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Dimensionamento de Bombas

Este documento apresenta um projeto de engenharia para dimensionar bombas hidráulicas para drenar o subsolo do Centro de Tecnologia. Inclui uma análise da composição da água e influência da maré, cálculo da vazão de projeto baseado em estudos hidrológicos, notas sobre construção de subsolos impermeáveis, revisão sobre conceitos de bombas e duas soluções propostas com bombas autoescorvantes ou submersíveis.

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Barbara Castro
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Dimensionamento de Bombas

Este documento apresenta um projeto de engenharia para dimensionar bombas hidráulicas para drenar o subsolo do Centro de Tecnologia. Inclui uma análise da composição da água e influência da maré, cálculo da vazão de projeto baseado em estudos hidrológicos, notas sobre construção de subsolos impermeáveis, revisão sobre conceitos de bombas e duas soluções propostas com bombas autoescorvantes ou submersíveis.

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DIMENSIONAMENTO DE BOMBA PARA SUBSOLO DO CENTRO DE

TECNOLOGIA

Giuseppe Cortez Giovanelli

Projeto de Graduação apresentado ao Curso de


Engenharia Mecânica da Escola Politécnica, da
Universidade Federal do Rio de Janeiro, como
parte dos requisitos necessários à obtenção do
tı́tulo de Engenheiro.

Orientador: Reinaldo de Falco

Rio de Janeiro
Novembro de 2018
DIMENSIONAMENTO DE BOMBA PARA SUBSOLO DO CENTRO DE
TECNOLOGIA

Giuseppe Cortez Giovanelli

PROJETO DE GRADUAÇÃO SUBMETIDO AO CORPO DOCENTE DO


CURSO DE ENGENHARIA MECÂNICA DA ESCOLA POLITÉCNICA
DA UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO DE JANEIRO COMO PARTE
DOS REQUISITOS NECESSÁRIOS PARA A OBTENÇÃO DO GRAU DE
ENGENHEIRO MECÂNICO.

Examinado por:

Prof. Reinaldo de Falco, M.Sc.

Prof. Fábio Luiz Zamberlan, D.Sc.

Eng. Nelson Santos, M.Sc.

RIO DE JANEIRO, RJ – BRASIL


NOVEMBRO DE 2018
Giovanelli, Giuseppe Cortez
DIMENSIONAMENTO DE BOMBA PARA SUBSOLO
DO CENTRO DE TECNOLOGIA/Giuseppe Cortez
Giovanelli. – Rio de Janeiro: UFRJ/Escola Politécnica,
2018.
XI, 81 p.: il.; 29, 7cm.
Orientador: Reinaldo de Falco
Projeto de Graduação – UFRJ/Escola Politécnica/Curso
de Engenharia Mecânica, 2018.
Referências Bibliográficas: p. 59 – 63.
1. Bombeamento de recalque. 2. Hidrologia. 3.
Impermeabilização. 4. Bombas mecânicas. I. de Falco,
Reinaldo. II. Universidade Federal do Rio de Janeiro, Escola
Politécnica, Curso de Engenharia Mecânica. III. Tı́tulo.

iii
Agradecimentos

Primeiramente, agradecer minha famı́lia que me ajudou em toda minha vida


acadêmica e pessoal. Acredito que não há sorte maior que ter uma famı́lia com quem
contar.
Aos meus amigos, que tornaram a experiência da faculdade fantástica. Tanto na
UFF como na UFRJ e também do intercâmbio, tê-los conhecido foi um privilégio.
Todos os grandes momentos da minha vida os tive ao meu lado e não consigo imaginar
diferente. Obrigado pelo companheirismo
À minha namorada Júlia, que não só me apresentou o Escritório de Planejamento
e tornou possı́vel este projeto, como sempre me deu força para continuar trabalhando.
Não há agradecimento faça justiça ao seu apoio.
À equipe Ícarus, que moldou-me num profissional melhor e onde criei muitas das
minhas amizades. Aprendi demais e espero ter contribuı́do para o conhecimento e
história da equipe.
À equipe Minerva e-Racing por me ter me ensinado outra perspectiva do auto-
mobilismo e à Fluxo consultoria por ter me aceitado num dos seus mais ambiciosos
projetos e confiado em mim.
Agradeço Engenheiro Nelson Santos, hoje Superintendente do Centro de Tecnolo-
gia, pela oportunidade de realizar o projeto para o Escritório de Planejamento. Que
este trabalho ajude na solução dos problemas do subsolo e que sirva de base para
outras soluções do Escritório. Agradeço também o professor Reinaldo de Falco por
ter me orientado durante o projeto e ensinado a enxergar além.
Ao governo brasileiro, por me proporcionar um enorme crescimento durante meu
intercâmbio na Inglaterra. Sem sombra de dúvida sou uma pessoa melhor graças a
essa experiência.

iv
Resumo do Projeto de Graduação apresentado à Escola Politécnica/UFRJ como
parte dos requisitos necessários para a obtenção do grau de Engenheiro Mecânico.

DIMENSIONAMENTO DE BOMBA PARA SUBSOLO DO CENTRO DE


TECNOLOGIA

Giuseppe Cortez Giovanelli

Novembro/2018

Orientador: Reinaldo de Falco


Curso: Engenharia Mecânica

Sistemas de recalque estão presentes em todo paı́s, tanto como forma de obtenção
de água potável como de sistemas de drenagem e pequenas estações elevatórias. Esse
trabalho é voltado para a drenagem do subsolo do Bloco I do Centro de Tecnologia,
onde inundações são recorrentes. Além de testes de qualidade da água e uma análise
comparativa entre o nı́vel da calha e da maré, foi feito um estudo hidrológico afim
de projetar uma tormenta para estimar a vazão necessária. Também foram feitas
algumas sugestões na construção de poços e edificações impermeáveis, para que
a solução fosse a mais completa possı́vel. Com a vazão conhecida, foram dadas
duas soluções: com duas bombas autoescorvantes ou três bombas submersı́veis, e
comparadas a potência consumida e eficiência de cada uma. Por fim, comentou-se
sobre possı́veis aprimoramentos.

Palavras-chave: Bombeamento de recalque, Hidrologia, Impermeabilização, Bom-


bas mecânicas

v
Abstract of Undergraduate Project presented to POLI/UFRJ as a partial fulfillment
of the requirements for the degree of Engineer.

PUMP SELECTION FOR CENTRO DE TECNOLOGIA’S UNDERGROUND

Giuseppe Cortez Giovanelli

November/2018

Advisor: Reinaldo de Falco


Department: Mechanical Engineering

Well stations exists all over the country as a way to obtain drinkable water as
well as for drainage purposes and to overcome smaller uneveness of terrain. The
aim of this paper is to maintain dry the underground from block I at the Tecnology
Center, where floods are recurrent, using pumps. Besides testing water quality and
making a comparison between tide and the gutter height, it was calculated a design
storm basead on hydrologic studies in order to estimate the necessary flow rate.
Furthermore, it was made some remarks about waterproofing wells and buildings to
give a thorough theoretical solution. With the known flow rate, it was calculated and
presented two solutions: a two self-priming pumps or a three submersible pumps,
and compared the power consumed and the efficiecy of both. At last, it was made
some comments on possible improvements.

Keywords: Well Stations, Hydrology, Waterproofing, Biomechanics, Pumps

vi
Sumário

Lista de Figuras ix

Lista de Tabelas xi

1 Introdução e Objetivo 1
1.1 Objetivo . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 3

2 Investigação e Cálculo da Vazão Excedente 4


2.1 Análise da composição da água . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 4
2.2 Influência da nı́vel da baı́a . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 7
2.3 Influência da chuva . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 12
2.3.1 Chuva de projeto . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 12
2.3.1.1 Grandezas caracterı́sticas das chuvas . . . . . . . . . 13
2.3.1.2 Curvas de Intensidade-Duração-Frequência e cons-
trução de hidrograma . . . . . . . . . . . . . . . . . 16
2.3.1.3 Hidro-Flu . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 19
2.3.2 Cáculo da vazão . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 20

3 Notas sobre Construção de Subsolos 22

4 Revisão sobre Bombas Hidráulicas 29


4.1 Conceitos de mecânica dos fluidos . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 29
4.2 Escoamento em tubulações . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 30
4.2.1 Número de Reynolds . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 30
4.2.2 Teorema de Bernoulli . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 32
4.2.3 Perda de carga . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 32
4.3 Classificação de bombas . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 35
4.4 Curvas caracterı́sticas . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 37
4.4.1 Cavitação . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 39

5 Bombas Autoescorvantes e Submersı́veis 41


5.1 Bombas autoescorvantes . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 41

vii
5.2 Bombas submersı́veis . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 43

6 Estudo de Caso 45
6.1 Cálculo da vazão . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 45
6.2 Seleção da bomba e cálculo de perda de carga . . . . . . . . . . . . . 47
6.2.1 Solução com duas bombas . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 47
6.2.2 Solução com três bombas . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 52

7 Conclusão e Sugestões para Aplicação 57

Referências Bibliográficas 59

A Tabela de maré 64

B Coeficientes de Manning 68

C Coeficientes de perda de carga para acidentes 70

D Catálogo da bomba Dancor Autoescorvante Série AAE 725 TJM 72

E Catálogo bomba Schneider BCS-350 75

F Relato do técnico Waldir 80

viii
Lista de Figuras

1.1 Planta baixa do primeiro andar do bloco I . . . . . . . . . . . . . . . 2

2.1 Planta baixa com marcação dos pontos de medição . . . . . . . . . . 9


2.2 Exemplo de medição do nı́vel . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 10
2.3 Gráfico de altura da calha e nı́vel do mar por data . . . . . . . . . . . 11
2.4 Gráfico de correlação de variáveis . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 11
2.5 Passo-a-passo para projeto hidráulico - Fonte: Prefeitura do Municı́pio
de São Paulo . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 13
2.6 Instrumentos de medição de precipitação - Fonte: (SOUSA JUNIOR) 14
2.7 Exemplo de reservatório - Fonte: VILLELA 1975 . . . . . . . . . . . 15
2.8 Exemplo de hietograma e hidrograma - Fonte: (CABRAL et al., 2015) 16
2.9 Série histórica para posto Ilha do Governador - Fonte: Hidroweb . . . 16
2.10 Exemplo de hidrogramas unitários sendo somados - Fonte: (MÉLLO JR) 19
2.11 Programa Hidro-Flu para geração de chuva e hidrograma de projeto . 20
2.12 Hietograma e hidrograma de projeto . . . . . . . . . . . . . . . . . . 21

3.1 Esquema de pressões atuantes numa edificação - Fonte: (SOARES,


2014) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 23
3.2 Campo de velocidade da água na percolação em solo arenoso - Fonte:
(MARQUES e FERREIRA, 2009) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 23
3.3 Exemplo de camadas de impermeabilização - Fonte: SOARES 2014 . 24
3.4 Etapas na construção de uma parede diafragma - Fonte: (NAKA-
MURA, 2013) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 26
3.5 Esquema de lençol freático com drenos - Fonte: SALAZAR e COR-
DEIRO 2001 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 26
3.6 Situação atual . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 27
3.6 Situação atual (cont.) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 28

4.1 Perfil de velocidade num escoamento de placas paralelas - Fonte: (FOX


et al., 2006) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 30
4.2 Perfil de velocidade de um escoamento laminar - Fonte: (POTTER
et al., 2012) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 31

ix
4.3 Perfil de velocidade de um escoamento turbulento - Fonte: (POTTER
et al., 2012) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 32
4.4 Esquema de sistema de bombeamento - Fonte: (MATTOS e FALCO,
1998) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 33
4.5 Ábaco de Moody - Fonte: (MACINTYRE, 1997) . . . . . . . . . . . . 34
4.6 Tabela de comprimento equivalente de entradas e saı́das - Fonte:
(MATTOS e FALCO, 1998) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 35
4.7 Classificação de bombas - Fonte: (MATTOS e FALCO, 1998) . . . . . 36
4.8 Diferentes difusores . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 36
4.9 Bombas axiais - Fonte: MACINTYRE 1997 . . . . . . . . . . . . . . 37
4.10 Curva de head - Fonte: Dancor . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 38
4.11 Curva de potência - Fonte: Dancor . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 38
4.12 Curva de eficiência - Fonte: Dancor . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 39

5.1 Bomba autoescorvante da companhia Flowserve - Fonte: (KARASSIK


et al., 2001) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 42
5.2 Esquemas de aplicações de saneamento básico para bombas centrı́fugas
- Fonte: (MACINTYRE, 1997) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 43
5.3 Bomba submersı́vel - Fonte: (MACINTYRE, 1997) . . . . . . . . . . 44

6.1 Local atual da casa de bombas . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 45


6.2 Variação do nı́vel da calha para duas bombas . . . . . . . . . . . . . . 46
6.3 Variação do nı́vel da calha para três bombas . . . . . . . . . . . . . . 47
6.4 Bomba Dancor Série AAE - Fonte: (Dancor) . . . . . . . . . . . . . . 48
6.5 Esquema de tubulação para solução de 2 bombas . . . . . . . . . . . 49
6.6 Curvas de Head do sistema e da bomba autoescorvante . . . . . . . . 50
6.7 Curva de N P SHrequerido - Fonte: (Dancor) . . . . . . . . . . . . . . . 51
6.8 Curvas de eficiência e potência para bomba Dancor Série AAE - Fonte:
(Dancor) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 52
6.9 Bomba Schneider BCS-350 - Fonte: (Schneider Motobombas, a) . . . 53
6.10 Esquema de tubulação para solução de 3 bombas . . . . . . . . . . . 53
6.11 Curvas de Head do sistema e da bomba submersı́vel . . . . . . . . . . 54
6.12 Curvas de eficiência e potência para bomba Schneider BCS-350 - Fonte:
(Schneider Motobombas, a) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 55
6.13 Selo mecânico do tipo ”21“ - Fonte: (Ultraseal) . . . . . . . . . . . . 56

x
Lista de Tabelas

2.1 Resultado do teste de DQO . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 5


2.2 Resultado do teste de condutividade . . . . . . . . . . . . . . . . . . 5
2.3 Resultado do teste de condutividade . . . . . . . . . . . . . . . . . . 6
2.4 Resultado do ensaio de dureza e alcalinidade . . . . . . . . . . . . . . 7
2.5 Resultado do ensaio de pH . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 7
2.6 Valores tabelados de C - Fonte: Prefeitura do Municı́pio de São Paulo 18

3.1 Tabelas de recomendações de materiais - Fonte: FREIRE 2007 . . . . 25

4.1 Rugosidade de alguns materiais - Fonte: (MACINTYRE, 1997) . . . . 34


4.2 Tabela de pressão de vapor para água - Fonte: (VAN WYLEN et al.,
2013) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 40

xi
Capı́tulo 1

Introdução e Objetivo

Este trabalho propõe o cálculo de vazão e volume excedente e o dimensionamento


de bombas de drenagem para o subsolo do bloco I, que fica ao fundo dos blocos C ao
H, no Centro de Tecnologia (CT) da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ).
A situação é preocupante para os laboratórios que ficam no subsolo do bloco, sofrendo
inundações com frequência, e o Escritório de Planejamento já vetou ampliações e
reformas por conta deste problema. Atualmente, 4 laboratórios sofrem com as
inundações. O subsolo é utilizado hoje como depósito pelos diversos departamentos,
com o agravante de estarem presentes as subestações para os blocos. Houve algumas
tentativas de resolver o problema como a construção de um poço ao final do bloco C
onde existem três bombas, duas de 1 HP ativadas automaticamente e outra de 3HP
ativada manualmente, que já foram classificadas como insuficientes pelo Escritório
de Planejamento. As condições não são piores pois há uma abertura da calha para
uma região vazia no bloco F, que fica alagado e, dada sua proporção, ajuda a mitigar
os efeitos do alagamento.
O projeto original do subsolo do bloco prevê a utilização do espaço como es-
tacionamento, visto as rampas nas extremidades do bloco e descrito na figura 1.1.
Segundo o técnico administrativo Waldir de Mendonça Pinto, havia um constante
alagamento e a distância curta entre pilares impediu o uso do espaço para tal fim
(PINTO, 2018). Com o intuito de aliviar a pressão do lençol freático abaixo do prédio,
que era tido como causa da inundação, foi construı́da a calha atual, que consiste de 3
braços ao longo do bloco I e outros 3 braços transversais, como observa-se na figura
1.1. As elipses azuis mostram os locais onde seriam ”constantemente”alagados, pois
apresentam menor cota e condições precárias de ventilação e evaporação, levando a
água de enchentes passadas a permanecer.

1
Figura 1.1: Planta baixa do primeiro andar do bloco I
2
Sistemas de recalque são utilizados quando a ação da gravidade não é suficiente
para o escoamento (MACINTYRE, 1997). Muito comuns no interior do paı́s, onde
a água é retirada de poços artesianos (SILVA), o sistema de recalque também
está presente em diversas obras no Rio de Janeiro, principalmente em construções
próximas ao mar e nas baixadas, onde o solo contém um maior percentual de
água (MENDONÇA-SANTOS et al., 2005). Sistemas de drenagem fazem parte da
infraestrutura do paı́s, com destaque para o desenvolvimento agrı́cola e serviços
públicos de contenção de inundações.
Mas para conseguir calcular a vazão requerida pela bomba, foi preciso recorrer ao
estudo do ciclo da água. A United States Federal Council for Science and Technology
define Hidrologia como ciência que trata da ocorrência, circulação e distribuição,
propriedades fı́sicas e quı́micas, e reação com o meio ambiente da água na Terra. O
ciclo é bastante conhecido, começando pela evaporação dos corpos da água, como rios
e oceanos, que sobem à atmosfera sendo carregados pelas massas de ar. Depois desse
transporte, sob às condições certas, o vapor condensa e precipita tendo 3 principais
destinos: ficar sobre a superfı́cie onde foi precipitado e ser absorvido pela vegetação,
escoar para rios ou ainda penetrar profundamente no solo e abastecer lençóis freáticos
(Agência Nacional de Águas).

1.1 Objetivo
O objetivo deste trabalho é dimensionar as bombas que deverão ser utilizadas no
subsolo do bloco I para que calha não transborde. Serão investigadas qual é a origem
dessas águas e também serão vistas algumas técnicas de construções impermeáveis,
para que a casa de bombas seja reconstruı́da de maneira adequada.

3
Capı́tulo 2

Investigação e Cálculo da Vazão


Excedente

O Escritório de Planejamento da Decania do Centro de Tecnologia (EPlan)


percorrendo o subsolo, recuperando as plantas baixas e conversando com funcionários
mais antigos levantou diversas hipóteses para as recorrentes enchentes, que serão
investigadas neste capı́tulo. Primeiramente, foi feita uma análise da água que está
na calha para descobrir sua procedência e identificar possı́veis contribuintes. Em
seguida, é apresentada uma análise baseada numa série de medidas de nı́vel da calha
em relação ao nı́vel da baı́a, por conta de uma antiga suspeita de que a comporta,
que controlaria a saı́da da água da calha para a baı́a, não está impedindo o retorno
da água do mar. Por fim, será calculado a vazão de água proveniente da chuva, uma
vez que, repetidamente, foi apontado como principal culpado das maiores inundações.

2.1 Análise da composição da água


Foi feita a coleta da água da calha em 4 pontos ilustrado na figura 1.1. Com
a colaboração do Departamento de Quı́mica Orgânica da Escola de Quı́mica, as
amostras foram levadas para o laboratório e realizado os testes de Demanda Quı́mica
de Oxigênio (DQO), condutividade, pH, turbidez e alcalinidade.
O teste de DQO utiliza o dicromato de potássio como agente quı́mico oxidante, por
reagir com diversas substâncias orgânicas. O objetivo do teste é identificar se a água
foi exposta a esgoto, de acordo com o restante de oxidante após a digestão (SABESP
- Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo, a). O experimento é
descrito num documento do LabTare, com referência em SILVA e OLIVEIRA 2006
e consiste em colocar 2, 0ml da amostra num tubo de ensaio, seguido de 2, 8ml de
solução de ácido sulfúrico - sulfato de prata e 1, 2ml da solução digestora de faixa
baixa, pois espera-se pouca presença de esgoto, e tudo isso é misturado através de

4
inversões escaladas com respiros. Fecha-se o tubo hermeticamente e este é levado para
a digestora, onde ficará a 103o C por duas horas até sua leitura no espectrofotômetro.
São preparadas amostras brancas, para efeitos de comparação, utilizando-se água
deionizada no lugar da amostra.
Os resultados são observados na tabela 2.1 e fica claro a presença de material
orgânico na água perto do bloco G. Apesar da indicação de diversos tubos de esgoto
no bloco C, a presença de matéria orgânica é muito baixa.

Localização DQO (ml)

Bloco C 45,29
Bloco E 35,89
Bloco G 105,4
Bloco H 27,01
Branco 19,92

Tabela 2.1: Resultado do teste de DQO

Segundo a Norma Técnica Interna NTS 008 (SABESP - Companhia de Sanea-


mento Básico do Estado de São Paulo, b) a turbidez da água ”é atribuı́da à presença
de partı́culas em suspensão, que diminuem a transmissão de luz no meio”e ”qualquer
turbidez na água potável é passı́vel de ser associada a uma possı́vel contaminação”.
Ainda que a água não seja utilizada para consumo imediato, este é mais um teste para
conhecer se e onde há despejo de esgoto. O ensaio é baseado no princı́pio de dispersão
da luz, onde um feixe de luz é lançado através de uma fenda, passa pela amostra
que a espalha em todas direções e uma célula detectora a 90o traduz a intensidade
luminosa que recebe. Quanto maior o espalhamento da luz, maior a turbidez da água
que significa maior quantidade de partı́culas suspensas e a unidade de medição é
unidade nefelométrica de turbidez (UNT). Podemos ver na tabela 2.2 que, novamente,
há fortes indı́cios da contaminação de esgoto no bloco G, ultrapassando inclusive o
limite para requisito estético da norma.

Localização Turbidez (U N T )

Bloco C 2,23
Bloco E 2,70
Bloco G 6,64
Bloco H 1,03

Tabela 2.2: Resultado do teste de condutividade

A análise de condutividade da água é bem simples e consistiu apenas em calibrar

5
com água deionizada o sensor e colocar o terminal imerso nas amostras, lavando com
água deionizada entre medições para evitar a contaminação. A tabela 2.3 mostra
os resultados e confirma uma das opções dadas para a origem da água. Baseado
na figura 1.1, temos que há apenas uma saı́da para calha, nos fundos na altura
do bloco H, e esta desemboca na baı́a de Guanabara. A alta condutividade da
amostra retirada nesse local indica a presença de sal na água. Considerando que
não há despejo de água salgada em grandes quantidades por nenhuma tubulação,
principalmente perto do bloco H, é possı́vel inferir a influência da maré na cheia da
calha.

Localização Condutividade (µS/cm)

Bloco C 454,5
Bloco E 481,0
Bloco G 689,3
Bloco H 1000

Tabela 2.3: Resultado do teste de condutividade

A dureza e a alcalinidade foram aqui investigadas, pois, podem influenciar na


manutenção das bombas. Como GHISI e GUGEL 2005 dizem, alcalinidade não é
utilizado na análise de qualidade da água, sendo mais importante na dosagem de sais
na fase de floculação do tratamento da água. Já para a dureza, com o aumento da
temperatura da água no momento em que é bombeada, a reação de equilı́brio pende
para a formação de sais de carbonato (GHISI e GUGEL, 2005), que podem ficar
presos no impelidor ou na carcaça, reduzindo a eficiência da bomba com o passar
do tempo. A preparação do ensaio de dureza foi feito elevando o pH até 12, com
solução básica de hidróxido de sódio (NaOH), e adicionado o indicador de pH negro
de Eriocromo. Feito isso, o teste consiste em adicionar solução ácida, neste caso
uma solução de ácido clorı́drico (HCl), até o ponto de virada do indicador. Quanto
mais ácido for necessário para chegar nesse ponto de virada do indicador, mais dura
a água ou contém mais sal. Já o ensaio de alcalinidade constitui-se na adição de
solução ácida para que a amostra atingisse pH em torno 4. Logo, as amostras que
precisassem de um maior volume de ácido, seriam mais alcalinas.
Temos na tabela 2.4 o resultado para a dureza, dado convencionalmente em
miligramas de carbonato de potássio CaCO3 , que revela o bloco H com forte presença
de sais. No entanto, é conhecido que águas ricas em sal, como foi visto no teste de
condutividade, indicam uma pseudo-dureza pelo efeito ”ı́on comum”. A explicação é
que a presença de ı́ons de sódio, proveniente do sal, também age como cátions na
reação com a solução ácida e assim apresenta uma aparente dureza maior (SAWYER

6
et al., 2003). A tabela 2.5 com o resultado do pH mostra que não deveria existir tal
disparidade na dureza, corroborando para a ideia de uma pseudo-dureza.

Localização Dureza [mg CaCO3 /l]

Bloco C 54
Bloco E 52
Bloco G 54
Bloco H 82

Localização Alcalinidade [mg CaCO3 /l]

Bloco C 145,5
Bloco E 144,5
Bloco G 194,0
Bloco H 248,5

Tabela 2.4: Resultado do ensaio de dureza e alcalinidade

Localização pH

Bloco C 6,76
Bloco E 7,34
Bloco G 7,20
Bloco H 6,62

Tabela 2.5: Resultado do ensaio de pH

Verificou-se nessa seção que apesar da contribuição de esgoto no bloco G, a vazão


é diminuta uma vez que haveria um maior presença de esgoto tanto no ponto de
coleta do bloco E quanto no C e a não será necessário nenhum regime especial de
manutenção da bomba.

2.2 Influência da nı́vel da baı́a


Como foi dito nas seções anteriores, havia uma possibilidade da água não escoar
porque a comporta que foi montada no saı́da da calha e que não está controlando o
fluxo de retorno. Na seção 2.1, foi comprovada uma maior presença de sal no ponto
de coleta do bloco H, justamente onde as plantas mais antigas apontam que seria a
saı́da dessa rede subterrânea para a baı́a de Guanabara. Além disso, caso houvesse
uma grande precipitação num mesmo momento que um perı́odo de alta da maré

7
que fechasse a comporta, a calha suportaria somente o seu próprio volume, cerca de
20m3 , e precisaria aguardar a descida da maré para escoar.
Visto essa situação, foi feito uma investigação da influência do nı́vel da baı́a,
levando em conta a altura da maré, com o nı́vel da calha. Com um bloco de referência
de 102cm, foi conferido a altura de água na calha nos pontos indicados na figura 2.1.
A medida era feita com uma trena junto a referência como na ilustrado na figura
2.2. Os dados da maré foram obtidos através do site da Marinha do Brasil, que
fornece uma tábua de previsão de maré para a navegação para a estação da Ilha
Fiscal, reproduzido no apêndice A.

8
Figura 2.1: Planta baixa com marcação dos pontos de medição
9
Figura 2.2: Exemplo de medição do nı́vel

Na comparação de variáveis e constituição de leis fı́sicas e quı́micas, a literatura


sugere algumas métricas estatı́sticas para a quantificação dessa relação. Para este
estudo foi calculado o coeficiente de Pearson, que varia de -1 a 1 indicando forte relação
inversa ou direta, respectivamente (FEIJOO, 2010). Coeficientes de módulo 0, 3 a 0
significam que há pouca ou nenhuma relação; coeficientes entre 0, 3 e 0, 6 mostram
alguma correlação, mas podem significar apenas uma perturbação não observada no
experimento; e coeficientes maiores que 0, 6 mostram uma forte correlação. A fórmula
de Pearson compara a covariância, isto é, a medida de disparidade de valores entre
duas variáveis, com a variância de cada uma das variáveis, como descrito abaixo:
Pn
i=1 (xi − x) (yi − y) cov (X, Y )
ρ = qP qP =p . (2.1)
n 2 n 2 var (X) · var (Y )
i=1 (xi − x) i=1 (yi − y)

Partindo para a análise dos dados, temos o gráfico da figura 2.3, onde temos o
nı́vel do mar retirado da tabela tomando horário de 11 horas e 30 minutos, momento
no qual era feito as aferições, como coluna e as linhas representam a altura medida
em relação ao topo da referência, por isso foi invertido o eixo, para que a redução da
medida passe a ideia de um aumento no nı́vel da calha. É observado um crescimento
quase que constante do nı́vel da calha, apesar da variação do nı́vel do mar. Um olhar
mais atento, no entanto, mostra que o nı́vel da calha cresceu somente quando houve
crescimento da maré e permaneceu estável quando a maré descia. Uma explicação
possı́vel seria o fato que com a descida da maré o gradiente de pressão diminui, mas
não suficiente para que haja um retorno, tendo em vista também o reduzido intervalo
de observação. Para quantificar essa correlação e afirmar sua relação temos a figura
2.4, um gráfico de dispersão entre a medição de um dos pontos no subsolo, bloco
H, e o nı́vel da maré. O coeficiente de Pearson foi calculado para cada bloco e a

10
média foi de -0.53 o que mostra a forte correlação, mas pelo fato do nı́vel da calha
apresentar certa defasagem e o ritmo de subida e descida da maré ser muito rápido,
o coeficiente de Pearson apenas chega perto de confirmação estatı́stica.

Figura 2.3: Gráfico de altura da calha e nı́vel do mar por data

Figura 2.4: Gráfico de correlação de variáveis

Considerando que existe correlação o suficiente, foi calculada a contribuição no


volume de água fornecido, contabilizando o crescimento em milı́metros do nı́vel da
calha e multiplicando pela área da calha e da piscina do bloco H, podemos chegar

11
a uma vazão de 6, 22l/h. Esse valor será considerado desprezı́vel uma vez que as
bombas de 1HP hoje já seriam capazes de lidar com esse problema.
Logo, o intuito desta seção foi mostrar que o nı́vel da baı́a não contribui efetiva-
mente para um eventual alagamento, pois a vazão é muito pequena, mas impede o
escoamento previsto da água da calha.

2.3 Influência da chuva


A influência de águas pluviais em edificações é muito estudada, pois sua drenagem
é de vital importância em grandes construções, como rodovias e pontes, já que sua
exposição constante as intempéries podem levar a um elevado grau de degradação
(Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes). Será tratado aqui o
dimensionamento de chuvas de projeto e o escoamento superficial da precipitação
para obter as vazões de projeto.

2.3.1 Chuva de projeto


Neste trabalho será adotado uma sequência de passos na construção de projetos
hidráulicos proposta pela Prefeitura do Municı́pio de São Paulo, visto na figura 2.5.
São eles a determinação do perı́odo de retorno, determinação da tormenta ou chuva
de projeto, determinação do escoamento superficial, determinação das vazões de
projeto para que se possa determinar os equipamentos ou construções. Nessa subseção
será estudado os 4 primeiros passos, cabendo ao capı́tulo 6 o dimensionamento das
bombas.

12
Figura 2.5: Passo-a-passo para projeto hidráulico - Fonte: Prefeitura do Municı́pio
de São Paulo

2.3.1.1 Grandezas caracterı́sticas das chuvas

Antes de determinar a chuva de projeto, será feito algumas definições. Começando


pela altura pluviométrica, h, que é a média da lâmina de água, medida em milı́metros,
sobre uma determinada região desconsiderando perdas por evaporação, infiltração,
escoamento para fora da área de precipitação (AZEVEDO NETTO, 1978). Já a
intensidade pluviométrica, i, é quantidade de precipitação por unidade de tempo,
como na equação 2.2. Visto que raramente calcula-se o volume total, pois depende
da área onde choveu, a unidade dada é de mm/min ou mm/h (AZEVEDO NETTO,
1978). Os instrumentos de medida para as respectivas definições são o pluviômetro e
o pluviográfo, representados na figura 2.6. Vale ressaltar que o pluviográfo, por ser
um instrumento mais elaborado, possui menos dados disponı́veis.

h
i= (2.2)
∆t

13
(a) Pluviômetro (b) Pluviográfo

Figura 2.6: Instrumentos de medição de precipitação - Fonte: (SOUSA JUNIOR)

Um parâmetro fundamental para projetos hı́dricos é o chamado perı́odo de


retorno, variável T (RIGHETTO, 1998). Sua definição segundo TOMAZ 2002 é
”perı́odo de tempo médio que um determinado evento hidrológico é igualado ou
superado pelo menos uma vez”. Para um melhor entendimento ajuda saber que
seu inverso representa a probabilidade de um evento semelhante ou de dimensão
superior ocorrer. A bibliografia sobre é extensa, uma vez que sua determinação tem
consequências diretas sobre o custo da obra, mas ZAHED FILHO e MARCELLINI
1995 apontam que há um certo teto, onde a escolha de um perı́odo de retorno
maior não implica numa elevação dos gastos na mesma proporção. Colocando em
perspectiva as consequências socioeconômicas de enchentes, fica claro sua relevância.
Exemplo mais recente que temos na cidade do Rio de Janeiro foi a inundação de
fevereiro, com 4 mortos, diversos bairros sem energia por mais de 24h, apenas parte
transporte público funcionando e fechamento de vias devido a queda de árvores
(DIA), além disso, um estudo do Instituto Mundial de Recursos estima que no paı́s
seja perdido de cerca de R$9 bilhões de reais por ano por conta de enchentes (G1).
Apesar do perı́odo de retorno ser dado em anos, é importante ressaltar que esta é
uma variável estatı́stica, ou seja, o dimensionamento feito para um retorno de 100
anos não significa que o evento ocorrerá uma vez a cada século, mas que há 1% de
chance que tal fenômeno ocorra. TOMAZ 2002 sugere que para micro-drenagem
seja considerado um perı́odo de retorno de 10 anos, mas admite-se um perı́odo de 25
anos a 50 anos para circunstâncias especiais. Uma vez que se sabe da burocracia em
instituições públicas na avaliação de projetos, obtenção de novos equipamentos e que
o subsolo hoje abriga diversas subestações para fornecimento de energia para o CT,
será adotado aqui o perı́odo de retorno de 50 anos.
Ainda na dimensão de tempo, temos o tempo de concentração tc que é definido

14
como tempo máximo para uma partı́cula da água atravessar toda a bacia analisada
(AZEVEDO NETTO, 1978). Para melhor entender, poderı́amos abstrair e imaginar
que certa precipitação aconteceu sobre um reservatório impermeável cercado por
todos os lados por paredes, exceto numa de suas quinas, como na figura 2.7. O tempo
que leva para a água que caiu na quina oposta, ponto mais distante, até escoar para
fora seria o tempo de concentração neste caso.

Figura 2.7: Exemplo de reservatório - Fonte: VILLELA 1975

Outro conceito que será utilizado aqui é o de hietograma e é definido no dicionário


HOUAISS 2001 como ”registro gráfico de uma precipitação durante determinado
perı́odo de tempo em determinado local”. O hietograma é a base para a construção
do hidrograma, que é o gráfico que fornece a vazão de escoamento superficial de uma
dada precipitação em função do tempo (TOMAZ, 2002). O tempo até o pico de
vazão do hidrograma é chamado tempo de ascensão e do pico até o final do gráfico
de tempo de decrescimento. A soma desses valores é chamada tempo de ponta e a
figura 2.8 representa um hietograma pelo gráfico de colunas e um hidrograma pelo
gráfico de linha.

15
Figura 2.8: Exemplo de hietograma e hidrograma - Fonte: (CABRAL et al., 2015)

2.3.1.2 Curvas de Intensidade-Duração-Frequência e construção de hi-


drograma

Antes de apresentar o modelo matemático, a figura 2.9 apresenta um levantamento


histórico, para uma melhor ideia dos valores que serão encontrados nas seções
subsequentes. Através do portal Hidroweb, no site da Agência Nacional de Águas
(ANA), a série histórica de chuvas para o posto mais próximo, na Ilha do Governador.
Infelizmente, esta base de dados não fornece a duração da chuva, sendo possı́vel ter
apenas uma noção do volume de água e nesse panorama de 16 anos observamos que
os picos estão em torno de 250mm. Este número poderá servir como um benchmark,
um valor para ditar a ordem de grandeza dos próximos cálculos.

Figura 2.9: Série histórica para posto Ilha do Governador - Fonte: Hidroweb

No estudo de tormentas, a avaliação da série histórica, como a ilustrada, é de

16
fundamental importância. Com estes dados em mão, é feita uma avaliação estatı́stica,
como Gumbel ou Log Pearson tipo III, para obter uma relação entre intensidade,
duração e frequência (PEREIRA et al., 2017). Em diversos estudos, foi encontrado
uma relação exponencial negativa entre intensidade e duração, com o aumento da
intensidade a medida que o tempo de retorno cresce. Essas relações são expressas
na equação de intensidade 2.3, de âmbito geral e que podem servir de modelo para
diversas partes do mundo (CHOW et al., 1988). Existem muitos trabalhos dedicados
a determinação de fatores para essa equação, pois são instrumentos importantes no
planejamento hı́drico futuro da região estudada (DAVIS e NAGHETTINI, 2000).

K · Tm
i= (2.3)
(t + t0 )n
No entanto, o engenheiro hidrólogo Otto Pfafstetter estudou a fundo a codificação
das bacias hidrográficas brasileiras e com isso as precipitações do paı́s. Na sua
obra ”Chuvas Intensas no Brasil”ele apresenta outro modelo de equação para a
qual calculou os coeficientes para diversos locais no paı́s, com mais de 15 postos
avaliados somente no estado do Rio de Janeiro (PFAFSTETTER, 1957). Por isso,
neste trabalho foi utilizado para a construção da chuva artificial o posto da praça XV,
no centro da cidade pela maior proximidade geográfica da Ilha do Fundão e estar
também banhado pela baı́a de Guanabara, apresentando condições semelhantes de
umidade e pressão. A equação com os coeficientes do posto está descrita na equação
2.4.

0,2
h = T 0,156+ T 0,25 [0, 2 · t + 27 · log (1 + 20 · t)] (2.4)

Para determinar a duração da chuva foi verificada uma recomendação do Departa-


mento Nacional de Infraestrutura de Transportes na qual o tempo de ponta mı́nimo,
tempo do começo da tormenta até seu completo escoamento, de um hidrograma é de
1 hora. Sabendo que na construção de um hidrograma, a chuva pode representar de
50% a 85% do valor de tempo total, nesse estudo será adotado uma chuva de projeto
de duração de 60 minutos.
Em seguida é necessário escolher o método de separação de escoamento, que
dentro do escopo do projeto hidrológico, visa separar a precipitação em dois escoa-
mentos distintos: um superficial e um subsuperficial (AZEVEDO NETTO, 1978). O
escoamento subsuperficial é importante em regiões pouco urbanizadas, por isso não
será coberto pelo trabalho. O método escolhido aqui foi o racional, recomendado
para pequenas de bacias de até 3km2 segundo TOMAZ 2002 e utiliza a seguinte
fórmula:

Q = 0, 278 · C · i · A (2.5)

17
- Q é a vazão dada em m3 /s
- C é o coeficiente de runoff
- i é a intensidade de precipitação, já visto
- A é a área sobre a qual precipita.
Apesar de suas limitações, como a constância na permeabilidade do solo, produz
bons resultados quando aplicado corretamente TOMAZ 2002.
Na construção do hidrograma, duas variáveis são de extrema importância: coefici-
ente de runoff e o tempo de concentração. A tabela 2.6 mostra intervalos de valores
para C de acordo com a impermeabilização do solo para um perı́odo de retorno de
até 10 anos. Utiliza-se a equação 2.6 para correção do fator C caso o valor de T
adotado supere 10 anos. O cálculo de tc foi dividido em duas parcelas, um tempo
inicial ti que seria a chegada da água da chuva à calha e um tempo tt para translação
da água já na calha para o local das bombas. Para determinar tt foi calculado a
velocidade pela fórmula de Manning, descrita na equação 2.7, e com a distância
máxima, de 350 metros, foi obtido o tempo de translação.

Tabela 2.6: Valores tabelados de C - Fonte: Prefeitura do Municı́pio de São Paulo

Ct = 0, 8 · T 0,1 · C10 (2.6)

- Ct é o coeficiente C corrigido
- T é o perı́odo de retorno, já definindo
- C10 é o coeficiente C da tabela 2.6 e
  23
1 A √
V = · S (2.7)
n p

18
- V é a velocidade dada em m/s
- n é o coeficiente de rugosidade de Manning no apêndice B
- A é a área da seção transversal da calha em m2
- p é o perı́metro da área molhada dada em m
- S é a pendente da linha d’água, ou seja, a diferença de cotas entre o fundo da
calha, dada em m/m.
O método de construção de hidrograma utilizado neste trabalho foi o hidrograma
unitário sintético, onde para cada chuva unitária, ou seja, cada coluna do hietograma,
é calculado um hidrograma triangular, cuja base é duas vezes o tempo de concentração
e a altura do triângulo é a vazão calculada pela fórmula 2.5. Se a chuva de projeto
for quebrada em diversos pedaços de menor duração, vale o princı́pio de aditividade
do hidrograma como visto na figura 2.10.

Figura 2.10: Exemplo de hidrogramas unitários sendo somados - Fonte: (MÉLLO JR)

2.3.1.3 Hidro-Flu

Para facilitar a montagem do hietograma e explorar maiores possibilidades tanto


na obtenção da chuva de projeto quanto no cálculo da vazão foi utilizado o programa
desenvolvido pelo Laboratório de Hidráulica Computacional (LHC) - COPPE/UFRJ
e pelo Laboratório de Hidrologia - COPPE/UFRJ, chamado Hidro-Flu. O programa
possui a capacidade de:
- Calcular o tempo de concentração, sugerindo um mı́nimo em casos de poucos
dados
- Calcular de chuva de projeto e do hietograma, utilizando as equações de
Pfafstetter, IDF’s ou mesmo uma chuva qualquer
- Calcular a separação de chuva efetiva e construir um hidrograma, pelo método
racional, método Soil Conservation Service
- Calcular da seção de canalização, trapeizoidal, retangular, com variações de
cota

19
- Dimensionar um reservatório e gerar o hidrograma efluente deste
- Gerar um relatório final os dados de input e os resultados numéricos.

Figura 2.11: Programa Hidro-Flu para geração de chuva e hidrograma de projeto

2.3.2 Cáculo da vazão


No caso a ser estudado foi determinado na seção 2.3.1.1 que o perı́odo de retorno
será de 50 anos e que a chuva de projeto será baseada na equação 2.4. Como a água na
calha não possui movimento, assume-se que o nı́vel ao longo desta mantém-se, como
num vaso comunicante. Analisando as medições feitas na seção anterior, podemos,
então, obter uma declividade média de 0,001 m/m entre o bloco C e G.
Toda a teoria vista até aqui visa dimensionar os efeitos da precipitação em áreas
abertas, mas este estudo está sendo desenvolvido para um subsolo. Um olhar mais
atento a figura 1.1 mostra que esse subsolo está ligado as rampas nas laterais que
leva água do estacionamento do bloco A e do bloco H para baixo. Somando as
áreas expostas nas rampas corresponde a 500m2 . Além disso, deve ser adicionado
a infiltração de parte da chuva provenientes dos laboratórios nos fundos do bloco
I, como o LTM, que sofre com tempestades, inundando salas e comprometendo
máquinas. Com isso, foi estimado uma área equivalente total de 800m2 , menor que
um décimo da área ocupada pelo bloco I.
Foi medido também a profundidade da calha, afim de obter o raio hidráulico. Para

20
uma profundidade média de 0, 13m e largura de 0, 20m, foi estimado um coeficiente
de rugosidade de Manning de n=0,016, de acordo com a tabela no apêndice B.
Considerando que a maior distância a ser percorrida pela água seria de 350 m, de
uma ponta a outra do bloco I, temos um tempo tt de aproximadamente 28min. O
tempo inicial ti foi calculado como o tempo que leva a água descer as rampas, com a
fórmula da Prefeitura do Municı́pio de São Paulo. Os valores de input foram C = 1,
L = 3m e S = 100%, resultando em ti desprezı́vel de 0,024 minutos. O coeficiente de
runoff corrigido pela equação 2.6 para o perı́odo de retorno ficou em Ct = 0, 91.
No programa Hidro-Flu, foi calculada uma chuva de 60 min, dividida em 12
intervalos de 5 minutos, com o método do Bureau of Reclamation com tempo de
recorrência de 50 anos com a equação de Pfafstetter para praça XV. Na mesma
tela, foi selecionado o método racional com coeficiente de runoff calculado e sem
amortecimento para as vazões superficiais, uma vez que a região é concretada. O
programa, então, forneceu o hietograma da chuva bruta e efetiva e o hidrograma
resultante pode ser visto na figura 2.12.

Figura 2.12: Hietograma e hidrograma de projeto

21
Capı́tulo 3

Notas sobre Construção de


Subsolos

Como afirma GNIPPER e MIKALDO JR 2007, a maioria das manifestações


patológicas em sistemas prediais têm sua causa atrelada à concepção do projeto,
onde ocorre hipóteses sem referência prática, erros de dimensionamento, não aten-
dimento às normas, etc. Não é diferente no prédio do bloco I, onde subestimou-se
a força do lençol freático. Segundo RIGHI 2009, os custos da implementação de
sistemas impermeabilizantes escalam com rapidez. Por isso, nesse capı́tulo será visto
alguns conceitos de impermeabilização de edifı́cios, no intuito de esclarecer detalhes
construtivos do poço onde a bomba será localizada.
Para começar, algumas definições. Na figura 3.1a temos o esquema de pressão
unilateral positiva, definida na norma NBR 9575:2010 (ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA
DE NORMAS TÉCNICAS, a) como pressão exercida pela água, confinada ou não,
acima de 1kPa diretamente a impermeabilização. Já na figura 3.1b temos o esquema
de pressão unilateral negativa, que é a água, confinada ou não, que exerce pressão
acima de 1kPa inversa a impermeabilização. Quando a água está sob as duas pressões,
diz-se que está sob pressão bilateral. Outro conceito importante é a percolação, que
no contexto de geologia e construção civil, define-se movimentação da água através de
solo ou rocha porosa (MARQUES e FERREIRA, 2009) e a figura 3.2 mostra o campo
de velocidades simulado numericamente para melhor compreensão do fenômeno.

22
(a) Pressão positiva (b) Pressão negativa

Figura 3.1: Esquema de pressões atuantes numa edificação - Fonte: (SOARES, 2014)

Figura 3.2: Campo de velocidade da água na percolação em solo arenoso - Fonte:


(MARQUES e FERREIRA, 2009)

A impermeabilização é feita através de diversas camadas de materiais diferentes,


cada qual com sua função e um esquemático é apresentado na figura 3.3. Logo acima
da base, em geral emboço ou concreto britado, têm-se a camada regularizadora para
proporcionar uma superfı́cie uniforme para as camadas subsequentes. Regularizada
na norma NBR 9574 (ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS,
b), essa camada deve ser completamente aderida a base e já nessa fase deve ser
dado o caimento necessário para direcionar a água para os ralos. As camadas de
berço e a camada amortecedora servem para proteger a camada impermeabilizadora
em situações de impermeabilização não aderida, sendo, portanto, opcionais. É
comum a utilização de placas de espuma de poliuretanos para tal fim. A camada
impermeabilizante pode ser constituı́da de diversos materiais e pode ser classificado
quanto a sua flexibilidade: flexı́vel, semiflexı́vel e rı́gido. A decisão final depende

23
dos fatores de projeto como variação térmica, percolação da água, existência de
lençol freático, entre outros. A camada separadora é mais utilizada em conjunto
com camadas impermeabilizantes flexı́veis para impedir a transferência direta de
deslocamentos da camada de proteção mecânica, que serve para ”absorver”e dissipar
os esforços estáticos ou dinâmicos externos. A camada separadora pode ser um filme
de polietileno e a proteção mecânica como concreto. É válido apontar que existem
camadas impermeabilizantes que dispensam essas duas últimas camadas, como as
mantas asfálticas, que suportam as intempéries sem perder suas caracterı́sticas.

Figura 3.3: Exemplo de camadas de impermeabilização - Fonte: SOARES 2014

Voltando para a norma NBR 9575(ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS


TÉCNICAS, a), é preciso escolher o método adequado de impermeabilização de
acordo com a maneira com que a edificação sofre: percolação, condensação, umidade
do solo ou fluido sob pressão uni ou bilateral. Vale ressaltar que uma mesma estrutura
pode sofre uma, duas ou até mesmo de todas as maneiras citadas. No caso especı́fico
da construção da casa de bombas estipulado para esse projeto temos que os fatores
mais importantes são a umidade do solo, a pressão bilateral, ou seja, positiva e
negativa, e a percolação da água da chuva. FREIRE 2007 sugere diversos materiais
para esses diferentes casos e em situações diversas, como obras para piscinas, subsolos
ou terraços. Visto as recomendações nas tabelas em 3.1, fica aqui sugerido que o
projeto seja construı́do com uma camada impermeabilizante de argamassa polimérica.

24
Local Pressão atuante Classificação do sistema Material

Piscinas elevadas Unilateral positiva Flexı́vel Membranas Asfálticas ou de Polı́meros

Flexı́vel Manta de Polı́meros


Banheiros - Box Unilateral positiva
semiflexı́vel Epóxi

Rı́gida Argamassa Impermeável ou Epóxi


Subsolos Unilateral negativa
semiflexı́vel Argamassa Polimérica

(a) Recomendações para água sob pressão

Local Classificação do sistema Material

Terraços/marquises Flexı́vel Membrana Asfáltica, de polı́mero e


elastômeros

Jardins suspensos Flexı́vel Membranas de Polı́meros

Piso de banheiros/cozinha semiflexı́vel Argamassa Polimérica/Epóxi Flexibilizado

(b) Recomendações para água de percolação

Local Classificação do sistema Material

Nı́vel do solo em alvenaria/concreto Rı́gido Argamassa impermeável

Subsolo sem água sob pressão semiflexı́vel Argamassa polimérica

Pisos residenciais Rı́gido Concreto impermeável

Muros de arrimo semiflexı́vel Argamassa polimérica

(c) Recomendações para umidade do solo

Tabela 3.1: Tabelas de recomendações de materiais - Fonte: FREIRE 2007

Numa nota mais prática, é importante lembrar que a princı́pio o subsolo deveria
ser estanque a águas provenientes de alturas maiores que o solo, evidentemente
não precisando de um bombeamento mais tarde. Entretanto, como foi visto na
introdução, a ideia inicial de utilizar o subsolo como garagem deixou rampas como
legado, que encaminham água da chuva para baixo.
Pelo outro lado, sabe-se que a atual ilha do Fundão foi criada a partir de um aterro
entre oito ilhas (COPPE), por consequência temos um lençol freático proeminente
que exerce pressão sob as edificações da faculdade, como no Centro de Tecnologia.
Os esforços, então, se concentraram em mitigar ou bloquear a entrada da água do
lençol. Apesar disso, nos diversos cuidados para que a edificação fosse estanque
desprezaram a real contribuição da pressão negativa e provou-se insuficiente, como
mostra o estudo de VARELA et al. 2018. De acordo com essa publicação, apesar da
falta de manutenção do prédio ser apontada como uma das principais causas, a falha
de impermeabilização ainda figura como maior responsável pelos problemas.
Uma solução possı́vel na reforma das paredes e numa eventual obra na casa de
bombas seria paredes diafragmas, que são paredes de concreto com lama betonı́tica,
que serve como elemento impermeável, e servem como contenção de umidade a

25
edificação. Sua construção se dá através da escavação do painel juntamente com a
deposição da lama, numa altura de 20cm a 30cm. É posicionado então a armadura,
trocada a lama, uma vez que possui sólidos demais em suspensão devido a escavação,
e é posicionado o tubo de concretagem, num nı́vel abaixo da lama. O concreto é,
então, bombeado de forma ininterrupta até a altura seja superada pelos mesmos 20
a 30 cm, pois o concreto em contato com a lama tem menor resistência (LOPES,
2014). O processo pode ser visto na figura 3.4.

Figura 3.4: Etapas na construção de uma parede diafragma - Fonte: (NAKAMURA,


2013)

A calha construı́da tem a função não só de diminuir a pressão sob o piso do
subsolo, como visto na figura 3.5, como permitir que as águas do lençol e da chuva
sejam encaminhadas para fora do edifı́cio. A ideia inicial era que fossem despejadas
na baı́a de Guanabara, dispensando o uso de máquinas. Porém, como comprovado
no capı́tulo 2, devido à falta de manutenção por décadas, a comporta não impede
o retorno da água salgada da baı́a para dentro do bloco e hoje o fluxo de água
flutua com o nı́vel da maré. Como o local das bombas é próxima ao Escritório de
Planejamento e fornrcer melhor controle sobre a manutenção e funcionamento, a
decisão do superintendente é manter essa solução.

26
Figura 3.5: Esquema de lençol freático com drenos - Fonte: SALAZAR e CORDEIRO
2001

A situação atual é a seguinte: existem 3 bombas ao lado do bloco C com uma


potência combinada de 5 HP que segundo a equipe de manutenção da Universidade
foram subdimensionadas, uma vez que ainda acontecem episódios de inundações.
Nas figuras 3.6a 3.6b foi feito um esquema, em duas vistas, com medidas de como
está organizada a casa de bombas.

(a) Vista frontal

Figura 3.6: Situação atual

27
(b) Vista lateral

Figura 3.6: Situação atual (cont.)

28
Capı́tulo 4

Revisão sobre Bombas Hidráulicas

Esse capı́tulo irá revisar conceitos de fluidomecânica, bem como tratar da classi-
ficação e dimensionamento de bombas hidráulicas.

4.1 Conceitos de mecânica dos fluidos


Apesar do conhecermos que o fluido é constituı́do de átomos, ou seja, partı́culas
de matéria, para a maioria dos fins de engenharia mecânica adotamos o modelo de
contı́nuo, onde não há vazio, e por isso usamos cálculo diferencial. No conjunto de
equações 4 temos a definição de caracterı́sticas semelhantes, mas bem diferentes e
fundamentais na fluidodinâmica. A equação 4.1a é a definição de massa especı́fica, que
segundo FOX et al. 2006 é o valor da massa sobre o volume que ocupa dentro de um
volume de controle tão pequeno que possa ser considerado um ponto, mas que consiga
fornecer um valor estável para massa especı́fica. Considerando homogeneidade do
fluido em termos de temperatura e pressão, podemos generalizar a equação. A equação
4.1b traz o conceito de peso especı́fico, que por vezes aparece no dimensionamento de
sistemas hidráulicos e sua definição é a massa especı́fica multiplicada pela aceleração
da gravidade. Por último, temos na equação 4.1c a definição de densidade relativa,
muito utilizada na definição de óleos, que é basicamente a massa especı́fica de certo
fluido sobre um valor de referência, usualmente da água na condição padrão.

 
Kg m
ρ 3
= (4.1a)
m V ol
 
N
γ = ρg (4.1b)
m3
ρ
ρr = (4.1c)
ρH2 O

Outro parâmetro importante é a viscosidade do fluido. Sua definição vem da

29
taxa de deformação de um elemento de fluido. O exemplo mais claro seria de um
elemento de fluido preso entre duas placas paralelas enquanto uma fica estacionária
e a outra é acelerada em relação a primeira, exercendo uma força na extremidade
do elemento, como na figura 4.1. Para fluidos newtonianos, que será o único de
interesse nesse trabalho, existe uma correlação positiva e linear entre a taxa de
deformação e a tensão de cisalhamento do elemento: o coeficiente de proporcionalidade
é a viscosidade absoluta, µ (FOX et al., 2006). Assim como a massa especı́fica
possui diversas grandezas associadas afim de facilitar os cálculos, existe também o
conceito de viscosidade cinemática, ν, que é definido por viscosidade absoluta sobre
a massa especı́fica. Essa grandeza permite que a as variações de µ e ρ em função de
temperatura e pressão sejam contabilizadas somente para uma variável.

Figura 4.1: Perfil de velocidade num escoamento de placas paralelas - Fonte: (FOX
et al., 2006)

A pressão de vapor é um conceito menos conhecido, mas nem por isso menos
importante. Antes, porém, é preciso conhecer o ponto crı́tico de uma substância.
Este estado termodinâmico (temperatura, pressão e massa especı́fica) é onde a fase
saturada de vapor e a fase saturada lı́quida são idênticas (ÇENGEL et al., 2006).
Abaixo do ponto crı́tico temos uma clara separação desses estados existindo o estado
de lı́quido comprimido e vapor superaquecido, com uma região de lı́quido-vapor
saturado entre estes. A pressão de vapor Pv , então, é a pressão na qual o fluido
sai da região intermediária saturada de lı́quido e vapor e apresenta somente a fase
lı́quida. Pv será muito importante para o fenômeno da cavitação.

4.2 Escoamento em tubulações


4.2.1 Número de Reynolds
Em mecânica dos fluidos, foi criado uma série de números adimensionais afim de
caracterizar as forças atuantes em escoamentos e talvez o de maior relevância seja o
número de Reynolds, definido na equação 4.2. Nele é comparado as forças inerciais,
evidenciado no numerador, e as forças viscosas, no denominador. A vantagem

30
da utilização de adimensionais é que escoamentos que possuem valores similares
apresentam também comportamentos similares, ainda que os valores individuais dos
parâmetros, como diâmetro e vazão, sejam diferentes.

ρDv
Re = (4.2)
µ
onde
D é o diâmetro do tubo [m],
v é a velocidade média do escoamento [m/s] e
µ é viscosidade dinâmica do fluido [P a · s]
A partir de Re temos a divisão entre escoamentos laminares e turbulentos. É
classificado como laminar o escoamento com RE menor que 2000 e assim são chamados
pois as linhas de corrente não se interceptam e passa a ideia de que o fluido está
divido em lâminas. O campo de velocidades é bem definido e pode ser visto na figura
4.2.

Figura 4.2: Perfil de velocidade de um escoamento laminar - Fonte: (POTTER et al.,


2012)

Com o aumento de Re o escoamento passa por uma zona de transição até que o
escoamento seja considerado turbulento, limite inferior prático de 4000 REF. Num
escoamento turbulento unidirecional podemos dividir a velocidade dos elementos de
fluido em uma média na mesma direção do escoamento e flutuações aleatórias, que
podem estar em qualquer direção. O aumento do número de Reynolds significa que
as forças viscosas são muito inferiores a inercial, mas não deixam de ser importantes.
Junto a parede do tubo temos um escoamento onde as forças viscosas são fundamentais
para definição do perfil de velocidade, e a medida que se caminha ao centro do tubo, a
viscosidade perde protagonismo na fricção (POPE, 2000). O perfil de um escoamento
turbulento pode ser observado na figura 4.3.

31
Figura 4.3: Perfil de velocidade de um escoamento turbulento - Fonte: (POTTER
et al., 2012)

4.2.2 Teorema de Bernoulli


Uma equação fundamental no dimensionamento de projetos hidráulicos é a
equação 4.3 de Bernoulli. O teorema é valido para dois pontos numa mesma linha de
corrente, num escoamento invı́scido, sem atrito e incompressı́vel (FOX et al., 2006).
Apesar de todas as restrições a equação é muito útil e traduz um balanço energético.

P1 v12
+ + gh1 = cte (4.3)
ρ1 2
onde
Pi é a pressão estática no ponto de interesse [N/m2 ],
vi é a velocidade no ponto de interesse [m/s] e
hi é a altura geométrica [m].
No desenvolvimento de hidráulica, convencionou-se utilizar a equação como
parcelas de comprimento ou altura, também referenciado como head e é apresentada
na equação 4.4.

P1 v12 P2 v22
+ + z1 = + + z2 (4.4)
γ1 2g γ2 2g

4.2.3 Perda de carga


Sabendo que parte da energia é dissipada por conta da viscosidade, turbulência
e acidentes no escoamento, é adicionado fatores de perda de carga e a altura ma-
nométrica total que será fornecida pela bomba, H, à equação de Bernoulli, eliminando
assim duas de suas restrições, descrita pela equação 4.5.
 
P2 P1
H= + z2 + hf 2 − + z1 + hf 1 (4.5)
γ2 γ1

32
Nessa descrição, assume-se que tanto no ponto inicial de sucção quanto no ponto
final da descarga a velocidade é desprezı́vel, uma vez que parte de um reservatório e
chega a outro, como visto no esquema da figura 4.4. É importante também lembrar
que essa equação dita o funcionamento do sistema apenas em condições de operação
e não considera o começo. Por isso deve atentar-se ao procedimento de escorva da
máquina, processo que retira todo o ar da linha de sucção, antes de ligar o motor.

Figura 4.4: Esquema de sistema de bombeamento - Fonte: (MATTOS e FALCO,


1998)

As parcelas dentro dos parênteses da equação 4.5 são chamadas de altura ma-
nométrica de sucção Hs e representam a energia que o fluido possui antes de passar
pela bomba. Essa definição será útil nas próximas seções. As parcelas com sub-ı́ndice
2 da equação representam a altura manométrica de recalque Hr ou descarga Hd
e descrevem a quantidade de energia a ser superada pela bomba até o ponto de
descarga.
O fator hf é calculado pela equação experimental de Darcy-Weisbach, descrita
em 4.6.

2
LV
hf = f (4.6)
D 2g
Para o escoamento laminar é possı́vel calcular analiticamente a perda de carga
para um duto circular num escoamento completamente desenvolvido. Para fluidos
newtonianos, FOX et al. 2006
 calcula
 que a vazão nessas condições é dada por
πD2
128µLQ 128µLV 4
4p = 4
= 4
. Trabalhando matematicamente a expressão
πD πD
temos que

33
2  
L µV L·V µ 64
h = 32 = 64 →f = .
D γD D · 2g ρDV Re
Já no escoamento turbulento o fator de atrito depende da rugosidade, , da
tubulação. Existem equações para o cálculo de f , mas devido a sua complexidade na
resolução utilizamos o ábaco de Moody, figura 4.5, em conjunto com a tabela auxiliar,
na tabela 4.1. Pode-se observar que no escoamento completamente turbulento, o
fator de atrito independe do número de Reynolds, já que as forças inerciais são muito
maiores que as viscosas.

Figura 4.5: Ábaco de Moody - Fonte: (MACINTYRE, 1997)

34
Material Rugosidade equivalente (mm)

Aço, revestimento asfalto quente 0, 3 a 0, 9


Aço, revestimento esmalte centrifugado 0, 01 a 0, 06
Aço enferrujado ligeiramente 0, 15 a 0, 3
Aço enferrujado 0, 4 a 0, 6
Aço muito enferrujado 0, 9 a 2, 4
Ferro galvanizado novo, com costura 0, 15 a 0, 2
Ferro galvanizado novo, sem costura 0, 06 a 0, 15
Ferro fundido revest. asfalto 0, 12 a 0, 20
Ferro fundido com crostas 1, 5 a 3, 0
PVC e Cobre 0, 015
Cimento-amianto, novo 0, 05 a 0, 10

Tabela 4.1: Rugosidade de alguns materiais - Fonte: (MACINTYRE, 1997)

A parcela de perda de carga localizada é devida a passagem do fluido por acidentes


na tubulação como joelhos, entradas e saı́das de tubulação, passagem através de
válvulas. Para contabilizar essas perdas, será utilizado tabelas de comprimento
equivalente que consiste em fornecer o valor equivalente de tubulação reta para a
perda de carga através do acessório, como na figura 4.6. Dado esse comprimento
equivalente Llocalizada temos que o comprimento total fica Ltotal = Lreto + Llocalizada e
a perda de carga é calculada normalmente com Ltotal , de acordo com a equação 4.6.

35
Figura 4.6: Tabela de comprimento equivalente de entradas e saı́das - Fonte: (MAT-
TOS e FALCO, 1998)

4.3 Classificação de bombas


MACINTYRE 1997 define bombas como ”máquinas geratrizes cuja finalidade é
realizar o deslocamento de um lı́quido por escoamento”, ou seja, as bombas devem
fornecer energia ao escoamento. Nesse sentido, temos uma série de classificações,
como pode ser visto na figura 4.7, e a principal separação é quanto a forma de
fornecer energia ao fluido. As bombas de deslocamento positivo movimentam o fluido
através de um órgão propulsor, um êmbolo, pistão ou diafragma, de maneira que
haja escoamento da aspiração até a máquina e desta até o ponto final da tubulação
de recalque. São assim chamadas pois as partı́culas de fluido e o órgão propulsor
seguem trajetórias semelhantes. Já nas turbobombas essa energia vem do impelidor,
ou rotor, que acelera as partı́culas do fluido, nesse caso água, e depois esse fluido
é desacelerado num difusor, que de acordo com a equação de Bernoulli, a energia
cinética passa a energia de pressão.

36
Figura 4.7: Classificação de bombas - Fonte: (MATTOS e FALCO, 1998)

Aprofundando mais nas categorias de turbobombas, as bombas centrı́fugas pos-


suem a entrada do fluido pelo olho do impelidor, ou seja, paralelo ao eixo de rotação e
o impelidor muda a direção do escoamento, forçando-o para a carcaça, que pode pas-
sar através pás difusoras ou ser acomodado numa voluta para entrar posteriormente
no difusor e na figura 4.8 vemos os dois casos.

(a) Carcaça em voluta - Fonte: MACINTYRE (b) Carcaça com pás difusoras - Fonte: (MAT-
1997 TOS e FALCO, 1998)

Figura 4.8: Diferentes difusores

Já as bombas axiais fornecem energia através da aceleração do fluido na mesma

37
direção do escoamento através da angulação variável das pás. As pás trabalham como
uma asa, criando uma região de alta pressão a sua frente e de baixa pressão atrás,
forçando o fluido através da região das pás. Depois de acelerado e dado o movimento
circular, visto na figura 4.9, pás difusoras num corpo troncônico desaceleram o fluido,
aumentando sua pressão estática.

(a) Movimento circular através do corpo da (b) Bomba hélico-axial Sulzer


bomba

Figura 4.9: Bombas axiais - Fonte: MACINTYRE 1997

4.4 Curvas caracterı́sticas


Devido aos diferentes mecanismos de atuação, cada tipo de bomba possui carac-
terı́sticas melhor adaptadas para diferentes serviços. Podemos avaliar isso através de
alguns gráficos correlacionando altura manométrica, potência, eficiência e vazão.
A curva de altura manométrica ou head por vazão é a mais importante no
dimensionamento do sistema hidráulico, pois é no encontro desta com a curva de
perda de carga do sistema que é dado o ponto de trabalho, definindo a pressão que
será efetivamente fornecida bem como a vazão. A figura 4.10 mostra um exemplo,
mostrando a tendência da bomba em fornecer menor altura a medida que a vazão
requerida cresce. Um ponto de interesse é o chamado shut off, onde a bomba trabalha
e não há vazão, fornecendo o máximo de pressão. Sistemas bem dimensionados
procuram manter-se distante deste ponto em qualquer circunstância da operação,

38
uma vez que caso a máquina seja mantida nessa situação, pode causar sérios danos e
comprometer sua estrutura.

Figura 4.10: Curva de head - Fonte: Dancor

A curva de potência é consultada para o dimensionamento do motor que fornecerá


energia para a bomba e seu consumo e a fórmula para seu cálculo é dada pela equação
4.7. Nota-se que a utilização de fluidos mais densos aumenta a potência exigida para
a mesma bomba, bem como um aumento da velocidade de rotação ou diâmetro do
impelidor. A figura 4.11 apresenta um exemplo de curva de potência.

γQH
P ot = (4.7)
η
N
γ é o peso especı́fico
h 3 i m3
Q é a vazão em ms
H é o head em [m]
η é a eficiência do motor

Figura 4.11: Curva de potência - Fonte: Dancor

39
A curva de eficiência é utilizada como critério de escolha no dimensionamento,
indicando o ponto de trabalho ideal para a máquina. Apesar de ser influenciado pela
rotação e pelo diâmetro, a curva mante-se inalterada independentemente do peso
especı́fico do fluido a ser bombeado (MATTOS e FALCO, 1998).

Figura 4.12: Curva de eficiência - Fonte: Dancor

4.4.1 Cavitação
É o fenômeno que ocorre quando, devido às condições de escoamento, a pressão
na tubulação cai abaixo da pressão de vapor do fluido bombeado, formando bolhas,
cavidades de vapor no escoamento de sucção. Chegando ao impelidor, o fluido tem
sua pressão aumentada e essas bolhas são pressionadas pelo lı́quido a sua volta,
ocorrendo seu colapso. Nesse momento os componentes da bomba ao redor são
submetidos a grandes esforços, acarretando na desagregação de parte do material do
impelidor, formando orifı́cios que consequentemente implicará na perda de eficiência,
bem como vibrações e ruı́dos (MACINTYRE, 1997).
Para evitar essa situação deve ser analisado o NPSH, Net Positive Suction Head,
que significa carga positiva de sucção lı́quida, ou seja, avalia a quantidade de energia
está disponı́vel para a bomba seja capaz de succionar o fluido em condições de
operação. O NPSH é analisado tanto para o sistema, o chamado disponı́vel, como
para a bomba, chamado requerido. A fórmula para o cálculo no NPSH disponı́vel
está descrita na equação 4.8 e a tabela 4.2 apresentando os valores de pressão de
vapor para água. A medida que aumenta a vazão de operação, maiores velocidades
são desenvolvidas na tubulação de sucção e de acordo com Bernoulli, menor seria
a pressão estática. O valor de NPSH requerido depende somente da bomba e do
fluido e deve ser fornecido pelo fabricante. É recomendado que o sistema respeite a
equação 4.9, dada em MATTOS e FALCO 1998.

patm pvapor
N P SHdisponı́vel = − − Hs (4.8)
γ γ

40
N P SHdisponı́vel ≥ N P SHrequerido + 0, 6 (4.9)

Temperatura (C o ) Pressão (kP a)

5 0,8721
10 1,2276
15 1,705
20 2,339
25 3,169
30 4,246
35 5,628
40 7,384

Tabela 4.2: Tabela de pressão de vapor para água - Fonte: (VAN WYLEN et al.,
2013)

41
Capı́tulo 5

Bombas Autoescorvantes e
Submersı́veis

5.1 Bombas autoescorvantes


A escorva é um processo fundamental no funcionamento de uma bomba centrı́fuga.
Bombas de deslocamento positivo são desenhadas para conseguir criar diferença de
pressão o suficiente para que o fluido seja sugado para a sucção (MACINTYRE,
1997). Bombas centrı́fugas, por outro lado, se rodarem ”em vazio”, ou seja, bobeando
o ar da linha, podem prejudicar seu motor. Nessas condições, a bomba continua
aumentando a pressão do ar, mas como o volume especı́fico do ar é muito menor
que o da água, o aumento da pressão do ar fornecido pela máquina é muito menor e
ineficiente. Além disso, a diferença de calor especı́fico entre o ar e o fluido em geral
é grande e equipamentos mais sensı́veis a altas temperaturas, como elementos de
vedação, podem perder sua função rapidamente sem o fluido levando parte do calor
gerado para a descarga (KARASSIK et al., 2001).
Com a intenção de atender projetos com funcionamentos intermitentes, foram
desenvolvidos mecanismos para solucionar este problema. KARASSIK et al. 2001 diz
que existem basicamente duas maneiras: recirculação entre o impelidor e a descarga
ou recirculação para a sucção.
Bombas com recirculação para a sucção possuem uma válvula na descarga que
liga o reservatório de descarga a entrada da bomba e deve ser preenchido antes da
primeira partida. A máquina então é ligada e bombeia a mistura de água e ar para
o reservatório, que devido a sua geometria expulsa o ar pela descarga e o fluido é
reenviado para a linha de sucção. Quando o todo o ar é retirado da linha, a diferença
de pressão entre o fluido na bomba e no flange de sucção fecha a válvula que permite
a comunicação entre o reservatório e a sucção. Para garantir que não seria necessário
reabastecer o reservatório a cada partida, é instalado uma válvula na linha de sucção

42
que permite prender parte do fluido. Esse arranjo tem deixado de ser utilizado dada
a complexidade de válvulas (KARASSIK et al., 2001).
Bombas com recirculação na descarga também possuem reservatório na descarga,
mas não precisam de nenhuma ligação para a sucção, possuindo construção mais
simples. Novamente com o reservatório preenchido, a máquina é ligada e o ar da
sucção é bombeado juntamente com o fluido do reservatório. Por conta da diferença
de densidade, as bolhas de ar são encaminhadas para a descarga e o fluido recircula
para o impelidor. Quando a linha de sucção está completamente preenchida de
fluido, a pressão ao redor do impelidor uniformiza-se, cessando a recirculação que
poderia representar um alto gasto energético. Nessas bombas encontram-se válvulas
de retenção no flange de sucção, principalmente do tipo portinhola, para que o
reservatório esteja sempre preenchido (KARASSIK et al., 2001). Um esquema do
funcionamento de uma bomba autoescorvante está na figura 5.1.

Figura 5.1: Bomba autoescorvante da companhia Flowserve - Fonte: (KARASSIK


et al., 2001)

43
5.2 Bombas submersı́veis
Uma das aplicações mais importantes de bombas são as estações de saneamento
básico. São 2 tipos de bombas mais utilizadas: Bombas centrı́fugas e bombas
de parafuso. As vantagens da bomba parafuso é que não é necessário ajustes de
velocidade para adequar a vazão requerida, claro que dentro dos seus limites, e são
adequadas para grandes vazões e alturas menores que 8m (MACINTYRE, 1997).
Bombas centrı́fugas podem ter 3 configurações: poço seco e eixo horizontal ou
vertical, figura 5.2a; poço molhado com eixo vertical, onde o motor fica fora do
poço, mas o rotor fica imerso, figura 5.2b; e submersı́vel onde o conjunto motor
e bomba ficam submersos, figura 5.3. As bombas utilizadas para essa aplicação
possuem impelidores com menos pás para lidarem com elementos fibrosos e grande
particulados, com diâmetro máximo em torno de 50mm, são os chamados impelidores
non-clog, com pás mais afiadas na extremidade. Além disso, possuem voluta em ferro
fundido, material resistente a corrosão, sem rebarbas de fundição no seu interior para
evitar a aderência de elementos como cordas ou plásticos.
Devido ao seu design compacto, as bombas submersı́veis são as mais utilizadas
para aplicações móveis, como diminuição de nı́vel de lençol freático em obras, e
retirada de águas confinadas, como em inundações, com vazões até 80m3 /h.

(a) Poço seco (b) Poço molhado

Figura 5.2: Esquemas de aplicações de saneamento básico para bombas centrı́fugas -


Fonte: (MACINTYRE, 1997)

44
Figura 5.3: Bomba submersı́vel - Fonte: (MACINTYRE, 1997)

45
Capı́tulo 6

Estudo de Caso

A figura 6.1 mostram a situação atual com o esquema das 3 bombas. A água
da calha comunica-se com a casa de bombas através de um bocal de 130 mm de
diâmetro. Observa-se também a não uniformidade da tubulação, adotando tubulação
rı́gida e flexı́vel de PVC até o local de despejo de esgoto.

Figura 6.1: Local atual da casa de bombas

6.1 Cálculo da vazão


No capı́tulo 2 foi visto como se comporta a vazão durante uma forte chuva, mas
a vazão fornecida pela bomba durante seu funcionamento é única, determinada pela
curva do sistema. Nesse trabalho teremos como hipótese que a calha esteja com cerca

46
de 20% do volume total suportado e que o volume excedente de chuva não ultrapasse
esse volume total, assim o limite superior é de 16, 5m3 . Esse número pode ser
considerado baixo, dado que esse aumento do nı́vel será dado sob condições extremas
meteorológicas, mas foi assim estipulado pois, como foi dito no capı́tulo 1, existem
diversas subestações elétricas que devem permanecer secas sob qualquer circunstância.
Além disso, sabe-se que a vazão necessária para menores volumes de chuva será bem
menor do que o estipulado nesse caso extremo, por isso foi testado esquemas com
duas e três bombas em paralelo. Vale lembrar também que essa configuração de
bombas em paralelo facilita a rotatividade da manutenção, permitindo que haja
sempre alguma bomba pronta para operação.
A figura 6.2 apresenta a variação do volume excedente para a situação de duas
bombas, acionando-as após 25 minutos e desligando-as em sequência a cada 7 minutos
a partir da marca de 50 minutos. A vazão requerida foi de

Q2bombas = 70m3 /h.

Figura 6.2: Variação do nı́vel da calha para duas bombas

A figura 6.3 mostra a mesma variação de volume excedente, mas com até 3
bombas funcionando em paralelo a vazão encontrada foi de

Q3bombas = 54m3 /h.

47
Figura 6.3: Variação do nı́vel da calha para três bombas

6.2 Seleção da bomba e cálculo de perda de carga


Por se tratar de uma proposta completamente nova, há liberdade para a escolha
da tubulação, uma vez que não há como aproveitar tubulação de PVC já utilizada.
Ademais, a água será despejada diretamente num reservatório e só então será
carregada para o sistema de esgoto, não aplicando a norma NBR 9649 - Projeto de
Redes Coletoras de Esgoto Sanitário (ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS
TÉCNICAS, c), logo o diâmetro da tubulução não possui numhum limite superior
ou inferior. Nesse trabalho, então, será estudado as duas situações propostas no item
anterior e o cálculo da altura manométrica total será feito para cada uma, de acordo
com a melhor prática em cada caso.

6.2.1 Solução com duas bombas


Dada a natureza intermitente de funcionamento da bomba, a necessidade de
executar a escorva era um parâmetro muito importante na seleção. Em bombas
centrı́fugas que não trabalham afogadas utiliza-se válvulas de pé com crivo, que
mantêm a linha de sucção preenchida durante intervalos de operação, entretanto a
perda de carga na sucção cresce bastante. Pensando num sistema energeticamente
mais eficiente, a primeira solução deste trabalho é a bomba autoescorvante Dancor
Série AAE 725 TJM, visto na figura 6.4, com diâmetros de entrada e saı́da de 3”.

48
Figura 6.4: Bomba Dancor Série AAE - Fonte: (Dancor)

Dada sua potência de 7, 5cv, o esquema utilizado é o de 2 bombas, logo a vazão


máxima necessária e utilizada nos cálculos foi de 70m3 /h. Para tubulação de 3”, a
velocidade média interna da água será de 4, 26m/s. O material da tubulação será
considerado ferro fundido, pois segundo TELLES 1970 apresenta boa resistência
a corrosão e são bastante duráveis, e da tabela 4.1 foi estimado a rugosidade no
limite superior de 0, 2mm, para maior segurança. Na figura 6.5 temos o esquema da
situação de sucção e descarga. Como o trajeto é curto e para diminuir complexidades
como adição de válvulas de retorno, este trabalho propõe que cada bomba terá sua
tubulação seguindo o proposto no esquema. O catálogo utilizado para encontrar os
comprimentos equivalentes é da fabricante Tupy e as páginas utilizadas encontram-se
no apêndice C.

49
Figura 6.5: Esquema de tubulação para solução de 2 bombas

Dada a velocidade na tubulação, foi calculado um Reynolds de 3, 25 · 105 e com



= 0, 003 o fator de atrito no ábaco de Moody, figura 4.5, foi de f = 0, 028. Os
d
acidentes a serem contabilizados na perda de carga na sucção, Hs , são uma curva
90◦ e uma entrada.

Lreto = 0, 89m
Lcurva = 1, 64m
Lentrada = 2, 29m

Utilizando a equação 4.6 temos hf s = −1, 64m e a maior diferença de altura


entre a entrada da bomba e o nı́vel da água é zs = −0, 89m. Considerando que a
pressão nas duas extremidades é atmosférica, a altura manométrica de sucção é de
Hs = −2, 53m.
Para a descarga o fator de atrito mantém-se, já que a tubulação de descarga
possui mesmo diâmetro e material. De acordo com figura 6.5 temos 4 curvas 90◦ e
uma saı́da, portanto os comprimentos são:

Lreto = 11, 70m


Lcurva = 1, 64 · 4 = 6, 56m
Lsaı́da = 4, 57m.

Novamente usando a equação 4.6, hf d = 7, 76m e a diferença de altura do bocal


de saı́da da bomba até a altura final é zd = 1, 15m. Então, a altura manométrica

50
total de descarga é Hd = 8, 91m. A altura manométrica total, AMT, que deverá ser
fornecido pela bomba é

Hd − Hs = HT otal2bombas = 11, 44m.

No Excel, a curva do sistema foi calculada, reduzindo os valores de vazão, e a


curva de head da bomba foi replicada do catálogo, mostrando o ponto de operação
na figura 6.6b. O catálogo completo no apêndice D.

(a) Curva de Head - Fonte: (Dancor)

(b) Curva de Head e do sistema

Figura 6.6: Curvas de Head do sistema e da bomba autoescorvante

Foi analisado também o NPSH disponı́vel no sistema e de a acordo com a equação


4.8 e a tabela 4.2 de pressão de vapor, temos que

51
105 3, 2 · 103
N P SHdisp = − − 2, 53 = 7, 39m.
9, 81 · 103 9, 81 · 103
A figura 6.7 mostra o gráfico de NPSH requerido por vazão e no ponto de operação
o N P SHrequerido = 2, 5m, portanto existe uma janela de segurança de 4, 89m, bem
maior que a recomendada.

Figura 6.7: Curva de N P SHrequerido - Fonte: (Dancor)

Visto que a bomba não terá problemas de cavitação e que a vazão no ponto de
serviço atende às necessidades do projeto, será analisado a potência e a eficiência em
condições de operação. Na figura 6.8 a linha que representa a bomba selecionada
é a de número 6. Fica claro que ela não trabalhará perto da sua melhor eficiência,
operando a 42%. Porém, ao analisarmos a curva de potência, temos que a máquina
não deve consumir muito além do que em seu ponto ótimo, cerca de 7, 2cv (Dancor).
Assim, o conjunto das bombas devem consumir 14, 4cv.

52
(a) Eficiência

(b) Potência

Figura 6.8: Curvas de eficiência e potência para bomba Dancor Série AAE - Fonte:
(Dancor)

Sobre os materiais, a carcaça e o difusor são feitos em liga de alumı́nio-silı́cio,


apresentando excelente resistência à pressão e à oxidação; o rotor é de ferro fundido
cinzento, que também apresenta boa resistência à oxidação. O material do eixo do
motor elétrico é usinado em aço-carbono por apresentar boa resistência mecânica e
baixo custo.

6.2.2 Solução com três bombas


A segunda solução proposta será a utilização de 3 bombas submersı́veis. A
vantagem das bombas submersı́veis é que ela deve trabalhar imersa no reservatório,
sem a necessidade de tubulação de sucção ou preocupação com NPSH requerido. O
modelo escolhido foi da fabricante Schneider modelo BCS-350 3cv, que possui bocal
na saı́da de 3”. O material da tubulação continuará sendo ferro fundido, assim o
fator de atrito será o mesmo adotado na primeira solução. Baseado na figura 6.10,
fica claro que com a bomba localizada na base da casa de bombas, tem-se que uma
das curvas de 90◦ da situação anterior é desnecessária, assim os acidentes a serem
contabilizados são 4 curvas 90◦ e uma saı́da.

53
Figura 6.9: Bomba Schneider BCS-350 - Fonte: (Schneider Motobombas, a)

Figura 6.10: Esquema de tubulação para solução de 3 bombas

Lreto = 12, 95m


Lcurva = 1, 64 · 4 = 6, 56m
Lsaı́da = 4, 57m

Aplicado à equação 4.6, a perda de carga devido ao atrito hf = 4, 95m e máxima

54
diferença de altura entre descarga e sucção zd − zs = 2, 40m, com uma altura
manométrica total de

HT otal3bombas = 7, 35m.

Novamente, a curva da bomba foi repassada para um gráfico em Excel junto com
o cálculo da curva de head do sistema e pode ser visto na figura 6.11. O ponto de
serviço encontrado indica vazão de 55m3 /h, pouco a mais do que o necessário para a
hipótese deste trabalho e as curvas do sistema estão no apêndice E.

(a) Curva de Head - Fonte: (Schneider Motobombas, a)

(b) Curva de Head e do sistema

Figura 6.11: Curvas de Head do sistema e da bomba submersı́vel

Analisando a potência, cada bomba deverá consumir a 3, 5cv, mas estará muito

55
mais perto do seu ponto de máxima eficiência, cerca de 47% (Schneider Motobombas,
a). Comparando com a bomba autoescorvante, temos que a solução com bombas
submersı́veis devem consumir muito menos, 10, 5cv, por isso no longo prazo deve ser
a solução mais vantajosa.

(a) Eficiência

(b) Potência

Figura 6.12: Curvas de eficiência e potência para bomba Schneider BCS-350 - Fonte:
(Schneider Motobombas, a)

Quanto aos materiais que são utilizados na bomba submersı́vel o rotor e a voluta
dessa máquina são peças de ferro fundido, material com boa resistência à corrosão,
tanto da água quanto do solo, e comumente utilizado em projetos de baixa pressão.
O eixo do motor elétrico é de aço inoxidável AISI-316, por apresentar boa resistência
à corrosão da água e boa resistência mecânica (Schneider Motobombas, a).
Dada a natureza da bomba submersı́vel de trabalhar imersa no fluido, não é
possı́vel utilizar a vedação por gaxetas, uma vez que é necessário certo vazamento
para o bom funcionamento desse elemento de vedação. Assim, utilizamos selos
mecânicos, mais eficientes em conter o fluido, e o selo escolhido é do tipo ”21”, com
mola em aço inox, boa resistência a oxidação e vida em fadiga; faces de vedação em
borracha nitrı́lica e carbeto de silı́cio, pois são um bom par tribológico e a borracha
desgasta mais lentamente que o grafite; e novamente borracha nitrı́lica na vedação
da sede, eficaz e de maior abundância no mercado.

56
Figura 6.13: Selo mecânico do tipo ”21“ - Fonte: (Ultraseal)

Uma outra comparação entre as soluções seria quanto ao investimento em suas


aquisições. Apesar do Escritório de Planejamento não poder escolher a marca e o
local de compra, apenas fornecendo dados mais genéricos da bomba, será assumido
que os valores não devem divergir da pesquisa aqui feita. O estabelecimento Mérito
Comercial vende as duas bombas propostas, com a unidade da bomba submersı́vel cus-
tando R$4289, 72 (Mérito Cormecial, a) e a bomba autoescorvante Dancor custando
R$4299, 93 (Mérito Cormecial, b). Logo, a primeira solução, com duas autoescorvan-
tes implica num total de R$8599, 86, enquanto a segunda solução de três bombas
precisaria ser investido R$12869, 16, 50% a mais. Outro fator a ser analisado em
termos financeiros seria o custo de manutenção e este infelizmente não é possı́vel obter
valores tão facilmente. Entretanto, analisando a montagem e estrutura das duas
máquinas, é possı́vel dizer que a bomba submersı́vel deve possuir intervalos maiores
de manutenção, uma vez que possue menos pás e toleram maiores particulados,
quando comparada a bomba autoescorvante. A desvantagem da submersı́vel é que
sua montagem é mais complexa e por isso o custo do serviço da manutenção em si
deve ser superior a autoescorvante.
Um último ponto, para a adoção da solução de bombas submersı́veis, seria preciso
refazer a a casa de bombas. O manual Schneider diz que a bomba deve estar sempre
submersa quando em operação, que deve haver pelo menos 100mm de coluna de água
acima no ponto mais alto do motor e deve estar sobre um calço de pelo menos 50mm.
Tudo isso somado, temos que a profundidade mı́nima ideal deveria ser 754mm e
como foi mostrado na figura 3.6 a profundidade atual é de apenas 510mm. Além
disso, o manual recomenda utilizar uma tela para impedir que sólido acima de 50mm
caiam no poço (Schneider Motobombas, b).

57
Capı́tulo 7

Conclusão e Sugestões para


Aplicação

Esse trabalho estudou os três principais motivos para inundação do subsolo do


bloco I do Centro de Tecnologia, quantificando-os e apontando como se relacionam.
Tanto as tubulações de esgoto que descarregam na calha quanto a antiga suspeita sobre
elevação da água do mar pouco influenciam quantitativamente para o transbordar da
calha, sendo as fortes chuvas as principais responsáveis pelos eventuais alagamentos.
Dada sua importância, foi calculada uma tormenta de projeto para estimar as vazões
que poderão ser encontradas, com um perı́odo de retorno de 50 anos, ou seja, o
projeto considera a vazão de um evento que em média ocorre a cada 50 anos, perı́odo
considerado bem seguro. Utilizando as equações desenvolvidas pelo Engenheiro Otto
Pfafstetter, chegou-se ao hidrograma da figura 2.12.
Em seguida, dada a situação do local e a solução paliativa adotada, foram
feitas uma série de sugestões no sentindo de melhorar a estanqueidade do prédio e
principalmente da casa de bombas, onde há maior liberdade para mudanças.
Por fim, foram feitos os cálculos de dimensionamento das bombas. Para atender
os diversos regimes de funcionamento, foram dadas soluções utilizando duas ou três
bombas, o que facilita também a manutenção rotineira. Além disso, os tipos de
bombas selecionadas atendem à demanda intermitente do serviço, sem a necessidade
de escorva antes da operação, e foram feitos alguns comentários sobre mudanças
necessárias da casa de bombas na adoção uma ou outra solução. Em termos financeiros,
a melhor bomba é a autoescorvante, uma vez que significa menor investimento, tanto
nas máquinas quanto nas mudanças na casa de bombas, e menor custo de serviço de
manutenção. Apesar do maior consumo de energia, como o funcionamento deve ser
intermitente seu custo perde relevância.
Em termos futuros, um melhoramento possı́vel seria a instalação de uma chave
boia no poço da casa de bombas, para o acionamento automático das bombas. Na
solução de bombas submersı́veis, esse sensor é vendido como acessório e pode ser

58
facilmente acoplado a máquina. Outra sugestão seria o aumento da área da descarga
para o poço e a instalação de uma grade. Hoje, o próprio diâmetro é capaz de impedir
a entrada de folhas, mas isso também impede a passagem da água, gerando uma
situação potencialmente grave.

59
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64
Apêndice A

Tabela de maré

65
128 PORTO DO RIO DE JANEIRO - ILHA FISCAL (ESTADO DO RIO DE JANEIRO) - 2018
Latitude 22º 53'.8 S Longitude 043º 10'.0 W Fuso +03.0 horas
CHM 26 Componentes Nível Médio 0.69 m Carta 1515
Janeiro Fevereiro Março Abril
HORA ALT (m) HORA ALT (m) HORA ALT (m) HORA ALT (m) HORA ALT (m) HORA ALT (m) HORA ALT (m) HORA ALT (m)
01 0221 1.2 17 0300 1.2 01 0328 1.2 17 0347 1.3 01 0239 1.2 17 0251 1.3 01 0258 1.2 17 0315 1.2
0858 0.3 0947 0.3 1019 0.3 1028 0.3 0913 0.3 0923 0.2 0958 0.3 1004 0.2
SEG 1406 1.1
QUA 1500 1.2
QUI 1506 1.2
SAB 1549 1.3
QUI 1417 1.2
SAB 1456 1.3
DOM 1506 1.4
TER 1541 1.4
2108 0.0 2151 0.1 2236 0.0 2239 0.1 2134 0.0 2138 0.0 2232 0.2 2241 0.2

z z &
0302 1.2 0336 1.2 0358 1.2 0415 1.2 0302 1.2 0317 1.3 0326 1.2 0349 1.2
02 18 02 18 02 18 02 18
0951 0.3 1023 0.4 1100 0.4 1100 0.3 0954 0.3 0956 0.2 1028 0.3 1049 0.2
TER 1441 1.1 QUI 1534 1.2 SEX 1545 1.3 DOM 1617 1.3 SEX 1453 1.3 DOM 1526 1.4 SEG 1545 1.3 QUA 1613 1.3
2200 0.0 2226 0.1 2321 0.1 2319 0.1 2213 0.0 2215 0.1 2308 0.3 2336 0.3

0339 1.2 0408 1.2 0430 1.1 0451 1.2 0328 1.2 0349 1.2 0400 1.1 0415 1.1
03 19 03 19 03 19 03 19
1041 0.4 1058 0.4 1143 0.4 1139 0.4 1032 0.3 1030 0.2 1049 0.3 1139 0.3
QUA 1515 1.2
SEX 1604 1.2
SAB 1619 1.2
SEG 1654 1.2
SAB 1524 1.3
SEG 1600 1.3
TER 1619 1.3
QUI 1654 1.2
2251 0.0 2304 0.1 2256 0.1 2256 0.1 2349 0.4

0415 1.2 0445 1.2 0008 0.2 0008 0.2 0400 1.2 0415 1.2 0434 1.1 0038 0.4
04 20 04 20 04 20 04 20
1126 0.4 1138 0.4 0504 1.1 0521 1.1 1104 0.4 1108 0.3 1032 0.4 0453 1.0
QUI 1556 1.2 SAB 1639 1.2 DOM 1219 0.5 TER 1223 0.4 DOM 1602 1.3 TER 1632 1.3 QUA 1658 1.2 SEX 1243 0.3
2343 0.1 2347 0.2 1700 1.2 1728 1.2 2339 0.2 2347 0.3 2158 0.6 1736 1.1

0456 1.1 0517 1.1 0058 0.3 0104 0.3 0432 1.1 0449 1.1 0039 0.5 0151 0.5
05 21 05 21 05 21 05 0506 1.0 21 0530 0.9
1211 0.5 1215 0.5 0541 1.0 0558 1.0 1134 0.4 1153 0.3 1019 0.4 1045 0.5
SEX 1636 1.1
DOM 1711 1.1
SEG 1300 0.5
QUA 1319 0.5
SEG 1641 1.3
QUA 1706 1.2
QUI 1738 1.1 SAB 1356 0.4
1743 1.1 1808 1.1 2158 0.6 1826 0.9
2354 0.7 2104 0.8
2315 0.9

0038 0.2 0038 0.2 0156 0.4 0211 0.4 0023 0.4 0049 0.4 0145 0.6 0300 0.6
06 22 06 0617 0.9 22 06 22 06 0545 0.9 22 0615 0.8
0534 1.0 0558 1.1 1034 0.6 0636 0.9 0504 1.0 0519 1.0 1039 0.5 0958 0.6
SAB 1302 0.5 SEG 1304 0.5 TER 1204 0.6 QUI 1434 0.5 TER 1021 0.4 QUI 1254 0.4 SEX 1202 0.5 DOM 1145 0.6
1351 0.6 1819 0.9 1509 0.4
1713 1.1 1754 1.1 1902 1.0 1717 1.2 1749 1.1

c
1826 1.0 2204 0.7 2047 0.8
2302 0.6 2221 0.5

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v
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2115 0.1 2202 0.0 2102 0.0 2156 0.1

& 66
DG6-55 Original
PORTO DO RIO DE JANEIRO - ILHA FISCAL (ESTADO DO RIO DE JANEIRO) - 2018 129
Latitude 22º 53'.8 S Longitude 043º 10'.0 W Fuso +03.0 horas
CHM 26 Componentes Nível Médio 0.69 m Carta 1515
Maio Junho Julho Agosto
HORA ALT (m) HORA ALT (m) HORA ALT (m) HORA ALT (m) HORA ALT (m) HORA ALT (m) HORA ALT (m) HORA ALT (m)
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c
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2319 0.6

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c
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c v v
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SEG 1506 0.5
QUA 0847 0.8
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SAB 1647 0.4
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v 2356

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z 0256 1.2
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TER 1434 1.3
QUA 1447 1.3
SEX 1539 1.2
SEX 1526 1.3
DOM 1554 1.2
SEG 1609 1.2
QUA 1626 1.2
2009 0.1 2143 0.4 2130 0.3 2230 0.4 2208 0.3 2238 0.4 2313 0.4 2308 0.3

z &
0151 1.2 0238 1.2 0228 1.1 0332 1.2 0258 1.1 0353 1.2 0400 1.3 0438 1.2
14 30 14 30 14 30 14 30
0824 0.1 0941 0.2 0943 0.0 1034 0.1 1023 0.0 1047 0.1 1143 0.1 1136 0.2
SEG 1413 1.3 QUA 1509 1.3 QUI 1524 1.3 SAB 1611 1.2 SAB 1602 1.2 SEG 1623 1.2 TER 1641 1.1 QUI 1658 1.2
2054 0.1 2217 0.4 2221 0.3 2306 0.5 2258 0.4 2309 0.4 2356 0.4 2345 0.4

15 0217 1.2 31 0309 1.2 15 0304 1.1 15 0336 1.2 31 0423 1.2 15 0441 1.2 31 0509 1.2
0906 0.1 1015 0.2 1034 0.1 1111 0.0 1121 0.2 1228 0.3 1223 0.3
TER 1453 1.3
QUI 1551 1.2
SEX 1604 1.2
DOM 1634 1.2
TER 1658 1.2
QUA 1709 1.1
SEX 1730 1.1
2141 0.2 2254 0.5 2313 0.4 2349 0.4 2350 0.4

& 0041 0.5


0251 1.2 0345 1.1 0411 1.2
16 16 16 16 0519 1.2
0951 0.1 1124 0.1 1202 0.1 1317 0.4
QUA 1526 1.3 SAB 1645 1.1 SEG 1706 1.1 QUI 1749 1.0
2206 0.5
2230 0.3 2356 0.5
67
DG6-55 Original
130 PORTO DO RIO DE JANEIRO - ILHA FISCAL (ESTADO DO RIO DE JANEIRO) - 2018
Latitude 22º 53'.8 S Longitude 043º 10'.0 W Fuso +03.0 horas
CHM 26 Componentes Nível Médio 0.69 m Carta 1515
Setembro Outubro Novembro Dezembro
HORA ALT (m) HORA ALT (m) HORA ALT (m) HORA ALT (m) HORA ALT (m) HORA ALT (m) HORA ALT (m) HORA ALT (m)
0043 0.4 0038 0.5 0136 0.4 0338 0.4 0351 0.3 0451 0.3 0432 0.3 0458 0.3
01 17 0302 0.5 01 0617 1.0 17 01 1215 1.0 17 01 17
0553 1.1 0736 0.9 1424 0.6 0904 0.8 1641 0.6 1136 1.0 1228 0.9 1104 0.9
SAB 1324 0.4
SEG 1041 0.7 SEG 1809 0.9 QUA 1230 0.8
QUI 2023 0.8 SAB 1743 0.5
SAB 1706 0.5
SEG 1739 0.4
1804 1.0 1306 0.8 2217 0.6 1649 0.6 2219 0.8 2319 0.9 2149 0.9 2324 1.0
1611 0.7 2323 0.6 2356 0.8
1930 0.8 2038 0.8

0156 0.5 0413 0.4 0253 0.4 0439 0.4 0456 0.2 0539 0.3 0534 0.3 0551 0.3
02 18 02 0723 0.9 18 02 18 02 18
0639 1.0 1308 0.8 0943 0.8 1221 0.9 1253 1.0 1204 1.0 1226 0.9 1153 1.0
DOM 1441 0.5 TER 1726 0.6 TER 1154 0.9 QUI 1745 0.6 SEX 1743 0.5 DOM 1821 0.4 DOM 1802 0.4 TER 1821 0.3
1549 0.6
1849 0.9 2134 0.8 2313 0.9 2349 0.9 2315 1.0

v v
1904 0.8
2217 0.6

0308 0.4 0515 0.4 0002 0.7 0532 0.3 0556 0.2 0002 1.0 0630 0.3 0017 1.1
03 0741 0.9 19 03 0404 0.3 19 03 19 03 19
1153 0.8 1253 0.9 1239 1.0 1226 1.0 1308 1.1 0623 0.2 1209 1.0 0639 0.3
SEG 1600 0.5 QUA 1819 0.6
QUA 1702 0.5 SEX 1824 0.5
SAB 1834 0.4
SEG 1234 1.1
SEG 1853 0.3
QUA 1234 1.1
1943 0.8 2338 0.9 2053 0.7 1858 0.3 1904 0.2
2300 0.7 2204 0.7

0009 0.7 0608 0.3 0030 0.8 0000 1.0 0004 1.0 0041 1.1 0006 1.1 0102 1.2
04 20 04 20 04 20 04 20
0421 0.4 1256 1.0 0513 0.3 0617 0.2 0653 0.1 0706 0.2 0721 0.3 0728 0.2
TER 1249 1.0 QUI 1900 0.5 QUI 1311 1.1 SAB 1247 1.1 DOM 1306 1.1 TER 1304 1.2 TER 1234 1.0 QUI 1311 1.1
1713 0.5 1806 0.5 1900 0.4 1915 0.3 1932 0.2 1936 0.3 1949 0.1
2123 0.8

0041 0.8 0023 1.0 0039 0.9 0036 1.1 0034 1.1 0117 1.2 0053 1.1 0147 1.2
05 21 05 21 05 21 05 21
0530 0.3 0654 0.2 0615 0.2 0700 0.2 0743 0.1 0751 0.1 0808 0.3 0817 0.2
QUA 1324 1.1
SEX 1315 1.1
SEX 1338 1.1
DOM 1309 1.2
SEG 1315 1.1
QUA 1336 1.2
QUA 1308 1.1
SEX 1349 1.1
1823 0.4 1934 0.4 1900 0.4 1932 0.3 1958 0.2 2008 0.1 2013 0.2 2032 0.1

0053 0.9 0100 1.1 0043 1.0 0108 1.2 0109 1.2 0156 1.3 0134 1.2 0228 1.3
06 22 06 22 06 22 06 22
0634 0.2 0734 0.1 0709 0.1 0738 0.1 0826 0.2 0834 0.1 0854 0.3 0906 0.2
QUI 1356 1.2 SAB 1341 1.2 SAB 1349 1.2 SEG 1338 1.2 TER 1341 1.2 QUI 1406 1.2 QUI 1347 1.2 SAB 1421 1.2
1917 0.4 2004 0.3 1945 0.3 2002 0.2 2038 0.2 2047 0.1 2054 0.1 2117 0.0

0108 1.0 0132 1.2 0104 1.1 0141 1.3 0149 1.3 0232 1.3 0213 1.2
z 0309 1.3
07 0728 0.1
23 0808 0.1
07 0800 0.0
23 0815 0.1
07 0909 0.2
23 0917 0.2
07 0934 0.3
23 0958 0.3
SEX 1417 1.2
DOM 1406 1.3
DOM 1358 1.2
TER 1404 1.3
QUA 1409 1.2
SEX 1439 1.2
SEX 1423 1.2
DOM 1458 1.2
2004 0.3 2036 0.2 2023 0.2 2034 0.2 2111 0.2 2126 0.1 2130 0.1 2206 0.0

0126 1.1 0204 1.3 0134 1.2 0211 1.3


& 0226 1.3
z 0309 1.3
& 0256 1.2 0353 1.2
08 0817 0.0
24 0845 0.1
08 0849 0.0
24 0854 0.1
08 0953 0.3
24 1006 0.2
08 1009 0.4
24 1051 0.3
SAB 1434 1.2 SEG 1434 1.3 SEG 1413 1.2 QUA 1434 1.3 QUI 1445 1.2 SAB 1508 1.2 SAB 1500 1.2 SEG 1534 1.2
2049 0.3 2104 0.2 2100 0.2 2106 0.1 2147 0.2 2211 0.1 2206 0.1 2300 0.0

0158 1.2
z 0238 1.3 0208 1.3
z 0249 1.3 0306 1.3 0353 1.3 0338 1.2 0434 1.2
09 0906 0.0
25 0919 0.0
09 0932 0.1
25 0934 0.1
09 1034 0.4
25 1058 0.3
09 1049 0.4
25 1141 0.4
DOM 1451 1.3 TER 1502 1.3 TER 1441 1.2 QUI 1502 1.3 SEX 1515 1.2 DOM 1543 1.2 DOM 1539 1.2 TER 1608 1.1
2126 0.3 2134 0.2 2138 0.2 2141 0.1 2221 0.2 2304 0.1 2243 0.2 2356 0.1

& 0228 1.3 0308 1.3


& 0247 1.3 0321 1.3 0349 1.2 0432 1.2 0415 1.2 0513 1.1
10 0953 0.0
26 0954 0.1
10 1011 0.2
26 1017 0.2
10 1109 0.4
26 1154 0.4
10 1128 0.5
26 1234 0.5
SEG 1511 1.2 QUA 1530 1.3 QUA 1508 1.2 SEX 1532 1.2 SAB 1554 1.2 SEG 1615 1.1 SEG 1611 1.1 QUA 1653 1.1
2204 0.3 2204 0.2 2209 0.2 2221 0.2 2253 0.2 2324 0.2

0304 1.3 0343 1.3 0321 1.3 0358 1.3 0428 1.2 0004 0.2 0458 1.1 0056 0.2
11 1036 0.1
27 1034 0.1
11 1054 0.3
27 1104 0.3
11 1153 0.5
27 0517 1.1
11 1208 0.5
27 0600 1.0
TER 1541 1.2
QUI 1558 1.3
QUI 1543 1.2
SAB 1600 1.2
DOM 1626 1.1
TER 1254 0.5
TER 1651 1.1
QUI 1326 0.5
2241 0.3 2238 0.2 2239 0.3 2309 0.2 2339 0.3 1658 1.0 1736 1.1

0343 1.3 0413 1.3 0402 1.3 0438 1.2 0509 1.1 0108 0.2 0011 0.3 0156 0.2
12 28 12 28 12 28 12 28
1115 0.2 1115 0.2 1134 0.4 1200 0.4 1239 0.6 0609 1.0 0539 1.0 0647 0.9
QUA 1608 1.2 SEX 1626 1.2 SEX 1611 1.1 DOM 1634 1.1 SEG 1702 1.0 QUA 1356 0.6 QUA 1256 0.6 SEX 1424 0.6
2313 0.4 2321 0.3 2308 0.3 1745 1.0 1726 1.0 1823 1.0

0417 1.3 0453 1.2 0445 1.2 0009 0.3 0039 0.4 0217 0.3 0106 0.3 0300 0.3
13 29 13 29 13 29 0715 0.9 13 29 0738 0.9
1158 0.3 1206 0.3 1215 0.5 0519 1.1 0558 1.0 0900 0.9 0623 1.0 1011 0.8
QUI 1643 1.1
SAB 1658 1.1
SAB 1649 1.1
SEG 1302 0.5
TER 1339 0.6
QUI 1058 0.9 QUI 1354 0.6
SAB 1143 0.8
2341 0.4 2209 0.4 1708 1.0 1745 0.9 1500 0.6 1808 0.9 1528 0.6

v v
1843 0.9 1924 0.9

0500 1.2 0019 0.3 0523 1.1 0121 0.3 0147 0.4 0324 0.3 0204 0.4 0404 0.4
14 30 14 0951 0.6 30 14 30 14 30 0841 0.8
1245 0.5 0532 1.1 1119 0.6 0609 1.0 0653 0.9 1154 0.9 0713 0.9 1102 0.8
SEX 1711 1.0 DOM 1309 0.5 DOM 1306 0.6 TER 1411 0.6 QUA 1447 0.7 SEX 1604 0.6 SEX 1456 0.6 DOM 1226 0.8
1721 1.0 1634 0.5
2158 0.4 1732 1.0 2354 0.4 1754 0.9 1832 0.9 2000 0.9 1902 0.9 2051 0.9

0545 1.1 0106 0.4 0238 0.3 0253 0.4 0304 0.4 0508 0.4
15 1006 0.6 15 0609 1.0 31 0723 0.9 15 15 31
1200 0.6 1004 0.7 0900 0.9 0804 0.9 0817 0.9 0956 0.8
SAB 1343 0.6 SEG 1204 0.7 QUA 1132 0.9 QUI 1556 0.6
SAB 1556 0.6
SEG 1736 0.5
1753 1.0 1413 0.7 1526 0.6 1947 0.8 2017 0.9 2226 0.9

v c c
2221 0.5 1800 0.9 1853 0.8
2209 0.7
2336 0.7

0147 0.5 0224 0.4 0354 0.4 0402 0.4


16 0632 1.0 16 0709 0.9 16 16
1019 0.6 1013 0.7 1115 0.9 0943 0.9
DOM 1251 0.7 TER 1226 0.8 SEX 1656 0.6 DOM 1653 0.5
1456 0.7 1536 0.7
2200 0.8 2206 0.9

c c
1832 0.9 1856 0.8
2302 0.5 68
DG6-55 Original
Apêndice B

Coeficientes de Manning

69
TABELA 12.2 – Coeficientes de rugosidade de Manning

Natureza das paredes Condições


Muito boa Boa Regular Má
Alvenaria de pedra argamassada 0,017 0,020 0,025 0,030
Alvenaria de pedra aparelhada 0,013 0,014 0,015 0,017
Alvenaria de pedra seca 0,025 0,033 0,033 0,035
Alvenaria de tijolos 0,012 0,013 0,015* 0,017
Calhas metálicas lisas (semicirculares) 0,011 0,012 0,013 0,015
Canais abertos em rocha (irregular) 0,035 0,040 0,045 -
Canais c/ fundo em terra e talude c/ pedras 0,028 0,030 0,033 0,035
Canais c/ leito pedregoso e talude vegetado 0,025 0,030 0,035 0,040
Canais com revestimento de concreto 0,012 0,014* 0,016 0,018
Canais de terra (retilíneos e uniformes) 0,017 0,020 0,023 0,025
Canais dragados 0,025 0,028 0,030 0,033
Condutos de barro (drenagem) 0,011 0,012* 0,014* 0,017
Condutos de barro vitrificado (esgoto) 0,011 0,013* 0,015 0,017
Condutos de prancha de madeira aplainada 0,010 0,012* 0,013 0,014
Gabião 0,022 0,030 0,035 -
Superfícies de argamassa de cimento 0,011 0,012 0,013* 0,015
Superfícies de cimento alisado 0,010 0,011 0,012 0,013
Tubo de ferro fundido revestido c/ alcatrão 0,011 0,012* 0,013* -
Tubo de ferro fundido sem revestimento 0,012 0,013 0,014 0,015
Tubos de bronze ou de vidro 0,009 0,010 0,011 0,013
Tubos de concreto 0,012 0,013 0,015 0,016
Tubos de ferro galvanizado 0,013 0,014 0,015 0,017
Córregos e rios Limpos, retilíneos e
uniformes 0,025 0,028 0,030 0,033
Igual anterior porém c/ pedras e vegetação 0,030 0,033 0,035 0,040
Com meandros, bancos e poços, limpos 0,035 0,040 0,045 0,050
Margens espraiadas, pouca vegetação 0,050 0,060 0,070 0,080
Margens espraiadas, muita vegetação 0,075 0,100 0,125 0,150
Fonte: Porto (1998) e Cirilo et al. (2001)

70
Apêndice C

Coeficientes de perda de carga


para acidentes

71
Equivalência da Perda de Carga das
Conexões TUPY BSP em Metros de Tubos
de Aço Galvanizados
DIÂMETRO
NOMINAL
¼ ½ ¾ 1 1¼ 1½ 2 2½ 3 4 5 6

0,23 0,35 0,47 0,70 0,94 1,17 1,41 1,88 2,35 2,82 3,76 4,70 5,64

0,22 0,33 0,44 0,67 0,89 1,11 1,33 1,78 2,23 2,68

0,16 0,22 0,32 0,43 0,54 0,65 0,86 1,08 1,30 1,73 2,16 2,59

0,61 0,81 1,22 1,63 2,03 2,44 3,25

0,27 0,41 0,55 0,68 0,82 1,04 1,37 1,64 2,18

0,16 0,24 0,32 0,48 0,64 0,79 0,95 1,27 1,59 1,91 2,54

0,25 0,34 0,50 0,67 0,84 1,01 1,35 1,68 2,02 2,69 4,04

0,10 0,15 0,20 0,30 0,41 0,51 0,61 0,81 1,02 1,22

0,43 0,65 0,86 1,08 1,30 1,73

0,04 0,06 0,08 0,12 0,17 0,21 0,25 0,33 0,41 0,50 0,66 0,83 0,99

0,34 0,51 0,69 1,03 1,37 1,71 2,06 2,74 3,43 4,11 5,49 6,86 8,23

0,42 0,62 0,83 1,25 1,66 2,08 2,50 3,33 4,16 4,99 6,65 8,32 9,98

0,09 0,13 0,18 0,22 0,27 0,36 0,44 0,55 0,73

0,44 0,66 0,88 1,10 1,31 1,75 2,19 2,70 3,51

0,05 0,08 0,10 0,15 0,20 0,25 0,30 0,41 0,49 0,59

0,34 0,50 0,67 1,01 1,35 1,68 2,02 2,69 3,36 4,02

0,28

0,30

0,01 0,01 0,01 0,01 0,01 0,01 0,01 0,01 0,01 0,01 0,02 0,02 0,03

0,01 0,01 0,01 0,01 0,01 0,01 0,01 0,01 0,01 0,01 0,01
DIÂMETRO
NOMINAL

½- ½ ½- 1 ½ - 1½ ¾- ¾ ¾- 1 ¾ - 1½ 1 - 1½

1,17 0,96 0,93 1,06 1,03 1,23 1,57

72
Valores baseados em ensaios efetuados pelo Departamento de Hidráulica e Saneamento da Escola de Engenharia de São Carlos (SP).
Obs.: Válidos apenas na condução de água a temperatura ambiente.
11
Apêndice D

Catálogo da bomba Dancor


Autoescorvante Série AAE 725
TJM

73
Série

Série AAE
Autoescorvante para Esgotamento
Materiais Empregados
• Carcaça e Intermediária - em liga de alumínio-silício, de alta resistência à
pressão e à ação oxidante.
• Rotor - do tipo semi-aberto: MODS. 706 / 709 / 715 em liga de alumínio-
silício, demais modelos em ferro fundido.
• Vedação do eixo - por selo mecânico Ø 5/8”, tipo “16” mods. até 2 cv;
demais modelos Ø 1¼”, tipo “21”. Construídos com borracha nitrílica, mola
de aço inox, faces de vedação em grafite e cerâmica. Temperatura de trabalho
do líquido até 80�C.

Motor Elétrico
• Características:
»» Potências de 1/2 a 2 cv
»» Norma - Nema MG1-18,326 a MG1-18.341 - “JET PUMP”.
»» 2 pólos - 3.500 rpm - 60 Hz
Padrão - 706 / 709* e 712** »» Eixo em aço carbono
Ø *Suc/Elev=1½'' *Suc/Elev=2'' »» Monofásico: 110/220V Trifásico: 220/380V
MODELOS »» Grau de Proteção: IP 21
Monofásico Trifásico »» Isolamento: Classe B
»» Potências de 5 a 7,5 cv
706 S* 711 S*
»» Norma - Nema MG1-16.614 - “JM” PUMP”.
709 S* 715 S*
»» Eixo protegido por bucha de bronze
712 S** 717 S**
»» Trifásico: 220/380V
Padrão - 725 JM »» Grau de Proteção: IP 55 (TFVE)
Sucção / Elevação = 3'' »» Isolamento: Classe “B”
720 MJM 720 TJM
722 MJM 722 TJM
-- 725 TJM Dados Dimensionais (mm)

MODELOS: 706,709,715,712,717
Componentes A C D
E
Padrão - 706/709/712
06 07 21 17 D
20 A
N
C B
01 03A 12 14 O
09 11 13 R
F
08 10

MODELOS: 722,725
A C D
E
05 15 16

17
Padrão - 725 JM D
A B
18 N
06 07 21 17 C F
19 20 O
01 R
02 12 14
04 09 11 13
03 08 10

Tubulação
PESO
MODELO cv Suc./ Elev. A B C D E F
05 15 16 (Kg)
(bsp)
706 1/2 M 155 220 212 230 130 137 14
Componentes - Descrição 711 0,5 T 155 220 212 230 130 137 14

01 Motor Elétrico 12 Difusor 709 1M 180 220 242 240 139 180 20
02 Chaveta 13 Anel do difusor 715 1,0 T 180 200 242 240 139 180 18
03 O`ring 14 O`ring 712 2M 220 270 289 280 179 232 34
03 A Defletor 15 Carcaça 2''
717 2,0 T 220 270 260 280 179 232 25
04 Bucha do eixo 16 Bujão de limpeza 720 MJM 4 M 360 430 310 385 253 307 61
05 Intermediária 17 Parafuso
720 TJM 4,0 T 290 420 290 385 253 307 53
06/07 Parafuso sextavado 18 Flange
722 MJM 5 M 396 430 325 385 253 307 89
08 Selo mecânico 19 Junta de borracha 3''
09 Rotor 20 Válvula de retenção 722 TJM 5,0 T 300 420 320 385 253 307 66
10 Arruela de fixação do rotor 21 Flange de sucção 725 MJM 7½ M 422 450 365 385 253 307 103
11 Parafuso sextavado 725 TJM 7,5 T 322 430 350 385 253 307 79

74

CATÁLOGO GERAL - 60 Hz
AAE - Autoescorvante para Esgotamento

Curvas de Performance

2 Polos - 3.500rpm - 60 Hz

35
6 725 MJ.M./TJM - 7½cv
5 722 MJ.M./TJM - 5cv
30
4 720 MJ.M./TJM - 4cv
Série AAE

25 3 712 S / 717 S - 2cv


2 709 S / 715 S - 1cv
1 706 S / 711 S - 1/2cv
Altura (mca)

20

15

10 6
3
5 2 5
4
1
0
3,0
2,5
NPSH (mca)

2,0
1,5
1,0
0,5
0,0
8,0
6
6,0
BHP (cv)

5
4,0
4
2,0 3
1 2
0,0
50
40 3 6
Rendimento
Bomba (%)

30 2
4 5
20
10 1

0
0 10 20 30 40 50 60 70 80
Vazão (m³/h)

Tabela de Seleção

Modelo Tubulação Altura Manométrica Total em metros de Coluna de Água (mca) - Não estão incluidas as perdas por atrito
Roro (mm)
AMT máx.
Diâmetro
Pot. (cv)

(mca)

Monofásico Trifásico 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20 21 22 23 24 25 26
(bsp)

(bsp)
Elev.
Suc.

110V/220V 220V/380V Vazão (m3/h)


706 S 711 S 1/2 96,6 13 12,8 12,0 10,8 9,7 8,5 7,2 5,8 4,5 3,0 1,5
1½’’ 1½’’
709 S 715 S 1 114,0 21 17,2 16,5 15,6 14,7 13,6 12,5 11,2 9,8 8,2 6,7 5,2 3,8 2,5 1,4
712 S 717 S 2 2’’ 2’’ 119,0 21 24,7 23,3 21,9 20,4 18,6 16,7 14,6 12,4 10,0 7,7 5,4 3,3 1,4
Modelo Altura Manométrica Total em metros de Coluna de Água (mca) - Não estão incluidas as perdas por atrito
Roro (mm)
Diâmetro

AMT máx.
Pot. (cv)

(mca)
(bsp)

(bsp)
Elev.
Suc.

Monofásico Trifásico 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20 21 22 23 24 25 26 27 28
220V/440V 220V/380V Vazão (m3/h)
720 MJM 720 TJM 4 141,0 22 47,7 45,9 43,9 41,8 39,5 37,1 34,5 31,7 28,6 25,3 21,8 18,2 14,4 10,7 7,1 3,7
722 MJM 722 TJM 5 3’’ 3’’ 146,0 25 57,9 56,2 54,3 52,4 50,3 48,1 45,8 43,3 40,7 37,8 34,7 31,4 28,0 24,3 20,6 16,9 13,2 9,7 6,4 3,3
725 MJM 725 TJM 7½ 148,0 30 73,5 71,2 68,8 66,3 63,7 60,9 58,0 54,9 51,6 48,1 44,5 40,8 36,9 32,8 28,5 23,8 18,9 13,7 8,2
IMPORTANTE: Não utilizar as bombas em alturas inferiores àquelas limitadas pela linha demarcativa, sob o risco de sobrecarga no motor elétrico, ocasionando a perda da GARANTIA

75

CATÁLOGO GERAL - 60 Hz
Apêndice E

Catálogo bomba Schneider


BCS-350

76
Motobombas Centrífugas Submersíveis
Série BCS-350

Motobombas para líquidos com sólidos em suspensão, conforme tamanho especificado na tabela.

Aplicações Gerais
• Drenagem de águas servidas e pluviais
• Rebaixamento de lençol freático
• Estações de tratamento de esgoto
• Bombeamento de efluentes não fibrosos
• Indústrias

Detalhes Técnicos do Produto Padrão


• Bocais com rosca BSP
• Caracol da motobomba de ferro fundido GG-15
• Rotor semiaberto de ferro fundido GG-15
• Placa de fundo de ferro fundido GG-15
• Selo mecânico constituído de aço inox AISI-304, buna N, grafite e cerâmica
• Motor elétrico IP-68, 4 Polos, 60 Hz, eixo de aço inox AISI-316
• Comprimento do cabo de ligação: 3,5 m

Opções
• Selo mecânico: buna N carbeto de silício

H - Submersíveis
Importante
• Vedada a utilização para bombeamento de água potável.
• Não manuseie a motobomba com o motor ligado: perigo de choque elétrico.
• Temperatura máxima do líquido bombeado: 40°C.
• Motor refrigerado com óleo dielétrico.
• Instale a BCS de forma que o motor elétrico trabalhe completamente submerso.
• Para bombeamento de água com material abrasivo, consulte a Fábrica para
especificação dos materiais.
• Consulte o Manual de Instrução para outros cuidados operacionais.
Ø Máximo dos sólidos
Pressão máxima sem

CARACTERÍSTICAS HIDRÁULICAS
vazão (m c.a.)
Ø Recalque
Monofásico
Potência

Trifásico

Ø Rotor
(mm)

(mm)
(pol)
(cv)

Modelo Altura Manométrica Total (m c.a.)


2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12
Vazão em m3/h válida para água a 25°C, ao nível do mar

1/2 x x 3 5,5 50 122 36,2 26,4 16,0 5,4


1 x x 3 8 50 138 54,4 47,5 39,6 30,2 19,9 8,4
BCS-350
2 x 3 10 50 156 70,9 66,0 60,3 53,1 44,2 34,6 24,3 13,0
3 x 3 13 50 169 86,2 82,1 77,6 72,6 66,6 59,0 50,2 40,9 31,0 20,5 9,1
Obs.: – Dados hidráulicos conforme ISO 9906 anexo “A”, com motor de linha e frequência indicados. Para condições diferentes consulte a Fábrica.
– Para obter a altura manométrica total em m c.a., não deixe de considerar as perdas de carga por atrito da instalação.
77
– Obrigatório o aterramento do motor elétrico, conforme previsto na norma NBR 5410 ou norma equivalente do país onde o produto será instalado.

Revisão 03 - Novembro/2012
Dimensões do Produto
BCS-350

MOTOBOMBA

Fio Terra

K L

R
A

N
F
D
G

DIMENSÕES EM MILÍMETROS (mm) - 60 Hz


Descrição BCS-350
Potência 1/2 cv 1 cv 2 cv 3 cv
Referência Trifásico Monofásico Trifásico Monofásico Trifásico Trifásico
A 565 564 565 564 604 604
D 237 237 237 237 237 237
F 84 84 84 84 84 84
G 219 219 219 219 219 219
K 145 145 145 145 145 145
L 134 134 134 134 134 134
M 330 330 330 330 330 330
N 265 265 265 265 265 265
R (“BSP) 3 3 3 3 3 3
Peso Motobomba (kg) 36,7 33,6 39,5 38,9 41,9 45,6
Obs.: – As informações poderão sofrer alterações sem prévio aviso, de acordo com a evolução tecnológica.
– A utilização de motores diferentes do padrão de linha alteram as caracterísicas de desempenho do conjunto.
– Imagens de caráter ilustrativo.

atecbrasil@fele.com
www.franklin-electric.com.br
Revisão 03 - Novembro/2012

78
Descrição dos Componentes do Produto

BCS-350

Quant. de peças utilizadas Quant. de peças contidas


Item Descrição Composição do Kit BCS-350
no produto em cada caixa do kit

1 Motor elétrico IP-68, 4 Polos, 60 Hz - 1 - 1/2 cv 1 cv 2 cv 3 cv


2 Chaveta - 1 - 8723027101A 8723027101A 8723027101A 8723027101A
3 O-ring 2148 - 1 - 8720113106A 8720113106A 8720113106A 8720113106A
4 Caracol - 1 - 8701222501A 8701222501A 8701222501A 8701222501A
5 Kit paraf. S.NC. 3/8" x 1" INOX - 4 5 8720133113A 8720133113A 8720133113A 8720133113A
6 Selo mecânico 3/4" T21 BUNA - 1 - 8720178101A 8720178101A 8720178101A 8720178101A
Rotor FE BCS-350 2P 122X58 - 1 - 8701356151A - - -
Rotor FE BCS-350 2P 138X58 - 1 - - 8701357151A - -
7
Rotor FE BCS-350 2P 156X58 - 1 - - - 8701137151A -
Rotor FE BCS-350 2P 169X58 - 1 - - - - 8701138151A
Arruela lisa 7/16" INOX 1 1
8 Kit fixação 8730504104A 8730504104A 8730504104A 8730504104A
Porca NF. 7/16" LATÃO 1 1
9 O-ring 2165 - 1 - 8720113113A 8720113113A 8720113113A 8720113113A
10 Placa de fundo - 1 - 8701230501A 8701230501A 8701230501A 8701230501A
11 Kit paraf. S.NC. 1/4" x 1 1/2" INOX - 6 3 8720133102A 8720133102A 8720133102A 8720133102A
12 Placa de apoio - 1 - 8701228501A 8701228501A 8701228501A 8701228501A
13 Kit paraf. S.NC. 1/4" x 5/8" INOX - 3 3 8720133107A 8720133107A 8720133107A 8720133107A
Diâmetro do rotor (mm) 122 138 156 169
Opções
6 Selo mecânico 3/4" T21 SIC-BUNA - 1 - 8720178102A 8720178102A 8720178102A 8720178102A

atecbrasil@fele.com
www.franklin-electric.com.br

Revisão 04 - Janeiro/2016

79
60 Hz
IV polos/poles

1/2 cv 1 cv 2 cv 3 cv

H - Submersíveis
POTÊNCIA EIXO
POTENCIA EJE
POWER
SHAFT
BOMBA
EFICIENCIA BOMBA
PUMP EFFICIENCY
RENDIMENTO

Obs.: – Curvas características conforme ISO 9906 anexo “A”. 80 Revisão 02 - Junho/2012

– Desempeño hidráulico de acuerdo a la ISO 9906 anexo “A”.


– Hydraulic performance according to ISO 9906 annex-A.
Apêndice F

Relato do técnico Waldir

81
Giuseppe Cortez Giovanelli <giuseppecg@poli.ufrj.br>

História do subsolo do bloco I


2 mensagens

Giuseppe Cortez Giovanelli <giuseppecg@poli.ufrj.br> 30 de outubro de 2018 11:01


Para: waldir@ct.ufrj.br

Bom dia Waldir, tudo bem?

Meu nome é Giuseppe e tenho te procurado por conta de uma conversa que tive com você em abril.
Eu estou dimensionando as bombas que deverão substituir as atuais que ficam embaixo da rampa.

Para concluir o trabalho, preciso formalizar algumas coisas. Bastaria enviar as resposta para as
perguntas:

'Qual era a primeira intenção de utilização do subsolo do bloco I?'

'Por que construíram a calha?'

'Você diria que as bombas que estão ao lado do bloco C são suficientes?'

'Você conhece o local onde desemboca a água da calha?'

Desde já agradeço.

Att,

Giuseppe Cortez Giovanelli


11° período - Escola Politécnica UFRJ

Waldir M. Pinto <waldir@ct.ufrj.br> 30 de outubro de 2018 11:46


Para: giuseppecg@poli.ufrj.br

1- Seria o estacionamento do CT, tanto q existe uma rampa de acesso pelo bloco C e H, mas a malha
de pilar de 5 x 5 metros inviabilizou o projeto.
2- A Calha foi qdo da construção do prédio, sendo o subsolo abaixo da linha no mar, ela tem a função
de drenar o lençol freático, e importante registrar q essa calha não tem fundo, e ela se encaminha de
forma natural no final do bloco H para a maré, onde existe uma comporta q trabalha assim, maré baixa
ela abre, alta fecha.
3- Sou desfavorável l a colocação de bombas de recalque, minha opinião a drenagem te de acontecer
de forma natural (para tanto deveria ser revisa a ligação do bloco H a maré, q com certeza encontra-se
obstruída em sua extensão).
4- Na maré próximo ao CT 2 na sua lateral direita, no alinhamento do bloco G / H do CT.
QQ outra dúvida estou a disposição.
Att

Livre de vírus. www.avast.com.

[Texto das mensagens anteriores oculto]


--
Waldir de Mendonça Pinto
Arquiteto Urbanista-M.Engenharia Urbana-UFRJ
Lig.ABC - Sala 111/Decania do CT
tel.3938-7326

82

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