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Pinhão e Cremalheira

Este documento resume o projeto de uma caixa de direção para um protótipo de carro de corrida. Detalha o dimensionamento de um sistema de pinhão e cremalheira, incluindo cálculos geométricos e de materiais. O projeto visa aplicar os conceitos aprendidos em aula sobre engrenagens para o desenvolvimento funcional deste elemento mecânico essencial.

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Este documento resume o projeto de uma caixa de direção para um protótipo de carro de corrida. Detalha o dimensionamento de um sistema de pinhão e cremalheira, incluindo cálculos geométricos e de materiais. O projeto visa aplicar os conceitos aprendidos em aula sobre engrenagens para o desenvolvimento funcional deste elemento mecânico essencial.

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Projeto Elementos de Maquinas Professor Mauricio Correa

Equipe de Suspensão – F-SAE UNIP - Sistemas de Direção.

Pinhão e Cremalheira

Wesley Sanches Lacerda RA: A93873-7

Diego Batista Suguiuti RA: A421343

Égon Luiz M. de Carvalho RA: A79737-8

Gabriel Madeira Budin RA: A765867

Fabio Afonso da Silva RA: B044fd6

Paulo Eduardo Malatesta RA: A81261-0

Leandro Barbosa RA: B6758H7

Turma EM8R12
Resumo

Para que pudéssemos dimensionar uma caixa de


direção para o protótipo de carro tipo Fórmula SAE,
necessitou-se uma abordagem sobre o tema pinhão e
cremalheira. De forma que fosse posto o aprendizado
abordado em sala de aula sobre engrenagens, uma vez
que a cremalheira é um elemento de máquina muito
importante para a execução de movimentos mecânicos,
tanto horizontais como verticais, e esse trabalho aborda
de forma objetiva as etapas para o seu dimensionamento,
demonstrando de maneira funcional os cálculos
necessários para a execução do projeto desse
fundamental elemento de transmissão mecânica. A
cremalheira necessita que haja um pinhão acoplado a um
motor, então se faz necessário também obter algumas
características para o dimensionamento e fabricação do
pinhão. Além de indicar as etapas passo a passo para o
dimensionamento com suas respectivas equações, estão
disponibilizados também os materiais adequados para
fabricação da cremalheira e do pinhão de acordo com a
sua aplicação, assim como o perfil de acabamento dos
dentes de engrenamento.
Introdução

Devido à falta de informação em livros didáticos e na


internet, o trabalho foi baseado em um artigo para uma
revista Augusto Guzzo Revista Acadêmica, sendo os
autores José Carlos Leite Lopes e Luciano Galdino. Onde
foram adotados os dados das pesquisas do mesmo e
alguns tópicos do trabalho, feito de forma que fosse
aplicado de maneira real no projeto da caixa de direção
do protótipo, assim sendo demonstrado os cálculos de
modo real no mesmo.
Pinhão e Cremalheira

A cremalheira é um dispositivo mecânico de formato reto


que ajuda na realização de movimentos verticais e
horizontais e permite o transporte das mais variadas
cargas. O conjunto pinhão/cremalheira está associado a
uma aplicação específica e isso demonstra que se devem
conhecer as cargas e solicitações que o sistema de
transmissão estará submetido a fim de se optar pelo
melhor dimensionamento do elemento.

O pinhão/cremalheira é um sistema onde a coroa, que é


a cremalheira, tem um diâmetro infinito, tornando-se reta.
Os dentes podem ser retos ou inclinados. O
dimensionamento é semelhante às engrenagens
cilíndricas retas ou helicoidais, mas o problema é que a
cremalheira é linear e não circular como as engrenagens
citadas e isso faz com que alguns parâmetros sejam
diferentes.

Ilustração de um modelo de pinhão e cremalheira.


A equação apresentada a seguir deve ser utilizada para
calcular o espaço percorrido pelo pinhão referente à
cremalheira em ¼ de volta, valor equivalente ao que a
regra do formula exige, aonde o ângulo de giro do volante
é de 90° pra ambos os lados, sendo isso equivalente a ¼
de volta.

𝑒 = 𝜋 . 𝑟/2

Onde:

𝑒 = espaço percorrido em 1/4 rotação do pinhão;

𝑟/2 = equivalente a ¼ de volta do pinhão.

Sabendo que “e” foi calculado pela tg 30º, equivalente ao


ângulo teórico de esterço da roda, segundo as definições
da Geometria de Ackermann, tem-se que o espaço
percorrido “𝐸” é equivalente a 51,9615mm.

Sendo assim:

𝐸 = 𝜋. 𝑟/2

51,9615 = 𝜋. 𝑟/2

𝑟 = (51,9615.2)/𝜋

𝑟 = 33,0797𝑚𝑚

Ø = 2. 𝑟

Então o diâmetro primitivo do pinhão é 66,1594mm.


O número de dentes (Z), conforme equação.

Ø = 𝑀 .𝑍

Ø = diâmetro primitivo do pinhão

𝑀 = módulo

𝑍 = número de dentes.

Para o módulo utilizamos a relação de 1:3, onde a cada


3° de giro do volante equivaleria a 1° de esterço. Tendo
como base a relação de 90º do pinhão para um
deslocamento equivalente a 30° da roda. Sendo assim:

Ø = 𝑀 .𝑍

𝑍 = Ø/𝑀

𝑍 = 66,1594/3

𝑍=22, dentes, referente ao deslocamento de ¼, sendo 88,


dentes no total, valores arredondados.

O mesmo serve para cremalheira, de modo que seu valor


seja equivalente a 1/3.

Onde o número para o deslocamento de 30° referente a


um lado seja de 7,3333 dentes e o total de dentes da
cremalheira seja de 14,6667 dentes.
𝐷 = (𝐷𝑝𝑝 + 𝐷𝑝𝑐)/2

𝐷𝑝𝑝= diâmetro primitivo do pinhão/2.

𝐷𝑝𝑐= Diâmetro primitivo da cremalheira.

𝐷 = (33,0797 + 22,053)/2

𝐷 = 27,5663𝑚𝑚
Segundo aprendizado em sala, com base nas teorias de
SHIGLEY, tem-se:

𝐷=𝑚

𝐷 = 𝑑𝑒𝑑𝑒𝑛𝑑𝑜

𝑀 = 𝑚ó𝑑𝑢𝑙𝑜

𝐴 = 0,8. 𝑚

𝐴 = 𝑎𝑑𝑒𝑛𝑑𝑜

Portanto:

𝐷 = 3𝑚𝑚

𝐴 = 2,4𝑚𝑚

Ângulo de pressão ø = 20° padronizado.


Com base no Norton, com especificações AGMA para
dente de engrenagem de profundidade completa, tem-se:

𝑃𝑑 = 𝑁/𝑑

𝑁=número de dentes( de engrenamento)

𝐷= diâmetro primitivo

𝑃𝑑= passo diametral

𝑃𝑑 = 22/66,1594

𝑃𝑑 = 0,33253

Profundidade total h é a soma do adendo e do dedendo:

𝐻 =𝑑+𝑎

𝐻 = 3 + 2,4

𝐻 = 5,4𝑚𝑚

A folga é a diferença entre o dendo e adendo:

𝐹𝑜𝑙𝑔𝑎 = 𝑑 − 𝑎

𝐹𝑜𝑙𝑔𝑎 = 3 − 2,4

𝐹𝑜𝑙𝑔𝑎 = 0,6𝑚𝑚
A razão de contato:

𝑀𝑝 = (𝑃𝑑. 𝑍)/(𝜋. 𝑐𝑜𝑠ø)

𝑀𝑝 = (0,33253.22)/(𝜋. 𝑐𝑜𝑠20°)

𝑀𝑝 = 7,31566/2,9521

𝑀𝑝 = 2,4781 𝑑𝑒𝑛𝑡𝑒𝑠 𝑒𝑛𝑔𝑟𝑒𝑛𝑎𝑑𝑜𝑠.

Por já se ter os valores do diâmetro primitivo, do módulo


e do número de dentes, o critério de desgaste fica
resumido, pois falta apenas determinar a largura do
pinhão, a qual será a mesma para a cremalheira, através
da equação:

𝑦 = 𝑏/𝑑

Onde:

𝑏= Largura do pinhão/cremalheira;

𝑑= Diâmetro primitivo do pinhão.

𝑌 = 0,41883 valor tabelado para ø = 20º, 𝑧 = 22, 𝑎 =


0,8. 𝑚 e 𝑑 = 𝑚, tabela apresentada em sala de aula.

Temos:

𝐵 = 0,41883.66,1594

Largura 𝑏 = 27,7095𝑚𝑚

Passo (to)

𝑡𝑜 = 𝑚. 𝜋

𝑡𝑜 = 3. 𝜋

𝑡𝑜 = 9,42477𝑚𝑚
Largura do dente no primitivo (𝑆𝑜)

𝑆𝑜 = 𝑡𝑜/2

𝑆𝑜 = 9,42477/2

𝑆𝑜 = 4,71238𝑚

Devido a falta de alguns parâmetros para cálculo, como


rendimento e força aplicada e recebida na caixa de
direção, decidiu-se aplicar material SAE1045, devido a
facilidade de se encontrar fornecedores e a pesquisas que
nos levaram a acreditar que ele está superdimensionado
para o nosso sistema, nos garantindo uma folga grande
em relação a quebra e desgastes.
Conclusão

Neste trabalho foi abordado como é o procedimento de


desenvolvimento de uma caixa de direção, baseando-se
no sistema de pinhão/cremalheira. Sendo levadas em
conta as dificuldades em relação a encontrar artigos, fatos
e cálculos sobre o mesmo.

Foi necessário um estudo aprofundado no sistema de


direção baseado na geometria de Ackermann. Assim
tornando possível a conclusão de um modelo matemático
e prático da caixa de direção.

Apesar da falta de conteúdo, foi possível por em prático


os conteúdos aprendi em sala de aula, tornando o
aprendizado mais amplo e nos preparando para o ramo
profissional, ensinando-nos as responsabilidades de um
comprometimento não só como alunos, mas como futuros
engenheiros.
Bibliografias

http://i01.i.aliimg.com/photo/v0/110202957/Gear_Racks_P
inion.jpg

http://flatoutcombr.c.presscdn.com/wp-
content/uploads/2014/08/ANEXO2.jpg

http://www.miscelaneadoconhecimento.com.br/pastas/eng
r.html

http://www.mundomecanico.com.br/wp-
content/uploads/2014/01/F%C3%B3rmulas-para-
C%C3%A1lculos-de-Engrenagens.pdf

http://2000pt.net/educacaotecnologica/engrenagens.pdf

http://www.mecapedia.uji.es/catalogos/engranaje/spitkoo
m.1.pdf

Norton, Roberto L

Projetos de máquinas: uma abordagem integrada /


Roberto L Norton; trad. João Batista Aguiar, José Manoel
de Aguiar...[et al.]. -2. Ed. –Porto Alegre : Bookman, 2004.

SHIGLEY, Joseph Edward, Tradução de CARVALHO,


Edival Ponciano de. Elementos de máquinas. Rio de
Janeiro: LTC – Livros Técnicos e Científicos Editora S.A.
1984.

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