Apostila Flex Fordfev 07
Apostila Flex Fordfev 07
Prefácio
O objetivo deste curso é apresentar aos participantes o sistema de injeção de combustível Flex
Visteon, entender a lógica de funcionamento do sistema assim como todo sistema eletrônico,
capacitando para diagnosticar e reparar.
Os trabalhos de reparações, ajustes e testes SEMPRE devem ser executados de acordo com
as instruções e os dados técnicos dos Manuais de Serviço e/ou Boletins de Serviço.
A Ford Motor Company Brasil Ltda. está em constante desenvolvimento tecnológico e a qualquer
tempo, se reserva o direito de incorporar novas tecnologias e alterar o produto sem prévio
aviso.
1º Semestre/2007
Anotações
Material Exclusivo para uso
interno de Treinamento da
Rede de Distribuidores Ford
Anotações
Índice
Módulo 1
Introdução ............................................................................................................................ 1-2
Combustíveis ........................................................................................................................ 1-3
Gasolina ............................................................................................................................... 1-3
Gasolina Aditivada ................................................................................................................ 1-4
Gasolina Adulterada ............................................................................................................. 1-4
Álcool Etílico ......................................................................................................................... 1-5
Propriedades dos Combustíveis........................................................................................... 1-7
Taxa de Compressão ........................................................................................................... 1-8
Diferença das Taxas ............................................................................................................. 1-9
Detonação .......................................................................................................................... 1-10
Pré-Ignição ......................................................................................................................... 1-12
Módulo 2
Motor Rocam Flex ................................................................................................................ 2-2
Taxa de Compressão ........................................................................................................... 2-4
Pistão ................................................................................................................................... 2-4
Ignição .................................................................................................................................. 2-5
Cabos de Velas Supressivos ................................................................................................ 2-6
Velas de Ignição ................................................................................................................... 2-7
Refrigeração do Motor .......................................................................................................... 2-9
Válvula Termostática Eletrônica ........................................................................................... 2-9
Funcionamento ................................................................................................................... 2-11
Anotações
Módulo 3
Gerenciamento do Motor ...................................................................................................... 3-2
Estratégias de Funcionamento ............................................................................................. 3-3
Controle de Avanço de Ignição............................................................................................. 3-6
Controle de Detonação ........................................................................................................ 3-6
Controle de Ar da Marcha Lenta........................................................................................... 3-7
Controle dos Vapores de Combustível ................................................................................. 3-7
Controle do Ventilador do Motor ........................................................................................... 3-8
Controle de Ar Condicionado ............................................................................................... 3-8
Controle de Partida à Frio .................................................................................................... 3-9
Controle do Combustível na Desaceleração ...................................................................... 3-10
Controle da Bomba Elétrica ............................................................................................... 3-10
Reconhecimento da Posição dos Pistões e Controle de Giro ............................................ 3-11
Controle de Combustível em Acelerações ......................................................................... 3-11
Saída de Sinal para o Painel de Instrumentos ................................................................... 3-12
Controle de Injetores .......................................................................................................... 3-12
Módulo 4
Sensores .............................................................................................................................. 4-2
Sensor de Rotação ............................................................................................................... 4-3
Sensor de Detonação ........................................................................................................... 4-4
Sensor de Temperatura do Motor ......................................................................................... 4-5
Sensor de Velocidade .......................................................................................................... 4-5
Sensor de Oxigênio .............................................................................................................. 4-6
Atuadores ............................................................................................................................. 4-8
Bomba de Combustível ........................................................................................................ 4-9
Bicos de Injetores ................................................................................................................. 4-9
Bobina de Ignição ................................................................................................................. 4-9
Válvula de Controle de Marcha Lenta ................................................................................ 4-10
Módulo 5
Aprendizado A/F ................................................................................................................... 5-2
Aprendizado Forçado ........................................................................................................... 5-2
Kam Reset ........................................................................................................................... 5-4
Diagnóstico do Módulo PCM ................................................................................................
Anotações 5-5
Tabela de Procedimento ....................................................................................................... 5-6
MÓDULO 1
Anotações
1
Introdução
A Ford convida à todos para conhecer mais um lançamento de produto que será um sucesso, o
Sistema Flex Visteon. Como vocês já sabem o Sistema de Motores Flexíveis já são uma realidade
no Brasil e representam 77 % da venda de todos os veículos comercializados no país.
O Sistema Flex Visteon, equipará o Focus nas versões com o Motor RoCam 1.6 litros. Neste
projeto foram utilizados os melhores recursos de engenharia existentes, alguns itens como a
válvula termostática eletrônica, que é uma patente da Ford, o controle de detonação ativo, os
pistões com formato “domo” entre outros, destacam nosso projeto da concorrência.
Anotações
1-2
1
Combustíveis
Gasolina
A classificação da gasolina é definida de acordo com o valor de sua octanagem, que é a resistência
que a gasolina tem a auto-ignição (detonação).
A detonação também é conhecida como “ batida de pino “, estudaremos este fenômeno mais
adiante.
Um combustível com maior octanagem tem melhor poder de combustão e resiste a altas pressões
nos cilindros, sem sofrer detonação.
Todas gasolinas recebem, por força de lei federal, a adição de álcool anidro, conforme resolução
36 do MAPA, de 31/10/2006 , todos as gasolinas recebem adição de álcool etílico anidro
combustível na proporção de 23% , vigente desde 23 novembro de 2006.
O álcool adicionado a gasolina aumenta o poder antidetonante da gasolina, fazendo com que a
gasolina Brasileira atinja os mesmos níveis de octanagem das gasolinas européias e americanas.
Anotações
1-3
1
Gasolina Aditivada
A finalidade da gasolina aditivada é limpar e manter limpo todas as partes em contato com o
combustível (bicos injetores, válvulas, câmera, cabeçote).
As únicas cores que não podem ser utilizadas são o azul, utilizado na gasolina de aviação, e o
rosado, utilizado na mistura MEG (metanol/etanol/gasolina - usada quando existe falta de álcool
hidratado nos postos).
Nota: A Ford recomenda como boa prática a utilização de um tanque de gasolina aditivada
a cada 5000 km.
Gasolinas Adulteradas
Como solventes, há diversos tipos de produtos como aguarrás e solvente para borracha (SPB).
O SPB, também conhecido como benzina industrial, é citado informalmente como um dos mais
empregados para uso fraudulento em gasolina, depois do álcool.
Solventes
Aromáticos Parafínicos
Anotações
1-4
1
Álcool Etílico
O Brasil é o país mais avançado, do ponto de vista tecnológico, na produção e no uso do Álcool
Etílico (Etanol) como combustível, seguido pelos EUA e, em menor escala, pela Argentina,
Quênia, Malawi e outros.
A produção mundial de álcool aproxima-se dos 40 bilhões de litros, dos quais presume-se que
até 25 bilhões de litros sejam utilizados para fins energéticos. O Brasil responde por 15 bilhões
de litros deste total.
O álcool é utilizado em mistura com gasolina no Brasil, EUA, UE, México, Índia, Argentina,
Colômbia e, mais recentemente, no Japão.
O álcool pode ser obtido de diversas formas de biomassa, sendo a cana-de-açúcar a realidade
econômica atual. Investimentos serão efetuados para viabilizar a produção de álcool a partir de
celulose, sendo estimado que, em 2020, cerca de 30 bilhões de litros de álcool poderiam ser
obtidos desta fonte, apenas nos EUA. O benefício ambiental associado ao uso de álcool é
enorme, pois cerca de 2,3 t de CO2 deixam de ser emitidas para cada tonelada de álcool
combustível utilizado, sem considerar outras emissões, como o SO2.
• Alta resistência à detonação (como se tivesse alta octanagem, embora o álcool não possua
octanas);
• Baixo poder calorífico (gera menos energia na queima que a gasolina).
Em função dessas características, o motor a álcool pode utilizar taxa de compressão mais
elevada, mas requer uma relação estequiométrica diferenciada, ou seja, a mistura ar-combustível
tem de ser mais rica (com mais combustível) que no motor a gasolina. Na prática, isso significa
que o motor a álcool pode obter mais potência e torque, mas consume mais combustível.
A utilização do álcool como combustível implica aumento de consumo devido ao menor poder
calorífico, quando comparado ao da gasolina. Isto significa que é necessária maior quantidade
de combustível para realização do mesmo trabalho.
Anotações
1-5
1
O álcool etílico é hidratado, ou seja, possui em média, de 5% de água em sua composição.
O álcool não apresenta octanagem, mas para termos uma noção numérica é como se o álcool
tivesse o equivalente a 110 octanas.
Informações interessantes
• O álcool tem uma temperatura de ebulição de 78°C na pressão atmosférica - alta o suficiente
para evitar a evaporação, baixa o suficiente para evitar deficiência na combustão;
• O álcool não contém enxofre, compostos aromáticos ou olefínicos. De fato, quando
comparados em iguais concentrações, os gases dos motores a álcool são muito menos
prejudiciais à saúde de animais (e, presume-se, também a de humanos) do que os da
gasolina, como mostra estudo feito pela USP, com camundongos e ratos de laboratório;
• O álcool possui aquele átomo de oxigênio que os americanos buscam na molécula de seu
combustível (o metanol tem um átomo de carbono e o etanol tem dois);
• O álcool provém da cana-de-açúcar que reabsorve o CO2 liberado durante a sua
combustão;
• O álcool permite o uso de taxas de compressão maiores, resultando em melhor eficiência
do motor;
• O álcool, em virtude de sua temperatura única de ebulição pode ser facilmente vaporizado
de maneira controlada utilizando-se os gases de escape do motor ou até mesmo sua água
de resfriamento;
• O álcool quando vaporizado permite a operação com misturas pobres em qualquer regime
do motor chegando a trabalhar com 80% de excesso de ar (em contraste com a gasolina
que tem limite em torno de 10% e freqüentemente trabalha com mistura rica)”.
Anotações
1-6
1
Propriedades dos combustíveis
Como vimos, os dois combustíveis descritos são obtidos de fontes diferentes, e apresentam
características diferentes.
Poder Calorífico
Defina-se como a quantidade de energia interna contida no combustível, sendo que, quanto
mais alto for o poder calorífico, maior será energia contida.
Álcool – 29 KJ / g
Gasolina – 44 KJ / g
Relação Estequiométrica
Para cada combustível existe uma proporção de ar/combustível (AF) que é chamada de relação
estequiométrica. Se por algum motivo não for atingida, irá resultar em uma queima incompleta,
fazendo com que o motor tenha uma perda de rendimento, além de jogar fora pelo escapamento
uma parte da mistura que poderia ser queimada.
Nota: O calor específico menor do álcool e sua relação estequiométrica explica porque o
motor a álcool tem maior consumo.
Anotações
1-7
1
Taxa de compressão
A taxa de compressão é a relação entre o volume de um dos cilindros do motor com seu pistão
no ponto morto inferior e o volume da câmara de combustão correspondente (volume do cilindro
com o pistão no ponto morto superior, ou seja, totalmente “em cima”), e indica quantas vezes o
volume de mistura é comprimido antes de ocorrer a centelha da vela de ignição. Assim uma
taxa de compressão de 9:1 por exemplo, indica que a mistura é comprimida 9 vezes.
A taxa de compressão deve ser adequada ao combustível utilizado, pois a mistura, quando
comprimida, se aquece, e uma compressão excessiva poderá levar a temperatura da mistura a
níveis que provocarão a detonação espontânea da mesma.
Álcool – 14:1
Gasolina – 9,5:1
Anotações
1-8
1
Diferença das taxas
Anotações
1-9
1
Detonação
Em uma combustão normal, quando o pistão esta preste a chegar ao ponto morto superior
ocorre a emissão da centelha que provoca a “queima” do combustível progressivamente através
de uma frente de chama, esta frente de chama deve “queimar” todo o combustível admitido
ocorrendo assim a combustão.
Quando quaisquer uns destes fatores estiverem fora dos parâmetros, a combustão pode ocorrer
de forma desordenada e assim provocar a detonação.
A detonação, geralmente ocorre nas extremidades dos pistões, e pode ser comparado como
uma explosão ou uma combustão sem controle.
Anotações
1-10
1
O fenômeno da detonação, passo a passo:
Anotações
1-11
1
Motivos que causam a detonação:
• Taxa de compressão
• Temperatura
• Turbulência da mistura ar/combustível
• Avanço de ignição
• Qualidade do combustível
Pré-ignição é a combustão que ocorre antes da centelha, devido alguma fonte de calor não
desejada. A excessiva temperatura do motor e carbonização são fatores que influenciam na
pré-ignição.
A Detonação apresenta ruído característico enquanto a pré-ignição não apresenta ruído algum.
Anotações
1-12
MÓDULO 2
Anotações
2
Motor Rocam Flex
Os motores Rocam Flex foram desenvolvidos com a mais alta tecnologia e a preocupação em
manter o padrão de qualidade Rocam, esses motores são utilizados na linha Amazon e agora
está presente na linha Focus.
Em vista dessas dificuldades a engenharia da Ford desenvolveu o motor com base em três
pontos principais, taxa de compressão, controle eletrônico da temperatura do motor e manter a
qualidade Rocam.
A superação dessas dificuldades tornou o motor Rocam Flex mais robusto e com um maior
desempenho.
• Maior economia
• Maior desempenho
• Maior Robustez
Anotações
2-2
2
Dificuldades vencidas no desenvolvimento
A diferença dos veículos do projeto Amazon com relação ao focus que acabou de receber o
novo motor Rocam Flex, está no seu gerenciamento eletrônico. Os veículos da família Amazon
possuem um sistema Magneti Marelli de controle eletrônico já a linha Focus utiliza um sistema
Visteon.
Anotações
2-3
2
Taxa de compressão
Como foi dito, o desenvolvimento do motor seguiu três bases, a primeira delas é a taxa de
compressão.
A taxa de compressão utilizada no álcool e na gasolina, como vimos no módulo 1 são diferentes
e para superar esse problema foram desenvolvidos alguns componentes ou sistemas que
veremos descritos abaixo.
A taxa de compressão foi aumentada de 9,5:1 do motor que funciona somente a gasolina para
12,3:1 utilizados nos motores Rocam Flex.
Pistão
O pistão utilizado no motor Rocam Flex foi redesenhado, ganhando em seu topo uma cavidade
para vela e um ressalto em formato Domo, que aumenta a taxa de compressão, gera estabilidade
na combustão e melhora a técnica de propagação da chama.
Anotações
2-4
2
Ignição
A ignição foi otimizada, devido à diferença de densidade das misturas que são queimadas.
O tempo de carga da bobina é diferente para cada combustível, isto é a duração da centelha,
garantindo a queima completa da mistura e aumentando a durabilidade das velas e cabos.
O sistema de ignição tem controle de detonação ativo, onde o avanço de ignição é feito individualmente
por cilindro, isto é, o controle de avanço não é mais limitado pelo cilindro mais crítico.
Portanto nesse sistema podemos ter momentos de ignição diferentes para cada cilindro.
Cada cilindro funciona com o máximo de avanço possível, gerando o maior rendimento possível
do motor, otimizando o consumo de combustível e mantendo o motor protegido mesmo com
combustíveis de baixa octanagem.
Anotações
2-5
Benefícios
Os Cabos de Vela são componentes que transportam a energia elétrica produzida pela bobina
ou transformador para a geração da centelha nas velas, sem permitir fugas de corrente.
São tão importantes quanto as próprias velas, pois deles também depende a qualidade da
centelha.
Anotações
2-6
2
Cabos supressivos são construídos com fios condutores envoltos sobre uma fibra sintética
garantindo resistência mecânica à tração, revestidos por uma camada de elastômero para
isolação elétrica. Envolvendo todas essas camadas, há uma capa protetora externa, garantindo
maior proteção aos cabos de vela.
Danos à isolação Contato do cabo com partes metálicas do motor Substituir o cabo
ou lataria na instalação.
Velas de ignição
As velas de ignição tem duas funções principais uma delas é provocar a ignição da mistura e a
outra de remover calor da câmera de combustível. A temperatura da vela precisa ser fria o
bastante para prevenir a pré-ignição, mas quente o suficiente para prevenir o acúmulo de
depósitos que poderiam causar a falha na vela.
Anotações
2-7
2
O grau térmico da vela de ignição é a capacidade que a vela tem em remover calor da câmera
de combustão. Ele é determinado pelo comprimento do isolante de cerâmica central e sua
capacidade de absorver e transmitir o calor. Então, uma vela fria tem um isolador mais curto e
absorve mais calor da câmera de combustão. Este calor percorre uma distância menor e permite
à vela trabalhar a uma temperatura mais baixa.
Uma vela fria é necessária quando o motor é usado com muita carga ou em altas rotações.
Devido a nova câmara de combustão e a otimização da sua refrigeração, foi possível manter no
motor flex a vela de ignição (TR6B-10) com o mesmo grau térmico das velas utilizadas no
motores Rocam a gasolina.
Nota : A porcelana e o eletrodo central levam o calor da extremidade para fora na vela fria
o percurso é menor, sendo mais fácil o calor chegar até a arruela de cobre (ver setas) que
manda o calor para a rosca e desta para o cabeçote. Se a vela deve estar com o torque
correto de aperto para não superaquecer.
Anotações
2-8
2
Refrigeração do motor
O controle da temperatura foi a outra base para o desenvolvimento do motor, que além da
aplicação da eletrônica, teve o desenvolvimento de um novo bloco, com galerias de circulação
de água mais longa, permitindo uma maior troca de calor do cilindro com a água.
O motor Flex utiliza uma válvula termostática controlada eletronicamente. O seu funcionamento
é controlado pelo PCM através de mapas de características que estão em função do combustível
utilizado. Este sistema permite que o motor trabalhe na melhor faixa de temperatura para qualquer
um dos combustíveis.
Anotações
2-9
2
Quando um motor é equipado com um termostato convencional, a válvula termostática está
calibrada para impedir que o motor ultrapasse determinada temperatura.
Anotações
2-10
2
Funcionamento
Quando o motor está frio, a cera permanece sólida, e a mola mantém a válvula fechada. Quando
o líquido de arrefecimento se aquece, a cera torna-se líquida e se expande. A expansão empurra
o corpo da válvula para baixo, o que abre o fluxo de líquido de arrefecimento para o radiador.
4
1
1 - Válvula
2 2 - Cera
3
3 - Mola
Condição fechada Condição fechada
4 - Fluxo de líquido de arrefecimento
Quando o veículo está abastecido com 100% de álcool a temperatura normal de trabalho é
103° para manter essa temperatura, o PCM não manda nenhum sinal para a válvula termostática,
não gerando o aquecimento da cera.
Agora quando o Veículo está abastecido com 100% de gasolina a temperatura normal de trabalho
é 97C e para manter essa temperatura, o PCM aquece a cera dilatadora da válvula termostática.
Anotações
2-11
2
Pino de aquecimento
Cera Dilatadora
Conexão Elétrica
Anotações
2-12
MÓDULO 3
Anotações
3
Gerenciamento eletrônico do motor
A nova tecnologia implantada no motor Rocam 1.6L Flex permite a queima dos combustíveis
gasolina, álcool hidratado ou mistura de ambos em qualquer proporção.
Anotações
3-2
3
Estratégia de Funcionamento
Sistema
Entradas Saídas
Entradas
• Temperatura do ar na admissão(IAT):
O PCM utiliza esta informação para calcular a quantidade de ar admitido, quantidade de
combustível a ser injetado, ativar sistema de partida a frio, e contrôle de marcha lenta.
Anotações
3-3
3
• Posição da borboleta (TP):
O PCM utiliza esta informação para o enriquecimento da mistura e desaticação do com-
pressor de ar condicionado em aceleração, corte dos bicos em desaceleração, e
eventualmente como alterativa no caso de falha do sensor MAP.
• Rotação do motor (CKP):
O PCM utiliza esta informação para controlar o ponto de ignição, corte dos bicos em
desaceleração, corte dos bicos para limitar a rotação do motor. Esta informação também é
utilizada para o PCM reconhecer o tempo de cada cilindro, para ativar a injeção seqüencial
de combustível.
• Sensor de velocidade (VSS):
O PCM utiliza esta informação para controlar o ponto de ignição, injeção de combustível,
valvula IAC e corte de combustível em desaceleração.
• Sensor de detonação (KS):
O PCM utiliza esta informação para reconhecer como está ocorrendo a combustão no
motor e calcular o melhor ponto de ignição.
• Sonda lambda (HEGO):
Informa ao PCM a quantidade de oxigênio nos gases de escapamento. Esta informação
serve para o PCM controlar a quantidade de combustível a ser injetado em função do
combustível utilizado, contrôle da marcha lenta e rotações médias.
• Nível de combustível:
Informação da bóia do tanque. Se o PCM detectar uma alteração no nível de combustível
ao ser ligada a ignição em relação ao nível de quando a ignição foi desligada, será ativada
a estratégia de reconhecimento do combustível.
• Ar Condicionado:
Informação de solicitação ao PCM ativar o compressor do condicionador de ar. Esta
informação serve para a correção da rotação de marcha lenta.
• Imobilizador PATS:
O PCM deverá reconhecer as chaves gravadas. Deve ser diagnosticado como Sistema PATS.
• Tensão da bateria:
Informação da tensão da bateria. Esta informação serve par acorigir o tempo de abertura
dos bicos em função da tensão da bateria, e corrigir a rotação de marcha lenta em função
da carga do sistema elétrico.
Anotações
3-4
3
Saídas
Anotações
3-5
3
O gerenciamento eletrônico é realizado através do PCM, que avalia as informações geradas
pelos sensores (sinais de entrada) e comanda os atuadores (sinais de saída) de modo a fornecer
a quantidade correta de combustível e a centelhas no instante correto, para obter o melhor
desempenho com o menor consumo possível e menores emissões de gases.
Entradas Saídas
Pressão de ar na admissão
Temperatura de ar na admissão
Temperatura da água Ignição (Bobina)
Posição da borboleta
Rotação do motor
Tensão da Bateria
Para controlar a ignição, o PCM utiliza cinco parâmetros (entradas) e a partir dessas informações
calcula o instante e a intensidade da centelha (angulo de permanencia) para cada cilindro
individualmente.
Controle de Detonação
Entradas Saídas
Temperatura da água
Temperatura de ar na admissão Ignição (Bobina)
Sensor de rotação
Sensor de detonação
Em conjunto com o avanço de ignição temos o controle de detonação, que impede o avanço
demasiado da ignição em caso de detonação.
Anotações
3-6
3
Controle de ar da marcha lenta
Entradas Saídas
Carga do alternador
Temperatura da água
Posição da borboleta Marcha lenta (IAC)
Sensor de rotação
Sensor de velocidade
Sonda lambda
Ar Condicionado
Tensão da Bateria
Nessa função o PCM conrola a marcha lenta do motor, impedindo que o motor fique acelerado
ou morra devido a alterações de carga.
Para controlar a rotação de marcha lenta o PCM atua na válvula IAC e no tempo de injeção ,
controlando a quantidade de ar admitido e combustível injetado. Para correções rápidas de
rotação, o PCM controla o ponto de ignição antes mesmo de atuar na válvula IAC.
Entradas Saídas
Posição da borboleta
Pressão de ar na admissão
Rotação do motor Válvula do Canister
Sonda lambda
Anotações
3-7
3
O PCM controla a válvula CANP, e quando ativada permite ao motor aspirar os vapores de
combustível armazenados no filtro. Este sistema apenas é ativado com o motor aquecido, carga
parcial e rotações médias. Para monitorar a quantidade de vapores o PCM utiliza o sinal da
sonda lambda.
Entradas Saídas
Controle de Ar condicionado
Entradas Saídas
Temperatura da água
Ventoinha do motor
Posição da borboleta
Relé do Compressor
Rotação do motor
Marcha lenta (IAC)
Ar Condicionado
(Botão do painel + pressostatos de alta e baixa
pressão)
Anotações
3-8
3
Controle de partida a Frio
Entradas Saídas
O álcool não vaporiza bem quando o motor está frio, condensando-se facilmente nas paredes
da tubulação de admissão. Sem o sistema de injeção de gasolina, as partidas a frio dos motores
Flex abastecidos com 100% com Álcool ou com uma mistura pobre em gasolina poderão ser
difíceis quando a temperatura ambiente estiver baixa.
O PCM controla a bomba de injeção de gasolina, que é acionada juntamente com o solenóide
de corte, através de relé. Esta bomba injeta gasolina de um reservatório plástico localizado
dentro do compartimento do motor através de tubulações que estão conectadas desde o
solenóide de corte até o coletor de admissão.
Para que ocorra a injeção de gasolina, deve existir a condição onde a temperatura ambiente for
menor que 18°C e houver mais de 70% de álcool no tanque.
Anotações
3-9
3
Controle do combustível na desaceleração
Entradas Saídas
Temperatura da água
Posição da borboleta Injetores
Rotação do motor Marcha lenta (IAC)
Velocidade do veículo
Quando o veículo está em movimento mas não existe nenhuma informação de que o motorista
está acelerando o carro, por exemplo ao descer uma ladeira, o PCM corta corta os sinais que
vão para os bicos injetores impedindo a injeção de combustível, melhorando a ação do freio
motor.
No momento em que o PCM percebe que a rotação está baixa suficiente para o motor morrer,
o PCM volta a enviar sinal para os bicos permitindo a injeção de combustível.
Entradas Saídas
Anotações
3-10
3
Reconhecimento da posição dos pistões e controle de giro
Entradas Saídas
Sensor de rotação
Entradas Saídas
Posição da borboleta
Temperatura de ar na admissão Injetores
Temperatura da água
Velocidade do veículo
Rotação do motor
Anotações
3-11
3
Saída de sinal para o painel de instrumentos
Entradas Saídas
Contagiros
Ind. do nível do reservatório (Focus)
Luz de anomalía
Velocímetro
Temperatura do motor
Entradas Saídas
Pressão no coletor
Injetor 1
Temperatura da água
Injetor 2
Sonda lambda
Injetor 3
Tensão da bateria
Injetor 4
Posição da borboleta
Rotação do motor
Anotações
3-12
MÓDULO 4
Anotações
3-5
4
Sensores
Os sensores são responsáveis por fornecer todas as informações utilizadas pelo PCM para
controlar o motor.
O T–MAP está localizado na região traseira do coletor de admissão e sua função é a de informar
ao modulo de controle, a temperatura do ar admitido e a pressão no coletor de admissão.
A medição da temperatura é realizada segundo o principio das resistências NTC, ou seja, quanto
maior a temperatura, menor o valor da resistência, e vice-versa.
Através da temperatura e pressão o PCM calcula o fluxo de massa de ar que o motor está
admitindo.
Anotações
4-2
4
Sensor de rotação CKP
O CKP está montado próximo ao rotor de sinal e sua função é a de informar ao PCM a rotação
do motor e a posição da árvore de manivelas.
O rotor de sinal possui uma falha de dois dentes que interrompe momentaneamente a geração
da tensão no CKP. Deste modo o PCM consegue identificar a posição da árvore de manivelas.
O sensor é alimentado pelo PCM com uma tensão de 5 Volts e seu sinal de saída é uma tensão
tão maior quanto maior for a abertura da borboleta.
Anotações
4-3
4
Sensor de Detonação KS
Ele trabalha segundo o principio piezoelétrico, ou seja, determinados esforços mecânicos fazem
com que ele gere pulsos de tensão.
No caso, os esforços a que o sensor estará sujeito são as vibrações no bloco do motor.
A detonação produz no motor uma vibração muito peculiar que, ao atingir o sensor, gera um
pulso de tensão igualmente peculiar.
Avaliando esses pulsos o PCM identifica a ocorrência de detonação, distingue em qual cilindro
ela ocorreu, qual sua intensidade, se sua presença é danosa ao motor e define o avanço de
ignição para aquele cilindro.
Anotações
4-4
4
Sensor de temperatura do motor ECT
Está montado na válvula termostática e tem como função informar ao PCM qual a temperatura
do líquido de arrefecimento.
Também neste caso, a medição da temperatura é realizada segundo o principio das resistências
NTC, ou seja, quanto maior a temperatura, menor o valor da resistência, e vice-versa. As
resistências NTC do T–MAP e do ECT tem a mesma curva característica.
A função deste sensor é indicar ao PCM qual a velocidade do veículo. Pela linha CAN o PCM
repassa essa informação ao conjunto dos instrumentos além de utilizá-la nas estratégias de
freio motor, desaceleração e marcha-lenta.
O VSS é montado na transmissão, próximo a uma roda dentada que gira em conjunto com a
saída da transmissão. Quando um dos dentes da roda se aproxima do sensor, o campo magnético
que atravessa o circuito Hall é interrompido e, conseqüentemente, a tensão Hall deixa de existir.
Como a roda dentada gira, o VSS gera pulsos de tensão que são lidos pelo PCM. A freqüência
com que ocorrem os pulsos de tensão indica a velocidade do veículo.
Anotações
4-5
4
Sensor de oxigênio ( Sonda lambda )
O sensor de oxigênio também chamado de sonda lambda, é parte integral do sistema de controle
de emissões de poluentes.
O sensor de oxigênio gera voltagem própria entre 0 e 1000 mV, acima dos 300 graus.
O sensor de oxigênio é constituído pôr um corpo cerâmico à base de zircônio recoberto por uma
pequena camada de platina, fechada em uma extremidade e colocada em um tubo protetor e
alojado em um corpo metálico.
A parte externa do elemento de zircônio encontra-se exposta ao fluxo dos gases de escapamento,
enquanto a parte interna está em comunicação com o ar ambiente onde a taxa de oxigênio na
atmosfera é sempre igual a 21%.
O funcionamento do sensor de oxigênio pode ser comparado a uma bateria (placas positivas e
negativas imersas em solução ácida, que fornece uma tensão); no caso do sensor de oxigênio,
um elétrodo positivo interno cerâmico (eletrólito estacionário), fornece uma tensão em função
da diferença de oxigênio que existe entre eles.
Portanto, na passagem da mistura rica para a pobre, ou vice versa, por causa desta oxidação
catalítica (devido à presença de platina que age como catalisador e da temperatura que deve
ser superior a 300 graus centígrados) os ions de oxigênio, existentes no material cerâmico
(elemento estacionário), podem-se condensar em quantidades mais ou menos elevadas no
elétrodo negativo dando origem a uma variação de tensão que, enviada ao PCM, lhe permite
variar os tempos de abertura dos bicos de injeção de forma tal a manter o teor da mistura
através de empobrecimento ou enriquecimento o mais próximo possível do teor estequiométrico.
Anotações
4-6
Anotações
4-7
4
Atuadores
Atuador é todo equipamento que produz movimento ou trabalho, atendendo comandos do PCM.
Bomba de combustível
As rodas externa e interna têm dois eixos rotativos distintos. A roda interna é comandada por
um motor elétrico e controla a rotação excêntrica da roda externa. Assim o combustível é sugado
pelos espaços intermédios maiores e submetido à pressão pelos espaços intermédios cada vez
menores. O combustível sob pressão chega à saída da bomba passando pelo amortecedor de
vibrações.
Anotações
4-8
4
Bicos Injetores
Durante a partida todos os injetores são alimentados ao mesmo tempo porém, tão logo o motor
passe a funcionar, o PCM adota a lógica seqüencial fasada ou seja, cada injetor é alimentado
individualmente, conforme a seqüência de ignição do motor.
Bobina de ignição
A bobina DIS é composta por dois transformadores de ignição e um estágio de potência, montados
em um único componente. Um transformador fornece a centelha para os cilindros 1 e 3, enquanto
o outro para os cilindros 2 e 4.
Anotações
4-9
4
Válvula de controle de marcha lenta IAC
A válvula IAC dispõe de um solenóide, que recebe do módulo PCM corrente elétrica de
intensidade variável e uma mola de retenção. Conforme a intensidade da corrente e a resistência
da mola, é ativada a abertura da válvula e, portanto, regulado o fluxo de ar de marcha-lenta.
Com base no sinal PIP, o módulo PCM determina a rotação do motor, com a qual é comparada
a informação sobre a temperatura (ECT) e a carga (TP). Com base nestes dados é calculada,
sob a forma de impulsos de massa, a quantidade de ar que deve passar pela válvula de controle
da marcha-lenta (IAC). A válvula IAC estabiliza assim a rotação de marcha-lenta.
A válvula IAC encontra-se fixa na câmara de ar por trás do alojamento da borboleta do acelerador.
Em alguns casos situa-se na zona de admissão antes do alojamento da borboleta do acelerador
e está ligada à câmara de ar por um tubo flexível de derivação.
Anotações
4-10
MÓDULO 5
Anotações
3-5
5
Aprendizado A/F
A estratégia de aprendizado depende totalmente do sinal enviando pelo sensor de oxigênio.
Caso o sensor propriamente dito ou mesmo seu aquecedor venham a falhar, o PCM adotará
uma relação ar/combustível fixa até que a irregularidade seja corrigida.
Aprendizado forçado
Devemos fazer este aprendizado toda vez que for necessário. Por exemplo, na substituição do
sensor de oxigênio pode ser que seja necessário forçar o aprendizado.
Passos:
No Módulo PCM selecionar Datalogger.
Selecionar os PIDs.
Anotações
5-2
5
Habilitando a função aprendizado forçado.
No PID AF_LEARN vai aparecer LEARN (aprendendo) escrito, devemos deixar o veículo em
marcha lenta e quando voltar a aparecer END_FF no PID AF_LEARN, o aprendizado já foi
realizado.
Anotações
5-3
5
Kam Reset
No fim da linha de produção do carro, é colocada uma programação especial em seu PCM.
Quando o carro está pronto são realizadas partidas curtas para movimentar o veículo, que
fazem com que o motor nunca trabalhe na temperatura ideal de trabalho, juntando resíduos na
vela ( Carbonização ).
A programação instalada no módulo PCM, faz com que a mistura ar/combustível fique mais
pobre, gerando um maior aquecimento do motor evitando a carbonização das velas.
Além disso, o marcha lenta do veículo é mantida entre 1500 a 2000 RPM.
3. 50 partidas – Após a 50ª partida a memória Kam é apagada e o PCM trabalha com sua
programação normal.
Anotações
5-4
5
Diagnóstico do módulo PCM
O objetivo deste tópico é orientar sobre a forma correta de diagnosticar o módulo PCM (Powertrain
Control Module), de forma a evitar trocas desnecessárias e posterior estorno.
Anotações
5-5
5
Tabela de procedimentos:
Anotações
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da Ford Company Brasil.
Fevereiro / 2007
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independente de aviso ou comunicação e sem incorrer em obrigações ou responsabilidades de qualquer espécie.
Este material foi produzido exclusivamente para uso interno nos treinamentos da Rede de Distribuidores Ford e não pode ser
reproduzido sem autorização, por escrito, do departamento de Treinamento de Serviços.
Anotações
Anotações