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Aprenda A Ler Sem Traumas - II

1) O documento explica as figuras rítmicas, que representam diferentes durações de som e silêncio na música. 2) Existem figuras de valor positivo, que representam duração de sons, e figuras de valor negativo, chamadas de pausas, que representam duração de silêncio. 3) As figuras rítmicas mais comuns são apresentadas: semibreve, mínima, semínima, colcheia, semicolcheia, fusa e semifusa.

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Aprenda A Ler Sem Traumas - II

1) O documento explica as figuras rítmicas, que representam diferentes durações de som e silêncio na música. 2) Existem figuras de valor positivo, que representam duração de sons, e figuras de valor negativo, chamadas de pausas, que representam duração de silêncio. 3) As figuras rítmicas mais comuns são apresentadas: semibreve, mínima, semínima, colcheia, semicolcheia, fusa e semifusa.

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APRENDA A LER SEM TRAUMAS!

Parte 2 - Por Christiano Rocha


Bem-vindo à segunda parte de “Aprenda a ler sem trau-
mas!”.

FIGURAS RÍTMICAS

As figuras rítmicas, ou figuras de valor, são figuras utilizadas


na música para representar diferentes durações de som e de
silêncio. A combinação entre elas resulta em ritmo.
Existem figuras de valor positivo e figuras de valor negativo.
As figuras de valor positivo são aquelas que representam dura-
ção de sons (independente da fonte sonora. Por exemplo:
piano, voz, prato, tambor etc.).
As figuras de valor negativo, mais conhecidas como pausas,
representam duração de silêncio.

Utilizamos as seguintes figuras (valores positivos):

Agora vamos analisar, uma a uma, as figuras de valor positivo.

• A semibreve é representada por um círculo não preenchido›

• A mínima é representada por um círculo não preenchido +


uma haste›

Obs.: A haste de uma figura rítmica pode ser escrita para cima
ou para baixo.

Cada uma dessas figuras representa uma duração de som, sen-


do que cada uma delas tem uma pausa correspondente, que
representa a mesma duração, mas de silêncio. Por exemplo, • A semínima é representada por um círculo preenchido + uma
se a semínima durar um tempo, a pausa de semínima durará haste›
um tempo de silêncio.
• A colcheia é representada por um círculo preenchido + uma
As pausas são: haste + um colchete (ou bandeirola)›

Obs.: O colchete de uma figura rítmica é escrito sempre ao


lado direito da haste.

• A semicolcheia é representada por um círculo preenchido +


uma haste + dois colchetes›

• A fusa é representada por um círculo preenchido + uma


haste + três colchetes›

• A semifusa é representada por um círculo preenchido + uma


haste + quatro colchetes›

5
Lição! Dê o nome de cada figura: TABELA COMPARATIVA COM A DIVISÃO BINÁRIA DE VALORES

Olhando assim, não dá para entender muita coisa, certo?


Veja se isso ajuda (as “cobrinhas” representam a duração das
figuras):

Agora desenhe as figuras:

As figuras com colchetes, conforme o caso, podem unir-se por


meio da barra de ligação:
• A semibreve é considerada a figura com maior valor de dura-
ção. Ela pode durar X tempos. Não existe uma duração fixa!

• A mínima dura metade (½) da semibreve. Por exemplo, se a


semibreve durar quatro tempos, a mínima durará dois. Se a
semibreve durar oito tempos, a mínima durará quatro, e
assim por diante.

• A semínima dura metade da mínima, consequentemente um


quarto (1/4) da semibreve.

• A colcheia dura metade da semínima, um quarto da mínima


e um oitavo (1/8) da semibreve.

• A semicolcheia dura metade da colcheia, um quarto da


semínima, um oitavo da mínima e um dezesseis avos (1/16)
da semibreve.

• A fusa dura metade da semicolcheia, um quarto da colcheia,


um oitavo da semínima, um dezesseis avos da mínima e um
trinta e dois avos (1/32) da semibreve.

• A semifusa dura metade da fusa, um quarto da semicol-


Cada figura representa uma duração diferente, como mostra a cheia, um oitavo da colcheia, um dezesseis avos da semínima,
tabela a seguir: um trinta e dois avos da mínima e um sessenta e quatro avos
(1/64) da semibreve.

6
Em suma: “para cima” o valor das figuras dobra. “Para baixo” Lembra daquela tabela que pedi para decorar na parte 1?
é a metade:

Repare que cada figura tem um número de representação.


Esse número — que é sempre o mesmo — funciona como uma
espécie de nome. Ele não representa o valor da figura (a figu-
ra 8 não dura necessariamente oito tempos), mesmo porque o
Lição! Agora alguns exercícios para praticar o valor das figu- valor dela pode variar.
ras rítmicas. Complete o(s) valor(es) que falta(m) (respostas
no vídeo do curso): • Semibreve ( ) = figura 1

• Mínima ( ) = figura 2

• Semínima ( ) = figura 4 (não figura 3, apesar de ser a ter-


ceira figura. Está parecendo Star Wars, certo?)

• Colcheia ( ) = figura 8

• Semicolcheia ( ) = figura 16

• Fusa ( ) = figura 32

• Semifusa ( ) = figura 64

Dica: Nunca esqueça isso!

CLAVES

O primeiro sinal inserido numa pauta é a clave. As claves mais


usadas são a de sol, a de fá, e — no nosso caso — a de percus-
são, utilizada para instrumentos com sons “indefinidos” (que
não são notas musicais).
A clave serve para localizar as notas musicais, em suas dife-
rentes alturas, dentro do pentagrama (exceto pela clave de
percussão).
Como isso funciona? Na clave de sol o símbolo da clave inicia
na segunda linha do pentagrama. É lá que a nota sol será
escrita (e a partir desta nomeamos as demais):

7
Na clave de fá o símbolo da clave inicia na quarta linha do A explicação mais “acadêmica” é que “o número de baixo da
pentagrama. É lá que a nota fá será escrita (a partir desta fórmula de compasso é o número de representação da figura
nomeamos as demais): rítmica que será utilizada como unidade de tempo”.

Em tese, o número de baixo pode ser 1, 2, 4, 8, 16, 32 ou 64,


mas, na prática, costuma ser 2, 4 (este o mais comum), 8 ou
16.
Utilizemos como exemplo a fórmula 4 por 4:

Utilizemos o piano como exemplo, que possui um padrão de 4 › quatro tempos no(s) compasso(s).
12 teclas que se repete. São as chamadas oitavas. Tocar um
dó oitava acima é tocar um dó mais agudo. Tocar um dó oita- 4 › a figura quatro (semínima› ) é a unidade de tempo utili-
va abaixo é tocar um dó mais grave. zada, ou seja, corresponde a um tempo.
Quanto mais para a direita do teclado, mais agudas as notas.
Mais para a esquerda, mais graves. Agora o 7 por 8:
Pois bem, na pauta utilizamos duas claves para representar as
notas do piano, devido à sua grande extensão. Utilizamos a 7 › sete tempos no(s) compasso(s).
clave de fá para representar as notas mais graves a partir do
dó central e a clave de sol para as notas mais agudas a partir 8 › a figura oito (colcheia› ) é a unidade de tempo utilizada,
do dó central: ou seja, corresponde a um tempo.

A tabela a seguir mostra todas as possibilidades de valor – em


número de tempos – das figuras (leia de forma vertical).

O número em vermelho representa a unidade de tempo, ou


seja, a figura rítmica que durará um tempo.
A coluna com fundo amarelo é, de longe, a mais usada,
ou seja, a unidade de tempo é a semínima (= um tempo),
portanto, mínima = dois tempos, semibreve = quatro tempos,
colcheia = meio tempo, semicolcheia = um quarto de tempo,
fusa = um oitavo de tempo e semifusa = um dezesseis avos de
Como disse anteriormente, na bateria utilizamos a clave de tempo.
percussão:

Obs.: Alguns livros de bateria, como os do Clam (Chumbinho)


usam a clave de fá. Isso também é comum em outros livros,
como os do Vic Firth (Snare Drum Method), o
Progressive Steps to Syncopation for the Modern Drummer
(vulgo “Syncopation”), de Ted Reed, The All American
150 Rudimental Solos, de Charley Wilcoxon etc.

Existem também livros que não usam nenhuma clave, como


Samba e Outros Ritmos do Brasil (Jucata), Realistic Rock
(Carmine Appice) etc.

No Ritmismo.com e na maioria dos livros atuais, é utilizada a


clave de percussão.

FÓRMULA DE COMPASSO

No início de uma partitura de bateria, logo após a clave,


colocamos a fórmula de compasso, representada por dois
números sobrepostos.

O número de cima indica o número de tempos do(s) compas-


so(s). Na “vida real”, provavelmente nunca encontraremos a semi-
breve, a fusa ou a semifusa como unidade de tempo. (Pode?
O número de baixo vai nos informar qual figura (das sete) será Sim, pode.)
utilizada como unidade de tempo, ou seja, que durará um Assim como você também pode passar protetor solar e ir à
tempo. praia à noite). Na prática, pode acontecer isto:

8
O fato de caber, por exemplo, quatro semínimas num 4 por
4 não significa que tenha de haver semínimas no compasso,
como mostra o trecho a seguir (em 4 por 4).

Obs.: Existe uma regra de grafia quanto a haste das notas,


que é:

Apesar da semínima (figura 4) ser a figura mais utilizada como


unidade de tempo (= um tempo), não é correto afirmar que
ela sempre dura um tempo.

Só é possível dizer quanto dura uma figura a partir do


momento em que é estabelecida a unidade de tempo, que
será indicada no número inferior da fórmula de compasso.
Na escrita para bateria essa regra não existe (como você deve
Muita gente aprende que a semibreve dura quatro tempos, a ter percebido), ou seja, a haste pode ser escrita para cima ou
mínima dois, a semínima um, a colcheia meio tempo e assim para baixo, independente do lugar da figura no pentagrama.
por diante, mas nem sempre é assim. Se fosse, não seria ne-
cessário o número inferior da fórmula de compasso.
EXEMPLO DE UM TRECHO RÍTMICO COMPLETO
Obs.: A fórmula de compasso de uma música só muda se
houver alteração no número de tempos do compasso e/ou
alteração da unidade de tempo. Caso não haja alteração, a
fórmula é escrita apenas uma vez, no início da partitura. Vamos analisar nosso primeiro trecho “para valer”:

EXTENSÃO DE UM COMPASSO • O exemplo acima é formado por dois compassos e deverá


ser repetido uma vez (indicado pelo ritornello).
Uma forma fácil de entender a extensão de um compasso é a • Os compassos são 4 por 4, ou seja, há quatro tempos em
seguinte: cada compasso, e a figura rítmica utilizada como unidade de
tempo (= um tempo) é a semínima (figura 4).
Num compasso 4 por 4 cabem quatro figuras 4 (semínima) • No trecho em questão, a semínima e a pausa de semínima
valem (duram) um tempo, a mínima vale dois tempos, a col-
cheia e a pausa de colcheia valem meio tempo.

Para facilitar a visualização da localização das figuras rítmicas


dentro de um compasso, podemos indicar as “cabeças” de
Num compasso 5 por 4 cabem cinco figuras 4 (semínima) tempo. Iniciamos tal processo indicando com o número “1” o
primeiro tempo do compasso em cima da primeira figura rít-
mica do compasso (uma das 14, contando as pausas). A partir
daí, escrevemos os tempos subsequentes, levando em conta a
duração de cada figura.

Num compasso 5 por 8 cabem cinco figuras 8 (colcheia) Podemos também representar os contratempos (espaços
intermediários entre as cabeças de tempo) com a letra “e”.
Quando dizemos “e do 1” estamos nos referindo ao contra-
tempo do primeiro tempo, localizado entre os tempos 1 e 2.

Num compasso 3 por 2 cabem três figuras 2 (mínima)

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Os dois compassos do trecho anterior têm em comum a loca-
lização das figuras rítmicas de valor positivo (figuras que re-
presentam duração de sons), ou seja, localizam-se na cabeça
dos tempos 1, 3 e 4 e no contratempo do quarto tempo (“e do
4”). Em contrapartida, tais figuras diferem em duração. Por
exemplo: no primeiro tempo do primeiro compasso, a figura
rítmica utilizada (semínima) dura um tempo, enquanto que no
primeiro tempo do segundo compasso a figura rítmica utiliza-
da (mínima) dura dois tempos.

Resumindo: se tocarmos a divisão do trecho supracitado


utilizando sons de curta duração (aro da caixa, chimbal
fechado, por exemplo), os dois compassos soarão exatamente
iguais.

Para que soem diferentes, precisamos utilizar uma fonte so-


nora que produza sons mais prolongados, como um prato.
Obs.: No vídeo de apoio, mostro algumas divisões rítmicas que
não escrevi aqui.
Mais exercícios! Agora coloque a barra de compasso no local
Lição! Escreva a localização dos tempos e dos contratempos correto (respostas no vídeo do curso):
nos trechos rítmicos a seguir (respostas no vídeo do curso):

A seguir, mais alguns exemplos de trechos rítmicos em diver-


sas fórmulas de compasso:

Continuamos na próxima parte!

Agradecimentos:
Cláudio Machado, Emilio Mendonça, Marcelo Wolp, Mariana
Galli, Pitágoras, Wanderson Bersani

Bibliografia:
∙ Advanced Concepts (Kim Plainfield – Manhattan Music)
∙ Compêndio de Teoria Elementar da Música (Osvaldo Lacerda –
Ricordi)
∙ La Batteria Interpretata da Gil Cuppini (Gil Cuppini – Radio
Record)
∙ Manual de Rítmica (Abelardo Mato Alonso – Novas Metas)
∙ Método Completo de Divisão Musical (P. Bona – Ricordi)
∙ Método Prince (Adamo Prince – Lumiar)
∙ Noções Básicas de Teoria Musical (Francesco Pezzella – Ricordi)
∙ Polyrhythms (Peter Magadini – Hal Leonard)
∙ Regras de Grafia Musical (Osvaldo Lacerda – Irmãos Vitale)
∙ Ritmo – 4ª edição (Bohumil Med – Musimed)
Mais lição! Crie e escreva divisões rítmicas, inclusive com ∙ Snare Drum Method – Book 1 (Vic Firth – Carl Fischer)
pausas, em cada um dos compassos em branco a seguir ∙ Teoria da Música – 4ª edição (Bohumil Med – Musimed)
(escreva as divisões no terceiro espaço do pentagrama, que ∙ Teoria de La Musica (Danhauser – Ricordi)
é onde costumamos escrever a caixa da bateria): ∙ Treinamento Elementar para Músicos (Paul Hindemith – Ricordi)

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