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PVT

O documento fornece uma introdução sobre engenharia de reservatórios I e PVT, cobrindo tópicos como: 1) Definição de PVT e programa do curso; 2) Composição e principais séries de hidrocarbonetos encontrados em petróleo como alcanos, naftenos e aromáticos; 3) Diagramas de fase para sistemas puros, binários e multicomponentes ilustrando regiões, curvas e pontos importantes.

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O documento fornece uma introdução sobre engenharia de reservatórios I e PVT, cobrindo tópicos como: 1) Definição de PVT e programa do curso; 2) Composição e principais séries de hidrocarbonetos encontrados em petróleo como alcanos, naftenos e aromáticos; 3) Diagramas de fase para sistemas puros, binários e multicomponentes ilustrando regiões, curvas e pontos importantes.

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Engenharia de Reservatórios I

Professor: Jean Romei Heckmann

Engenharia de Reservatórios I
PVT

Definição:
ç PVT (p(pressão - volume - temperatura)
p ) é o estudo do
comportamento de fase e das propriedades físicas dos
hidrocarbonetos, sob diferentes condições de pressão e
temperatura.
p
Programa do curso:
• 1. Fluidos de reservatório
• 2. Comportamento de fase e propriedades dos fluidos de
reservatório;
• 3. Amostragem
g
• 4. Análise laboratorial

Engenharia de Reservatórios I 2
Definições

1) Petróleo: misturas complexas de origem natural, formadas em


sua maior parte por hidrocarbonetos, encontráveis nos estados
sólido, líquido ou gasoso, a depender das condições de pressão e
temperatura a que estão sujeitas
2) Óleo cru - petróleo produzido no estado líquido
3) Gás
Gá natural - petróleo
ó produzido i no estado gasoso
4) Óleo vivo - óleo com gás em solução
5) Óleo morto - óleo nas condições de superfície, que perdeu o gás
em solução
6) Comportamento de fase - estado físico de dado hidrocarboneto
como função da pressão e temperatura

Engenharia de Reservatórios I 3
Composição do Petróleo

Composição dos óleos crus:


Elemento % Peso
C b
Carbono 84 87
84-87
Hidrogênio 11-14
Enxofre 0.06-8
Nitrogênio 0.02-1.7
Oxigênio 0.08-1.8
Metais até 0.14
Gás: 80 a 90% em volume Metano e Etano.
Séries: grupos ou tipos de hidrocarbonetos, definidos a partir do
arranjo dos átomos de carbono e do número de ligações
químicas entre eles. Há 18 séries, 3 delas predominantes.

Engenharia de Reservatórios I 4
Principais Séries

Série dos alcanos ou parafinas: compostos com cadeia reta ou


ramificada de fórmula geral CnH2n+2

• Metano CH4

• n
n-Propano
Propano CH3CH2CH3

Propriedades: são hcs saturados, apresentando estabilidade


química.

Engenharia de Reservatórios I 5
Propriedades dos Alcanos - Influência da Isomeria

Nome Peso Ponto de Pressão Temp.


Molecular Fusão Crítica Crítica
(oF, 1atm) (Psia) (oF)
N-pentano 72.151 96.92 488.6 385.7

Isopentano 72.151 82.12 490.4 369.03

Neopentano 72.151 49.10 464.0 321.08

Engenharia de Reservatórios I 6
Principais Séries

Série dos naftenos ou cicloparafinas: compostos com cadeia cíclica,


saturados de fórmula geral CnH2n

• Ciclopentano C5H10

• Ciclohexano
Ci l h C6H12

Propriedades: são hcs saturados, apresentando também muita


estabilidade química.

Engenharia de Reservatórios I 7
Principais Séries

Série dos aromáticos: compostos com cadeia cíclica, nãosaturados,


derivados do benzeno (C6H6)

• Benzeno

•Tolueno
T l ou metil-benzeno
til b

Engenharia de Reservatórios I 8
Aromáticos (cont.)
• etilbenzeno

•1,2-dimetilbenzeno
1 2 di ilb

Propriedades: são hcs líquidos ou sólidos sob condições de


superfície.

Engenharia de Reservatórios I 9
Outras Séries

Olefinas (Alquenos ou Cicloalquenos): cadeia reta, não-saturados.

Acetilenos:
A i apresentam ligações
i õ triplas.
i
As ligacões duplas e triplas conferem a essses hcs uma
instabilidade q
que os torna raros.

Asfaltenos: apresentam moléculas grandes, com a presença de


hetero átomos (N,
hetero-átomos (N S,S O),
O) o que as torna polares ou com sítios
polarizados.

Engenharia de Reservatórios I 10
Tipos de Óleos: Diagrama Ternário

Engenharia de Reservatórios I 11
Comportamento de Fase
Diagrama de fase de uma substância pura
pura, p
p. ex
ex.:: água
água.

Engenharia de Reservatórios I 12
Definições
1
1. Ponto Triplo - ponto de coexistência das 3 fases.
fases

2. Fase - pporção
ç de um sistema cujas
j propriedades
p p variam
continuamente, separada de outras fases por fronteiras bem
definidas.

3. Ponto Crítico - estado de P e T em que as propriedades


intensivas das fases líquida e vapor tornam-se idênticas.

4. Propriedades intensivas (extensivas) - são as que independem


((dependem)
p ) da q
quantidade de material considerada.

5. Pressão e Temperatura Críticas - P e T definidoras do Ponto


Crítico
Crítico.

Engenharia de Reservatórios I 13
Diagrama de Fase Substância Pura: Etano

Engenharia de Reservatórios I 14
Percorrendo o Diagrama PV

Engenharia de Reservatórios I 15
Visão 3D do Diagrama de Fase

Engenharia de Reservatórios I 16
Diagrama PT de Sistema Binário

Engenharia de Reservatórios I 17
Diagrama PT de Sistema Binário
10% Etano – 90% n-Heptano:
n Heptano:

Engenharia de Reservatórios I 18
Diagrama PT de Vários Sistemas Binários

Engenharia de Reservatórios I 19
Diagrama PT de Sistema Multicomponente

Engenharia de Reservatórios I 20
Definições
¾ 1. Curva de Ponto de Orvalho (Dew Point Curve) – LG dos
1
pontos de P e T nos quais a primeira gota de líquido se forma,
na passagem da região de gás para a região de 2 fases.
¾ 2. Curva de Ponto de Bolha (Bubble Point Curve) – LG dos
pontos de P e T nos quais a primeira bolha de gás se forma, na
passagem da região de líquido para a região de 2 fases.
¾ 3. Região de 2 fases: região do diagrama PT onde há
coexistência das fases líquida e vapor.
¾ 4 Crincondenterma - (Ponto M)- ponto de máxima
4.
temperatura no qual as 2 fases coexistem em equilíbrio.
¾ 5. Crincondenbária - (Ponto N) - ponto de máxima pressão no
quall as 2 fases
f coexistem
it em equilíbrio.
ilíb i

Engenharia de Reservatórios I 21
Definições (cont.)
¾ 6. Linha isovolumétrica - LG,
6 LG interno à região de 2 fases,
fases em
que o volume de líquido em relação ao volume total (expresso
em %) é uma constante.
NOTA: ao reduzir-se a pressão do fluido, ao longo da reta JL, a
% de líquido diminui gradativamente.
¾ 7. Região Retrógrada (região sombreada) - Região em que a
condensação ocorre no sentido inverso do convencional, ou
seja…
¾ Condensação
ç Retrógrada:
g seguindo
g a linha ABD , entre os
pontos B e D baixa-se a pressão e quantidade % de líquido
aumenta!
¾ Condensação
ç Retrógrada:
g seguindo
g a linha HGA,, entre os
pontos H e G aumenta-se a temperatura e quantidade % líquido
aumenta!
¾ Vaporização
p ç Retrógrada:
g seguir
g DBA e AGH

Engenharia de Reservatórios I 22
Diagrama PT com Condensação Retrógrada

Engenharia de Reservatórios I 23
Gás Retrógrado ou Gás Condensado

Engenharia de Reservatórios I 24
Diagrama PT de Gás Úmido
• Não há formação de
líquido em condições de
reservatórios mas há
formação de líquido em
condições do separador.
• Condensação retrógrada
isotérmica não ocorre no
reservatório durante a
depleção de pressão.
• Menos componentes
pesados que no gás
condensado.
• T > Cricondentérmica
• Nas condições de
separação a quantidade
de líquido é menor que
no gás condensado.

Engenharia de Reservatórios I 25
Diagrama PT de Gás Seco

• Menos componentes
p
pesados que no gás
úmido
• Composição: metano,
etano, pequena
quantidade de C3+
• T > Cricondentérmica
C i d té i
• Não há formação de
líquido, seja durante a
depleção de pressão no
reservatório, seja nas
condições de
separação.

Engenharia de Reservatórios I 26
Diagrama PT de Óleo de Baixo Encolhimento
• Abrange a maior parte
dos tipos de óleos (óleo
comum).
• Pequeno grau de
encolhimento (Boi
inferior a 2.0 m3/m3).
• Tc < cricondenterma.
• Densidade < 45 oAPI
• Linhas isovolumétricas
“comprimidas”
(próximas) à linha de
ponto de orvalho.
p
• Quantidades razoáveis
de óleo são obtidas em
condições
ç de separação.
p ç

Engenharia de Reservatórios I 27
Diagrama PT de Óleo de Alto Encolhimento
• Mais hidrocarbonetos
leves que o óleo de alto
encolhimento.
• Linhas isovolumétricas
menos “comprimidas”
(próximas) à linha de
ponto de orvalho que o
óleo de baixo
encolhimento.
• Menores quantidades
de líquido são obtidas
em condições de
separação
p ç que no óleo
q
de baixo encolhimento.
• Mais leves do que o óleo
comum ((36 a 50 oAPI).
)
• Cor clara.
• Reduzida viscosidade.
Engenharia de Reservatórios I 28
Conceito de Óleo Saturado e Subsaturado

• A’: óleo subsaturado


- situa-se acima da
pressão de bolha ( ou
de saturação),
ç ), na
temperatura de
reservatório.

• A: óleo saturado -
situa-se na pressão de
b lh
bolha (
(ou d
de
saturação), na
temperatura de
reservatório.
ó i

Engenharia de Reservatórios I 29
Propriedades Físicas
¾ Grau API

• É uma medida de densidade de um óleo cru, dada por:


p

oAPI = (141.5/densidade do óleo) - 131.5 (medida a 60oF, Patm)


nota: oC=(
C (oF-32)/1,8
F 32)/1 8

• Ex: um óleo de densidade 1 g/cm3 (igual à da água), teria um grau


API de 10 (extremamente pesado).
• Ex: um óleo de densidade 0.8 g/cm3 teria um grau API de 45.4
(muito leve,
leve um condensado).
condensado)

Engenharia de Reservatórios I 30
Propriedades Físicas (cont.)
Equação de Estado de Gás Ideal

onde:
P – Pressão do Gás
V – Volume
V l ocupado
d pelo
l Gás

N – Número de Moles
R – Constante Universal dos Gases
T – Temperatura do Gás

e
Obs.: condições padrões na indústria do petróleo
15 6 oC.
P = 1 atm e T = 15,6 C

Engenharia de Reservatórios I 31
Propriedades Físicas (cont.)
Constante Universal dos Gases (R)
(os valores de R dependem apenas das unidades utilizadas)
R P V N T
0,082 Atm litro g-mol K
62,364 mmHg litro g-mol K
8,3145 Pa litro g-mol K
10,732 psi litro lb-mol oR

Conversão de temperaturas:
Celsius – Fahrenheit:

onde:
oC = temperatura na escala Celsius e oF = temperatura na escala

Fahrenheit
Celsius – Kelvin
Rankine - Fahrenheit
Engenharia de Reservatórios I 32
Propriedades Físicas (cont.)
Densidade do gás em relaçao ao ar (Specific Gravity)

É a relação entre a densidade de um gás e a densidade do ar, ambos na


mesma pressão e temperatura.
temperatura

onde:

Mg = Massa molecular do Gás (ou mistura de gases).

Engenharia de Reservatórios I 33
Equação Geral dos Gases Ideais
Em qualquer transformação (mudança de temperatura, volume ou
pressão) num recipiente fechado não alteração de massa, já que não
ocorre troca de matéria com a vizinhança. Assim, o número de mols do
sistema é constante.

Estado Inicial Estado Final

P1, V1, T1 P2, V2, T2

Engenharia de Reservatórios I 34
Massa Molecular Aparente
O gás é uma mistura de moléculas de vários tamanhos. Muitas vezes essa
mistura se comporta como se fosse uma única substância de massa
molecular definida. Essa massa é conhecida como massa molecular
aparente
p ((Ma),
), sendo definida p
por:

onde:
Ma = Massa Molecular Aparente.
Mi = Massa Molecular do componente i na mistura.
Yi = Fração Molar do componente i na mistura.

Obs.: Fração molar é a razão do número de moles de um componente pelo


número de moles total da mistura.

Engenharia de Reservatórios I 35
Massa Molecular Aparente (cont.)
Ex. 1) Qual a pressão exercida por 4,4 g de gás carbônico num recipiente
de 2 litros a 27 oC? Determine também sua densidade nessa pressão e
temperatura. Assumir que o CO2 tem comportamento ideal.
m = 4,4 g PV = nRT
V=2l
T = 27 oC n = m/M n = 0,1
M = 44 g/gmol
/ l
P = nRT/V P = 1,23 atm
Dens = m/V Dens = 2,2 g/l

Ex. 2) Qual o volume ocupado por 1lb-mol de um gás ideal quando


submetido a uma p
pressão de 100 p
psia e a uma temperatura
p de 90 oF.

V = nRT = (1 x 10,73 x (90+460))/100


0 182 ft3
V = 0,182

Engenharia de Reservatórios I 36
Gases Reais
Equação da Compressibilidade

A equação do gás ideal pode ser corrigida pelo fator de compressibilidade


(Z) da seguinte forma:

PV = ZnRT

O uso do modelo ideal é geralmente satisfatório em pressões baixas. Em


pressões altas o uso da equação dos gases ideais pode conter erros
significativos.

A definição de A é a razão entre o volume real ocupado


p por n mols ((a uma
p
P e T) e o volume ideal ocupado pelos mesmos n mols (nessa mesma P e T).

Engenharia de Reservatórios I 37
Determinação do Fator z
Cálculo da Pressão reduzida (Ppr) e Temperatura reduzida (Tpr)

PPC – Pressão Pseudo-Crítica (tabelado)


TPC – Temperatura Pseudo-Crítica (tabelado)

Para misturas:

Com PPR e TPR, entra-se no gráfico de determinação do fator Z e obtem-se


seu valor.
valor

Engenharia de Reservatórios I 38
Determinação do Fator z

Gráfico de Standingg & Katz


para determinação do fator
de compressibilidade z

Com Ppr, entro no eixo x e


subo até encontrar a curva
correspondente
d t ao valor
l dad
Tpr

Quando encontrar, vou até


o eixo y aonde leio o valor
de z.

Engenharia de Reservatórios I 39
Determinação do Fator z
Ex. 3.: Dada a mistura de hidrocarbonetos cuja composição encontra
encontra-se
se na tabela
abaixo, calcular seu peso molecular aparente. Determinar também o fator de
compressibilidade Z da mistura, para uma pressão de 20 atm e uma temperatura
de 524 K. Calcule também o volume de 100 gramas da mistura, nessas condições
d pressão
de ã e temperatura.
t t
Componente (Ci) Fração Molar (yi)
C3 0,2
n-C
n C4 03
0,3
n-C5 0,5
Mistura 1,0

F
Fazendo
d o cálculo
ál l das
d propriedades
i d d pseudocríticas:
d íti
Ci Peso Yi YiMi Pci (atm) Tci (K) Yi.Pci Yi.Tci
Molecular
M (g/gmol)
C3 44 0,2 8,8 42,0 370 8,40 74,00

n-C4 58 0,3 17,4 37,5 425 11,25 127,50

nn-C
C5 72 05
0,5 36 0
36,0 33 3
33,3 470 16 65
16,65 235 00
235,00

Mistura 1,0 62,2 36,30 436,50

Engenharia de Reservatórios I 40
Determinação do Fator z (cont.)
Ppr = 20/36,30 = 0,55 Tpr = 524/436,50 = 1,2

Do gráfico de Standing, tira-se:

Z = 0,88

V = ZnRT/P n = m/M = 100 / 62,2 = 1,61


V = (0,88 x 1,61 x 0,082 x 524) / 20
V = 3,04 litros

Engenharia de Reservatórios I 41
Equação Geral dos Gases Reais
Em qualquer transformação (mudança de temperatura, volume ou
pressão) num recipiente fechado não alteração de massa, já que não
ocorre troca de matéria com a vizinhança. Assim, o número de mols do
sistema é constante.

Estado Inicial Estado Final

P1, V1, T1 P2, V2, T2

Engenharia de Reservatórios I 42
Fator de Compressibilidade do Metano

Engenharia de Reservatórios I 43
Propriedades Físicas
• Fator volume de formação do gás - Bg

mas Pstd = 1 atm


TSC = 60 oF = 15,556 oC = 288,556 K

Engenharia de Reservatórios I 44
Propriedades Físicas
Viscosidade de Gases Naturais:

Engenharia de Reservatórios I 45
Propriedades Físicas de Sistemas Bifásicos

Engenharia de Reservatórios I 46
Propriedades Físicas de Sistemas Bifásicos
• Razão de Solubilidade Rs:
Rs = Volume de gás dissolvido no óleo, SC / Volume de óleo
STO
Rs = Vgr / Vor (m3std/m3std)

Engenharia de Reservatórios I 47
Condições de Fluxo Durante a Amostragem

•A pressão de fluxo encontra-se


acima da pressão de saturação:
não há liberação de gás
defronte dos canhoneados.

•A pressão de fluxo encontra-se


abaixo da pressão de
saturação: há liberação de gás
defronte dos canhoneados.

Engenharia de Reservatórios I 48
Princípios de Amostragem
Objetivo da amostragem: obter uma amostra do fluido original de
reservatório. É, portanto, aconselhável amostrar no ínicio da
vida produtiva do campo.
Amostras bifásicas NÃO Ã são representativas do fluido de
reservatórios, devido às diferentes mobilidades do gás e do
óleo.
Pode haver variação das propriedades do óleo em profundidade e
em área, pelo que não se deve ficar restrito a uma só amostra.
O poço deve ser colocado em produção por tempo suficiente para
limpar a formação (produzir lama, filtrado etc).
O poço deve ser condicionado, isto é, a vazão deve ser reduzida de
modod a aumentar t Pf gradativamente,
d ti t removendo d fluido
fl id
alterado (com gás livre) da proximidade do poço e produzindo
óleo (monofásico) até estabilizar a vazão e a razão gás-óleo na
superfície.
fí i O procedimento
i deve, tipicamente,
i i durar 24 horas
Nota: RGO=Vg, SC/ Vo, STO (m3sc/m3std).
Engenharia de Reservatórios I 49
Princípios de Amostragem (cont.)
• Neste momento,
momento pode-se
pode se utilizar:
Amostragem de fundo
g
Amostragem de superfície
p
Obs.: A amostragem de fundo, em princípio, é a mais
confiável.
• Amostragem de superfície
– Q e RGO, assim como a pressão e a temperatura de fundo,
devem ser medidas com exatidão para que os fluidos possam ser
adequadamente recombinados.
recombinados
– Se há golfadas de gás a recombinação não é indicada.
• Deve-se evitar testar zonas produtoras de água.
• Poços surgentes são mais indicados para amostrar. Em poços
bombeados é mais difícil.
• Ler: API Recommended Practice for Sampling Petroleum
Reservoir Fluids (API RP 44).
Engenharia de Reservatórios I 50
Amostrador de Fundo

Engenharia de Reservatórios I 51
Esquema de Amostragem de Superfície

Engenharia de Reservatórios I 52
Análise Laboratorial
• O grau de encolhimento (isto é,
é o valor de Bo) depende não só
da temperatura e da composição do fluido, mas também da
maneira como ocorre o processo de separação.
• Separação Flash é a separação em que o fluido é radical e
subitamente despressurizado e imediatamente duas fases se
formam. Esse processo aproxima-se mais do que ocorre num
separador de superfície.
• Liberação Diferencial é o processo no qual uma queda de
presão gradual é aplicada ao fluido. A cada decréscimo de
pressão o gás liberado é continuamente removido. Acredita-se
que este processo reproduza melhor o que ocorre no
reservatório, onde o gás separa
separa-se
se do óleo em fluxo por sua
maior mobilidade ou por efeito gravitacional.
• Para a maior parte dos óleos, a liberação diferencial resulta
em menor encolhimento (menor Bo).
Bo)

Engenharia de Reservatórios I 53
Liberações Flash e Diferencial

Engenharia de Reservatórios I 54
Viscosidade de Óleos
Há dois processos de medição: viscosímetro de bola (rolling-ball
(rolling ball
viscosimeter) ou (mais modernamente) viscosímetro capilar.

Viscosímetro de Bola: numa garrafa cheia de óleo, uma bola


percorre o fluido. Mede-se eletronicamente o tempo que a
bola leva em seu ppercurso. O aparelho
p é calibrado com óleos
de viscosidade conhecida.

Viscosímetro
Vi í t C il
Capilar: mede-se
d a queda
d ded pressãoã num tubo
t b
capilar quando o óleo é bombeado através do tubo.

Em ambos os métodos, a temperatura de reservatório deve ser


respeitada.

Engenharia de Reservatórios I 55
Lista de Exercícios No 1
1) Qual a pressão exercida por 4,4g de gás carbônico num recipiente de 2 litros a 27 oC? Determine
também sua densidade nessa pressão e temperatura. Assumir que o CO2 tem comportamento ideal.
2) 100g de um gás desconhecido ocupam um volume de 49,2 litros quando submetido a 2 atm e a
temperatura de 27 oC. Assumindo o comportamento de Gás ideal, determine sua massa molecular.
3)) 3 libras de n-butano são colocadas num vaso a 580 oR e 60 p
psia. Calcule o volume ocupado
p pelo g
p gás
assumindo o comportamento de gás ideal. Determine também sua densidade nessa pressão e temperatura.
4) Qual o volume que ocupará 100 libras de gás de densidade 0,75 (ρar = 1,0) a 100 oF e pressão de 100
psia? Considere o gás ideal.
5) Um gás natural tem a seguinte composição molar:
Componente Mol %
CO2 5
C1 90
C2 3
C3 2
Determine:
a) a massa molecular aparente do gás;
b) a densidade do gás em relação ao ar (Specific Gravity);
c) se 400g desse gás estiverem contidos num tanque de 30 litros na temperatura de 40 oC, qual a pressão
exercida (em atm) pelo gás nas paredes do tanque?
d) qual o volume (em m3) ocupado por essas 400g em condições standard?

Engenharia de Reservatórios I 56
Lista de Exercícios No 1 (cont.)
6) Um gás contém apenas metano e etano numa proporção desconhecida. A densidade desse gás em
relação ao ar é 0,65. Determine a fração molar de metano e etano. Qual é a fração peso dos componentes?
7) Um poço de gás natural produz gás cuja densidade é 0,72 (ρar = 1,0) numa vazão de 25000 m3 std/d.
Considerando que a pressão e temperatura média do reservatório são respectivamente 100 kgf/cm2 e 70
oC, determine, assumindo comportamento de gás ideal:

a) A massa molecular aparente do gás produzido;


b) A densidade do gás em condições de reservatório;
c) Qual a vazão mássica produzida em kg/d.
8. Um g gás ideal exerce ppressão de 10 kgf/cm
g 2 num cilindro a 35 oC. Q Qual será a p pressão se a
temperatura for reduzida em 20%?
9. Um reservatório possui gás com a seguinte composição:
Componente Fração Molar
N2 0,01
,
CO2 0,02
C1 0,85
C2 0,04
C3 0 03
0,03
i-C4 0,03
n-C4 0,02
Total 1,00

A pressão do reservatório é 3000 psia e a temperatura é 180 oF, nestas condições determine o fator de
compressibilidade do gás.
Engenharia de Reservatórios I 57
Lista de Exercícios No 1 (cont.)
10) A mistura de hidrocarbonetos com a composição da tabela abaixo está sujeita a pressão de 1338 psia
e a temperatura de 180 oF
Componente Fração Molar
CH4 0,8
C2H6 0,1
C3H8 0,06
n-C4H10 0,04

Calcular para a Mistura:


a) A massa molecular aparente
b) A pressão pseudocrítica
c) A temperatura pseudocrítica
d) A densidade
d id d
e) O volume ocupado por 103,8 lb do gás
11) Usando o resultado do problema anterior calcule o fator volume de formação do gás, Bg,
considerando que as condições padrões são 1 atm e 15,6 oC.
12) Um gásá tem densidade
i em relação
ã ao ar igual
i a 0,70.
0 0 Determine
i o fator
f de compressibilidade
i ii e o fator
f
2 o
volume de formação do gás a 200 kgf/cm e 80 C. Para calcular as propriedades pseudo-críticas, use as
equações de Brown para gás natural.
13) Qual o fator volume de formação do gás – Bg – para um gás de densidade 0,65 nas condições de
reservatório de 5000 psia e 250 oF.
F

Engenharia de Reservatórios I 58
Lista de Exercícios No 1 (cont.)
14) Um reservatório contém gás natural numa extensão de área de 50 km2 e espessura média de 30
metros. As condições de reservatório são pressão de 120 kgf/cm2, temperatura 90 oC, porosidade 20% e o
gás produzido tem a seguinte composição:

Componente Fração Molar


N2 0,050
C1 0,863
C2 0,059
C3 0,018
i-C4 + n-C4 0,010
Total 1,000

Determine o volume de gás contido no reservatório a 1 atm e 20 oC.


oC

Engenharia de Reservatórios I 59

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