0% acharam este documento útil (0 voto)
108 visualizações1 página

Estruturas Algébricas

O documento descreve as estruturas algébricas de grupos, definindo seus conceitos fundamentais como conjunto, operação e propriedades. Grupos podem ser aditivos, multiplicativos, finitos ou infinitos, cíclicos, entre outros. Também aborda subgrupos, homomorfismos, composição e aplicações a exemplos concretos.

Enviado por

Homem Macho
Direitos autorais
© © All Rights Reserved
Levamos muito a sério os direitos de conteúdo. Se você suspeita que este conteúdo é seu, reivindique-o aqui.
Formatos disponíveis
Baixe no formato PDF, TXT ou leia on-line no Scribd
0% acharam este documento útil (0 voto)
108 visualizações1 página

Estruturas Algébricas

O documento descreve as estruturas algébricas de grupos, definindo seus conceitos fundamentais como conjunto, operação e propriedades. Grupos podem ser aditivos, multiplicativos, finitos ou infinitos, cíclicos, entre outros. Também aborda subgrupos, homomorfismos, composição e aplicações a exemplos concretos.

Enviado por

Homem Macho
Direitos autorais
© © All Rights Reserved
Levamos muito a sério os direitos de conteúdo. Se você suspeita que este conteúdo é seu, reivindique-o aqui.
Formatos disponíveis
Baixe no formato PDF, TXT ou leia on-line no Scribd
Você está na página 1/ 1

Home

Fundamental II Médio Superior Biogra ias Humor Referências Sobre

Estruturas Algébricas

Grupo

Dado um conjunto nã o-vazio G e uma operaçã o ❋ sobre esse conjunto,


se diz que o par ( G , ❋ ) é um grupo, ou, que,
G é grupo em relaçã o a operaçã o ❋, se:
  i) a operaçã o sobre G é associativa,
 ii) a operaçã o sobre G admite elemento neutro,
iii) todo elemento de G tem simé trico em relaçã o a essa lei.

Consequê ncia

Todo elemento do grupo (G , ❋) é regular, pelos trê s motivos acima.

Clique para ver a Demonstraçã o

Exemplos:
Grupos aditivos  (grupos cuja operaçã o é a adiçã o usual):
( , + );  ( , + );   ( IR , + );   ( , + );
( , + )  ( grupo aditivo de classe de resto );
( M ₓ (IR) , + )  ( grupo aditivo das matrizes reais "m" por "n" ).

Grupos multiplicativos (grupos cuja operaçã o é a multiplicaçã o usual):


( ❋, • );   ( ❋, • );   ( IR❋, • );   ( ❋, • ).
Todos com exceçã o do "zero" (pois nã o admite inverso multiplicativo).

Grupo linear de grau "n":


O conjunto GL (IR) é o conjunto formado por:
matrizes quadradas inversı́veis de ordem "n", de nú meros reais.

( GL (IR) , • )  (é um grupo multiplicativo).

O conjunto M (IR) para a multiplicaçã o nã o é um grupo, pois,

por exemplo,  a matriz nã o tem inversa.

Grupo multiplicativo de classe de resto:



( , • ) é grupo apenas se "m" for primo.

Clique para ver a Demonstraçã o

Dois grupos sã o iguais se tiverem o mesmo conjunto e a mesma operaçã o.

Grupo inito
Um grupo  ( G , ❋ )  é dito inito se o conjunto G for inito.
A ordem do grupo inito o(G) é o nú mero de elementos do grupo inito G.

Grupo de permutações
Seja S(B) o conjunto de todas as bijeçõ es sobre um conjunto nã o vazio B,
e, a operaçã o de composiçã o "o" sobre B.

O par ( S(B) , o ) é dito grupo de permutaçõ es sobre B, se:


∀ f, g em S(B), a composta entre "f" e "g" ∈ S(B).

Grupo abeliano
Um grupo ( G , ❋ ) onde a operaçã o ❋ é comutativa é dito:
grupo abeliano ou grupo comutativo.

Subgrupos

Seja ( G , ❋ ) um grupo, o subconjunto nã o vazio H do conjunto G,


é um subgrupo do grupo G mediante a operaçã o de G, se:
  i) H é fechado para a operaçã o de G,
 ii) ( H , ❋ ) també m é um grupo.

Consequê ncia

Para que o subconjunto nã o vazio H de G seja:


um subgrupo de G, é necessá rio apenas que:
∀ x, y ∈ H  ⇒  x ❋ y′ ∈ H   ( y′ é o simé trico de y ).

Clique para ver a Demonstraçã o

Exemplos:
①  O subconjunto H = {0, 2, 4} nã o é subgrupo do grupo ( 5 , + ),
  pois, por exemplo:
  2 + 4 = 1 ∉ H  ( 1 é o resto da divisã o de 2 + 4 por 5)

②  O subconjunto H = {0, 2, 4} é subgrupo do grupo ( 6 , + ), pois,


  a soma de quaisquer dois os elementos de H é um elemento de H.

0 + 0 = 0 ∈ H
0 + 2 = 2 + 0 = 2 ∈ H
0 + 4 = 4 + 0 = 4 ∈ H
2 + 2 = 4 ∈ H
2 + 4 = 4 + 2 = 0 ∈ H  (resto da divisã o por 6)
4 + 4 = 2 ∈ H  (resto da divisã o por 6)

Subgrupos triviais

Como G e {e} sã o subconjuntos de G, entã o, os grupos:


( G , ❋ )  e  ( {e} , ❋ ) sã o ditos subgrupos triviais de ( G , ❋ ).

Homomor ismo de grupos

Sejam ( G , ❋ )  e  ( T , ∆ ) grupos quaisquer, uma aplicaçã o:


f : G ⇒ T é um homomor ismo de G em T, se, e somente se, ∀ x, y ∈ G,
f(x ❋ y) = f(x) ∆ f(y)

Exemplo:

A aplicaçã o f : ⇒ dada por:
f(m) = im para todo "m" em é um homomor ismo de:

( , + ) em ( , •).
Isto porque:
∀ m, n ∈ ,  f(m + n) = im + n = im ⋅ in = f(m) ⋅ f(n)

Observaçõ es:

①  Um homomor ismo em que o domı́nio é igual ao contradomı́nio, ou seja:


  f : G ⇒ G, é dito endomor ismo.

②  Em um homomor ismo " f " de ( G , ❋ ) em ( T , ∆ ), se a aplicaçã o " f " for:


   i) injetora, entã o " f " é dito monomor ismo,
  ii) sobrejetora, entã o " f " é dito epimor ismo.

③  Um homomor ismo bijetor é dito isomor ismo.

④  Um isomor ismo com domı́nio igual ao contradomı́nio é um automor ismo.

Num isomor ismo, os grupos se comportam como se fossem o mesmo.

Proposições
Sejam ( G , ❋ )  e  ( T , ∆ ) dois grupos, onde:
o elemento neutro de G é "e"  e  o de T é "u".
Seja f : G ⇒ T um homomor ismo, assim:

①   f(e) = u

Clique para ver a Demonstraçã o

②   ∀ a ∈ G, f(a– 1) = f(a)– 1

Clique para ver a Demonstraçã o

Nú cleo de um homomor ismo de grupos

Sejam ( G , ❋ )  e  ( T , ∆ )  e  f : G ⇒ T um homomor ismo de G em T.


Chama-se nú cleo do homomor ismo f ao subconjunto de G dado por:

N(f) = Ker(f) = { x ∈ G ; f(x) = e }   ( kernel, nú cleo em inglê s )


T

Exemplo:

O nú cleo do homomor ismo f : ⇒ dado por:
f(m) = im   para todo "m" em é dado por:
N(f) = { 0, ± 4, ± 8, ± 12,  .  .  . } = { 4 x ; x ∈ } = 4

Composição de homomor ismos

Dados os grupos ( G , ❋ );  ( T , ∆ )  e  ( L , ⋈ ),  e os homomor ismos:


f : G ⇒ T  e  g : T ⇒ L

A composta de "f" e "g" (g o f : G ⇒ L), é um homomor ismo de G em L,


pois,  ∀ a, b ∈ G, tem-se:

(g o f)(a ❋ b) = g [ f(a ❋ b) ] = g [ f(a) ∆ f(b) ] = g [ f(a) ] ⋈ g [ f(b) ] =


= (g o f)(a) ⋈ (g o f)(b)

Grupos cíclicos

Um grupo G é dito cı́clico se existe algum elemento:


"a" em G que gera o grupo G.

Dessa forma, a partir do elemento "a" se obtem todos os elementos de G.

Escreve-se, G = < a > = [ a ], para dizer que G é gerado por "a",


ou que, "a" é um gerador de G.

Grupo cı́clico multiplicativo:

Se G for um grupo cı́clico multiplicativo, entã o:


G = {am ; m ∈ }

Exemplo:
O grupo ( {1, – 1, i, – i } , • ), onde " i " é a unidade imaginá ria, é cı́clico,
pois:
< i > = {1, – 1, i, – i }

∀ m ∈ , im sempre dará um dos resultados do conjunto {1, – 1, i, – i }

Grupo cı́clico aditivo:

Se G for um grupo cı́clico aditivo, entã o:


G = {m ⋅ a ; m ∈ },  G = < a >+

Exemplo:
O grupo ( ₄ , + ) é cı́clico, pois  < 3 >+ = ₄

∀ m ∈ , m ⋅ 3 sempre dará um dos elementos de ₄

Anéis

Seja A um conjunto nã o vazio e as operaçõ es ⊕  e  ⊗.


A terna ( A , ⊕ , ⊗ ) é dita anel se:
i) Em relaçã o a primeira operaçã o, o par ( A , ⊕ ) for um grupo abeliano.
ii) A 2ª operaçã o for associativa, e, distributiva em relaçã o à 1ª operaçã o.

Exemplos de ané is:


( , + , • );   ( , + , • );   ( IR, +, • );   ( , + , • );
( , + , • );   ( M (IR) , + , • )

Subanéis
Um subconjunto nã o vazio L de um anel A, é dito subanel de A, se:
i) L é fechado para as operaçõ es de A.
ii) ( L , ⊕ , ⊗ ) també m é um anel.

Consequê ncia

Para que o subconjunto nã o vazio L de um anel A seja um subanel de A,


é necessá rio apenas que:
∀ x, y ∈ L ⇒ x ⊕ y′ ∈ L  ( onde y′ é o simé trico de y )  e  x ⊗ y ∈ L

Exemplo:
3 = { 3 x ; x ∈ } é subanel do anel ( , + , • ), pois, ∀ 3 x, 3 y ∈ 3 :
i) 3 x + (– 3 y) = 3 x – 3y = 0 ∈ 3 (– 3 y é o simé trico aditivo de 3 y)

ii) (3 x) ⋅ (3 y) = 3 ⋅ 3 ⋅ x ⋅ y = 3 ⋅ (3 x y), e como "3 x y" é um inteiro,


  3 ⋅ (3 x y) ∈ 3

Anel comutativo

Um anel ( A , ⊕ , ⊗ ) é dito anel comutativo quando:


a segunda operaçã o for comutativa.

Anel com unidade

Um anel ( A , ⊕ , ⊗ ) é dito anel com unidade quando:


a segunda operaçã o admite elemento neutro em A.

Isto quer dizer que, existe 1 , tal que:


A
∀ x ∈ A, x ⊗ 1 = 1 ⊗ x = x
A A

Domínio ou Anel de Integridade

Um anel ( A , ⊕ , ⊗ ) "comutativo com unidade" é dito,


anel de integridade se, ∀ x, y ∈ A:
se  x ⊗ y = 0 ⇒ x = 0  ou  y = 0
A A A

Onde,  0 é o elemento neutro da operaçã o ⊕


A

Exemplos:
1) O anel ( ₇ , + , • ) é um anel de integridade, pois:

a adição:
é associativa, é comutativa, admite elemento neutro, e,
todo elemento de ₇ tem simé trico aditivo.

a multiplicação:
é associativa, é comutativa, admite elemento neutro,
é distributiva em relaçã o à adiçã o, e, ainda:
se x ⊗ y = 0 , entã o, ou x = 0   ou   y = 0
A A A

2) O anel ( 8 , + , • ) não é um anel de integridade, pois:


embora a adiçã o seja:
associativa, comutativa, admita elemento neutro, e,
todo elemento de 8 tenha simé trico aditivo.

E també m a multiplicaçã o seja:


associativa, comutativa, admita elemento neutro, e,
seja distributiva em relaçã o à adiçã o, o produto:
2 ⋅ 4 = 0  (sem que um dois seja 0)

Divisores pró prios

Dado o domı́nio de integridade ( A , ⊕ , ⊗ ),


se existe "x" e "y" nã o nulos tais que:
x ⊗ y = 0 ,  eles sã o ditos divisores próprios do zero.
A

Assim, em ( 8 , + , • ), os elementos:
2 e 4 sã o divisores pró prios do zero.

Homomor ismo de anéis

Sejam os ané is ( A , ⊕ , ⊗ )  e  ( B , ⋇ , ⨀ ), uma aplicaçã o:


f : A ⇒ B, é dita homomor ismo de A em B, se:
i) ∀ x, y ∈ A,  f(x ⊕ y) = f(x) ⋇ f(y)
ii) ∀ x, y ∈ A,  f(x ⊗ y) = f(x) ⨀ f(y)

Nú cleo do homomor ismo

Dados os ané is ( A , ⊕ , ⊗ )  e  ( B , ⋇ , ⨀ ) e, o homomor ismo,


f : A → B, chama-se nú cleo N(f) ou Ker(f) ao subconjunto de A:
N(f) = Ker(f) = { x ∈ A ; f(x) = 0B }

Se o homomor ismo "f" de "A" em "B" for bijetor é um isomor ismo de anéis.

Elemento idempotente
Um elemento "x" de um anel A é dito idempotente se x2 = x, isto é :
a 2ª operaçã o dele com ele pró prio é igual a ele mesmo.

Exemplo:
No anel   ( 6, +, • ) :
(1)2 = 1
(3)2 = 3
(4)2 = 4

Portanto,  em ( 6, +, • ), os elementos: 1,  3 e 4 sã o idempotentes.

Elemento nilpotente
Um elemento "x" de um anel A é dito nilpotente se,
existe um "n" natural tal que  xn = 0

Exemplo:
No anel   ( 8, +, • ) :
(0)2 = 0
(2)3 = 0
(4)2 = 0
(6)3 = 0

Portanto, em ( 8, +, • ), os elementos:  0, 2,  4 e 6 sã o nilpotentes.

Corpo

Um anel ( A, ⊕, ⊗ ), comutativo com unidade, é dito corpo K, se:


todo elemento de K, exceto o neutro de ⊕, tem simé trico em relaçã o a ⊗.

Isto quer dizer que:


∀ x ∈ K,  se  x ≠ 0 ⇒ x ⊗ x– 1 = x– 1 ⊗ x = 1
A A

Onde 0 é o neutro de ⊕  e  1 é o neutro de ⊗.


A A

Subcorpo
Um subconjunto nã o vazio M de um corpo K, de operaçõ es:
⋇  e  ⊗, é dito subcorpo de K, se:
 i) 1 ∈ M  (o elemento neutro de ⊗)
K
ii) ∀ x, y ∈ M, x ⋇ y′ ∈ M
iii) ∀ x, y ∈ M, x ⊗ y′ ∈ M

Exemplo:
M = { a + b i ; a, b ∈ } é um subcorpo de ( , +, • ), pois:
i) 1 = 1 + 0 i ∈ M

ii) ∀ a + b i, c + d i ∈ M,
(a + b i) + (c + d i)′ = (a + b i) + (– c – d i) = (a – c) + (b – d) i ∈ M

iii) ∀ a + b i, c + d i ∈ M,
(a + b i) • (c + d i)′ [1] = (a + b i) •

(a + b i) • (c + d i)′ =

(a + b i) • (c + d i)′ = + i   ( que pertence a M )

[1] :   (c + d i)′ = (c + d i)– 1 = = • =

Exercícios Resolvidos

R01 — Mostre que o conjunto A = { a + b ⋅ √2 ∈ IR❋ ; a, b ∈ },


é um grupo multiplicativo abeliano.

Para economizar trabalho, veri ica se a operaçã o é comutativa.


∀ a + b √2, c + d √2 ∈ A,
(a + b √2) ⋅ (c + d √2) = (a + d √2) ⋅ (a + b √2)
a c + 2 b d + (a d + b c) √2 = c a + 2 d b + (c b + d a) √2

Logo, a multiplicaçã o sobre A é comutativa.

i) Associativa:
∀ a + b √2, c + d √2, f + g √2 ∈ A,
[ (a + b √2) ⋅ (c + d √2) ] ⋅ (f + g √2) = (a + b √2) ⋅ [ (c + d √2) ⋅ (f + g √2) ]
[ a c + 2 b d + (a d + b c) √2 ] ⋅ (f + g √2) = (a + b √2) ⋅ [ c f + 2 d g + (c g + d f) √2) ]
(a c + 2 b d)f + 2 (a d + b c) g + [ (a c + 2 b d) g + (a d + b c ) f ] √2 = a (c f + 2 d g) + 2 b (c g + d f) + [ a (c g + d
f) + b (c f + 2 d g) ] √2
a c f + 2 b d f + 2 a d g + 2 b c g + (a c g + 2 b d g + a d f + b c f) √2 = a c f + 2 a d g + 2 b c g + 2 b d f + ( a c g + a d
f + b c f + 2 b d g ) √2

Logo, a multiplicaçã o sobre A é associativa.

ii) Elemento neutro:


∀ a + b √2 ∈ A,
(a + b √2) ⋅ (e₁ + e₂ √2) = (e₁ + e₂ √2) ⋅ (a + b √2) = a + b √2

à direita:
(a + b √2) ⋅ (e₁ + e₂ √2) = a + b √2
a e₁ + 2 b e₂ + (a e₂ + b e₁) √2 = a + b √2

Daı́, tem-se:

Multiplicando-se a 1ª equaçã o por "b" e a 2ª por "– a" tem-se:

Somando-se as duas equaçõ es, tem-se:


2 b2 e₂ – a2 e₂ = 0
(2 b2 – a2) e₂ = 0
Esse produto dará zero para quaisquer que sejam a e b, se:
e₂ = 0

Substituindo e₂ = 0 na equaçã o b e₁ + a e₂ = b, tem-se:


b e₁ + a ⋅ 0 = b
b e₁ = b
e₁ = 1

Como a operaçã o é comutativa, entã o nã o precisa fazer à esquerda.

O elemento neutro é :
e = 1 + 0 √2 = 1

iii) Elemento simetrizá vel:


∀ a + b √2 ∈ A,
(a + b √2) ⋅ (a′ + b′ √2) = (a′ + b′ √2) ⋅ (a + b √2) = 1

à direita:
(a + b √2) ⋅ (a′ + b′ √2) = 1
a a′ + 2 b b′ + (a b′ + b a′) √2 = 1 + 0 √2

Multiplicando-se a 1ª equaçã o por "b" e a 2ª por "– a" tem-se:

Somando-se as duas equaçõ es, tem-se:


2 b2b′ – a2 b′ = b
b′ ⋅ (2 b2 – a2) = b
b′ =  ( [2] )

Substituindo   b′ =   na equaçã o b a′ + a b′ = 0, tem-se:

b a′ + a ⋅ = 0

b a′ + = 0

b a′ = –  ( dividindo por b )

a′ = –

Assim, quaisquer que sejam "a"  e  "b", o resultado sempre estará em A.

Portanto, A é um grupo multiplicativo, e como A é comutativo, é um grupo abeliano.

[2] : a divisã o é possı́vel pois:

2 b2 – a2 ≠ 0
2 b2 ≠ a2
√2 b ≠ a   ( "a" e "b" sã o racionais ).

O ú nico modo de ser zero é se   a = b = 0   e, nesse caso, nã o estaria em A.

R02 — Considere a operaçã o dada por x ❋ y = x + y + 2 em ₃.


Veri ique se ( ₃, ❋ )  é um grupo abeliano.

₃ = { 0, 1, 2 }

Para simpli icar, veri icando primeiro se a operaçã o é comutativa:


∀ x, y ∈ ₃,
x ❋ y = y ❋ x

x + y + 2 = y + x + 2

Logo, a operaçã o ❋ é comutativa.

i) ∀ x, y, z ∈ ₃,
( x ❋ y ) ❋ z = x ❋ ( y ❋ z )

( x + y + 2 ) ❋ z = x ❋ ( y + z + 2 )

x + y + 2 + z + 2 = x + y + z + 2 + 2   ( adiçã o usual em ₃ )

x + y + z + 1 = x + y + z + 1   ( resto da divisã o de 4 por 3 )

Logo, a operaçã o ❋ é associativa.

ii) ∀ x ∈ ₃,
x ❋ e = e ❋ x = x

à direita:
x ❋ e = x

x + e + 2 = x

e + 2 + x = x   (somando   3 − x   a ambos os membros)

e + 2 + x + 3 − x = x + 3 − x

e + 2 + 0 = 0   ( pois,  x + 3 − x  =  x + 3 − x  =  3 = 0 )

e + 2 = 0

e + 2 + 1 = 0 + 1

e + 0 = 1

e = 1

Como a operaçã o é comutativa nã o se faz necessá rio resolver à esquerda.

iii) ∀ x ∈ ₃,
x ❋ x′ = x′ ❋ x = e

à direita:
x ❋ x′ = 1

x + x′ + 2 = 1   (somando   1   a cada membro)

x + x′ + 2 + 1 = 1 + 1

x + x′ + 2 + 1 = 1 + 1

x + x′ + 3 = 2

x + x′ + 0 = 2

x + x′ = 2

x′ + x = 2   (somando   3 − x   a ambos os membros)

x′ + x + 3 − x = 2 + 3 − x

x′ + x + 3 − x = 2 + 3 − x

x′ + 3 = 2 − x

x′ + 0 = 2 − x

x′ = 2 − x

Daı́, os simé tricos sã o:


0′ = 2 − 0 = 2
1′ = 2 − 1 = 1
2′ = 2 − 2 = 0

U ❋ ( ₃ ) = ₃

Como a operaçã o é comutativa nã o se faz necessá rio resolver à esquerda.

Como a operaçã o é associativa, tem neutro e todo elemento do conjunto tem simé trico,
entã o é grupo.  E por ser comutativo, é um grupo abeliano.

R03 — Construa a tá bua de um grupo ( G, ⋇ ), onde G = { e, a, b, c, d, f },


sabendo que G é abeliano,  o elemento neutro é  e,
a ⋇ f = b ⋇ d = e,  a ⋇ d = b ⋇ c = f,  a ⋇ c = b ⋇ b = d  e  c ⋇ d = a.

Seguindo as informaçõ es dadas sobre a operaçã o:

e  é o elemento neutro  (sua linha e sua coluna sã o iguais as fundamentais)


a ⋇ c = d
a ⋇ d = f
a ⋇ f = e
b ⋇ b = d
b ⋇ c = f
b ⋇ d = e
c ⋇ d = a

* e a b c d f
e e a b c d f
a a d f e
b b d f e
c c a
d d
f f

Pelo fato da operaçã o ser comutativa se preenche o que está em azul.

* e a b c d f
e e a b c d f
a a d f e
b b d f e
c c d f a
d d f e a
f f e

Pelo fato de todo elemento de um grupo ser regular, nenhum elemento pode ser repetido.
Na linha do "a" faltam "b" e "c" entã o a ⋇ a = b  (para que a ⋇ b ≠ b).
Na linha do "b" faltam "c" e "a" entã o b ⋇ a = c  e  b ⋇ f = a.
Na linha do "c" faltam "b" e "e" entã o c ⋇ c = e  (para que c ⋇ f ≠ e).
E assim por diante.

* e a b c d f
e e a b c d f
a a b c d f e
b b c d f e a
c c d f e a b
d d f e a b c
f f e a b c d

R04 — Sejam A um conjunto nã o vazio e IRA o conjunto das aplicaçõ es de A em IR.
Considere que (f + g)(x) = f(x) + g(x)  e  (f • g)(x) = f(x) • g(x), ∀ f, g ∈ IRA  e  ∀ x ∈ IR.
Mostre que ( IRA, + ) é grupo.  ( IRA, • ) també m é grupo?

i) ∀ f, g, h ∈ IRA,
(f + g) + h = f + (g + h)
[(f + g) + h](x) = [f + (g + h)] (x)
(f + g)(x) + h(x) = f(x) + (g + h)(x)
f(x) + g(x) + h(x) = f(x) + g(x) + h(x)

Logo, a adiçã o é associativa.

ii) ∀ f ∈ IRA,
f + e = e + f = f

à direita:
(f + e)(x) = f(x)
f(x) + e(x) = f(x)
e(x) = 0

à esquerda:
(e + f)(x) = f(x)
e(x) + f(x) = f(x)
e(x) = 0

logo,  e(x) = 0  é o elemento neutro.

iii) ∀ f ∈ IRA,
f + f ′ = f ′ + f = 0

à direita:
(f + f ′)(x) = 0
f(x) + f ′(x) = 0
f ′(x) = – f(x)

à esquerda:
(f ′ + f)(x) = 0
f ′(x) + f(x) = 0
f ′(x) = – f(x)

Como para todo "f(x)" existe "– f(x)", entã o, todo elemento do conjunto admite simé trico.

Portanto,  ( IRA, + )  é grupo.

Veri icando se  ( IRA, • )  é grupo:

i) ∀ f, g, h ∈ IRA,
(f • g) • h = f • (g • h)
[(f • g) • h](x) = [f • (g • h)](x)
(f • g)(x) • h(x) = f(x) • (g • h)(x)
f(x) • g(x) • h(x) = f(x) • g(x) • h(x)

Portanto, a multiplicaçã o é associativa.

ii) ∀ f ∈ IRA,
f • e = e • f = f

à direita:
(f • e)(x) = f(x)
f(x) • e(x) = f(x)
e(x) = 1

à esquerda:
(e • f)(x) = f(x)
e(x) • f(x) = f(x)
e(x) = 1

Logo,  e(x) = 1  é o elemento neutro.

iii) ∀ f ∈ IRA,
f • f ′ = f ′ • f = 1

à direita:
(f • f ′)(x) = 1
f(x) • f ′(x) = 1
f ′(x) = 1 / f(x)

à esquerda:
(f ′ • f)(x) = 1
f ′(x) • f(x) = 1
f ′(x) = 1 / f(x)

Logo, se f(x) = 0 nã o existe 1/f(x), daı́, nem todo elemento do conjunto tem simé trico.

Portanto,  ( IRA, • ) não é grupo.

R05 — Sejam a, b, c elementos de um grupo multiplicativo G.


Prove que a igualdade (a b c)– 1 = c– 1 b– 1 a– 1 é verdadeira.
Obtenha x ∈ G tal que a b c x = c.

Como se a irma que o simé trico de "a b c" é c– 1 b– 1 a– 1, deseja-se provar que:
(a b c) ⋅ (c– 1 b– 1 a– 1) = (c– 1 b– 1 a– 1) ⋅ (a b c) = 1

à direita:
(a b c) ⋅ (c– 1 b– 1 a– 1) = 1
(a b) ⋅ ( c ⋅ c– 1) ⋅ (b– 1 a– 1) = 1   ( associada da forma adequada )
(a b ⋅ 1) ⋅ (b– 1 a– 1) = 1
(a b) ⋅ (b– 1 a– 1) = 1
a ⋅ (b ⋅ b – 1) ⋅ a– 1 = 1   ( associada da forma adequada )
(a ⋅ 1) ⋅ a– 1 = 1
a ⋅ a– 1 = 1
1 = 1   ( o que obviamente é uma igualdade vedadeira )

à esquerda:
(c– 1 b– 1 a– 1) ⋅ (a b c) = 1
(c– 1 b– 1) ⋅ ( a– 1 ⋅ a) ⋅ (b c) = 1   ( associada da forma adequada )
(c– 1 b– 1) ⋅ (1 ⋅ b c) = 1
(c– 1 b– 1) ⋅ (b c) = 1
c– 1 ⋅ (b – 1 ⋅ b) ⋅ c = 1   ( associada da forma adequada )
(c– 1 ⋅ 1) ⋅ c = 1
c– 1 ⋅ c = 1
1 = 1   ( o que obviamente é uma igualdade vedadeira )

Portanto, (a b c)– 1 = c– 1 b– 1 a– 1.

Determinando o valor de "x" para o qual a b c x = c.

a b c x = c
a– 1 ⋅ a b c x = a– 1 ⋅ c   ( por ser um grupo "a" tem simé trico )
(a– 1 ⋅ a) ⋅ (b c x) = a– 1 ⋅ c   ( associada da forma adequada )
1 ⋅ (b c x) = a– 1 ⋅ c
b– 1 ⋅ b c x = b– 1 ⋅ a– 1 ⋅ c   ( "b" també m tem simé trico )
(b– 1 ⋅ b) ⋅ c x = b– 1 ⋅ a– 1 ⋅ c   ( associada da forma adequada )
1 ⋅ c x = b– 1 ⋅ a– 1 ⋅ c
c x = b– 1 ⋅ a– 1 ⋅ c
c– 1 ⋅ c x = c– 1 ⋅ b– 1 ⋅ a– 1 ⋅ c   ( "c" també m tem simé trico )
(c– 1 ⋅ c) ⋅ x = c– 1 ⋅ b– 1 ⋅ a– 1 ⋅ c   ( associada da forma adequada )
1 ⋅ x = c– 1 ⋅ b– 1 ⋅ a– 1 ⋅ c
x = c– 1 ⋅ b– 1 ⋅ a– 1 ⋅ c
x = c– 1 b– 1 a– 1 c

Esta resposta pode mudar se o grupo for comutativo:


x = c– 1 b– 1 a– 1 c
x = b– 1 a– 1 ⋅ (c– 1 ⋅ c)   (c– 1  pode trocar de lugar com  b– 1 a– 1)
x = b– 1 a– 1 ⋅ (1)
x = b– 1 a– 1
x = a– 1 b– 1

R06 — Seja ( S(E), ○ ) um grupo de permutaçõ es sobre o conjunto  E = {1, 2, 3}.


Veri ique se o subconjunto A = {f₁, f₂, f₃} é um subgrupo do grupo ( S(E), ○ ), sendo:

f₁ =    f₂ =    f₃ =

A composiçã o f₂ ○ f₃ = ○ é obtida por:

  f₃     f₂
1 → 3 e 3 → 1 daı́ 1 → 1
2 → 1 e 1 → 2 daı́ 2 → 2
3 → 2 e 2 → 3 daı́ 3 → 3

f₂ ○ f₃ =

Calculando os compostos antes de veri icar se é subgrupo:

f₁ ○ f₁ = ○ = = f₁

f₁ ○ f₂ = ○ = = f₂

f₂ ○ f₁ = ○ = = f₂

f₁ ○ f₃ = ○ = = f₃

f₃ ○ f₁ = ○ = = f₃

f₂ ○ f₂ = ○ = = f₃

f₂ ○ f₃ = ○ = = f₁

f₃ ○ f₂ = ○ = = f₁

f₃ ○ f₃ = ○ = = f₂

Logo, a composiçã o sobre A é fechada.

Como se pode observar no cá lculo das composiçõ es acima, a composiçã o em A é comutativa.

i) A composiçã o sobre A é associativa, pois:


(f₁ ○ f₂) ○ f₃ = f₁ o (f₂ ○ f₃)
f₂ ○ f₃ = f₁ ○ f₁
f₁ = f₁

ii) A composiçã o sobre A admite f₁ como elemento neutro, pois:


f₁ ○ f = f₁ = f ○ f₁ = f₁ = f₁   ( para todo "k" )

iii) Todo elemento de A tem simé trico, pois:


o simé trico de f₁ é f₁
o simé trico de f₂ é f₃
o simé trico de f₃ é f₂

Logo, ( A, ○ ) també m é grupo.

Portanto, ( A, ○ ) é subgrupo do grupo ( S(E), ○ ).

R07 — Veri ique se H = { z ∈ ; | z | = 1 } é um subgrupo de ( , • ).

∀ z₁ = a + b i,  z₂ = c + d i ∈ H,

| z₁ | = | a + b i | = = 1
| z₂ | = | c + d i | = = 1

Daı́:
= 1, entã o elevando ambos os membros ao quadrado:
a2 + b 2 = 1

= 1, entã o elevando ambos os membros ao quadrado:


c2 + d2 = 1

Como, 1 + 0 i = 1 ∈ H, entã o:
o elemento neutro da multiplicaçã o de complexos está em H.

O simé trico ( inverso ) de z₂ é obtido por:


z₂– 1 ⋅ z₂ = 1 = z₂ ⋅ z₂– 1

à esquerda:
z₂– 1 ⋅ z₂ = 1

z₂– 1 =

z₂– 1 =

Multiplicando o numerador e o denominador pelo conjugado do denominador:


z₂– 1 = ⋅

z₂– 1 =

à direita:
E igual à esquerda.

Encontrando  z₁ ⋅ z₂– 1:

z₁ ⋅ z₂– 1 = (a + b i) ⋅

z₁ ⋅ z₂– 1 =

z₁ ⋅ z₂– 1 =

z₁ ⋅ z₂– 1 = + i

Veri icando se  z₁ ⋅ z₂– 1 está em H:

| z₁ ⋅ z₂– 1 | = | + i |

| z₁ ⋅ z₂– 1 | =

| z₁ ⋅ z₂– 1 | =

| z₁ ⋅ z₂– 1 | =

| z₁ ⋅ z₂– 1 | =

| z₁ ⋅ z₂– 1 | =

| z₁ ⋅ z₂– 1 | =

| z₁ ⋅ z₂– 1 | =

Como   a2 + b2 = 1   e   c2 + d2 = 1   tem-se:

| z₁ ⋅ z₂– 1 | =

| z₁ ⋅ z₂– 1 | = 1

Portanto, H é subgrupo de ( , • ), pois ∀ z₁, z₂ ∈ H ⇒ z₁ ⋅ z₂– 1 ∈ H.

R08 — Considere o grupo ( x , + ). Veri ique se a aplicaçã o f : x ⇒ x dada por:


f(x, y) = (0, y) é um isomor ismo.   E determine o nú cleo.

∀ (a, b); (c, d) ∈ x ,


f [ (a, b) + (c, d) ] = f (a + c, b + d) = (0, b + d) = (0, b) + (0, d) = f (a, b) + f (c, d)

Como f [ (a, b) + (c, d) ] = f (a, b) + f (c, d), entã o, f é um homomor ismo.

Veri icando se f é injetora:


∀ (a, b); (c, d) ∈ x ,
f (a, b) = f (c, d)
(0, b) = (0, d)
b = d

Logo, f não é injetora, pois f (a, b) = f (c, d) sem que seja necessá rio que (a, b) = (c, d), pois:
basta que b = d, assim, por exemplo, f (3, 4) = f (7, 4) = (0, 4).

Veri icando se f é sobrejetora:


f (x, y) = (0, y)

Neste caso, x = 0  e  y é qualquer inteiro, assim a imagem é :


Im (f) = { (x, y) ∈ x ; x = 0 }

Logo, f não é sobrejetora, pois Im (f ) ≠ C.D. (f ) = x .

Logo, o homomor ismo f não é um isomor ismo, pois nã o é bijetor.

Já que a aplicaçã o f é um homomor ismo, pode-se encontrar o nú cleo.

O elemento neutro do contradomı́nio é o par (0, 0), entã o:


f(x, y) = (0, 0)
(0, y) = (0, 0)
y = 0

Como a abscissa pode ser qualquer inteiro, entã o o nú cleo é dado por:
N(f ) = { (x, y) ∈ x ; y = 0 }

R09 — Sabendo que G = {e, a, b, c, d, f} é um grupo multiplicativo isomorfo ao grupo ( ₆ , + ).


Construa a tá bua de G, calcule a2, calcule f –3  e  obtenha "x" em G tal que dxf = a– 1.

Como ( G, • ) é isomorfo a ( ₆ , + ), entã o:


o que ocorre com ₆ para adiçã o, ocorre com G para a multiplicaçã o.

Assim, as tá buas tê m o mesmo comportamento:

  •
+ 0 1 2 3 4 5 e a b c d f
0 0 1 2 3 4 5 e e a b c d f
1 1 2 3 4 5 0 a a b c d f e
2 2 3 4 5 0 1 b b c d f e a
3 3 4 5 0 1 2 c c d f e a b
4 4 5 0 1 2 3 d d f e a b c
5 5 0 1 2 3 4 f f e a b c d

Para calcular a2 = a ⋅ a = b   ( basta observar na tá bua )

Para calcular f –3, calcula-se   ( f 3 )– 1, onde:


f 3 = (f ⋅ f) ⋅ f   ( f ⋅ f na tá bua é d )
f 3 = (d) ⋅ f   ( d ⋅ f na tá bua é c )
f 3 = c
( f 3 )– 1 = c– 1   (c ⋅ c = e, entã o, c – 1 = c)
( f 3 )– 1 = f – 3 = c

Resolvendo   d ⋅ x ⋅ f = a– 1:

Observando que o simé trico de "a" na tá bua é "f ", isto é , a– 1 = f   ( pois, a ⋅ f = e )

d ⋅ x ⋅ f = a– 1
d ⋅ x ⋅ f = f

Multiplicando ambos os membros pelo simé trico de "d" que é "b", pois d ⋅ b = e :
(b ⋅ d) ⋅ x ⋅ f = d ⋅ f   ( observando na tá bua que   b ⋅ d = e  e  d ⋅ f = c )
(e ⋅ x) ⋅ f = c
x ⋅ f = c

Multiplicando ambos os membros pelo simé trico de "f" que é "a", pois f ⋅ a = e :
x ⋅ (f ⋅ a) = c ⋅ a   ( observando na tá bua que   f ⋅ a = e  e  c ⋅ a = d )
x ⋅ e = d
x = d

R10 — Sejam as operaçõ es:


x ❋ y = x + a y – 2  e  x ∆ y = x y + b x + c y + d, com a, b, c, d nú meros inteiros.
Para que valores de a, b, c, d, ( , ❋, ∆ ) é um anel? E comutativo com unidade?

Para ser um anel, ( , ❋, ∆ ) tem que:


a operaçã o ❋ tem que ser:
associativa, comutativa, admitir elemento neutro, e todo elemento do conjunto ser simetrizá vel.

A operaçã o ∆ tem que ser:


associativa e dsitributiva em relaçã o a operaçã o ❋.

i) ∀ x, y, z ∈ ,
(x ❋ y) ❋ z = x ❋ (y ❋ z)
(x + a y – 2) ❋ z = x ❋ (y + a z – 2)
(x + a y – 2) + z – 2 = x + (y + a z – 2) – 2
x + a y + z – 2 – 2 = x + y + a z – 2 – 2

Para que a igualdade acima seja verdadeira é necessá rio que a = 1.

Como se deseja que o valores de "a" que torne a terna ( , ❋ , ∆ ) um anel, deve-se considerar que a = 1.

ii) ∀ x, y ∈ ,
x ❋ y = y ❋ x

x + a y – 2 = y + a x – 2

Como a = 1, entã o, a operaçã o é comutativa.

iii) ∀ x ∈ ,
x ❋ e = x = e ❋ x

Basta fazer em um dos lados, pois a operaçã o é comutativa.


x ❋ e = x
x + a e – 2 = x
a e = 2   ( como a = 1 )
e = 2

iv) ∀ x ∈ ,
x ❋ x′ = e = x′ ❋ x

Basta fazer em um dos lados, pois a operaçã o é comutativa.


x ❋ x′ = 2
x + a x′ – 2 = 2
a x′ = 4 – x   ( como a = 1 )
x′ = 4 – x

Logo, o simé trico, por exemplo:


de 5, é , – 1, pois:
5′ = 4 – 5 = – 1

de 0, é , 4, pois:
0′ = 4 – 0 = 4

de – 6, é , 10, pois:
(– 6)′ = 4 – (– 6) = 4 + 6 = 10

Assim, todo elemento do conjunto, , tem simé trico.

Para a operaçã o ∆ :
i) ∀ x, y, z ∈ ,
(x ∆ y) ∆ z = x ∆ (y ∆ z)
(x y + b x + c y + d) ∆ z = x ∆ (y z + b y + c z + d)
(x y + b x + c y + d) z + b (x y + b x + c y + d) + c z + d = x (y z + b y + c z + d) + b x + c (y z + b y + c z + d) + d
x y z + b x z + c y z + d z + b x y + b2 x + b c y + b d + c z + d = x y z + b x y + c x z + d x + b x + c y z + b c y + c2
z + c d + d
x y z + b x y + b x z + c y z + b2 x + b c y + c z + d z + b d + d = x y z + b x y + c x z + c y z + b x + d x + b c y + c2
z + c d + d
x y z + b x y + b x z + c y z + b 2 x + b c y + (c + d) z + b d + d = x y z + b x y + c x z + c y z + (b + d) x + b c y + c2
z + c d + d

Para que a igualdade acima seja verdadeira é necessá rio que:


b = c
b2 = b + d
c + d = c2
b d = c d   ( que é o mesmo que b = c )

ii) ∀ x, y, z ∈ ,
x ∆ (y ❋ z) = (x ∆ y) ❋ (x ∆ z)   ou
(y ❋ z) ∆ x = (y ∆ x) ❋ (z ∆ x)

à esquerda:   ( já considerando que a = 1 )


x ∆ (y ❋ z) = (x ∆ y) ❋ (x ∆ z)
x ∆ (y + z – 2) = (x y + b x + c y + d) ❋ (x z + b x + c z + d)
x (y + z – 2) + b x + c (y + z – 2) + d = (x y + b x + c y + d) + (x z + b x + c z + d) – 2
x y + x z – 2 x + b x + c y + c z – 2 c + d = x y + b x + c y + d + x z + b x + c z + d – 2
x y + x z + b x – 2 x + c y + c z – 2 c + d = x y + x z + b x + b x + c y + c z + d + d – 2
x y + x z + (b – 2) x + c y + c z + d – 2 c = x y + x z + (b + b) x + c y + c z + 2 d – 2

b – 2 = 2 b       d – 2 c = 2 d – 2
– 2 = 2 b – b      2 – 2 c = 2 d – d
– 2 = b         2 – 2 c = d
b = – 2         d = 2 – 2 c

d = 2 – 2 c   ( como b = c )
d = 2 – 2 b
d = 2 – 2 ⋅ (– 2)
d = 2 + 4 = 6

à direita:   ( já considerando que a = 1 )


(y ❋ z) ∆ x = (y ∆ x) ❋ (z ∆ x)
(y + z – 2) ∆ x = (y x + b y + c x + d) ❋ (z x + b z + c x + d)
(y + z – 2) x + b ( y + z – 2) + c x + d = (y x + b y + c x + d) + (z x + b z + c x + d) – 2
y x + z x – 2 x + b y + b z – 2 b + c x + d = y x + b y + c x + d + z x + b z + c x + d – 2
x y + x z + c x – 2 x + b y + b z – 2 b + d = x y + x z + c x + c x + b y + b z + d + d – 2
x y + x z + (c – 2) x + b y + b z + d – 2 b = x y + x z + (c + c) x + b y + b z + 2 d – 2

c – 2 = 2 c       d – 2 b = 2 d – 2
– 2 = 2 c – c      2 – 2 b = 2 d – d
– 2 = c         2 – 2 b = d
c = – 2         d = 2 – 2 b

d = 2 – 2 b   ( como b = c )
d = 2 – 2 c
d = 2 – 2 ⋅ (– 2)
d = 2 + 4 = 6

Portanto, para que seja um anel, tem-se que:


a = 1,  b = c = – 2  e  d = 6

Para que o anel seja comutativo:


x ∆ y = y ∆ x
x y + b x + c y + d = y x + b y + c x + d
x y + b x + c y + d = x y + c x + b y + d

b = c, mas como, para ser anel, b = c = – 2, entã o, para ser um anel comutativo:
a = 1,  b = c = – 2  e  d = 6

Para que o anel tenha unidade:


x ∆ e = e ∆ x = x

à direita:
x ∆ e = x
x e + b x + ce + d = x   ( como b = c = – 2 e d = 6 )
x e – 2 x – 2 ⋅ e + 6 = x
x e – 2 ⋅ e = x + 2 x – 6
e ⋅ (x – 2) = 3 x – 6
e =

e =

e = 3   ( para  x ≠ 2 )

Se x = 2, tem-se:
x ∆ e = x
2 ∆ e = 2
2 e + b ⋅ 2 + ce + d = 2   ( como  b = c = – 2 e d = 6 )
2 e – 2 ⋅ 2 – 2 ⋅ e + 6 = 2
2 e – 2 e = 2 + 2 ⋅ 2 – 6
e ⋅ (2 – 2) = 6 – 6
e ⋅ 0 = 0   ( logo, també m é verdade para e = 3 )

Como a operaçã o é comutativa, nã o precisa fazer à esquerda.

Entã o, mesmo que x = 2, o elemento neutro é e = 3.

Portanto, para ser um anel comutativo com unidade, tem-se:


a = 1,  b = c = – 2  e  d = 6.

R11 — Veri ique se o conjunto L = 2 x 2 é subanel do anel ( x , ⋇, ∆ ), onde:


(a, b) ⋇ (c, d) = (a + c, b + d)   e   (a, b) ∆ (c, d) = (a c, a d + b c).

Veri icando se ⋇ é comutativa, para tentar facilitar o trabalho:


(2 a, 2 b) ⋇ (2 c, 2 d) = (2 c, 2 d) ⋇ (2 a, 2 b)
(2 a + 2 c, 2 b + 2 d) = (2 c + 2 a, 2 d + 2 b)

Logo, ⋇ é comutativa.

Veri icando se ⋇ admite elemento neutro:


∀ (2 a, 2 b) ∈ L,
(2 a, 2 b) ⋇ (e₁, e₂) = (e₁, e₂) ⋇ (2 a, 2 b) = (2 a, 2 b)

Basta fazer apenas de um dos lados, pois a operaçã o é comutativa:


(2 a, 2 b) ⋇ (e₁, e₂) = (2 a, 2 b)
(2 a + e₁, 2 b + e₂) = (2 a, 2 b)
2 a + e₁ = 2 a
e₁ = 0
2 b + e₂ = 2 b
e₂ = 0

Logo, (0, 0) é o elemento neutro.

Obtendo os elementos simetrizá veis de L :


∀ (2 a, 2 b), (2 c, 2 d) ∈ L,

(2 a, 2 b) ⋇ ( (2 a)′, (2 b)′ ) = ( (2 a)′, (2 b)′ ) ⋇ (2 a, 2 b) = (e₁, e₂)

Basta fazer apenas de um dos lados, pois a operaçã o é comutativa:


(2 a, 2 b) ⋇ ( (2 a)′, (2 b)′ ) = (e₁, e₂)
( 2 a + (2 a)′, 2 b + (2 b)′ ) = (0, 0)
2 a + (2 a)′ = 0
(2 a)′ = – 2 a

2 b + (2 b)′ = 0
(2 b)′ = – 2 b

Assim, o simé trico:


(2 a, 2 b)′ = (– 2 a, – 2 b)

Agora, veri icando se L é um subanel:


i) ∀ (2 a, 2 b), (2 c, 2 d) ∈ L,
(2 a, 2 b) ⋇ ( (2 c)′, (2 d)′ ) = (2 a, 2 b) ⋇ (– 2 c, – 2 d)
(2 a, 2 b) ⋇ ( (2 c)′, (2 d)′ ) = (2 a – 2 c, 2 b – 2 d) ∈ L, pois:
2 a – 2 c ∈ 2   e   2 b – 2 d ∈ 2 .

ii) ∀ (2 a, 2 b), (2 c, 2 d) ∈ L,
(2 a, 2 b) ∆ (2 c, 2 d) = (2 a ⋅ 2 c, 2 a ⋅ 2 d + 2 b ⋅ 2 c)
(2 a, 2 b) ∆ (2 c, 2 d) = (4 a c, 4 a d + 4 b c) ∈ L, pois
4 a c = 2 (2 a c) ∈ 2   e   4 a d + 4 b c = 4 (a d + b c) = 2 (2 (a d + b c)) ∈ 2 .

Portanto,  L é um subanel do anel ( x , ⋇, ∆ ).

R12 — Sejam os ané is ( A, +, • ) e (B, +, •) onde A = { a + b √− 2 ; a, b ∈ }   e   B = M ₂ ( ).

Veri ique se a aplicaçã o f : A ⇒ B dada por:   f(a + b √− 2 =

Determine o nú cleo. Veri ique també m se f é um isomor ismo.

i) ∀ a + b √− 2, c + d √− 2 ∈ A,
f [ (a + b √− 2) + (c + d √− 2) ] = f [ (a + c) + (b + d) √− 2 ]

f [ (a + b √− 2) + (c + d √− 2) ] =

f [ (a + b √− 2) + (c + d √− 2) ] =

f [ (a + b √− 2) + (c + d √− 2) ] = +

f [ (a + b √− 2) + (c + d √− 2) ] = f(a + b √− 2) + f(c + d √− 2)

ii) ∀ a + b √− 2, c + d √− 2 ∈ A,
f [ (a + b √− 2) • (c + d √− 2) ] = f [ (a c – 2 b d) + (a d + b c) √− 2 ]

f [ (a + b √− 2) • (c + d √− 2) ] =

f [ (a + b √− 2) • (c + d √− 2) ] =

f [ (a + b √− 2) • (c + d √− 2) ] = •

f [ (a + b √− 2) • (c + d √− 2) ] = f(a + b √− 2) • f(c + d √− 2)

Portanto, f é um homomor ismo do anel A no anel B.

Como o elemento neutro do contradomı́nio é a matriz nula de ordem 2, entã o:


o nú cleo é calculado por:

f(a + b √− 2) =

f(a + b √− 2) =

Logo, a = b = 0, entã o o nú cleo é :


N(f) = { 0 }

Para ser isomor ismo tem que ser bijetor.

Veri icando se f é injetor:


i) ∀ a + b √− 2, c + d √− 2 ∈ A,   f (a + b √− 2) = f (c + d √− 2)

f (a + b √− 2) =

f (a + b √− 2) =

Neste caso, a = c   e   b = d.

Entã o, se:
f (a + b √− 2) = f (c + d √− 2) ⇒ a + b √− 2 = c + d √− 2

Portanto, f é injetor.

ii) f (a + b √− 2) =

Um elemento de B é da forma , com k, m, n, p ∈ , assim:

a = k,   a = p = k,   b = n,   – 2 b = m = – 2 n

Assim, a imagem de f é dada por:

Im(f ) = { ; p = k   e   m = – 2 n }

Im(f ) ≠ B, pois B é formado por qualquer matriz de ordem 2  (sem restriçõ es).

Logo, o homomor ismo f nã o é sobrejetor.

Portanto, f nã o é um isomor ismo.

R13 — Considere as operaçõ es x ❋ y = x + y – 1  e  x ∆ y = x + y – x y.


Veri ique se ( , ❋, ∆ ) é um anel de integridade.
E caso nã o seja, determine os divisores pró prios do zero.

Para a operaçã o ❋ :

i) ∀ x, y, z ∈
x ❋ (y ❋ z) = (x ❋ y) ❋ z
x ❋ (y + z – 1) = (x + y – 1) ❋ z
x + (y + z – 1) – 1 = (x + y – 1) + z – 1
x + y + z – 1 – 1 = x + y – 1 + z – 1
x + y + z – 2 = x + y + z – 2

Logo, ❋ é associativa.

ii) ∀ x, y ∈
x ❋ y = y ❋ x
x + y – 1 = y + x – 1

Logo, ❋ é comutativa.

iii) ∀ x ∈
x ❋ e = x = e ❋ x

Basta fazer de um lado:


x ❋ e = x
x + e – 1 = x
e = 1

Logo, o elemento neutro é   e = 1

iv) ∀ x ∈
x ❋ x′ = e = x′ ❋ x

Basta fazer de um lado:


x ❋ x′ = e
x + x′ – 1 = 1
x′ = 2 – x

Logo, qualquer racional tem simé trico, assim:


U ❋ ( ) = .

Para a operaçã o ∆ :

i) ∀ x, y, z ∈
(x ∆ y) ∆ z = x ∆ (y ∆ z)
(x + y – x y) ∆ z = x ∆ (y + z – y z)
(x + y – x y) + z – (x + y – x y) z = x + (y + z – y z) – x (y + z – y z)
x + y – x y + z – x z – y z + x y z = x + y + z – y z – x y – x z + x y z
x y z – x y – x z – y z + x + y + z = x y z – x y – x z – y z + x + y + z

Logo, ∆ é associativa.

ii) ∀ x, y, z ∈
x ∆ (y ❋ z) = (x ∆ y) ❋ (x ∆ z)

à esquerda:
x ∆ (y + z – 1) = (x + y – x y) ❋ (x + z – x z)
x + (y + z – 1) – x (y + z – 1) = (x + y – x y) + (x + z – x z) – 1
x + y + z – 1 – x y – x z + x = x + y – x y + x + z – x z – 1
x + x + y + z – x y – x z – 1 = x + x + y + z – x y – x z – 1

à direita:
(y ❋ z) ∆ x = (y ∆ x) ❋ (z ∆ x)
(y + z – 1) ∆ x = (y + x – y x) ❋ (z + x – z x)
(y + z – 1) + x – (y + z – 1) x = (y + x – y x) + (z + x – z x) – 1
y + z – 1 + x – y x – z x + x = y + x – y x + z + x – z x – 1
x + x + y + z – y x – z x – 1 = x + x + y + z – y x – z x – 1

Logo, ∆ é distributiva em relaçã o a ❋.

Portanto, ( , ❋, ∆ ) é um anel.

iii) ∀ x, y ∈
x ∆ y = y ∆ x
x + y – x y = y + x – y x

Logo, ∆ é comutativa.

iv) ∀ x ∈
x ∆ e = x = e ∆ x

Basta resolver de um lado:


x ∆ e = x
x + e – x e = x
e – x e = 0
e (1 – x) = 0
e = 0

Portanto, ( , ❋, ∆ ) é um anel comutativo com unidade.

Veri icando se é um anel de integridade:


∀ x, y ∈
x ∆ y = 0   ( zero do anel da a 1ª operaçã o )
x ∆ y = 1
x + y – x y = 1
x – x y = 1 – y
x (1 – y) = 1 – y
x = 1   ( se y ≠ 1 )

Se y = 1, tem-se:
x + y – x y = 1
x + 1 – x ⋅ 1 = 1
x + 1 – x = 1
0 + 1 = 1   ( é verdadeiro para qualquer valor de "x" )

Assim, se x ∆ y = 0 ⇒ x = 0   ou   y = 0

Portanto, ( , ❋ , ∆ ) é um anel de integridade.

R14 — Veri ique se a terna ( K, ⊕, ⊗ ) é um corpo, onde K = {a, b, c}.


As operaçõ es estã o representadas nas tá buas:

⊕ a b c
a a b c
b b c a
c c a b

⊗ a b c
a a a a
b a b c
c a c b

Para a operaçã o ⊕ :

Elementos da linha 1: L1 = a, b, c.
Elementos da linha 2: L2 = b, c, a.
Elementos da linha 3: L3 = c, a, b.

i) a operaçã o ⊕ é associativa, pois:


(a ⊕ b) ⊕ c = a ⊕ (b ⊕ c)
(b) ⊕ c = a ⊕ (a)
a = a

ii) a operaçã o ⊕ é comutativa, pois observando na tá bua:


os elementos de posiçã o ij = ji, por exemplo, o elemento da L1-C2, que é "b" é igual ao elemento da L2-C1.

iii) a operaçã o ⊕ admite "a" como elemento neutro, pois observando na tá bua:
os elementos da linha do "a" seguem a mesma ordem dos da linha fundamental, o mesmo ocorre com a coluna.

iv) todos os elementos do conjunto K tê m simé tricos em relaçã o a operaçã o ⊕, pois observando na tá bua:
os elementos compostos que dã o o elemento neutro "a", tem-se:
a ⊕ a = a, entã o, a′ = a
b ⊕ c = a, entã o, b′ = c
c ⊕ b = a, entã o, c′ = b

Para a operaçã o ⊗ :

Elementos da linha 1: L1 = a, a, a.
Elementos da linha 2: L2 = a, b, c.
Elementos da linha 3: L3 = a, c, b.

v) a operaçã o ⊗ é associativa, pois


(a ⊗ b) ⊗ c = a ⊗ (b ⊗ c)
(a) ⊗ c = a ⊗ (c)
a = a

vi) a operaçã o ⊗ é comutativa, pois observando na tá bua:


os elementos de posiçã o ij = ji, por exemplo, o elemento da L2-C3, que é "c", é igual ao elemento da L3-C2.

vii) a operaçã o ⊗ admite "b" como elemento neutro, pois observando na tá bua:
os elementos da linha do "b" seguem a mesma ordem dos da linha fundamental, o mesmo ocorre com a coluna.

viii) Exceto o elemento neutro de ⊕, todos os elementos K tê m simé tricos em relaçã o a operaçã o ⊗, pois:
observando na tá bua, os elementos compostos que dã o o elemento neutro "b", tem-se:
b ⊕ b = b, entã o, b′ = b
c ⊕ c = b, entã o, c′ = c

U ⊗ (K) = K – {a}

ix) a operaçã o ⊗ é distributiva em relaçã o à ⊕, pois:
a ⊗ (b ⊕ c) = (a ⊗ b) ⊕ (a ⊗ c)
a ⊗ (a) = (a) ⊕ (a)
a = a

b ⊗ (a ⊕ c) = (b ⊗ a) ⊕ (b ⊗ c)
b ⊗ (c) = (a) ⊕ (c)
c = c

c ⊗ (b ⊕ a) = (c ⊗ b) ⊕ (c ⊗ a)
c ⊗ (b) = (c) ⊕ (a)
c = c

Como ambas as operaçõ es sã o comutativas, entã o nã o precisa de mais nada.

Portanto, K é um corpo.

R15 — Resolva o sistema em ₁₁.


S =

E necessá rio saber os simé tricos aditivos e multiplicativos de alguns elementos para resolver o sistema:
Por exemplo, o simé trico aditivo de 5 é o 6, pois 5 + 6 = 0   ( neutro da adiçã o ).

Portanto, multiplicado o 2 por 3 dá 6 e somando com 5 dá 0.

Lembrando que:
3 ⋅ 2 = 6

3 ⋅ 3 = 9

3 ⋅ 7 = 10   (resto da divisã o de 21 por 11)

Assim, multiplicando a primeira equaçã o por 3 tem-se:


6 x + 9 y = 10

Assim, o sistema ica:

A soma de cada parte das duas equaçõ es é :


6 x + 5 y = 0 x   (resto da divisã o de 11 por 11)

9 y + 1 y = 10 y

10 + 6 = 5   (resto da divisã o de 16 por 11)

Assim, a soma é :

 0x + 10y = 5

10 y = 5

Multiplicando a equaçã o pelo simé trico multiplicativo de 10 que é o pró prio 10, pois:
10 ⋅ 10 = 1   ( 99 é multiplo de 11, e 100 – 99 = 1 )

10 ⋅ 10 y = 10 ⋅ 5

1 y = 6   ( resto da divisã o de 50 por 11 )

Logo:
y = 6

Substituindo o valor de "y", por exemplo, na primeira equaçã o, tem-se:


2 x + 3 ⋅ 6 = 7
2 x + 7 = 7   (resto da divisã o de 18 por 11)

O simé trico aditivo de 7 é 4, pois:


7 + 4 = 0

Logo:
2 x + 7 + 4 = 7 + 4
2 x + 0 = 0

Multiplicando pelo simé trico multiplicativo de 2 que é o 6, pois:


2 ⋅ 6 = 1   (resto da divisã o de 12 por 11)

2 x + 0 = 0
6 ⋅ (2 x + 0 = 0)
1 x + 0 = 0
x = 0

Portanto, a soluçã o da equaçã o S é :


S = { ( 0, 6 ) }

Exercícios Propostos

P01 — Veri ique se x é grupo considerando a operaçã o (a, b) ⋇ (c, d) = (a + b, c ⋅ d)

P02 — Construa a tá bua do grupo ( G, ⋇ ) de ordem 6, onde G = {1, 2, 3, 4, 5, 6}, sabendo que:
G é abeliano, 5 é o elemento neutro, 1 ⋇ 6 = 2 ⋇ 4 = 5,  1 ⋇ 4 = 2 ⋇ 3 = 6,  1 ⋇ 3 = 2 ⋇ 2 = 4   e   3 ⋇ 4 = 1.

P03 — Veri ique se ( IR, ⋇ ) é um grupo comutativo, sendo ⋇ dada por x ⋇ y = x + y – 3.

P04 — Veri ique se f : ⇒ 2 dada por f(x) = 2 ⋅ x é um isomor ismo, onde  e  2 sã o grupos aditivos.

P05 — Verifque se o par ( G, ⋇ ), onde G = { 2m ; m ∈ }, é um grupo abeliano, sendo x ⋇ y = x ⋅ y.

P06 — Veri ique se x {0} é um grupo considerando a operaçã o (a, 0) ⋇ (b, 0) = (a + b, 0).

P07 — As matrizes do tipo   , com a, b ∈ IR e nã o nulos simultaneamente,

constituem um subgrupo do grupo linear GL 2(IR)?

P08 — Veri ique se as matrizes do tipo   , com a ∈ IR,

constituem um subgrupo do grupo multiplicativo das matrizes reais e inversı́veis 2 x 2.

P09 — Veri ique se H = { z = cos θ + i sen θ ; θ ∈ } é um subgrupo do grupo multiplicativo ( *, ⋅ ).

P10 — Sejam A e B dois subgrupos de um grupo ( G, ⋇ ). Em que condiçõ es para A e B; A ∪ B é um subgrupo de G?

P11 — Considere os grupos aditivos e x .


Veri ique se f é um homomor ismo e determine o nú cleo sendo a aplicaçã o:
f : ⇒ x dada por f(x) = (x, – x).

P12 — Seja f: x ⇒ x de inida por f(x, y) = (x – y, x).


Veri ique se f é um endomor ismo do grupo aditivo x e obtenha o nú cleo.

P13 — Construa a tá bua do grupo G = {e, a, b, c} que seja isomorfo ao grupo multiplicativo T = {1, i, – 1, – i}.

P14 — Considere em x as operaçõ es (a, b) + (c, d) = (a + c, b + d)  e  (a, b) • (c, d) = (a c – b d, a d + b c).


Veri ique se ( x , +, • ) é um anel comutativo com unidade.

P15 — Veri ique se ( , ⊕, ⊗ ) é um anel comutativo com unidade, considerando as operaçõ es:
x ⊕ y = x + y + 1 e x ⊗ y = x + y + x y.

P16 — Veri ique se a terna ( x , ⊕, ⊗ ) é um anel de integridade e caso nã o seja, obtenha os divisores do zero, para:
(a, b) ⊕ (c, d) = (a + c, b + d)  e  (a, b) ⊗ (c, d) = (a c, b d).

P17 — Dê exemplo de ané is A e subané is B de forma que:


a) ∃ 1 ;  ∃ 1   e   1 = 1
A B A B
b) ∃ 1 ;  ∃ 1   e   1 ≠ 1
A B A B
c) ∃ 1   e   ∄ 1
A B
d) ∄ 1   e   ∃ 1
A B
e) ∄ 1   e   ∄ 1
A B

P18 — Obtenha todos os subané is do anel ( ℘ ({a, b, c}), ∆, ⊗ ), onde:


x ∆ y = (x ∪ y) – (x ∩ y) e x ⊗ y = x ∩ y.

P19 — Resolva em ₁₈ o sistema S abaixo:


S =

P20 — Obtenha os elementos idempotentes e nilpotentes dos ané is:


a) ( , + , • )    b) ( ₂ x ₄ , + , • )    c) ( 2 ₂ x {0} , + , • )

P21 — Mostre que se B e C saõ subcorpos de um corpo A, B ∩ C també m é um subcorpo de A.

P22 — Veri ique se a aplicaçã o f : A ⇒ B é um homomor ismo do anel ( A, +, • ) no anel ( B, +, • ), sendo:


a) A = , B = x   e   f(x) = (x, 0)
b) A = B = x   e   f(x, y) = (y, x)
c) A = B =   e   f(x + y i) = x – y i

HPdeMat  —  http://hpdemat.apphb.com  —  Desde 15/12/2012

Você também pode gostar

pFad - Phonifier reborn

Pfad - The Proxy pFad of © 2024 Garber Painting. All rights reserved.

Note: This service is not intended for secure transactions such as banking, social media, email, or purchasing. Use at your own risk. We assume no liability whatsoever for broken pages.


Alternative Proxies:

Alternative Proxy

pFad Proxy

pFad v3 Proxy

pFad v4 Proxy