13/07/2021

Saúde Pública
Introdução à
Aula 3
Epidemiologia
Introdução à Epidemiologia

Silvia Albanese
Doutoranda de Ciências da Saúde

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Epidemiologia: conceitos básicos Epidemiologia: conceitos básicos

Etimologicamente a palavra epidemiologia A partir do final do século XIX, estudos
significa: epi = sobre, demos = povo e logos = epidemiológicos que comparavam as taxas de
estudo ou conhecimento, logo é a ciência que se doenças transmissíveis em segmentos
propõe a conhecer ou estudar o que se abate populacionais tornaram-se mais frequentes.
sobre o povo.

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Epidemiologia: conceitos básicos Epidemiologia: conceitos básicos

Apenas na segunda metade do século XX que as É um dos eixos da saúde-pública que estuda o
doenças crônicas não transmissíveis, como processo saúde-doença e a distribuição das
hipertensão, diabetes e câncer começaram a ser doenças na sociedade ou grupos populacionais de
também investigadas, bem como estudos que humanos específicos.
correlacionam hábitos de vida com surgimento de
doenças, como por exemplo o tabaco no
aparecimento do câncer de pulmão.

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Epidemiologia: conceitos básicos Epidemiologia: conceitos básicos

É essa ciência que se preocupa com a distribuição Dentre os objetivos da epidemiologia ainda
de mortalidade e morbidade, tendo em vista não podemos destacar:
só a doença, mas também os determinantes e Descrever a distribuição e magnitude de
condicionantes envolvidos à essas condições. problemas relacionados à saúde em diferentes
populações humanas.

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Epidemiologia: conceitos básicos

Levantar evidências que subsidiem o planejamento,
implementação e avaliação de ações de controle e
tratamento para as doenças, bem como determinar as
Estudos
prioridades.
Identificar as causas dos agravos e doenças.
Epidemiológicos
Fornecer dados sobre as formas de transmissão,
fatores associados ao aparecimento da doença,
descritivos
padrões de distribuição geográfica para formulação de
medidas de enfrentamento às doenças.

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Estudos Epidemiológicos descritivos Estudos Epidemiológicos descritivos

Os estudos epidemiológicos podem se dividem em Os estudos observacionais tem por característica
dois tipos principais: estudos observacionais e principal a não interferência do pesquisador, ou
experimentais. Nessa seção abordaremos os seja, permitem que a natureza siga seu curso e as
estudos observacionais, suas características e análises são feitas a partir apenas do que
aplicações. observado, daí o nome “observacional”.

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Principais características do estudo observacional descritivo e Estudos observacionais descritivos

analítico.
Os estudos observacionais descritivos avaliam
Descritivo Analítico como os casos novos (incidência) ou os casos
existentes (prevalência) de uma condição de saúde
Utiliza ou doença sofre variações de acordo com outras
Primeiro passo da correlações e
investigação inferências características como sexo, idade, escolaridade,
epidemiológica estatísticas mais
profundas renda e outras.
Descreve a Examina a
ocorrência e associação entre
distrubuição de uma exposição e
uma doença em uma doença ou
uma população condição.

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Estudos observacionais descritivos Estudos observacionais descritivos

Os resultados desses estudos permitem maior A obtenção dos dados para análises
compreensão sobre a condição de saúde ou epidemiológicas pode vir a partir do uso de dados
doença e antecede os estudos analíticos que primários, ou seja coletados diretamente de
aprofundarão as análises de correlação e, cujo indivíduos de uma determinada população ou
resultados são capazes de subsidiar a elaboração condição para um estudo, ou secundários, com a
de políticas públicas específicas para atuar em sua utilização de informações já coletadas em
prevenção e na promoção de saúde, sobretudo prontuários, fichas de notificação, relatórios
para os grupos de maior vulnerabilidade. oficiais ou mesmo de bancos de dados nacionais
com informações específicas.

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Variáveis relacionadas à Epidemiologia descritiva

O perfil epidemiológico pode ser compreendido
Características como às circunstâncias em que os agravos à saúde
principais ou doenças ocorrem em diferentes populações. Há

observadas na três características principais observadas na

epidemiologia descritiva: o tempo, lugar e pessoa.
epidemiologia
descritiva

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As variáveis relacionadas ao tempo As variáveis relacionadas ao lugar

A descrição do estado atual é basicamente um Incluem as variáveis geográficas, geopolíticas e
registro e captação da situação média de um fatores ambientais e permitem uma série de
agravo ou doença, num determinado período de inferências importantes para a saúde de
tempo, como ano, mês, semana, dias, horas. A populações
descrição da tendência histórica por sua vez, parte
da análise de uma série de descrições
momentâneas, mostrando uma tendência ao longo
tempo, essa tendência pode ser de aumento,
redução ou estabilização.

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As variáveis relacionadas à pessoa Medidas de ocorrência das doenças

Inúmeras variáveis são inerentes a própria pessoa, Para que se possa medir a magnitude de uma
podemos destacar a idade, sexo biológico, grupo determinada doença e sua distribuição em uma
étnico, fatores genéticos, renda, ocupação, grau de população a epidemiologia utiliza alguns
instrução, prática de exercícios físicos, presença de indicadores
desnutrição ou obesidade, consumo de álcool,
tabaco ou outras drogas, dentre outras inúmeras
variáveis biológicas e socioeconômicas
relacionados à pessoa.

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Proporções

• Qual a fração da população afetada? Ex: 𝑥100 = 20% Medidas de ocorrência das doenças
• Nesse exemplo em uma população de 10 indivíduos, dois foram afetados.
As medidas de ocorrência são usadas para
Taxas
descrever uma situação existente ou ainda avaliar
• Velocidade de ocorrência de um evento ao longo do tempo. Ex:proporção
de nascidos em um ano em relação ao número de habitantes de uma mudanças ou tendências durante um período de
cidade.
• 2000⁄300.000 = 0, 0067𝑥1000 = 6,7 𝑝𝑎𝑟𝑎 𝑐𝑎𝑑𝑎 1000 ℎ𝑎𝑏 𝑝𝑜𝑟 𝑎𝑛𝑜 tempo. A medida transversal é feita a partir da
observação de um momento específico no tempo.
Razões
É um exemplo de medida transversal os estudos de
• Permite comparar quantidades de diferentes naturezas.
• Ex: Número de profissionais da saúde por leito = 200⁄10 = 20/1 prevalência que informam o número de casos de
• Nesse caso são 20 leitos para cada profissional.
uma doença no momento em que foi realizado.

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Prevalência As medidas longitudinais

A prevalência é um indicador de grande As medidas longitudinais são obtidas quando os
importância na saúde pública, pois fornece uma indivíduos são acompanhados por um período de
medida do volume ou carga da doença em uma tempo, como a exemplo dos estudos de incidência.
comunidade ou população em um dado momento, É importante considerar que essa medida
informação essencial no planejamento dos representa a velocidade com que novos casos de
serviços de saúde uma doença aparecem, dessa forma demonstra a
força da morbidade e mortalidade da doença
quando avalia os óbitos de uma doença por
exemplo.

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Informação para ação

Conhecer os sistemas de informação é
imprescindível para os profissionais que atuam na
vigilância em saúde.
Métodos
É a partir da análise das informações acumuladas Epidemiológicos
em sistemas e bancos de dados que podemos
pensar ações e elaborar políticas públicas para
combatermos doenças e outros agravos à saúde,
logo a informação é a base para ação.

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Métodos Epidemiológicos Delineamento de estudos epidemiológicos

O ramo médico que se dedica ao estudo de
• Apenas observa, descreve
metodologias de pesquisa é chamado de Observacional
características.
• Não há interferência.
epidemiologia clínica, uma área básica que
originou a maioria dos delineamentos de pesquisa
para responder diferentes questões de saúde. Sua
contribuição para o avanço médico é imensurável • Não se limita a observação.
Intervencional • Há inclusão, exclusão ou
por, desde seu surgimento, utilizar as melhores ou Experimental
modificação de fatores
estudo.
no

evidências científicas disponíveis para conduzir

decisões clínicas.

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Métodos Epidemiológicos Estudos Analíticos em Epidemiologia

Na literatura é possível encontra diversas São desenhos mais complexos, geralmente
nomenclaturas para “Delineamento de pesquisa”, considerados “o próximo passo” dos estudos
o que pode gerar desentendimento entre descritivos, que são utilizados para verificar
estudantes e iniciantes no tema. Outros sinônimos hipóteses, ou seja, verifica a existência de
para essa expressão são: “Desenhos de pesquisa”, associação entre um fator de exposição e uma
“Modelos de estudos”, “Delineamentos de doença ou condição de saúde.
estudos”, “Métodos epidemiológicos”, “Tipos de
estudos”, “Tipos de investigação”, entre outros
possíveis.

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Estudos ecológicos: Estudos ecológicos:

São estudos que comparação a exposição a fatores Os resultados desses estudos podem necessitar de
de interesse e ocorrência de doenças em outros desenhos metodológicos que comprovem a
diferentes grupos populacionais, ou seja, os dados relação causa-efeito nos indivíduos, pois nem
referem-se a grupos e não a indivíduos. A unidade sempre a relação exposição e desenvolvimento de
de estudo pode ser um país, estado, município ou doença detectada num grupo agregado significa
região geográfica. Utilizados por exemplo na que ocorre em nível de indivíduos, evento
pesquisa de câncer, como por exemplo diferentes chamado de falácia ecológica ou viés ecológico.
tipos de câncer em determinadas áreas.

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Estudos transversais: Estudos de caso-controle:

Que, de maneira geral, representam uma São estudos que podem investigar a etiologia de
fotografia da situação em um determinado recorte doenças ou de condições de saúde. Os participantes
de tempo e avaliam exposição e condição de saúde são divididos entre os que já possuem a doença (casos)
simultaneamente, já aprofundado e exemplificado e indivíduos que não tem a doença ou condição
(controles). Nos dois grupos são verificadas as
anteriormente nessa seção.
exposições aos fatores de risco da doença em questão
e se a proporção do fator de risco for maior no grupo
de casos, há então indicativo de que aquele fator
realmente pode levar ao surgimento da doença.

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Estudos de coorte:
São estudos longitudinais que seguem no tempo
uma população. Os participantes são divididos em
dois grupos: os que foram expostos e os que não
Estudos
foram expostos ao fator de interesse do estudo.
Espera-se que a incidência da doença ou condição
experimentais
seja maior no grupo de expostos e o
acompanhamento temporal permite essa
identificação e exclui o viés da seleção de casos e
controles.

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Estudos experimentais Estudos experimentais

Ao contrário dos estudos observacionais, os São estudos mais complexos metodologicamente e
estudos experimentais têm interferência direta originam evidências científicas robustas sobre
sobre os participantes, isso pode significar a eficácia de drogas, intervenções e diferentes
eliminação de um fator de risco ou mesmo a tratamentos.
inserção de algum tratamento para um grupo de Os estudos de intervenção englobam os ensaios
pacientes. Os efeitos da intervenção são medidos clínicos randomizados, ensaios de campo e
por meio da comparação de desfecho de intervenções comunitárias.
indivíduos do grupo experimental e controle.

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Ensaios Clínicos Randomizados Ensaios de Campo

São utilizados para testar os efeitos de intervenções Envolvem pessoas que não estão doentes, mas
específicas. Para garantir a equivalência entre os têm risco de desenvolver a doença. Os dados são
grupos, os indivíduos dos grupos intervenção e coletados em campo, ou seja, as pessoas não estão
controle são alocados por meio de randomização ou institucionalizadas e envolvem um grande número
aleatorização. O grupo controle receberá um placebo
de pessoas. São estudos caros e logisticamente
ou o tratamento convencional e o grupo intervenção
complicados.
receberá a nova intervenção ou nova droga que está
sendo testada, os resultados são avaliados com base
na comparação dos desfechos entre os grupos.

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Ensaios comunitários
Os ensaios comunitários têm como grupo de
tratamento comunidades ao invés de indivíduos,
são estudos que se aplicam principalmente para
Epidemiologia nos
doenças que tenham relação com as condições
sociais e que possam ser influenciadas por
serviços de saúde
intervenções voltadas ao comportamento do
grupo e do indivíduo.

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Transição Demográfica: breve histórico Transição Demográfica: breve histórico

As diversas transformações demográficas do Brasil O rápido avanço da ciência e o acesso à serviços de
nas últimas décadas, impactam diretamente sobre as saúde de maior qualidade trouxe benefícios como:
esferas econômica e social, além de apresentar um a redução das mortes materno-infantis, a
novo quadro quanto ao perfil de morbimortalidade erradicação e controle de doenças infecciosas e,
da população. consequentemente, propiciou aumento da
• diminuição da taxa de mortalidade expectativa de vida da população.
• industrialização e a demanda de força de trabalho
nas grandes cidades culminaram no êxodo rural

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Transição Demográfica: breve histórico Transição Demográfica e epidemiológica e o

A mudança no perfil de morbimortalidade pelas envelhecimento populacional
questões apresentadas recebe o nome de transição O envelhecimento populacional, impulsionado
epidemiológica.
pela melhora das condições sociais, econômicas e
Se por um lado conseguimos viver por mais tempo que os avanços médico-científicos, tem estreita ligação
no passado, com maior participação mais expressiva com a transição demográfica e epidemiológica.
de idosos, a “nova vida urbana” com seus hábitos
pouco saudáveis, associados a longevidade fizeram
com que as doenças crônicas não transmissíveis, como
o diabetes e a hipertensão, aumentassem
significativamente.

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Transição Demográfica e epidemiológica e o Transição Demográfica e epidemiológica e o

envelhecimento populacional envelhecimento populacional
Essas mudanças geram uma nova distribuição
A transição demográfica passa de um momento
entre os três grupos etários, são eles: de 0 a 14
inicial pelo baixo crescimento populacional, onde
anos, 15 a 59 anos e 60 anos ou mais. A
há elevados níveis de natalidade e mortalidade,
participação do grupo de 60 anos ou mais passa a
para outra fase caracterizada por baixo
ser maior, a medida em que mais pessoas passam
crescimento ou estabilização ou crescimento
a integrar esse grupo.
negativo, em que as duas variáveis (natalidade e
mortalidade) são baixas.

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Transição Demográfica e epidemiológica e o Fases da transição demográfica.

envelhecimento populacional • Fase I - Pré-Industrial.
• Taxa de natalidade e mortalidade elevadas, crescimento populacional lento,
A maior representatividade desse grupo é mais 1 se estende até meados do séc. XX.

comum em países desenvolvidos, porém traz consigo

• Fase II - Intermediária de divergência de coeficientes.
desafios importantes, como a elaboração de novas 2
• Redução do coeficiente de mortalidade. Taxa de natalidade ainda elevada.
Aumento populacional, ocorre no século XX (1950) .
políticas públicas de saúde, sociais e econômicas que
• Fase III - Intermediária de convergência de coeficientes (1970).
atendam esse grupo e outras adaptações desde as • Redução dos Coeficientes de natalidade e mortalidade, crescimento
3 populacional e aumento do envelhecimento populacional.
idades iniciais para que no futuro, os idosos tenham
melhores condições de vida e maior controle dos • Fase IV - Moderna ou de pós-transição (anos 2000).
• Redução significativa dos Coeficientes de natalidade e mortalidade, estado
agravos relacionados ao envelhecimento, como 4 de equilíbrio populacional, aumento da expectativa de vida.

doenças crônicas não transmissíveis e degenerativas.

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Coeficientes de Natalidade e Fecundidade

Ao nos depararmos com textos epidemiológicos ou
Coeficientes que se referem a medidas epidemiológicas
populacionais os termos “taxa de natalidade” e
“taxa de fecundidade”, são frequentemente
utilizados. No entanto, divergem em seus
significados e necessitam ser corretamente
conceituados, a fim de evitar interpretações
erradas.

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Coeficientes de Natalidade e Fecundidade Coeficiente e Indicadores de Mortalidade e

O coeficiente de natalidade tem relação com o número Letalidade
de nascidos vivos, por mil habitantes, em uma O coeficiente de mortalidade representa o risco ou
determinada região e em um espaço de tempo probabilidade de óbito em uma determinada
considerado. região ou comunidade, num determinada espaço
O uso do coeficiente de natalidade permite analisar as de tempo. Esse coeficiente pode ser medido de
variações regionais e temporais relacionadas a maneira geral (Coeficiente de Mortalidade Geral)
natalidade, estimar o componente migratório da
ou em grupos como coeficiente de mortalidade
variação demográfica, além de subsidiar a elaboração de
infantil, coeficiente de morte perinatal e
políticas públicas específicas para a atenção materno-
infantil.
coeficiente de morte materna.

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Coeficiente e Indicadores de Mortalidade e Conceitos importantes para cálculo de

Letalidade coeficientes de mortalidade infantil.
E por tipo de doença, como o coeficiente por • Expulsão ou extração completa do corpo da
Nascido Vivo mãe, de um produto que Respire ou apresente
doenças transmissíveis. qualquer outro tipo de sinal de vida.

A contagem de óbito auxilia também na

• É a morte do produto de concepção, antes da
investigação da ocorrência de determinadas Óbito Fetal expulsão ou da extração completa do corpo
da mãe.
doenças e estabelecer relações entre os grupos
populacionais mais atingidos, ou seja, essa medida
• É a criança que, nascida viva, morreu em
pode também representar o peso que os óbitos Óbito Infantil qualquer momento antes de completar um ano
de idade.
apresentam em determinada população.

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Indicadores de Morbidade
A morbidade diz respeito às doenças ou situações
existentes, essas medidas são capazes de avaliar o
comportamento e mudanças no tempo e prever
Descrição da
tendências futuras. São essenciais para a
formulação de ações e políticas de saúde pública.
situação-problema
Os indicadores de morbidade são: prevalência,
incidência e taxa de ataque. Os dois primeiros já
foram devidamente abordados em outras seções
dessa unidade.

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Descrição da situação-problema Resolução da situação problema

Em uma reunião de um grupo de profissionais da A criação de um plano de acesso a lazer, cultura e
vigilância epidemiológica alguns pesquisadores discutem práticas de exercício físico para toda população é
formas de se medir as consequências do tabagismo imprescindível, pois não basta cuidar dos idosos de
naquela população em específico. Porém necessitam de hoje apenas, mas pensar que esse investimento terá
respostas e resultados mais rápidos para apresentarem impacto no idoso de amanhã.
às autoridades competentes. Inicia-se então a discussão
Ações preventivas, com acompanhamento constante
para se determinar qual delineamento seria adequado e
para monitorizar o estado de saúde e intervir sobre
quais respostas teriam. Supondo que você faça parte
possíveis agravos futuros junto à Atenção Básica é
desse grupo, quais sugestões você daria? Quais os prós e
imprescindível.
contras da nova metodologia adotada?

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Resolução da situação problema

Permitir acesso aos bens de consumo básicos, boa
alimentação e condições ambientais, epidemiológicas e
de trabalho dignas também terão um peso importante
Recapitulando
na qualidade de vida do idoso e poderão fazer com que
ele permaneça ativo por mais tempo. Afinal tão
importante quanto longevidade é a qualidade de vida.
Por fim, as medidas sugeridas vão de encontro com o
que o SUS determina, o cuidado preventivo e holístico e
menos assistencialista e biomédico.

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