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Apostila Qui112 2019 v5

Este documento apresenta informações gerais sobre a disciplina QUI112 - Química Experimental ministrada no Instituto de Física e Química da Universidade Federal de Itajubá para cursos de engenharia. A disciplina aborda tópicos de química através de experimentos envolvendo reações, cinética, equilíbrio e eletroquímica. As aulas práticas visam desenvolver habilidades de laboratório e interpretação de dados experimentais de forma segura.
Direitos autorais
© © All Rights Reserved
Levamos muito a sério os direitos de conteúdo. Se você suspeita que este conteúdo é seu, reivindique-o aqui.
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Apostila Qui112 2019 v5

Este documento apresenta informações gerais sobre a disciplina QUI112 - Química Experimental ministrada no Instituto de Física e Química da Universidade Federal de Itajubá para cursos de engenharia. A disciplina aborda tópicos de química através de experimentos envolvendo reações, cinética, equilíbrio e eletroquímica. As aulas práticas visam desenvolver habilidades de laboratório e interpretação de dados experimentais de forma segura.
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INSTITUTO DE FÍSICA E QUÍMICA – IFQ

Apostila
QUI 112 – Química Experimental

Cursos

ENGENHARIAS EM GERAL

ITAJUBÁ-MG, 2019.
APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA E INFORMAÇÕES GERAIS
_____________________________________________________________________________________
A QUI112 é uma disciplina experimental de 2h quinzenais, ou seja, 1 crédito que contempla os cursos
de Física Bacharelado, Física Licenciatura e todos os cursos de Engenharia da Universidade Federal de
Itajubá (UNIFEI), exceto Engenharia Química e Engenharia de Bioprocessos. Nesta disciplina serão
abordados tópicos fundamentais da Química através de 5 experimentos envolvendo reações químicas,
cinética química, equilíbrio químico e eletroquímica (célula voltaica e galvanoplastia).

OBJETIVOS DAS AULAS PRÁTICAS


 Conduzir um trabalho em laboratório de química seguindo um planejamento previamente
determinado, identificando e utilizando corretamente os reagentes, as vidrarias e os equipamentos;
 Conhecimento de noções básicas de segurança;
 Observação de fenômenos relevantes em um trabalho experimental, registro destas observações
através de códigos e símbolos próprios da química, interpretação dos dados observados através do uso de
teorias e identificação das possíveis fontes de erros nos experimentos;
 Desenvolver a capacidade de planejar e executar experimentos simples, nas condições de um
laboratório didático de Química Geral.

NORMAS GERAIS
 O aluno deverá possuir a apostila contendo todos os roteiros das aulas práticas ministradas ao longo
do semestre. O aluno não poderá fazer a prática sem a apostila (roteiro) da mesma;
 Providencie um caderno de laboratório. Neste caderno deverão ser anotadas todas as informações
referentes a cada experimento, além de orientações sobre como realizá-lo, além das observações, os dados
obtidos e os cálculos. Este caderno poderá ser solicitado para avaliação durante as aulas;
 É obrigatório o uso de jaleco, calça comprida e sapatos fechados. Cabelos compridos devem estar
presos, não é permitido usar chapéu ou boné, e usuários de lentes de contato devem fazer uso de óculos
de grau durante a aula ou adquirirem óculos de proteção. A falta de um ou mais itens obrigatórios impedirá
o aluno de realizar a prática;
 É proibido fumar, comer ou beber nos laboratórios;
 É proibido usar qualquer material do laboratório sem autorização do professor;
 O material específico recebido para determinado experimento deve ser devolvido limpo e em
condições de uso;
 Avisar imediatamente aos professores em caso de acidente;
 Colocar todos os resíduos de reação em frascos apropriados, como recomendado pelo professor;
 Manter o local de trabalho limpo e organizado;
 O aluno não deverá deixar sobre as bancadas: materiais como bolsas, paletós, cadernos, livros e
outros. Só devem ficar sobre a bancada a apostila da prática, o caderno e a caneta;
 Prepare-se para o experimento que irá realizar. Leia atentamente o roteiro, consulte a bibliografia
indicada e revise os conceitos envolvidos;

1
 Não será tolerado atraso ao início das aulas. Evite faltar aulas, pois não há reposição de aulas
práticas, salvo com devida justificativa documentada.

DINÂMICA DAS AULAS PRÁTICAS


Cada aula prática conterá basicamente de uma etapa de pré-laboratório, introdução teórica,
execução dos procedimentos teóricos, observação e coleta de dados.
A fase pré-laboratório tem como objetivo familiarizar o aluno com o experimento a ser realizado. Leia
com antecedência o roteiro da aula a ser realizada, procurando compreender os objetivos e os
procedimentos a serem adotados, e dê especial atenção às advertências em relação à segurança.
No roteiro há a seção “Atividades pré-laboratório”, que o guiará para se preparar para a aula. Estas
tarefas consistem na preparação de tabelas, quadros, fluxogramas e outros itens que sejam necessários
para melhor aproveitar a atividade prática. O cumprimento das tarefas pré-laboratório é OBRIGATÓRIO, A
SUA FALTA PODE IMPEDIR O ALUNO DE REALIZAR A PRÁTICA. Ao entrar no laboratório, observe a
bancada e confira todo o material contido nela; na falta de um material, ou ainda se este estiver sujo ou
quebrado, comunique imediatamente o professor ou aos técnicos presentes.
No início da aula o professor dará orientações pertinentes ao experimento da aula; é interessante
anotar no Caderno de Laboratório estas orientações. As aulas práticas serão desenvolvidas por duplas.
Estes integrantes devem ser fixos ao longo de todo o curso. Siga o roteiro do experimento, tomando todas
as precauções para evitar acidentes, e tente aproveitar o máximo para desenvolver sua técnica e habilidade.
Ao final da aula, descarte em recipientes adequados, os resíduos e lave toda a vidraria, que deverá
ser deixada na bancada. Em geral a vidraria pode ser lavada com detergente e uma escova apropriada.
Enxágue várias vezes com água da torneira, e duas vezes com água destilada; não é necessário enxugar
nenhum material, que será guardado molhado (mas não sujo). Confira todo o material a ser devolvido;
lembre-se que este material será utilizada por alunos da próxima aula do Laboratório de Química Geral
Experimental. Somente ao se certificar que todo o material está presente e em bom estado é que o aluno
deverá deixar o laboratório.
Na parte de planejamento e execução do procedimento é imprescindível o uso do caderno de
laboratório. Este deve conter todo o registro das atividades efetuadas, numa linguagem direta e resumida,
mas de forma completa. As anotações serão realizadas, na maior parte, durante a própria aula. Os
preparativos pré-laboratoriais devem ser feitos antes da realização do experimento, enquanto as discussões
e conclusões podem ser registradas depois. Entretanto os dados e observações devem ser anotados
durante a própria aula, para evitar que se percam informações armazenadas de memória. O registro de
informações deve seguir as seguintes recomendações:

 Iniciar sempre o registro com o número do experimento e a data. Em seguida anote o título e faça
um breve resumo do que será feito durante a aula, contendo os objetivos e os procedimentos.
Eventualmente, dependendo do que for ser realizado, o procedimento poderá ser mais bem descrito através
de um fluxograma, principalmente quando envolver várias etapas. Nesta fase está incluída também a
construção de tabelas para anotações dos dados experimentais.

2
 As anotações dos dados e das observações devem ser individuais. Habitue-se a fazer os registros à
tinta, e as eventuais retificações não deverão ocultar as anotações incorretas. Frequentemente os dados
considerados aparentemente errados, podem se revelar valiosos posteriormente.
 A análise dos dados, as discussões e conclusões são partes importantes do trabalho experimental.
Nesta parte estarão incluídos os cálculos, a construção de gráficos e as avaliações comparativas de dados
obtidos pelas equipes. Desta análise são obtidas conclusões que respondem ao questionamento(s)
inicial(ais).
 Lembre-se que um experimento é planejado para obter dados que permitam responder a algumas
questões, originada pela simples curiosidade, por dúvidas ou polêmicas. O registro das conclusões deve
ficar no caderno, sendo que alguns autores consideram esta parte como a mais importante do trabalho.
Finalizado o experimento e com todos os materiais limpos, realize a “Tarefa pós-laboratório” do
roteiro. Em geral esta tarefa é constituída por questões que o auxiliará na interpretação dos dados coletados.
A tarefa pós-laboratório deverá ser feita antes da próxima aula no Caderno de Laboratório, pois será cobrada
no relatório.

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SEGURANÇA NO LABORATÓRIO DE QUÍMICA
Ao iniciar o trabalho no laboratório de química é importante conhecer procedimentos de segurança
que permitam sua atuação com um mínimo de riscos. A segurança depende da ação de todos e não apenas
das pessoas encarregadas especificamente de promovê-la. Tome como hábito planejar o trabalho que vai
realizar, de modo a executá-lo com segurança. Quando tiver alguma dúvida quanto ao procedimento correto
e seguro sobre a realização de um trabalho, consulte seu professor. Não se constranja em fazer perguntas.

ACESSÓRIOS E EQUIPAMENTOS DE SEGURANÇA


 Avental (guarda-pó) de algodão com mangas compridas;
 Óculos de segurança;
 Luvas e aventais contra produtos corrosivos;
 Luvas e avental de PVC;
 Máscara contra pós (silicatos, asbestos, etc);
 Máscara contra gases e vapores (ácidos, básicos e orgânicos);
 Manta (cobertor) de segurança;
 Lavador de olhos (chuveiro ou frasco);
 Chuveiro de emergência;
 Extintores de incêndio.

Observações
 Todos os equipamentos de segurança devem estar ao alcance de todos os que estiverem
trabalhando no laboratório. Certifique-se de que sabe usá-los corretamente.
 EPI (Equipamento de Proteção Individual). Ex.: óculos, aventais, calçados, capacetes, protetores
auriculares e máscaras.

RECOMENDAÇÕES GERAIS
DE ORDEM PESSOAL
 Use calçados fechados;
 Trabalhe sempre com avental ou guarda-pó abotoado;
 Trabalhe com os cabelos amarrados;
 Não use roupas de tecido sintético, pois são facilmente inflamáveis;
 Use sempre os óculos de segurança;
 Não pipete nenhum tipo de produto com a boca;

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 Não use lentes de contato, pois estas podem ser danificadas por produtos químicos;
 Não leve as mãos à boca ou aos olhos quando estiver no laboratório. Ao término do experimento,
lave bem as mãos com bastante água e sabão;
 Não se alimente dentro do laboratório;
 Não fume no laboratório e nos seus arredores;
 Não leve nada do laboratório para casa (reagentes, vidrarias, etc.);
 Mantenha gavetas e portas fechadas;
 Não se exponha a radiações UV, IV ou luminosidade muito intensa sem proteção adequada (óculos
com lentes filtrantes);
 Evite o uso de telefone celular.

Lembre-se: o trabalho em laboratório exige concentração. Evite conversas não pertinentes principalmente
quando estiver manipulando reagentes ou vidrarias.

REFERENTE AO LABORATÓRIO
 Mantenha as bancadas sempre limpas e livres de materiais que não façam parte do experimento;
 Rotule imediatamente quaisquer reagentes ou soluções que sejam preparadas, assim como
amostras coletadas;
 Jogue papéis usados e materiais descartáveis na lata de lixo quando não representar riscos;
 Todo laboratório deve conter um recipiente para recolher vidrarias trincadas ou quebradas;
 No caso de derramamento de ácidos e bases fortes, o produto deve ser neutralizado antes de
realizar a limpeza.

VIDRARIAS
 Não utilize materiais de vidro quando trincados ou quebrados;
 Não jogue cacos de vidro em recipientes de lixo;
 Use luvas apropriadas (ex.: amianto) quando manusear materiais quentes;
 Use luvas apropriadas e óculos de segurança sempre que:
- atravessar ou remover tubos de vidro ou termômetros em rolhas de borracha ou cortiça;
- remover tampas de vidro emperradas;
- remover cacos de vidro.
 Coloque frascos quentes sobre placas de amianto. Nunca ponha diretamente em azulejos ou
superfícies frias;
 Nunca inspecione o estado das bordas de recipientes de vidro com as mãos;
 Tome cuidado ao aquecer recipientes de vidro com chama direta.

EQUIPAMENTOS E APARELHAGENS EM GERAL


 Antes de utilizar equipamentos e aparelhagens leia atentamente às instruções;
 Saiba de antemão o que fazer em situações de emergência;

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 Só opere equipamentos elétricos quando:
- fios, tomadas e plugs estiverem em perfeitas condições;
- tiver certeza da voltagem correta entre equipamentos e circuitos.
 Não acenda o bico de Bunsen sem antes verificar e eliminar os seguintes problemas:
- vazamentos;
- dobras nas mangueiras;
- bom estado de conservação e validade das mangueiras;
- existência de substâncias inflamáveis ao redor.
 Quando trabalhar com produtos tóxicos, o uso da capela é obrigatório. Nunca inicie sem que:
- o sistema de exaustão esteja operando;
- piso e janela da capela estejam limpos.

INCOMPATIBILIDADE ENTRE PRODUTOS QUÍMICOS


Define-se como “incompatibilidade entre produtos químicos” a condição na qual determinados
produtos tornam-se perigosos quando manipulados ou armazenados próximos a outros, com os quais
podem reagir, criando situações perigosas.
Os agentes oxidantes são considerados os mais perigosos neste sentido, pois durante uma reação
química fornecem oxigênio, um dos elementos necessários para a formação de fogo. Algumas vezes, esse
suprimento de oxigênio pode ser muito elevado, com forte desprendimento de calor, o que pode provocar
uma explosão. Quando um reagente oxidante é guardado próximo a um produto combustível, e por uma
razão qualquer (danificação da embalagem ou volatilização), entrarem em contato existe uma probabilidade
bastante elevada de que ocorra um início de incêndio ou uma explosão. Regra geral: não guardar
substâncias oxidantes próximos a líquidos voláteis e inflamáveis. Alguns símbolos:

Tóxico Irritante Corrosivo Inflamável

Choque elétrico Risco de explosão Risco ambiental Radioativo Risco biológico

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RECOMENDAÇÕES FINAIS
O risco de acidente é maior quando nos acostumamos a conviver com o perigo e passamos a ignorá-
lo.
A segurança de um laboratório está apoiada na determinação de cada um de seus elementos. Você
é responsável por si e por todos.
Nenhum trabalho é tão importante e urgente que não possa ser planejado e executado com
segurança.

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VIDRARIAS E EQUIPAMENTOS DO LABORATÓRIO
_____________________________________________________________________________________
Com o intuito de familiarizar os estudantes com as vidrarias e equipamentos que serão utilizados ao
longo da disciplina QUI112, será disponibilizado a seguir uma breve lista de materiais, acompanhados de
suas gravuras e uma breve descrição de sua função.

Tubo de Ensaio: Estante para tubos de ensaio: Becker (ou béquer):


usado em testes suporte de tubos de ensaio. usado para aquecimento de líquidos,
de reação. reações de precipitação, etc.

Erlenmeyer: Proveta: Pipeta graduada:


usado para titulações usada para medidas usada para medidas variáveis
e aquecimento de líquidos. aproximadas de volume líquido. de líquidos.

Pipeta volumétrica: Bureta: Funil:


usada para medidas usada para medidas usado em transferências
fixas líquidos. precisas de líquidos. de líquidos e em filtrações.

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Funil de decantação: Bastão de vidro: Tela de amianto:
usado para a separação usado para agitar soluções, usada para distribuir
de líquidos imiscíveis . transporte de líquidos na filtração, uniformemente o calor.
entre outros.

Tripé de ferro: Bico de Bunsen: Pinça de madeira:


usado para sustentar usado em aquecimentos. Usada para segurar tubos
a tela de amianto. de ensaio em aquecimento
no bico de Bunsen.

Suporte universal: Termômetro: Espátula:


Utilizado para sustentar usado para medidas utilizada na
vidrarias em geral. de temperatura. transferência de
substâncias solidas.

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Vidro de relógio: Pipetador de borracha ou pêra: Piseta ou frasco lavador:
usado para cobrir béqueres utilizado para encher pipetas utilizado para a lavagem de
em evaporações, pesagens, etc. por sucção. materiais.

Cápsula de porcelana: Funil de Buchner: Kitasato (acomplado a um


usada para evaporar líquidos utilizado para filtração funil de Buchner):
em soluções. a vácuo. utilizado para filtração a vácuo.

Balão volumétrico: Picnômetro: Garra metálica:


usado para preparar usado para determinar usada para prender peças
e diluir soluções. a densidade de líquidos. no suporte universal.

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CRONOGRAMA DE EXPERIMENTOS

Cronograma Qui112 – Química experimental


Data
Atividade
Dia/Mês/Ano
Experimento 1: Introdução às técnica de laboratório. Vidrarias e medidas.
____/____/_______ Densidade de líquidos.
____/____/_______ Experimento 2: Reações químicas – Evidências macroscópicas.
____/____/_______ Experimento 3: Cinética química.
Experimento 4: Equilíbrio químico – Reações no equilíbrio químico e Princípio de
____/____/_______ Le Chatelier.
____/____/_______ Experimento 5: Eletroquímica – célula voltaica e galvanoplastia.

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EXPERIMENTO 1: INTRODUÇÃO ÀS TÉCNICAS DE LABORATÓRIO.
VIDRARIAS E MEDIDAS. DENSIDADE DE LÍQUIDOS.

INTRODUÇÃO
As experiências de laboratório em química envolvem muito frequentemente medidas de massa e
volume, que são posteriormente utilizados em cálculos. Nesta experiência, você medirá as massas e
volumes da água e de soluções, e utilizará os resultados obtidos para calcular as respectivas densidades.
As atividades de laboratório exigem do aluno não apenas o conhecimento dos materiais, vidrarias e
aparelhos utilizados, mas também o correto emprego de cada um deles. O sucesso acadêmico e a
segurança do laboratório nesta disciplina dependem essencialmente do emprego correto de determinados
equipamentos e vidrarias.

OBJETIVOS
a) Os alunos deverão ser capazes de usar e fazer leituras em termômetros, balanças e vidrarias
volumétricas, e usar estes instrumentos para medir a densidade de líquidos.
b) Aprender a manusear a balança e as vidrarias de uso corrente em trabalhos práticos, bem como a
maneira correta de empregá-los.
c) Aprender a fazer a leitura de medidas determinadas no laboratório e como expressá-las
cientificamente através de valores médios, desvios e unidades.
d) Identificar materiais comuns de laboratório e conhecer sobre a segurança em um laboratório de
química.
e) Determinar a densidade de líquidos e determinar o ponto de ebulição da água.

1- Identificação de Vidrarias e Materiais.


Cada objeto utilizado no laboratório deve ser reconhecido através do seu nome técnico e da sua
utilidade específica de acordo com o experimento. É necessário usar adequadamente cada um desses
objetos conhecendo sua função, precisão e correto manuseio.

2- Manipulação de Reagentes
 Os reagentes químicos devem ser guardados em frascos de vidro ou de plástico tampados e
rotulados. Ao abrir um frasco de reagente, a tampa deve ser colocada na mesa sobre um papel toalha, virada
para cima. Após o reagente ser usado, o frasco deve ser novamente tampado;
 Qualquer quantidade de reagente retirada do frasco estoque jamais deve retornar ao mesmo. O aluno
deve aprender a estimar a quantidade que necessitará, retirando dos frascos de reagente somente o
necessário, evitando desperdícios;
 No caso de reagentes sólidos deve-se utilizar uma espátula devidamente lavada e seca. No caso de
reagentes líquidos deve-se utilizar um pequeno béquer limpo e seco para verter o reagente líquido a ser
medido. Não introduza pipetas, conta-gotas e outros diretamente nos frascos dos reagentes;
 Ao transferir um líquido para um recipiente qualquer se deve segurar o frasco de maneira que a mão
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tampe o rótulo e inclinar o frasco para o lado oposto ao do rótulo. Deste modo, se algum líquido escorrer
pelas paredes externas do frasco, não estragará o rótulo, mas se tal ocorrer deve-se limpá-lo imediatamente.

3- Medidas, Exatidão, Precisão


Sempre que uma medida é efetuada, deve-se levar em consideração o erro a ela inerente. O erro de
uma medida é muitas vezes limitado pelo equipamento que é empregado na sua obtenção. Em uma medida
exata, os valores encontrados estão muito próximos do valor verdadeiro. A precisão refere-se a quão
próximas diversas determinações de uma medida estão entre si. Medidas podem ser precisas sem serem
exatas, devido a algum erro sistemático. O ideal é que as medidas sejam precisas e exatas. A precisão de
uma medida pode ser melhorada aumentando-se o número de determinações de uma medida e fazendo-se
o valor médio das mesmas.

1) Método com elevada exatidão e precisão alta.

2) Método com baixa exatidão, porém muito preciso.

3) Método com exatidão e precisão baixas.

Figura 1: Diferença entre precisão e exatidão.

Medidas de Volume
Para se efetuar medidas de volume, faz-se necessário a utilização de pipetas, provetas e buretas.
As medidas de volume de um líquido com esses instrumentos são feitas comparando-se o nível do mesmo
com os traços marcados na parede do recipiente. Na leitura do volume de um líquido usando-se um destes
instrumentos, ocorre uma concavidade que recebe a denominação de menisco.

Unidades de medida de volume:


Sistema Internacional (S.I.): m3
1cm3 = 1ml 1dm3 = 1L 1m3 = 1000L 1galão (EUA) = 3,785L 1galão (GBR) = 4,546L
1barril (EUA) = 158,987L 1barril (GBR) = 159,113 L

Medidas de massa
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As balanças são instrumentos adequados para medir massas. O manuseio de uma balança requer
muito cuidado, pois são instrumentos delicados e caros. No ato de sua utilização, devem ser observados os
seguintes cuidados gerais:
 Manter a balança limpa;
 Não colocar os reagentes diretamente sobre o prato da balança;
 Os objetos a serem pesados devem estar limpos, secos e à temperatura ambiente;
 O operador não deve se apoiar na mesa em que a balança está colocada.

PROCEDIMENTOS

Procedimento 1: Medida de temperatura de ebulição da água


Materiais: Termômetro (1); béquer de 100 mL (1); bico de Bunsen (1), tela de amianto (1) e tripé de ferro
(1) ou chapa aquecedora (1).

1- Descrever como se obtém a chama mais quente e a chama mais fria ou mais luminosa através da
regulagem correta dos controles do bico de gás. Chama quente: cor azul. Para se obter uma chama quente
a passagem de ar deve estar aberta. Chama fria: avermelhada. A passagem de ar deve estar fechada.
Luminosidade: para aumentar a luminosidade, deve-se liberar mais gás, por uma das válvulas, para que
esse entre em combustão.
2- Adicione água destilada em um béquer e meça a temperatura de ebulição da água.

Procedimento 2: Calibração de uma pipeta volumétrica


Materiais: Termômetro (1); pipeta de 25 mL (1); balança analítica; água destilada; papel toalha.

Procedimento geral para uso da pipeta:


 Com o auxílio de um pipetador, faça a sucção até que o líquido ultrapasse o traço de aferição;
 Eleve a pipeta até que o traço de aferição fique na altura de seus olhos;
 Com a outra mão, segure o recipiente do qual está sendo retirado o líquido. Posicione-o de modo
que a ponta da pipeta encoste na parede interna;
 Enxugue a superfície externa da pipeta;
 Escoe o líquido no recipiente de destino.
A aferição da pipeta é feita pela pesagem da quantidade de água que dela é escoada.
1- Pese um béquer de 100 mL vazio;
2- Pipete a água transferindo-a para o béquer e pese-o novamente;
3- Calcule a diferença entre as pesagens, obtendo assim a massa da água escoada pela pipeta;
𝑚á𝑔𝑢𝑎 = 𝑚𝑏é𝑞𝑢𝑒𝑟𝑐𝑜𝑚á𝑔𝑢𝑎 −𝑚𝑏é𝑞𝑢𝑒𝑟𝑣𝑎𝑧𝑖𝑜
4- Repita os procedimentos de 1 a 3 mais duas vezes tomando o cuidado de secar o béquer entre as
repetições;

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5- Meça a temperatura da água usada na calibração e confira o valor tabelado de sua densidade, nesta
temperatura. Conhecendo-se a massa de água escoada e a sua densidade na temperatura da experiência
(Tabela 1), calcule o volume da pipeta através da equação abaixo fazendo o cálculo para cada um dos
volumes encontrados (V1,V2 e V3);
𝑚á𝑔𝑢𝑎
𝑉𝑝𝑖𝑝𝑒𝑡𝑎 =
𝑑á𝑔𝑢𝑎
6- Utilize os valores de volume encontrados, para calcular o desvio padrão e compare com os limites de
tolerância para a vidraria em questão, de acordo com a Tabela 2.

Tabela 1: Densidade da água de 15 a 29 °C.


T (°C) d (g.mL–1) T (°C) d (g.mL–1) T (°C) d (g.mL–1)

15 0,9991 20 0,9982 25 0,9970

16 0,9989 21 0,9980 26 0,9968

17 0,9988 22 0,9978 27 0,9965

18 0,9986 23 0,9975 28 0,9962

19 0,9984 24 0,9973 29 0,9959

Tabela 2: Limites de tolerância para algumas vidrarias.

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Procedimento 3: Densidade de líquidos:
Materiais e reagentes: Suporte universal (1); termômetro (1); béquer de 50 mL (1); balança analítica; pipeta
volumétrica de 25 mL (1); bureta de 50 mL; (1); água destilada; papel toalha.

a) com o béquer
1- Pese um béquer de 50 mL em uma balança analítica e anote a massa exatamente até a quarta casa
decimal (mbéquer vazio);
2- Meça 10 mL de água utilizando o próprio béquer;
3- Meça a temperatura da água;
4- Pese e anote a massa total do béquer com água (mbéquer com água);
5- Determine a massa da água transferida da seguinte forma (mágua):
𝑚á𝑔𝑢𝑎 = 𝑚𝑏é𝑞𝑢𝑒𝑟𝑐𝑜𝑚á𝑔𝑢𝑎 −𝑚𝑏é𝑞𝑢𝑒𝑟𝑣𝑎𝑧𝑖𝑜
5- Repita o procedimento duas vezes e faça o cálculo para cada uma das massas encontradas (m1, m2 e
m3);
6- Utilize os valores de massa encontrados para calcular a densidade da água. Calcule o desvio padrão para
as três medidas de densidade (d1, d2 e d3).

b) Com a bureta
1- Pese um béquer de 50 mL em uma balança analítica e anote a massa exatamente até a quarta casa
decimal (mbéquer vazio);
2- Meça 10 mL de água utilizando a bureta,e adicione ao béquer;
3- Meça a temperatura da água;
4- Pese e anote a massa total do béquer com água (mbéquer com água);
5- Determine a massa da água transferida (mágua);
6- Repita o procedimento duas vezes e faça o cálculo para cada uma das massas encontradas (m1, m2 e
m3);
7-Utilize os valores de massa encontrados, para calcular a densidade da água. Calcule o desvio padrão para
as três medidas de densidade (d1, d2 e d3).

Fórmulas:
Desvio Padrão

∑𝑛𝑖=1(𝑥𝑖 − 𝑥´)2
𝜎=√
𝑛−1

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ATIVIDADES
Atividades Pré-laboratório
1) Qual é a diferença conceitual entre: massa e peso; massa e densidade?
2) Analisando a tabela de variação da densidade da água com a temperatura qual é a relação entre
essas propriedades?
3) Por que é necessária a calibração de equipamentos para medidas de temperatura, massa, volume
entre outras medidas?

Atividades Pós-laboratório
1) Compare os valores de densidade obtidos, com os valores da tabela de densidade em função da
temperatura;
2) Na faixa de temperatura na qual realizou-se o experimento, observamos uma variação linear da
densidade da água em função da temperatura. Este comportamento é observado em qualquer temperatura?
Justifique sua resposta.
3) Baseado nos valores de densidade da água obtidos pelas medidas com o béquer e com a bureta,
discorra sobre a exatidão e precisão de cada um deles.

Referências bibliográficas
BACCAN, N.; ANDRADE, J. C.; GODINHO, O. E. S.; BARONE, J. S., Química Analítica Quantitativa
Elementar, Cap. 1, 2ª ed.Edgard Blücher: Campinas, 1985.

BRADY, J.; HUMISTON, G. E., Química Geral. Vol. 1, 2ª ed., Cap. 1, Livros Técnicos e Científicos: Rio de
Janeiro, 1986.

VOGEL, A. I., et al., Química Analítica Quantitativa. Kapelusz: Buenos Aires, 1960.

17
EXPERIMENTO 2: REAÇÕES QUÍMICAS –
EVIDÊNCIAS MACROSCÓPICAS

INTRODUÇÃO
A geração de conhecimento em Química é dependente de diferentes tipos de trabalho, tanto teórico
como prático. Na atividade experimental prática, muitos fatores são determinantes para a obtenção de bons
resultados na resolução dos problemas de interesse. É preciso, por exemplo, fazer a escolha certa do
equipamento a ser utilizado, prepará-lo convenientemente para o uso (limpeza, aquecimento, calibração
etc.), fazer uma leitura cuidadosa dos dados experimentais e a sua anotação correta e adequada para
facilitar a sua interpretação como vimos no experimento 1.
O processo pelo qual espécies químicas transformam-se em outras diferentes é chamado de reação
química. As espécies originais são chamadas reagentes e as que resultam após a reação são os produtos.
Em uma reação de síntese, partimos de mais de um reagente e obtemos um único produto. Na reação de
decomposição, obtemos mais de um produto a partir de um único reagente. Nas reações de simples troca
ou deslocamento, uma substância simples reage com uma substância composta, deslocando desta última
uma nova substância simples. Nas reações de dupla troca, dois reagentes permutam seus íons ou radicais
entre si, dando origem a dois novos compostos. Nas reações de oxirredução ocorre a troca de elétrons entre
as espécies reagentes. As espécies que cedem elétrons são redutoras, e as que recebem elétrons são
oxidantes. As reações que liberam calor são denominadas de exotérmicas, já quando o calor é absorvido, a
reação é classificada como endotérmica.

OBJETIVOS
a) Identificar os diferentes tipos de reações Químicas;
b) Classificar e equacionar reações.

MATERIAIS
 Estantes com tubos de ensaio;  Provetas de 50 mL e 10 mL;
 Pipetas de 1,0 mL, 5,0 mL e 10 mL;  Termômetro;
 Pinça tesoura;  Bastão de vidro;
 Pinça madeira;  Vidro de relógio;
 Espátula;  Tubo de vidro;
 Béquer de 500 mL;  Suporte universal.

REAGENTES
 Solução de cloreto de sódio 0,1 mol.L–1;  Solução de hidróxido de sódio 10 %;
 Solução de iodeto de potássio 0,1 mol.L–1;  Solução de nitrato de prata 5 %;

 Solução de brometo de potássio 0,1 mol.L–  Solução de sulfato de cobre II 5 %;


1
;  Solução de ácido clorídrico 1 mol.L–1;

 Solução de cloreto de ferro III 3 %;  Solução de ácido sulfúrico diluído;


18
 Solução de tiocianato de amônio 5 %;  Água oxigenada (10 volumes);
 Solução de amido;  Sódio metálico;
 Solução de fenolftaleína 1%;  Hidróxido de sódio (pastilha);
 Magnésio em fita;  Carbonato de cálcio;
 Fio de cobre;  Cloreto de potássio.
 Palha de aço (lã de aço);

PROCEDIMENTOS
1- Coloque em um tubo de ensaio 10 gotas de solução de sulfato de cobre II. Introduzir uma pequena porção
de palha de aço, de forma que a mesma fique totalmente imersa na solução. Observe e anote o que ocorre.
Equacione e classifique a reação.
2- (DEMONSTRATIVO, CAPELA) Coloque água em um Béquer de 500 mL e adicione algumas gotas de
fenolftaleína. Adicione o menor pedaço possível de sódio metálico. Observe e anote o que acontece.
Equacione e classifique a reação. Obs.: o sódio metálico que não foi utilizado deve ser descartado reagindo-
o com etanol em um Béquer.
3- Em um tubo de ensaio, adicione cerca de 10 gotas de solução de cloreto de sódio. Em seguida, 10 gotas
de solução de brometo de Potássio. Observe e anote.
4- Coloque em um tubo de ensaio 10 gotas de solução de cloreto de ferro III e adicione, a seguir, 20 gotas
de solução de hidróxido de sódio 10 %. Observe se houve formação de um precipitado. Caso contrário,
adicione um pouco mais de base. Equacione e classifique a reação. Indique qual é o composto praticamente
insolúvel em água formado.
5- Leve um pequeno fragmento de magnésio seguro por uma pinça tesoura (não use pinça de madeira) à
chama do bico de Bunsen. (Muito cuidado ao observar, a luz emitida pode prejudicar a vista). Observe e
anote. Transfira o produto para um tubo de ensaio, adicione 10 mL de água destilada e agite com bastão de
vidro para homogeneizar. Adicione 2 gotas de solução de fenolftaleína. Observe e anote. Equacione e
classifique as reações ocorridas.
6- Em um tubo de ensaio contendo cerca de 10 gotas de solução de nitrato de prata, imergir cerca de 1 cm
de fio de cobre. Continue a prática e observar após cinco minutos. Anote. Equacione e classifique a reação.
7- Coloque em um tubo de ensaio, uma ponta de espátula de carbonato de cálcio. Adicione 10 gotas de
ácido clorídrico 1 mol.L–1. Observe e anote. Equacione e classifique a reação.
8- Coloque 5 gotas de solução de cloreto de ferro III em um tubo de ensaio. Adicione 5 gotas de solução de
tiocianato de amônio. Agite e observe. Equacione e classifique a reação.
9- Coloque 5 gotas de solução de iodeto de potássio em um tubo de ensaio. Adicione 5 gotas de ácido
sulfúrico diluído. Agite. Adicione 5 gotas de água oxigenada e agite novamente. Coloque 2 gotas de uma
solução de amido. Observe e anote. Equacione e classifique a reação.
10- Dissolva uma pastilha de hidróxido de sódio em 30 gotas de água destilada. Anote as temperaturas da
água antes e após a dissolução.

19
11- Dissolva pequena quantidade (ponta de espátula) de cloreto de potássio em 10 gotas de água destilada.
Anote as temperaturas da água antes e após a dissolução.

ATIVIDADES
Atividades Pré-laboratório
1) Quais são as observações visuais que indicam a ocorrência de uma reação química?
2) Qual é o composto que deve ser formado na reação entre uma solução de cloreto de ferro III e a solução
de hidróxido de sódio? Justifique sua resposta com base em tabelas de solubilidade.
3) Classifique a reação entre nitrato de prata e o fio de cobre.
4) Escreva um exemplo de reação que libera gás.
5) Como você poderia identificar uma solução que contém íons Fe3+?

Atividades Pós-laboratório
1) Em alguma das etapas anteriores, deixou de ocorrer uma reação química? Explique.
2) Com relação à etapa 1:
a) Por que houve descoramento da solução?
b) A reação observada poderia ocorrer no sentido inverso? Justifique.
3) Com relação à etapa 4:
a) Qual é a fórmula e o nome do composto praticamente insolúvel formado?
b) Escreva a equação da reação que se processou e classifique-a.
4) Com relação à etapa 5:
a) Com que substância combinou-se o magnésio?
b) Qual é a fórmula e o nome da substância branca que se forma nessa combinação?
c) Após a diluição com água destilada do produto formado e adição da fenolfataleína o que
aconteceu? Por que?
d) Escreva a equação da reação observada e classifique-a.
5) Com relação à etapa 6:
a) Qual é a substância que se formou sobre o cobre?
b) Porque a solução que era incolor tornou-se azul?
c) Escreva a equação da reação e classifique-a.
6) Com relação à etapa 7:
a) Quais são o nome e a fórmula do gás formado?
b) Escreva a equação da reação e classifique-a.
c) Por que o H2CO3 não aparece no produto da equação?
7) Com relação à etapa 8:
a) Quais são o nome e a fórmula do produto formado?
b) Escreva a equação da reação e classifique-a.
8) Com relação à etapa 9:

20
a) Escreva a equação da reação entre iodeto de potássio, ácido sulfúrico e água oxigenada,
indicando os números de oxidação de todos os átomos dos elementos participantes.
b) Qual é a substância oxidante e qual é o redutor?
c) Por que se adiciona 2 gotas de solução de amido ao produto formado? O que aconteceu? Explique.
9) Com relação à etapa 10:
a) Houve aumento ou diminuição da temperatura?
b) A diluição do hidróxido de sódio é um processo endotérmico? Explique.
10) Com relação à etapa 11, responda:
a) Houve aumento ou diminuição da temperatura?
b) A diluição do cloreto de potássio é um processo endotérmico ou exotérmico? Explique.

Referências bibliográficas
SWIFT, E. H.; SCHAEFER, W. P. Qualitative Elemental Analysis. W. H. Freeman and Co.: São Francisco,
1962.

VOGEl, A. I., Química Analítica Qualitativa. Mestre Jou: São Paulo, 1981.

21
EXPERIMENTO 3:
CINÉTICA QUÍMICA

INTRODUÇÃO
A cinética química trata do estudo das velocidades das reações químicas. Enquanto algumas reações
se processam muito rapidamente, outras são mais lentas. Geralmente, os processos que envolvem íons
ocorrem rapidamente e os que envolvem moléculas ou grupos ligados covalentemente levam mais tempo
para ocorrer. Os principais fatores que controlam a velocidade de uma reação química são: a natureza dos
reagentes e produtos, a concentração das espécies reagentes, a temperatura, a superfície de contato, a
presença de catalisadores. O aumento da concentração dos reagentes e da temperatura aumenta a
possibilidade de colisões entre as moléculas, aumentando a velocidade da reação.

OBJETIVOS
Observar os efeitos da concentração dos reagentes, da temperatura, da superfície de contato e do
catalisador sobre a velocidade de uma reação química.

MATERIAIS
 Erlenmeyer de 10 ou 25 mL (8);  Béquer 50 mL (2);
 Pipeta graduada 10 mL (2);  Béquer 25 mL (2);
 Pipeta volumétrica 10 mL (1);  Béquer 250 mL (1);
 Pipeta volumétrica 3 mL (1);  Estante para tubos de ensaio;
 Pipeta graduada 2 mL (2);  Cronômetro;
 Pipeta graduada 5 mL (1);  Pinça de madeira.

REAGENTES
 KIO3 0,02 mol.L-1;  H2C2O4 (ácido oxálico) 0,05 mol.L-1;
 NaHSO3 0,01 mol.L-1;  H2SO4 0,5 e 0,05 mol.L-1;
 MnSO4 0,05 mol.L-1;  KMnO4 0,01 mol.L-1.

PROCEDIMENTOS
Procedimento 1: Efeito da concentração
1- Em 5 Erlenmeyer, numerados de 1 a 5, adicione, seguindo a ordem: KlO3, H2O e NaHSO3, conforme a
Tabela 1.
Obs: é importante agitar os tubos após a mistura com a água.
2. Marque o tempo zero no momento em que a solução de NaHSO3 é adicionada e o tempo final no momento
da mudança de cor. Use um fundo branco para facilitar a visualização. Obs: A solução passará de incolor
para laranja.

22
Tabela 1: Protocolo para verificação do efeito da concentração na velocidade de uma reação.
Erlenmeyer KIO3 (mL) H2O (mL) NaHSO3 (mL) tempo obs. (s)
01 10 0 10
02 8 2 10
03 6 4 10
04 4 6 10
05 2 8 10

Procedimento 2: Efeitos da temperatura e adição de catalisador


1- Em 3 tubos de ensaio numerados 6, 7 e 8, coloque 3 mL de solução de H2SO4 0,05 mol.L-1 e 2 mL de
solução de H2C2O4 0,05 mol.L-1.
2- Ao tubo 6 adicione 2 mL de solução de KMnO4 0,01 mol.L-1 e anote o tempo em que a reação se processa.
3- Ao tubo 7 adicione 2 mL de solução de KMnO4 0,01 mol.L-1 e coloque imediatamente em banho-maria.
Anote o tempo em que a reação se processa.
4- Ao tubo 8 adicione 2 mL de solução de KMnO4 0,01 mol.L-1 e 2 mL de solução de MnSO4 0,05 mol.L-1.
Anote o tempo.
Obs: A reação terá se completado quando a cor violeta, do permanganato, desaparecer, ou seja, ficar
incolor. Neste ponto deverá ser anotado o tempo final de reação.

Tabela 2: Protocolo para verificação do efeito da temperatura e do catalisador na velocidade da reação.


Tubo H2SO4 (mL) H2C2O4 (mL) KMnO4 (mL) MnSO4 (mL) tempo obs. (s)
06 3 2 2 -
07* 3 2 2 -
08 3 2 2 2
*Tubo deve ser colocado em banho-maria.

ATIVIDADES
Atividades Pré-laboratório
1) O calcário em pedra deve reagir mais lentamente ou mais rapidamente com uma solução de H2SO4 que
o calcário em pó? Explique.
2) Na reação do procedimento 1:
2 IO3-(aq) + 5 HSO3-(aq) + 2 H+(aq)  I2(s) + HSO4-(aq) + H2O(l)
O íon HSO3– é o agente oxidante ou redutor? Explique.

Atividades Pós-laboratório
1) Por que, em geral, um aumento de temperatura aumenta a velocidade de uma reação química?
2) Faça um gráfico de 1/tempo versus volume (em mL) de solução de KIO3.
3) A partir do gráfico 1/t X Vol (IO3-), discuta qual é o efeito do aumento da concentração de IO3– sobre a
velocidade da reação.
23
4) Discuta por que foram adicionados, no procedimento experimental “efeito da concentração”, 0, 2, 4, 6 e 8
mL de água, respectivamente.
5) Qual o efeito observado na variação de temperatura sobre a velocidade da reação?
6) Comente qual é o papel do catalisador, MnSO4, na velocidade da reação.

Referências bibliográficas
ATKINS, P.; JONES, L. Princípios de Química: Questionando a Vida Moderna e o Meio Ambiente. 5ª ed..
Bookman: Porto Alegre, 2012.

BROWN, T. L.; LEMAY JR, H. E.; BURSTEN, B. E.; BURDGE, J. R. Química: A Ciência Central. 9ª ed.,
Pearson: São Paulo, 2005.

24
EXPERIMENTO 4: EQUILÍBRIO QUÍMICO –
REAÇÕES NO EQUILÍBRIO E PRINCÍPIO DE LE CHATELIER

INTRODUÇÃO
Uma das razões pelas quais as propriedades de um sistema em equilíbrio são muito importantes é
que todas as reações tendem a alcançar um estado de equilíbrio, embora isso nem sempre seja evidente.
Às vezes, dizemos que uma reação química foi "completada", mas, rigorosamente falando, não existem
reações que consumam 100% dos reagentes. Todos os sistemas que reagem alcançam um estado de
equilíbrio, no qual permanecem pequenas quantidades de reagentes que estão sendo consumidos, até que
seja quase impossível de se medir. Considere a seguinte reação:

CO2 (g) + H2 (g) CO (g) + H2O (g)

Suponha que certa quantidade de CO2 e H2 está contida em um recipiente hermeticamente fechado
e que dispõem-se de um instrumento que permite acompanhar o desenvolvimento da reação. Após o início
da reação, percebe-se que as concentrações dos reagentes (CO2 e H2) diminuem e que as dos produtos
(CO e H2O) aumentam (todas essas concentrações aumentam e diminuem na mesma proporção). Veja
abaixo o gráfico que representa esse equilíbrio químico.

Figura 1: Curva de variação da concentração em função do tempo de reação.

É possível observar pelo gráfico que as variações de concentração vão se tornando menos
acentuadas desde o início da reação (t0) até o instante t3, em que o equilíbrio foi atingido. Isso significa que
as velocidades de troca se tornam menores com o passar do tempo. No tempo t 0 somente pode ocorrer a
reação no sentido da formação dos produtos (reação direta). Entretanto, após certo tempo, quando
significativa quantidade de produto já foi formada, pode se iniciar a reação no sentido contrário, ou seja,
reação inversa. A velocidade da reação direta diminui com o tempo, devido ao decréscimo de reagentes
(menor número de choques efetivos). Ao mesmo tempo, a velocidade da reação inversa aumenta, por causa
do aumento da concentração dos produtos. Finalmente, em t3, a velocidade da reação direta se iguala à da

25
reação inversa. A partir daí não há mais variação das concentrações de reagentes e produtos, uma vez que
estes são formados e consumidos em velocidades iguais. Esse equilíbrio é representado pela equação a
seguir.

CO2 (g) + H2 (g) CO (g) + H2O (g)

Ponto de partida:
Considerando que as reações, direta e inversa, estão ocorrendo simultaneamente, salientar que a
reação reversível nunca cessa e o equilíbrio é dinâmico. Salientar que quando um sistema alcança o
equilíbrio: Macroscopicamente, o sistema parece estar parado – a massa e a concentração dos participantes
se mantêm constantes, a cor permanece inalterada e etc. Do ponto de vista microscópico, observa-se que
fenômenos químicos continuam ocorrendo e que os efeitos da reação direta e da reação inversa se
contrabalançam. A velocidade no sentido direto é igual à do sentido inverso. “Quando um sistema em
equilíbrio é submetido a uma ação, o equilíbrio se desloca no sentido de contrabalancear esta ação”.

OBJETIVOS
Observar o deslocamento do equilíbrio químico de uma reação a partir de fatores como variação da
temperatura, pressão e concentração dos reagentes.

MATERIAIS
Béqueres 100 mL (2); Kitassato 250 mL;
Béqueres 250 mL (2); Rolha para Kitassato;
Banho maria; Pinça de madeira;
Tubos de ensaio (12 de mesmo diâmetro); Estante para tubos de ensaio;
Rolha para tubo de ensaio (2); Pipeta graduada de 10 mL;
Espátula; Pipeta graduada de 2 mL (2);
Pipeta de Pasteur;
Banho de gelo;

REAGENTES
HNO3 concentrado; Ba(NO3)2 0,5 mol.L–1.
Cobre metálico (fita ou fio); Cu(SO4) 0,2 mol.L-1
K2CrO4 0,1 mol.L–1; NaCl
K2Cr2O7 0,1 mol.L–1; HCl concentrado
NaOH 0,1 mol.L–1;
HCl 0,1 mol.L–1;

PROCEDIMENTOS

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Efeito da temperatura no equilíbrio
Parte A: equilíbrio NO2 e N2O4
1- Em um Kitassato de 250 mL, adicione aproximadamente 1,5g de cobre metálico. Em seguida, transfira
10 mL de HNO3 concentrado e coloque uma rolha de borracha no topo do Kitassato.
2- Recolha o gás formado em um tubo de ensaio, pela saída lateral do Kitassato (coloque um extensor na
saída de modo que o gás entre no fundo do tubo de ensaio).
3- Espere até que o tubo atinja a temperatura ambiente e mergulhe-o no Béquer contendo água gelada.
Espere algum tempo e observe.
4- Retire o tubo de água gelada e mergulhe na água fervendo. Observe.

Parte B: equilíbrio [Cu(H2O)4]2+ e CuCl4-


Prepare três tubos de ensaio, numerados de 1 a 3, numa estante.
2. Coloque 2 mL de solução de sulfato de cobre (II) 0,2 mol/L nos tubos. A solução do tubo 1 servirá como
padrão de comparação.
3. Adicione uma ponta de espátula de cloreto de sódio (NaCl) sólido aos tubos 2 e 3. Agite até observar uma
mudança pronunciada da cor da solução. A cor das duas soluções deve ser idêntica.
4. Aqueça a solução do tubo 3 cuidadosamente (sem ferver) no banho-maria e verifique a mudança de cor
em relação ao tubo 2 (mudou para mais amarelado ou para mais azulado?).
5. Deixe esfriar o tubo 3 e verifique a cor da solução.

Efeito da concentração no equilíbrio


Parte C: equilíbrio CrO42- e Cr2O72-
1- No suporte coloque 3 tubos de ensaio e numere-os de 1 a 3. Nos tubos 1 e 2, coloque 2 mL de K2Cr2O7
e no tubo 3 coloque 2 mL de K2CrO4.
2- No tubo 1 adicione 40 gotas (cada gota é aproximadamente 0,05 mL) da solução de NaOH. Compare a
cor da solução com a dos outros tubos. Anote a variação observada.
3- Adicione ao mesmo tubo, 40 gotas de HCl. Agite e compare novamente com os outros tubos (Leve em
consideração a diluição). Anote esta nova variação.
4- No tubo de ensaio contendo o K2CrO4, tubo 3, adicione 2 gotas de solução de Ba(NO3)2. Agite e observe
se houve formação de precipitado.
5- Repita o procedimento do item 4 no tubo de ensaio2, contendo K2Cr2O7.
Obs: A solubilidade do BaCrO4 é de 8,5 x 10-11 mol L-1 e BaCr2O7 é solúvel.

Parte D: equilíbrio [Cu(H2O)4]2+ e CuCl4-


1. Prepare cinco tubos de ensaio, numerados de 1 a 5.
2. Coloque, em cada tubo, 2 mL de solução de sulfato de cobre (II) (CuSO4) 0,2 mol/L.
3. Dilua a solução contida no tubo 2 com 2 mL de água destilada e reserve-a para posterior comparação.

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4. Adicione, às soluções contidas nos tubos 3 e 4, ácido clorídrico (HCl) concentrado, gota a gota, até não
observar mais mudanças aparentes (cerca de 10 gotas). OBSERVAÇÃO: Faça esta etapa na capela.
5. Acrescente, ao tubo 4, água destilada, gota a gota, até a solução atingir a coloração da solução do tubo
2.
6. Ao tubo 5, adicione ácido clorídrico apenas o suficiente para produzir uma mudança perceptível de cor
em relação ao tubo 1 (1-2 gotas). OBSERVAÇÃO: Faça esta etapa na capela.
7. Compare e caracterize as cores das soluções nos cinco tubos.

ATIVIDADES
Atividades Pré-laboratório
1) Quais as características de um sistema químico em equilíbrio?
2) Como um equilíbrio químico pode ser perturbado?

Atividades Pós-laboratório
1) Escreva as equações químicas em equilíbrio de todos os experimentos realizados na prática experimental
(isto é, equilíbrio entre NO2 e N2O4; CrO42- e Cr2O72-; e [Cu(H2O)4]2+ e CuCl4-).
2) Referente à Parte A, explique como o abaixamento da temperatura perturba o equilíbrio químico entre
NO2 e N2O4. Qual das espécies predomina com o abaixamento da temperatura e porquê?
3) Referente à Parte B, explique o efeito da adição do NaCl no equilíbrio entre [Cu(H2O)4]2+ e CuCl4-).
4) Referente à Parte C, explique o efeito da adição do Ba(NO3)2 no equilíbrio entre CrO42- e Cr2O72.
5) Referente à Parte D, a reação química em estudo é exotérmica ou endotérmica? Qual o efeito da
temperatura sobre o equilíbrio químico?

Referências bibliográficas
ATKINS, P.; JONES, L. Princípios de Química: Questionando a Vida Moderna e o Meio Ambiente. 5ª ed.,
Bookman: Porto Alegre, 2012.

BROWN, T. L.; LEMAY JR, H. E.; BURSTEN, B. E.; BURDGE, J. R. Química: A Ciência Central. 9ª ed.,
Pearson: São Paulo, 2005.

28
EXPERIMENTO 05: ELETROQUÍMICA – CÉLULA VOLTAICA E
GALVANOPLASTIA.

INTRODUÇÃO
A eletroquímica estuda os fenômenos químicos e elétricos gerados por reações químicas
espontâneas (em pilhas ou baterias) e a transformação química gerada pela passagem de corrente elétrica
em uma solução (eletrólise).
A principal condição em uma reação de óxido-redução é a transferência de elétrons do agente redutor
para o oxidante. Assim, foi preciso estabelecer potenciais relativos de oxidação e redução para os
elementos, tomando como referência, o eletrodo padrão de hidrogênio, ao qual foi atribuído, arbitrariamente,
o potencial de zero volt (V). Aos eletrodos que perdem elétrons mais facilmente que o hidrogênio, foram
atribuídos potenciais padrão de redução (Ered0) negativos; e àqueles que ganham elétrons mais facilmente,
potenciais padrão de redução (Ered0)positivos.

2H+(aq) + 2e- → H2(g) (E0 = 0,0 volt)

Utilizando esses valores, encontrados em tabelas de Potencial Padrão de Redução, é possível prever
a espontaneidade de reações de óxido-redução. Se o potencial apresentar valor positivo, a reação será
espontânea, caso contrário, o sistema sofrerá transformação à custa de um trabalho elétrico. Além disso,
pode ser calculada a variação de energia livre de Gibbs, analisado o critério de espontaneidade para uma
reação química.

∆G = - nF∆E (joules) ou ∆G = - nF∆E/4186 (Kcal.mol–1),

onde: n = número de mols de elétrons transferidos;


F = constante de Faraday (96.500 Coulomb);
∆E = potencial da pilha em volts.

Obs: ∆G >0 → reação não espontânea e ∆G < 0 → reação espontânea

Obs. 01: A Tabela do Potencial padrão de redução de algumas espécies químicas está no apêndice desta
apostila.
Obs. 02: Nesta aula serão preparados os procedimentos 1 a 4 do próximo experimento (Exp. 10).

OBJETIVOS
Observar a espontaneidade de reações de óxido-redução; montar a pilha de Daniell e reconhecer os
produtos de uma eletrólise.

29
MATERIAIS
 Fonte de energia;  Béquer de 50 mL (2);
 Multímetro;  Béquer de 100 mL (2);
 Cronômetro;  Prendedores e condutores metálicos (fios
 Eletrodo de cobre; de cobre) (2);
 Eletrodo de zinco;  Palha de aço;
 Tubo em U para ponte salina;  Pinça metálica;
 Algodão;  Estufa.

REAGENTES
 ZnSO4 1,0 mol.L–1;  HCl 0,5 mol.L-1;
 CuSO4 1,0 mol.L–1;  Lâmina de latão;
 Solução saturada de KCl;  Lâmina de zinco.
 CuSO4 0,6 mol.L–1;

PROCEDIMENTOS
Procedimento 1: Montagem da pilha de cobre e zinco (Pilha de Daniell)
1- Coloque em um béquer de 50mL, aproximadamente 40 mL da solução de sulfato de cobre (II) 1,0 mol.L–
1. Em outro béquer coloque a mesma quantidade da solução de sulfato de zinco (II) 1,0 mol.L–1;
2- Encha o tubo U com solução saturada de KCl e, em seguida, coloque um chumaço de algodão nas
extremidades do tubo, tomando cuidado para não deixar entrar bolhas de ar. Esse procedimento é
necessário para preparação da ponte salina;
3- Monte o sistema conforme o esquema da figura 1 abaixo;

Figura 1: Montagem da Pilha de Daniell

4- Feche o circuito intercalando o voltímetro entre os eletrodos (ligue o eletrodo de zinco ao terminal negativo
e o eletrodo de cobre ao terminal positivo do voltímetro);
5- Escreva as equações das semi-reações que ocorrem nos eletrodos (cátodo e ânodo) e a reação global;
6- Leia a diferença de potencial no voltímetro;

30
7- Após a leitura, desligue o multímetro e retire os eletrodos das soluções;
8- Com auxílio da Tabela de Potencial Padrão de Redução, calcule a diferença de potencial (o) da pilha;
9- Compare o valor experimental com o valor teórico.

Obs: As soluções de sulfato de cobre (II) 1,0 mol L–1 e de sulfato de zinco (II) 1,0 mol L–1 deverão ser
reaproveitadas.

Procedimento 2: Eletrodeposição de metal (Galvanosplastia)


1- Separe as seguintes soluções em béqueres: 80 mL de HCl 0,5 mol.L–1, 100 mL de sulfato de cobre
(CuSO4) a 0,6 mol.L–1;
2- Limpe mecanicamente cada uma das lâminas de latão;
3- Decape as lâminas em ácido clorídrico por 2 minutos, enxágue-as, e seque-as bem;
4- Pese a lâmina de latão, e anote a massa inicial;
5- Use a pinça metálica para pegar a lâmina de latão;
6- Utilize os 100 mL de CuSO4.5 H2O a 0,6 mol.L–1 para a eletrodeposição (cobre);
7- Ligue a fonte de corrente contínua. Peça auxílio ao professor para realizar o ajuste da fonte. Faça
rapidamente a seguinte operação: [Curto-circuite as saídas positiva e negativa da fonte, juntando as pinças
dos fios conectores. Regule a corrente para 0,5 A; Separe as pinças, mas não desligue a fonte]. Durante a
regulagem da corrente e durante as eletrólises, o indicador luminoso “CC” deverá permanecer aceso;
8- Prenda a lâmina de latão com a pinça do fio conector do pólo negativo. Mergulhe-a no banho eletrolítico;
9- Prenda a outra lâmina – cobre conforme o banho – com a pinça do fio conector do pólo positivo.
Simultaneamente, mergulhe a lâmina no banho e acione o cronômetro. Anote a intensidade da corrente,
quando o indicador luminoso “CC” acender;
10- Transcorridos 5 minutos, trave o cronômetro, e desligue a fonte no mesmo instante; Anote o tempo exato
em segundos;
11- Usando a pinça metálica, pegue a lâmina que recebeu a deposição, lave-a, seque-a e pese-a. Anote a
massa final;

ATIVIDADES
Atividades Pós-laboratório
1) Dê as equações que ocorrem, isoladamente, no ânodo e no cátodo e a equação total de todas as reações
do experimento.
2) Esquematize a célula ou pilha galvânica (pilha de Daniell).
3) Discuta a função da ponte salina na célula galvânica.
4) Na Pilha de Daniell, compare o valor experimental com o valor teórico. Caso o valor seja diferente, cite os
possíveis erros para a diferença.

Referências bibliográficas

31
GIESBRECHT, E. Experiências de Química, Técnicas e Conceitos Básicos: PEQ – Projetos de Ensino
de Química. Ed. Moderna; Universidade de São Paulo: São Paulo, 1979.

SEMICHIN, V. Práticas de Química Geral e Inorgânica. Ed. Mir Moscou: Moscou1979.

TRINDADE, D. F.; OLIVEIRA, F. P.; BANUTH, G. S.; & BISPO, J. G. Química Básica Experimental. Ed.
Parma Ltda., São Paulo (1981).

VOGEL, A. I.; Química Analítica Qualitativa. Editora Mestre Jou: São Paulo, 1981.

32
METODOLOGIA PARA ELABORAÇÃO DE UM RELATÓRIO

ESTRUTURA DO RELATÓRIO
 Capa;
 Objetivo (s);
 Introdução;
 Resultados e Discussão;
 Conclusão;
 Referências Bibliográficas;
 Anexo (se houver).

1. Capa
Deve conter as seguintes informações: nome da Universidade, nome do instituto, nome do
departamento, número do experimento (Experimento-1) o título do experimento (no centro da folha), a
disciplina, a turma, o nome do professor, os nomes e números de matrículas dos alunos e a data de
realização do experimento.

2. Objetivo(s)
Use sempre uma frase sucinta que indique o que se pretende obter, determinar e/ou realizar na(s)
experiência(s). Nunca coloque resultados, descrição e conceitos relacionados ao experimento. Lembre-se
que deve ser colocado os objetivos, do experimento e não da aula.
Exemplo: determinar a densidade da água em diferentes temperaturas. Não utilize detalhes:
“determinar a densidade da água em diferentes temperaturas, a partir da medida da massa utilizando uma
balança, um picnômetro com volume definido e um termômetro”. Os detalhes de como os experimentos são
feitos são colocados no procedimento experimental.

3. Introdução
A introdução deve conter a descrição da teoria necessária para o entendimento da prática e a
discussão dos resultados. É fundamental consultar livros e outras referências, mas sempre sintetizando os
tópicos relevantes. Nunca faça uma cópia das referências consultadas. Você deve citar todo o material
usado como base para gerar o seu texto. Em caso de cópia comprovada de algum texto a nota para este
item será zero.
Exemplo: Os cátions são subdivididos em cinco grupos analíticos (Baccan e colaboradores, 1995).
Essa referência deverá estar na lista de Referências Bibliográficas ao final de seu relatório. Não
existe uma lista de referências Bibliográfica se não houver citação no texto. Faça a citação e a lista com
cuidado evitando assim possíveis problemas com plágio. Lembre-se: detalhes sobre procedimentos
experimentais não são colocados na introdução.

4. Resultados e Discussão

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Os resultados obtidos devem ser colocados de forma clara e objetiva. Sempre que possível, utilize
gráficos, figuras e tabelas para simplificar e facilitar o entendimento. Se utilizar gráficos, figuras e/ou tabelas,
esses deverão vir acompanhados de legendas.
Uma análise crítica dos resultados deve ser feita e, quando aplicável, devem ser comparados com
valores de referência na literatura ou fornecidos pelo professor. Lembre-se de fazer a citação dos dados que
estão sendo utilizados como referência.

5. Conclusão
Deve avaliar se os objetivos propostos foram alcançados e se os resultados obtidos foram
satisfatórios. Não coloque dados novos neste item, vocês devem ser referir a dados que já estejam contidos
no relatório.

6. Referências Bibliográficas
Redigir esta lista segundo normas ABNT. Abaixo alguns exemplos.

Livros

SOBRENOME, Prenome(s) do(s) autor(es). Título da obra: subtítulo (se houver). Edição. Local de
publicação (cidade): Editora, data da publicação. Paginação.

Exemplo: BROWN, T. L.; LEMAY JR, H. E.; BURSTEN, B. E.; BURDGE, J. R. Química: A Ciência Central,
9ª ed., Pearson: São Paulo, 2005. 972 pp.

Artigos de revistas científicas

SOBRENOME, Prenome(s) do(s) autor(es). Título do artigo: subtítulo (se houver). Nome do Periódico,
volume, número, páginas, ano.

Exemplo: TOMA, H. E; FERREIRA, A. M. C.; SERRA, O. S. Desenvolvimento da química inorgânica no


Brasil. Química Nova, v. 25, n. 1, p. 67-74, 2002.

Páginas da internet

SOBRENOME, Prenome(s). Título. Incluir o endereço eletrônico e a data de acesso.

Exemplo: UNIVERSIDADE FEDERAL DE ITAJUBÁ. Aprovados no Sisu fazem suas matrículas nos campi
da Unifei em Itajubá e Itabira. Disponível em: https://unifei.edu.br/blog/aprovados-no-sisu-fazem-suas-
matriculas-nos-campi-da-unifei-em-itajuba-e-itabira/. Acesso em: 19 fev. 2019.Obs: Deve haver a citação
de no mínimo um livro texto, em referências bibliográficas.

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CONSIDERAÇÕES GERAIS
 Todo relatório deve ter caráter impessoal. Redija sempre na 3ª pessoa evitando referências
pessoais, como por exemplo, “adicionei 10 g da amostra”, “utilizei uma placa de aquecimento”. Nestes
casos, utilize “adicionou-se 10 g da amostra”, “foi utilizada uma placa de aquecimento”.
 Figuras devem ser citadas e numeradas no texto. Exemplo: ...”de acordo com a Figura 1” ou ....”a
maior mina aberta de cobre (Figura 1)”.

Figura 1: Mina de cobre em Chuquicamata (Chile).

 As tabelas devem ser citadas e numeradas no texto, assim como as figuras, mas são identificadas
na parte superior. Exemplo:
Tabela 1. Relação entre elemento metálico e cor da chama.
Elemento Cor da Chama
Sódio Amarela
Potássio Violeta
Cálcio Laranja escura
Bário Verde limão
Cobre Verde
Magnésio Branca brilhante
Chumbo Azul
Lítio Vermelho carmim
Estrôncio Vermelho escarlate
Arsênio e Antimônio Azul

 Os gráficos devem ser construídos utilizando programas adequados (Ex.: Origin, Excel). São
discutidos na seção “Resultados e Discussão”.
 No texto, os nomes de tabelas e figuras devem ser mencionados com a primeira letra maiúscula.
Ex. Na Tabela 1, podemos observar ...
 Seu relatório é um documento de avaliação. No caso de cópia de relatórios, os grupos envolvidos
terão suas notas zeradas.

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