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Teorema Do Núcleo e Da Imagem

O documento apresenta 7 exemplos de transformações lineares entre espaços vetoriais. Cada exemplo determina as bases e dimensões do núcleo e imagem da transformação de acordo com o Teorema do Núcleo e da Imagem.

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Teorema Do Núcleo e Da Imagem

O documento apresenta 7 exemplos de transformações lineares entre espaços vetoriais. Cada exemplo determina as bases e dimensões do núcleo e imagem da transformação de acordo com o Teorema do Núcleo e da Imagem.

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Exemplos - Teorema do Núcleo e da Imagem

Exemplo 1: Considere a transformação linear: T : R3 −→ R dada por T (x, y, z) = x+y −z.


Vamos determinar uma base e a dimensão do núcleo e da imagem de T .

Um elemento (x, y, z) de R3 pertence ao núcleo de T se T (x, y, z) = x + y − z = 0 ⇒ x = −y + z.


Assim um elemento do núcleo de T é da forma: (x, y, z) = (−y + z, y, z) = y(−1, 1, 0) + z(1, 0, 1).
Assim, {(−1, 1, 0), (1, 0, 1)} é um conjunto de geradores para o núcleo de T . Escalonando, pode-
mos constatar que este conjunto é L.I. e assim, é uma base para N (T ), logo, dim(N (T )) = 2.

Vamos achar um conjunto de geradores para a imagem de T . A transformação T pode ser


escrita da forma:
T (x, y, z) = x + y − z = 1(x + y − z)
Assim, {1} é um conjunto de geradores para a imagem e por ser L.I., é uma base para Im(T ),
assim, dim(Im(T )) = 1.

Observe que dim(N (T )) = 2 e dim(Im(T )) = 1, logo dim(N (T ))+dim(Im(T )) = 3 = dim(R3 ),


como era de se esperar, pelo teorema do núcleo e da imagem.

Exemplo 2: Determinar uma transformação linear T : R3 −→ R3 cuja imagem é gerada


por (2, 1, 1) e (1, −1, 2).

Como os elementos (2, 1, 1) e (1, −1, 2) são L.I. em R3 , temos que eles formam uma base para a
imagem de T , logo, dim(Im(T )) = 2. Portanto, pelo teorema do núcleo e da imagem, sabemos
que dim(N (T )) = 1.

Desta forma, escolhemos uma base para R3 , por exemplo, a base canônica
B = {(1, 0, 0), (0, 1, 0), (0, 0, 1)} e podemos definir, por exemplo, a transformação linear T da
seguinte forma:

T (1, 0, 0) = (0, 0, 0), T (0, 1, 0) = (2, 1, 1), T (0, 0, 1) = (1, −1, 2)

Desta forma, a imagem será gerada pelo conjunto dado e o núcleo terá dimensão 1. Assim,
teremos:

T (x, y, z) = xT (1, 0, 0) + yT (0, 1, 0) + zT (0, 0, 1) = x(0, 0, 0) + y(2, 1, 1) + z(1, −1, 2) ⇒

⇒ T (x, y, z) = (2y + z, y − z, y + 2z)


Observe que a resposta não é única e depende da escolha da base para R3 e também de quais
elementos da base serão levados nos geradores da imagem.

Exemplo 3: Determinar uma transformação linear T : R3 −→ R3 tal que:

N (T ) = (x, y, z) ∈ R3 | x + y + z = 0


Um elemento (x, y, z) ∈ R3 pertence ao núcleo de T se x + y + z = 0 ⇒ x = −y − z. Logo, um


elemento do núcleo é da forma:

(x, y, z) = (−y − z, y, z) = y(−1, 1, 0) + z(−1, 0, 1)

Assim, {(−1, 1, 0), (−1, 0, 1)} é um conjunto de geradores para o núcleo de T , e como é L.I., é
uma base para N (T ), portanto, dim(N (T )) = 2. Pelo teorema do núcleo e da imagem, sabemos

1
então que dim(Im(T )) = 1. Basta, portanto, completarmos a base {(−1, 1, 0), (−1, 0, 1)} do
núcleo e obter uma base para R3 .
Podemos escolher, por exemplo, o elemento (1, 0, 0) e assim, o conjunto
{(−1, 1, 0), (−1, 0, 1), (1, 0, 0)} forma uma base para R3 .

Agora, basta tomarmos a imagem dos geradores de núcleo como sendo o elemento neutro do
espaço de chegada, que no caso é R3 e T (1, 0, 0) linearmente independente, ou seja, nesse caso,
qualquer elemento do R3 que não seja o elemento neutro. Dessa forma, podemos definir, por
exemplo, a transformação linear T da seguinte forma:

T (−1, 1, 0) = (0, 0, 0), T (−1, 0, 1) = (0, 0, 0), T (1, 0, 0) = (1, 0, 0)

Vamos obter as coordenadas de um elemento (x, y, z) ∈ R3 com relação a base


{(−1, 1, 0), (−1, 0, 1), (1, 0, 0)}:
 
 −α1 − α2 + α3 = x  α1 = y
(x, y, z) = α1 (−1, 1, 0)+α2 (−1, 0, 1)+α3 (1, 0, 0) ⇔ α1 = y ⇒ α2 = z
α2 = z α3 = x + y + z
 

Temos, portanto, (x, y, z) = y(−1, 1, 0) + z(−1, 0, 1) + (x + y + z)(1, 0, 0). Logo,

T (x, y, z) = T (y(−1, 1, 0) + z(−1, 0, 1) + (x + y + z)(1, 0, 0)) =

= yT (−1, 1, 0) + zT (−1, 0, 1) + (x + y + z)T (1, 0, 0) = (x + y + z)(1, 0, 0) ⇒


⇒ T (x, y, z) = (x + y + z, x + y + z, x + y + z)
Assim, temos explicitamente a transformação T . Note que a resposta não é única e depende
da escolha para completar a base do espaço de saída e da escolha dos elementos linearmente
independentes que serão imagens dos elementos desta base.

Exemplo 4: Sejam V um espaço vetorial de dimensão finita e T : V −→ R3 uma transfor-


mação linear não-nula. Se dim(N (T )) = 2, determine as possíveis dimensões de V .

Sabemos que T é não-nula e que sua imagem está contida no R3 , logo a dimensão da ima-
gem de T só pode ser 1, 2 ou 3.
Pelo teorema do núcleo e da imagem, temos que:

dim(N (T )) + dim(Im(T )) = dim(V )

Logo, como dim(N (T )) = 2 as possíveis dimensões de V serão: 3, 4 ou 5.

Exemplo 5: Determinar uma transformação linear T : R3 −→ R3 cujo núcleo tem dimensão


1.

Pelo teorema do núcleo e da imagem, como dim(N (T )) = 1 e dim(R3 ) = 3, temos que ter
dim(Im(T )) = 2.
Escolhemos uma base qualquer para R3 , por exemplo, B = {(1, 0, 0), (0, 1, 0), (0, 0, 1)} e as-
sim, definimos por exemplo, T (1, 0, 0) = (0, 0, 0), dessa forma o núcleo terá dimensão 1 como
desejado, e escolhemos T (0, 1, 0) e T (0, 0, 1) linearmente independentes em R3 . Por exemplo,
podemos definir a transformação T da forma:

T (1, 0, 0) = (0, 0, 0), T (0, 1, 0) = (1, 1, 0), T (0, 0, 1) = (0, 0, 1)

Desta forma, teremos:

T (x, y, z) = xT (1, 0, 0) + yT (0, 1, 0) + zT (0, 0, 1) = x(0, 0, 0) + y(1, 1, 0) + z(0, 0, 1) ⇒

2
⇒ T (x, y, z) = (y, y, z)
Note que a solução não é única e depende da escolha da base para o R3 e da escolha das imagens
dos elementos desta base pela transformação.

Exemplo 6: Considere a transformação linear: T : R2 −→ R2 dada por T (x, y) = (2x, x+y).


A transformação T é bijetora.

Vamos verificar se T é injetora. Para isto, basta sabermos o núcleo de T . Um elemento (x, y) ∈ R2
está no núcleo se:
 
2x = 0 x=0
T (x, y) = (2x, x + y) = (0, 0) ⇒ ⇒
x+y =0 y=0

Assim, temos: N (T ) = {(0, 0)} e portanto, T é injetora.

Vamos verificar se T é sobrejetora. Como dim(N (T )) = 0 e dim(R2 ) = 2, pelo teorema do


núcleo e da imagem sabemos que dim(Im(T )) = 2, e como dim(Im(T )) = dim(R2 ) temos que
T é sobrejetora.
Como T é injetora e sobrejetora, temos que T é bijetora.

Exemplo 7: Determinar uma transformação linear T : P2 (R) −→ R3 que satisfaça simul-


taneamente as condições:

(a) O elemento p(x) = 1 + x pertence ao núcleo de T ;


(b) O elemento q(x) = x não pertence ao núcleo de T ;
(c) Im(T ) = [(1, 1, 1)].

Sabemos que dim(P2 (R)) = 3 e como pela condição (c) temos que ter Im(T ) = [(1, 1, 1)],
podemos verificar que {(1, 1, 1)} é uma base para Im(T ), logo, dim(Im(T )) = 1 e pelo teorema
do núcleo e da imagem temos que ter dim(N (T )) = 2.

Como q(x) = x não pertence ao núcleo, podemos escolher T (q(x)) = (1, 1, 1), desta forma, já
satisfazemos a condição de que (1, 1, 1) gera a imagem de T e que q(x) não está no núcleo. Para
satisfazer a condição (a) de que p(x) = 1 + x está no núcleo, basta tomarmos T (p(x)) = (0, 0, 0).

Agora, temos que escolher mais um elemento para gerar o núcleo. Mas, para isso, devemos
completar umabase para o P2 (R) que contenha os elementos x e 1 + x. Podemos tomar, por
exemplo, B = x, 1 + x, x2 como base. Dessa forma, basta definirmos T (x2 ) = (0, 0, 0), desta
maneira satisfazemos todas as condições e as dimensões do núcleo e da imagem.

Um elemento do P2 (R) pode ser escrito como combinação linear dos elementos da base B da
forma: a + bx + cx2 = (b − a)x + a(1 + x) + cx2 , assim, temos:

T (a + bx + cx2 ) = (b − a)T (x) + aT (1 + x) + cT (x2 ) = (b − a)(1, 1, 1) + a(0, 0, 0) + c(0, 0, 0) ⇒

⇒ T (a + bx + cx2 ) = (b − a, b − a, b − a)
Observe, novamente, que a solução não é única e depende da escolha da base para P2 (R) e das
imagens dos elementos da base pela transformação linear T .

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