Antecedentes Da Revolução Francesa
Antecedentes Da Revolução Francesa
Crise política
- Existia um regime absolutista, liderado pelo rei Luís XVI, que tentava resolver a
crise económica e financeira.
- Ministro Turgot liberalizou o comércio dos cereais e propôs a substituição da
corveia real pela subvenção territorial – foi despedido
- Em Fevereiro de 1787, o ministro das finanças, Loménie de Brienne, submeteu a
uma Assembleia de Notáveis, escolhidos de entre a nobreza, clero, burguesia e
burocracia, o projecto que incluía o lançamento de um novo imposto sobre a
propriedade da nobreza e do clero (subvenção territorial). O que provoca uma
reacção dos notáveis franceses - clérigos e nobres - contra o absolutismo,
(pretendia fazer reformas administrativas e fiscais, tentando limitar os
privilégios desses grupos sociais).
- No meio do caos económico e do descontentamento geral, Luís XVI da França
não conseguiu promover reformas tributárias, impedido pela nobreza e pelo
clero, que não "queriam dar os anéis para salvar os dedos".
- Os notáveis pediram ajuda à burguesia para lutar contra o poder real - Revolta
da Aristocracia ou dos Notáveis (1787-1789). Eles iniciaram a revolta ao exigir
a convocação dos Estados Gerais para votar o projecto de reformas.
- Por sugestão do Ministro Jacques Necker, o rei Luís XVI convocou a
Assembleia dos Estados Gerais, instituição que não era reunida desde 1614.
- 8 de Agosto, o rei concordou, convocando os Estados Gerais para Maio de
1789, a decorrer no Palácio de Versalhes e com vista a acalmar uma revolução
iniciada pela burguesia.
- Preparação da reunião dos Estados Gerais, começaram a ser escritos os cahiers
de doléances, onde se registaram as queixas das três ordens, especialmente do
Terceiro Estado. O Parlamento de Paris proclama então que os Estados Gerais se
deveriam reunir de acordo com as regras observadas na sua última reunião, em
1614.
- Terceiro estado lança panfletos defendendo o voto individual inorgânico - "um
homem, um voto" - e a duplicação dos representantes do Terceiro Estado. Várias
reuniões de Assembleias provinciais, como em Grenoble, já o haviam feito.
- Jacques Necker, de novo ministro das finanças, manifesta a sua concordância
com a duplicação dos representantes do Terceiro Estado, deixando para as
reuniões dos Estados a decisão quanto ao modo de votação – orgânico (pelas
ordens) ou inorgânico (por cabeça). Serão eleitos 291 deputados para a reunião
do Primeiro Estado (Clero), 270 para a do Segundo Estado (Nobreza), e 578
deputados para a reunião do Terceiro Estado (burguesia e pequenos
proprietários).
- Em Versalhes no dia 5 de Maio de 1789 - reunião dos Estados-Gerais, os
deputados da nobreza e do clero queriam que as eleições fossem por estado
(clero, um voto; nobreza, um voto; povo, um voto), clero e a nobreza
comungavam dos mesmos interesses, garantiriam os seus privilégios.
- O terceiro estado queria que a votação fosse individual, por deputado, porque,
contando com votos do baixo clero e da nobreza liberal, conseguiria reformar o
sistema tributário do reino. Perante a impossibilidade de conciliar tais interesses,
Luís XVI tentou dissolver os Estados Gerais, impedindo a entrada dos deputados
na sala das sessões.
- Os representantes do Terceiro Estado (burguesia) revoltaram-se e invadiram a
sala do jogo da péla (espécie de ténis em quadra coberta), em 15 de Junho de
1789, e transformaram-se em Assembleia Nacional, jurando só se separar após a
votação de uma constituição para a França (Juramento da Sala do Jogo da Péla).
-Em 9 de Julho de 1789, juntamente com muitos deputados do baixo clero, os
Estados Gerais autoproclamaram-se Assembleia Nacional Constituinte.
- Essa decisão levou o rei a demitir o ministro Jacques Necker, conhecido pelas
suas posições reformistas.
- A população de Paris mobilizou-se e tomou as ruas da cidade. Os ânimos mais
exaltados incentivavam todos a tomar as armas – revoltas populares contra a
cobrança de impostos e direitos feudais.
- O rei decidiu reagir fechando a Assembleia, mas foi impedido por uma
sublevação popular (jacquerie) em Paris – A Tomada da Bastilha (14/07/1789) -
que armazenava o arsenal do exército francês e era a prisão-fortaleza do
absolutismo.
- A bandeira dos Bourbons foi substituída por uma tricolor (azul, branca e
vermelha), que passou a ser a bandeira nacional. E, em toda a França, foram
constituídas unidades da milícia (Guarda Nacional) e governos provisórios
(Comuna de Paris).
- Revolução camponesa – fome provoca ataques a castelos, queima de arquivos
senhoriais, assassinatos de senhores – é o Grande Medo (senhores aceitaram a
supressão dos direitos feudais)
-Luis XVI, como rei absolutista , nunca colaborou de boa vontade com o terceiro
estado e com a Assembleia Constituinte
1º Feuillants (conservadores,
monárquicos)
dividida em 2 governos
2º Girondinos (Jacobinos e
extremistas)
- Foi obrigado a abandonar Versalhes e ir para as Tulherias
- A custo sancionou os decretos de 4 de Agosto
- O rei Luís XVI é preso tentando fugir da França para a Áustria.(09/1791)
- Emigrados nobres fogem da França e conspiram com reis estrangeiros
- Os países Vizinhos (Prússia, Áustria e Saxónia) ameaçam invadir a França e
acabarem com a revolução
- 20/04/1792 – França declara guerra à Boémia e à Hungria, que têm o apoio da
Áustria e da Prússia.
- Há fome e inflação. Povo revolta-se. Chegam a Paris exércitos de federados, que
provocam tumultos.
- Luis XVI demite governo girondino
- 10/08/1792 – multidão em armas (Comuna insurreccional de Paris – Marat,
Robespierre e Herbert) tomou as Tulherias, instalou-se na Câmara, invadiu a
Assembleia Legislativa e apoderou-se do governo
- Este golpe de Estado popular põe no poder a Comuna de Paris: prende o rei e a
família, dissolve a Assembleia Legislativa, elege uma nova Assembleia
Constituinte – a Convenção Nacional, que proclama a República
Directório:
Enfrenta a oposição de forma repressiva (democratas- jacobinos (radicais) e
realistas)
Enfrenta uma grave crise económica e financeira:
- Fraca produção agrícola e industrial
- Comércio decai
- Preços sobem (carne e cereais)
- Cofres do Estado vazios
- Miséria (descontentamento e revoltas populares)
IMPÉRIO (1804-1814)
Napoleão conquista a Europa
- 1805 – Batalha de Trafalgar – derrota naval francesa pelos ingleses
- 1805 – Batalha de Austerlitz – vitória francesa pôs fim ao Sacro império
Romano-Germânico e criou a Confederação do Reno
- Colocou nos tronos da Itália, Holanda, Nápoles, Espanha e Vestefália familiares
-1806 – Bloqueio Continental
-1812 – Invasão da Rússia – gelo e “terra queimada” enfraquecem exército
Napoleónico
-1814 – Exército formado pela Áustria, Prússia, Rússia (Santa Aliança) e Inglaterra
(Quadrupla Aliança)
conquista Paris e destrona Napoleão (exilado na ilha de Elba)
- Monarquia é restaurada com Luis XVIII (irmão de Luis XVI)
- 1815 – Napoleão foge da ilha-prisão, recupera o poder na França como um
Herói (Governo dos Cem Dias)
- Países aliados anti-Bonaparte derrotaram-no na batalha de Waterloo em 18de
Junho de 1815. Foi preso, enviado para a ilha de Santa Helena, onde morreu em
1821.