eletrônica novas soluções ou novas localidades”, faturamento
(NF-e) a partir de 1º de abril ainda complementa o executivo. Em maio de para 2010, que
não estão prontas para realizar o 2008, a companhia adquiriu sua primeira chega aos R$ 130
processo. A constatação vem de um empresa, a Quadrant, também focada no milhões, contra
levantamento da Serasa Experian. desenvolvimento de software. R$ 90 milhões
Tais movimentos devem auxiliar a adquiridos em
companhia no alcance de sua meta de fa- 2009
Hoje, vendemos
direto somente para
Por Haline Mayra o governo, mercado
onde o canal não
hmayra@itmidia.com.br consegue muita
Colhendo os frutos
força, por questões
como crédito e
capacidade de
compra em volume
Com operação renovada, Compex aumenta vendas por canais de 50% para 70% e engorda portfólio
Peter Lee,
da Compex:
em processo de
restabelecimento
da confiança com
o canal
Foto: Divulgação
Em meados de 2009, a Compex Desde que redesenhou a estru- fabricantes (AnMo, CipherLab, tornaram-se quase sinônimos
empreendeu uma mudança estrutu- tura, a Compex conseguiu reunir Argox e Bitatek). Lee afirma que no Brasil - ganhou força e reno-
ral no modelo de negócios e aposta cerca de 100 canais, um número trará produtos diferentes daqueles me. Porém, alguns negócios fora
num crescimento de 40%, em 2010. que, para Lee, atende às expecta- que se costuma ver no mercado. das regiões onde a empresa está
As razões para tal ambição tivas. “Trabalhamos sempre com “Ofereceremos soluções de maior fisicamente (São Paulo-SP; Ita-
estão ligadas à construção de um projetos, então, a venda é mais de- valor agregado e também atuare- jubá-MG; Belo Horizonte-MG; e
portfólio mais amplo que, por sua morada e consultiva. Ter poucos mos no suporte ao canal”. Santa Catarina) acabavam sendo
vez, tem o objetivo de captar e fi- canais, mas que saibam trabalhar perdidos, pela falta de braço lo-
delizar os canais. Peter Lee, dire- em projetos, é uma boa”, diz ele. Histórico cal. Daí a opção por modelos va-
tor da empresa, lembra que, antes Com o tempo, a parcela de A trajetória de vendas híbri- riados de vendas.
da reestruturação, a empresa en- participação do canal nas vendas das da Compex nasceu com a pró- Após conquistar um certo
frentava forte concorrência com tem crescido - era de 50% antes pria empresa, há 10 anos. A marca alcance no mercado, mas não a
seus canais, porque atuava direto da mudança e, hoje, seis meses de- inicial de seu portfólio era pouco confiança dos canais, a Compex
em diversas contas. pois, está em 70% do total. conhecida, fazendo com que a começou a, novamente, perder
“Hoje, vendemos direto so- Depois de reordenar a casa, companhia tivesse de aceitar todas negócios por não se mostrar par-
mente para o governo, mercado Lee está em processo de organizar as oportunidades que apareces- ceira das revendas. Foi então que
onde o canal não consegue muita as ofertas para que a rede de canais sem - vindas de canais ou mesmo tomou a decisão que a levou às
força, por questões como crédito possa trabalhar bem seus clientes. de usuários. condições atuais de negociação
e capacidade de compra em volu- No mês passado, a Compex adi- Com o passar do tempo, a via parceiros e de ganho de pres-
me”, explica Lee. cionou a Zebra em sua gama de marca - Cipher Lab e Compex tígio junto à sua rede.
23
Foto: Divulgação
Com operação ativa no mer- No plano de negócios da fa-
cado brasileiro desde novembro bricante em 2010, entra em foco a
de 2007, a Netgear, fabricante de seleção de subdistribuidores, com o
produtos de networking, informa objetivo de ampliar a capilaridade da
o crescimento de 42% em vendas marca em todo o território nacional.
no Brasil, em 2009, na compara- No período, a Netgear espera
ção com o exercício anterior. conquistar um incremento de 50%
Segundo Tony Firjam, coun- no faturamento, ritmo de cresci-
try manager da subsidiária brasi- mento que deseja manter até 2012.
leira, o resultado está atrelado à Um dos desafios é melhorar a pre-
agilidade da empresa em minimi- sença em contas empresariais e no
zar os solavancos econômicos que governo, o que tende a levar a parti-
afetaram o mercado desde o final cipação das vendas no corporativo a
de 2008 e, também, às medidas de 40% dos resultados totais da com-
reajuste do time de distribuidores panhia – hoje, essa fatia é de 25%.
credenciados. “Tínhamos muitos Ainda de acordo com o líder
produtos em trânsito e, logo que das operações locais, apesar da
a crise estourou, criamos proteção guerra de preços promovida por
cambial”, conta o executivo. marcas concorrentes, a fabricante
Focada na oferta de produtos consegue garantir uma margem de
para o segmento de consumo e pe- 30% a 35% para o seu canal.
quenas e médias empresas, a Net- Hoje, existem 160 revendedo-
gear elevou a sua participação no res ativos credenciados no progra-
mercado nacional, nas contas de ma de canais, lançado no início de
Firjam, para 19%, ou 28% se con- 2009. A meta é elevar esse número a
Tony Firjam,
siderado o grande varejo. Para isso, 250, em 2010, com foco em treina-
da Netgear:
foi necessária a revisão do quadro meta de manter mento e certificação e um trabalho
um ritmo de
de distribuidores, originalmente crescimento de de campo mais intenso. “Por isso,
formado por Officer, Westcon e 50% até 2012 estamos contratando mais quatro
CNT Brasil. Destas alianças, ape- pessoas no Brasil”, revela Firjam.
nas a primeira foi mantida. “Sentimos a necessidade de produtos para 996 novas reven- Questionado sobre os impac-
reestruturação do canal para man- das”, ressalta o executivo. tos da aquisição da 3Com pela HP,
ter a consolidação no mercado de Por outro lado, a aliança fir- no final do ano passado, o country
consumo, continuar expondo pro- mada com a Tech Data foi descon- manager disparou: “Eu já presenciei
Um dos desafios é melhorar dutos para testes e para ter pre- tinuada. “A TD tem capilaridade várias integrações entre empresas e
a presença em contas
empresariais e no governo, sença no maior número de reven- mais restritra e é uma empresa de eu não conheci uma que tenha sido
o que tende a levar a dedores”, detalha Firjam. Assim, movimentação de grandes marcas positiva para a companhia adquiri-
participação das vendas
no corporativo a 40% a companhia recrutou Nagem, e volume. As pequenas marcas da. Eu não conheço a estratégia da
dos resultados totais da
companhia - hoje, essa fatia
Network1 e, mais recentemente, acabam perdendo relevância”, ex- HP, mas qualquer empresa em pro-
é de 25% Pauta Distribuidora. “No último plica Firjam, que contabiliza, atu- cesso de fusão sofre um processo
trimestre, a Pauta vendeu nossos almente, 6 mil canais ativos. cultural interno”.
AUTOMAÇÃO
editorialcanal@itmidia.com.br
COMERCIAL
projeta
CRESCIMENTO
e busca identidade
Cada profissional que trabalha em automa- mostrar sua complexidade e qualidade. Um mação, Identificação e Coleta de Dados), que se
ção comercial no Brasil tem um número na mão passo importante nesse sentido foi dado pela juntou à Afrac em 2006. “É sempre arriscado
e muitos dilemas na cabeça. O tamanho do setor Afrac, que, em conjunto com o Programa de trabalhar com números antigos e eu não gosto
é uma incógnita e as oportunidades de negócios Administração de Varejo (Provar), da Funda- de citá-los nem aconselho ninguém a trabalhar
são constantemente pressionadas por leis, movi- ção Instituto de Administração da Universi- com eles”, opina Pedrão.
mentos da economia e a resistência dos clientes dade de São Paulo, lançou uma pesquisa para Entre esses chutes estatísticos está o de
em avançar no mundo da tecnologia. Dispostos identificar a dimensão do segmento. “Cada que o setor movimenta mais de R$ 1 bilhão por
a conhecer melhor sua real importância e as empresa sabe o tamanho do próprio mercado, ano, tem amplo potencial de crescimento com
tendências do setor, fabricantes, distribuidores, mas o total é um mistério”, aponta o vice-pre- somente 20% ou 30% do comércio automati-
canais e a Associação Brasileira de Automação sidente de AIDC da entidade e gerente-geral zado, conta com cerca de cinco mil software
Comercial (Afrac) se reuniram em uma mesa re- da Honeywell, Cassio Pedrão. houses que surgem e morrem a todo instante
donda promovida por CRN Brasil, em março. A última pesquisa feita sobre o setor tem e possui revendas que necessitam de profissio-
Durante o debate, ficou claro que o se- quatro anos e foi promovida pela AIM Brasil nalização. São apenas aproximações. A nova
tor precisa trabalhar com mais força para (Associação Brasileira das Empresas de Auto- pesquisa dará volumes reais ao mercado e ser-
ALESSANDRO CASSIO PEDRÃO CLAUDENIR ANDRADE JULIO VIDOTTI SERGIO BASILIO VITOR PEIXOTO
TANNER Gerente-geral da Gerente de integração Diretor executivo Há cerca de nove Gerente-comercial da
Gerente da software Honeywell Scanning e desenvolvimento da e fundador da meses como diretor de Genecamp, integradora
house Casa Magalhães, & Mobility no Brasil e Urmet Daruma. Técnico BPsolutions. Com 30 vendas para canais da voltada ao segmento
há seis anos atua vice-presidente de AIDC em análise contábil anos de experiência na Bematech, o executivo de AC, e também
com os canais de na Afrac. Atua na área desde 1992, é formado área de tecnologia, o atua há 16 anos no do CodeFast, portal
distribuição de de AC há mais de 25 pela Academia de executivo é formado em mercado de TI e foi especializado em
software, gerenciando anos, com passagens Sistemas Informatico Engenharia Mecânica presidente da Symantec e-commerce para
projetos, treinamentos por desenvolvimento de Madrid, com pela FAAP, com Brasil. É mestre em equipamentos de
e capacitação de de projetos, MBA em gestão de cursos de extensão Engenharia Eletrônica automação. Atua há
técnicos e usuários. industrialização e projetos inovadores. É universitária pela FDTE/ pela PUC-RJ, com MBA cerca de 10 anos na
Possui 13 anos comercialização de também autor do livro USP em Engenharia de pela Fundação Dom área e é blogueiro do
de experiência produtos e soluções. É “Automação comercial Computação. Cabral / University Reseller Web.
no segmento de graduado em ciência com Microsoft .NET”. of British Columbia
automação comercial. da computação e pós- Atua como MVP (Canadá) e pós-MBA
Bacharel em segurança graduado em marketing Microsoft há 9 anos pela Kellogg Business
do trabalho e em e administração, com consecutivos e está no School em Chicago.
análise de sistemas. MBA pela Fundação mercado de automação
Getúlio Vargas. comercial e bancária há
13 anos.
STELA LACHTERMACHER
Presidente do conselho editorial da IT Mídia. 29
Nós estamos
realmente
caminhando
para a
commoditização.
Hoje, em
automação,
percebemos que
o foco ainda
está muito em
hardware, mas o
software é hoje
a bola da vez e
será o grande
maestro disso
tudo.
Claudenir Andrade, da
Urmet Daruma
virá de base para a associação criar políticas de tações da Agência Nacional de Vigilância Sani-
atuação entre seus associados e governo. tária (Anvisa) para controlar a venda de medica-
Em um mercado em franco crescimento, mentos, e o SAT Fiscal (veja reportagem na pág.
os números são mais do que bem-vindos. Mun- 36) do Governo de São Paulo, que promoverá a
dialmente, a automação comercial vive um bom substituição de equipamentos de impressão de
momento. Uma pesquisa da consultoria ABI cupom no comércio, irão impulsionar o merca-
Research aponta que a receita global dessa in- do nesse ano.
dústria deve saltar de US$ 14,8 bilhões, regis- Mas, para Pedrão, o aumento da renda dos
trados no ano passado, para US$ 21 bilhões em consumidores brasileiros registrado nos últimos
2014. Nem a crise financeira dos últimos dois anos favorece outros setores. Principalmente o
anos foi capaz de arrefecer esse crescimento. pequeno e médio comércio, o segmento hotelei-
No relatório da consultoria, o investimento em ro e o varejo de construção civil. “A automação
tecnologia pelo comércio foi identificado como vai crescer porque ajuda o comerciante nesse
um fator de sobrevivência frente à retração da momento que ele precisa vender, ter maior con-
demanda, à competição acirrada e às rápidas trole do negócio e estar mais próximo do con-
mudanças nos hábitos de consumo. sumidor”, analisa.
No Brasil, a expectativa é de crescimento.
Mesmo sem números, o setor se mostra oti- PELO AMADURECIMENTO
mista ao analisar o embalo da economia. “A Com um cenário tão favorável pela frente,
automação comercial tem evoluído no Brasil a automação comercial se prepara para mostrar
muito na base de leis fiscais, com o aqueci- que é muito mais do que uma solução para as
mento das vendas em vários setores. Novas obrigações fiscais. A transformação do setor é
oportunidades além da obrigação fiscal vão evidente e tem se refletido nas estratégias das
surgir”, destaca Pedrão. empresas, na oferta de produtos, nas fusões e na
Para o executivo, o Fisco e as agências regu- busca por um maior profissionalismo.
ladoras continuarão a ter um peso importante A Bematech, por exemplo, uma das maiores
no crescimento do setor. As novas regulamen- indústrias do ramo, tem caminhado insistente-
31
Existem várias
verticais e
quem é bom de
restaurante, não
é bom em posto
de gasolina e
assim por diante.
Julio Vidotti, diretor
“Nós fornecemos relatório de sales out para com a qual o mercado de TI lida há anos. “A
todos os fabricantes de automação, então, eles tendência é que o hardware seja periférico e o
executivo da BP
conseguem saber para quem vendem, quantos software seja o cérebro da automação”, afirma Solutions
canais compram e quais se destacam”, diz o di- o gerente de integração e desenvolvimento da
retor comercial da CDC Brasil, Marcelo Duar- Urmet Daruma, Claudenir Andrade. Simulta-
te. Para ele, o fabricante, que até pouco tempo neamente, começa a haver uma sobreposição
não sabia separar as funções de atender direto a entre TI e automação que está sendo aproveita-
revenda e fazer as atividades de fulfillment, co- da por algumas empresas. Para muitos, a aquisi-
meça a entender melhor como usar a parceria ção promovida pela Officer, grande distribuidor duas décadas de história. Na tentativa de bus-
do distribuidor, mesmo que mantenha relação especializado em TI, só mostra que o caminho car um novo posicionamento, surgem defini-
direta com revendas estratégicas. inverso pode ocorrer também. Recentemente, a ções como automação de negócio, automação
Outros papéis estão se confundindo. Fabri- companhia comprou a BP Solutions, focada em da gestão e tecnologia de automação.
cantes de equipamentos estão de olho em empre- automação. Novamente, a analogia com o mer- Há uma dúvida semântica e ela tem lá
sas de software ao mesmo tempo que promovem cado de TI ajuda a explicar o fenômeno. suas razões para existir. O mercado voltado
fusões para aumentar o portifólio de ofertas. É a a promover a tecnologia dentro do comércio
conhecida commoditização dos equipamentos, CRESCIMENTO, CONVERGÊNCIA é diferente do trabalhado pela indústria de
E SEMÂNTICA TI. O conceito também sofreu um desgaste
“Não é difícil imaginar que uma empresa de muito grande porque ficou identificado como
automação possa comprar uma de TI num futuro sendo uma obrigação com o Fisco e um sinô-
próximo”, defende o consultor e diretor da Varejo nimo de impressora fiscal. Com isso, quando
& Consultoria, Marcio Blak. O especialista de- um fornecedor fala em automação comercial
fende que há uma intercalação entre esses dois com o cliente, dificilmente ele entende que o
mundos e, à medida que o setor amadurece e sur- assunto é sobre modernização da gestão. “So-
gem grandes empresas, essa pode ser uma boa es- mos a última milha da tecnologia e o parceiro
tratégia para ganhar musculatura. “A automação que vai melhorar o negócio do cliente”, define
precisa de roteadores, PCs, impressoras e modens com propriedade o gerente da filial São Paulo
que pertencem ao mundo da TI”, comenta Blak. da Casa Magalhães, Alessandro Tanner.
Alguns distribuidores de automação possuem “A automação é vista como o patinho feio
esses equipamentos entre suas ofertas. Isso ocor- da tecnologia”, brinca o gerente comercial
re porque, na ponta, há um cliente que não está da Genecamp, Vitor Peixoto. Por outro lado,
interessado se existe diferença entre uma coisa e alerta ele, não é possível enfiar tudo dentro de
outra, ele quer modernizar o seu negócio. um mesmo termo abrangente, pois há dife-
Isso pode explicar o problema que o setor renças nos modelos de negócio e no modo de
tem em se autodefinir. Há quem acredite que o tratar o cliente final. Automação usa tecno-
termo automação comercial está velho e datado, logia, mas não é informática pura. É parceira
remetendo aos primeiros movimentos de infor- do Fisco, mas é – principalmente – aliada do
matização do comércio, que já conta com quase comerciante.
SERGIO BASILIO,
DA BEMATECH:
“Iremos para onde o
Fisco indicar, mas há
pontos que podem
ser melhorados”
PARA MUDAR
o SAT Fiscal
Os testes para o novo projeto começam em abril e a expectativa é que já em
2011 ele seja implementado. Empresas e associações veem a novidade como
algo inevitável, mas lutam para que a transição não traga prejuízos
Foto: Ricardo Benichio
O projeto do SAT Fiscal do Governo de campo começam em abril, em alguns estabele- pressoras fiscais são os temas mais quentes que
São Paulo, um novo sistema autenticador e cimentos, e a expectativa é que a novidade seja cercam esse novo avanço do Fisco paulista.
transmissor de cupons fiscais eletrônicos implementada oficialmente em 2011. A Federação do Comércio já mostrou preo-
(CF-e) para documentar de forma eletrônica No mercado, fabricantes, distribuidores, cupação com o projeto do jeito que ele foi defini-
as operações comerciais dos contribuintes integradores e associações dão o projeto como do, alegando que o custo da implementação seria
varejistas (leia mais em CRN Tech, pág.50), é o inevitável, já que ele faz parte de uma iniciativa alto demais para os comerciantes e isso poderia
assunto mais quente no mundo da automa- da Secretaria da Fazenda do Estado de São Paulo inviabilizar a adoção para quem ainda não traba-
ção de negócios atualmente. O projeto prevê (Sefaz) de aumentar a arrecadação. No entanto, lha com nota fiscal eletrônica (NF-e).
a troca dos atuais ECFs (Emissores de Cupom o projeto é polêmico e tem gerado grande discus- A Sefaz prevê que o equipamento custe
Fiscal) baseados em uma impressora especí- são sobre o impacto nas empresas fornecedoras em torno de R$ 400. Mas, para a Fecomercio,
fica de armazenamento de dados por outro de serviços e tecnologia e nos próprios comer- o investimento poderia chegar a R$ 8 mil entre
equipamento capaz de fazer a transmissão em ciantes. O custo do investimento, os problemas o SAT, equipamento para ponto-de-venda, sof-
tempo real do movimento do comércio via te- técnicos a serem enfrentados e – principalmente twares e treinamento para operação dos siste-
lefonia celular ou banda larga. Os testes em – a eliminação do mercado estabelecido de im- mas. “Os micro e pequenos empresários serão os
37
Claudenir
Andrade, da
Wall Street
editorialcanal@itmidia.com.br
Otoni de
Figueiredo, da
Otech: Companhia
forneceu toda a
rede estruturada,
os servidores, as
impressoras fiscais, de
cozinha (de produção), e
os touchs. Além de dar
suporte permanente ao
Wall Street
Foto: Ricardo Benichio
41
Cesar Groh,
da saraiva e
Ibraim Bulhon,
da inova: A
Saraiva possui,
hoje, mais de
mil terminais
de consulta
espalhados pelas
lojas da rede, além
de 200 coletores
por radiofrequencia
O jeitinho
de ser do cliente
Foto: Ricardo Benichio
Confiança, franqueza Proporcionar ao cliente a oportunidade tam de ter à disposição um funcionário para
e pontualidade de optar pelo autoserviço, oferecendo a ele a tirar as dúvidas”, comenta César Groh, diretor
chance de consultar o catálogo de produtos, o de tecnologia da informação e atendimento ao
na entrega são os preço e, consequentemente, agilizar o atendi- cliente da Saraiva.
fatores que fazem mento no caixa, reduzindo as filas na hora de A solução foi instalar terminais de consul-
a parceria entre a pagar as compras. Era esse o objetivo da rede ta nas lojas. O equipamento fornecido pela Ino-
Saraiva e a Inova ser de livrarias Saraiva ao automatizar as lojas. va é o modelo IK85, da Honeywell. De acordo
um case de sucesso “Muitos clientes querem agilidade na loja e com Ibraim Bulhon, diretor da Inova, um dos
gostam do autoserviço. Mas mesmo estes gos- pontos positivos é o tamanho do equipamento,
No dia a dia
A automação comercial faz parte do dia a dia mação tem de ser extremamente rápida. Atu- comercializado tenha RFID, ainda muito caro.
da rede de livrarias. Com a criação do comércio almente, a empresa tem grau de automação “Estamos avaliando atecnologia, mas imagine
eletrônico, em 1998, os pedidos feitos eletroni- grande porque assumimos varejo multicanal”, ter, por exemplo, todos os livros de Harry Pot-
camente já surgiram com grau de automação. comenta César Groh, da Saraiva. Segundo ele, ter em RFID? É um custo impraticável”, diz.
Em 2007, um outro projeto permitiu melhorar todas as iniciativas são conduzidas in house e No total, a empresa tem a previsão de investir
a escuta de CDs e DVDs nas lojas. Um ano de- há alguns parceiros que fornecem tecnologia e R$ 10 milhões em tecnologia este ano. “O que
pois, a empresa passou a vender downloads mão de obra. No quesito automação, um desejo trocamos com maior frequência são os micros,
de filmes e músicas. “No varejo digital, a auto- do executivo para o futuro é que todo produto PDVs e radiofrequências”, comenta.
43
Casamento
editorialcanal@itmidia.com.br
À medida que expandiu sua atuação, a “Considerando-se o grande volume de informa- a parceria com a prestadora de serviços não deu
Odontoclinic, rede de franquias fundada em ções, também era preciso uma maneira eficiente certo, a rede optou então por desenvolver inter-
1997 com o objetivo de oferecer atendimento de relacionar o faturamento ao controle de aten- namente uma ferramenta. “Na época, não en-
odontológico, percebeu a necessidade de organi- dimento”, comenta Marcos Yamaguti, gerente de contramos no mercado um produto voltado para
zar as informações das clínicas e dos clientes, fa- TI da Odontoclinic Franquias. o nosso segmento de atuação, que nos atendesse
cilitar o acesso do dono da unidade ao histórico Por conta disso, a empresa optou por con- em termos de otimização e padronização”, diz
dos pacientes e melhorar a segurança dos dados. tratar uma empresa para ‘arrumar a casa’. Como Yamaguti. A solução que preencheu as necessi-
Com apoio da
revenda Genecamp,
as 90 unidades
da Odontoclinic
Marcos Yamaguti,
da Odontoclinic: “Na
espalhadas pelo
época, não encontramos
no mercado um produto
Brasil conseguiram
voltado para o nosso melhorar a qualidade
segmento de atuação,
que nos atendesse em do atendimento aos
termos de otimização e
padronização” pacientes e garantir
a segurança das
informações
45
Automação C
o problema é do c
Por Silvia Facciolla*
Um forte movimento mercadológico asso- importância da marca e do preço ganharam go comercial e ganhar capilaridade geográfica.
lou o setor de tecnologia da informação (TI) e peso em relação ao fabricante. Afinal, tanto faz Afinal, nada melhor do que “contratar” especia-
transformou a ordem com que seus agentes, for- adquirir uma impressora HP por meio de um listas no assunto fiscal para comercializar uma
necedores e clientes interagem e fazem negócio. varejista ou de uma loja eletrônica se a garantia solução de automação fiscal, não é verdade?
Especialistas, consultores, fabricantes de uma do produto é dada pelo fabricante e não pelo seu O antigo VAR (revendedor de valor agre-
forma geral enfileiraram-se a partir de 2000 e representante comercial. gado), pela natureza de sua operação, já vivia a
afinaram seus discursos informando seus canais Na contramão da commoditização dos experiência de buscar alternativas tecnológicas
da necessidade de revisarem as suas estratégias produtos de “caixa” está a valorização do co- para seu cliente e, portanto, teve que colocar gás
de negócio. Formadores de opinião desde então nhecimento do negócio, do know-how setorial. em sua filosofia e buscar uma identidade que lhe
alertaram o mercado sobre a falência do modelo Profissionais e empresas com habilidade para diferenciasse dos concorrentes.
de vendas praticado e sobre os riscos do desapa- decodificar os gargalos operacionais do cliente, Até mesmo os fabricantes criaram alterna-
recimento de uma boa parte das empresas. com competência para fornecer soluções que tivas para simplificar a vida de seus clientes en-
Esta eminente ameaça fez com que uma possam alavancar novos negócios, ganharam es- riquecendo seus portfólios, buscando melhoria
onda de fusões e aquisições, alinhamento paço e se viram valorizados. nos seus posicionamentos frente à rede de distri-
de novas parcerias, revisão dos modelos de Consequência disto foi a profissionalização buição e ao cliente final. A IBM adquiriu o negó-
go-to-market afetassem pequenas, médias e dos canais. A fronteira entre fornecedores de cio de consultoria da Price para se alavancar na
grandes organizações. hardware, software, sistemas e serviços foi que- área de serviços e fortalecer seu posicionamen-
brada! Os papéis dos agentes de TI foram revis- to estratégico como alternativa one-stop-shop,
Mas quais os fatores que motivariam tos e pouco a pouco se fundindo. como grande integrador!
esta reviravolta? Muitos dos antigos revendedores de hardwa- A Oracle adquiriu inúmeras companhias de
A necessidade de responder ao novo com- re criativamente passaram a agregar soluções de software verticais e de soluções de nicho, e mais
portamento de compra do consumidor. back-office junto aos equipamentos ofertados, recentemente adquiriu a Sun Microsystems; hoje
substituindo muitas vezes a transação comercial ela concorre de igual para igual com a IBM e seus
Cansado de viver às voltas de inúmeros for- de compra e venda pela oferta de gestão tercei- canais. A Microsoft adquiriu a Salomon, en-
necedores, investir em tecnologia de forma in- rizada de infraestrutura. Em alguns casos, tais trando no segmento de gestão empresarial, sem
condicional sem ganho quantificável, o cliente revendedores ainda se especializaram em nichos subestimarmos sua participação no segmento de
disse basta! O cliente passou a exigir do forne- de mercado específicos agregando soluções ver- portais com o grande MSN que há anos forta-
cedor soluções integradas com ganhos objetivos ticais para atender as necessidades empresariais lece sua posição e pretende ser um concorrente
para o seu negócio, com mais benefícios pelo dos seus clientes. forte ao Google.
menor preço, a partir de políticas comerciais Empresas desenvolvedoras de software fo- Em síntese, de uma forma ou de outra, boa
mais claras e racionais. caram-se no desenvolvimento de seus produtos parte do mercado de TI se transformou em inte-
O cliente passou a operar com eficiência e “terceirizaram” sua cadeia de comercialização grador. Raríssimas empresas hoje operam com
e exigir a contrapartida dos seus fornecedores! através de parceiros especializados em suas in- face única e insistem apenas no modelo transacio-
Nos processos de compra de equipamentos, a dústrias (consultores) para multiplicar seu fôle- nal (até mesmo os mais tradicionais fabricantes).
49
Foto: Divulgação
pela faculdade SPEI de Curitiba. Cursou gerenciamento de projetos (PMBOK , Especializacao em
linguagem c++) . Atua há mais de cinco anos com automação comercial e bancária. É o atual
responsável pela vertical de projetos especiais na área de integração e desenvolvimento. *
S T,
S@
um pouco de TI na automação
comercial, seu conceito e objetivos
O que vamos discorrer abaixo não é nada confidencial e, de fato,
após inúmeras audiências públicas, o mercado consegue aos
poucos chegar a algumas conclusões sobre esse novo modelo
ou processo, como queira chamar, de controle fiscal.
Avaliação Final e
Antes de tudo, deixo claro que o SAT Fiscal é uma proposta
– não é uma Lei e nem é de uso obrigatório, portanto, este mo-
cretaria é ótima
A iniciativa da Sedas necessidades mento é de teste piloto para o Fisco, que, em conjunto com os
muito próxima esso online aos fabricantes de automação comercial, elencou clientes e parceiros
mais atuais de acolhos de qualquer para efetuar os testes.
dados. Enche oscnologia, além
entusiasta de te às tendências
de estar alinhada d computing asp UM POUCO DE HISTÓRIA
mundiais de clou Porém, ainda há No ano de 1996, os primeiros ECFs (impressoras emissoras de
e web services. regulamentação
uma carência de ivo de automação, cupom fiscal) eram MF (memória fita) apenas. Eles não deixavam de
prática do aplicateito à preservação ser uma grande calculadora que armazenava os itens dentro de uma
no que diz resp a um melhor memória não volátil. Hoje, já na avançada segunda onda dos ECFs,
da segurança e do ECF como
aproveitamento ro e autenticador fomos apresentados à tecnologia MFD (memória fita detalhe), res-
mecanismo segu cal.
ponsável por armazenar tudo o que é impresso pelo ECF – ou quase
de impressão fis tudo – em forma de dados e, assim, pode se recuperada e auditada.
EVOLUÇÃO NATURAL tria da automação comercial terão de incluir em seus em tempo real, às informações das operações comerciais
Pense no quanto evoluímos, de produtos. O que, especificamente? Tecnologia da infor- dos estabelecimentos varejistas, além de simplificar suas
uma impressora que armazenava ape- mação! Ou seja, conceitos, processos, meios e transmis- obrigações acessórias.”
nas totais, para uma impressora que são de forma segura, com infra necessária para que a Mas qual o modelo de negócio proposto e sua fun-
armazena cada cupom fiscal impresso. informação chegue de maneira íntegra e confiável. cionalidade? Basicamente é o envio online de dados
Agora, pense o quanto essa informação através de um modem GPRS, com toda a segurança de
está longe dos servidores de arrecada- NA PRÁTICA... chaves públicas e privadas e criptografia para o servi-
ção da Secretaria de Fazenda Estadual Você poderá encontrar um pouco mais sobre o dor central (a ser designado e preparado) da Secretaria
e, em seu estado offline, difícil de ser SAT Fiscal nesse endereço: http://www.fazenda.sp.gov. da Fazenda. Em audiência pública, essa foi a apresenta-
acessada, fiscalizada e analisada. br/sat/. Essa é a fonte da definição de SAT Fiscal que ção de seu conceito (Veja o quadro abaixo).
Quando fazemos essa análise, compartilho neste artigo: “O SAT-FISCAL é um Sistema O PAF (programa aplicativo fiscal), citado na fi-
o pensamento volta-se à TI. De for- Autenticador e Transmissor de Cupons Fiscais Eletrônicos gura abaixo, é o aplicativo de automação comercial de-
ma natural, surge o instinto de pro- (CF-e) que tem por objetivo documentar, de forma eletrônica, senvolvido pela software house, por um desenvolvedor
fissionais de tecnologia, que a todo as operações comerciais do varejo dos contribuintes do Estado autônomo ou estabelecimento comercial com equipe
tempo estudam, elaboram e analisam de São Paulo”. própria de desenvolvimento.
processos que solucionam questões E qual o seu principal objetivo? Novamente para O SAT, ao contrário do PAF, não é apenas um
como disponibilizar aos executivos, deixar claro e sem distorções, transcrevo aqui o que software, mas um modem que, através de GPRS (uti-
com seus laptops e PDAs, informa- nos diz a Secretaria da Fazenda:“O projeto possibilitará lizando-se, nesse caso, o chip comum de um celular,
ções estratégicas de faturamento, à Secretaria da Fazenda ter acesso, de forma eletrônica e só que de dados), transmitirá os dados recebidos por
movimentação, números, gráficos,
ganhos e perdas. Este é o que acredi-
to ser o sentimento do Fisco quando
tem a ideia e compartilha, por meio de Modelo de Negócio Proposto - Projeto S@T-Fiscal
audiências públicas, sua intenção e o
modelo do SAT Fiscal. Neste ínterim,
a TI aproxima-se de forma rápida da Recebimento da Informação pelo S@T
automação comercial. Cada vez mais, 1
Dados de
a infraestrutura para coleta dessas Venda
informações, a transmissão e a recep-
ção das mesmas são processos funda-
Tratamento da Informação
mentais e fortemente marcados por
PAF
uma área de TI – se é que podemos,
em algum momento, designar uma
única área para cuidar desses dados. Devolução de Código de Autenticador
É interessante que, quando olha- + Assinatura Digital
mos o SAT Fiscal como evolução, per- Impressora
CF-e Comum
cebemos não apenas um avanço no
conceito de extinguir a MFD e de ter
toda movimentação fiscal da loja on- Impressão do Cupom c/
código autenticador
line e disponível para os servidores da
(Similar ao DANFE)
Receita Estadual, mas também o pro- CF-e
gresso que todos os players da indús-
Fonte: http://www.fazenda.sp.gov.br/sat/
51
ele e enviados pelo sistema de automação comercial pacitação técnica para executar tal projeto. Por ou- que isso! Existe toda a operação de
PAF ao servidor da Receita Estadual. Para evitar tro lado, em momento algum cita-se o ECF, sendo checagem de dados, entrega dos da-
distorções do conceito do funcionamento do SAT, o SAT tratado como sua evolução natural. Porém, dos ao modem (SAT propriamente), a
descrevo um parágrafo elucidativo sobre a opera- esta é uma evolução predativa, já que a existência da validação por parte do SAT, o stand
ção do SAT Fiscal e seu composto de hardware: mesma desobriga o uso da opção anterior –o ECF by do aplicativo enquanto não recebe
“O equipamento SAT-FISCAL é um módulo composto de com sua já consagrada MFD (memória fita detalhe). o feedback positivo do SAT e a pos-
hardware e software embarcado, que visa a substituição Com a inexistência do ECF nesse modelo proposto e terior emissão do comprovante em
dos atuais ECFs (Emissores de Cupons Fiscais) no âmbito a existência de um meio de comunicação, novamente impressora não fiscal. Leia-se “im-
do varejo do Estado de São Paulo. Esse equipamento, por a TI entra em ação e nos ajuda a estabelecer intera- pressora não fiscal” toda e qualquer
intermédio do uso de comunicação via rede celular (GPRS) ções e processos para que a informação chegue até o impressora que não atenda aos requi-
ou banda larga, se propõe a transmitir os CF-e periodica- seu objetivo final. sitos fiscais de segurança e gravação
mente à Secretaria da Fazenda, após a validação e auten- Novamente, recorro ao site da fazenda, em dos dados fiscais em uma MFD, além
ticação integradas aos Softwares de Frente de Loja - PAF sua completíssima apresentação, - que pode ser de outras exigências legais.
(Programa Aplicativo Fiscal).” baixada em http://www.fazenda.sp.gov.br/sat/
Esse modem, com hardware e software em- RequisitosSATv1.1.pdf - para explicar grafica- O SAT POR FORA E
barcado, também tem sua complexidade (Veja o mente o processo de TI proposto para o SAT no SEUS EFEITOS
quadro abaixo). ponto de venda. A ideia do SAT não é nova e seu
Note que a presença física de um modem no Perceba, no processo abaixo, que uma vez que conceito também não é inovador. Tra-
ponto de venda, devidamente homologado, creden- o PDV será composto por um modem, uma impres- ta-se de uma evolução natural que,
ciado e aprovado pelo sistema de homologação fis- sora, um computador e um software de automação como insumo, acaba unindo, no quesi-
cal (similar ao que já existe nos ECFs), é necessária. comercial, todos passam a se conversar dentro de to infra, a automação comercial e a TI.
Com isso, também se faz necessário fabricantes que um processo único e online. O item descrito como Porém, ao contrário do processo evo-
dispõem de tecnologia, engenharia e corpo com ca- “Utiliza o S@T nas vendas” é bem mais complexo do lutivo natural – que acontece de forma
USB
Memória
Trabalho
Esquema básico
Fonte: http://www.fazenda.sp.gov.br/sat/
Interações
Contribuinte Sistema Gerenciador S@T
3. Efetua validações,
1. Adquire S@T
CNPJ/S@T
4. Solicita ativação de
2. Cadastra S@T no PFE
SIM CARD à Operadora
Fonte: http://www.fazenda.sp.gov.br/sat/
orgânica, baseado na necessidade de sobrevivência armazenada pelo dispositivo de segurança do ECF é pode ser uma excelente aliada no
ou na simples adaptação, e muitas vezes sem planeja- verídica, que o fato gerador de imposto aconteceu e acompanhamento de vendas online. A
mento –, neste momento, para o SAT, algumas consi- que sua impressão resulta na oferta do produto ven- união dos dois mundos – a segurança
derações e planos devem ser discutidos e alinhados. dido com tributação fiscal, sem volta. do armazenamento e a impressão do
Hoje, o ECF é um meio seguro. Assim como o Todo cancelamento é registrado, seja de itens ECF – com a proposta do envio segu-
SAT é um processo evolutivo de acesso aos dados unitários, de parte de um pacote de itens vendi- ro aos servidores da Fazenda. Este sim
direto no PDV, o ECF atual é um processo evolu- dos ou um cupom completo com seus mais de 500 poderia ser um caminho interessan-
tivo de segurança. Os mecanismos de segurança itens diferentes, às vezes em um único cupom fis- te. Este modelo possibilita garantias
colocados dentro de um ECF superam qualquer cal. Com internet ou sem internet, com GPRS ou em toda a cadeia: o contribuinte que
suspeita de alteração amadora ou má fé. O ECF, não, com servidor acessível ou fora do ar, aí está o terá seu cupom fiscal emitido por um
em seu status atual, fornece ao sistema arrecada- ECF – sólido, seguro e à disposição de qualquer equipamento credenciado; o fabrican-
dor garantias de falha ou evasão fiscal, garantindo órgão que se conecte a ele, independente do meio, te que verá seu investimento de longos
que tudo o que for impresso não será apenas con- e dele extraia seus preciosos dados de venda, em anos ser adaptado e atender às neces-
tabilizado em suas memórias e posições de “pon- forma de dados, aplicando técnicas de filtro de in- sidades da Fazenda em tempo real; e a
to-flutuante”, mas também em sua MFD – seu formação e análise crítica. Fazenda, que terá os dados oriundos
rolo eletrônico de auditoria de cada documento já Então, surge o questionamento: por que o SAT de um mundo embarcado, seguro e
emitido, processo que, em muitos países da Amé- não pode deixar de ser uma evolução natural e sim aprovado por ele: o bom e velho ECF
rica Latina, ainda é sonho. uma adaptação natural ao modelo já consagrado em (emissor de cupom fiscal).
O acesso a esses dados, por meio de um simples nosso País? Este seria um caminho interessante, uma
download da MFD, permite que o Fisco tenha não evolução mais pausada, sem buracos a serem cobertos
apenas a movimentação, os valores e os números e áreas obscuras de segurança a serem desenvolvidas. * Colaborou Claudemir Andrade, ge-
macros, mas a segurança embarcada em um siste- Toda segurança já existente no ECF, aprovado rente de integração e desenvolvimento da
ma fechado (não em um PC) de que a informação pelo mesmo sistema financeiro que sugere o SAT, Urmet Daruma
Uma v
Por Patricia Joaquim
Mas, a escolha do executivo para “Tenho vontade de fazer muita coisa ain- pjoaquim@itmidia.com.br
protagonizar esta seção se deu graças a da”. E essa inquietude é a ponte que o leva
conversas de corredores, em que colegas a obter conhecimentos multidisciplinares.
de profissão comentam sobre sua com- “Estudei marketing para entender o lado
petência e postura ética no trabalho. mais humanístico porque estava muito
E quando, em um bate papo informal, voltado para o conhecimento técnico”.
começa a relatar sua trajetória profissio- Em Madri, já trabalhava como pro-
de fé e
nal e pessoal, ele se revela um homem gramador. No País, deu aula de informá-
extremamente focado no trabalho, mas tica e passou a desenvolver sistemas de
que mantém a família e a religião em forma autônoma. Na área de automação,
primeiro lugar, como base sólida para atuou na Bematech como técnico e foi
seu desenvolvimento. responsável por fidelizar um novo canal
A fé parece ter ajudado Andrade. de software houses da companhia. “Tí-
Com 18 anos, foi morar sozinho na Es- nhamos que suportar esses parceiros com
panha para estudar e, depois de um ano todo o aparato técnico: drives DLL, etc.
por lá, sua família inteira (pai, mãe e as E, por outro lado, tínhamos que ajudá-los
duas irmãs) se mudou para Madri. Seu na área de marketing, com divulgação,
pai, militar aposentado, foi representar feiras e eventos”.
a vida
Sua chegada na Urmet Daruma,
em 2003, aconteceu para estruturar
uma área técnica de software houses
e criar um centro de tecnologia para
a companhia. “Criamos uma comuni-
dade que hoje possui 3,5 mil software
houses. Isso graças ao esforço de toda a
é e foco
empresa, desde a diretoria até o comer-
cial e o pessoal técnico”.
Foto: Ricardo Benichio
Segundo Andrade, em 2003, a em-
presa vendia 700 impressoras ao mês
– hoje são 4 mil. “A equipe comercial
sempre foi fantástica, mas não havia sof-
tware houses compatíveis com a Daru-
ma. Hoje, isso não acontece mais”, conta.
Por enquanto, ao contrário do que An-
drade pensa, seus relatos são de absoluto
sucesso.
57
1
1 Multifacetada
AS NOVAS IMPRESSORAS TÉRMICAS DE MESA DA ZEBRA TECHNOLOGIES SÃO DA
2 IDENTIFICAÇÃO E INGRESSOS.
2 Novidade tripla
A BRASILEIRA TOP-LINE LANÇA A LINHA DE TECLADOS ANTIVANDALISMO EM INOX
E TRACK BALL, À PROVA DE LÍQUIDOS E PÓ. SEGUNDO A FABRICANTE, OS MODELOS
FUNCIONAM BEM EM QUIOSQUES E TERMINAIS DE AUTOATENDIMENTO. OUTRA NO-
VIDADE É O TECLADO PARA AUTOMAÇÃO COMERCIAL COM TRACK BALL EMBUTIDO.
3 RECIBOS. A
MONITORAMENTO
IMPRESSORA POSSUI SENSORES QUE SUPORTAM A PLATAFORMA DE
DE FALHAS DO HARDWARE.
GRAM E OFFICER
PREÇO: R$ 599
6 Versátil e ecológico
O Prizis, nova solução de automação da Itautec, se destaca pela ver-
satilidade, já que a
vertical e de parede.
CPU
Neste
pode ser montada nas posições horizontal,
ção mais completa, pode contar com duas telas touchscreen, sendo
o conceito de TI verde.
7
Preço: Não divulgado
Onde encontrar: 0800 121444
8
Preço: Não divulgado
Onde encontrar: www.bematech.com.br
61
Alberto Leite
Swawn
Ainda não encontrei tradução para a palavra “Swawn” (lê-se das cinco com a mesma categoria com que falam sobre seus úl-
suam), criada por mim há alguns anos. Falo sempre que posso timos resultados profissionais, mas me dão um norte, é como se
sobre ela. Ela reúne, em minha opinião, as características que fosse um termômetro de “Swawn”, sempre procurando alguém
formam um executivo do novo milênio. Criei esse termo há al- com forte aptidão para fazer tudo o que faço, e ainda melhor.
guns anos quando precisava definir o que queria pra mim e para Incrivelmente lembro-me de uma história que
os que comigo trabalham. resume tudo isso.
O que uma pessoa precisa ter para ter “Swawn”? Em pri- Quando eu era pequeno, sonhava em estudar mú-
meiro lugar, precisa reunir conhecimentos de vida extrema- sica na Fundação das Artes, escola municipal em São
mente holísticos. Tenho amigos que foram coroinhas, guitar- Caetano do Sul, onde nasci, e que tinha uma espécie
ristas, poetas, skatistas, surfistas, jogadores de basquete etc, de teste para entrar, com fases teóricas, práticas e uma
e com isso reuniram competências como disciplina, coragem, entrevista no final. Eu tocava desde os 8 anos e, aos 15,
espírito de equipe, conhecimento geográfico e de perigo, en- quando decidi estudar lá, parecia-me fácil tocar aquilo.
tre outros. Elas foram fundamentais para que, um dia, fossem Quando fui ao teste prático, o professor me perguntou:
utilizadas em uma corporação. Sem isso, defino uma pessoa - Que estilo você gosta?
como cinza, ou seja, sem cor. A pessoa sem cor pode chegar a - Gosto de jazz, blues...
algum lugar, mas dificilmente fará algo que realmente a trans- - Gosta mesmo?
porte ao sucesso. - Gosto (sabendo que essa não era a resposta correta,
Definitivamente existe uma linha tênue que divide as pessoas mas poderia impressionar).
com “Swawn” das outras. Você consegue ver na face, no sorriso, - Que músico você gosta de blues?
na forma como lidam com diversos problemas. Se você estiver na - Gosto de tal (não lembro quem falei, mas lembro-me de
fila de um fast food e outra fila estiver maior, corra até ela. Prova- ter aprendido uma música dele).
velmente estará ali na frente, atendendo a esta fila, alguém com - Por que gosta dele?
“Swawn”, capaz de atender a todos de forma mais rápida. Pessoas - Tem um som meio sujo, dos negros do Mississipi, uma
com “Swawn” são aquelas que, mesmo diante de inúmeros desa- pegada forte na guitarra.
fios, sempre entregam seus resultados. - Querido, esse cara é alemão e vive em Londres.
Entrevisto muitas pessoas por semana. Tenho a mania de fa- - Urgh, é que...
zer cinco perguntas que, em meu ponto de vista, definem o que a - Me fale sobre o que realmente gosta de tocar.
pessoa é, o resto a gente ensina. São elas: - Músicas bregas.
- Fale-me de sua infância; - Ok, está aprovado.
- Fale sobre os seus hobbies e gostos;
Foto: Ricardo Benichio