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Cadernos Do Cárcere Offline

O documento discute sobre escrever sem acesso à internet ("off-line") e faz comparações com os "Cadernos do Cárcere" de Gramsci. O autor reflete sobre suas vontades de pesquisar sobre Gramsci e trabalhar em seu romance, mas está sem acesso à internet. Ele também comenta sobre a aceitação de textos pós-modernistas desconexos e a dificuldade de se fazer críticas políticas sem rotulações.
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O documento discute sobre escrever sem acesso à internet ("off-line") e faz comparações com os "Cadernos do Cárcere" de Gramsci. O autor reflete sobre suas vontades de pesquisar sobre Gramsci e trabalhar em seu romance, mas está sem acesso à internet. Ele também comenta sobre a aceitação de textos pós-modernistas desconexos e a dificuldade de se fazer críticas políticas sem rotulações.
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Cadernos do offline

O primeiro, tal qual o último, que também não consistia em nada. O título é esse mesmo que
vossas senhorias conhecem dos espólios narrativos dos professores de ensino médio, ou
daqueles que ensinam “humanas” nas universidades públicas país afora.

Em que consiste? Bem, afigura-se que estou sem internet e na falta de qualquer outro atrativo
resolvi escrever-lhe, diretamente do cárcere do mundo off-line, vejam o drama! Teorizar a
situação em si e conjecturar sobre as possíveis implicações de um mundo sem internet seria
uma forma fácil e rápida de encher a tela com palavras, mas não faço. Primeiro por respeito a
quem por ventura vier a ler isso, segundo porque não estou completamente certo se sairia
alguma coisa substancial dessa empreitada.

Se não vamos teorizar o mundo “off-line” e nem nada do tipo, que diabos vamos escrever?
Bem, o esquizofrênico que por ventura ler, ouvir ou captar esse texto, provavelmente vai se
perguntar quem está escrevendo (porquê o plural?). Vou deixa-los encucados com a
possibilidade de outras entidades extracorpóreas estarem ao meu lado durante a confecção
deste. O leitor que não possui problemas esquizofrênicos passe adiante.

Cá estou eu, sem internet, com algumas preocupações na cabeça. É interessante que a
possibilidade da falta nos faz ativos, agora por exemplo, como estou sem internet, lembrei que
tenho que pagar um boleto, de ver como está o caos político e de como era mesmo aquela
música que eu só sei o refrão.

Gramsci escreveu seus “cadernos do cárcere”, uma coletânea que versava sobre os mais
diversos assuntos: teatro, economia, politica, poesia. Obviamente, o destaque que deram foi
para sua obra “politica”, talvez, e não apenas, porque a causa de sua prisão ter sido uma
dissidência política. Agora mesmo, estou aqui com vontade de pesquisar e ver mais algumas
curiosidades sobre Gramsci e estou off. Estou aqui a caçar na minha nuvem mais um dos
textos do romance do “terno psicopata” que estou a escrever (titulo provisório) também estou
querendo fazer mil outras coisas, pensando em salvar o rascunho online. Entrar na plataforma
para repassar esse texto. E estou off.

Os textos, ditos pós modernistas, têm grande aceitação. Normalmente não seguem padrões
ortográficos ou gramaticais, nem prezam pela coerência e coesão. Fazer um texto nesses
moldes e soltar duas ou três frases de efeito, que façam algum sentido para o leitor parece
que hoje são a fórmula do sucesso. Sobretudo no tempo em que todos escrevem muito, leem
pouco e leem mal. Coloque três frases interessantes em um texto completamente desconexo e
os outros pensarão que você escreveu uma obra de arte. Quem presa pela boa forma e pelo
conteúdo de seus textos está fadado a ser lido por meia dúzia de pessoas e ser entendido por
umas duas ou três. Assim, tanto muito pior se o assunto for política, se você citar candidato A
ou B de forma mais dura já lhe rotulam seguindo : criticou A = apoia B, criticou B = apoia A. Se
fizer critica a A e B vão procurar alguma aproximação sua com algum dos dois.

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