Fotografia Nas Aulas de Artes Nas Escolas Públicas DE SOMBRIO-SC: Refletindo A Prática Do Professor
Fotografia Nas Aulas de Artes Nas Escolas Públicas DE SOMBRIO-SC: Refletindo A Prática Do Professor
BANCA EXAMINADORA
AGRADECIMENTOS
palavras justas, muito obrigada por me ajudar na construção deste trabalho sou
eternamente grata.
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RESUMO
Essa pesquisa tem por tema Arte e Fotografia, que buscou analisar se os
professores de Artes no município de Sombrio-SC trabalham a fotografia em suas
aulas. A escolha do meu tema partiu das dificuldades que encontrei no meu estágio
dos alunos do ensino fundamental e médio em trabalhar novas linguagens na sala
de aula. Tendo como problema ivestigar se os professores de artes das escolas do
município de Sombrio-SC trabalham a linguagem da fotografia e com objetivo Geral
de perceber qual o entendimento dos professores de Artes do município de Sombrio
sobre a linguagem fotográfica e que conceitos possuem sobre a mesma linguagem.
Assim, optei pela pesquisa de campo qualitativa, aplicada a professores de Artes no
município – SC através de questionários. O referencial teórico foi aprofundado a
partir de autores que discutem a arte e seus desdobramentos na educação. Foi
possível verificar nesta pesquisa que a fotografia esta presente nas aulas, mesmo
sendo como instrumento, e que todos os professores gostam e entendem fotografia
como arte.
SUMÁRIO
1 INTRODUÇÃO .......................................................................................................10
2 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA .............................................................................13
2.1 Conceito de Arte................................................................................................13
2.2 A arte e a escola ................................................................................................17
2.3 Formação do Professor de Artes ....................................................................20
2.4 A fotografia como arte e sua inserção na sala de aula ..................................23
3 METODOLOGIA ....................................................................................................29
3.1 A pesquisa .........................................................................................................29
3.2 Campo investigatório........................................................................................30
3.3 Os pesquisados.................................................................................................31
4 APRESENTAÇÃO E ANÁLISE DOS DADOS.......................................................33
5 PROJETO DE CURSO ..........................................................................................39
6 CONCLUSÃO ........................................................................................................41
REFERÊNCIAS.........................................................................................................44
ANEXO .....................................................................................................................47
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1 INTRODUÇÃO
2 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA
criações são, para o artista de um modo particular, suas formas de ser e pensar em
sua estada no mundo (MARTINS, 1998).
Quando se trabalha com a linguagem da arte, a mente e o coração atuam
juntos, e isso contribui na formação de sujeitos críticos, observadores e sensíveis. O
ser humano através da linguagem da arte transforma, cria, inventa a matéria
oferecida pela natureza e pela cultura em algo significativo. Desta forma é de
fundamental importância que o homem conheça e vivencie o universo da arte, pois
isso possibilita o desenvolvimento dos sentidos auditivos, visuais, táteis, sensoriais,
assim como contribui na formação da consciência crítica e do seu
autoconhecimento.
Para a autora quando nos damos conta disso, vemos que a linguagem é a
forma essencial da nossa experiência no mundo e, conseqüentemente, reflete nosso
modo de estar no mundo. Por isso é que toda linguagem é um sistema de
representações pelo qual olhamos, agimos e nos tornamos conscientes da
realidade.
Segundo Martins (1998) a arte não envelhece porque o ser humano que a
contempla é sempre novo, ou sua leitura terá outro olhar pela infinita capacidade do
homem de perceber, sentir, pensar, imaginar, emocionar-se e construir significações
diante de formas artísticas.
A criação artística desvela imagens sonoras, visuais, cênicas num modo
singular de captar e poetizar a realidade (MARTINS, 1998).
O trabalho do artista é transbordamento de vida interior, sua identidade,
sua vivência. Em sua produção artística esta registrada sua personalidade, sua
identidade, seus valores (CORREA, 2007, In OLIVEIRA )
15
Desde minha passagem pela escola básica e também pelos estágios ainda é
visível o desleixo para com a disciplina de Artes. A arte nas escolas, pelo menos nas
que freqüentei, ainda é vista quase que exclusivamente como um mero fazer, seja
na produção de cartazes para as festas comemorativas, ou de lembranças para os
dias especiais, como dias das mães e pais.
formados a pouco, por sua falta de interesse pessoal, minada pela falta de cultura
advinda de sua formação. Esta falta de preparação do professor para ensinar artes é
um problema crucial, a qual nos leva inclusive, em muitos casos, vindo confundir
improvisação com criatividade.
O Ensino da arte tem como objetivo possibilitar que o aluno ao, conhecê-
la, desenvolva potencialidades como a percepção, a observação, a imaginação e a
sensibilidade, podendo assim contribuir para a consciência do seu lugar no mundo e
para a ampliação de seu olhar estético na compreensão dos conhecimentos nas
diversas áreas.
Martins (1998) informa que em 1971 a Lei 5.692, trouxe a reforma do
ensino de 1º e 2º grau no Brasil, desde então a arte passou a integrar o currículo da
educação básica, mas como atividade e não como disciplina, e também a ser tratada
como meio de sensibilização e conhecimento.
Segundo Barbosa (1991) em 1973 foram instituídos também cursos
universitários pelo Governo Federal para formar artistas educadores. O currículo
desses cursos baseava-se em prática em ateliês, seguida de alguma informação
teórica sobre arte, principalmente sobre história da arte.
Segundo Martins (1998) no período compreendido entre as décadas de
80 e 90 do século XX, muitas das escolas no Brasil, apresentavam um total
desprezo pelas aulas de Artes, tendo suas horas reduzidas ou até mesmo ausentes.
18
o
§ 2 O ensino da arte, especialmente em suas expressões regionais,
constituirá componente curricular obrigatório nos diversos níveis da
educação básica, de forma a promover o desenvolvimento cultural dos
alunos. (Art. 26, parágrafo 2º da Lei 9394/96, revogado pela Lei 12.287 de
13 de julho de 2010.)
fatos que os professores distanciavam os alunos das aulas de Artes, fazendo com
que eles não sentissem prazer em estar dentro da sala de aula, pois os professores
não inovavam suas aulas, ficando sempre com o mesmo plano de aula criado há
tempos atrás para um tipo de aluno que não é o que está com ele hoje, não
prendendo a atenção dos alunos, contribuindo assim para a desvalorização da
disciplina e para a sua própria desvalorização como profissional.
Para se trabalhar com a arte é necessário promover um diálogo entre o
espectador e a obra. Fazê-lo compreender, analisar, observar, perceber, distinguir,
criticar e apreender o sentido da expressão trazida pelo artista.
Por meio da arte não produzimos apenas textos avulsos sobre temas
variados. Tal como ocorre na ciência, na filosofia e na religião, a arte é um
tipo particular de narrativa sobre o ser humano, a natureza e o cosmos,
sintetizando as visões de mundo de cada época e cultura. Modo de ação
produtiva do homem, ela é fenômeno social e parte da cultura. Esta
relacionada com tonalidades da existência humana, mantém intimas
conexões com o processo histórico e possui sua própria historia dirigida que
é por tendências que nascem, desenvolvem-se e morrem, a as quais
correspondem estilos e formas definidos. (NUNES, 1991, p.1)
A arte na escola tem como premissa possibilitar que o aluno reflita sobre
arte, desenvolvendo emoções e uma visão critica do mundo que o cerca. Pois
aprender arte envolve fazer trabalhos artísticos, apreciação e reflexão sobre eles, e
também conhecer, apreciar e refletir sobre as formas da natureza, bem como sobre
as produções artísticas individuais de distintas culturas e épocas.
O educando tendo conhecimento sobre arte poderá melhor conhecer sua
realidade cotidiana, a realidade da cultura em geral, valorizando os diferentes modos
de pensar e agir na e da sociedade.
Vendo as mudanças que o ensino da arte teve de alguns anos até os dias
de hoje, podemos notar que há um histórico rico em conquistas, mas vêem-se na
prática professores com formação precária e com pouco acesso às discussões
teóricas, aos congressos de artes e também de educação, não raramente os
educadores transformam sua prática em um círculo vicioso, e nem mesmo revisam
seu planejamento apenas mudam algumas atividades.
Na formação do professor é preciso que seja desenvolvida a consciência
de que ele é o sujeito que vai intermediar os conhecimentos, seu papel é o de
oferecer oportunidades de conhecer novos conceitos, novos conhecimentos.
A expressão artística, não existe sem que os conteúdos de consciência,
os estados sentimentais e emotivos experimentados, as vivências, enfim, se
concretizem numa forma, termo final do processo de criação, quando as intuições
convertem-se em imagens, música, poesia e fotografia.
O professor de Artes, não diferente de outras disciplinas na perspectiva
de que, precisa ser criativo, trazer propostas de trabalhos diferenciados para os
alunos, fazendo com que estes sintam vontade em aprender.
Segundo o mesma autora essas imagens digitais são voláteis, pois além
da grande facilidade que elas possuem para fotografar qualquer situação, em
qualquer lugar, sua natureza digital permite que elas sejam remetidas a quaisquer
outros celulares com a mesma capacidade técnica de computadores em qualquer
ponto do planeta.
[...] o que de fato a fotografia nos traz não é cópia fiel, mas sim um recorte,
uma representação daquela realidade que estamos vendo, até mesmo com
significado político, social e afetivo. O resultado, ou seja, a foto depende de
escolhas e decisões humanas. É de nossa escolha o que e como fotografar
alguém, alguma coisa ou ainda uma cena. Além disso, a fotografia é lida
como superfícies que têm como objetivo, representar alguma coisa
[...]EITLER,2000, In GARCIA, p39)
26
Figura 2 – Atividades da autora com a utilização de fotografia com alunos da rede municipal
Fonte: Borges, 2010
Segundo BRASIL (1998, p.41):
Para Ferreira (2007) a imagem vem ocupando cada vez mais os espaços
na comunicação e na vida social e em virtude disso, o professor precisa estar
28
preparado para compreender de que maneira crianças lêem as imagens no seu dia-
a-dia, é fundamental que os alunos tenham olhar critico sobre o mundo, dessa forma
é importante que o professor de Artes provoque seus alunos a estabelecerem
relações entre a historia da arte, as demais questões estéticas dos tempos e o seu
cotidiano.
Trabalhar a fotografia, como conteúdo de arte, na sala de aula ,é um
excelente recurso para instigar o olhar estético das crianças e jovens, por meio da
leitura crítica de imagens produzidas por eles ou por artistas dessa linguagem.
Nesta concepção artística de linguagem percebemos que não importa o
nível técnico de quem utiliza a máquina fotográfica, bem como a função da imagem,
pois se “exige do fotógrafo, antes e mais importante que o conhecimento, a
criatividade, a sensibilidade e o talento de ver o mundo e expressá-lo de maneira
que os olhos não são capazes de ver (CESAR; PIOVAN, 2007)”.
Flusser (2002, p.73) “no momento em que a fotografia passa a ser modelo
de pensamento, muda a própria estrutura da existência, do mundo e da sociedade”.
29
3 METODOLOGIA
3.1 A pesquisa
3.3 Os pesquisados
Kátia - Para se tirar uma bela imagem tem que ter sensibilidade, equilíbrio
e prazer, por isso considero arte.
Sendo assim a fotografia em si é um meio de se expressar artisticamente,
porém a intenção na qual ela é produzida é que se traduz na arte. Janson (2001, p.
878) afirma que: “a fotografia, tal como a arte, implica criatividade, porque, pela sua
própria natureza, recorre à imaginação.
Fotografia para alguns pensadores é arte, pois consideram que a
fotografia é um fazer e não tão somente um registro como alguns retratam. É uma
produção acurada onde há influencia do olhar do observador ao captar o registro;
este olhar criativo e critico já imagina o que pretende transmitir com aquela imagem,
esta imaginação do ser criativo faz a diferença, traz na imagem à emoção do
momento, a história do momento e sua poesia contida por trás da imagem
fotográfica, fazendo assim surgir arte no que parece tão somente um registro do
tempo, no entendimento de Eitler:
Janson traz fotografia como arte conforme pode ser observado em suas
palavras:
É claro que a fotografia em si é apenas um meio, como o óleo ou o pastel
para criar arte, não podemos por si só reclamar-se como tal. Afinal de
contas o que distingue a arte de uma técnica é a razão porque é produzida
e não o modo de produção (2001, p. 878).
5 PROJETO DE CURSO
TÍTULO: TRABALHANDO A LINGUAGEM FOTOGRÁFICA COM OS
PROFESSORES DE ARTES DO MUNICIPIO DE SOMBRIO-SC
JUSTIFICATIVA
OBJETIVO GERAL
Possibilitar aos professores de Artes conhecimento sobre a fotografia e seu uso em
sala de aula.
OBJETIVOS ESPECÍFICOS
Compreender a importância da linguagem fotográfica na sala de aula.
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METODOLOGIA
Este curso será realizado para professores de Artes do município de Sombrio, para
oportunizar, novos meios de trabalho em sala de aula com base em textos teóricos.
Na prática, estaremos discutindo esse tema, a partir de experiências estéticas
propostas. Todos os conteúdos serão trabalhados por meio de práticas sobre o uso
da fotografia.
REFERÊNCIAS DO PROJETO:
6 CONCLUSÃO
fotografia em nossas vidas, como registro histórico, cultural, como meio e conteúdo a
ser utilizado na sala de aula, para formação de um ser critico, seja para as aulas de
artes, seja para as demais disciplinas.
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REFERÊNCIAS
ARAUJO, Denize Correa. Imagem (ir) realidade: comunicação e ciber mídia. Porto
Alegre: Sulina, 2006.
BARBOSA, Ana Mae. Teoria e Prática da Educação Artística. São Paulo: Cultrix.
1975.
CESAR, Newton; PIOVAN, Marcos. Making off: Revelações sobre o dia a dia da
fotografia. 2ed. Brasília: SENAC, 2007.
LDB - Leis de Diretrizes e Bases da Educação Nacional. (LDB) Nº 9394/96 que traz
em seu artigo 26, parágrafo 2º,D.O.U de 13 de Julho de 2010.
OMAR, Arthur. O zen e a arte gloriosa da fotografia. São Paulo: Cosac e Naify,
1997.
46
TOLSTÓI, Leão,. O que é arte?: a polêmica visão do autor de Guerra e paz. São
Paulo: Duetto, 2002. 320 p.
ANEXO
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Hoje, torna-se um grandioso dia para mim, visto que será a realização e
concretização de meu projeto de pesquisa. Pois, através de suas respostas
proferidas, concluirei o levantamento de literatura e coleta de dados para meu
Trabalho de Conclusão de Curso, cujo tema e problema é:
Os professores de Artes do município de Sombrio trabalham a linguagem da
fotografia em suas aulas?
Sendo um questionário a seguir, graciosamente gostaria que respondessem
as perguntas a partir de seus conhecimentos adquiridos e pessoais.
Desde já deixo cientes de que seus nomes não serão expostos, e que as
informações nestes contidas, serão de uso único e exclusivo de minha pesquisa
para a fundamentação e base de um trabalho acadêmico, de Conclusão de Curso da
Universidade do Extremo Sul Catarinense – UNESC, do Curso de Artes Visuais -
Licenciatura.
1 - Identificação:
Nome: ______________________________________________________________
RG: __________________________________________________________
Sexo: Fem ( ) Masc ( )
Data: ___/___/___
Turmas que trabalha: ____________________________________________
2 - Formação em Arte:
( ) Graduado
( ) Pós- graduado
( ) Outros ___________________
49
4.2 - Se você não segue nenhuma diretriz para seu planejamento, de que forma
você organiza suas aulas?
___________________________________________________________________
___________________________________________________________________
__________________________________________________________
___________________________________________________________________
___________________________________________________________________
___________________________________________________________________
___________________________________________________________________
50
Assim, se encerra o questionário, espero não ter tomado muito o seu tempo, logo
não ter sido um incômodo responder estas questões, outros sim espero ter também
contribuído com novos conhecimentos a vossa pessoa, assim como me foi. Será de
suma importância, como já citei acima, as informações aqui contidas!
_________________________________________
Assinatura do professor (a)
AUTORIZAÇÃO
___________________________________________
Assinatura
Sombrio, ________________________________