Manual - Massagem Desportiva
Manual - Massagem Desportiva
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ÍNDICE
INTRODUÇÃO ......................................................................................................................... 2
Tratamento:....................................................................................................................... 31
BIBLIOGRAFIA .....................................................................................................................34
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INTRODUÇÃO
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1. MASSAGEM DESPORTIVA
1.1. Conceito
A massagem Terapêutica específica para atletas, normalmente denominada
Massagem Desportiva, define-se como uma forma criteriosa e intuitiva de aplicação de
massagem, movimento e alongamento para indivíduos fisicamente activos.
Massagem desportiva divide-se em 3 componentes, antes da actividade física, durante a
actividade física e depois da actividade física, é essencialmente aplicada a desportistas.
1.2.1. Objectivos
O aquecimento é a preparação do corpo para a atividade física. Os objetivos são
elevar a temperatura do corpo, aumentando a atividade cardiovascular, prepar ando as s i m
os músculos para o exercício, auxiliando assim a execução de alongamen tos es pec ífi cos
necessários para qualquer desempenho. A massagem é realizada de forma rápida e
profunda. Possui efeitos psicológicos. É um bom momento de reforçar mensagens de
otimismo e acalmar temores sobre medo de lesões e o estado dos adversários.
Os objectivos incluem:
a) Amolecer e libertar a fáscia e outras estruturas do tecido conjuntivo;
b) Diminuir a tensão muscular generalizada;
c) Aumentar a resposta de hipermía nos músculos a serem utilizados na actividade;
d) providenciar mais sentido cinestésico que ajuda a criar uma atitude posi tiv a ( o s atl etas
sentem os músculos mais relaxados o que significa potencialmente mais confiança e men o r
risco de lesão;
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1.2.3. Massagem
Deslizamentos 1 mão
Fricções
Deslizamentos 2 mãos
Rodilhares
Agitação
Percussão (tipo1 e tipo 2 alternados)
Agitação
1.4.1. Objectivos
Tem como objectivo eliminar os resíduos do corpo, permitindo q ue as fun ç õ es d o
corpo voltem ao normal. No fim de qualquer período de actividade física o sistema
cardiovascular talvez esteja trabalhando excessivamente, como forte resultado da cessação
da actividade a pressão pode cair subitamente. A massagem, especialmente o deslizamento
centrípeto é muito útil para restaurar a normalidade. Promove a eliminação de resíduos
metabólicos musculares adquiridos pela forte carga da actividade física. Também auxili a n a
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Os objectivos incluem:
a) Ajudar os músculos a alcançar índices normais de tónus e alongamento;
b) Ajudar no retorno venoso para potenciar a recuperação metabólica;
c) Desactivar pontos-gatilho que se podem ter desenvolvido;
d) Reduzir o risco de rigidez muscular
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1.4.3. Etapas
a) Perceber se o desporto é predominantemente SUPERIOR ou INFERIOR no que diz
respeito à especificidade dos gestos técnicos;
b) Estimularmos em primeiro lugar os principais elementos miofasciais da região;
c) De seguida iniciar trabalho sobre grupos musculares principais que estão r eg ular men te
em sobrecarga;
d) Não esquecer que temos de trabalhar as regiões miotendinosas, “estações” fasciais c om
respectivas linhas e finalmente a relação por vezes problemática entre os epimísios dos
principais ventres musculares
1.4.4. Massagem
Coxa (dividir a coxa em duas partes: parte central e externa / parte interna)
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2. MASSAGEM TERAPÊUTICA
A massagem terapêutica cada vez mais vem sendo prescrita por médicos para
complementar aos tratamentos médicos tradicionais nos caso de doenças, contusões e
dores visto que um número cada vez maior de pesquisas documentam a sua eficiência.
A massagem não apenas faz o atleta se sentir melhor. Ela reduz os batimentos
cardíacos e a pressão sangüínea, aumenta a circulação do sangue e o fluxo linfático, r ed uz
as tensões e espasmos musculares, aumenta a amplitude dos movimentos e ajuda a ali v i ar
a dor, melhorando assim o tratamento médico.
Movimentos lentos
Numerosas repetições de cada movimento
A duração depende do tamanho da área a tratar e da patologia
O nº de sessões depende do tempo que demora até se atingir o bem estar
A pressão depende do efeito pretendido, dependendo da finalidade es p ec ífic a d o
movimento e do problema físico do paciente
2.2. Massagem
Nodulares
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PÉ
3. Deslizamento lateral
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Perna
Coxa
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Costas
7. Deslizamento invertido
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Pé
4. Mistura na articulação
Perna
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Joelho
Coxa
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Membro superior
Mão
2. Fricções anteriores
3. Mistura na articulação
3. Mistura
Cotovelo
1.Fricção no cotovelo
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Braço
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3. LESÕES DESPORTIVAS
3.1. Conceito
Considera-se lesão desportiva toda a condição ou sintoma que implicou pelo menos
uma das seguintes consequências e que tenha ocorrido como resultado da participação d a
actividade desportiva: tenha sido motivo directo para interromper a acti v i d ade d es por tiv a
(treinos e competições) durante pelo menos 24 horas; se a condição ou sintoma não
motivou a interrupção total da actividade desportiva, mas foi determinante para alterar a s ua
actividade quer em termos quantitativos (menor nº de horas de prática, menor i n tensi dade
dos exercícios/esforços físicos) quer em termos qualitativos (alteração d os ex er c íci os o u
movimentos realizados); e jovem praticante procurou um conselho ou tratamen to j un to d e
profissionais de saúde para resolver essa condição ou sintoma.
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3.3.1. Lesões minor, que na maioria das vezes não obrigam a parar a actividade,
embora a possam condicioná-la e aumentem o risco de ocorrer uma lesão mais grave
.
3.3.2. Lesões major que implicam quase sempre uma paragem da actividade
principal (pode-se e deve-se manter sempre algum grau de actividade física) e tr atamen to
adequado.
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processos quer de na natureza física, quer de natureza química sobre os nocioceptores, que
ocorrem nas primeiras horas pós-lesão.
O conjunto destes sinais/sintomas levam a uma limitação/incapacidade fun c ion ais
que será tanto mais acentuada quanto maior for a gravidade e a extensão da(s) les ão( ões )
inicial(is).
3.5.1.1. Sinais:
CALOR – energia metabólica irradiada
RUBOR – vasodilatação e aumento da vascularização (angiogénese)
EDEMA/HEMATOMA – exsudado inflamatório e/ou hemorragia
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Objectivos do Tratamento:
Promover a reparação tecidular eficiente e sem recidivas
Promover o comportamento normal da estrutura lesada
Os processos de reparação dos tecidos moles devem ser feitos p er miti ndo al g uns
movimentos. É a fase da função protegida. A imobilização prolongada e to tal d o s tec i dos
moles afectados promovem uma cicatrização desordenada não func i onal. O m o vim en t o
controlado induz um tecido em reparação mais funcional
3.5.3. FASE DE REMODELAÇÃO que vai do 10º/14º dias até 21º/60º dias,
consoante a gravidade e a extensão da lesão inicial. Esta fase continua, completa e
consolida os processos ocorridos na fase fibroblástica anterior.
Objectivo:
Consolidar o processo de reparação e prevenir a cicatrização excessiva e
desordenada.
a) Cãibra
Mecanismo de defesa. Caracterizada por contracção muscular intermitente, in tensa,
involuntária e muito dolorosa. Desaparece com a contracção do antagonista.
Apesar de existirem muitas causas para cãibras musculares, grandes perdas de
sódio e líquidos costumam ser factores essenciais que predispõem atletas a cãibras
musculares. O sódio é um mineral importante na iniciação dos sinais dos nervos e ac ç õ es
que levam ao movimento nos músculos. Por isso, um défice desse elemento e d e l íq ui do s
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pode tornar os músculos sensíveis. Sob tais condições, uma leve tensão e um mo v i men to
subjacente podem fazer o músculo se contrair e se contorcer incontrolavelmente.
Tratamento:
O tratamento seria colocar bolsa de água quente para melhorar o fluxo de sangue
para os músculos, tomar água gelada para permitir maior absorção, ou seja, a água g el ad a
é mais rapidamente absorvida em relação à água quente e, alongamentos, lentos e
gradativos, nos músculos afectados, sem forçar muito (alongue até o l i mi te d e ten s ão d o
músculo, sem forçar).
b) Contracturas
Mecanismo de defesa que impede maiores solicitações funcionais. A contracção
muscular é constante, há presença de dor, diminuição da flexibilidade muscular e hipertonia
muscular.
Surge geralmente num músculo que não foi alongado antes da sessão ou por
esforço muito grande durante a realização de alguma manobra, mas não o sufi c i ente p ar a
romper as fibras. Não impede as actividades rotineiras, mas dificulta algumas ac ti v idades
desportivas. Muitas vezes, ao tocar a região, é possível identificar certo endurecimento
muscular bem delimitado.
Tratamento:
O tratamento seria colocar bolsas de água quente para melhorar o fluxo de sangue e
relaxar o músculo subjacente realizar massagem de tipo MTP (massagem transversal
profunda) ou cyriax. No final colocar bolsas de frio para diminuir a inflamação causada p el a
massagem e pelo calor. Este tratamento devera decorrer por vários dias.
c) Contusões
São causadas por traumas durante o contado sem corte externo do músculo
resultando em tecidos e células danificadas e sangramento profundo dentro ou entre os
músculos. O resultado é a formação de tecido necrótico e hemorragia levando a inflamação.
Há lesão de tecidos em consequência de golpe directo. Há dor, edema e hematoma.
Três graus de contusões. O grau I é de pouca gravidade enquanto o grau III é grave.
Tratamento:
Numa fase inicial (aguda) em que há hematoma, inflamação, o objectivo do tratamento
é minimizar a inflamação e controlar o quadro álgico, através da remoção do hematoma.
Deve-se iniciar imediatamente, com a seguinte conduta:
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d) Entorse
Ocorrem quando há estiramento e/ou ruptura dos ligamentos. Há perda da
estabilidade da articulação. Há dor, edema, impotência funcional e contracturas muscular es
periféricas.
Tratamento:
Numa fase inicial (aguda) em que há hematoma, inflamação, o objectivo do
tratamento é minimizar a inflamação e controlar o quadro álgico, através da remoção do
hematoma. Deve-se iniciar imediatamente, com a seguinte conduta:
Repouso: para aliviar a dor musculo esquelética e promover a cicatrização,
Elevação: o membro lesado deve ser elevado fazendo com que ocorra um aumen to
do retorno venoso e linfático, estimulando a absorção do edema
Compressão: o efeito mecânico e fisiológico da compressão faz com que oco r r a um
aumento na pressão extravascular permitindo ou auxiliando na reabsorção do edema
Crioterapia,
Anti-inflamatórios não esteróides: são utilizados por suprirem a reacção inflamató ri a
inicial, pois inibem a produção de mediadores da dor, permitindo melhorar a
performance num período precoce. São mais efectivos se usado s p o r d uas a s ei s
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e) Distensões
Ocorre quando o músculo é estirado para lá da sua capacidade ou por ruptura.
Ocorre apenas em músculos e tendões. A distensão é uma ruptura de um múscul o , d es d e
algumas fibras até o músculo inteiro (ruptura total). A distensão pode ocorrer , p o r fal ta d e
aquecimento, alongamento e por cansaço muscular
Tratamento:
Numa fase inicial (aguda) em que há hematoma, inflamação, o objectivo do
tratamento é minimizar a inflamação e controlar o quadro álgico, através da remoção do
hematoma. Deve-se iniciar imediatamente, com a seguinte conduta:
Repouso: para aliviar a dor musculo esquelética e promover a cicatrização,
Elevação: o membro lesado deve ser elevado fazendo com que ocorra um aumen to
do retorno venoso e linfático, estimulando a absorção do edema,
Compressão: o efeito mecânico e fisiológico da compressão faz com que oco r r a um
aumento na pressão extravascular permitindo ou auxiliando na reabsorção do
edema,
Crioterapia,
Anti-inflamatórios não esteróides: são utilizados por suprirem a reacção inflamató ri a
inicial, pois inibem a produção de mediadores da dor, permitindo melhorar a
performance num período precoce. São mais efectivos se usado s p o r d uas a s ei s
semanas, dando alívio de dor e da inflamação, além de reduzir o edema, permiti n do
o rápido retorno ao movimento.
Exercícios isométricos: indicado para melhora a força muscular. Deve ser sabido que
o seu efeito é mínimo com relação à resistência e à fadiga,
Movimentos intra-articular passivos: para manter as articulações c o m mo bi li zaç ão
normal enquanto o músculo começa a cicatrizar e para alívio da dor. A pouco e
pouco de acordo com a recuperação inicial, o atleta devera realizar exercícios físicos
de resistência gradual para recuperação do tônus muscular.
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f) Rompimento da cartilagem
As cartilagens recobrem as extremidades ósseas e reduzem o atrito entre os os s o s.
Pode haver perfuração e rompimento da cartilagem se houver torção ou compressão de
uma articulação
Tratamento:
O tratamento numa fase aguda será repouso, imobilização, compressão, elevação e
gelo. Acompanhado com anti-inflamatórios, em seguida passara por diagnostico com o
médico.
Exames específicos como TAC, ressonância magnética, ecografia etc. Para av al i ar
a gravidade da lesão, poderá ser caso de cirurgia, se não for o caso normalmente o
tratamento será: descanso e o paciente usara canadianas e iniciara um tratamento
específico de fisioterapia para restaurar e nutrir este rompimento desta cartilagem.
Tratamento:
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b) Bursite
Tratamento:
Se a bursite for causada por uma infecção, o médico pode receitar antibióticos.
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c) Tendinite
Tratamento:
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a) Fracturas
Presença de dor, impotência funcional, deformidade, mobilidade anormal, crepitação,
edema e hematoma
Directa – A estrutura óssea é lesionada onde aconteceu o impacto.
Indirecta – A estrutura óssea é lesionada em outro local onde aconteceu o impacto.
Completas - quando a estrutura óssea é lesionada na sua totalidade
Incompletas - quando a estrutura óssea é lesionada apenas em parte
Fechadas - quando sente-se que o osso está apenas “desnivelado” mas não rompeu
a pele rompendo capilares sanguíneos, ligamentos e músculos
Expostas - Quando o osso fracturou e rasgou a pele rompendo capilares sanguíneo s,
ligamentos e músculos.
Tratamento:
Primeiros socorros:
Examine as vias respiratórias, a respiração e a circulação da vítima. Se necessár i o,
inicie a respiração artificial
Mantenha a vítima imóvel e procure transmitir segurança.
Se houver ruptura da pele provocada por um osso fracturado ou suspeita da
presença de fractura óssea sob a pele, deve-se tomar medidas para prevenir a
infecção. Não respire sobre a ferida, nem tente limpá-la ou explorá-la. Cubra o
ferimento com compressas esterilizadas antes de imobilizar a lesão.
Imobilize a lesão com tala ou com uma tipóia para mantê-la na posição em q ue fo i
encontrada. Assegure-se de imobilizar a região tanto acima como abaixo da
articulação lesada e verifique a circulação da área afectada após a imobilização.
Aplique compressas de gelo para aliviar a dor e o inchaço. Para examinar a
circulação, verifique primeiro o pulso radial no punho ou pressione firmemente a pele
na área afectada - que deverá empalidecer e recuperar a coloração normal em 2
segundos.
Procure evitar o choque. Mantenha a vítima deitada e eleve seus pés cerca de 30
centímetros, cobrindo-a com um agasalho ou cobertor. Mas não mude sua p o s i ç ão
se houver suspeita de lesão na cabeça, coluna vertebral ou nas pernas.
Procure auxílio médico ou 112.
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Tratamento:
O tratamento é conservador, com repouso relativo, isto é, afastado de toda e q ual q uer
atividade de impacto podendo o atleta realizar atividades na água e exercícios de
fortalecimento e alongamento para manter sua condição muscular e cárdio-respiratória.
Repouso: indivíduos precisam repousar da atividade que causou a fratura por stress,
e realizar atividades sem dor e sem impacto durante seis a oito semanas p ar a q ue
ocorra a cura da fratura
Calçado adequado: com bom amortecimento e o descanso apropriado podem evitar
este tipo de lesão.
Substituição: trocar a corrida por outra atividade aeróbia sem impacto como a
natação ou o ciclismo e quando voltar a correr, iniciar em terreno macio
Após o período de recuperação, outras duas semanas da actividade suave sem
nenhuma dor podem ser recomendadas antes que o osso possa com segurança ser
considerado apto para a actividade.
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Bibliografia
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