Apostila-Completo de Pre Calculo-Matematica
Apostila-Completo de Pre Calculo-Matematica
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Funções Logarítmica e Exponencial ............................................................................ 124
FUNÇÕES INVERSAS ............................................................................................... 124
EXPOENTES IRRACIONAIS..................................................................................... 128
DIFERENCIAÇÃO IMPLÍCITA ................................................................................. 132
DERIVADAS DE POTÊNCIAS RACIONAIS DE X ................................................. 135
DIFERENCIAÇÃO LOGARÍTMICA ......................................................................... 137
DERIVADAS DAS FUNÇÕES TRIGONOMÉTRICAS INVERSAS ....................... 139
Geometria Espacial ....................................................................................................... 146
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3
1. CONJUNTOS NUMÉRICOS
IN={0, 1, 2, 3, 4, 5,...}
O conjunto IN é subconjunto de Z.
Temos também outros subconjuntos de Z:
Z* = Z-{0}
Z+ = conjunto dos inteiros não negativos = {0,1,2,3,4,5,...}
Z_ = conjunto dos inteiros não positivos = {0,-1,-2,-3,-4,-5,...}
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1.3. Conjunto dos números racionais (Q)
Os números racionais são todos aqueles que podem ser colocados na forma de fracção (com o numerador
e denominador Z). Ou seja, o conjunto dos números racionais é a união do conjunto dos números
inteiros com as fracções positivas e negativas.
Exemplos:
5 3 3
Então : -2, , 1, , 1, , por exemplo, são números racionais.
4 5 2
3 6 9
a) 3
1 2 3
1 2 3
b) 1
1 2 3
a
Q {x | x , com a Z , b Z e b 0}
b
É interessante considerar a representação decimal de um número racional , que se obtém
dividindo a a por b.
b Exemplos referentes às decimais exactas ou finitas:
1 5 75
0,5 1,25 3,75
2 4 20
1 6 7
0,333... 0,857142857142... 1,1666...
3 7 6
Exemplos referentes às decimais periódicas ou infinitas:
Toda decimal exacta ou periódica pode ser representada na forma de número racional.
Os números irracionais são decimais infinitas não periódicas, ou seja, os números que não podem ser
escrito na forma de fracção (divisão de dois inteiros). Como exemplo de números irracionais, temos a
raiz quadrada de 2 e a raiz quadrada de 3:
2 1,4142135...
3 1,7320508...
5
1.5. Conjunto dos números reais (IR)
Dados os conjuntos dos números racionais (Q) e dos irracionais, definimos o conjunto dos números reais
como:
Portanto, os números naturais, inteiros, racionais e irracionais são todos números reais. Como
subconjuntos importantes de IR temos:
IR* = IR-{0}
IR+ = conjunto dos números reais não negativos
IR_ = conjunto dos números reais não positivos
Obs: entre dois números inteiros existem infinitos números reais. Por exemplo:
Entre os números 1 e 2 existem infinitos números reais:
1,01 ; 1,001 ; 1,0001 ; 1,1 ; 1,2 ; 1,5 ; 1,99 ; 1,999 ; 1,9999 ...
1.6.1. Símbolos
: pertence : existe
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: contém N: conjunto dos números naturais
: A intersecção B
: A união B
a - b: diferença de A com B
: a menor ou igual a b
: a maior ou igual a b
:aeb
: a ou b
Conjunto vazio: é um conjunto que não possui elementos. O conjunto vazio é representado por { } ou .
União de Conjuntos: dados os conjuntos A e B, define-se como união dos conjuntos A e B ao conjunto
representado por , formado por todos os elementos pertencentes a A ou B, ou seja:
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por , formado por todos os elementos pertencentes a A e B, simultaneamente, ou seja:
Diferença de Conjuntos: dados os conjuntos A e B, define-se como diferença entre A e B (nesta ordem)
ao conjunto representado por A-B, formado por todos os elementos pertencentes a A, mas que não
pertencem a B, ou seja
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2. POLINÔMIOS
Definição
Uma função polinomial ou simplesmente polinómio, é toda função definida pela relação P(x)=anxn + an-
n-1
1.x + an-2.xn-2 + ... + a2x2 + a1x + a0.
Onde:
an, an-1, an-2, ..., a2, a1, a0 são números reais chamados coeficientes.
n IN
x C (nos complexos) é a variável.
Grau de um polinómio é o expoente máximo que ele possui. Se o coeficiente a n0, então o expoente
máximo n é dito grau do polinómio e indicamos gr(P)=n. Exemplos:
P(x)=5 ou P(x)=5.x0 é um polinómio constante, ou seja, gr(P)=0.
P(x)=3x+5 é um polinómio do 1º grau, isto é, gr(P)=1.
P(x)=4x5+7x4 é um polinómio do 5º grau, ou seja, gr(P)=5.
O valor numérico de um polinómio P(x) para x=a, é o número que se obtém substituindo x por a e
efectuando todas as operações indicadas pela relação que define o polinómio. Exemplo:
Resolução:
Se –3 é raiz de P(x), então P(-3)=0.
P(-3)=0 => (-3)3+4(-3)2-a.(-3)+1 = 0
3a = -10 => a=-10/3
Resposta: a=-10/3
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2º) Calcular m IR para que o polinómio
P(x)=(m2-1)x3+(m+1)x2-x+4 seja:
Resposta:
Para o polinómio ser do 3º grau, os coeficientes de x2 e x3 devem ser diferentes de zero. Então:
m2-10 => m21 => m1
m+10 => m-1
Portanto, o polinómio é do 3º grau se m1 e m-1.
para o polinómio ser do 2º grau, o coeficiente de x3 deve ser igual a zero e o coeficiente de x2 diferente de
zero. Então:
para o polinómio ser do 1º grau, os coeficientes de x2 e x3 devem ser iguais a zero. Então:
3º) Num polinómio P(x), do 3º grau, o coeficiente de x3 é 1. Se P(1)=P(2)=0 e P(3)=30, calcule o valor de
P(-1).
Resolução:
a b c -1
4a 2b c -8
9a 3b c 3
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2.3. Polinómios iguais
Dizemos que dois polinómios A(x) e B(x) são iguais ou idênticos (e indicamos A(x)B(x)) quando
assumem valores numéricos iguais para qualquer valor comum atribuído à variável x. A condição para
que dois polinómios sejam iguais ou idênticos é que os coeficientes dos termos correspondentes sejam
iguais.
Exemplo:
Calcular a,b e c, sabendo-se que x2-2x+1 a(x2+x+1)+(bx+c)(x+1).
Resolução:
a b 1
a b c 2
a c 1
Obs: um polinómio é dito identicamente nulo se tem todos os seus coeficientes nulos.
Nessa divisão:
P(x) é o dividendo.
D(x) é o divisor.
Q(x) é o quociente.
R(x) é o resto da divisão.
Obs: Quando temos R(x)=0 dizemos que a divisão é exacta, ou seja, P(x) é divisível por D(x) ou D(x) é
divisor de P(x).
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Exemplo:
x 4 x3 7 x 2 9 x 1 x 2 3x 2
x 4 3x3 2 x 2 x 2 2 x 1 Q( x)
2 x3 5 x 2 9 x 1
2 x3 6 x 2 4 x
x2 5x 1
x 2 3x 2
2 x 1 R( x)
Verificamos que:
x
4
x 3
- 2
7x 9x
- 1 (x 2 3x - 2) (x 2 - 2x 1) (2x 1)
P(x) D(x) Q(x) R(x)
4x2 2x 3 2x 1
4x 2x2
2x
3
Logo: R(x)=3
A raiz do divisor é 2x-1=0 => x=1/2.
Agora calculamos P(x) para x=1/2.
P(1/2) = 4(1/4) – 2(1/2) + 3
P(1/2) = 3
12
P(-1)=(-1)2+5.(-1)-1 => P(-1) = -5 = R(x)
Resposta: R(x) = -5.
Resolução:
Resposta: p=19.
Vamos resolver o seguinte problema: calcular o resto da divisão do polinómio P(x) pelo produto (x-a)(x-
b), sabendo-se que os restos da divisão de P(x) por (x-a) e por (x-b) são, respectivamente, r1 e r2.
Temos:
a é a raiz do divisor x-a, portanto P(a)=r1 (eq. 1)
b é a raiz do divisor x-b, portanto P(b)=r2 (eq. 2)
E para o divisor (x-a)(x-b) temos P(x)=(x-a)(x-b) Q(x) + R(x) (eq. 3)
O resto da divisão de P(x) por (x-a)(x-b) é no máximo do 1º grau, pois o divisor é do 2º grau; logo:
R(x)=cx+d
Da eq.3 vem:
P(x)=(x-a)(x-b) Q(x) + cx + d
Fazendo:
x=a => P(a) = c(a)+d (eq. 4)
x=b => P(b) = c(b)+d (eq. 5)
ca d r1
cb d r2
Resolvendo o sistema obtemos:
r1 r2 ar2 ar1
c e d , com a b
ab ab
r r2 ar2 ar1
Logo : R ( x) 1 x , com a b
ab ab
Observações:
1ª) Se P(x) for divisível por (x-a) e por (x-b), temos:
P(a)= r1 =0
P(b)= r2 =0
Portanto, P(x) é divisível pelo produto (x-a)(x-b), pois:
r1 r2 ar2 ar1
R( x) x 00 0
a b a b
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2ª) Generalizando, temos:
Se P(x) é divisível por n factores distintos (x-a1), (x-a2),..., (x-an) então P(x) é divisível pelo
produto (x-a1)(x-a2)...(x-an).
Exemplo:
Um polinómio P(x) dividido por x dá resto 6 e dividido por (x-1) dá resto 8. Qual o resto da divisão de
P(x) por x(x-1)?
Resolução:
O resto da divisão de P(x) por x(x-1) é no máximo do 1º grau, pois o divisor é do 2º grau; logo:
R(x)=ax+b
Da eq.3 vem:
P(x)=x(x-1) Q(x) + ax + b
Fazendo:
x=0 => P(0) = a(0)+b => P(0) = b (eq. 4)
x=1 => P(1) = a(1)+b => P(1) = a+b (eq. 5)
b 6
a b 8
Logo, b=6 e a=2.
Agora achamos o resto: R(x) = ax+b = 2x+6
Resposta: R(x) = 2x+6.
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2.7. O dispositivo de Briott-Ruffini
Serve para efectuar a divisão de um polinómio P(x) por um binómio da forma (ax+b).
Exemplo: Determinar o quociente e o resto da divisão do polinómio P(x)=3x 3-5x2+x-2 por (x-2).
Resolução:
COEFICIENT ES DE P(x)
RAIZ DO DIVISOR
2 3 5 1 2
3.(2) 5 1.(2) 1 3.(2) 2
3
1
3
4
COEFICIENT ES DO QUOCIENTE Q(x) RESTO
Observe que o grau de Q(x) é uma unidade inferior ao de P(x), pois o divisor é de grau 1.
ax2+bx+c = a(x-r1)(x-r2)
Exemplos:
Fatorar o polinómio P(x)=x2-4.
Resolução:
Resolução:
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Fazendo x2-7x+10=0, obtemos as raízes r1=5 e r2=2.
Logo: x2-7x+10 = (x-5)(x-2).
Resolução:
anxn+an-1xn-1+...+a1x+a0 = an(x-r1)(x-r2)...(x-rn)
Observações:
Se duas, três ou mais raiz forem iguais, dizemos que são raízes duplas, triplas, etc.
Uma raiz r1 do polinómio P(x) é dita raiz dupla ou de multiplicidade 2 se P(x) é divisível por (x-r1)2 e não
por (x-r1)3.
É muito comum nas expressões algébrica o aparecimento de certos produtos. Para simplificar o trabalho
nos cálculos será muito útil a aplicação dos produtos notáveis. Veja a tabela abaixo:
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2.9. ALGUNS EXERCÍCIOS RESOLVIDOS:
1) Desenvolva:
a) (3x+y)2
b) ((1/2)+x2)2
c) ((2x/3)+4y3)2
d) (2x+3y)3
e) (x4+(1/x2))3
f) ((2x/3)+(4y/5)).((2x/3)-(4y/5))
2) Efectue as multiplicações:
a) (x-2)(x-3)
b) (x+5)(x-4)
3) Simplifique as expressões:
a) (x+y)2–x2-y2
b) (x+2)(x-7)+(x-5)(x+3)
c) (2x-y)2-4x(x-y)
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3. Radiciação
De modo geral, para se elevar um radical a um dado expoente, basta elevar o radicando àquele
expoente. Exemplos:
Divisão de Radicais
Segundo as propriedades dos radicais, temos que:
De um modo geral, na divisão de radicais de mesmo índice, mantemos o índice e dividimos os radicais:
Exemplos:
: =
Se os radicais forem diferentes, devemos reduzi-los ao mesmo índice e depois efectue a operação.
Exemplos:
Vamos agora multiplicar o numerador e o denominador desta fracção por , obtendo uma fracção
equivalente:
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Principais casos de racionalização:
é o factor racionalizante de
é o factor racionalizante de
é o factor racionalizante de
é o factor racionalizante de
Potência com expoente racional
Observe as seguintes igualdades:
ou
Igualmente podemos transformar uma potência com expoente fraccionário em um radical.
Exemplo:
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3.3. A recorrência de François Viète no cálculo da raiz quadrada de um número
Vamos supor que queiramos calcular a raiz quadrada de um número “x” e que não tivéssemos os recursos
hoje disponíveis.
François Viète, matemático francês, desenvolveu um método muito interessante para resolver este
problema.
Supondo que, para calcular a raiz quadrada de um número “x”, nós “chutássemos” o resultado.
Viète partiu da premissa de que a raiz quadrada de uma número qualquer “x”, é composto pela parte que
corresponde ao nosso acerto “R” e uma outra corresponde ao erro “E”, que eventualmente cometeríamos
ao tentar “chutar” o valor da raiz
Equacionando :
Equação I
x RE
x 2
R E
2
x R 2RE E 2
2
Como queremos um “chute” o mais próximo do valor exacto, então queremos um erro “E” o menor
possível.
Um erro “E”, muito pequeno, implica que seu quadrado tenderá para zero.
Logo, faremos E2 0
x R 2 2RE 0
2RE x R 2
x R2
E
2R
Substituindo “E” na Equação I , teremos:
x R2
x R
2R
Exemplo :
Calcular a raiz quadrada de 4 pelo método de recorrência de Viète.
Solução :
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Primeiro vamos chutar um valor qualquer para a raiz de 4.
Por exemplo, vamos chutar que fosse 1 .
x RE
4 1 E
x R2
x R
2 R
4 2,50 2
4 2,50
5
4 6,25
4 2,50
5
4 6,25
4 2,50
5
4 2,50 0,45
4 2,04
Se fizermos novas recorrências, encontraremos resultados cada vez mais próximos de 2 ( que é a raiz
quadrada de 4 ).
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4. Função de 1º grau
Definição:
Chama-se função polinomial do 1º grau, ou função afim, a qualquer função f de IR em IR dada por uma
lei da forma f(x) = ax + b, onde a e b são números reais dados e a 0.
Na função f(x) = ax + b, o número a é chamado de coeficiente de x e o número b é chamado termo
constante.
Veja alguns exemplos de funções polinomiais do 1º grau:
f(x) = 5x - 3, onde a = 5 e b = - 3
f(x) = -2x - 7, onde a = -2 e b = - 7
f(x) = 11x, onde a = 11 e b = 0
Gráfico
O gráfico de uma função polinomial do 1º grau, y = ax + b, com a 0, é uma reta oblíqua aos eixos Ox
e Oy.
Exemplo:
Vamos construir o gráfico da função y = 3x - 1:
Como o gráfico é uma reta, basta obter dois de seus pontos e ligá-los com o auxílio de uma régua:
a) Para x = 0, temos y = 3 · 0 - 1 = -1; portanto, um ponto é (0, -1).
Marcamos os pontos (0, -1) e no plano cartesiano e ligamos os dois com uma reta.
x y
0 -1
f(x) = 0 ax + b = 0
Vejamos alguns exemplos:
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Obtenção do zero da função f(x) = 2x - 5:
f(x) = 0 2x - 5 = 0
Cálculo da raiz da função g(x) = 3x + 6:
g(x) = 0 3x + 6 = 0 x = -2
Cálculo da abscissa do ponto em que o gráfico de h(x) = -2x + 10 corta o eixo das abicissas:
O ponto em que o gráfico corta o eixo dos x é aquele em que h(x) = 0; então:
h(x) = 0 -2x + 10 = 0 x=5
Crescimento e decrescimento
Consideremos a função do 1º grau y = 3x - 1. Vamos atribuir valores cada vez maiores a x e observar o
que ocorre com y:
x -3 -2 -1 0 1 2 3
y -10 -7 -4 -1 2 5 8
Regra geral:
a função do 1º grau f(x) = ax + b é crescente quando o coeficiente de x é positivo (a > 0);
a função do 1º grau f(x) = ax + b é decrescente quando o coeficiente de x é negativo (a < 0);
Justificativa:
para a > 0: se x1 < x2, então ax1 < ax2. Daí, ax1 + b < ax2 + b, de onde vem f(x1) < f(x2).
para a < 0: se x1 < x2, então ax1 > ax2. Daí, ax1 + b > ax2 + b, de onde vem f(x1) > f(x2).
Sinal
Estudar o sinal de uma qualquer y = f(x) é determinar os valor de x para os quais y é positivo, os valores
de x para os quais y é zero e os valores de x para os quais y é negativo.
Consideremos uma função afim y = f(x) = ax + b vamos estudar seu sinal. Já vimos que essa função se
23
y>0 ax + b < 0 x<
Conclusão: y é positivo para valores de x maiores que a raiz; y é negativo para valores de x menores
que a raiz
Conclusão: y é positivo para valores de x menores que a raiz; y é negativo para valores de x maiores que
a raiz.
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Representação gráfica de uma inequação do 1º grau com duas variáveis
Método prático
Substituímos a desigualdade por uma igualdade.
Traçamos a reta no plano cartesiano.
Escolhemos um ponto auxiliar, de preferência o ponto (0, 0) e verificamos se o mesmo satisfaz ou não a
desigualdade inicial.
Em caso positivo, a solução da inequação corresponde ao semiplano ao qual pertence o ponto
auxiliar.
Em caso negativo, a solução da inequação corresponde ao semiplano oposto aquele ao qual
pertence
o ponto auxiliar. Exemplos:
Representa graficamente a inequação
Tabela
x y (x, y)
0 4 (0, 4)
2 0 (2, 0)
Tabela
25
x y (x, y)
0 -1 (0, -1)
1 0 (1, 0)
Função Quadrática
Definição
Chama-se função quadrática, ou função polinomial do 2º grau, qualquer função f de IR em IR dada por
uma lei da forma f(x) = ax2 + bx + c, onde a, b e c são números reais e a 0.
Vejamos alguns exemplos de função quadráticas:
f(x) = 3x2 - 4x + 1, onde a = 3, b = - 4 e c = 1
f(x) = x2 -1, onde a = 1, b = 0 e c = -1
f(x) = 2x2 + 3x + 5, onde a = 2, b = 3 e c = 5
f(x) = - x2 + 8x, onde a = 1, b = 8 e c = 0
f(x) = -4x2, onde a = - 4, b = 0 e c = 0
Gráfico
O gráfico de uma função polinomial do 2º grau, y = ax2 + bx + c, com a 0, é uma curva chamada
parábola.
Exemplo:
Vamos construir o gráfico da função y = x2 + x:
Primeiro atribuímos a x alguns valores, depois calculamos o valor correspondente de y e, em seguida,
ligamos os pontos assim obtidos.
26
x y
-3 6
-2 2
-1 0
0 0
1 2
2 6
Observação:
Ao construir o gráfico de uma função quadrática y = ax2 + bx + c, notaremos sempre que:
se a > 0, a parábola tem a concavidade voltada para cima;
se a < 0, a parábola tem a concavidade voltada para baixo;
Temos:
Observação
A quantidade de raízes reais de uma função quadrática depende do valor obtido para o radicando
, chamado discriminante, a saber:
quando é positivo, há duas raízes reais e distintas;
quando é zero, há só uma raiz real;
quando é negativo, não há raiz real.
Coordenadas do vértice da parábola
Quando a > 0, a parábola tem concavidade voltada para cima e um ponto de mínimo V; quando a < 0, a
parábola tem concavidade voltada para baixo e um ponto de máximo V.
27
Imagem
O conjunto-imagem Im da função y = ax2 + bx + c, a 0, é o conjunto dos valores que y pode
assumir. Há duas possibilidades:
1ª - quando a > 0,
a>0
28
2ª quando a < 0,
a<0
Construção da Parábola
É possível construir o gráfico de uma função do 2º grau sem montar a tabela de pares (x, y), mas
seguindo apenas o roteiro de observação seguinte:
O valor do coeficiente a define a concavidade da parábola;
Os zeros definem os pontos em que a parábola intercepta o eixo dos x;
O vértice V indica o ponto de mínimo (se a > 0), ou máximo (se a< 0);
A reta que passa por V e é paralela ao eixo dos y é o eixo de simetria da parábola;
Para x = 0 , temos y = a · 02 + b · 0 + c = c; então (0, c) é o ponto em que a parábola corta o eixo dos y.
Sinal
Consideramos uma função quadrática y = f(x) = ax2 + bx + c e determinemos os valores de x para os
quais y é negativo e os valores de x para os quais y é positivos.
Conforme o sinal do discriminante = b2 - 4ac, podemos ocorrer os seguintes casos:
1º - >0
Nesse caso a função quadrática admite dois zeros reais distintos (x1 x2). a parábola intercepta o eixo
Ox em dois pontos e o sinal da função é o indicado nos gráficos abaixo:
29
quando a > 0
y>0 (x < x1 ou x > x2)
y<0 x1 < x < x2
quando a < 0
y>0 x1 < x < x2
y<0 (x < x1 ou x > x2)
2º - =0
30
quando a > 0
quando a < 0
2º - <0
31
quando a > 0
quando a < 0
Sistemas Lineares
Equação linear
Equação linear é toda equação da forma:
a1x1 + a2x2+ a3x3 + ... + anxn = b
em que a1, a2, a3, ... , an são números reais, que recebem o nome de coeficientes das incógnitas
x1, x2,x3, ... , xn, e b é um número real chamado termo independente ( quando b=0, a equação recebe o
nome de linear homogênea).
Veja alguns exemplos de equações lineares:
3x - 2y + 4z = 7 -2x + 4z = 3t - y + 4
(homogênea)
As equações a seguir não são lineares:
32
xy - 3z + t = 8 x2- 4y = 3t - 4
Sistema linear
Um conjunto de equações lineares da forma:
a matriz incompleta é:
matriz completa: matriz B que se obtém acrescentando à matriz incompleta uma última coluna formada
pelos termos independentes das equações do sitema.
Assim, para o mesmo sistema acima, a matriz completa é:
Sistemas homogêneos
Um sistema é homogêneo quando todos os termos independentes da equações são nulos:
Veja um exemplo:
33
A n-upla (0, 0, 0,...,0) é sempre solução de um sistema homogêneo com n incógnitas e recebe o nome de
solução trivial. Quando existem, as demais soluções são chamadas não-triviais.
Resolvendo o sistema , encontramos uma única solução: o par ordenado (3,5). Assim,
dizemos que o sistema é possível (tem solução) e determinado (solução única).
Sistema normal
Um sistema é normal quando tem o mesmo número de equações (m) e de incógnitas (n) e o determinante
da matriz incompleta associada ao sistema é diferente de zero.
Se m=n e det A 0, então o sistema é normal.
Regra de Cramer
Todo sistema normal tem uma única solução dada por:
m=n=3
b) possível e indeterminado, se D= Dx1 = Dx2 = Dx3 = ... = Dxn= 0, para n=2. Se n 3, essa condição só
será válida se não houver equações com coeficientes das incógnitas respectivamente proporcionais e
termos independentes não-proporcionais.
Um sistema possível e indeterminado apresenta infinitas soluções.
Exemplo:
34
D=0, Dx =0, Dy=0 e Dz=0
Assim, o sistema é possível e indeterminado, tendo infinitas soluções.
c) impossível, se D=0 e Dxi 0, 1 i n; caso em que o sistema não tem solução.
Exemplo:
Sistemas Equivalentes
Dois sistemas são equivalentes quando possuem o mesmo conjunto solução.
Por exemplo, dados os sistemas:
e
verificamos que o par ordenado (x, y) = (1, 2) satisfaz ambos e é único. Logo, S 1 e S2 são equivalentes: S1
~ S2.
Propriedades
a) Trocando de posição as equações de um sistema, obtemos outro sistema equivalente.
Por exemplo:
e
S1 ~S2
S1 ~S2
c) Adicionando a uma das equações de um sistema o produto de outra equação desse mesmo sistema por
um número k ( K IR*), obtemos um sistema equivalente ao anterior.
Por exemplo:
Dado , substituindo a equação (II) pela soma do produto de (I) por -1 com (II),
obtemos:
35
S1~S2, pois (x,y)=(2,1) é solução de ambos os sistemas.
Sistemas escalonados
Utilizamos a regra de Cramer para discutir e resolver sistemas lineares em que o número de equações
(m) é igual ao número de incógnitas (n). Quando m e n são maiores que três, torna-se muito trabalhoso
utilizar essa regra. Por isso, usamos a técnica do escalonamento, que facilita a discussão e resolução de
quaisquer sistemas lineares.
Dizemos que um sistema, em que existe pelo menos um coeficiente não-nulo em cada equação, está
escalonado se o número de coeficientes nulos antes do primeiro coeficiente não nulo aumenta de equação
para equação.
Para escalonar um sistema adotamos o seguinte procedimento:
a) Fixamos como 1º equação uma das que possuem o coeficiente da 1º incógnita diferente de zero.
b) Utilizando as propriedades de sistemas equivalentes, anulamos todos os coeficientes da 1ª incógnita
das demais equações.
c) Repetimos o processo com as demais incógnitas, até que o sistema se torne escalonado.
Exemplo 1:
1ºpasso: Anulamos todos os coeficientes da 1º incógnita a partir da 2º equação, aplicando as propriedades
dos sistemas equivalentes:
Trocamos de posição a 1º equação com a 2º equação, de modo que o 1º coeficiente de x seja igual a 1:
Trocamos a 2º equação pela soma da 1º equação, multiplicada por -2, com a 2º equação:
Trocamos a 3º equação pela soma da 1º equação, multiplicada por -3, com a 3º equação:
36
-7y - 3(3)= -2 -7y - 9 = -2 y=-1
Substituindo z=3 e y=-1 em (I):
x + 2(-1) + 3= 3 x=2
Então, x=2, y=-1 e z=3
Exemplo 2:
1º passo: Anulamos todos os coeficientes da 1º incógnita a partir da 2º equação:
Trocamos a 2º equação pela soma do produto da 1º equação por -2 com a 2º equação:
Dessa forma, o sistema está escalonando. Como não existe valor real de z tal que 0z=-2,
o sistema é impossível.
Exemplo:
37
Trocamos a 3º equação pela soma do produto da 2º equação por -3 com a 3º equação
12z - 6 = 30 12z= 30 + 6 =
Conhecidos z e t, substituímos esses valores na 2º equação:
FUNÇÃO MODULAR
O módulo (ou valor absoluto) de um número real x, que se indica por | x | é definido da
seguinte maneira:
x, se x 0
x
x, se x 0
38
Então:
se x é positivo ou zero, | x | é igual ao próprio x.
Exemplos: | 2 | = 2 ; | 1/2 | = | 1/2 | ; | 15 | = 15
Se | x | < a (com a>0) significa que a distância entre x e a origem é menor que a, isto é,
x deve estar entre –a e a, ou seja, | x | < a -a < x < a.
Se | x | > a (com a>0) significa que a distância entre x e a origem é maior que a, isto é,
deve estar à direita de a ou à esquerda de –a na reta real, ou seja: | x | > a x > a ou x
< -a.
Equações modulares
Toda a equação que contiver a incógnita em um módulo num dos membros será
chamada equação modular.
Exemplos:
| x2-5x | = 1
| x+8 | = | x2-3 |
Resolvendo o caso 1:
39
x2-5x-6 = 0 => x‟=6 e x‟‟=-1.
Resolvendo o caso 2:
x2-5x+6 = 0 => x‟=3 e x‟‟=2.
Resposta: S={-1,2,3,6}
Inequações modulares
S = {x IR | 2<x<4}
Resolução:
|x2-2x+3| 4 => -4 x2-2x+3 4.
Então temos duais inequações (que devem ser satisfeitas ao mesmo tempo):
Eq.1: -4 x2-2x+3
Eq.2: x2-2x+3 4
Resolvendo a Eq.1:
-4 x2-2x+3 => -4-3 x2-2x => -7 x2-2x => x2-2x+7 0 => sem raízes reais
Resolvendo a Eq.2:
x2-2x+3 4 => x2-2x-1 0
x' 1 2
Aplicando Bhaskara encontramos as raízes
x' ' 1 2
S {x IR | 1 2 x 1 2}
40
Módulo e raiz quadrada
x 2 | x |
o que é verdadeiro para todo x real.
Função modular
x, se x 0
f ( x)
x, se x 0
Observe, então, que a função modular é uma função definida por duas sentenças.
Determinação do domínio
41
Vamos determinar o domínio de algumas funções utilizando inequações
modulares:
Resolução:
1
Sabemos que só é possível em IR se | x | 3 0.
| x | 3
Então : | x | 3 0 | x | 3 x 3 ou x 3
Resposta : D {x IR | x 3 ou x 3}
Resolução:
Gráfico
x y=f(x)
-1 1
-2 2
0 0
1 1
2 2
42
43
PROBABILIDADE
A história da teoria das probabilidades, teve início com os jogos de cartas, dados e de
roleta. Esse é o motivo da grande existência de exemplos de jogos de azar no estudo da
probabilidade. A teoria da probabilidade permite que se calcule a chance de ocorrência
de um número em um experimento aleatório.
Experimento Aleatório
É aquele experimento que quando repetido em iguais condições, podem fornecer
resultados diferentes, ou seja, são resultados explicados ao acaso. Quando se fala de
tempo e possibilidades de ganho na loteria, a abordagem envolve cálculo de
experimento aleatório.
Espaço Amostral
É o conjunto de todos os resultados possíveis de um experimento aleatório. A letra
que representa o espaço amostral, é S.
Exemplo:
Lançando uma moeda e um dado, simultaneamente, sendo S o espaço amostral,
constituído pelos 12 elementos:
S = {K1, K2, K3, K4, K5, K6, R1, R2, R3, R4, R5, R6}
Escreva explicitamente os seguintes eventos: A={caras e m número par aparece},
B={um número primo aparece}, C={coroas e um número ímpar aparecem}.
Idem, o evento em que:
a) A ou B ocorrem;
b) B e C ocorrem;
c) Somente B ocorre.
Quais dos eventos A,B e C são mutuamente exclusivos
Resolução:
Para obter A, escolhemos os elementos de S constituídos de um K e um número par:
A={K2, K4, K6};
Para obter B, escolhemos os pontos de S constituídos de números primos:
B={K2,K3,K5,R2,R3,R5}
Para obter C, escolhemos os pontos de S constituídos de um R e um número ímpar:
C={R1,R3,R5}.
(a) A ou B = AUB = {K2,K4,K6,K3,K5,R2,R3,R5}
(b) B e C = B C = {R3,R5}
(c) Escolhemos os elementos de B que não estão em A ou C;
B Ac Cc = {K3,K5,R2}
A e C são mutuamente exclusivos, porque A C =
Conceito de probabilidade
Se num fenômeno aleatório as possibilidades são igualmente prováveis, então a
probabilidade de ocorrer um evento A é:
44
Num espaço amostral equiprovável S (finito), a probabilidade de ocorrência de um
evento A é sempre:
Propriedades Importantes:
1. Se A e A‟ são eventos complementares, então:
P( A ) + P( A' ) = 1
2. A probabilidade de um evento é sempre um número entre (probabilidade de evento
impossível) e 1 (probabilidade do evento certo).
Probabilidade Condicional
Antes da realização de um experimento, é necessário, que já tenha alguma informação
sobre o evento que se deseja observar.Nesse caso o espaço amostral se modifica e o
evento tem a s sua probabilidade de ocorrência alterada.
Fórmula de Probabilidade Condicional
P(E1 e E2 e E3 e ...e En-1 e En) é igual a P(E1).P(E2/E1).P(E3/E1 e E2)...P(En/E1 e E2 e
...En-1).
Onde P(E2/E1) é a probabilidade de ocorrer E2, condicionada pelo fato de já ter ocorrido
E1;
P(E3/E1 e E2) é a probabilidade ocorrer E3, condicionada pelo fato de já terem ocorrido
E1 e E2;
P(Pn/E1 e E2 e ...En-1) é a probabilidade de ocorrer En, condicionada ao fato de já ter
ocorrido E1 e E2...En-1.
Exemplo:
Uma urna tem 30 bolas, sendo 10 vermelhas e 20 azuis. Se ocorrer um sorteio de 2
bolas, uma de cada vez e sem reposição, qual será a probabilidade de a primeira ser
vermelha e a segunda ser azul?
Resolução:
Seja o espaço amostral S=30 bolas, bolinhas e considerarmos os seguintes eventos:
A: branca na primeira retirada e P(A) = 10/30
B: preta na segunda retirada e P(B) = 20/29
Assim:
P(A e B) = P(A).(B/A) = 10/30.20/29 = 20/87
Eventos independentes
Dizemos que E1 e E2 e ...En-1, En são eventos independentes quando a probabilidade
de ocorrer um deles não depende do fato de os outros terem ou não terem ocorrido.
Fórmula da probabilidade dos eventos independentes:
P(E1 e E2 e E3 e ...e En-1 e En) = P(E1).P(E2).p(E3)...P(En)
Exemplo:
Uma urna tem 30 bolas, sendo 10 vermelhas e 20 azuis. Se sortearmos 2 bolas, 1 de
cada vez e respondo a sorteada na urna, qual será a probabilidade de a primeira ser
branca e a segunda ser preta?
Resolução:
Como os eventos são independentes, a probabilidade de sair vermelha na primeira
retirada e azul na segunda retirada é igual ao produto das probabilidades de cada
45
condição, ou seja, P(A e B) = P(A).P(B). Ora, a probabilidade de sair vermelha na
primeira retirada ´e 10/30 e a de sair azul na segunda retirada 20/30. Daí, usando a regra
do produto, temos: 10/30.20/30=2/9.
Observe que na segunda retirada forma consideradas todas as bolas, pois houve
reposição. Assim, P(B/A) =P(B), porque o fato de sair bola vermelha na primeira
retirada não influenciou a segunda retirada, já que ela foi reposta na urna.
Exemplo: Se dois dados, azul e branco, forem lançados, qual a probabilidade de sair 5
no azul e 3 no branco?
Considerando os eventos:
A: Tirar 5 no dado azul e P(A) = 1/6
B: Tirar 3 no dado branco e P(B) = 1/6
Sendo S o espaço amostral de todos os possíveis resultados, temos:
n(S) = 6.6 = 36 possibilidades. Daí, temos:P(A ou B) = 1/6 + 1/6 – 1/36 = 11/36
Análise Combinatória
Fatorial de um número:
n!=n.(n-1).(n-2)...3.2.1
Definições especiais:
0!=1
1!=1
46
100!101!
1) Calcule o valor da expressão .
99!
100!101! 100.99!101.100.99!
100 101.100 100 10100 10200
99! 99!
( x 1)!
2) Resolva a equação 56.
( x 1)!
( x 1)! ( x 1)( x)( x 1)!
56 56 ( x 1)( x) 56 x 2 x 56
( x 1)! ( x 1)!
1 225 1 15 x 7
x 2 x 56 0 x x
2 2 x -8
Resposta : x 7, pois não existe fatorial de um número negativo.
3) Quatro times de futebol (Grêmio, Santos, São Paulo e Flamengo) disputam o torneio dos
campeões do mundo. Quantas são as possibilidades para os três primeiros lugares?
R : Existem 4 possibilidades para o 1º lugar, sobrando 3 possibilidades para o 2º lugar e 2
possibilidades para o 3º lugar 4.3.2 24 possibilidades.
Arranjo simples:
n!
An, p
(n p)!
47
5) Quantos números de 3 algarismos distintos podemos formar com o algarismos do
sistema decimal (0,1,2,3,4,5,6,7,8,9) sem os repetir, de modo que :
a) COM ECEM COM 1.
R : O número pode possuir três algarismos , sendo que para o primeiro existe apenas 1
possibilidade (1) e para os outros dois ainda existem 9 números disponíveis :
9! 9! 9.8.7!
1. A9, 2 9.8 72 números.
(9 2)! 7! 7!
6) Quantos são os números compreendidos entre 2000 e 3000 formados por algarismos
distintos escolhidos entre 1,2,3,4,5,6,7,8 e 9?
R : O número deve ter quatro algarismos (pois está entre 2000 e 3000). Para o primeiro
algarismo existe apenas uma possibilidade (2), e para os outros três ainda existem 8 números
disponíveis, então :
8! 8! 8.7.6.5!
1. A8,3 8.7.6 336 números.
(8 3)! 5! 5!
48
Permutação Simples: É um caso particular de arranjo simples. É o tipo de
agrupamento ordenado onde entram todos os elementos.
Pn n!
8) Calcule de quantas maneiras podem ser dipostas 4 damas e 4 cavalheiro s, numa fila, de
forma que não fiquem juntos dois cavalheiro s e duas damas.
R :Existem duas maneiras de fazer isso :
C - D - C - D - C - D - C - D ou D - C - D - C - D - C - D - C
Colocando um cavalheiro na primeira posição temos como número total de maneiras :
P4 .P4 4!.4! 24.24 576 maneiras.
Colocando uma dama na primeira posição temos também :
P4 .P4 4!.4! 24.24 576 maneiras.
Portanto o total é 576 576 1152 maneiras.
n!
Cn, p
p!(n p)!
49
9) Resolver a equação C m ,3 C m , 2 0.
m! m!
0
3!(m 3)! 2!(m 2)!
m.(m 1).(m 2).(m 3)! m.(m 1).(m 2)!
0
3!(m 3)! 2!(m 2)!
m.(m 1).(m 2) m.(m 1)
0
3! 2!
m 3 2m 2 m 2 2m m 2 m
0
6 2
m 3 3m 2 2m 3m 2 3m
0 m 3 6 m 2 5m 0
6
6 16 m ' 5
m 2 6m 5 0 m
2 m ' ' 1
Resposta : m 5.
obs : m 1 não é a resposta porque não pode haver C1,3.
10) Com 10 espécies de frutas, quantos tipos de salada, contendo 6 espécies diferentes
podem ser feitas?
10! 10.9.8.7.6! 5040 5040
C10, 6 210 tipos de saladas.
6!.(10 6)! 6!.4! 4! 24
11) Numa reunião com 7 rapazes e 6 moças, quantas comissões podemos formar com 3
rapazes e 4 moças?
RAPAZES- C 7 ,3
M OÇAS- C 6, 4
O resultado é o produto C 7 ,3 .C 6, 4 .
7! 6! 7.6.5.4! 6.5.4! 210 30
. . . 35.15 525 comissões.
3!(7 3)! 4!(6 4)! 3!.4! 4!.2! 3! 2
50
Matrizes
Introdução
O crescente uso dos computadores tem feito com que a teoria das matrizes seja cada
vez mais aplicada em áreas como Economia, Engenharia, Matemática, Física, dentre
outras. Vejamos um exemplo.
A tabela a seguir representa as notas de três alunos em uma etapa:
Química Inglês Literatura Espanhol
A 8 7 9 8
B 6 6 7 6
C 4 8 5 9
Se quisermos saber a nota do aluno B em Literatura, basta procurar o número que fica
na segunda linha e na terceira coluna da tabela.
Vamos agora considerar uma tabela de números dispostos em linhas e colunas, como
no exemplo acima, mas colocados entre parênteses ou colchetes:
51
Notação geral
Costuma-se representar as matrizes por letras maiúsculas e seus elementos por letras
minúsculas, acompanhadas por dois índices que indicam, respectivamente, a linha e a
coluna que o elemento ocupa.
Assim, uma matriz A do tipo m x n é representada por:
Na matriz , temos:
Matriz coluna: matriz do tipo m x 1, ou seja, com uma única coluna. Por
exemplo, , do tipo 3 x 1
52
Observe a matriz a seguir:
Por exemplo, .
Matriz diagonal: matriz quadrada em que todos os elementos que não estão na
diagonal principal são nulos. Por exemplo:
53
Desse modo, se a matriz A é do tipo m x n, At é do tipo n x m.
Note que a 1ª linha de A corresponde à 1ª coluna de At e a 2ª linha de A corresponde à
2ª coluna de At.
Denominações especiais
Algumas matrizes, por suas características, recebem denominações especiais.
Matriz linha: matriz do tipo 1 x n, ou seja, com uma única linha. Por exemplo, a matriz
A =[4 7 -3 1], do tipo 1 x 4.
Matriz coluna: matriz do tipo m x 1, ou seja, com uma única coluna. Por
exemplo, , do tipo 3 x 1
54
a11 = -1 é elemento da diagonal principal, pis i = j = 1
a31= 5 é elemento da diagonal secundária, pois i + j = n + 1 ( 3 + 1 = 3 + 1)
Matriz nula: matriz em que todos os elementos são nulos; é representada por 0m x n.
Por exemplo, .
Matriz diagonal: matriz quadrada em que todos os elementos que não estão na
diagonal principal são nulos. Por exemplo:
55
Note que a 1ª linha de A corresponde à 1ª coluna de At e a 2ª linha de A corresponde à
2ª coluna de At.
Multiplicação de matrizes
O produto de uma matriz por outra não é determinado por meio do produto dos sus
respectivos elementos.
Assim, o produto das matrizes A = ( aij) m x p e B = ( bij) p x n é a matriz C = (cij) m x n
em que cada elemento cij é obtido por meio da soma dos produtos dos elementos
correspondentes da i-ésima linha de A pelos elementos da j-ésima coluna B.
1ª linha e 2ª coluna
2ª linha e 1ª coluna
2ª linha e 2ª coluna
Assim, .
Observe que:
56
Vejamos outro exemplo com as matrizes :
Propriedades
Verificadas as condições de existência para a multiplicação de matrizes, valem as
seguintes propriedades:
a) associativa: ( A . B) . C = A . ( B . C )
b) distributiva em relação à adição: A . ( B + C ) = A . B + A . C ou ( A + B ) . C = A .
C+B.C
c) elemento neutro: A . In = In . A = A, sendo In a matriz identidade de ordem n
Vimos que a propriedade comutativa, geralmente, não vale para a multiplicação de
matrizes. Não vale também o anulamento do produto, ou seja: sendo 0 m x n uma matriz
nula, A .B =0 m x n não implica, necessariamente, que A = 0 m x n ou B = 0 m x n.
Matriz inversa
Dada uma matriz A, quadrada, de ordem n, se existir uma matriz A', de mesma
ordem, tal que A . A' = A' . A = In , então A' é matriz inversa de A . representamos a
matriz inversa por A-1 .
Determinantes
Como já vimos, matriz quadrada é a que tem o mesmo número de linhas e de colunas
(ou seja, é do tipo nxn).
A toda matriz quadrada está associado um número ao qual damos o nome de
determinante.
Dentre as várias aplicações dos determinantes na Matemática, temos:
resolução de alguns tipos de sistemas de equações lineares;
57
cálculo da área de um triângulo situado no plano cartesiano, quando são conhecidas as
coordenadas dos seus vértices;
Determinante de 1ª ordem
Dada uma matriz quadrada de 1ª ordem M=[a11], o seu determinante é o número real
a11:
det M =Ia11I = a11
Observação: Representamos o determinante de uma matriz entre duas barras verticais,
que não têm o significado de módulo.
Por exemplo:
M= [5] det M = 5 ou I 5 I = 5 M = [-3] det M = -3 ou I -3 I = -3
Determinante de 2ª ordem
Menor complementar
Chamamos de menor complementar relativo a um elemento aij de uma matriz M,
quadrada e de ordem n>1, o determinante MCij , de ordem n - 1, associado à matriz
obtida de M quando suprimimos a linha e a coluna que passam por aij .
Vejamos como determiná-lo pelos exemplos a seguir:
58
b) Sendo , de ordem 3, temos:
Cofator
Chamamos de cofator ou complemento algébrico relativo a um elemento aij de uma
matriz quadrada de ordem n o número Aij tal que Aij = (-1)i+j . MCij .
Veja:
59
Teorema de Laplace
O determinante de uma matriz quadrada M = [aij]mxn pode ser obtido pela
soma dos produtos dos elementos de uma fila qualquer ( linha ou coluna) da matriz M
pelos respectivos cofatores.
Assim, fixando , temos:
60
Assim:
P2) Se duas filas de uma matriz são iguais, então seu determinante é nulo.
Exemplo:
61
P3) Se duas filas paralelas de uma matriz são proporcionais, então seu determinante é
nulo.
Exemplo:
P4) Se os elementos de uma fila de uma matriz são combinações lineares dos elementos
correspondentes de filas paralelas, então seu determinante é nulo.
Exemplos:
Substituindo a 1ª coluna pela soma dessa mesma coluna com o dobro da 2ª, temos:
P7) Multiplicando por um número real todos os elementos de uma fila em uma matriz, o
determinante dessa matriz fica multiplicado por esse número.
62
Exemplos:
P8) Quando trocamos as posições de duas filas paralelas, o determinante de uma matriz
muda de sinal.
Exemplo:
P9) Quando, em uma matriz, os elementos acima ou abaixo da diagonal principal são
todos nulos, o determinante é igual ao produto dos elementos dessa diagonal.
Exemplos:
P10) Quando, em uma matriz, os elementos acima ou abaixo da diagonal secundária são
todos nulos, o determinante é igual ao produto dos elementos dessa diagonal
multiplicado por .
Exemplos:
63
P11) Para A e B matrizes quadradas de mesma ordem n, .
Como:
Exemplo:
P12)
Exemplo:
64
Binômio de Newton
Introdução
Pelos produtos notáveis, sabemos que (a+b)² = a² + 2ab + b².
Se quisermos calcular (a + b)³, podemos escrever:
(a + b)3 = a3 + 3a2b + 3ab2 + b3
Se quisermos calcular , podemos adotar o mesmo procedimento:
(a + b)4 = (a + b)3 (a+b) = (a3 + 3a2b + 3ab2 + b3) (a+b)
= a4 + 4a3b + 6a2b2 + 4ab3 + b4
Coeficientes Binomiais
Sendo n e p dois números naturais , chamamos de coeficiente binomial de
Exemplos:
65
Propriedades dos coeficientes binomiais
Se n, p, k e p + k = n então
1ª)
Coeficientes binomiais como esses, que tem o mesmo numerador e a soma dos
denominadores igual ao numerador, são chamados complementares.
Exemplos:
Se n, p, k ep p-1 0 então
2ª)
66
Triângulo de Pascal
A disposição ordenada
dos números binomiais,
como na tabela ao lado,
recebe o nome de
Triângulo de Pascal
Nesta tabela triangular, os números binomiais com o mesmo numerador são escritos
na mesma linha e os de mesmo denominador, na mesma coluna.
67
que está na mesma coluna e linha anterior com o elemento que se situa à esquerda
deste último (relação
de Stifel).
Observe os passos e aplicação da relação de Stifel para a construção do triângulo:
68
1 + 2 + 3 + 4 + 5 + 6 = 21
1 + 4 + 10 + 20 = 35
1 + 3 + 6 + 10 + 15 = 35
69
De modo geral, quando o expoente é n, podemos escrever a fórmula do
desenvolvimento do binômio de Newton:
um deles é da forma .
70
Matrizes e determinantes
71
1) Dadas as matrizes :
5 2 2 2 a b
A , B e X tais que 2 A X B, calcule o determinan te de X .
1 1 0 1 c d
Primeirame nte encontramos a matriz X :
5 2 a b 2 2
2
1 1 c d 0 1
10 4 a b 2 2
2
2 c d 0 1
10 a 2 a 8
4 b 2 b 6
10 a 4 b 2 2 8 6
2 c 2 d 0 1 X
2 c 0 c 2 2 1
2 d 1 d 1
8 6
det X 8.1 6.(2) 8 12 20
2 1
2 1 3
2) Encontre a solução da equação 4 1 n 1 12.
n 0 n
Para achar o determinan te de uma matriz 3x3 podemos utilizar a regra de Sarrus, que consiste em
copiar as duas primeiras colunas à direita da matriz, e subtrair a soma dos produtos da primeira
diagonal, pela soma dos produtos da segunda :
2 1 3 2 1
4 1 n 1 4 1 12 (2n n(n 1) 0) (3n 0 4n) 12
n 0 n n 0
(2n n 2 n) n 12 n 2 4n 12 0
4 16-4.1.(-12 ) 4 64 48 n 6
n n n
2 2 2 n 2
72
1 0
5 3
3) Sendo A 2 3 e B
1 2
calcule AB.
0 4
Essa é uma questão de multiplicação de matrizes, onde estamos multiplicando uma matriz 3x2
por uma 2x2. O resultado será obtido pelo produto de cada linha da matriz A por cada coluna
da matriz B. O resultado será uma matriz 3x2.
1.5 0.1 1.(3) 0.2 5 3
AB (2).5 3.1 (2)(3) 3.2 AB 7 12
0.5 4.1 0(3) 4.2 4 8
4 5
4) Sendo A , determine a matriz inversa da matriz A.
3 4
Sabemos que uma matriz multiplicada pela sua inversa resulta na matriz identidade , ou seja :
A. A 1 I
4a 5c 1 4a 5c 1 a 4
4 5 a b 1 0 4b 5d 0 3a 4c 0 c 3
3 4. c d 0 1 3a 4c 0 4b 5d 0 b 5
3b 4d 1 3b 4d 1 d 4
4 5
Portanto, a matriz inversa de A é A 1
3 4
73
Logaritmos
Definição de logaritmo
Exemplos :
1) log 2 32 5 pois 2 5 32
2) log 4 16 2 pois 4 2 16
3) log 5 1 0 pois 5 0 1
Consequências da definição
Sendo b>0 ,a>0 e a1 e m um número real qualquer, temos a seguir algumas
consequências da definição de logaritmo:
log a b log a c b c
m
n
x x
m n
74
Caso particular: como , temos:
m
m
log a x log a x
n m n
. log a x
n
Cologaritmo
1
colog a b log a (a>0, a1 e b>0)
b
1
Como log a log a 1 log a b 0 log a b log a b, podemos também escrever :
b
colog a b log a b
Mudança de base
log b x
log a x
log b a
FUNÇÃO LOGARÍTMICA
75
A função f:IR+IR definida por f(x)=logax, com a1 e a>0, é chamada
função logarítmica de base a. O domínio dessa função é o conjunto IR+ (reais
positivos, maiores que zero) e o contradomínio é IR (reais).
X 1/4 1/2 1 2 4
y -2 -1 0 1 2
X 1/4 1/2 1 2 4
Y 2 1 0 -1 -2
76
Nos dois exemplos, podemos observar que
o gráfico nunca intercepta o eixo vertical;
o gráfico corta o eixo horizontal no ponto (1,0). A raiz da função é x=1;
y assume todos os valores reais, portanto o conjunto imagem é Im=IR.
a>1 0<a<1
77
EQUAÇÕES LOGARÍTMICAS
log2(log4 x) = 1
Resolução: condição de existência: x>0 e log4x>0
log2(log4 x) = 1 ; sabemos que 1 = log2(2), então
log2(log4x) = log2(2) => log4x = 2 => 42 = x => x=16
Como x=16 satisfaz as condições de existência, então o conjunto solução é S={16}.
Resolva o sistema:
log x log y 7
3. log x 2. log y 1
Resolução: condições de existência: x>0 e y>0
Da primeira equação temos:
log x+log y=7 => log y = 7-log x
Substituindo log y na segunda equação temos:
3.log x – 2.(7-log x)=1 => 3.log x-14+2.log x = 1 => 5.log x = 15 =>
INEQUAÇÕES LOGARÍTMICAS
78
Exemplos de inequações logarítmicas:
1) log2x > 0 (a solução é x>1)
2) log4(x+3) 1 (a solução é –3<x1)
a>1 0<a<1
logam > logan m>n>0 logam > logan 0<m<n
(as desigualdades têm mesmo sentido) (as desigualdades têm sentidos diferentes)
EXERCÍCIOS RESOLVIDOS:
log2(log3x) 0
Resolução:
Condições de existência: x>0 e log3x>0
Como log21=0, a inequação pode ser escrita assim:
log2(log3x) log21
Sendo a base (2) maior que 1, temos: log3x 1.
Como log33 = 1, então, log3x log33 e, daí, x 3, porque a base (3) é maior que 1.
As condições de existência estão satisfeitas, portanto S={x IR| x 3}.
79
Identidades trigonométricas
sen( x)
1) tg ( x) Relação válida para todo x k
cos( x) 2
cos( x)
2) cot g ( x) Relação válida para todo x k
sen( x)
1
3) sec( x) Relação válida para todo x k
cos( x) 2
1
4) cos ec ( x) Relação válida para todo x k
sen( x)
5) sen 2 ( x) cos 2 ( x) 1
Fórmulas da adição
80
Fórmulas da multiplicação
x y x y
15) sen( x) sen( y ) 2. sen . cos
2 2
x y x y
16) sen(x) - sen(y) 2. sen . cos
2 2
x y x y
17) cos( x) cos( y ) 2. cos . cos
2 2
x y x y
18) cos( x) cos( y ) 2. sen . sen
2 2
81
Equações Trigonométricas
INTRODUÇÃO
82
sen x = sen a
O conjunto solução dessa equação será, portanto:
83
Inequações Trigonométricas
INTRODUÇÃO
Quando encontramos função trigonométrica da incógnita ou função
trigonométrica de alguma função da incógnita em pelo menos um dos membros de
uma inequação, dizemos que esta inequação é trigonométrica.
Exemplos:
encontramos, inicialmente,
84
, que é uma solução particular no intervalo .
Acrescentando às extremidades dos intervalos encontrados, temos a solução
geral em IR, que é:
Por exemplo, ao resolvermos a inequação sen x > sen ou sen x > encontramos,
inicialmente,
85
O conjunto solução é , portanto:
encontramos, inicialmente,
Por outro lado, se a inequação fosse cos x cos ou cos x , então, bastaria incluir
86
Por exemplo, ao resolvermos a inequação encontramos,
87
A solução geral em IR pode ser expressa por .
O conjunto solução é, portanto:
6º caso: tg x > tg a ( tg x tg a)
Vamos estudar este último caso resolvendo a inequação tg x > tg como exemplo.
.
O conjunto solução é, portanto:
Números Complexos
88
O conjunto dos números complexos
Exercícios resolvidos
2i
1) Calcule .
5 3i
M ultiplicam - se ambos os termos da fração pelo número complexo conjugado do
denominado r :
(2 i ) (5 3i ) 10 6i 5i 3i 2 10 11i 3 7 11i 7 11
. i
(5 3i ) (5 3i ) 25 9i 2
25 (9) 34 34 34
1 i i
2) Coloque na forma a bi a expressão .
1 i i 2
Em cada fração, multiplicamos seus termos pelo número complexo conjugado do
denominado r :
(1 i ) (1 i ) i (2 i ) 1 2i i 2 2i i 2 1 2i 1 2i (1)
. .
(1 i ) (1 i ) (2 i ) (2 i ) 1 i 2
4i 2
1 (1) 4 (1)
2i 1 2i 1 2i 5i 1 2i 1 7i 1 7
i i
2 5 5 5 5 5 5
89
3) Calcule :
92 4 45 4
a) i 92
92 23 i 1
0
b) i 45
44 11 i1 i
0 1
310 4 1081 4
c) i 310
308 77 i 1 2
d) i 1081
1080 270 i 1 i
2 1
e) i 4 n i 4 i 2 .i 2 (1).(1) 1 f) i 4 n 1 i 4 n .i 1.i i
g) i 4 n 2 i 4 n .i 2 1.(1) 1 h) i 4 n 3 i 4 n .i 3 1.(i ) i
(4 3i )(12 5i )
4) Ache o módulo do número complexo .
2i
Primeirame nte colocamos o número na forma a bi :
(4 3i )(12 5i ) ( 2i ) (48 20i 36i 15i 2 ).( 2i ) (33 56i ).( 2i )
.
( 2i ) ( 2i ) 2i 2
2(1)
33 2i 56 2 33 2
28 2 i
2 2
Agora encontramos o módulo desse número complexo :
2
33 2 2178 8450 4225
z a b (28 2 )
2 2
1568
2
2 4 4 2
65 2 65 2 65 2
. z
2 2 2 2
b 2 3 3 3
sen( )
z 4 2
90
b) z 4i z 0 2 4 2 16 4
a 0
cos( ) 0
z 4
90
0
b 4 2
sen( ) 1
z 4
7) Dados z1 5(cos( ) i. sen( )) e z 2 3. cos i. sen , obtenha z1 .z 2 .
3 3
z1 (5 cos( )) 2 (5 sen( )) 2 (5) 2 0 2 25 5
2 2
9 27 36
z 2 3 cos 3 sen 9 3
3 3 4 4 4
a 3/ 2 1
a 5 cos( 2 )
cos( 1 ) 1 z2 3 2
z1 5
1 3 3 2
b 0 3
sen( 1 ) 0 b 2 3
z1 5 sen( 2 )
z2 3 2
z1 .z 2 z1 . z 2 .(cos( 1 2 ) i. sen( 1 2 ))
z1 .z 2 5.3. cos i. sen
3 3
4 4
z1 .z 2 15. cos i. sen
3 3
91
Progressões
Progressões Aritméticas
(a1 a n ).n
Soma de termos de uma P.A. finita : S n
2
Logo abaixo temos alguns exercícios de progressões aritméticas resolvidos.
Escreva uma P.A. de três termos, sabendo que a soma desses termos vale 12 e que a
soma de seus quadrados vale 80.
92
a1 a 2 a3 12
2
a1 a 2 2 a3 2 80
Sabemos que a 2 a1 r e que a3 a1 2r. Então substituimos no sistema acima :
a1 (a1 r ) (a1 2r ) 12 3a1 3r 12
2 2
a1 (a1 r ) (a1 2r ) 80 a1 a1 2a1 r r a1 4a1 r 4r 80
2 2 2 2 2 2
12 3r
3a1 3r 12 a1 a1 4 r
3
3a 2 6a r 5r 2 80
1 1
1) Para r 4 :
a1 4 - r a 1 4 - (-4) a 1 8
P.A : (8,4,0)
93
4) Calcule quantos números inteiros existem entre 13 e 247 que não são múltiplos de 3.
Entre 13 e 247 existem 233 números. Para calcular quantos números NÃO são múltiplos de 3,
nós devemos calcular primeirame nte quantos números SÃO múltiplos de 3, e logo após subtrair o número
total de números (233) pelo número de múltiplos, o que dará como resultado o número de NÃO múltiplos.
5) Encontre o valor de x para que a sequência (2x, x+1, 3x) seja uma progressão
aritmética.
94
r 4
Pelo enunciado, obtemos os seguintes dados : a1 90
a 94 (pois a S deve ser maior que zero)
n n
r 2 ; a1 2 ; S n 132
a n a1 (n 1).r a n 2 (n 1).2 a n 2 2n 2 a n 2n
Substituindo na fórmula da soma temos :
(a1 a n ).n ( 2 2n) n
Sn 132 n 2 n 132 0
2 2
1 1 4.1.132 1 529 1 23 n 12
n n 11
2 2 2 n 11
Progressões Geométricas
95
Se quisermos calcular o valor do termo para n = 5, substituindo-o na fórmula,
obtemos:
Exemplo:
Calcule a soma dos 10 primeiros termos da PG (1,2,4,8,...)
Temos:
Exemplo:
Resolva a equação: x + x/2 + x/4 + x/8 + x/16 + ... =100
96
O primeiro membro é uma PG de primeiro termo x e razão 1/2. Logo, substituindo na
fórmula, vem:
Limites
97
se, quando x se aproxima de a (x a), f(x) se aproxima de b (f(x) b).
1ª)
Exemplo:
2ª)
Exemplo:
98
3ª)
Exemplo:
4ª)
Exemplo:
5ª)
Exemplo:
6ª)
Exemplo:
7ª)
Exemplo:
8ª)
Exemplo:
Limites Laterais
Se x se aproxima de a através de valores maiores que a ou pela sua direita,
escrevemos:
Se
Se
99
Continuidade
Dizemos que uma função f(x) é contínua num ponto a do seu domínio se as seguintes
condições são satisfeitas:
é contínua em a .
Limites envolvendo infinito
Conforme sabemos, a expressão x (x tende para infinito) significa que x assume
valores superiores a qualquer número real e x (x tende para menos infinitos), da
mesma forma, indica que x assume valores menores que qualquer número real.
Exemplo:
100
Seja a função polinomial . Então:
Demonstração:
Mas:
Logo:
Exemplos:
Limites trigonométricos
Demonstração:
Para , temos sen x < x < tg x. Dividindo a dupla desigualdade por sen x > 0,
vem:
101
Invertendo, temos:
Mas:
Logo,
Limites exponenciais
As duas formas acima dão a solução imediata a exercícios deste tipo e evitam
substituições algébricas.
Se ,então .
Mas:
Logo:
102
Como x 0 , então u 0. Portanto:
ORIGEM DO CONCEITO DE
DERIVADA DE UMA FUNÇÃO
O conceito de função que hoje pode parecer simples, é o resultado de uma lenta e longa
evolução histórica iniciada na Antiguidade quando, por exemplo, os matemáticos
Babilónios utilizaram tabelas de quadrados e de raízes quadradas e cúbicas ou quando
os Pitagóricos tentaram relacionar a altura do som emitido por cordas submetidas à
mesma tensão com o seu comprimento. Nesta época o conceito de função não estava
claramente definido: as relações entre as variáveis surgiam de forma implícita e eram
descritas verbalmente ou por um gráfico.
Foi enquanto se dedicava ao estudo de algumas destas funções que Fermat deu conta
das limitações do conceito clássico de reta tangente a uma curva como sendo aquela que
encontrava a curva num único ponto. Tornou-se assim importante reformular tal
conceito e encontrar um processo de traçar uma tangente a um gráfico num dado ponto -
esta dificuldade ficou conhecida na História da Matemática como o " Problema da
Tangente".
Fermat resolveu esta dificuldade de uma maneira muito simples: para determinar uma
103
tangente a uma curva num ponto P considerou outro ponto Q sobre a curva; considerou
a reta PQ secante à curva. Seguidamente fez deslizar Q ao longo da curva em direcção a
P, obtendo deste modo retas PQ que se aproximavam duma reta t a que Fermat chamou
a reta tangente à curva no ponto P.
Fermat notou que para certas funções, nos pontos onde a curva assumia valores
extremos, a tangente ao gráfico devia ser uma reta horizontal, já que ao comparar o
valor assumido pela função num desses pontos P(x, f(x)) com o valor assumido no outro
ponto Q(x+E, f(x+E)) próximo de P, a diferença entre f(x+E) e f(x) era muito pequena,
quase nula, quando comparada com o valor de E, diferença das abcissas de Q e P.
Assim, o problema de determinar extremos e de determinar tangentes a curvas passam a
estar intimamente relacionados.
Derivadas
A derivada de uma função y = f(x) num ponto x = x0 , é igual ao valor da tangente
trigonométrica do ângulo formado pela tangente geométrica à curva representativa
de
y=f(x), no ponto x = x0, ou seja, a derivada é o coeficiente angular da reta tangente
ao gráfico da função no ponto x0.
A derivada de uma função y = f(x), pode ser representada também pelos símbolos:
y' , dy/dx ou f ' (x).
A derivada de uma função f(x) no ponto x0 é dada por:
Derivada da potência
104
Portanto:
Soma / Subtração
Derivada do produto
Derivada da divisão
REGRA DA CADEIA
Regra da cadeia
A fórmula:
105
Derivadas de funções trigonométricas e suas inversas
Derivada do logaritmo
em outras bases
Exponencial
106
Lembre-se da definição da função logarítmica com base a > 0:
107
A terceira derivada é dada por:
Equações Diferenciais
CLASSIFICAÇÃO
EQUAÇÃO DIFERENCIAL ORDINÁRIA (EDO): Envolve derivadas de uma função
de uma só variável independente.
ORDEM: é a ordem da derivada de mais alta ordem da função incógnita que figura na
equação.
Exemplos:
y' = 2x tem ordem 1 e grau 1
y"+x2(y')3 - 40y = 0 tem ordem 2 e grau 3
2 3
y"'+x y = x.tanx tem ordem 3 e grau 3
RESOLUÇÃO
A solução de uma equação diferencial é uma função que não contém derivadas nem
diferenciais e que satisfaz a equação dada (ou seja, a função que, substituída na equação
dada, a transforma em uma identidade).
108
dy = (3x2 - 4x + 1) dx
dy = 3 x2dx - 4 xdx + dx + C
y = x3 - 2x2 + x + C (solução geral)
Uma solução particular pode ser obtida da geral através, por exemplo, da condição y(-1) =
3
(condição inicial)
3 = -1 - 2 - 1 + C C=7 y = x3 - 2x2 + x + 7 (solução particular)
Observação: Em qualquer dos dois casos, a prova pode ser feita derivando a solução e,
com isso, voltando à equação dada.
As soluções se classificam em:
Solução geral - apresenta n constantes independentes entre si (n = ordem da EDO). Essas
constantes, de acordo com a conveniência, podem ser escritas C, 2C, C2, lnC,
Solução Particular - Obtida da geral, mediante condições dadas (chamadas condições
iniciais ou condições de contorno).
Solução geral: y =
CLASSIFICAÇÕES:
Equação linear homogênea (k(x) = 0), ou equação linear não-homogênea (k(x) 0).
109
Equação linear: de coeficientes constantes ( f0, f1, f2, ..., fn constantes)
de coeficientes variáveis (pelo menos um fi variável)
e
logo Px = Qx e a equação diferencial é exata.
TEOREMA: A equação diferencial linear de primeira ordem y' + P(x)y = Q(x) pode
ser transformada em uma equação diferencial de variáveis separáveis multiplicando-se
Ex:
Solução: A equação tem a forma do teorema onde, P(x) = -3x² e Q(x) = x²
Pelo teorema:
Multiplicando todos os termos pelo fator integrante:
- 3x² y = x² ou = x² dx = +C
A multiplicação por dá a solução:
110
Integrais
Integrais indefinidas
Da mesma forma que a adição e a subtração, a multiplicação e a divisão, a operação
inversa da derivação é a antiderivação ou integração indefinida.
Dada uma função g(x), qualquer função f'(x) tal que f'(x) = g(x) é chamada integral
indefinida ou antiderivada de f(x).
Exemplos:
de f'(x) = g(x) = x4 é .
Se f(x) = x3, então f'(x) = 3x2 = g(x). Uma das antiderivadas ou integrais indefinidas de
g(x) = 3x2 é f(x) = x3.
Se f(x) = x3 + 4, então f'(x) = 3x2 = g(x). Uma das antiderivadas ou integrais indefinidas
de g(x) = 3x2 é f(x) = x3 + 4.
Nos exemplos 2 e 3 podemos observar que tanto x3 quando x3+4 são integrais
indefinidas para 3x2. A diferença entre quaisquer destas funções (chamadas funções
primitivas) é sempre uma constante, ou seja, a integral indefinida de 3x2 é x3+C, onde
C é uma constante real.
Seja expressão .
Através da substituição u=f(x) por u' = f'(x) ou , ou ainda, du = f'(x) dx, vem:
111
O método da substituição de variável exige a identificação de u e u' ou u e du na integral
dada.
INTEGRAIS DEFINIDAS
Seja uma função f(x) definida e contínua num intervalo real [a, b]. A integral definida
de f(x), de a até b, é um número real, e é indicada pelo símbolo:
onde:
a é o limite inferior de integração;
b é o limite superior de integração;
f(x) é o integrando.
112
113
A integral definida, nos exemplos vistos, representa uma área, o que ocorre em muitos
casos, e é uma das formas de se apresentar a integral definida.
De forma geral, para , a área limitada por f(x) e o eixo x, é dada por
114
Então, a soma da áreas de todos os retângulos é:
Exemplo:
Seja a área entre y = x e o eixo x, para :
115
Podemos notar que o processo do limite nos leva ao resultado procurado.
116
Se a área é dada por A(x), então A(a) = 0, pois não há área alguma. Já A(x) dá a área da
figura 1, A(b), a área entre ou seja:
ou seja, A(x) é uma das antiderivadas de f(x). Mas sabemos que se F(x) é antiderivada
qualquer de f(x), então A(x) = F(x) + C. Fazendo x = a, temos: A(a) = F(a) + C = 0
(A(a) = 0)
Logo, C = - F(a) e A(x) = F(x) - F(a).
Portanto:
ou ainda,
Exemplos:
117
Note que conseguimos uma forma de calcular integrais definidas e áreas sem calcular
somas complicadas e usando apenas as antiderivadas.
118
Métodos de transformação - São métodos para converter integrais não-conhecidas em
conhecidas. Eles incluem substituição u, manipulação algébrica do integrado, entre
outros métodos.
Nenhum dos três métodos é perfeito; por exemplo, os programa CAS freqüentemente
encontram integrais que não são capazes de integrar e produzem respostas que são, às
vezes, excessivamente complicadas, tabelas não são exaustivas e podem não incluir uma
integral de interesse,e os métodos de transformação dependem da engenhosidade
humana,que pode não ser adequada a problemas difíceis.
1.
2.
3.
4.
5.
FUNÇÕES TRIGONOMÉTRICAS
1.
2.
3.
4.
FUNÇÕES HIPERBÓLICAS
1.
2.
3.
4.
FUNÇÕES ALGÉBRICAS (a>0)
1.
2.
119
3.
4.
ou
ou
Uma vez que a integral à direita irá produzir uma outra constante de integração, não há
necessidade de manter o C nesta última equação; assim sendo, obtemos
(1)
a qual é chamada de fórmula de integração por partes. Usando esta fórmula, às vezes
podemos tornar um problema de integração mais simples.
Na prática, é usual reescrever (1) fazendo
u=f(x), du=f '(x)dx
,
Isso dá lugar à seguinte forma alternativa para (1):
(2)
Exemplo
Calcule
Solução. Para aplicar (2), precisamos escrever a integral na forma
para que,
120
Exemplo
Calcule
Solução. Seja
Assim,
Mas
logo
Fórmulas de Redução
A integração por partes pode ser usada para obter as fórmulas de redução para
integrais. Estas fórmulas expressam uma integral com potência de função em termos de
uma integral que envolve uma potência mais baixa daquela função. Por exemplo, se n
for um inteiro positivo e n 2, então a integração por partes pode ser usada para obter
as fórmulas de redução.
(2)
Para ilustrar como essas fórmulas são obtidas,vamos deduzir a fórmula (2).
para que
121
da qual tem-se(2).
Exemplo
Calcule
Solução. A partir de (2),com n=4
INTEGRAIS TRIGONOMÉTRICAS
Integração de Potências de Seno e Co-seno
Na seção fórmulas de redução,obtivemos as fórmulas
122
Solução.
(1) (2)
No caso onde n for ímpar,o expoente pode ser reduzido a um,nos deixando com o
problema de integrar tg x ou sec x.Estas integrais são dadas por
A fórmula(2)já foi vista,uma vez que a derivada de tgx é .A fórmula(1) pode ser
obtida aplicando-se a fórmula de redução,com n=2,ou alternativamente,usando-se a
identidade
123
para escrever
FUNÇÕES INVERSAS
Em linguagem comum, o termo " inversão" transmite a idéia de uma reversão. Por
exemplo, em meteorologia, a inversão da temperatura é uma reversão nas propriedades
usuais da temperatura de camadas de ar; em música, uma inversão é um tema recorrente
que usa as mesmas notas na ordem reversa. Em matemática, o termo inversa é usado
para descrever funções que são reversas uma da outra, no sentido que cada uma desfaz o
efeito da outra.
A idéia de resolver uma equação y = f (x) para x com uma função de y, digamos x =
g(y), é uma das idéias mais importantes da matemática. Às vezes, resolver esta equação
é um processo simples; por exemplo usando álgebra básica, a equação
y = f (x)
pode ser resolvida para x como uma função de y:
x = g (y)
A primeira equação é melhor para calcular y se x for conhecido, e a segunda é melhor
para calcular x se y for conhecido
124
A primeira dessas equações estabelece que cada saída de uma composição g(f(x)) é
igual à entrada, e a segunda estabelece que cada saída da composição f(g(y)) é igual à
entrada. Os pares de funções com essas duas propriedades são tão importantes que há
uma terminologia específica para elas.
Se as funções f e g satisfazem as duas condições
g(f(x)) = x para todo x no domínio de f
f(g(y)) = y para todo y no domínio de g
então, dizemos que f e g são funções inversas. Além disso,
chamamos f uma inversa de g e g uma inversa de f.
Exemplo
Confirme cada um dos seguintes itens.
(a) A inversa de
(b) A inversa de
Solução (a).
Solução (b).
125
UM MÉTODO PARA ACHAR INVERSAS
Exemplo
Ache a inversa de f (x) =
Solução. Podemos achar uma fórmula para (y) resolvendo a equação
y=
para x como uma função de y. Os cálculos são:
Até aqui, fomos bem-sucedidos em obter uma fórmula para ; contudo não estamos
realmente completos, uma vez que não há nenhuma garantia de que o domínio natural
associado é o domínio completo para .
Para determinar se isto é o que acontece, examinaremos a imagem de y = f (x) =
. A imagem consiste de todos os y no intervalo , assim este intervalo é
também o domínio de (y); logo a inversa de f é dada pela fórmula
126
FUNÇÕES CRESCENTES OU DECRESCENTES TÊM INVERSAS
Se o gráfico da função f for sempre crescente ou sempre decrescente sobre o domínio
de f, então este gráfico pode ser cortado, no máximo, uma vez por qualquer reta
horizontal e, conseqüentemente, a função f deve ter uma inversa. Uma forma de dizer se
o gráfico de uma função é crescente ou decrescente em um intervalo é pelo exame das
inclinações de suas retas tangentes. O gráfico de f deve ser crescente em qualquer
intervalo, onde f'(x)>0 (uma vez que as retas tangentes têm inclinação positiva) e deve
ser decrescente em qualquer intervalo onde f'(x)<0 (uma vez que as retas tangentes têm
inclinação negativa). Essas observações sugerem o seguinte teorema.
Exemplo
O gráfico de f(x) = é sempre crescente em , uma vez que
127
relativas tem uma vasta aplicação na matemática e na ciência.
EXPOENTES IRRACIONAIS
Em álgebra, as potências inteiras e racionais de um número b estão definidas por
Uma vez que os expoentes dos termos desta seqüência tendem a um limite , parece
plausível que os próprios termos tendam a um limite; sendo assim, é razoável definir
como sendo este limite. A tabela abaixo fornece evidência numérica de que a
seqüência, na realidade, tem um limite e para quatro casas decimais, o valor deste limite
é 8,8250. Em geral, para qualquer expoente irracional p e número positivo b,
podemos definir como o limite de potências racionais de b, criadas pela expansão
decimal de p.
Tabela
x
3 8,000000
3,1 8,574188
3,14 8,815241
3,141 8,821353
3,1415 8,824411
3,14159 8,824962
3,141592 8,824974
128
A FAMÍLIA DE FUNÇÕES EXPONENCIAIS
Uma função da forma f (x) = , onde b > 0 e b 1, é chamada de função exponencial
de base b, cujos exemplos são
f (x) = , f (x) = , f (x) =
Note que uma função exponencial tem uma base constante e um expoente variável.
Assim as funções tais como f (x) = e f (x) = não seriam classificadas como funções
exponenciais, uma vez que elas tem uma base variável e um expoente constante.
Pode ser mostrado que as funções exponenciais são contínuas e têm um dos dois
aspectos básicos mostrados na figura 1, dependendo de se 0 < b < 1 ou b > 1. A figura
2 mostra os gráficos de algumas funções exponenciais específicas.
LOGARITMOS
Lembre-se que, algebricamente, o logaritmo é um expoente. Mais precisamente, se b >
0 e b 1, então para valores positivos de x o logaritmo na base b de x é denotado por
e é definido como sendo aquele expoente ao qual b deve ser elevado para produzir x.
Por exemplo,
129
natural denotada pela letra e em homenagem ao matemático suíço Leonard Euler, que
primeiro sugeriu sua aplicação aos logaritmos no artigo não-publicado, escrito em 1728.
Esta constante, cujo valor está em seis casas decimais, é
e 2, 718282
surge como assíntota horizontal ao gráfico da equação
y=
Os valores de aproximam-se a e
1 2 2,000000
10 1,1
2,593742
100 1,01
2,704814
1000 1,001
2,716924
10.000 1,0001
2,718146
100.000 1,00001
2,718268
1.000.000 1,000001
2,718280
e
A função exponencial f (x) = é chamada de função exponencial natural. Para
simplificar a tipografia, esta função é, algumas vezes, escrita como exp x. Assim, por
exemplo, você pode ver a relação expressa como
exp( + ) = exp( ) exp( )
Esta notação é também usada por recursos computacionais, e é típico acessar a função
com alguma variação do comando EXP.
130
FUNÇÕES LOGARÍTMICAS
A figura 1 que se encontram no item família de funções exponenciais sugere que se b
>0e b 1, então o gráfico de y = satisfaz o teste da reta horizontal, e isso implica
que a função f (x) = tem uma inversa. Para encontrar uma fórmula para esta inversa
(com x como variável independente), podemos resolver a equação x = para y com
uma função de x. Isto pode ser feito tomando o logaritmo na base de b de ambos os
lados desta equação. Isto dá lugar a
= ( )
Porém, se pensarmos ( ) como expoente ao qual b se deve ser elevado para
produzir , então fica evidente que ( ). Assim, pode ser reescrito como
y=
de onde concluímos que a inversa de f (x) = é (x) = x. Isto implica que o
gráfico de x = e o de y = são reflexões um do outro, em relação relação à reta
y = x.
131
DIFERENCIAÇÃO IMPLÍCITA
y=
Assim dizemos que xy + y +1 = x define y implicitamente como uma função de x,
sendo
f (x) =
Uma equação em x e y pode implicitamente definir mais do que uma função de x; por
exemplo, se resolvermos a equação
y= y=-
Em geral, se tivermos uma equação em x e y, então qualquer segmento de seu gráfico
que passe pelo teste vertical pode ser visto como gráfico de una função definida pela
equação. Assim fazemos a seguinte definição:
Definição. Dizemos que uma dada equação em x e y define a função f
132
implicitamente se o gráfico de y = f (x) coincidir com algum segmento
do gráfico da equação.
por exemplo, pode ser resolvida para y em termos de x, mas a álgebra é enfadonha e as
fórmulas resultantes são complicadas. Por outro lado, a equação
sen(xy) = y
não pode ser resolvida para y em termos de x por qualquer método elementar. Assim,
mesmo que uma equação em x e y possa definir uma ou mais funções de x, pode não ser
prático ou possível achar fórmulas explícitas para aquelas funções.
DIFERENCIAÇÃO IMPLÍCITA
Em geral, não é necessário resolver uma equação de y em termos de x, a fim de
diferenciar as funções definidas pela equação. Para ilustrar isto, consideremos a equação
xy = 1
Uma maneira de achar dy/dx é reescrever esta equação como
Contudo, há uma outra maneira de obter esta derivada. Podemos diferenciar ambos os
lados de xy = 1 antes de resolver para y em termos de x, tratando y como (não-
especificado temporariamente) uma função diferenciável de x. Com esta abordagem,
obtemos
que está de acordo com . Este método para obter derivadas é chamado de
diferenciação implícita.
133
Exemplo 1
Use a diferenciação implícita para achar dy/dx se
Note que esta fórmula envolve ambos x e y. A fim de obter uma fórmula para dy/dx que
envolva apenas x, teríamos que resolver a equação original para y em termos de x e,
Exemplo 2
Use a diferenciação implícita para achar se .
Solução. Diferenciado ambos os lados de implicitamente, obtém-se
de que obtemos
134
DERIVADAS DE POTÊNCIAS RACIONAIS DE X
A partir da equação que segue, mostramos que a fórmula
sempre que e estiverem definidas. Por ora, admitiremos, sem prova que é
diferenciável.
Seja y = . Uma vez que r é um número racional, pode ser expresso como uma razão
de inteiros r = m/n. Assim, y = = pode ser escrito como
Exemplo
A partir de
135
DERIVADAS DE FUNÇÕES LOGARÍTMICAS
O logaritmo natural desempenha um papel especial no cálculo que pode ser motivado
diferenciando , onde b é uma base arbitrária. Para esta proposta, admitiremos que
é diferenciável, e portanto contínua para x > 0. Também necessitaremos do
limite
Assim,
Mas a partir da fórmula , temos = 1/1n b; logo, podemos reescrever esta fórmula
de derivada como
Assim, entre todas as possíveis bases, a base b = e produz a fórmula mais simples da
derivada para . Esta é uma das razões por que a função do logaritmo natural é
preferida sobre todos os logaritmos no cálculo.
Exemplo 1
Ache
136
Solução. A partir de
Quando possível as propriedades dos logaritmos devem ser usadas para converter
produtos, quocientes e expoentes em somas, em diferenças e em múltiplos de
constantes, antes de diferenciar uma função envolvendo logaritmos.
Exemplo 2
DIFERENCIAÇÃO LOGARÍTMICA
Consideremos agora uma técnica chamada diferenciação logarítmica, a qual é útil para
diferenciar funções compostas de produtos, de quocientes e de potências.
Exemplo
A derivada de
137
Diferenciando ambos os lados em relação a x dá lugar a , e, portanto, resulta em .Em
geral, se a derivada de y = f(x) for obtida por diferenciação logarítmica, então a mesma
fórmula para dy/dx resultará tomando-se ou não, primeiro, valores absolutos. Assim,
uma fórmula da derivada obtida por diferenciação logarítmica será válida, exceto nos
pontos onde f(x) for zero. A fórmula pode ser válida também naqueles pontos, mas não
é garantido.
Assim, mostrando que se for uma função diferenciável, então sua derivada em
relação a x é
e que
138
DERIVADAS DAS FUNÇÕES TRIGONOMÉTRICAS INVERSAS
Um problema comum em trigonometria é achar um ângulo cujas funções
trigonométricas são conhecidas. Problemas deste tipo envolvem a computação de
funções arco, tais como arcsen x, arccos x, arctg x, e assim por diante. Consideremos
esta idéia do ponto de vista de funções inversas, com a meta de desenvolver fórmulas de
derivadas para as funções trigonométricas inversas.
139
OBSERVAÇÃO. Não se ganha nada memorizando estas identidades; o que é
importante é compreender o método usado para obtê-las.
Exemplo
A figura abaixo mostra um gráfico gerado por um computador de y = (sen x).
Pode se pensar que este gráfico deva ser a reta y = x, uma vez que (sen x) = x. Por
que isto não acontece?
140
Esta fórmula de derivada pode ser simplificada aplicando-se a
fórmula , que foi deduzida a partir do triângulo da figura,
resultando:
O método usado para obter esta fórmula pode também ser usado para obter fórmulas
generalizadas de derivadas para outras funções trigonométricas inversas. Estas
fórmulas, válidas para -1< u < 1, são
141
Tabelas e formulas
f ( x ) f (a )
f (a ) lim xa
xa
Tabela de derivada
Tabela #1 Tabela #2
f ( x ) x f (a ) 1 1 1
f ( x) f (a ) 2
f ( x) f (a ) 2a
2
x x a
1 2
f ( x) f ( a )
f ( x) x f (a ) 3a 2
3
2 3
x a
f ( x) x f (a ) 4a 3 3
4 1
f ( x) 3
f ( a ) 4
x a
f ( x) x f (a ) na n 1
m
1 n
f ( x) n
f ( a ) n 1
x a
Tabela #3
Base dos
f ( x) sen( x) f (a) cos(a) logaritmos
f ( x) cos( x) f (a) sen(a) neperianos.
1 e 2,718.....
f ( x ) tan( x ) f (a ) 2
(sec( a )) 2
(cos(a ))
Tabela #4 Tabela #5
1
f ( x ) log 2 x f (a )
a. log e 2
1
f ( x ) log 3 x f (a )
a. log142
e 3
1
f ( x ) log 4 x f (a )
2a
f ( x ) 2 f (a )
x
log 2 e
3a
f ( x ) 3x f (a )
log 3 e
4a
f ( x ) 4 x f (a )
log 4 e
ba
f ( x ) b x f (a )
log b e
Regra de derivação
1ª Soma
2ª Produto
( f .g )(a) f (a) g (a) f (a).g (a)
3ª divisão
f f (a ) g (a ) f (a ). g (a )
(a )
g ( g (a )) 2
4ªproduto de matrizes
(f (x) g(x)h(x)) =
(„(a)g(a)h(a)+g‟(a)f(a)h‟(a)+h‟(a)f(a)g(a)
y f (a) f (a).( x a)
a c ad bc a c ac
. a m .a n a mn (n a ) n a
b d bd b d bd
(a.b) n a n .b n
a p
d a q 1 1
. b a a
p q
a n a n
c b c an an
d
Produto notável ( a b) 2 a 2 2ab b 2 n
a .m a m.n. a nm
143
( a b) 2 ( a b).( a b)
Distributiva a 2 ab bc b 2
2
a 2 2ab b 2
x a 2 b 2 (a b).(a b)
xdx 2
c Fatoração
a 2 ab ab b 2 a 2 b 2
x3
x dx 3 c
2
a 3 b 3 (a b).(a 2 ab b 2 )
x4
c a 4 b 4 (a b).(a 3 a 2 b ab 2 b 3 )
3
x dx
4
n
x n 1 a
m .n .
a n m
c
n
x dx m
a
n 1
n 1
Tabela Básica
Integrais
indefinidas
cos( x)dx sen( x) c
sen( x)dx cos( x) c
1
cos( x) 2
dx tan( x ) c
1dx x c
Logaritmo neperiano
1
x dx x
1.
x
1
1x
dx log e x c
log e x c
Formulas
144
2ª . f ( x )dx . f ( x )dx
145
Geometria Espacial
Conceitos primitivos
São conceitos primitivos ( e, portanto, aceitos sem definição) na Geometria espacial
os conceitos de ponto, reta e plano. Habitualmente, usamos a seguinte notação:
pontos: letras maiúsculas do nosso alfabeto
Axiomas
Axiomas, ou postulados (P), são proposições aceitas como verdadeiras sem
demonstração e que servem de base para o desenvolvimento de uma teoria.
Temos como axioma fundamental:existem infinitos pontos, retas e planos.
146
P2)Por um ponto podem ser traçadas infinitas retas.
147
P6) O plano é infinito, isto é, ilimitado.
P7) Por uma reta pode ser traçada uma infinidade de planos.
P8) Toda reta pertencente a um plano divide-o em duas regiões chamadas semiplanos.
P9) Qualquer plano divide o espaço em duas regiões chamadas semi-espaços.
148
Temos que considerar dois casos particulares:
retas perpendiculares:
retas ortogonais:
149
Determinação de um plano
Lembrando que, pelo postulado 5, um único plano passa por três pontos não-
colineares, um plano também pode ser determinado por:
uma reta e um ponto não-pertencente a essa reta:
150
b) reta concorrente ou incidente ao plano
Dizemos que a reta r "fura" o plano ou que r e são concorrentes em P quando
.
Observação: A reta r é reversa a todas as retas do plano que não passam pelo ponto P.
c) reta paralela ao plano
Se uma reta r e um plano não têm ponto em comum, então a reta r é paralela a uma
reta t contida no plano ; portanto, r //
P11) Se dois planos distintos têm um ponto em comum, então a sua intersecção é dada
por uma única reta que passa por esse ponto.
151
Note que:
se uma reta r é perpendicular a um plano , então ela é perpendicular ou ortogonal a
toda reta de :
para que uma reta r seja perpendicular a um plano , basta ser perpendicular a duas
retas concorrentes, contidas em :
Observe, na figura abaixo, por que não basta que r seja perpendicular a uma única reta t
de para que seja perpendicular ao plano:
152
a) planos coincidentes ou iguais
c) planos paralelo
Dois planos, , são paralelos quando sua intersecção é vazia:
153
Observação: Existem infinitos planos perpendiculares a um plano dado; esses planos
podem ser paralelos entre si ou secantes.
Projeção ortogonal
A projeção ortogonal de um ponto P sobre um plano é a intersecção do plano com
a reta perpendicular a ele, conduzida pelo ponto P:
Distâncias
154
A distância entre dois
planos paralelos é a distância
entre um ponto qualquer de um
deles e o outro plano:
Ângulos
155
O ângulo entre uma
reta e um plano é o
ângulo que a reta forma
com sua projeção
ortogonal sobre o plano:
Observações:
Triedos
Três semi-retas não-coplanares, com origem num mesmo ponto, determinam três
ângulos que formam uma figura geométrica chamada ângulo triédrico, ou simplesmente
triedro:
156
Ângulo poliédrico
Sejam n semi-retas de mesma origem tais que nunca fiquem três num mesmo
semiplano. Essas semi-retas determinam n ângulos em que o plano de cada um deixa as
outras semi-retas em um mesmo semi-espaço. A figura formada por esses ângulos é o
ângulo poliédrico.
Poliedros
Chamamos de poliedro o sólido limitado por quatro ou mais polígonos planos,
pertencentes a planos diferentes e que têm dois a dois somente uma aresta em comum.
Veja alguns exemplos:
157
Os polígonos são as faces do poliedro; os lados e os vértices dos polígonos são as
arestas e os vértices do poliedro.
Classificação
Os poliedros convexos possuem nomes especiais de acordo com o número de faces,
como por exemplo:
tetraedro: quatro faces
pentaedro: cinco faces
hexaedro: seis faces
heptaedro: sete faces
octaedro: oito faces
icosaedro: vinte faces
Poliedros regulares
Um poliedro convexo é chamado de regular se suas faces são polígonos regulares,
cada um com o mesmo número de lados e, para todo vértice, converge um mesmo
número de arestas.
Existem cinco poliedros regulares:
Poliedro Planificação Elementos
4 faces triangulares
4 vértices
6 arestas
Tetraedro
158
6 faces quadrangulares
8 vértices
12 arestas
Hexaedro
8 faces triangulares
6 vértices
12 arestas
Octaedro
20 faces triangulares
12 vértices
30 arestas
Icosaedro
Relação de Euler
Em todo poliedro convexo é válida a relação seguinte:
V-A+F=2
em que V é o número de vértices, A é o número de arestas e F, o número de faces.
Observe os exemplos:
Poliedros platônicos
Diz-se que um poliedro é platônico se, e somente se:
a) for convexo;
b) em todo vértice concorrer o mesmo número de arestas;
c) toda face tiver o mesmo número de arestas;
d) for válida a relação de Euler.
159
Assim, nas figuras acima, o primeiro poliedro é platônico e o segundo, não-
platônico.
Prismas
Na figura abaixo, temos dois planos paralelos e distintos, , um polígono
convexo R contido em e uma reta r que intercepta , mas não R:
Assim, temos:
160
Chamamos de prisma ou prisma limitado o conjunto de todos os segmentos
congruentes paralelos a r.
Elementos do prisma
Dados o prisma a seguir, consideramos os seguintes elementos:
161
prisma oblíquo
prisma reto
Chamamos de prisma regular todo prisma reto cujas bases são polígonos regulares:
Secção
Um plano que intercepte todas as arestas de um prisma determina nele uma região
chamada secção do prisma.
Secção transversal é uma região determinada pela intersecção do prisma com um
plano paralelo aos planos das bases ( figura 1). Todas as secções transversais são
congruentes ( figura 2).
Áreas
Num prisma, distinguimos dois tipos de superfície:as faces e as bases. Assim, temos
de considerar as seguintes áreas:
a) área de uma face (AF ):área de um dos paralelogramos que constituem as faces;
b) área lateral ( AL ):soma das áreas dos paralelogramos que formam as faces do prisma.
162
No prisma regular, temos:
AL = n . AF (n = número de lados do polígono da base)
c) área da base (AB): área de um dos polígonos das bases;
d) área total ( AT): soma da área lateral com a área das bases
AT = AL + 2AB
Vejamos um exemplo.
Dado um prisma hexagonal regular de aresta da base a e aresta lateral h, temos:
Paralelepípedo
Todo prisma cujas bases são paralelogramos recebe o nome de
paralelepípedo.Assim, podemos ter:
b) paralelepípedo reto
a) paralelepípedo oblíquo
Paralelepípedo retângulo
Seja o paralelepípedo retângulo de dimensões a, b e c da figura:
163
Temos quatro arestas de medida a, quatro arestas de medida b e quatro arestas de
medida c; as arestas indicadas pela mesma letra são paralelas.
db = diagonal da base
dp = diagonal do paralelepípedo
164
Área lateral
Sendo AL a área lateral de um paralelepípedo retângulo, temos:
Área total
Planificando o paralelepípedo, verificamos que a área total é a soma das áreas de
cada par de faces opostas:
AT= 2( ab + ac + bc)
Volume
Por definição, unidade de volume é um cubo de aresta 1. Assim, considerando um
paralelepípedo de dimensões 4, 2 e 2, podemos decompô-lo em 4 . 2 . 2 cubos de aresta
1:
165
Então, o volume de um paralelepípedo retângulo de dimensões a, b e c é dado por:
V = abc
Como o produto de duas dimensões resulta sempre na área de uma face e como
qualquer face pode ser considerada como base, podemos dizer que o volume do
paralelepípedo retângulo é o produto da área da base AB pela medida da altura h:
Cubo
Um paralelepípedo retângulo com todas as arestas congruentes ( a= b = c) recebe o
nome de cubo. Dessa forma, as seis faces são quadrados.
dc=diagonal do cubo
db = diagonal da base
166
No triângulo ACE, temos:
Área lateral
A área lateral AL é dada pela área dos quadrados de lado a:
AL=4a2
Área total
A área total AT é dada pela área dos seis quadrados de lado a:
AT=6a2
Volume
De forma semelhante ao paralelepípedo retângulo, o volume de um cubo de aresta a
é dado por:
V= a . a . a = a3
167
Para obter o volume de um prisma, vamos usar o princípio de Cavalieri (
matemático italiano, 1598 - 1697), que generaliza o conceito de volume para sólidos
diversos.
Dados dois sólidos com mesma altura e um plano , se todo plano , paralelo a ,
intercepta os sólidos e determina secções de mesma área, os sólidos têm volumes iguais:
168
Assim, temos:
Elementos do cilindro
Dado o cilindro a seguir, consideramos os seguintes elementos:
169
bases: os círculos de centro O e O'e raios r
altura: a distância h entre os planos
geratriz: qualquer segmento de extremidades nos pontos das circunferências das bases (
por exemplo, ) e paralelo à reta r
Classificação do Cilindro
Um cilindro pode ser:
circular oblíquo: quando as geratrizes são oblíquas às bases;
circular reto: quando as geratrizes são perpendiculares às bases.
Veja:
O cilindro circular reto é também chamado de cilindro de revolução, por ser gerado
pela rotação completa de um retângulo por um de seus lados. Assim, a rotação do
retângulo ABCD pelo lado gera o cilindro a seguir:
170
A reta contém os centros das bases e é o eixo do cilindro.
Secção
Secção transversal é a região determinada pela intersecção do cilindro com um
plano paralelo às bases. Todas as secções transversais são congruentes.
171
Áreas
Num cilindro, consideramos as seguintes áreas:
a) área lateral (AL)
Podemos observar a área lateral de um cilindro fazendo a sua planificação:
Assim, a área lateral do cilindro reto cuja altura é h e cujos raios dos círculos das
bases são r é um retângulo de dimensões :
c) área total ( AT): soma da área lateral com as áreas das bases
Volume
Para obter o volume do cilindro, vamos usar novamente o princípio de Cavalieri.
Dados dois sólidos com mesma altura e um plano , se todo plano , paralelo ao
plano , intercepta os sólidos e determina secções de mesma área, os sólidos têm
volumes iguais:
172
Assim, o volume de todo paralelepípedo retângulo e de todo cilindro é o produto
da área da base pela medida de sua altura:
Vcilindro = ABh
No caso do cilindro circular reto, a área da base é a área do círculo de raio r
;
portanto seu volume é:
Cilindro eqüilátero
Todo cilindro cuja secção meridiana é um quadrado ( altura igual ao diâmetro da
base) é chamado cilindro eqüilátero.
:
Cone circular
Dado um círculo C, contido num plano , e um ponto V ( vértice) fora de ,
chamamos de cone circular o conjunto de todos os segmentos .
173
Elementos do cone circular
Dado o cone a seguir, consideramos os seguintes elementos:
Cone reto
Todo cone cujo eixo de rotação é perpendicular à base é chamado cone reto,
também denominado cone de revolução. Ele pode ser gerado pela rotação completa de
um triângulo retângulo em torno de um de seus catetos.
174
g2 = h2 + R2
Secção meridiana
A secção determinada, num cone de revolução, por um plano que contém o eixo de
rotação é chamada secção meridiana.
Áreas
Desenvolvendo a superfície lateral de um cone circular reto, obtemos um setor circular
de raio g e comprimento :
175
b) área da base (AB):área do circulo do raio R
Volume
Para determinar o volume do cone, vamos ver como calcular volumes de sólidos de
revolução. Observe a figura:
d = distância do centro
de gravidade (CG) da
sua superfície ao eixo e
S=área da superfície
Sabemos, pelo Teorema de Pappus - Guldin, que, quando uma superfície gira em
torno de um eixo e, gera um volume tal que:
Pirâmides
176
Dados um polígono convexo R, contido em um plano , e um ponto V ( vértice)
fora de , chamamos de pirâmide o conjunto de todos os segmentos .
Elementos da pirâmide
Dada a pirâmide a seguir, temos os seguintes elementos:
Classificação
Uma pirâmide é reta quando a projeção ortogonal do vértice coincide com o centro
do polígono da base.
Toda pirâmide reta, cujo polígono da base é regular, recebe o nome de pirâmide
regular. Ela pode ser triangular, quadrangular, pentagonal etc., conforme sua base seja,
respectivamente, um triângulo, um quadrilátero, um pentágono etc.
Veja:
177
Observações:
1ª) Toda pirâmide triangular recebe o nome do tetraedro. Quando o tetraedro possui
como faces triângulos eqüiláteros, ele é denominado regular ( todas as faces e todas as
arestas são congruentes).
2ª) A reunião, base com base, de duas pirâmides regulares de bases quadradas resulta
num octaedro. Quando as faces das pirâmides são triângulos eqüiláteros, o octaedro é
regular.
178
a secção obtida e a base sejam polígonos semelhantes;
as áreas desses polígonos estejam entre si assim como os quadrados de suas distâncias
ao vértice.
Assim, temos:
A base da pirâmide é um polígono regular inscritível em um círculo de raio OB = R.
179
A face lateral da pirâmide é um triângulo isósceles.
Áreas
Numa pirâmide, temos as seguintes áreas:
a) área lateral ( AL): reunião das áreas das faces laterais
b) área da base ( AB): área do polígono convexo ( base da pirâmide)
c) área total (AT): união da área lateral com a área da base
AT = AL +AB
Para uma pirâmide regular, temos:
em que:
180
Volume
O princípio de Cavalieri assegura que um cone e uma pirâmide equivalentes
possuem volumes iguais:
Troncos
Se um plano interceptar todas as arestas de uma pirâmide ou de um cone,
paralelamente às suas bases, o plano dividirá cada um desses sólidos em dois outros:
uma nova pirâmide e um tronco de pirâmide; e um novo cone e um tronco de cone.
Vamos estudar os troncos.
Tronco da pirâmide
Dado o tronco de pirâmide regular a seguir, temos:
Áreas
Temos as seguintes áreas:
a) área lateral (AL): soma das áreas dos trapézios isósceles congruentes que formam as
faces laterais
b) área total (AT): soma da área lateral com a soma das áreas da base menor (Ab) e
maior (AB)
181
AT
=AL+AB+Ab
Volume
O volume de um tronco de pirâmide regular é dado por:
Tronco do cone
Sendo o tronco do cone circular regular a seguir, temos:
182
b) área total
Volume
Sendo V o volume do cone e V' o volume do cone obtido pela secção são válidas as
relações:
Esfera
Chamamos de esfera de centro O e raio R o conjunto de pontos do espaço cuja
distância ao centro é menor ou igual ao raio R.
Considerando a rotação completa de um semicírculo em torno de um eixo e, a esfera
é o sólido gerado por essa rotação. Assim, ela é limitada por uma superfície esférica e
formada por todos os pontos pertencentes a essa superfície e ao seu interior.
Volume
O volume da esfera de raio R é dado por:
183
Partes da esfera
Superfície esférica
A superfície esférica de centro O e raio R é o conjunto de pontos do es[aço cuja
distância ao ponto O é igual ao raio R.
Se considerarmos a rotação completa de uma semicircunferência em torno de seu
diâmetro, a superfície esférica é o resultado dessa rotação.
Zona esférica
É a parte da esfera gerada do seguinte modo:
Calota esférica
É a parte da esfera gerada do seguinte modo:
184
Fuso esférico
O fuso esférico é uma parte da superfície esférica que se obtém ao girar uma semi-
circunferência de um ângulo em torno de seu eixo:
A área do fuso esférico pode ser obtida por uma regra de três simples:
Cunha esférica
Parte da esfera que se obtém ao girar um semicírculo em torno de seu eixo de um
ângulo :
O volume da cunha pode ser obtido por uma regra de três simples:
185
Prismas: (triangular, quadrangular e hexagonal)
Paralelepípedo:
186
Cubo:
Pirâmide:
Tetraedro:
Cilindro:
Cone:
187
Esfera:
Esfera:
Tronco de Cone:
188
Área das figuras planas
Quadrado
Rectângulo
Triângulo Paralelogramo
Trapézio Losango
Triângulo equilátero
Referências
DEMANA, F. D. et al. Pré Cálculo: gráfico, numérico e algébrico, 2a Edição. 2013.
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