Apostila Qui112 2019 v5
Apostila Qui112 2019 v5
Apostila
QUI 112 – Química Experimental
Cursos
ENGENHARIAS EM GERAL
ITAJUBÁ-MG, 2019.
APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA E INFORMAÇÕES GERAIS
_____________________________________________________________________________________
A QUI112 é uma disciplina experimental de 2h quinzenais, ou seja, 1 crédito que contempla os cursos
de Física Bacharelado, Física Licenciatura e todos os cursos de Engenharia da Universidade Federal de
Itajubá (UNIFEI), exceto Engenharia Química e Engenharia de Bioprocessos. Nesta disciplina serão
abordados tópicos fundamentais da Química através de 5 experimentos envolvendo reações químicas,
cinética química, equilíbrio químico e eletroquímica (célula voltaica e galvanoplastia).
NORMAS GERAIS
O aluno deverá possuir a apostila contendo todos os roteiros das aulas práticas ministradas ao longo
do semestre. O aluno não poderá fazer a prática sem a apostila (roteiro) da mesma;
Providencie um caderno de laboratório. Neste caderno deverão ser anotadas todas as informações
referentes a cada experimento, além de orientações sobre como realizá-lo, além das observações, os dados
obtidos e os cálculos. Este caderno poderá ser solicitado para avaliação durante as aulas;
É obrigatório o uso de jaleco, calça comprida e sapatos fechados. Cabelos compridos devem estar
presos, não é permitido usar chapéu ou boné, e usuários de lentes de contato devem fazer uso de óculos
de grau durante a aula ou adquirirem óculos de proteção. A falta de um ou mais itens obrigatórios impedirá
o aluno de realizar a prática;
É proibido fumar, comer ou beber nos laboratórios;
É proibido usar qualquer material do laboratório sem autorização do professor;
O material específico recebido para determinado experimento deve ser devolvido limpo e em
condições de uso;
Avisar imediatamente aos professores em caso de acidente;
Colocar todos os resíduos de reação em frascos apropriados, como recomendado pelo professor;
Manter o local de trabalho limpo e organizado;
O aluno não deverá deixar sobre as bancadas: materiais como bolsas, paletós, cadernos, livros e
outros. Só devem ficar sobre a bancada a apostila da prática, o caderno e a caneta;
Prepare-se para o experimento que irá realizar. Leia atentamente o roteiro, consulte a bibliografia
indicada e revise os conceitos envolvidos;
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Não será tolerado atraso ao início das aulas. Evite faltar aulas, pois não há reposição de aulas
práticas, salvo com devida justificativa documentada.
Iniciar sempre o registro com o número do experimento e a data. Em seguida anote o título e faça
um breve resumo do que será feito durante a aula, contendo os objetivos e os procedimentos.
Eventualmente, dependendo do que for ser realizado, o procedimento poderá ser mais bem descrito através
de um fluxograma, principalmente quando envolver várias etapas. Nesta fase está incluída também a
construção de tabelas para anotações dos dados experimentais.
2
As anotações dos dados e das observações devem ser individuais. Habitue-se a fazer os registros à
tinta, e as eventuais retificações não deverão ocultar as anotações incorretas. Frequentemente os dados
considerados aparentemente errados, podem se revelar valiosos posteriormente.
A análise dos dados, as discussões e conclusões são partes importantes do trabalho experimental.
Nesta parte estarão incluídos os cálculos, a construção de gráficos e as avaliações comparativas de dados
obtidos pelas equipes. Desta análise são obtidas conclusões que respondem ao questionamento(s)
inicial(ais).
Lembre-se que um experimento é planejado para obter dados que permitam responder a algumas
questões, originada pela simples curiosidade, por dúvidas ou polêmicas. O registro das conclusões deve
ficar no caderno, sendo que alguns autores consideram esta parte como a mais importante do trabalho.
Finalizado o experimento e com todos os materiais limpos, realize a “Tarefa pós-laboratório” do
roteiro. Em geral esta tarefa é constituída por questões que o auxiliará na interpretação dos dados coletados.
A tarefa pós-laboratório deverá ser feita antes da próxima aula no Caderno de Laboratório, pois será cobrada
no relatório.
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SEGURANÇA NO LABORATÓRIO DE QUÍMICA
Ao iniciar o trabalho no laboratório de química é importante conhecer procedimentos de segurança
que permitam sua atuação com um mínimo de riscos. A segurança depende da ação de todos e não apenas
das pessoas encarregadas especificamente de promovê-la. Tome como hábito planejar o trabalho que vai
realizar, de modo a executá-lo com segurança. Quando tiver alguma dúvida quanto ao procedimento correto
e seguro sobre a realização de um trabalho, consulte seu professor. Não se constranja em fazer perguntas.
Observações
Todos os equipamentos de segurança devem estar ao alcance de todos os que estiverem
trabalhando no laboratório. Certifique-se de que sabe usá-los corretamente.
EPI (Equipamento de Proteção Individual). Ex.: óculos, aventais, calçados, capacetes, protetores
auriculares e máscaras.
RECOMENDAÇÕES GERAIS
DE ORDEM PESSOAL
Use calçados fechados;
Trabalhe sempre com avental ou guarda-pó abotoado;
Trabalhe com os cabelos amarrados;
Não use roupas de tecido sintético, pois são facilmente inflamáveis;
Use sempre os óculos de segurança;
Não pipete nenhum tipo de produto com a boca;
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Não use lentes de contato, pois estas podem ser danificadas por produtos químicos;
Não leve as mãos à boca ou aos olhos quando estiver no laboratório. Ao término do experimento,
lave bem as mãos com bastante água e sabão;
Não se alimente dentro do laboratório;
Não fume no laboratório e nos seus arredores;
Não leve nada do laboratório para casa (reagentes, vidrarias, etc.);
Mantenha gavetas e portas fechadas;
Não se exponha a radiações UV, IV ou luminosidade muito intensa sem proteção adequada (óculos
com lentes filtrantes);
Evite o uso de telefone celular.
Lembre-se: o trabalho em laboratório exige concentração. Evite conversas não pertinentes principalmente
quando estiver manipulando reagentes ou vidrarias.
REFERENTE AO LABORATÓRIO
Mantenha as bancadas sempre limpas e livres de materiais que não façam parte do experimento;
Rotule imediatamente quaisquer reagentes ou soluções que sejam preparadas, assim como
amostras coletadas;
Jogue papéis usados e materiais descartáveis na lata de lixo quando não representar riscos;
Todo laboratório deve conter um recipiente para recolher vidrarias trincadas ou quebradas;
No caso de derramamento de ácidos e bases fortes, o produto deve ser neutralizado antes de
realizar a limpeza.
VIDRARIAS
Não utilize materiais de vidro quando trincados ou quebrados;
Não jogue cacos de vidro em recipientes de lixo;
Use luvas apropriadas (ex.: amianto) quando manusear materiais quentes;
Use luvas apropriadas e óculos de segurança sempre que:
- atravessar ou remover tubos de vidro ou termômetros em rolhas de borracha ou cortiça;
- remover tampas de vidro emperradas;
- remover cacos de vidro.
Coloque frascos quentes sobre placas de amianto. Nunca ponha diretamente em azulejos ou
superfícies frias;
Nunca inspecione o estado das bordas de recipientes de vidro com as mãos;
Tome cuidado ao aquecer recipientes de vidro com chama direta.
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Só opere equipamentos elétricos quando:
- fios, tomadas e plugs estiverem em perfeitas condições;
- tiver certeza da voltagem correta entre equipamentos e circuitos.
Não acenda o bico de Bunsen sem antes verificar e eliminar os seguintes problemas:
- vazamentos;
- dobras nas mangueiras;
- bom estado de conservação e validade das mangueiras;
- existência de substâncias inflamáveis ao redor.
Quando trabalhar com produtos tóxicos, o uso da capela é obrigatório. Nunca inicie sem que:
- o sistema de exaustão esteja operando;
- piso e janela da capela estejam limpos.
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RECOMENDAÇÕES FINAIS
O risco de acidente é maior quando nos acostumamos a conviver com o perigo e passamos a ignorá-
lo.
A segurança de um laboratório está apoiada na determinação de cada um de seus elementos. Você
é responsável por si e por todos.
Nenhum trabalho é tão importante e urgente que não possa ser planejado e executado com
segurança.
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VIDRARIAS E EQUIPAMENTOS DO LABORATÓRIO
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Com o intuito de familiarizar os estudantes com as vidrarias e equipamentos que serão utilizados ao
longo da disciplina QUI112, será disponibilizado a seguir uma breve lista de materiais, acompanhados de
suas gravuras e uma breve descrição de sua função.
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Funil de decantação: Bastão de vidro: Tela de amianto:
usado para a separação usado para agitar soluções, usada para distribuir
de líquidos imiscíveis . transporte de líquidos na filtração, uniformemente o calor.
entre outros.
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Vidro de relógio: Pipetador de borracha ou pêra: Piseta ou frasco lavador:
usado para cobrir béqueres utilizado para encher pipetas utilizado para a lavagem de
em evaporações, pesagens, etc. por sucção. materiais.
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CRONOGRAMA DE EXPERIMENTOS
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EXPERIMENTO 1: INTRODUÇÃO ÀS TÉCNICAS DE LABORATÓRIO.
VIDRARIAS E MEDIDAS. DENSIDADE DE LÍQUIDOS.
INTRODUÇÃO
As experiências de laboratório em química envolvem muito frequentemente medidas de massa e
volume, que são posteriormente utilizados em cálculos. Nesta experiência, você medirá as massas e
volumes da água e de soluções, e utilizará os resultados obtidos para calcular as respectivas densidades.
As atividades de laboratório exigem do aluno não apenas o conhecimento dos materiais, vidrarias e
aparelhos utilizados, mas também o correto emprego de cada um deles. O sucesso acadêmico e a
segurança do laboratório nesta disciplina dependem essencialmente do emprego correto de determinados
equipamentos e vidrarias.
OBJETIVOS
a) Os alunos deverão ser capazes de usar e fazer leituras em termômetros, balanças e vidrarias
volumétricas, e usar estes instrumentos para medir a densidade de líquidos.
b) Aprender a manusear a balança e as vidrarias de uso corrente em trabalhos práticos, bem como a
maneira correta de empregá-los.
c) Aprender a fazer a leitura de medidas determinadas no laboratório e como expressá-las
cientificamente através de valores médios, desvios e unidades.
d) Identificar materiais comuns de laboratório e conhecer sobre a segurança em um laboratório de
química.
e) Determinar a densidade de líquidos e determinar o ponto de ebulição da água.
2- Manipulação de Reagentes
Os reagentes químicos devem ser guardados em frascos de vidro ou de plástico tampados e
rotulados. Ao abrir um frasco de reagente, a tampa deve ser colocada na mesa sobre um papel toalha, virada
para cima. Após o reagente ser usado, o frasco deve ser novamente tampado;
Qualquer quantidade de reagente retirada do frasco estoque jamais deve retornar ao mesmo. O aluno
deve aprender a estimar a quantidade que necessitará, retirando dos frascos de reagente somente o
necessário, evitando desperdícios;
No caso de reagentes sólidos deve-se utilizar uma espátula devidamente lavada e seca. No caso de
reagentes líquidos deve-se utilizar um pequeno béquer limpo e seco para verter o reagente líquido a ser
medido. Não introduza pipetas, conta-gotas e outros diretamente nos frascos dos reagentes;
Ao transferir um líquido para um recipiente qualquer se deve segurar o frasco de maneira que a mão
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tampe o rótulo e inclinar o frasco para o lado oposto ao do rótulo. Deste modo, se algum líquido escorrer
pelas paredes externas do frasco, não estragará o rótulo, mas se tal ocorrer deve-se limpá-lo imediatamente.
Medidas de Volume
Para se efetuar medidas de volume, faz-se necessário a utilização de pipetas, provetas e buretas.
As medidas de volume de um líquido com esses instrumentos são feitas comparando-se o nível do mesmo
com os traços marcados na parede do recipiente. Na leitura do volume de um líquido usando-se um destes
instrumentos, ocorre uma concavidade que recebe a denominação de menisco.
Medidas de massa
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As balanças são instrumentos adequados para medir massas. O manuseio de uma balança requer
muito cuidado, pois são instrumentos delicados e caros. No ato de sua utilização, devem ser observados os
seguintes cuidados gerais:
Manter a balança limpa;
Não colocar os reagentes diretamente sobre o prato da balança;
Os objetos a serem pesados devem estar limpos, secos e à temperatura ambiente;
O operador não deve se apoiar na mesa em que a balança está colocada.
PROCEDIMENTOS
1- Descrever como se obtém a chama mais quente e a chama mais fria ou mais luminosa através da
regulagem correta dos controles do bico de gás. Chama quente: cor azul. Para se obter uma chama quente
a passagem de ar deve estar aberta. Chama fria: avermelhada. A passagem de ar deve estar fechada.
Luminosidade: para aumentar a luminosidade, deve-se liberar mais gás, por uma das válvulas, para que
esse entre em combustão.
2- Adicione água destilada em um béquer e meça a temperatura de ebulição da água.
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5- Meça a temperatura da água usada na calibração e confira o valor tabelado de sua densidade, nesta
temperatura. Conhecendo-se a massa de água escoada e a sua densidade na temperatura da experiência
(Tabela 1), calcule o volume da pipeta através da equação abaixo fazendo o cálculo para cada um dos
volumes encontrados (V1,V2 e V3);
𝑚á𝑔𝑢𝑎
𝑉𝑝𝑖𝑝𝑒𝑡𝑎 =
𝑑á𝑔𝑢𝑎
6- Utilize os valores de volume encontrados, para calcular o desvio padrão e compare com os limites de
tolerância para a vidraria em questão, de acordo com a Tabela 2.
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Procedimento 3: Densidade de líquidos:
Materiais e reagentes: Suporte universal (1); termômetro (1); béquer de 50 mL (1); balança analítica; pipeta
volumétrica de 25 mL (1); bureta de 50 mL; (1); água destilada; papel toalha.
a) com o béquer
1- Pese um béquer de 50 mL em uma balança analítica e anote a massa exatamente até a quarta casa
decimal (mbéquer vazio);
2- Meça 10 mL de água utilizando o próprio béquer;
3- Meça a temperatura da água;
4- Pese e anote a massa total do béquer com água (mbéquer com água);
5- Determine a massa da água transferida da seguinte forma (mágua):
𝑚á𝑔𝑢𝑎 = 𝑚𝑏é𝑞𝑢𝑒𝑟𝑐𝑜𝑚á𝑔𝑢𝑎 −𝑚𝑏é𝑞𝑢𝑒𝑟𝑣𝑎𝑧𝑖𝑜
5- Repita o procedimento duas vezes e faça o cálculo para cada uma das massas encontradas (m1, m2 e
m3);
6- Utilize os valores de massa encontrados para calcular a densidade da água. Calcule o desvio padrão para
as três medidas de densidade (d1, d2 e d3).
b) Com a bureta
1- Pese um béquer de 50 mL em uma balança analítica e anote a massa exatamente até a quarta casa
decimal (mbéquer vazio);
2- Meça 10 mL de água utilizando a bureta,e adicione ao béquer;
3- Meça a temperatura da água;
4- Pese e anote a massa total do béquer com água (mbéquer com água);
5- Determine a massa da água transferida (mágua);
6- Repita o procedimento duas vezes e faça o cálculo para cada uma das massas encontradas (m1, m2 e
m3);
7-Utilize os valores de massa encontrados, para calcular a densidade da água. Calcule o desvio padrão para
as três medidas de densidade (d1, d2 e d3).
Fórmulas:
Desvio Padrão
∑𝑛𝑖=1(𝑥𝑖 − 𝑥´)2
𝜎=√
𝑛−1
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ATIVIDADES
Atividades Pré-laboratório
1) Qual é a diferença conceitual entre: massa e peso; massa e densidade?
2) Analisando a tabela de variação da densidade da água com a temperatura qual é a relação entre
essas propriedades?
3) Por que é necessária a calibração de equipamentos para medidas de temperatura, massa, volume
entre outras medidas?
Atividades Pós-laboratório
1) Compare os valores de densidade obtidos, com os valores da tabela de densidade em função da
temperatura;
2) Na faixa de temperatura na qual realizou-se o experimento, observamos uma variação linear da
densidade da água em função da temperatura. Este comportamento é observado em qualquer temperatura?
Justifique sua resposta.
3) Baseado nos valores de densidade da água obtidos pelas medidas com o béquer e com a bureta,
discorra sobre a exatidão e precisão de cada um deles.
Referências bibliográficas
BACCAN, N.; ANDRADE, J. C.; GODINHO, O. E. S.; BARONE, J. S., Química Analítica Quantitativa
Elementar, Cap. 1, 2ª ed.Edgard Blücher: Campinas, 1985.
BRADY, J.; HUMISTON, G. E., Química Geral. Vol. 1, 2ª ed., Cap. 1, Livros Técnicos e Científicos: Rio de
Janeiro, 1986.
VOGEL, A. I., et al., Química Analítica Quantitativa. Kapelusz: Buenos Aires, 1960.
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EXPERIMENTO 2: REAÇÕES QUÍMICAS –
EVIDÊNCIAS MACROSCÓPICAS
INTRODUÇÃO
A geração de conhecimento em Química é dependente de diferentes tipos de trabalho, tanto teórico
como prático. Na atividade experimental prática, muitos fatores são determinantes para a obtenção de bons
resultados na resolução dos problemas de interesse. É preciso, por exemplo, fazer a escolha certa do
equipamento a ser utilizado, prepará-lo convenientemente para o uso (limpeza, aquecimento, calibração
etc.), fazer uma leitura cuidadosa dos dados experimentais e a sua anotação correta e adequada para
facilitar a sua interpretação como vimos no experimento 1.
O processo pelo qual espécies químicas transformam-se em outras diferentes é chamado de reação
química. As espécies originais são chamadas reagentes e as que resultam após a reação são os produtos.
Em uma reação de síntese, partimos de mais de um reagente e obtemos um único produto. Na reação de
decomposição, obtemos mais de um produto a partir de um único reagente. Nas reações de simples troca
ou deslocamento, uma substância simples reage com uma substância composta, deslocando desta última
uma nova substância simples. Nas reações de dupla troca, dois reagentes permutam seus íons ou radicais
entre si, dando origem a dois novos compostos. Nas reações de oxirredução ocorre a troca de elétrons entre
as espécies reagentes. As espécies que cedem elétrons são redutoras, e as que recebem elétrons são
oxidantes. As reações que liberam calor são denominadas de exotérmicas, já quando o calor é absorvido, a
reação é classificada como endotérmica.
OBJETIVOS
a) Identificar os diferentes tipos de reações Químicas;
b) Classificar e equacionar reações.
MATERIAIS
Estantes com tubos de ensaio; Provetas de 50 mL e 10 mL;
Pipetas de 1,0 mL, 5,0 mL e 10 mL; Termômetro;
Pinça tesoura; Bastão de vidro;
Pinça madeira; Vidro de relógio;
Espátula; Tubo de vidro;
Béquer de 500 mL; Suporte universal.
REAGENTES
Solução de cloreto de sódio 0,1 mol.L–1; Solução de hidróxido de sódio 10 %;
Solução de iodeto de potássio 0,1 mol.L–1; Solução de nitrato de prata 5 %;
PROCEDIMENTOS
1- Coloque em um tubo de ensaio 10 gotas de solução de sulfato de cobre II. Introduzir uma pequena porção
de palha de aço, de forma que a mesma fique totalmente imersa na solução. Observe e anote o que ocorre.
Equacione e classifique a reação.
2- (DEMONSTRATIVO, CAPELA) Coloque água em um Béquer de 500 mL e adicione algumas gotas de
fenolftaleína. Adicione o menor pedaço possível de sódio metálico. Observe e anote o que acontece.
Equacione e classifique a reação. Obs.: o sódio metálico que não foi utilizado deve ser descartado reagindo-
o com etanol em um Béquer.
3- Em um tubo de ensaio, adicione cerca de 10 gotas de solução de cloreto de sódio. Em seguida, 10 gotas
de solução de brometo de Potássio. Observe e anote.
4- Coloque em um tubo de ensaio 10 gotas de solução de cloreto de ferro III e adicione, a seguir, 20 gotas
de solução de hidróxido de sódio 10 %. Observe se houve formação de um precipitado. Caso contrário,
adicione um pouco mais de base. Equacione e classifique a reação. Indique qual é o composto praticamente
insolúvel em água formado.
5- Leve um pequeno fragmento de magnésio seguro por uma pinça tesoura (não use pinça de madeira) à
chama do bico de Bunsen. (Muito cuidado ao observar, a luz emitida pode prejudicar a vista). Observe e
anote. Transfira o produto para um tubo de ensaio, adicione 10 mL de água destilada e agite com bastão de
vidro para homogeneizar. Adicione 2 gotas de solução de fenolftaleína. Observe e anote. Equacione e
classifique as reações ocorridas.
6- Em um tubo de ensaio contendo cerca de 10 gotas de solução de nitrato de prata, imergir cerca de 1 cm
de fio de cobre. Continue a prática e observar após cinco minutos. Anote. Equacione e classifique a reação.
7- Coloque em um tubo de ensaio, uma ponta de espátula de carbonato de cálcio. Adicione 10 gotas de
ácido clorídrico 1 mol.L–1. Observe e anote. Equacione e classifique a reação.
8- Coloque 5 gotas de solução de cloreto de ferro III em um tubo de ensaio. Adicione 5 gotas de solução de
tiocianato de amônio. Agite e observe. Equacione e classifique a reação.
9- Coloque 5 gotas de solução de iodeto de potássio em um tubo de ensaio. Adicione 5 gotas de ácido
sulfúrico diluído. Agite. Adicione 5 gotas de água oxigenada e agite novamente. Coloque 2 gotas de uma
solução de amido. Observe e anote. Equacione e classifique a reação.
10- Dissolva uma pastilha de hidróxido de sódio em 30 gotas de água destilada. Anote as temperaturas da
água antes e após a dissolução.
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11- Dissolva pequena quantidade (ponta de espátula) de cloreto de potássio em 10 gotas de água destilada.
Anote as temperaturas da água antes e após a dissolução.
ATIVIDADES
Atividades Pré-laboratório
1) Quais são as observações visuais que indicam a ocorrência de uma reação química?
2) Qual é o composto que deve ser formado na reação entre uma solução de cloreto de ferro III e a solução
de hidróxido de sódio? Justifique sua resposta com base em tabelas de solubilidade.
3) Classifique a reação entre nitrato de prata e o fio de cobre.
4) Escreva um exemplo de reação que libera gás.
5) Como você poderia identificar uma solução que contém íons Fe3+?
Atividades Pós-laboratório
1) Em alguma das etapas anteriores, deixou de ocorrer uma reação química? Explique.
2) Com relação à etapa 1:
a) Por que houve descoramento da solução?
b) A reação observada poderia ocorrer no sentido inverso? Justifique.
3) Com relação à etapa 4:
a) Qual é a fórmula e o nome do composto praticamente insolúvel formado?
b) Escreva a equação da reação que se processou e classifique-a.
4) Com relação à etapa 5:
a) Com que substância combinou-se o magnésio?
b) Qual é a fórmula e o nome da substância branca que se forma nessa combinação?
c) Após a diluição com água destilada do produto formado e adição da fenolfataleína o que
aconteceu? Por que?
d) Escreva a equação da reação observada e classifique-a.
5) Com relação à etapa 6:
a) Qual é a substância que se formou sobre o cobre?
b) Porque a solução que era incolor tornou-se azul?
c) Escreva a equação da reação e classifique-a.
6) Com relação à etapa 7:
a) Quais são o nome e a fórmula do gás formado?
b) Escreva a equação da reação e classifique-a.
c) Por que o H2CO3 não aparece no produto da equação?
7) Com relação à etapa 8:
a) Quais são o nome e a fórmula do produto formado?
b) Escreva a equação da reação e classifique-a.
8) Com relação à etapa 9:
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a) Escreva a equação da reação entre iodeto de potássio, ácido sulfúrico e água oxigenada,
indicando os números de oxidação de todos os átomos dos elementos participantes.
b) Qual é a substância oxidante e qual é o redutor?
c) Por que se adiciona 2 gotas de solução de amido ao produto formado? O que aconteceu? Explique.
9) Com relação à etapa 10:
a) Houve aumento ou diminuição da temperatura?
b) A diluição do hidróxido de sódio é um processo endotérmico? Explique.
10) Com relação à etapa 11, responda:
a) Houve aumento ou diminuição da temperatura?
b) A diluição do cloreto de potássio é um processo endotérmico ou exotérmico? Explique.
Referências bibliográficas
SWIFT, E. H.; SCHAEFER, W. P. Qualitative Elemental Analysis. W. H. Freeman and Co.: São Francisco,
1962.
VOGEl, A. I., Química Analítica Qualitativa. Mestre Jou: São Paulo, 1981.
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EXPERIMENTO 3:
CINÉTICA QUÍMICA
INTRODUÇÃO
A cinética química trata do estudo das velocidades das reações químicas. Enquanto algumas reações
se processam muito rapidamente, outras são mais lentas. Geralmente, os processos que envolvem íons
ocorrem rapidamente e os que envolvem moléculas ou grupos ligados covalentemente levam mais tempo
para ocorrer. Os principais fatores que controlam a velocidade de uma reação química são: a natureza dos
reagentes e produtos, a concentração das espécies reagentes, a temperatura, a superfície de contato, a
presença de catalisadores. O aumento da concentração dos reagentes e da temperatura aumenta a
possibilidade de colisões entre as moléculas, aumentando a velocidade da reação.
OBJETIVOS
Observar os efeitos da concentração dos reagentes, da temperatura, da superfície de contato e do
catalisador sobre a velocidade de uma reação química.
MATERIAIS
Erlenmeyer de 10 ou 25 mL (8); Béquer 50 mL (2);
Pipeta graduada 10 mL (2); Béquer 25 mL (2);
Pipeta volumétrica 10 mL (1); Béquer 250 mL (1);
Pipeta volumétrica 3 mL (1); Estante para tubos de ensaio;
Pipeta graduada 2 mL (2); Cronômetro;
Pipeta graduada 5 mL (1); Pinça de madeira.
REAGENTES
KIO3 0,02 mol.L-1; H2C2O4 (ácido oxálico) 0,05 mol.L-1;
NaHSO3 0,01 mol.L-1; H2SO4 0,5 e 0,05 mol.L-1;
MnSO4 0,05 mol.L-1; KMnO4 0,01 mol.L-1.
PROCEDIMENTOS
Procedimento 1: Efeito da concentração
1- Em 5 Erlenmeyer, numerados de 1 a 5, adicione, seguindo a ordem: KlO3, H2O e NaHSO3, conforme a
Tabela 1.
Obs: é importante agitar os tubos após a mistura com a água.
2. Marque o tempo zero no momento em que a solução de NaHSO3 é adicionada e o tempo final no momento
da mudança de cor. Use um fundo branco para facilitar a visualização. Obs: A solução passará de incolor
para laranja.
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Tabela 1: Protocolo para verificação do efeito da concentração na velocidade de uma reação.
Erlenmeyer KIO3 (mL) H2O (mL) NaHSO3 (mL) tempo obs. (s)
01 10 0 10
02 8 2 10
03 6 4 10
04 4 6 10
05 2 8 10
ATIVIDADES
Atividades Pré-laboratório
1) O calcário em pedra deve reagir mais lentamente ou mais rapidamente com uma solução de H2SO4 que
o calcário em pó? Explique.
2) Na reação do procedimento 1:
2 IO3-(aq) + 5 HSO3-(aq) + 2 H+(aq) I2(s) + HSO4-(aq) + H2O(l)
O íon HSO3– é o agente oxidante ou redutor? Explique.
Atividades Pós-laboratório
1) Por que, em geral, um aumento de temperatura aumenta a velocidade de uma reação química?
2) Faça um gráfico de 1/tempo versus volume (em mL) de solução de KIO3.
3) A partir do gráfico 1/t X Vol (IO3-), discuta qual é o efeito do aumento da concentração de IO3– sobre a
velocidade da reação.
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4) Discuta por que foram adicionados, no procedimento experimental “efeito da concentração”, 0, 2, 4, 6 e 8
mL de água, respectivamente.
5) Qual o efeito observado na variação de temperatura sobre a velocidade da reação?
6) Comente qual é o papel do catalisador, MnSO4, na velocidade da reação.
Referências bibliográficas
ATKINS, P.; JONES, L. Princípios de Química: Questionando a Vida Moderna e o Meio Ambiente. 5ª ed..
Bookman: Porto Alegre, 2012.
BROWN, T. L.; LEMAY JR, H. E.; BURSTEN, B. E.; BURDGE, J. R. Química: A Ciência Central. 9ª ed.,
Pearson: São Paulo, 2005.
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EXPERIMENTO 4: EQUILÍBRIO QUÍMICO –
REAÇÕES NO EQUILÍBRIO E PRINCÍPIO DE LE CHATELIER
INTRODUÇÃO
Uma das razões pelas quais as propriedades de um sistema em equilíbrio são muito importantes é
que todas as reações tendem a alcançar um estado de equilíbrio, embora isso nem sempre seja evidente.
Às vezes, dizemos que uma reação química foi "completada", mas, rigorosamente falando, não existem
reações que consumam 100% dos reagentes. Todos os sistemas que reagem alcançam um estado de
equilíbrio, no qual permanecem pequenas quantidades de reagentes que estão sendo consumidos, até que
seja quase impossível de se medir. Considere a seguinte reação:
Suponha que certa quantidade de CO2 e H2 está contida em um recipiente hermeticamente fechado
e que dispõem-se de um instrumento que permite acompanhar o desenvolvimento da reação. Após o início
da reação, percebe-se que as concentrações dos reagentes (CO2 e H2) diminuem e que as dos produtos
(CO e H2O) aumentam (todas essas concentrações aumentam e diminuem na mesma proporção). Veja
abaixo o gráfico que representa esse equilíbrio químico.
É possível observar pelo gráfico que as variações de concentração vão se tornando menos
acentuadas desde o início da reação (t0) até o instante t3, em que o equilíbrio foi atingido. Isso significa que
as velocidades de troca se tornam menores com o passar do tempo. No tempo t 0 somente pode ocorrer a
reação no sentido da formação dos produtos (reação direta). Entretanto, após certo tempo, quando
significativa quantidade de produto já foi formada, pode se iniciar a reação no sentido contrário, ou seja,
reação inversa. A velocidade da reação direta diminui com o tempo, devido ao decréscimo de reagentes
(menor número de choques efetivos). Ao mesmo tempo, a velocidade da reação inversa aumenta, por causa
do aumento da concentração dos produtos. Finalmente, em t3, a velocidade da reação direta se iguala à da
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reação inversa. A partir daí não há mais variação das concentrações de reagentes e produtos, uma vez que
estes são formados e consumidos em velocidades iguais. Esse equilíbrio é representado pela equação a
seguir.
Ponto de partida:
Considerando que as reações, direta e inversa, estão ocorrendo simultaneamente, salientar que a
reação reversível nunca cessa e o equilíbrio é dinâmico. Salientar que quando um sistema alcança o
equilíbrio: Macroscopicamente, o sistema parece estar parado – a massa e a concentração dos participantes
se mantêm constantes, a cor permanece inalterada e etc. Do ponto de vista microscópico, observa-se que
fenômenos químicos continuam ocorrendo e que os efeitos da reação direta e da reação inversa se
contrabalançam. A velocidade no sentido direto é igual à do sentido inverso. “Quando um sistema em
equilíbrio é submetido a uma ação, o equilíbrio se desloca no sentido de contrabalancear esta ação”.
OBJETIVOS
Observar o deslocamento do equilíbrio químico de uma reação a partir de fatores como variação da
temperatura, pressão e concentração dos reagentes.
MATERIAIS
Béqueres 100 mL (2); Kitassato 250 mL;
Béqueres 250 mL (2); Rolha para Kitassato;
Banho maria; Pinça de madeira;
Tubos de ensaio (12 de mesmo diâmetro); Estante para tubos de ensaio;
Rolha para tubo de ensaio (2); Pipeta graduada de 10 mL;
Espátula; Pipeta graduada de 2 mL (2);
Pipeta de Pasteur;
Banho de gelo;
REAGENTES
HNO3 concentrado; Ba(NO3)2 0,5 mol.L–1.
Cobre metálico (fita ou fio); Cu(SO4) 0,2 mol.L-1
K2CrO4 0,1 mol.L–1; NaCl
K2Cr2O7 0,1 mol.L–1; HCl concentrado
NaOH 0,1 mol.L–1;
HCl 0,1 mol.L–1;
PROCEDIMENTOS
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Efeito da temperatura no equilíbrio
Parte A: equilíbrio NO2 e N2O4
1- Em um Kitassato de 250 mL, adicione aproximadamente 1,5g de cobre metálico. Em seguida, transfira
10 mL de HNO3 concentrado e coloque uma rolha de borracha no topo do Kitassato.
2- Recolha o gás formado em um tubo de ensaio, pela saída lateral do Kitassato (coloque um extensor na
saída de modo que o gás entre no fundo do tubo de ensaio).
3- Espere até que o tubo atinja a temperatura ambiente e mergulhe-o no Béquer contendo água gelada.
Espere algum tempo e observe.
4- Retire o tubo de água gelada e mergulhe na água fervendo. Observe.
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4. Adicione, às soluções contidas nos tubos 3 e 4, ácido clorídrico (HCl) concentrado, gota a gota, até não
observar mais mudanças aparentes (cerca de 10 gotas). OBSERVAÇÃO: Faça esta etapa na capela.
5. Acrescente, ao tubo 4, água destilada, gota a gota, até a solução atingir a coloração da solução do tubo
2.
6. Ao tubo 5, adicione ácido clorídrico apenas o suficiente para produzir uma mudança perceptível de cor
em relação ao tubo 1 (1-2 gotas). OBSERVAÇÃO: Faça esta etapa na capela.
7. Compare e caracterize as cores das soluções nos cinco tubos.
ATIVIDADES
Atividades Pré-laboratório
1) Quais as características de um sistema químico em equilíbrio?
2) Como um equilíbrio químico pode ser perturbado?
Atividades Pós-laboratório
1) Escreva as equações químicas em equilíbrio de todos os experimentos realizados na prática experimental
(isto é, equilíbrio entre NO2 e N2O4; CrO42- e Cr2O72-; e [Cu(H2O)4]2+ e CuCl4-).
2) Referente à Parte A, explique como o abaixamento da temperatura perturba o equilíbrio químico entre
NO2 e N2O4. Qual das espécies predomina com o abaixamento da temperatura e porquê?
3) Referente à Parte B, explique o efeito da adição do NaCl no equilíbrio entre [Cu(H2O)4]2+ e CuCl4-).
4) Referente à Parte C, explique o efeito da adição do Ba(NO3)2 no equilíbrio entre CrO42- e Cr2O72.
5) Referente à Parte D, a reação química em estudo é exotérmica ou endotérmica? Qual o efeito da
temperatura sobre o equilíbrio químico?
Referências bibliográficas
ATKINS, P.; JONES, L. Princípios de Química: Questionando a Vida Moderna e o Meio Ambiente. 5ª ed.,
Bookman: Porto Alegre, 2012.
BROWN, T. L.; LEMAY JR, H. E.; BURSTEN, B. E.; BURDGE, J. R. Química: A Ciência Central. 9ª ed.,
Pearson: São Paulo, 2005.
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EXPERIMENTO 05: ELETROQUÍMICA – CÉLULA VOLTAICA E
GALVANOPLASTIA.
INTRODUÇÃO
A eletroquímica estuda os fenômenos químicos e elétricos gerados por reações químicas
espontâneas (em pilhas ou baterias) e a transformação química gerada pela passagem de corrente elétrica
em uma solução (eletrólise).
A principal condição em uma reação de óxido-redução é a transferência de elétrons do agente redutor
para o oxidante. Assim, foi preciso estabelecer potenciais relativos de oxidação e redução para os
elementos, tomando como referência, o eletrodo padrão de hidrogênio, ao qual foi atribuído, arbitrariamente,
o potencial de zero volt (V). Aos eletrodos que perdem elétrons mais facilmente que o hidrogênio, foram
atribuídos potenciais padrão de redução (Ered0) negativos; e àqueles que ganham elétrons mais facilmente,
potenciais padrão de redução (Ered0)positivos.
Utilizando esses valores, encontrados em tabelas de Potencial Padrão de Redução, é possível prever
a espontaneidade de reações de óxido-redução. Se o potencial apresentar valor positivo, a reação será
espontânea, caso contrário, o sistema sofrerá transformação à custa de um trabalho elétrico. Além disso,
pode ser calculada a variação de energia livre de Gibbs, analisado o critério de espontaneidade para uma
reação química.
Obs. 01: A Tabela do Potencial padrão de redução de algumas espécies químicas está no apêndice desta
apostila.
Obs. 02: Nesta aula serão preparados os procedimentos 1 a 4 do próximo experimento (Exp. 10).
OBJETIVOS
Observar a espontaneidade de reações de óxido-redução; montar a pilha de Daniell e reconhecer os
produtos de uma eletrólise.
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MATERIAIS
Fonte de energia; Béquer de 50 mL (2);
Multímetro; Béquer de 100 mL (2);
Cronômetro; Prendedores e condutores metálicos (fios
Eletrodo de cobre; de cobre) (2);
Eletrodo de zinco; Palha de aço;
Tubo em U para ponte salina; Pinça metálica;
Algodão; Estufa.
REAGENTES
ZnSO4 1,0 mol.L–1; HCl 0,5 mol.L-1;
CuSO4 1,0 mol.L–1; Lâmina de latão;
Solução saturada de KCl; Lâmina de zinco.
CuSO4 0,6 mol.L–1;
PROCEDIMENTOS
Procedimento 1: Montagem da pilha de cobre e zinco (Pilha de Daniell)
1- Coloque em um béquer de 50mL, aproximadamente 40 mL da solução de sulfato de cobre (II) 1,0 mol.L–
1. Em outro béquer coloque a mesma quantidade da solução de sulfato de zinco (II) 1,0 mol.L–1;
2- Encha o tubo U com solução saturada de KCl e, em seguida, coloque um chumaço de algodão nas
extremidades do tubo, tomando cuidado para não deixar entrar bolhas de ar. Esse procedimento é
necessário para preparação da ponte salina;
3- Monte o sistema conforme o esquema da figura 1 abaixo;
4- Feche o circuito intercalando o voltímetro entre os eletrodos (ligue o eletrodo de zinco ao terminal negativo
e o eletrodo de cobre ao terminal positivo do voltímetro);
5- Escreva as equações das semi-reações que ocorrem nos eletrodos (cátodo e ânodo) e a reação global;
6- Leia a diferença de potencial no voltímetro;
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7- Após a leitura, desligue o multímetro e retire os eletrodos das soluções;
8- Com auxílio da Tabela de Potencial Padrão de Redução, calcule a diferença de potencial (o) da pilha;
9- Compare o valor experimental com o valor teórico.
Obs: As soluções de sulfato de cobre (II) 1,0 mol L–1 e de sulfato de zinco (II) 1,0 mol L–1 deverão ser
reaproveitadas.
ATIVIDADES
Atividades Pós-laboratório
1) Dê as equações que ocorrem, isoladamente, no ânodo e no cátodo e a equação total de todas as reações
do experimento.
2) Esquematize a célula ou pilha galvânica (pilha de Daniell).
3) Discuta a função da ponte salina na célula galvânica.
4) Na Pilha de Daniell, compare o valor experimental com o valor teórico. Caso o valor seja diferente, cite os
possíveis erros para a diferença.
Referências bibliográficas
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GIESBRECHT, E. Experiências de Química, Técnicas e Conceitos Básicos: PEQ – Projetos de Ensino
de Química. Ed. Moderna; Universidade de São Paulo: São Paulo, 1979.
TRINDADE, D. F.; OLIVEIRA, F. P.; BANUTH, G. S.; & BISPO, J. G. Química Básica Experimental. Ed.
Parma Ltda., São Paulo (1981).
VOGEL, A. I.; Química Analítica Qualitativa. Editora Mestre Jou: São Paulo, 1981.
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METODOLOGIA PARA ELABORAÇÃO DE UM RELATÓRIO
ESTRUTURA DO RELATÓRIO
Capa;
Objetivo (s);
Introdução;
Resultados e Discussão;
Conclusão;
Referências Bibliográficas;
Anexo (se houver).
1. Capa
Deve conter as seguintes informações: nome da Universidade, nome do instituto, nome do
departamento, número do experimento (Experimento-1) o título do experimento (no centro da folha), a
disciplina, a turma, o nome do professor, os nomes e números de matrículas dos alunos e a data de
realização do experimento.
2. Objetivo(s)
Use sempre uma frase sucinta que indique o que se pretende obter, determinar e/ou realizar na(s)
experiência(s). Nunca coloque resultados, descrição e conceitos relacionados ao experimento. Lembre-se
que deve ser colocado os objetivos, do experimento e não da aula.
Exemplo: determinar a densidade da água em diferentes temperaturas. Não utilize detalhes:
“determinar a densidade da água em diferentes temperaturas, a partir da medida da massa utilizando uma
balança, um picnômetro com volume definido e um termômetro”. Os detalhes de como os experimentos são
feitos são colocados no procedimento experimental.
3. Introdução
A introdução deve conter a descrição da teoria necessária para o entendimento da prática e a
discussão dos resultados. É fundamental consultar livros e outras referências, mas sempre sintetizando os
tópicos relevantes. Nunca faça uma cópia das referências consultadas. Você deve citar todo o material
usado como base para gerar o seu texto. Em caso de cópia comprovada de algum texto a nota para este
item será zero.
Exemplo: Os cátions são subdivididos em cinco grupos analíticos (Baccan e colaboradores, 1995).
Essa referência deverá estar na lista de Referências Bibliográficas ao final de seu relatório. Não
existe uma lista de referências Bibliográfica se não houver citação no texto. Faça a citação e a lista com
cuidado evitando assim possíveis problemas com plágio. Lembre-se: detalhes sobre procedimentos
experimentais não são colocados na introdução.
4. Resultados e Discussão
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Os resultados obtidos devem ser colocados de forma clara e objetiva. Sempre que possível, utilize
gráficos, figuras e tabelas para simplificar e facilitar o entendimento. Se utilizar gráficos, figuras e/ou tabelas,
esses deverão vir acompanhados de legendas.
Uma análise crítica dos resultados deve ser feita e, quando aplicável, devem ser comparados com
valores de referência na literatura ou fornecidos pelo professor. Lembre-se de fazer a citação dos dados que
estão sendo utilizados como referência.
5. Conclusão
Deve avaliar se os objetivos propostos foram alcançados e se os resultados obtidos foram
satisfatórios. Não coloque dados novos neste item, vocês devem ser referir a dados que já estejam contidos
no relatório.
6. Referências Bibliográficas
Redigir esta lista segundo normas ABNT. Abaixo alguns exemplos.
Livros
SOBRENOME, Prenome(s) do(s) autor(es). Título da obra: subtítulo (se houver). Edição. Local de
publicação (cidade): Editora, data da publicação. Paginação.
Exemplo: BROWN, T. L.; LEMAY JR, H. E.; BURSTEN, B. E.; BURDGE, J. R. Química: A Ciência Central,
9ª ed., Pearson: São Paulo, 2005. 972 pp.
SOBRENOME, Prenome(s) do(s) autor(es). Título do artigo: subtítulo (se houver). Nome do Periódico,
volume, número, páginas, ano.
Páginas da internet
Exemplo: UNIVERSIDADE FEDERAL DE ITAJUBÁ. Aprovados no Sisu fazem suas matrículas nos campi
da Unifei em Itajubá e Itabira. Disponível em: https://unifei.edu.br/blog/aprovados-no-sisu-fazem-suas-
matriculas-nos-campi-da-unifei-em-itajuba-e-itabira/. Acesso em: 19 fev. 2019.Obs: Deve haver a citação
de no mínimo um livro texto, em referências bibliográficas.
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CONSIDERAÇÕES GERAIS
Todo relatório deve ter caráter impessoal. Redija sempre na 3ª pessoa evitando referências
pessoais, como por exemplo, “adicionei 10 g da amostra”, “utilizei uma placa de aquecimento”. Nestes
casos, utilize “adicionou-se 10 g da amostra”, “foi utilizada uma placa de aquecimento”.
Figuras devem ser citadas e numeradas no texto. Exemplo: ...”de acordo com a Figura 1” ou ....”a
maior mina aberta de cobre (Figura 1)”.
As tabelas devem ser citadas e numeradas no texto, assim como as figuras, mas são identificadas
na parte superior. Exemplo:
Tabela 1. Relação entre elemento metálico e cor da chama.
Elemento Cor da Chama
Sódio Amarela
Potássio Violeta
Cálcio Laranja escura
Bário Verde limão
Cobre Verde
Magnésio Branca brilhante
Chumbo Azul
Lítio Vermelho carmim
Estrôncio Vermelho escarlate
Arsênio e Antimônio Azul
Os gráficos devem ser construídos utilizando programas adequados (Ex.: Origin, Excel). São
discutidos na seção “Resultados e Discussão”.
No texto, os nomes de tabelas e figuras devem ser mencionados com a primeira letra maiúscula.
Ex. Na Tabela 1, podemos observar ...
Seu relatório é um documento de avaliação. No caso de cópia de relatórios, os grupos envolvidos
terão suas notas zeradas.
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