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Prensagem Parte2 PDF

1) O documento discute os processos e fenômenos que ocorrem durante a compactação de pós cerâmicos, incluindo a redução da porosidade através da reordenação e deformação dos grânulos. 2) A compactação é dividida em três estágios: inicial, intermediário e final; sendo que a maior redução da porosidade ocorre no estágio intermediário através da deformação dos grânulos. 3) As variáveis de operação como características do pó, aditivos e tamanho dos grânulos

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1) O documento discute os processos e fenômenos que ocorrem durante a compactação de pós cerâmicos, incluindo a redução da porosidade através da reordenação e deformação dos grânulos. 2) A compactação é dividida em três estágios: inicial, intermediário e final; sendo que a maior redução da porosidade ocorre no estágio intermediário através da deformação dos grânulos. 3) As variáveis de operação como características do pó, aditivos e tamanho dos grânulos

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A Operação de Prensagem: Considerações

Técnicas e sua Aplicação Industrial


Parte II: A Compactação

J.L. Amorós Albaro

Instituto de Tecnología Cerámica


Asociación de Investigación de las Industrias Cerámicas
Universitat Jaume I. Castellón. España.

Resumo: No desenvolvimento do tema se aborda primeiramente a preparação do pó para


prensagem e os aditivos usualmente empregados (lubrificantes, plastificantes e ligantes). A seguir
são analisados os fenômenos e processos que ocorrem nas distintas etapas da prensagem:
preenchimento do molde, compactação e extração das peças prensadas. Na etapa da compactação,
são estudados os estados e mecanismos de compactação, que relacionam a redução da porosidade
da camada de aglomerados com a pressão de comapctação. Posteriormente se estuda a influência
das distintas variáveis de operação (em especial as características do pó) sobre a evolução da
operação de compactação e as propriedades das peças. São abordadas as influências dos aditivos, a
compacidade dos grânulos, o tamanho médio e a distribuição de tamanhos dos aglomerados e a
estrutura dos grânulos. Finalmente se estuda a transmissão da pressão na camada de pó e, na
prensagem uniaxial, o efeito de parede.
Também são estudadas as relações entre a resistência mecânica e as características das peças
prensadas, analisando o efeito dos ligantes e da umidade; da compacidade das peças e da plasticidade
e tamanho dos grânulos do pó granulado. Na parte final são detalhados os dois tipos de prensagem,
o iniaxial e o isostático, apresentando as diferenças das técnicas e dos programas de compactação
usualmente empregados na indústria assim como os principais defeitos e problemas associados às
técnicas de prensagem.

Palavras-chaves: pó de prensagem, aditivos, fases da prensagem, equação de compac-


tação, resistência mecânica de peças prensadas, prensagem de revestimentos cerâmicos

eliminada, sendo a responsável pela expansão do ma-


Fase de compactação terial. O fenômeno da expansão é analisado na fase de
Quando o volume do material granulado contido no extração, uma vez que é nesta fase que se manifesta e
interior de uma matriz (rígida ou flexível) é submetido a causa problemas.
uma tensão de compressão suficientemente elevada (unidi-
• Um fluxo de líquidos e gases através dos poros do
recional ou isostática) podem se dar os seguintes processos,
corpo por fluxo viscoso, devido aos gradientes de
fenômenos ou trocas:
• Uma consolidação permanente do material, ou seja, pressão estabelecidos ao longo dos distintos pontos da
um aumento na compactação do corpo, que persiste peça.
depois de retirada a carga. Este processo implica basi- • Finalmente, se a prensagem é uniaxial, a fricção entre
camente no fluxo, na reordenação, na deformação as partículas e entre estas e as paredes do molde
plástica e na destruição dos grânulos, no intervalo de provoca uma distribuição heterogênea da pressão de
baixas pressões de prensagem, e no deslizamento e compactação no volume do material.
reordenação das partículas que constituem os grânulos
em pressões habituais de prensagem. Estados e mecanismos da compactação
• Uma compressão elástica das partículas, ligantes e Na compactação de um material granular (massa) a
lubrificantes líquidos, bem como do gás presente no diminuição de volume dos poros e de seus tamanhos se dá
corpo. Esta deformação se desfaz quando a carga é através dos três mecanismos seguintes (Figura 10):

14 Cerâmica Industrial, 5 (6) Novembro/Dezembro, 2000


Figura 11. Variação do grau de compactação do corpo com a pressão
de prensagem. Estados de compactação.

• Estágio I ou inicial
• Estágio II ou intermediário
• Estágio III ou final
O estágio inicial se estende desde o início da compac-
tação do material (que corresponde à densidade de
preenchimento do material, ρD ) até o valor em que os
grânulos atingem o grau máximo de empacotamento sem
que ocorra sua deformação ou destruição, que coincide na
prática com a chamada pressão aparente de fluência do
grânulo, Pf, que se refere ao valor de pressão em que se
inicia a deformação e/ou destruição dos grânulos. A com-
pactação do corpo neste ponto se considera praticamente a
Figura 10. Mecanismos de compactação. compactação máxima que se pode obter mediante reorode-
nação dos grânulos através da vibração do material (densi-
Mecanismo I: Redução do volume ocupado pelos poros dade de compactação), ρt . O mecanismo de compactação
intergranulares e de seu volume através do deslocamento e predominante neste estado é o de deslizamento e reorde-
reordenação dos grânulos. nação dos grânulos. Apesar do efeito da pressão sobre a
Mecanismo II: Redução do volume e tamanho dos densificação da peça (dependendo da curva) ser o de maior
espaços intergranulares por deformação plástica e/ou des- valor em todo o processo, neste estágio só se incrementa
truição dos grânulos, dependendo das características ligeiramente a compactação do corpo, desde seu valor
mecânicas do grânulo (dureza, deformabilidade, resistên- inicial, ρo até ρt .
cia mecânica). Neste mecanismo se inclui o esmagamento O estágio intermediário compreende o intervalo de
de grânulos ocos, geralmente presentes nas massas cerâmi- pressões que se estende desde a pressão de fluência (Pf) até
cas. o valor de pressão na qual a compactação do corpo coincide
Mecanismo III: Diminuição de volume e tamanho dos com a do grânulo, ρG . A maior parte da compactação que
poros intragranulares pelo deslizamento e reordenação das ocorre no corpo durante a etapa de prensagem se dá neste
partículas buscando alcançar um empacotamento de mais estágio, através da deformação e/ou destruição dos aglome-
denso. rados (mecanismo II). Conforme se aumenta a pressão de
Convém dizer que a destruição e/ou a deformação prensagem, aumenta a área de contato entre os grânulos e
plástica das partículas que constituem os grânulos na a estrutura da peça vai se tornando mais homogênea, ainda
prática nunca se dá em extensão apreciável, devido tanto a que se possa identificar claramente alguns grânulos (Figura
natureza frágil como a elevada dureza das partículas que 12). Paralelamente, ocorre a redução do volume e tamanho
constituem os materiais cerâmicos. dos poros intergranulares. Durante todo o processo a dis-
Com base nas mudanças estruturais (volume e tamanho tribuição de tamanho de poros é bimodal (Figura 13) e
dos poros, compactação) a que é submetido o corpo com o praticamente toda a redução da porosidade é devida à
aumento da pressão e levando-se em conta os intervalos de eliminação da porosidade intergranular. A porosidade in-
pressão em que predominam cada um dos mecanismos tragranular permanece praticamente inalterada.
descritos, a compactação de um material granulado pode Por último, o estágio final se inicia quando o grau de
ser idealmente dividida em três estágios de compactação compactação do corpo se iguala ao do grânulo (ρG ). Teori-
(Figura 11). camente, neste ponto desaparece toda a porosidade inter-

Cerâmica Industrial, 5 (6) Novembro/Dezembro, 2000 15


Figura 12. Variação do volume de poros intragranular (Vpp), inter-
granular (Vpg) e total (Vp) do corpo em função da pressão de pren-
sagem.
Figura 14. Variação da compactação do corpo em função da pressão
de prensagem.

elástica, vindo a ser liberada com a retirada da carga (Figura


14).
De uma maneira geral, a compactação final da peça, por
mais que se aumente a pressão de prensagem, é sempre
inferior a compactação que corresponderia ao empaco-
tamento mais denso possível das partículas. Isto se deve a
um dos seguintes motivos:
i) a formação de empacotamentos irregulares e porosos
de partículas que resistem às altas pressões devido a sua
fragilidade e dureza, ainda existindo entre elas altíssimas
forças de fricção.
Figura 13. Variação da distribuição de tamanho de poros do corpo ii) Em altas pressões, que correspondem a baixas
com a pressão de prensagem (P).
porosidades, se o conteúdo de ligantes e plastificantes
líquidos é elevado, pode ocorrer saturação dos poros da
granular, e a distribuição de tamanho dos poros é monomo- peça pelos mesmos, impedindo a compactação.
dal (Figura 13). Como conseqüência, neste estágio o Na verdade, os intervalos de pressão onde atuam cada
aumento da compactação do corpo só pode decorrer da um destes mecanismos não estão tão claramente definidos,
eliminação da porosidade intragranular, através do desli- uma vez que com freqüência dois deles se verificam simul-
zamento e reordenação das partículas (mecanismo III). taneamente. De fato, o fluxo e a reordenação de grânulos
Com o aumento da pressão, diminui-se o volume e tamanho pode vir acompanhado da deformação plástica e destruição
dos poros, as interfaces entre os grânulos vão se tornando dos mesmos (superposição dos mecanismos I e II). Da
imperceptíveis e a microestrutura da peça é cada vez mais mesma forma, é freqüente que o início do processo de
redução da porosidade intragranular (mecanismo III) se dê
homogênea (Figura 12). Relativamente ocorre pouca den-
antes da eliminação total da porosidade intergranular
sificação neste estágio, especialmente a altas pressões
através do mecanismo II, tal como pode ser comprovado na
(acima de 30/40 MPa) e quando as partículas que se com-
Figura 15.
pactam são duras e frágeis, como ocorre na maioria dos
Equação da compactação
materiais cerâmicos. Assim, em pressões elevadas, um
Dá-se o nome de equação ou modelo de compactação à
aumento na pressão de prensagem pode ocasionalmente
expressão que descreve a densificação experimentada pelo
provocar a fratura de agregados porosos e/ou a destruição
corpo em função da pressão de prensagem.
de aglomerados de partículas que tenham resistido a Com base na evolução apresentada pela estrutura
pressões menores, aumentando ligeiramente a compac- porosa do corpo em função da pressão de prensagem e nos
tação do corpo. De uma maneira geral, a maior parte da mecanismos que influenciam na compactação vistos ante-
carga aplicada neste estágio provoca uma compressão riormente, foi desenvolvido um modelo ou equação capaz
elástica do material, que se armazena sob forma de energia de descrever adequadamente a redução da porosidade ex-

16 Cerâmica Industrial, 5 (6) Novembro/Dezembro, 2000


Figura 15. Variação do volume de poros intragranular (Vpp), inter- Figura 16. Variação da razão volume de poros intergranulares/vo-
granular (Vpg) e total (Vp) do corpo em função da pressão de pren- lume do sólido (Vpg/Vs), em função da pressão de prensagem.
sagem. Superposição dos mecanismos II e III de compactação.
( Vpg0 − V pg) ( Vpp0 − Vpp )
perimentada pelo corpo em função da pressão de pren- C= + (4)
V p0 V p0
sagem. A equação desenvolvida apresenta as seguintes
vantagens: por um lado, reproduz os resultados experimen- ou:
tais de maneira mais precisa que a maioria das equações
tradicionalmente conhecidas; por outro lado, os parâmetros C = Cg + Cp (5)
empíricos nas quais ela se baseia são facilmente re-
Cg representa o quociente entre o volume de poros
lacionados com as características da massa.
intergranulares eliminado a uma pressão P e o volume
O modelo foi desenvolvido partindo-se das seguintes inicial total de poros. Representa o grau de avanço da
hipóteses: compactação devido a redução da porosidade intergranu-
i) Define-se um grau de avanço do processo de compac- lar. O significado de Cp é análogo para a porosidade intra-
tação do corpo, C, ao compacta-lo até uma pressão de granular.
prensagem, P, mediante a expressão:
iii) O volume total ocupado pelos poros intergranulares
V p0 − Vp e seus tamanhos começam a diminuir no início da pren-
C= (1) sagem, e praticamente desaparecem a pressões moderadas
V p0
(Figura 16). Os resultados experimentais sugerem que o
sendo: efeito da pressão de prensagem sobre a diminuição de
Vp0 = volume de poros do material resultante do volume da porosidade intergranular é proporcional ao vo-
preenchimento (m3); lume eliminado, ou seja:
Vp = volume de poros do corpo compactado a uma
pressão P (m3 ); dV pg
− = K 1 × V pg (6)
O significado físico do grau de avanço do processo de dP
compactação é o quociente entre o volume de poros que é sendo K1 um parâmetro representativo da compressi-
eliminado a uma dada pressão e o máximo teórico que seria bilidade do material em intervalos de baixas pressões e que
possível eliminar (o volume total inicial de poros). deve estar relacionado com a resistência mecânica do
ii) O aumento de C com P se deve a uma diminuição do grânulo.
volume de poros intergranulares e intragranulares. Desta
Separando as variáveis na Equação 6:
forma, em qualquer momento do processo, o volume total
de poros (Vp) é igual à soma do volume de poros intergranu- dVpg
lares (Vpg) e do volume de poros intragranulares (Vpp): = − K 1 × dP (7)
Vpg
Vp = Vp p − V pg (2) e integrando entre os limites:
Da Equação 2 e da definição de grau de avanço da para P = 0 ⇒ Vpg = Vpg0
compactação (Equação 1) temos que: e para P = P ⇒ Vpg = Vpg

( Vpg0 − V pp0) − (V pg − Vpp ) V pg p


= − K 1 ∫ dP
dVpg
C=
Vp0
(3) ∫V Vpg 0
(8)
pg0

Cerâmica Industrial, 5 (6) Novembro/Dezembro, 2000 17


resulta: iv) O tamanho e volume dos poros intragranulares
começa a ser reduzido quando se atinge uma determinada
V pg
ln = − K1 × P pressão de prensagem, tal como mostrado na Figura 17.
Vpg0 Nesta figura ainda podemos ver a curva que descreve a
Vpg variação decorrente do efeito da pressão de prensagem
= exp (− K 1 × P) (9) dVpp
Vpg0 sobre a redução do volume de poros intragranulares
dP
Expressão que nos indica que o volume ocupado pelos frente à variável P, curva obtida à partir da diferenciação
poros intergranulares no material diminui exponencial- da primeira. Observa-se claramente que esta última curva
mente com o aumento da pressão de prensagem. apresenta um ponto de máximo para uma determinada
Da Equação 9 temos que: pressão Pb. Para valores de pressão muito menores que Pb
o efeito da pressão de prensagem sobre a redução do
Vpg0 − Vpg
= 1 − exp (− K 1 × P) (10) volume de poros intragranulares é desprezível. Já a medida
Vpg0
que nos aproximamos a Pb este efeito cresce consideravel-
Multiplicando os dois membros da Equação 10 pela mente. Para valores superiores à Pb o efeito vai diminuindo
V pg0 progressivamente conforme se aumenta a pressão. Este
razão a1 = , obtemos:
V p0 comportamento pode ser explicado do seguinte modo: para
pressões de prensagem muito menores que Pb, as tensões
Vpg0 − V pg
Cg = = a1 [1 − exp (− K1 × P)] (11) de cisalhamento e compressão que atuam nos pontos de
Vp0 contato existentes entre as partículas não são suficiente-
Expressão que relaciona o grau de avanço da compac- mente elevadas para promover o deslizamento entre elas, e
tação do corpo devido exclusivamente à redução da porosi- como conseqüência incapazes de provocar a diminuição da
dade intergranular com a pressão de prensagem. O porosidade intragranular. Já a medida que nos aproxi-
parâmetro a1 é o valor máximo que pode alcançar Cg e mamos de Pb , aumenta a probabilidade de que em alguns
coincide com a razão entre volume de poros intergranu- pontos de contato entre as partículas se atinja o valor crítico
lares/volume total de poros no início da prensagem. O que provoca o deslizamento das partículas e a conseqüente
parâmetro a1 é expresso por unidade inversa da pressão e redução da porosidade. Uma vez superado o valor de Pb , o
representa a compressibilidade do material no intervalo de efeito da pressão de prensagem sobre a redução da porosi-
baixas pressões de prensagem. dade intragranular é cada vez mais pequeno, visto que,
também, é cada vez menor a porosidade resultante.
Conforme foi dito anteriormente, os poros intragranu-
lares nunca desaparecem completamente, remanescendo
um volume apreciável de poros, Vpp, inclusive em massas
compactadas a pressões bastante elevadas.
Com base nos resultados entre as várias funções utili-
zadas para descrever os efeitos da pressão, foi escolhida
uma capaz de descrever com suficiente precisão a relação

Figura 17. Variação da razão entre volume de poros intragranu-


lares/volume do sólido (Vppg/Vs) em função da pressão de prensagem. Figura 18. Representação gráfica da Equação 12.

18 Cerâmica Industrial, 5 (6) Novembro/Dezembro, 2000


dVpp Multiplicando os dois primeiros membros da Equação
entre − e P, que se apresentou como a mais sensível
dP V pp0 − V pp∞
possível e facilmente integrável. 13 pela razão a2 = e tendo em conta que
V p0
A função selecionada foi: K 2 = 2Pb temos:
dVpp K2 K2 V pp0 − V pp
− = ( Vpp0 − Vpp ∞) × 2 × exp(− ) (12) Cp = = a2 × exp (− 2 Pb × P) (14)
dP P P Vp0

O parâmetro K2 tem unidades de pressão e a metade de Expressão que relaciona o grau de avanço da compac-
seu valor é igual à pressão em que a redução da porosidade tação unicamente devido à eliminação dos poros intra-
intergranular é máxima, Pb (Figura 18). granulares, Cp, com a pressão de prensagem. O parâmetro
A principal vantagem na utilização da Equação 12, a2 corresponde ao valor máximo de Cp , que coincide com
quando comparada à outras que também contém termos a razão entre o volume máximo de poros intragranulares
exponenciais, é a facilidade de integração e a sensibilidade que podem ser eliminados/volume total de poros existente
da equação resultante. Separando as variáveis da Equação no início da prensagem. O parâmetro Pb representa a
12: pressão em que se dá a máxima redução da porosidade
intragranular e deve estar relacionado com a resistência
dVpp K2 K2 mecânica do grânulo.
− = 2 × exp (− ) × dP
(V pp0 − Vpp ∞) P P Das Equações 5, 11 e 14 obtém-se, finalmente:

e integrando entre os limites: − 2 Pb


C = a1 × (1 − exp (K1 × P)) + a2 × exp ( ) (15)
para P= 0 ⇒ V pp = V pp0 P
e para P = P ⇒ V pp = Vpp Equação que relaciona o grau de avanço da compac-
tação C com a pressão de prensagem. Na Figura 19 são
V pp p=p
dVpp K2 K2
∫V =∫
representados, para uma massa industrial obtida por atomi-
− 2 × exp (− P ) × dP
pp0 (Vpp0 − V pp∞) p= 0 P zação de uma suspensão argilosa, os valores de C, Cg e Cp
dos corpos de prova prensados, em função da pressão de
obtém-se: prensagem. Os resultados foram comparados aos previstos
para as Equações 11, 14 e 15, utilizando-se o valor deter-
V pp0 − Vpp K2
= exp ( − ) (13) minado experimentalmente para a1 . Como se pode ver, o
Vpp0 − Vpp ∞ P resultado é bastante preciso.
Para determinar a variação da compactação em função
da pressão de prensagem, o chamado diagrama de compac-

Figura 20. Variação da densidade relativa (ρ ) e do grau de avanço da


Figura 19. Comparação entre o modelo proposto e os resultados compactação (C) em função da pressão de prensagem, de acordo com
obtidos experimentalmente. Massa de revestimentos cerâmicos. Umi- o modelo proposto. Massa atomizada para revestimentos cerâmicos.
dade de prensagem: 0,055 kg água/kg s.s.( ~ 5,5%). Umidade de prensagem de 0,055 kg água/kg. s.s.

Cerâmica Industrial, 5 (6) Novembro/Dezembro, 2000 19


tação, é preciso determinar a relação entre esta carac- A relação entre a densidade relativa (), volume aparente
terística (densidade relativa), e o grau de avanço da com- (V) e volume de sólidos (Vs) é:
pactação, C. Vs
Para sua dedução se parte do princípio da aditividade ρ= (19)
V
dos volumes, ou seja, em qualquer estágio do processo, o
Ao introduzirmos a Equação 19 na Equação 18, obtém-
volume aparente do corpo, V, é igual à soma dos volumes se:
do sólido, Vs, e do volume dos poros, Vp .
1 1

V = V p + V s ou V p = V − Vs (16) ρ0 ρ
C=
1
−1
Ao substituirmos a Equação 16 na Equação 1 da de- ρ0
finição do grau de avanço da compactação temos a relação: Reordenando os termos:

(V0 − Vs ) − (V − Vs ) ρ − ρ0
C= (17) C=
V 0 − Vs ρ (1 − ρ0 )
Isolando ρ:
Dividindo a Equação 17 pelo volume de sólidos temos
que: ρ0
ρ= (20)
1 − C (1 − ρ 0)
V0 V
− Conforme a Figura 20, a variação de C e ρ com a pressão
Vs Vs
C= (18) de prensagem são bastante parecidas.
V0
−1
Vs

20 Cerâmica Industrial, 5 (6) Novembro/Dezembro, 2000

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