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Cartilha Da Lxix

Este documento resume as principais formas de ingressar no curso de Medicina da Universidade Federal de Goiás (UFG) por meio do Sistema de Seleção Unificada (SiSU), distribuindo as vagas entre ampla concorrência e ações afirmativas como cotas raciais e para estudantes de escola pública.
Direitos autorais
© © All Rights Reserved
Levamos muito a sério os direitos de conteúdo. Se você suspeita que este conteúdo é seu, reivindique-o aqui.
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Cartilha Da Lxix

Este documento resume as principais formas de ingressar no curso de Medicina da Universidade Federal de Goiás (UFG) por meio do Sistema de Seleção Unificada (SiSU), distribuindo as vagas entre ampla concorrência e ações afirmativas como cotas raciais e para estudantes de escola pública.
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MEDICINA UFG

CARTILHA DA TURMA LXIX • 2021


TURMA LXIX

A inspiração para a arte da capa desta cartilha foi a obra de Eliane Chaud e Selma
Parreira que foi construída no hall de entrada do novo prédio do Hospital das
Clínicas da Universidade Federal de Goiás. O painel remete ao Cerrado, à poesia e
à resistência. Veja mais sobre a obra aqui.

@medufglxix

2
TURMA LXIX

AVISO
Esta cartilha foi desenvolvida de modo independente por estudantes da turma LXIX
do curso de Medicina. Desse modo, este documento não possui nenhum vínculo
institucional com a Faculdade de Medicina da Universidade Federal de Goiás.

Para mais informações e estatísticas de aprovados em Medicina, acompanhe o perfil


“Desempenhos Med” no Instagram:

http://instagram.com/desempenhosmed/

Acompanhe a Turma LXIX no Instagram:

http://instagram.com/medufglxix/

@medufglxix

3
TURMA LXIX

MENSAGEM À TURMA LXX


Fala futurxs calourxs!

Nesse mundo tenebroso do vestibular, ansiedade e dúvidas podem tornar uma jornada
já difícil ainda mais pesada, e conosco não foi nada diferente. Talvez vocês olhem para
esse documento acreditando ser uma realidade distante ou mesmo improvável de ser
conquistada, mas essa cartilha foi carinhosamente confeccionada justamente para
isso: provarmos que já estivemos aí onde vocês estão agora, futurxs 70ers. Através dela,
não só queremos expor um pouco mais sobre a maior faculdade de medicina do Centro-
Oeste, com o maior hospital de universidade federal do Brasil. Também queremos
mostrar um pouco a realidade dos ingressantes do processo seletivo de 2021 e, por meio
de relatos e dados estatísticos, traçar o perfil diversificado que constitui a 69.

Sim, sabemos bem na pele o que é ser vestibulando no meio de uma pandemia. E
também sabemos bem que vocês já devem estar exaustos de discursos repetitivos do
tipo “esforcem-se enquanto eles descansam”, afinal, todo mundo já tá bem cansado,
certo? O que queremos deixar aqui é que, apesar dos pesares que esse vírus trouxe, é
sim possível batalhar para conquistar seu sonho. E mais importante: ninguém precisa
abrir mão da sua sanidade ou descanso em nome de absolutamente nada. Muito antes
de futurxs mediciners, lembrem-se, turma 70, vocês ainda são essencialmente humanos.

Isso não quer dizer que a conquista não venha com muito sufoco e sacrifício. Mas, acima
de tudo, é importante que não vejam esse processo como algo insuportável, porque no
final vocês perceberão que ele é profundamente amadurecedor e trará a vocês
ensinamentos que utilizarão por toda a vida. Até porque a luta nunca acaba, temos que
aprender a aproveitá-la.

No geral, esperamos que vocês se inspirem e foquem em tudo que será mostrado aqui.
A ansiedade faz parte da jornada, mas nunca deixem que ela tome conta de vocês.
Dúvidas sempre existirão, ainda mais no contexto incerto e bizarro que vivemos, mas
nunca duvidem do seu potencial de entrar no curso. Como vocês poderão observar com
os relatos e dados, não existe uma historinha feita que se aplica a todos os estudantes
de medicina. Não existe um número máximo de anos de cursinho, ou um método de
estudo perfeito, cada um constrói a sua verdade e realidade que culmina em um só
ponto: a aprovação. Mas o que podemos dizer com toda firmeza desse mundo é que não
há sensação mais gratificante do que ver seu nome na lista de convocados. É um
sentimento indescritível e que esperamos que vocês também possam sentir.

Lembrem-se sempre, o primeiro passo para vitória é aprender a degustar a luta. Ela nos
torna senhorxs de nosso destino e inquisidorxs da realidade, pois, como bem sintetiza
Bertolt Brecht: “Há homens que lutam um dia e são bons, há outros que lutam um ano e

@medufglxix

4
TURMA LXIX

são melhores, há os que lutam muitos anos e são muito bons. Mas há os que lutam toda
a vida e estes são imprescindíveis.”

Turma LXIX (69/Medicina)

Estes são os símbolos da Faculdade de Medicina


e da Universidade Federal de Goiás. Eles te
acompanharão depois da sua aprovação.

@medufglxix

5
TURMA LXIX

ÍNDICE

COMO INGRESSAR NA UFG ......................................................................................... 7

DESEMPENHO DOS APROVADOS (AC) .............................................................. 9

DESEMPENHO DOS APROVADOS (COTAS) ................................................... 10

QUESTIONÁRIO DA LXIX........................................................................................... 13

CHAMADAS E EVOLUÇÃO DAS NOTAS DE CORTE .................................... 23

EVOLUÇÃO DOS APROVADOS ............................................................................. 27

REDAÇÕES DOS APROVADOS .............................................................................. 31

RELATOS DOS APROVADOS..................................................................................38

RELATOS SOBRE SAÚDE MENTAL .................................................................... 44

INFORMAÇÕES DA FM-UFG .................................................................................. 50

HOSPITAL DAS CLÍNICAS DA UFG ......................................................................58

UFG LGBTQIA+ FRIENDLY ....................................................................................... 61

FALE CONOSCO ...........................................................................................................62

AGRADECIMENTOS ....................................................................................................63

@medufglxix

6
TURMA LXIX

COMO INGRESSAR NA UFG

A forma mais comum de ingressar na UFG é por meio do SiSU, o que requer que o
candidato realize o Exame Nacional do Ensino Médio. Na UFG, a distribuição de vagas
para o curso de Medicina é feita da seguinte forma:

Ou seja, são 55 vagas para ampla concorrência e 55 vagas para ações afirmativas.
A seguir você encontrará uma legenda com informações sobre as ações afirmativas.
Você também pode consultar o termo de adesão do SiSU de 2021 aqui – é o mais
recente para o período que essa cartilha foi elaborada.

@medufglxix

7
TURMA LXIX

Legenda de leis e ações afirmativas:

A0: Ampla concorrência

L1: Candidatos com renda familiar bruta per capita igual ou inferior a 1,5 salário
mínimo que tenham cursado integralmente o ensino médio em escolas públicas (Lei
nº 12.711/2012).

L2: Candidatos autodeclarados pretos, pardos ou indígenas, com renda familiar bruta
per capita igual ou inferior a 1,5 salário mínimo e que tenham cursado integralmente
o ensino médio em escolas públicas (Lei nº 12.711/2012).

L5: Candidatos que, independentemente da renda (art. 14, II, Portaria Normativa nº
18/2012), tenham cursado integralmente o ensino médio em escolas públicas (Lei nº
12.711/2012).

L6: Candidatos autodeclarados pretos, pardos ou indígenas que, independentemente


da renda (art. 14, II, Portaria Normativa nº 18/2012), tenham cursado integralmente o
ensino médio em escolas públicas (Lei nº 12.711/2012).

L9: Candidatos com deficiência que tenham renda familiar bruta per capita igual ou
inferior a 1,5 salário mínimo e que tenham cursado integralmente o ensino médio em
escolas públicas (Lei nº 12.711/2012).

L10: Candidatos com deficiência autodeclarados pretos, pardos ou indígenas, que


tenham renda familiar bruta per capita igual ou inferior a 1,5 salário mínimo e que
tenham cursado integralmente o ensino médio em escolas públicas (Lei nº
12.711/2012)

L13: Candidatos com deficiência que, independentemente da renda (art. 14, II,
Portaria Normativa nº 18/2012), tenham cursado integralmente o ensino médio em
escolas públicas (Lei nº 12.711/2012).

L14: Candidatos com deficiência autodeclarados pretos, pardos ou indígenas que,


independentemente da renda (art. 14, II, Portaria Normativa nº 18/2012), tenham
cursado integralmente o ensino médio em escolas públicas (Lei nº 12.711/2012).

Além disso, para quem já estuda ou estudou na universidade ou ainda para quem
estuda em outra universidade, há processos seletivos específicos (de movimentação
interna, de transferência externa, dentre outros).

@medufglxix

8
TURMA LXIX

DESEMPENHO DOS APROVADOS (AC)


LINGUAGENS HUMANAS NATUREZA MATEMÁTICA
POSIÇÃO ACERTOS TRI ACERTOS TRI ACERTOS TRI ACERTOS TRI REDAÇÃO TOTAL MÉDIA MÉDIA UFG

1 - 705,5 - 807,8 - 756,1 - 960,1 980 - 841,90 829,20


2 - - - - - - - - - - - 820,49
3 34 691,2 40 759,5 41 773,1 44 952,4 960 159 827,24 818,96
4 35 690,6 41 761,3 42 776,8 44 963,6 940 162 826,46 817,90
5 38 736,2 37 712,2 40 786,7 42 930,0 940 157 821,02 817,58
6 32 654,3 36 717,7 41 791,8 44 962,5 980 153 821,26 816,43
7 34 671,0 40 749,5 40 755,4 45 975,0 980 159 826,18 815,50
8 - 697,4 - 708,6 - 823,1 - 868,1 960 - 811,44 814,92
9 37 704,9 42 806,1 38 761,0 43 934,9 920 160 825,38 814,43
10 33 652,9 42 782,7 38 774,8 42 918,7 980 155 821,82 814,23
11 - - - - - - - - - - - 814,19
12 29 626,3 41 772,9 43 833,5 41 895,4 940 154 813,62 813,56
13 35 684,0 39 735,6 42 798,3 41 898,2 960 157 815,22 813,36
14 35 686,6 43 809,2 39 767,8 39 845,6 980 156 817,84 811,88
15 35 671,5 40 759,7 42 794,8 40 884,8 960 157 814,16 811,42
16 - - - - - - - - - - - 809,98
17 - - - - - - - - - - - 809,10
18 38 706,9 37 727,4 37 726,9 43 960,1 980 155 820,26 808,58
19 - - - - - - - - - - - 808,37
20 37 708,8 40 757,9 40 756,6 41 887,4 960 158 814,14 807,54
21 35 680,8 39 753,5 40 768,4 41 902,9 960 155 813,12 807,14
22 35 703,0 38 739,8 38 739,2 43 938,5 960 154 816,10 806,11
23 39 718,0 41 767,7 35 722,0 39 892,1 980 154 815,96 805,17
24 36 705,2 39 748,0 37 738,3 42 949,5 940 154 816,20 805,16
25 32 659,8 42 797,7 41 787,1 39 862,7 940 154 809,46 805,15
26 - 685,2 - 751,5 - 751,8 - 886,8 980 - 811,05 804,32
27 31 650,0 41 767,0 39 758,8 42 898,1 980 153 810,78 803,41
28 36 685,9 41 750,1 37 731,4 43 941,0 960 157 813,68 802,27
29 37 705,7 35 700,5 40 756,8 39 886,1 980 151 805,82 802,17
30 33 677,0 40 764,2 41 764,5 41 925,2 920 155 810,18 802,16
31 31 639,0 39 743,4 42 813,4 40 895,4 920 152 802,24 801,64
32 34 679,7 42 793,1 37 736,7 39 863,9 980 152 810,68 801,50
33 31 641,6 39 745,3 41 768,9 41 897,1 980 152 806,58 801,35
34 - 704,1 - 755,1 - 734,2 - 872,8 980 - 809,24 801,27
35 - - - - - - - - - - - 800,86
36 32 670,5 37 725 36 739,9 42 930,5 980 147 809,18 800,40
37 35 684,7 40 764,8 38 729,8 41 917,9 960 154 811,44 800,29
38 33 676,4 39 742,6 38 740,0 42 930,2 960 152 809,84 800,20
39 36 689,0 36 713,5 39 745,5 41 904,5 980 152 806,50 800,15
40 30 644,8 37 716,2 40 772,1 41 907,0 980 148 804,02 800,07
41 32 658,4 40 743,6 40 756,9 41 889,7 980 153 805,72 799,75
42 32 654,2 40 730,3 39 777,6 38 865,9 980 149 801,60 799,55
43 33 667,9 41 763,1 36 729,0 42 911,5 980 152 810,30 799,47
44 35 693,6 44 839,5 37 721,2 39 869,5 940 155 812,76 799,43
45 33 681,9 40 756,4 40 748,3 38 859,3 980 151 805,18 799,23
46 34 678,7 42 782,7 38 758,4 40 896,8 920 154 807,32 799,19
47 33 649,0 37 727,2 38 764,3 42 926,7 960 150 805,44 799,18
48 37 704,1 41 767,3 41 768,0 35 830,0 940 154 801,88 798,82
49 - - - - - - - - - - - 798,77
50 38 727,8 41 730,3 36 726,7 39 862,1 980 154 805,38 798,43
51 33 674,5 42 794,8 37 714,4 40 891,2 980 152 810,98 798,12
52 33 657,6 42 839,5 32 684,6 43 955,2 960 150 819,38 798,11
53 - 699,6 - 713,4 - 737,1 - 918,2 960 - 805,66 797,79
54 33 661,1 40 748,5 39 746,9 40 887,2 980 152 804,74 797,65
55 37 702,6 37 724,3 38 740,9 41 894,6 960 153 804,48 797,63
56 (2º) 37 682,1 41 782,9 40 752,2 35 838,9 960 153 803,22 797,35
57 (2º) - - - - - - - - - - - 797,02
58 (2º) - 668,7 - 751,9 - 761,8 - 888,7 940 - 802,22 796,37
59 (2º) - 697,0 - 710,2 - 744,6 - 899,9 960 - 802,34 796,30
60 (2º) 37 716,2 44 824,3 34 703,6 33 814,1 980 148 807,64 796,08
61 (2º) 37 690,1 38 737,5 37 743,1 38 855,8 980 150 801,30 795,95
62 (2º) 40 744,5 40 775,0 34 719,0 34 820,1 960 148 803,72 795,87
63 (2º) 32 683,8 41 754,7 40 763,0 43 938,7 880 156 804,04 795,67
64 (3º) - 606,7 - 757,2 - 796,1 - 899,6 920 - 795,92 792,69

@medufglxix

9
TURMA LXIX

LINGUAGENS HUMANAS NATUREZA MATEMÁTICA REDAÇÃO


MÉDIA 682,1 755,9 756,0 902,0 961,1
MÁXIMA 744,5 839,5 833,5 975,0 980,0
MÍNIMA 606,7 700,5 684,6 814,1 880,0
ACERTOS ACERTOS GERAL
MÉDIA 34 40 39 41 154
MÁXIMO 40 44 43 45 162
MÍNIMO 29 35 32 33 147

@medufglxix

10
TURMA LXIX

DESEMPENHO DOS APROVADOS NAS


CATEGORIAS DE COTAS
LINGUAGENS HUMANAS NATUREZA MATEMÁTICA
CATEGORIA POSIÇÃO ACERTOS TRI ACERTOS TRI ACERTOS TRI ACERTOS TRI REDAÇÃO TOTAL MÉDIA MÉDIA UFG

RI 1 33 647,2 37 718,0 32 700,1 41 915,4 960 143 788,14 776,48


RI 2 36 692,4 37 731,0 34 708,4 32 785,7 980 139 779,50 774,51
RI 3 35 665,8 40 778,6 35 706,5 35 807,7 940 145 779,72 771,06
RI 4 35 673,0 37 717,4 36 734 30 760,7 960 138 769,02 768,52
RI 5 - 698,7 - 732,9 - 745,9 - 784,4 880 - 768,4 767,11
RI 6 37 710,3 40 747,6 33 674,9 34 775,1 960 144 773,6 764,94
RI 7 37 687,6 37 700,1 30 687,2 38 848,4 940 142 772,7 763,96
RI 8 - 685,6 - 726,1 - 703,2 - 818,1 920 - 770,6 763,71
RI 9 35 653,6 35 710,8 - 689,6 35 822,8 980 - 771,4 763,64
RI 10 - - - - - - - - - - 763,03
RI 11 - 641,2 - 725,1 - 681,6 - 860,2 960 - 773,62 762,52
RI 12 (2º) - 679,9 - 741,9 - 670,9 - 838,2 940 - 774,18 762,27

RI-cD 1 - - - - - - - - - - - 705,24

RI-PPI 1 25 596,4 37 722,7 35 708,5 32 802,4 960 129 758,00 752,60


RI-PPI 2 - - - - - - - - - - - 752,39
RI-PPI 3 34 668,0 36 711,8 29 659,2 36 824,3 940 135 760,66 749,78
RI-PPI 4 32 647,9 34 701,2 31 676,1 30 750,5 980 127 751,14 746,17
RI-PPI 5 - - - - - - - - - - - 745,96
RI-PPI 6 35 717,8 27 641,9 30 684,7 33 774,4 920 125 747,76 745,42
RI-PPI 7 33 658,0 35 666,0 36 737,1 31 762,1 880 135 740,64 742,95
RI-PPI 8 - - - - - - - - - - - 740,22
RI-PPI 9 - - - - - - - - - - - 740,02
RI-PPI 10 31 598,9 38 681,1 37 710,1 33 775,5 940 139 741,12 739,30
RI-PPI 11 37 684,2 35 698,5 30 638,1 27 733,6 980 129 746,88 739,09
RI-PPI 12 37 685,6 37 721,6 28 659,0 30 771,7 900 132 747,58 738,82
RI-PPI 13 - 592,8 - 647,3 - 735,0 - 763,7 940 - 735,76 738,71
RI-PPI 14 29 623,5 35 693,4 32 693,1 31 785,1 920 127 743,02 738,41
RI-PPI 15 - - - - - - - - - - - 738,30

RI-PPI-cD 1 - - - - - - - - - - - 678,24
RI-PPI-cD 2 (2º) - - - - - - - - - - - 643,09

RS 1 35 692,1 42 777,7 36 726,7 37 863,0 980 150 807,90 798,54


RS 2 30 667,2 43 806 40 759,3 39 871,8 920 152 804,86 796,90
RS 3 33 675,3 40 757,1 32 696,7 42 941 960 147 806,02 790,79
RS 4 37 706,1 41 765,3 37 735,6 33 784,9 980 148 794,38 790,43
RS 5 34 682,9 38 731,7 38 720,4 40 884,1 960 150 795,82 787,07
RS 6 37 703,8 38 722,1 36 735,5 34 834,0 960 145 791,08 786,83
RS 7 - - - - - - - - - - - 786,31
RS 8 32 644,7 41 751,7 39 740 36 825,2 980 148 788,32 783,48
RS 9 35 692,2 40 766,7 36 731,8 33 815,6 940 144 789,26 783,33
RS 10 33 671,9 41 770,2 38 747,1 35 834,9 920 147 788,82 783,28

RS-cD 1 33 657,8 32 684,4 29 660,4 40 879,3 940 134 764,38 752,235

RS-PPI 1 34 689,6 38 738,9 32 665,4 36 820,4 980 140 778,86 767,44


RS-PPI 2 30 634,9 42 772,5 38 730,6 29 749,5 960 139 769,50 766,46
RS-PPI 3 30 669,0 36 714,4 30 672,6 37 851,2 960 133 773,44 762,42
RS-PPI 4 - - - - - - - - - - - 762,19
RS-PPI 5 30 629,9 35 700,6 34 682,0 40 886,0 960 139 771,70 760,57
RS-PPI 6 30 657,3 38 724,8 37 740,0 32 799,2 880 137 760,26 758,06
RS-PPI 7 29 599,0 42 782,7 34 693,9 32 797,2 960 137 766,56 756,96
RS-PPI 8 33 664,8 36 714,0 30 685,9 34 819,6 940 133 764,86 756,77
RS-PPI 9 32 651,3 39 746,2 33 672,4 34 807,7 940 138 763,52 753,07
RS-PPI 10 37 701,9 33 666,5 30 677,4 39 836,6 920 139 760,48 753,07
RS-PPI 11 - - - - - - - - - - - 751,64
RS-PPI 12 - - - - - - - - - - - 751,39
RS-PPI 13 33 658,3 38 714,0 30 675,0 31 785,7 960 132 758,60 751,12
RS-PPI 14 30 628,4 37 710,5 37 702,5 32 770,3 960 136 754,34 750,55
RS-PPI 15 - - - - - - - - - - - 746,59
RS-PPI 16 (2º) 30 632,6 34 683,8 27 661,4 37 810,4 960 128 749,64 741,07
RS-PPI 17 (3º) 40 738,3 33 672,3 30 633,3 28 727,8 960 131 746,34 739,67

RS-PPI-cD 1 30 626,4 28 636,2 25 602,9 30 771,1 940 113 715,32 705,25

@medufglxix

11
TURMA LXIX

LINGUAGENS HUMANAS NATUREZA MATEMÁTICA


MÉDIA 664,1 720,6 696,7 811,7
MÁXIMA 738,3 806,0 759,3 941,0
MÍNIMA 592,8 636,2 602,9 727,8
ACERTOS
MÉDIA 33 37 33 34
MÁXIMO 40 43 40 42
MÍNIMO 25 27 25 27

@medufglxix

12
TURMA LXIX

QUESTIONÁRIO DA LXIX

Nessa seção vamos apresentar alguns dados dos aprovados, ou seja, os estudantes
que hoje fazem parte da Turma LXIX. Essa pesquisa foi feita utilizando um formulário
do Google, preenchido por 102 pessoas de 110, uma adesão de quase 93% da turma.

De onde você é?

2 11
2 2
2
4

11

67

GO DF SP MG BA MA MT RJ PA TO AM

Quantos anos você tem?

28

20 19
15 15

2 2

19 18 20 21 22 a 29 17 ou 30 ou
menos mais
Idade

@medufglxix

13
TURMA LXIX

Para você, a dificuldade da prova, de maneira geral, em relação aos anos anteriores
foi:

Mais difícil
6%

Mesmo
nível/semelhante
Mais fácil
51%
43%

Para você, a dificuldade de Natureza, em relação aos anos anteriores foi:

Mais difícil
15%

Mesmo
nível/semelhante
52%
Mais fácil
33%

@medufglxix

14
TURMA LXIX

Para você, a dificuldade de Matemática, em relação aos anos anteriores foi:

Mais difícil
4%
Mesmo
nível/semelhante
28%

Mais fácil
68%

Para você, a dificuldade de Humanas, em relação aos anos anteriores foi:

Mais difícil
16%

Mais fácil
Mesmo 23%
nível/semelhante
61%

@medufglxix

15
TURMA LXIX

Para você, a dificuldade de Linguagens, em relação aos anos anteriores foi:

Mesmo
nível/semelhante
34%

Mais difícil
58%

Mais fácil
8%

Para você, fazer a Redação, em comparação com os anos anteriores foi:

Mais difícil
10%

Mesmo
nível/semelhante Mais fácil
54% 36%

@medufglxix

16
TURMA LXIX

Para você, qual área foi determinante na sua aprovação, ou seja, aquela que você teve
mais facilidade:

Humanas
10%

Redação
34%

Matemática
43%

Natureza
13%

Antes da prova, você teve problemas com ansiedade e/ou medo?

Não
23%

Sim
77%

@medufglxix

17
TURMA LXIX

No dia da prova, você teve problemas com ansiedade e/ou medo?

Sim
47%
Não
53%

Quais foram suas maiores dificuldades no dia da prova?

Linguagens 53
Tempo 52
Natureza 21
Redação 18
Matemática 11
Humanas 7
Não tive dificuldade 5
Fazer o primeiro dia de prova me deixou… 1
Ansiedade 1
Manter a calma 1
Dor de cabeça 1

0 10 20 30 40 50 60

@medufglxix

18
TURMA LXIX

De 1 (muito fácil) a 5 (muito difícil), como você classificaria o enem 2020?

70
61 (59,8%)
60

50

40
34 (33,3%)

30

20

10 6 (5,9%)
0 (0%) 1 (1%)
0
1 2 3 4 5

Você já fez cursinho? Por quanto tempo?

Não fiz 1 ano


26% 26%

5 anos ou mais
6%

4 anos
5%
2 anos
3 anos 26%
11%

@medufglxix

19
TURMA LXIX

Quais foram suas maiores dificuldades no ano de 2020?

Pandemia 59
Emocional instável 54
Procrastinação 44
Dificuldade de adaptação com EAD 31
Falta de lazer 25
Falta de organização 22
Problemas familiares 20
Sono 14
Sem problemas 1
Falta de tempo para estudar 1
Falta de tempo pelo trabalho e pelo… 1
Bozo 1
Conciliar os estudos com o trabalho 1

0 10 20 30 40 50 60 70

Nessa pergunta foi possível selecionar mais de uma opção

Calma aí que já está acabando! No ano da sua aprovação, como você estudou?

Maior parte do 3º Ano do E.M.


tempo em casa 16%
(por conta
própria)
23%

Cursinho on-line
(Descomplica,
Fazia faculdade MeSalva, Kuadro,
4%
Biologia Total,
dentre outros)
21%

Cursinho/Pré-
Vestibular
36%

@medufglxix

20
TURMA LXIX

Antes da prova, você achava que iria passar?

Não
46%
Sim
54%

E para nossa última pergunta, depois da prova, você achava que iria passar?

Não
28%

Sim
72%

@medufglxix

21
TURMA LXIX

CHAMADAS E EVOLUÇÃO DAS NOTAS


DE CORTE

De acordo com os dados do SiSU 2021, elaboramos uma tabela simplificada para que
seja possível uma melhor orientação sobre as notas de corte e as chamadas.

MODALIDADE CHAMADA NOTA DE CORTE

AC 1ª 797,63
AC 2ª 795,67
AC 3ª 792,69
RI 1ª 762,52
RI 2ª 762,27
RI-CD 1ª 705,24
RI-PPI 1ª 738,30
RI-PPI 4ª 728,59
RI-PPI-CD 1ª 678,24
RI-PPI-CD 2ª 643,09
RI-PPI-CD 4ª 615,89
RS 1ª 783,28
RS 4ª 773,47
RS-PPI 1ª 746,59
RS-PPI 2ª 741,07
RS-PPI 4ª 739,67
RS-PPI-CD 1ª 705,25

Algumas curiosidades: a maior variação da nota do último convocado na chamada foi


na modalidade RI-PPI-CD, com uma variação próxima de 5,18% (aproximadamente 35
pontos); em ampla concorrência (AC), a variação foi próxima foi de 0,62%
(aproximadamente 5 pontos). Além disso, devido ao indeferimento de alguns
aprovados, novas vagas foram abertas e preenchidas na 4ª chamada.

Ainda nesse tópico, temos um relatório completo de como a nota de corte tem se
comportado nos últimos anos. Dois lembretes:

1. As notas de cortes que serão apresentadas a seguir são da primeira chamada;


2. Antes do SiSU 2018, os pesos eram diferentes.

@medufglxix

22
TURMA LXIX

AC

798,65 797,63

782,35
780,45

2018 2019 2020 2021

RI

762,52
757,42

754,00

743,60

2018 2019 2020 2021

RI-cD

715,43

705,24

690,90 692,33

2018 2019 2020 2021

@medufglxix

23
TURMA LXIX

RI-PPI

739,28
738,30

732,00

725,12

2018 2019 2020 2021

RI-PPI-cD
686,64

678,24

651,85
643,78

2018 2019 2020 2021

RS

783,28

774,79

763,69
757,93

2018 2019 2020 2021

@medufglxix

24
TURMA LXIX

RS-cD

752,24

731,45

713,68
710,20

2018 2019 2020 2021

RS-PPI

749,91
746,59
746,20

733,00

2018 2019 2020 2021

RS-PPI-cD

709,94

705,25

704,40

698,32

2018 2019 2020 2021

@medufglxix

25
TURMA LXIX

EVOLUÇÃO DOS APROVADOS

Nesta sessão, vamos abordar a evolução do desempenho de alguns alunos da turma


LXIX ao longo de suas trajetórias, tendo prestado diferentes anos do Exame Nacional
do Ensino Médio.

ALUNO 1 – AMPLA CONCORRÊNCIA

ANO LC CH CN MT RED MÉDIA SIMPLES


2017 582,6 638,6 632,3 520,5 760 626,8
2018 645,0 694,7 676,4 732,3 920 733,7
2019 657,6 744,4 738,5 762,0 820 744,5
2020 677,0 764,2 764,5 925,2 920 810,2

ALUNO 2 – AMPLA CONCORRÊNCIA

ANO LC CH CN MT RED MÉDIA SIMPLES


2018 661,7 675,3 596,4 816,8 760 702,0
2019 641,9 644,1 634,9 844,2 980 749,0
2020 657,6 839,5 684,6 955,2 960 819,4

ALUNO 3 – AMPLA CONCORRÊNCIA

ANO LC CH CN MT RED MÉDIA SIMPLES


2018 583,3 656,0 689,8 684,1 920 706,6
2019 632,4 644,2 726,4 833,7 920 751,3
2020 649,0 727,2 764,3 926,7 960 805,4

ALUNO 4 – AMPLA CONCORRÊNCIA

ANO LC CH CN MT RED MÉDIA SIMPLES


2017 612,7 690,7 607,4 575,1 720 641,2
2018 ... ... ... ... ... (Não fez)
2019 635,4 717,5 615,1 785,7 940 738,7
2020 704,9 806,1 761,0 934,9 920 825,4

@medufglxix

26
TURMA LXIX

ALUNO 5 – AMPLA CONCORRÊNCIA

ANO LC CH CN MT RED MÉDIA SIMPLES


2016 623,4 647,6 603,8 666,1 760 660,2
2017 629,4 661,4 612,8 742,5 800 689,2
2018 672,0 712,4 715,0 787,0 860 749,3
2019 661,0 732,5 673,3 837,5 940 768,9
2020 718,0 767,7 722,0 892,1 980 815,9

ALUNO 6 – AMPLA CONCORRÊNCIA

ANO LC CH CN MT RED MÉDIA SIMPLES


2017 639,5 612,6 634,3 726,0 740 670,5
2018 662,5 719,3 617,9 774,3 800 714,8
2019 634,1 663,4 666,1 768,6 960 738,4
2020 727,8 730,3 726,7 862,1 980 805,4

ALUNO 7 – AMPLA CONCORRÊNCIA

ANO LC CH CN MT RED MÉDIA SIMPLES


2017 645,7 735,1 727,6 779,7 860 749,6
2018 692,0 713,4 723,0 790,1 960 775,7
2019 642,7 720,8 641,9 728,1 920 730,7
2020 704,1 767,3 768,0 830,0 940 801,9

ALUNO 8 – AMPLA CONCORRÊNCIA

ANO LC CH CN MT RED MÉDIA SIMPLES


2016 600,6 636,2 594 725,1 740 659,8
2017 660,8 746,1 633,8 786,8 900 745,5
2018 654,1 735,8 715,1 795,9 940 768,2
2019 682,7 671,9 684,4 823,6 960 764,5
2020 667,9 763,1 729,0 911,5 980 810,3

@medufglxix

27
TURMA LXIX

ALUNO 9 – AMPLA CONCORRÊNCIA

ANO LC CH CN MT RED MÉDIA SIMPLES


2016 645,6 673,3 639,3 708,1 740 681,3
2017 689,0 696,6 679,4 684,0 840 717,8
2018 671,7 724,0 734,1 795,8 980 781,1
2019 638,8 719,3 708,0 844,5 920 766,1
2020 686,6 809,2 767,8 845,6 980 817,8

ALUNO 10 – RI PPI

ANO LC CH CN MT RED MÉDIA SIMPLES


2017 547,7 589,0 543,8 638,1 520 567,7
2018 582,2 627,1 582,0 654,1 740 637,1
2019 587,0 605,2 668,1 708,9 900 693,8
2020 596,4 722,7 708,5 802,4 960 758,0

ALUNO 11 – RS PPI

ANO LC CH CN MT RED MÉDIA SIMPLES


2017 513,0 565,7 496,3 525,2 600 540,0
2018 576,2 489,2 561,9 597,8 820 609,0
2019 557,0 597,5 637,3 715,2 920 685,4
2020 628,4 710,5 702,5 770,3 960 754,3

ALUNO 12 – RS PPI

ANO LC CH CN MT RED MÉDIA SIMPLES


2017 540,3 463,7 500,0 589,2 640 546,6
2018 571,6 448,4 555,9 513,9 360 489,9
2019 608,4 604,0 630,7 687,6 900 686,1
2020 629,9 700,6 681,5 887,0 960 771,8

@medufglxix

28
TURMA LXIX

ALUNO 13 – RS

ANO LC CH CN MT RED MÉDIA SIMPLES


2017 559,9 563,0 552,8 566,8 600 568,5
2018 622,5 677,8 549,7 623,5 580 610,7
2019 629,0 653,8 659,8 736,2 860 707,8
2020 682,9 731,7 720,4 884,1 960 795,8

Como podemos observar, é notória a quantidade de evoluções impressionantes. Por


exemplo, há grandes variações de mais de 50 pontos na média simples de um ano
para o outro. Desse modo, a Turma LXIX espera que o vestibulando que esteja
debruçado sobre esses dados tenha a esperança e o vislumbre de que é possível ter
grandes mudanças na nota em um ano e que ser aprovado é uma jornada de
persistência e luta.

@medufglxix

29
TURMA LXIX

REDAÇÕES DOS APROVADOS

Em 1988, representantes do povo, reunidos em Assembleia Constituinte, determinaram


como valor supremo de uma sociedade fraterna o direito à saúde e ao bem-estar. No
entanto, o estigma associado às doenças mentais na sociedade brasileira fragiliza a
aplicação desses direitos na prática e representa grave problema aos indivíduos
acometidos com esses transtornos. Com efeito, para desconstruir essa mazela, há de se
analisar o imaginário reducionista no País e os modelos “perfeitos” na internet.

Diante desse cenário, cabe destacar que os estereótipos acerca dessas doenças
possuem raízes históricas. A esse respeito, durante o Ultrarromantismo, os autores,
como o Casimiro de Abreu, romantizaram e relacionaram os transtornos mentais a um
estado momentâneo e vinculado a um amor platônico. Todavia, tais estigmas do século
XIX ainda persiste na contemporaneidade, na medida em que a depressão e a
ansiedade, por exemplo, são tidas como uma “frescura” e tratadas com indiferença por
substancial parcela da população. Desse modo, é incoerente que o Brasil almeje tornar-
se nação desenvolvida, mas permaneça a reproduzir hábitos arcaicos e
preconceituosos.

Outrossim, convém ressaltar que o contato com vidas “perfeitas” na internet intensifica
os sintomas das doenças mentais e os seus respectivos estereótipos. Sob esse viés, Guy
Debord – importante filósofo da Escola de Frankfurt – desenvolveu o conceito de
Sociedade do Espetáculo, segundo o qual as relações atuais baseiam-se em imagens
que impõe modelos idealizados e utópicos. Nesse sentido, a disseminação de conteúdos
sobre o cotidiano nas redes sociais cria um conceito de felicidade distanciado da
realidade, o que não só compromete a demonstração real dos sentimentos pessoais,
como também impede a detecção das pessoas com problemas psicológicos. Logo, não
é razoável que as autoridades responsáveis negligenciem esse cenário previsto por
Debord.

Urge, portanto, que os estigmas associados às doenças mentais sejam desconstruídos


na sociedade brasileira. Para tanto, o Ministério da Educação, no exercício de regulador
social, deve ensinar para a população as causas e as características reais da depressão
e da ansiedade, por meio de campanhas educativas, como oficinas e palestras. Essa
iniciativa tem a finalidade de combater os estereótipos vigentes e de produzir um
comportamento mais crítico da população frente à internet. Assim, a sociedade verde-
amarela fará jus ao direito à saúde delineado na Magna Carta.

~Kaio Palmeira | Nota: 980

@medufglxix

30
TURMA LXIX

Ulysses Guimarães, político brasileiro, ao discursar sobre a Constituição de 1988,


chamou-a de “Cidadã” em virtude da ênfase dada aos direitos dos cidadãos brasileiros.
Nesse sentido, prevê-se o direito à vida enquanto direito fundamental ao bem-estar
humano. Entretanto, tal conjuntura fica restrita à Carta Magna, uma vez que a
discriminação e a banalização de doenças mentais alicerçam um acentuado problema
social: o estigma associado às doenças mentais. Em face disso, é responsabilidade do
Estado e da sociedade civil a criação de mecanismos que impulsionam o cuidado com a
saúde mental.

A princípio, convém ressaltar que a discriminação contra doentes mentais não é recente
e persiste na sociedade brasileira. Nesse contexto, a jornalista Daniela Arbex, na obra
“Holocausto Brasileiro”, disserta sobre pessoas que desapareceram em um manicômio
brasileiro, revelando a exclusão de pessoas que não atendem aos padrões de saúde
mental. Sob tal ótica, a falta de políticas públicas para desconstruir a ideia de que
doentes mentais devem ser marginalizados impede que essa parcela da população
receba o tratamento adequado. Logo, enquanto a falta de acolhimento de enfermos
pela sociedade for a regra, o convívio social harmônico será a exceção.

Outrossim, nota-se que as redes sociais contribuem com a banalização de doenças


mentais. Nessa lógica, o filósofo Guy Debord, por meio do conceito “Sociedade do
Espetáculo”, defende que as relações sociais contemporâneas são mediadas por
imagens. Em decorrência disso, os usuários das redes sociais disseminam padrões
sociais idealizados, fazendo com que aqueles que não conseguem acompanhar tais
padrões possam desenvolver ansiedade e depressão - doenças comuns na sociedade
pós-moderna. Desse modo, a saúde mental é estigmatizada, pois, como explica Debord,
a necessidade de atender padrões é a lógica vigente e, por conseguinte, não há o debate
na esfera pública para combater os “espetáculos” das redes.

Dessa maneira, são necessárias medidas que promovam maior integração social e
discussões sobre saúde mental. Convém, portanto, que o Ministério da Saúde, instância
máxima da administração de aspectos hígidos do país, incentive a população a tratar e
prevenir doenças mentais, para que a saúde mental deixe de ser estigmatizada no
Brasil. Isso será feito mediante a distribuição de panfletos em locais públicos que
informem práticas de cuidado mental, a saber: como identificar situações que possam
possibilitar o desenvolvimento de doenças mentais, como acolher e ajudar pessoas que
estão doentes e divulgar endereços de centros psicossociais que realizam o tratamento
de distúrbios. Assim, a Constituição “Cidadã” será seguida na prática e o “Holocausto
Brasileiro” não se repetirá.

~Lara Mineiro | Nota: 940

@medufglxix

31
TURMA LXIX

No filme “Star Wars: A Vingança dos Siths”, o protagonista é imerso em um sofrimento


psíquico ao longo da trama e, sem o devido apoio, sucumbe a um estado emocional
depressivo e destrutivo. De modo análogo, é notável que uma parcela significativa da
sociedade brasileira negligência aspectos relacionados à saúde mental, por
consequência, sobretudo, do estigma associado às doenças mentais no país. Assim,
convém analisar tanto os aspectos culturais quanto os aspectos jurídicos, as principais
frentes para superação dessa problemática.

Primeiramente, é fato que o ideário vigente na sociedade preconiza o bem-estar e


felicidade como normalidade e, desse modo, destoar dessa linha é algo negativo. Nessa
perspectiva, as bases culturais modernas fundamentam um processo de naturalização
da “vida perfeita”, o que, conforme o sociólogo Pierre Bourdieu, é assimilado
socialmente e estrutura um meio de perpetuação desse ideal. Disso, é possível inferir
que desordens na saúde mental, como doenças psíquicas, são contrárias ao ideal
vigente e acabam no rol de estigmatizações. Com isso, é fundamental a revisão desse
ideal.

Além disso, ainda que o cidadão busque apoio, o próprio Estado brasileiro relega o
cidadão ao desamparo, no que diz respeito a saúde mental, o que revela uma postura
estatal que possibilita a prevalência de estigmas. Isso é contrário aos preceitos
constitucionais, uma vez que, segundo o jurista Konrad Hesse, uma nação deve ser
capaz de promover mudanças na realidade objetiva, o que não acontece na temática
de superação dos estigmas relacionados às doenças mentais. Logo, essa postura estatal
precisa ser revista, evitando que cidadãos brasileiros negligenciem a saúde mental,
como o protagonista de “Star War: A Vingança dos Siths”.

Torna-se evidente, portanto, que ONGs, associadas a psicólogos e psiquiatras,


promovam a desconstrução do ideal vigente de “vida perfeita”, o que pode ser feito por
meio de palestras e por meio do posicionamento online, com postagens e vídeos
informativos que ressaltem a importância de cuidar da saúde mental, a fim de
possibilitar a superação de estigmas relacionados às doenças mentais. Em outra frente,
é imprescindível a atuação do Estado brasileiro no apoio ao cidadão, por intermédio de
programas do Ministério da Saúde que possibilitem a estruturação de equipes para
amparo psicológico e que possibilitem a instrução adequada sobre as doenças mentais.

~Victor Cordeiro Simão | Nota: 980

@medufglxix

32
TURMA LXIX

Em 2020, a Pixar produziu o filme “Soul”: uma narrativa sobre um pianista que não
conquistou sucesso como músico e, por isso, estava frustrado com sua vida. No entanto,
a obra busca ensinar que a vida não se resume a sucessos ou a conquistas, mas sim às
pequenas felicidades cotidianas – como os abraços ou as idas à praia. Porém,
infelizmente, a atual sociedade brasileira está repleta de indivíduos como esse pianista
que exigem de si a perfeição e, quando falham, estão propensos a diversas doenças
mentais. Logo, é importante perceber que os estigmas que assolam esses indivíduos
mentalmente doentes estão relacionados à construção de uma “sociedade do
espetáculo” e “do desempenho”.

Primeiramente, é necessário entender que o Brasil vive uma “sociedade do espetáculo”,


extremamente prejudicial à saúde mental humana. De acordo com Guy Debord, esse
conceito se aplica a sociedades em que os indivíduos adotam máscaras sociais como se
tivessem vidas perfeitas. Desse modo, com os avanços das redes sociais, essa
“espetacularização da vida” tem se potencializado, exigindo das pessoas altos padrões
de vida exibidos nos “posts” da Internet. Assim, o luxo e a ostentação viram sinônimos
de felicidade e o indivíduo, ao não atingir esses altos padrões, se frustram,
desenvolvendo transtornos mentais - como a depressão e a ansiedade.

Além disso, é preciso compreender que os brasileiros enfrentam também a “sociedade


do desempenho”, que desenvolve sujeitos mentalmente cansados e abalados. Segundo
o filósofo sul-coreano Byung Chull- Han, o excesso de positividade defendido por essa
sociedade marcada pelos “coachs” - profissionais que estimulam as pessoas a
atingirem seus limites, buscando conquistar metas – é algo negativo para a população,
pois, ao falhar na busca de uma realização pessoal, o indivíduo, além de cansar, se
frustra - como o pianista do filme – e pode desenvolver doenças psíquicas. Destarte, é
essencial refletir que a felicidade não está na “espetacularização da vida” ou no
desempenho social do sujeito, mas sim no ato de viver, como ensina o filme “Soul”.

Portanto, a fim de se combater a “sociedade do espetáculo” e “do desempenho” – já que


esse combate evitaria o desenvolvimento de doenças psíquicas na população -, as
escolas e as empresas devem adotar programas que humanizem o tratamento com
pessoas mentalmente doentes, por meio de palestras e debates sobre esse tema que
visem contrariar as ideias de perfeição e positividade exacerbada defendidas pela
doente sociedade atual.

~Bruna Di Parma Pessoa | Nota: 980

@medufglxix

33
TURMA LXIX

No clássico humanista, "O Auto da Barca do Inferno", o "Parvo", indivíduo


evidentemente acometido por uma enfermidade psíquica, é um dos únicos aprovados
pela barca angelical. Típico da literatura crítica de Gil Vicente, o destino da personagem
é diametralmente oposto àquele projetado pela sociedade: na realidade brasileira,
observam-se profundos estigmas associados às doenças mentais. Nessa perspectiva,
tais preconceitos estão enraizados em uma asquerosa concepção de que esses
transtornos são inatos e irrecuperáveis, o que culmina na construção de empecilhos
para a busca por ajuda psicológica e configura um verdadeiro problema de saúde
pública que urge mediações.

Em primeira análise, é imprescindível escancarar uma nociva conjuntura que


estigmatiza na pessoa com doença mental um caráter inato e irrecuperável. Isso ocorre
porque, diferentemente de outras enfermidades físicas e visíveis, os transtornos
psíquicos não são tão evidentes ao olhar leigo e passam a ser considerados traços
inerentes à personalidade individual. Nesse sentido, aqueles que recebem a
preconceituosa alcunha de "louco" são vislumbrados como inválidos e impossíveis de
serem tratados, à medida que sua condição é reduzida a uma característica de sua
subjetividade. Esse fenômeno não é restrito ao Brasil contemporâneo, o "Mal do Século",
experienciado pelos escritores românticos do século XIX, por exemplo, prova que
historicamente sintomas típicos da ansiedade e da depressão eram limitados ao termo
"melancolia", o que inviabilizava sua noção como doença. Desse modo, faz-se imperiosa
a ação de entidades educacionais para a desconstrução desse panorama.

Como consequência da invisibilidade que as patologias psíquicas assumem,


estigmatiza-se também a necessidade de prevenção e tratamento dessas doenças. Ora,
é evidente que transtornos mentais configuram um problema da saúde pública
brasileira quando, segundo dados da OMS, o Brasil é o país mais depressivo da América
Latina. Tal realidade está cunhada justamente naquela irrecuperabilidade
abjetamente atrelada à doença mental, afinal, quando os "Parvos" brasileiros são
discriminados, a busca pela prevenção e diagnóstico também é, e a procura por apoio
psicológico e psiquiátrico é reduzida exponencialmente. Essa situação vai de encontro
com a percepção do funcionalista Talcott Parsons, que responsabiliza o governo pelo
equilíbrio da sociedade: quando a saúde é fragilizada e o Estado a negligencia,
evidencia-se uma deturpação em seu dever. Portanto, fica claro que intervenções são
necessárias.

Em suma, o estigma associado às doenças mentais na sociedade brasileira está


amalgamado na inerência e irrecuperabilidade erroneamente ligadas a essas
patologias, e apresenta consequências negativas na busca por apoio psicológico. Por
isso, é dever do Ministério da Educação, por meio de reformas na Base Nacional Comum
Curricular, promover uma nova disciplina sobre saúde mental na escola, com a
participação de profissionais da psicologia em sala de aula, com o fim de conscientizar
a população sobre a identificação e tratamento de doenças mentais desde a infância.
Ademais, é papel das prefeituras municipais realizarem campanhas sobre a

@medufglxix

34
TURMA LXIX

necessidade da busca por ajuda psicológica, por meio de palestras em locais públicos,
para desestruturar os preconceitos associados a esse apoio. Somente assim, análogo
ao clássico vicentiano, inúmeros "Parvos" brasileiros encontrarão a "salvação" em uma
sociedade mais tolerante.

~ Pedro Costa Galvão | Nota: 980

@medufglxix

35
TURMA LXIX

No livro “a hora da estrela” da escritora Clarice Lispector, é retratada a vida da


personagem Macabéa que sofre preconceito por não se encaixar nos padrões
socialmente impostos. Fora do campo literário, tal realidade se aproxima do cenário
hodierno, visto a preservação do estigma associado às doenças mentais na sociedade
brasileira. Nesse ínterim, convém compreender de que forma a ausência de uma
mentalidade social de empatia e a ratificação da hipossuficiência contribuem para a
fomentação do impasse.

Em primeiro plano, é imperioso ressaltar a preservação de uma mentalidade social de


preconceito com pessoas que possuem algum tipo de doença mental. Isso porque, é
sabido que a sociedade vigente é marcada pela exclusão dos indivíduos que não se
encontram no “padrão” que é socialmente aceito, excluindo-as do corpo social. Essa
conjuntura, relaciona-se ao conceito de “consciência coletiva”, fundamentada pelo
sociólogo Émile Durkheim, segundo o qual afirma, que os valores intrínsecos à
sociedade afetam diretamente o comportamento do indivíduo. Assim, é indubitável que
a preservação de uma “consciência coletiva” excludente fomenta a manutenção do
estigma associado às doenças mentais.

Outrossim, vale ressaltar os altos valores das consultas com especialistas que auxiliam
no tratamento da enfermidade mental. Nesse viés, é notório que as pessoas que não
possuem condições financeiras para pagar uma consulta com um profissional sofrem
ainda mais com o problema psicológico. Nesse contexto, em conformidade com o
filósofo contratualista John Locke, o Estado, ao agir com complacência diante da
problemática, fere os princípios do “contrato social”, uma vez que não fornece a todos
os cidadãos, acesso pleno aos meios de cuidado psicológico. Logo, em consonância ao
pensamento do estudioso, torna-se nítido que o acesso desigual às consultas com
psicólogos e psiquiatras, por exemplo, dificulta a efetivação do “contrato social”.

Dessarte, é mister que medidas sejam tomadas para a mitigação do estigma associado
às doenças mentais na sociedade brasileira. Portanto, urge que o Ministério da
Educação, em parceria com as escolas -principais instrumentos de construção da
mentalidade social do indivíduo, por meio de uma reforma educacional no ensino básico
e médio, crie disciplinas que estimule no estudante uma mentalidade de se colocar no
lugar do outro e não pratique ações de exclusão, a fim de que se construa uma
“consciência coletiva” de empatia. Ademais, para que os cidadãos tenham acesso pleno
aos meios de auxílio psicológicos, cabe ao Governo Federal, implantar programas
sociais para que a população mais carente receba ajuda necessária. Desse modo,
situações vividas pela personagem Macabéa não se farão presentes na sociedade
vigente.

~Railson Cipriano Regis | Nota: 960

@medufglxix

36
TURMA LXIX

RELATOS DOS APROVADOS

Para nós da Turma LXIX, acreditamos que essa é uma sessão importante para expor
as mais diferentes histórias e mostrar ao estudante que está lendo esta cartilha a
diversidade de experiências que compõem uma turma. E, com isso, motivar e
inspirar aqueles na busca pela aprovação. Sinta-se acolhido pela Turma LXIX, futuro
calouro.

PARA QUEM ESTÁ ESTUDANDO SOZINHO

“Minha história começa com alguns pontos que muitas pessoas enfrentam nessa
caminhada rumo a medicina e principalmente, faz com que desistam antes de tentar.
Eu vim de família com renda baixa e não tive o apoio dos meus professores do colégio
quando falava que queria estudar medicina, mas persisti e parei de comentar com as
pessoas sobre o curso que eu queria, busquei alguns drives com questões e conteúdos
na internet, vídeo aulas no YouTube, pesquisei sobre os pesos da universidade que eu
queria (no caso, ufg), estudei focando no que tinha maior peso pra ufg e tive o apoio da
minha namorada quando pensava em desmoronar. Desse modo, passei 3 anos
estudando sério por conta própria, fazia muitos simulados e questões, deixava pra
assistir vídeo aula quando tinha alguma dúvida. Assim, consegui a aprovação na UFMT
em 2020 e em 2021 na UFG, mas muito por ter revisto o que eu estava errando durante
os anos anteriores para não repetir no ano seguinte, buscava sempre está atento às
noticias para redação e também a prova de linguagens, a TV Cultura no YouTube é um
bom começo. No final, como um homem trans, preto e baixa renda, passar em medicina
na ufg foi minha maior conquista, meu motivo de orgulho e depois de muita luta, choro,
vontade de desistir, finalmente poder gritar "passei" foi a melhor sensação do mundo.
Não desistam!”

~Guilherme Fernandes

“Olá, meu nome é Juliana e tenho 19 anos. Desde muito cedo eu já falava para todos
que queria ser médica, no entanto, sempre foi algo muito distante quando se analisava
a minha realidade. Cursei parte do fundamental e todo o Ensino Médio em escola
pública e somente a partir do 3° ano que comecei a prestar o Enem com um objetivo
maior. Sou do estado do Maranhão, estudei lá até 2016, quando fiz o primeiro ano. O
único período disponível para os estudantes do Ensino Médio na cidade era o noturno e
eu, com 13 anos, iniciei assim esta fase escolar e, apesar de não ter muita noção, na
época, do que era o Enem e os processos seletivos (Sisu, Prouni, etc), tinha a certeza que
continuar naquela situação só me distanciaria do meu objetivo. Em 2017, vim para o
Goiás buscar um ensino melhor, porém meu foco ainda estava somente nos assuntos

@medufglxix

37
TURMA LXIX

relacionados ao colégio. Quando chegou o terceiro ano eu sabia que precisava me


dedicar mais, entretanto, fui matriculada em uma escola em período integral, em
Goiânia, e me sobrava pouco tempo para estudar para a prova do Enem, então comecei
a seguir o péssimo pensamento de “estudar enquanto eles dormem”. O resultado: não
conseguia absorver os conteúdos e, consequentemente, não atingi a nota necessária
para Med. No início de 2019, havia sido aprovada em outro curso, porém fui incentivada
a tentar mais um ano e, como minha situação financeira não permitia que eu
frequentasse um cursinho presencial, comecei a ver muitos depoimentos de pessoas que
alcançaram a aprovação em medicina estudando sozinhas e me inspirei. Os livros que
tinha e meu notebook, ganhado em uma competição escolar no 9° ano, foram muito
úteis nessa nova fase e tudo estava dando certo, todavia, muitos empecilhos foram
surgindo (estava me alimentando mal, dormindo cada vez menos, muitos problemas
familiares, comecei a ter crises de ansiedade e pânico). Quando chegou o dia da prova
estava muito exausta e no dia do resultado fiquei feliz com a redação, contudo, a média
não foi o suficiente e me vi novamente na situação: “tentar mais um ano ou ir para outro
curso?” E que bom que eu tentei mais um ano, pois foi em 2020 que consegui me
preparar melhor, trabalhei meu emocional, fiz exercícios físicos, estudei de forma mais
tranquila, sempre respeitando meu corpo, algo que não fiz nos anos anteriores. Devido
à pandemia, fiquei o mês de julho inteiro sem estudar, pois tive que ir para o Maranhão
com minha família. E esse tempo de descanso foi fundamental, pois, quando voltei,
estava mais focada, fiz muitos simulados, provas antigas e muitas redações. No dia da
prova estava calma e ciente de que tinha dado o meu melhor. Em abril, quando saiu o
resultado do Sisu, fiquei sem acreditar. E, analisando toda a minha trajetória, percebo
que na vida de vestibulando é muito isso, temos momentos de altos e baixos, que nos
fazem amadurecer e reconhecer que todo o esforço, em um futuro não muito distante,
irá trazer resultados incríveis. NÃO DESISTA DO SEU OBJETIVO, É TUDO UMA QUESTÃO
DE TEMPO, O SEU TEMPO. CUIDE DE VOCÊ E DE SUA MENTE, DÊ O SEU MELHOR,
CONFORME SUAS CONDIÇÕES, E RECONHEÇA SEMPRE O SEU ESFORÇO E TRABALHO.”

~Juliana Silva Albuquerque

PARA ESTUDANTES QUE FAZEM OUTRO CURSO E QUEREM MED

“Eae futuros mediciners!! Gostaria de lembrá-los que sempre vale a pena buscar a
felicidade. Fiz 2 anos de engenharia na Unb, tive emprego bom, vida encaminhada, mas
me sentia infeliz com o rumo que minha vida tinha tomado longe do meu sonho de
menino que envolvia a medicina. Decidi largar tudo para enfrentar essa turbulência
gigante que é o mundo dos vestibulares, e mesmo com todas as inseguranças e
dificuldades (junto com a pandemia que temperou tudo), digo com segurança: VALE A
PENA; busquem o que irá lhes fazer feliz futuros calorxs!!!!!!

~ Matheus Abner

@medufglxix

38
TURMA LXIX

PARA QUEM ESTÁ NO CURSINHO

“Em 2018, no 3° ano do ensino médio, descobri que meu sonho era fazer medicina. Fiz o
ENEM extremamente ansiosa e, infelizmente, bati na trave. A nota não era suficiente
para entrar numa federal no curso dos meus sonhos. Eu ainda estava muito
esperançosa e resolvi tentar de novo em 2019. Estudei bastante meus erros no meu
primeiro ano de cursinho e aprendi muitas coisas novas, porém, na hora da prova, o
nervosismo foi meu maior inimigo. Eu tive uma crise de ansiedade, comecei a chorar e
mal consegui terminar a prova no segundo dia. Cheguei em casa sabendo que tinha ido
mal. Resolvi então jogar minha nota numa faculdade particular e passei, mas eu sabia
que aquilo não era o que eu queria. Eu sabia que eu tinha capacidade de entrar numa
federal e não podia desistir estando tão perto. Mesmo com muitos falando que eu
deveria entrar na faculdade que eu passei, eu preferi seguir meu coração e enfrentar
meu segundo ano de cursinho. Muitos me chamaram de burra, muitos falaram que era
melhor eu mudar de curso, mas eu não dei ouvidos. Em 2020, a pandemia começou e
quando o ENEM estava se aproximando eu sabia que a minha saúde mental já estava
desgastada devido ao isolamento social e à exaustão do EAD. Mas, ao invés de surtar,
eu resolvi procurar ajuda. Fui na psicóloga e ela me ensinou várias técnicas de como
manter a calma na hora da prova. Isso me deu muita autoconfiança. No dia da prova eu
acordei passando mal, com ânsia de vômito e fraqueza. A energia da minha sala de
prova acabou e eu tive que fazer a redação no escuro. Alguma coisa queria fazer com
que aquele não fosse o meu dia, mas eu fiz aquele ser meu dia. Eu deixei todas as coisas
ruins de lado, foquei na minha prova, mantive a calma e dei o meu melhor. Pela primeira
vez em 3 anos eu não tinha surtado no ENEM. Esse controle emocional foi essencial para
a minha aprovação. Eu fiquei muito feliz em descobrir que minha persistência gerou
recompensas. Eu não só havia passado numa federal para medicina, mas também na
UFG, uma das melhores faculdades do país que fica na minha cidade natal. Quando eu
vi meu nome na lista de aprovados, os anos de cursinho passaram a ser vistos por mim
como um passaporte de entrada para o local que vai fazer meu sonho de ser médica se
tornar real. Por isso, se vocês estão no cursinho, não desanimem, não escutem àqueles
que não te motivam, apenas batalhe e busque alcançar seus sonhos. Vai valer a pena!”

~Bruna Di Parma

“Olá meus futuros calouros da 70!!! Em primeiro lugar saiba que esse processo é sim
muito doloroso. Esse período de vestibular nos traz tantas incertezas (ainda mais numa
pandemia) que às vezes nossa única vontade é de sumir, sair um pouco desse mundo.
Nos meus 2 anos de cursinho não foram poucos os momentos em que o desespero tomou
conta de mim, momentos em que eu chorava sozinho no quarto me perguntando se toda
aquela luta seria em vão, era difícil olhar pro futuro e não saber o que o destino me
reservava. Nesses momentos eu abria a cartilha da 68 e ficava olhando aquela lista de
colocados e pensava: O meu depoimento vai estar na cartilha da 69! Bem, acho que
vocês já conhecem o final dessa história.

@medufglxix

39
TURMA LXIX

A luta é árdua, mas a sensação de ver o seu nome na lista dos aprovados vale todas as
feridas. Só você sabe o tamanho do seu sonho, é possível sim passar, é possível sim
chegar na maior do centro oeste, e às vezes você não consegue imaginar o quão perto
está de atingir esse objetivo. Não precisa saber de tudo pra poder chegar lá (eu passei
mesmo com dificuldade em algumas matérias), cuidem da saúde mental de vocês, tirem
um tempo para ficar com as pessoas que te amam. Você é capaz de conquistar, basta
não desistir nos momentos de aflição! Ei futuro calouro, estamos te esperando
ansiosamente, vem com tudo 70!”

~ Alan Sousa França

ALUNO DESTAQUE EM MATEMÁTICA

“Mesmo que exatas não seja a matéria com o maior peso na UFG, a nota de matemática
é a que mais pontua o aluno por acerto, a que possui a maior nota máxima e é, portanto,
uma área que diferencia muito a classificação final do aluno. Por isso, valorize a prova
de exatas ainda que não possua muitas relações com o seu curso desejado. A prova de
matemática do Enem é uma avaliação que valoriza muito o estudante que entende o
TRI, por isso a agilidade e a atenção durante a resolução dos exercícios são essenciais
para alcançar altas notas. A resolução de questões do tipo Enem é extremamente
importante para a definição de padrões de questões e, consequentemente, para o
ganho de tempo (que é muito pouco no segundo dia do Enem). Além de resolver muitos
exercícios, prestar atenção durante as aulas, também, é essencial para atingir altas
pontuações, uma vez que os professores são aqueles que mais possuem experiência e
conhecimento sobre a prova. Na hora do teste, é necessário que você ao menos tente
resolver todas as questões e, para que isso aconteça, não perca muito tempo naquelas
que são muito difíceis e longas, pois são os acertos em questões fáceis e médias que
estruturam e edificam a sua nota. Ou seja, o chute por falta de tempo e os erros por
desatenção nunca devem ser uma opção na prova do Enem. Enfim, durante a prova,
tenha muita calma, muito foco e muita confiança, pois vai dar tudo certo no final. Estou
torcendo por todos vocês e espero ter ajudado aqueles que buscam fazer parte da
família UFG no próximo ano.”

~Enzo Inumaro

ALUNA DESTAQUE EM NATUREZA

“Em natureza, eu priorizava a resolução de exercícios e, quando eu errava uma questão,


eu voltava na teoria dela - no algo, pontual, que me faltou na hora para poder acertá-la
- ou voltava quando sentia que a teoria não estava tão clara ou fixa na minha cabeça.
Eu evitava gastar muito tempo revisando porque, sem sombra de dúvidas, a gente só
aprende de verdade fazendo exercícios e errando. Eu nunca pegava para fazer questões
só com gabarito, por isso estudava por provas antigas de vestibulares, porque acha-se

@medufglxix

40
TURMA LXIX

fácil a resolução delas na internet e, com ela, era mais rápido entender onde errou, qual
teoria faltou na hora e, também, acumula menos dúvidas para tirar depois. Quando eu
via que estava errando muito um assunto e precisava aprendê-lo, reservava uma
atenção maior a ele, focando primeiro na teoria e depois em fazer questões dele (não
fazia muitas em um curto período, mas sim um pouco de questões em um dia, mais um
pouco uns 2 ou 3 dias depois, e ia espaçando os dias conforme eu ia melhorando naquela
matéria – porque fazer muitas questões de uma vez não coloca aquele conteúdo na sua
mente a longo prazo, mas a curto prazo). Algo também muito importante foi revisitar
semanalmente as teorias dos exercícios que eu havia errado e até alguns deles, para
evitar errar mais vezes a mesma coisa. Sempre consegui lembrar das fórmulas
praticando-as em exercícios e não lendo-as várias vezes. Algo que foi crucial para
aprender a fazer prova não só de natureza, mas também das demais áreas, foi praticar
muitas e muitas provas antigas (não só do Enem, mas eu fazia muito Unesp, Fuvest e
Unicamp – não precisa ter medo das paulistas, são provas muito bem feitas, que testam
de verdade o nosso conhecimento e, se você fez tanto Enem que já sabe a resposta da
questão assim que bate o olho no texto, saiba que isso não é treino, isso não te testa e
não te ensina nada, vale a pena buscar outras provas pra treinar). Não negligenciei
conteúdos de “ah, não vou estudar isso porque não cai no Enem”, nessas matérias eu
passava o olho na teoria, entendia pelo menos o que eu teria que fazer para resolver
uma questão básica dela e, com isso, não tinha a agonia do “e se ela cair?”. Eu sempre
destacava a parte ou a palavra mais importante do comando da questão, para, quando
lia as alternativas, ir direto no que me foi pedido. No segundo dia, a minha estratégia
era ler e tentar todas as questões de natureza até dar duas horas de prova, pulando as
que eu não sabia resolver na hora e as que eu via que iam ser longas de resolver. Com
duas horas de prova já ia para matemática, porque por mais que ela tenha um peso
menor que o de natureza, a nota dela é alta e, por isso, ela é importante meio que tanto
quanto natureza. Com quatro horas de prova a minha meta era ter tentado e lido todas
as questões de matemática, pulando com a mesma estratégia que em natureza (pular
é de extrema importância por conta do TRI – deixando por último as questões que você
considerou mais difíceis, há maiores chances de elas serem as de menor peso e seu TRI
sair mais alto por ter acertado as demais). Depois de chegar até a questão 180 eu
marcava o cartão respostas de todas as questões feitas até o momento, depois voltava
nas de natureza e, por fim, nas de matemática.”

~Carollina Penna

ALUNO DESTAQUE HUMANAS

“Olá futuros calouros da turma 70!! Meu nome é João Paulo e estou aqui para falar um
pouco sobre a prova de Ciências Humanas e suas Tecnologias e trazer algumas dicas
que podem ajudá-los. Essa prova - e em especial a edição de 2020 - é muito
interpretativa, então, se não souber a resposta de imediato, ler mais uma vez o texto

@medufglxix

41
TURMA LXIX

pode ajudar. E para aumentar os acertos nessas questões é muito útil treinar pelas
provas anteriores, por meio de simulados.

Além disso, nas questões de ciências humanas ajuda muito identificar o contexto
histórico e saber suas características. Fazer simulados de provas anteriores também é
muito útil para aprender a gerenciar o tempo, praticar compreensão de mapas e
gráficos e treinar questões "modelo Enem".

Quanto à o que estudar, creio que seja muito recompensador estudar geografia física,
uma vez que as questões mais técnicas da prova de Humanas são, geralmente, dessa
área. Ademais, geografia física é um tema recorrente no Enem. Questões de história do
Brasil também são frequentes, então recomendo fazer questões dessa área.

Por fim, creio ser importante saber conceitos principais de filosofia e sociologia e
também estar por dentro das atualidades, como conflitos geopolíticos
contemporâneos, que são recorrentes na prova de Ciências Humanas. Bons estudos e
boa sorte a todos!!!”

~João Paulo Borges

ALUNA DESTAQUE EM LINGUAGENS

“Oi, futurxs calourxs! Vim comentar com vocês um pouco sobre a prova de Linguagens
do Enem e como obter um bom desempenho nessa área do conhecimento. Sabe-se que
as questões dessa prova são majoritariamente de cunho interpretativo, o que torna a
leitura protagonista na resolução dos exercícios. É muito importante não apenas ter
atenção ao texto ou imagem apresentados, mas principalmente àquilo que o enunciado
pergunta, pois é possível que a questão tenha alternativas tecnicamente corretas mas
que não respondem ao enunciado. Uma estratégia para melhor analisar as questões de
acordo com a abordagem desejada pela banca é ler primeiro o comando do enunciado
e depois voltar ao texto, a fim de ler este buscando pelas informações cobradas. Encaro
a preparação para a prova de Linguagens como sendo muito similar à de Matemática
ou Ciências da Natureza: pautada grandemente na realização de exercícios. Afinal, não
existe maneira melhor de compreender o padrão das questões do que estudando
através das próprias questões. Meu estudo para a prova de Linguagens foi baseado em
fazer as provas da área - tanto do Enem quanto de outros vestibulares (como Unicamp
e FUVEST) - com tempo cronometrado, e corrigindo erros ou dúvidas posteriormente.
Caso perceba um padrão de erro atrelado a algum conteúdo específico, tire um tempo
para revisar esse conteúdo. Finalmente, um hábito que pode ajudar a realizar a prova
com mais tranquilidade é ler e buscar compreender diversos tipos de textos. Isso
colabora não só para a prova de Linguagens, mas também para a Redação e para a
prova de Ciências Humanas, que também envolve uma quantidade considerável de
interpretação de texto”

~Júlia Picazo

@medufglxix

42
TURMA LXIX

RELATOS SOBRE SAÚDE MENTAL

Esse é um tema muito importante, mas, com frequência, é subestimado – ou até


esquecido. Nós, da Turma LXIX, optamos por trazer alguns relatos anônimos sobre
esse tópico para reforçar a importância da saúde mental na preparação do estudante.
Por favor, não negligenciem a saúde mental, não se destruam por causa de uma
prova.

“Um erro enorme que cometi na minha preparação para os vestibulares foi confundir
esforço com sofrimento. No começo, pensava que estudar por horas até à exaustão o
era um fator inevitável para que eu fosse aprovado. Com o tempo, entretanto, percebi o
quanto estava sendo infantil, porque isso me deixava sempre cansado e desmotivado,
prejudicando mais que ajudando no rendimento escolar. Por isso, futura turma 70,
tenham cuidado com o estudo em excesso, para não caírem na mesma armadilha que
eu caí. ;)”

“O emocional com certeza era o que mais deixa instável nas provas e me prejudicava.
Já tive várias crises de ansiedade durante os vestibulares, inclusive no Enem 2019.
Alguns meses antes do Enem 2020 eu procurei ajuda profissional para lidar com isso e
as dicas da minha psicóloga foram essenciais para a minha aprovação. Apliquei tudo
que ela me ensinou na hora da prova, mantive a calma, não tive crises de ansiedade e a
aprovação veio! Cuidar da saúde mental é fundamental não só nesse processo de
estudos, mas também para a vida toda. Por isso, busque ajuda psicológica e se cuide.”

“Vídeos motivacionais do Evandro Guedes foram os impulsionadores dos meus estudos


na pandemia e consequentemente aprovação.”

“Eu, particularmente, não teria passado se não tivesse feito terapia com a minha
psicóloga. Nunca precisei de tomar nenhum remédio e nem tive crises de ansiedade e
tudo mais, só fiz terapia regularmente. Sei claramente que não teria conseguido se não
tivesse me preparado psicologicamente durante os estudos e para a prova em si. A
terapia me proporcionou a confiança em mim mesma para conseguir dar o meu melhor
na hora da prova, me ensinou que eu não era um produto das dificuldades que passei
para estudar (e acredito que todos passaram também) na quarentena e que eu deveria,
apesar de tudo (menor rendimento nos estudos, por exemplo), não desistir e confiar que
eu deveria fazer a minha parte e brigar até o fim com cada questão.”

“Caro (a) estudante, primeiramente, é importante ter a ciência de que não temos o
controle dos eventos que nos circundam (pelo menos não na grande maioria das vezes).
Infelizmente (ou quem sabe felizmente), a vida, muitas vezes, parece ter dificuldade de
se manter linear, tende a oscilar entre acontecimentos muito ruins (no meu caso,
expressos por problemas graves de saúde na minha família) e outros incríveis
(creditados à cura e, claro, à razão de você estar lendo isso, a minha aprovação). Por

@medufglxix

43
TURMA LXIX

isso, quando estiver no pior desses polos (ou, simplesmente, em um dia ruim), aprenda
a respeitar os limites da sua mente e do seu corpo. Se desobrigue da falsa
responsabilidade de ser produtivo (a) o tempo todo, porque isso é uma falácia, cuja
única função é gerar ansiedade e sentimento de culpa, fato que, lamentavelmente, só
fui aprender no ano da minha aprovação- que a propósito, foi o mais inconstante, mas
o de maior amadurecimento-. Permita-se Cantar, dançar, brincar, conversar, rir, chorar.
Os seus estudos nunca serão a única representação da sua identidade, explore esse seu
dom artístico aí guardado, ou a sua habilidade pela escrita. Por fim, o cenário ideal, cujo
nome já é bem sugestivo, sempre ficará no plano utópico, ele não existe. Tenha fé em
Deus, na vida ou em qualquer coisa que te dê suporte e força para continuar e superar
os obstáculos. Jamais imaginei que eu escreveria, o que um dia eu li: se eu consegui,
você também pode! coisas inimaginavelmente incríveis esperam por você!”

“Controlar a saúde mental sem dúvidas foi o maior desafio da minha jornada de
vestibulanda, principalmente porque eu estava à algum tempo tentando minha
aprovação e em meio à pandemia. Achar um equilíbrio nesse momento foi muito difícil,
tinha dias que eu pensava em desistir, não me achava suficiente ou que meu sonho era
“grande demais”. Já tive crises de ansiedade e foram experiências horríveis, mas que de
alguma forma, com o passar do tempo, eu soube lidar melhor. Nas vésperas do ENEM,
eu estava ansiosa -claro- mas sentia um pouco mais de domínio sobre minhas emoções
e isso me ajudou a fazer a prova com mais tranquilidade. Sei que o autoconhecimento e
saber seus limites é essencial e se pudesse dar um conselho pra vocês futuros calouros
é: nunca vá além dos seus limites, nenhuma aprovação pode ser comemorada se sua
saúde for prejudicada. É muito difícil esse período, mas busque fazer o seu melhor e
dentro das suas limitações, o resultado será o melhor possível. Até logo turma 70.”

“Em vários momentos senti como se tivesse andando cegamente sem saber para onde
eu estava indo. Normal... o importante é só manter a disciplina, se agarre à ela pois é a
sua única segurança no momento mais incerto da sua vida.”

“É muito importante ter um horário de estudo que não seja exaustivo, que garanta
tempo para lazer e descanso. Cuidar da saúde mental é parte ativa da preparação para
a prova, faz toda a diferença no processo. Lembrem-se de aproveitar o caminho, não
deixem a felicidade pra depois :)”

“Por favor, não negligencie sua saúde mental. Confesso que já fiz muito isso e os frutos
são amargos. Acredito que aquilo que não é palpável ou não é sensível aos sentidos
possa parecer sem importância, quase como se aquilo que ocorre "apenas na sua
cabeça" fosse mentira. Mas isso não é verdade. As consequências da negligência com a
saúde mental são bem reais e concretas. Preste atenção aos sinais, não deixe para
depois e não se lamente por não ter começado a cuidar da sua saúde ainda. Apenas
comece. Neste exato momento. Busque ajuda. Felizmente, há universidades e
psicólogos que atendem por preços mais baratos ou até de graça. Procure aquele mais
perto de você e não hesite em pedir ajuda àqueles que você confia: família e amigos.
Além disso, pratique esportes! Calma, não precisa acordar no crossfit às 5:00 am. Uma

@medufglxix

44
TURMA LXIX

caminhada no quarteirão, uma "Bétia" com os amigos na rua ou um treino de 15


minutos do YouTube já podem dar conta do recado. É de extrema importância dar esse
voto de compaixão, esse carinho, esse afeto a si mesmo. Eu sei, às vezes parece que não
precisamos de ajuda e que a gente é autossuficiente. Mas não. O ser humano só evoluiu
porque se uniu em tribos para que pudessem ajudar uns aos outros. Está no nosso
âmago viver através de relações interpessoais de conexão, troca e ajuda. No mais, deixo
essa frase da autora Brené Brown na esperança de que todos nós possamos cuidar mais
da nossa saúde mental: “É muito importante o quanto nos conhecemos e
compreendemos, mas existe algo que é ainda mais essencial para uma vida integral e
plena: amar a nós mesmos".”

“Durante o estudo é muito importante que você não deixe os sentimentos ruins se
acumularem, entenda seus limites, se divirta e descanse quando necessário. Tudo isso
também faz parte da sua preparação, afinal, a saúde emocional influência na qualidade
dos estudos e na realização da prova.”

“Faça exercícios físicos, saia de vez em quando com amigos ou família, não foque em
horas de estudo, veja o sol.”

“A minha saúde mental oscilou muito durante o tempo q estudava para uma prova que
definiria todo o meu futuro. Pressão existia e era constante, mas tentar me dar um
espaço para respirar e um tempo para colocar a mente no lugar com certeza foi mais
significativo para a minha aprovação do que qualquer livro ou apostila.”

“Coisas que me ajudaram a manter a saúde mental: exercício físico, meditação e


horários de descanso/lazer (leitura, etc.)”

“Sim! Fazer terapia é importante, não é mimimi, você não está ficando louco(a)
também, todo mundo deveria fazer inclusive, às vezes são coisas demais para lidar
sozinho(a), é pedir ajuda pode ser um passo difícil no momento, mas a longo prazo isso
vai ajudar para o resto da vida, se entender melhor não ajuda somente com os ataques
de pânico ou de ansiedade, ajuda a melhorar sua desenvoltura, suas relações
interpessoais e até nos seus resultados (experiência própria).”

“No início da preparação me imaginava imbatível, invencível. Adivinha só: Não era, e
você provavelmente também não é. Vai ter muito sufoco sim, e ninguém disse que
estudar esse tanto de matéria, fora a pressão interna e externa para passar no
vestibular seria fácil. Só não cometam a grande burrada de deixar de lado a sua saúde
mental, abdicar dos pequenos prazeres que ainda nos restam em plena quarentena.
Digo isso com propriedade, meu estudo ao longo de 2020 não foi constante e no final tive
que focar o máximo possível para colocar tudo em dia. Horas de estudo dentro de um
quarto (eu estudava sozinho) vão desgastando a nossa mente de forma muito rápida,
cada vez mais eu me sentia solitário e levemente depressivo. Mas eu não me preocupava
com isso, o importante era se sair bem nas provas que estavam chegando em janeiro. O
resultado disso tudo? O pior janeiro da minha vida. Crises pânico, choro, uma insônia
insuportável: tudo isso no meio dos vestibulares. Eu consegui passar sim, mas olhando

@medufglxix

45
TURMA LXIX

pra trás vejo que tudo poderia ter sido mais leve e menos torturador, e hoje eu não
precisaria fazer uso de nenhum tipo de medicação psiquiátrica como faço. Em resumo,
nem vou dizer para buscarem terapia pois sei que nem todos tem condição financeira
para tal, mas digo que busquem a felicidade e o autocuidado. Vocês não são máquinas,
e a vida de vocês é bem mais do que uma média simples do ENEM ou uma posição na
lista de espera. Isso que vocês vivem agora é passageiro, já o que está dentro do seu
crânio ficará contigo até o fim da sua vida, cuidem bem disso.”

“Controlar a saúde mental sem dúvidas foi o maior desafio da minha jornada de
vestibulanda, principalmente porque eu estava há algum tempo tentando minha
aprovação e em meio à pandemia. Achar um equilíbrio nesse momento foi muito difícil,
tinha dias que eu pensava em desistir, não me achava suficiente ou que meu sonho era
“grande demais”. Já tive crises de ansiedade e foram experiências horríveis, mas que de
alguma forma, com o passar do tempo, eu soube lidar melhor. Nas vésperas do ENEM,
eu estava ansiosa -claro- mas sentia um pouco mais de domínio sobre minhas emoções
e isso me ajudou a fazer a prova com mais tranquilidade. Sei que o autoconhecimento e
saber seus limites é essencial e se pudesse dar um conselho pra vocês futuros calouros
é: nunca vá além dos seus limites, nenhuma aprovação pode ser comemorada se sua
saúde for prejudicada. É muito difícil esse período, mas busque fazer o seu melhor e
dentro das suas limitações, o resultado será o melhor possível. Até logo turma 70.”

Além disso, colhemos alguns dados estatísticos sobre a saúde mental dos aprovados,
principalmente considerando o cenário exótico do ano de 2020. O espaço amostral
dessa pesquisa foi de 37 participantes. Nas próximas páginas você poderá conferir os
resultados.

@medufglxix

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TURMA LXIX

Você faz terapia?

Sim
16%

Não
84%

Ao longo da pandemia, você experienciou algum tipo de sintoma ansioso?

Não
8%

Sim
92%

@medufglxix

47
TURMA LXIX

Ao longo da pandemia, você experienciou algum sintoma depressivo?

Não
35%

Sim
65%

Ao longo da sua preparação para o vestibular, você lidou com alguma situação
emocional intensa? Como crises de choro, pânico, dentre outros?

Não
27%

Sim
73%

@medufglxix

48
TURMA LXIX

Com isso, reforçamos a importância de cuidar da saúde mental como parte do


preparo para o vestibular – e também para vida. Não tenha medo, procure ajuda se
precisar.

CVV | Centro de Valorização da Vida

https://www.cvv.org.br/

Ligue 188

Você pode conversar com um voluntário do CVV ligando para 188 de todo o território
nacional, 24 horas todos os dias de forma gratuita.

@medufglxix

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TURMA LXIX

INFORMAÇÕES DA FM-UFG

HISTÓRICO DA “CASA DE FRANCISCO”

Fundada em abril de 1960, a Faculdade de Medicina de Goiás, hoje FM da UFG, foi


criada antes mesmo da Universidade Federal de Goiás, que veio um ano depois.
Nasceu de um sonho de seu fundador e primeiro diretor, o médico Francisco
Ludovico de Almeida Neto e de um grupo de colegas que formavam a recém criada
Associação Médica de Goiás. Esse sonho era acalentado pelos médicos da época, que
eram ainda poucos no território goiano e sabiam que muitos jovens que se
interessavam pela área não tinham condições de abraçar a profissão de médicos, pois
só havia escola de medicina no Rio de Janeiro e São Paulo, muito distantes da
realidade e das terras goianas.

Em meados da década de 50, quando o jovem Chico, como era chamado por todos,
voltou para Goiás, depois de ter cursado a Faculdade Nacional de Medicina, no Rio de
Janeiro, trazendo consigo o profundo desejo de fazer algo que pudesse garantir a
presença de um médico em cada município goiano. Faltava para o projeto uma
sustentação política, que veio com a visita a Goiânia do presidente da República
Juscelino Kubitschek de Oliveira e Chico, filho do então governador de Goiás, José
Ludovico de Almeida, aproximou-se dele e falou do sonho de se criar a nova FM.

Do Presidente veio a pronta resposta: “Chico, você fica responsável pela faculdade de
medicina de Goiás. Arrume todos os papéis e o que depender de mim será feito”. A
documentação necessária junto ao Ministério da Educação foi providenciada com a
interferência pessoal de Juscelino e o Estado doou a área em que hoje estão
instalados a Faculdade e o Hospital das Clínicas. O governo estadual construiu para a
nova escola os dois primeiros prédios, hoje tombados, onde atualmente funcionam
serviços de atendimento ao público e ali se inaugurou em 24 de abril de 1960 a
Faculdade de Medicina de Goiás.

O primeiro vestibular ofereceu 30 vagas e eram 179 os candidatos, mas como foram
aprovados 33, decidiu-se aceitar todos. O segundo vestibular voltou a oferecer as 30
vagas e assim continuou por muitos anos, quando as vagas passaram a ser 50 que
depois foram crescendo ao longo das décadas, até chegar ao número atual, com 110
vagas anuais.

A partir da década de 1990, houve especialmente um amplo desenvolvimento que


teve como base a transformação curricular, voltada para a formação do médico
generalista visando atender aos interesses do Sistema Único de Saúde (SUS). A FM
passou então a fazer parte de projetos do MEC como o PROMED e o PRÓ-SAÚDE, que
deram suporte à mudança curricular e que por sua vez proporcionou o ensino fora do
hospital.

@medufglxix

50
TURMA LXIX

Assim, os alunos desde o primeiro ano do Curso de Medicina têm contato com a
realidade nosológica e social junto às comunidades, trabalhando em parceria com os
agentes de saúde, sob a tutela dos professores. O Internato, que passou a ser de dois
anos, é realizado pelos discentes no quinto e sextos anos do curso, quando os alunos
fazem atendimento primário e tutorado aos pacientes no CIAMS – Centro Integrado
de Assistência Médica e Sanitária do SUS, no município de Goiânia. Foi ainda
implementado o Internato Comunitário no interior, especificamente em Morrinhos,
Jataí, Firminópolis e São Luiz de Montes Belos.

Ainda na parte pedagógica e de ensino, merece destaque especial a criação do


Laboratório de Simulação e Habilidades, que contém manequins de última geração
destinados ao treinamento em emergência e diagnósticos clínicos. Também merece
especial referência a instalação do programa governamental de Telessaúde, que
funciona com a disciplina de núcleo livre denominada Telemedicina. Esse serviço
completamente sedimentado, permite a realização de teleconferências, teleaulas,
teleconsultas e outras ações à distância, junto à comunidade dos bairros de Goiânia
de boa parte dos municípios do interior, além de uma interação com diversos
hospitais no Brasil e no exterior.

A FM conta ainda com Laboratório de Informática para estudo e pesquisa dos alunos
e Sala de Leitura com um acervo de livros de todas as especialidades médicas, além
de uma biblioteca literária. A tudo isso some-se agora a ampliação das instalações da
FM, com as obras de construção de um novo piso já em andamento e que faz parte do
projeto total de quatro pavimentos que, futuramente quando concluídos, terão
conexão direta com o novo hospital das clínicas, o qual já está concluído.

Do ponto de vista cultural, a Faculdade de Medicina conquistou espaço especial tanto


no contexto da Universidade como junto à comunidade em geral, desde a adaptação
do então auditório da Faculdade para teatro em 2006, denominado Teatro Asklepiós,
para o qual foi adquirido um piano de cauda que permitiu a implantação e o
desenvolvimento do projeto “Medicina em Concerto”, que já conquistou o público
com pelo menos uma apresentação musical por mês. O teatro, com acústica e
climatização ideais e 380 assentos, dá lugar a encontros acadêmicos, cursos e
seminários e é frequentemente solicitado pela UFG e outras instituições para eventos
especiais.

@medufglxix

51
TURMA LXIX

PROJETOS DE EXTENSÃO

Os projetos de extensão universitário é um processo educativo, cultural e científico


que é articulado com o ensino e a pesquisa. Eles são de grande importância para
avançar o processo de integração entre a Universidade e outros setores da sociedade
e têm suas ações pautadas por três grandes objetivos:

1. Integrar ensino e pesquisa na busca de alternativas, visando apresentar


soluções para problemas e aspirações da comunidade;
2. Organizar, apoiar e acompanhar ações que visem à interação da universidade
com a sociedade, gerando benefícios para ambas;
3. Incentivar a produção cultural da comunidade acadêmica e comunidades
circunvizinhas.

A instituição oferece bolsas para alunos vinculados às ações de extensão, no


Programa de Bolsas de Extensão e Cultura (PROBEC). O valor da bolsa se equipara à
bolsa de iniciação científica, PIBIC-CNPq. Além disso, existe o Programa de
Voluntariado (PROVEC).

Observação: os programas de extensão concedem aos seus participantes certificados


de horas extracurriculares.

GESTMED (GESTÃO EM SAÚDE E CARREIRA MÉDICA)

A GESTMED é um projeto de extensão (Uma empresa Jr. da UFG) voltado para gestão
em saúde, carreira médica e desenvolvimento de habilidades pessoais. As atividades
envolvem palestras, workshops, cursos, visitas a hospitais/consultório/clínicas e a
semana das especialidades. As palestras são quinzenais e abordam temas como
gestão financeira, gestão de tempo, empreendedorismo, personal branding, gestão
hospitalar e os impactos na remuneração médica, os mitos e verdades sobre os planos
de saúde, entre outros. Nesse sentido, a GESTMED é uma empresa sem fins
lucrativos, que visa à ampliação dos conhecimentos dos acadêmicos ao fazê-los
atuar no mercado da gestão em saúde. Veja mais em @gestmed_ufg.

IFMSA

A IFMSA é uma entidade representativa dos estudantes de medicina conhecida


como International Federation of Medical Students Associations of Brazil. Essa
associação de estudantes é considerada a maior do planeta, hoje ela conta com 166
escolas médicas filiadas de todas as regiões do país com mais de 7000 alunos filiados.
A IFMSA Brazil promove atividades, capacitações, treinamentos, troca de
experiências, desenvolvimento de habilidades, intercâmbios culturais e muito mais.

@medufglxix

52
TURMA LXIX

O comitê local é a representação da IFMSA Brazil localmente, em cada faculdade que


se tornou filiada à federação. E é através dele que é realizado atividades, discussões,
reuniões sobre diferentes temas, ações de impacto em nossa realidade local e
transformações em nossa vida acadêmica. Os coordenadores locais são os membros
do comitê e são todos aqueles alunos que escolheram se filiar à IFMSA Brazil.

LIGAS ACADÊMICAS

As ligas acadêmicas são atividades de extensão universitária, que foram criadas


para que os estudantes pudessem estudar áreas específicas, sob orientação de um
docente. Essas atividades são importantíssimas para que os discentes tenham
contato com o ensino, pesquisa e extensão, além de proporcionar a inserção na
prática profissional. Na FM-UFG temos as seguintes ligas:

− Liga Acadêmica de Obstetrícia e Saúde da Mulher (LOBS);


− Liga Acadêmica de Reprodução Humana (LiRep);
− Liga Acadêmica de Cardiologia (LaCardio);
− Liga Acadêmica de Endocrinologia (LAEN);
− Liga Acadêmica de Clínica Médica (CLIMED);
− Liga Acadêmica de Angiologia e Cirurgia Vascular;
− Liga Acadêmica de Neurociências;
− Liga Acadêmica de Transplantes;
− Liga Acadêmica de Diabetes (LAD);
− Liga Acadêmica de Mama;
− Liga Acadêmica de Medicina do Esporte e Exercício (LAMEEX);
− Liga Acadêmica de Oncologia;
− Liga Acadêmica de Medicina Intensiva (LIGAMI);
− Liga Acadêmica de Cirurgia Geral (LACIG);
− Liga Acadêmica de Urologia (LAU);
− Liga Acadêmica de Sexualidade Humana (LaSex);
− Liga Acadêmica de Geriatria e Gerontologia (LAGG);
− Liga Acadêmica de Trauma;
− Liga Acadêmica de Medicina Legal (LAMEL);
− Liga Acadêmica de Oftalmologia (LOFT);
− Liga Acadêmica de Pediatria (LAP)
− Liga Acadêmica de Anestesiologia e Dor
− Liga Acadêmica de Sistema Digestivo (LASD);
− Liga Acadêmica de Cirurgia Plástica;
− Liga Acadêmica de Estudo do Sono e do Pulmão;
− Liga Acadêmica de Psiquiatria e Saúde Mental (LAPSM);
− Liga Acadêmica de Otorrinolaringologia (LOTO).

@medufglxix

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TURMA LXIX

OUTROS PROGRAMAS DE EXTENSÃO

− Atuação profissional da Liga Acadêmica de Geriatria e Gerontologia da UFG na


promoção da saúde do idoso;

− Grupo de estudo sobre a Síndrome de Willians – Área genética Humana e


Diagnóstico;

− Programa de acolhimento ao calouro de medicina – PAC Med;

− Cuidando de quem cuida;

− Implantação do programa de terapia assistida dos animais do Hospital das


Clínicas da Faculdade de Medicina da UFG;

− Sexualidade: Mitos e Verdades;

− NESO: Núcleo de Estudos em Sedação Odontológica;

− A representação do idoso no cinema.

CENTRO ACADÊMICO XXI DE ABRIL (CAXXIA)

Em homenagem à data de inauguração da nova capital nacional, o centro acadêmico


da Faculdade de Medicina da UFG (FMUFG) foi batizado de Centro Acadêmico XXI De
Abril (CAXXIA). Além disso, as formas do brasão do CAXXIA são uma referência às
construções de Oscar Niemeyer. Assim, desde 9 de maio de 1960, o CAXXIA, o qual é
estruturado em sete departamentos: Departamento Científico (DC), Departamento de
Comunicação (DECOM), Departamento Cultural e de Eventos (DECULT),
Departamento de Infraestrutura (DINF), Departamento de Ensino Médico (DEM),
Departamento de Políticas Estudantis e Sociais (DEPES) e Departamento de Estágios
e Vivências (DEV), é a representação estudantil da Medicina da UFG, respondendo aos
anseios dessa comunidade acadêmica, da qual é representante no Conselho Diretor e
nos órgãos colegiados da unidade.

O CAXXIA também é responsável por suprir outras necessidades dos acadêmicos,


tantos científicas como culturais ou esportivas. Os tradicionais eventos científicos
organizados pelo CAXXIA são: Curso de Iniciação Científica (Noite Científica) e
Encontro Científico dos Acadêmicos de Medicina (ECAM). Este último tornou-se o
evento científico mais expressivo da FMUFG e hoje é responsável por fornecer, com
enfoque adequado a acadêmicos, palestras sobre medicina e afins, além de ser uma
oportunidade para apresentação de trabalhos cunhados pelos próprios alunos. O
ECAM é organizado pelos alunos do 3° ano e tem como evento integrado o Encontro
das Ligas Acadêmicas (ELA), que leva serviços à comunidade.

Os eventos culturais do CAXXIA se apresentam de inúmeras formas. O primeiro e mais


tradicional é o Show do Esqueleto, criado em 1962 pelo ainda acadêmico Heitor Rosa,

@medufglxix

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TURMA LXIX

hoje professor emérito da UFG, é exemplo de trote inteligente, que substitui a


violência por dramatização com críticas políticas e sociais, alegria e risos. A Semana
Cultural é outro evento já tradicional e, juntamente com o Show do Esqueleto, é
considerado patrimônio cultural da FMUFG. Há ainda o Asklepião, o ''arraiá'' da
medicina que já é uma tradição entre as festas juninas da cidade. Veja mais em
@caxxiaufg.

ASSOCIAÇÃO ATLÉTICA ACADÊMICA JOFFRE MARCONDES RESENDE

A Associação Atlética Acadêmica Joffre Marcondes de Rezende – AAAJMR – é uma


instituição esportiva de direito privado, sem fins lucrativos com representatividade
máxima na Faculdade de Medicina da Universidade Federal de Goiás. Fundada em
novembro de 2001, a AAAJMR tem como principal objetivo inserir os estudantes em
atividades esportivas que promovam a integração entre eles e a população,
oferecendo um ambiente adequado para que os alunos tenham, ao mesmo tempo,
opções de socialização, saúde física e saúde mental. Para isso, promovemos e
participamos de eventos esportivos em todo o Brasil, sobretudo na região Centro-
Oeste, bem como desenvolvemos ações sociais que visem favorecer o
desenvolvimento de populações carentes ou de risco. Além disso, a AAAJMR possui
um invejável histórico de conquistas como o deca campeonato do Inter e o
heptacampeonato do InterMed. Veja mais em @atleticamadrasta.

BATERIA MADRASTA

A Madrasta é a bateria universitária da Medicina UFG criada em 2003. Inicialmente,


ela era uma forma de animar a torcida por meio da música, usando instrumentos de
percussão. No decorrer de sua história, porém, ela se tornou muito mais: um ambiente
de descontração em torno de uma atividade cultural, um grande nome no cenário das
competições de baterias, tanto na UFG quanto no Centro-Oeste, e, acima de tudo, a
Madrasta tornou-se uma família.

A Madrasta participa de duas competições todos os anos: o Inter e o InterMed. O Inter


ocorre no primeiro semestre, em que se disputa com os demais cursos da UFG, sendo
que a Madrasta está na liderança com 5 títulos. Já o InterMed ocorre no segundo
semestre, em que se compete contra as outras faculdades de medicina do Centro-
Oeste, nessa competição a Madrasta está em primeiro lugar com 4 títulos. Veja mais
em @bateriamadrasta.

@medufglxix

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TURMA LXIX

SHOW DO ESQUELETO

O Show do Esqueleto é um evento cultural criado em 1962 por jovens estudantes de


Medicina. Trata-se de um teatro que já no primeiro ano de sua existência lotou os
lugares do Centro de Educação Física, onde foi encenado. Sua origem está vinculada
à substituição dos antigos e violentos trotes aplicados aos calouros do curso por
formas de recepção mais saudáveis, em que o riso é o propósito primordial.

Tal espetáculo é uma verdadeira contribuição histórica da medicina goiana à


cultura local. Nenhum evento possui maior tradição do que esse e poucos são tão
irreverentes. Quando os militares tomaram o poder, em 1964, o Centro Acadêmico foi
fechado e o Show teve que se desvincular da faculdade. Porém, o espetáculo
continuou e se tornou um dos movimentos culturais mais denunciadores do Regime.
Passada essa época, tal representação voltou a ser parte do CA e constitui hoje um
dos maiores acontecimentos culturais da UFG. Foi tombado em 20 de dezembro de
2006, pelo médico Heitor Rosa, como patrimônio cultural da Faculdade de Medicina
e, certamente, o maior evento cultural desta escola. Além disso, é o teatro há mais
tempo em cartaz em todo o Brasil (mais de 50 anos). Os temas abordados variam de
ano para ano, mas as bases em que os mesmos se assentam não são alteradas: o
humor e a crítica permanecem acima de tudo.

Quem encena os quadros são os próprios acadêmicos de medicina. Assim, com mais
de 50 anos de existência completos, os “esqueletos” são hoje milhares e dentre eles
estão renomados médicos e profissionais dos bastidores. Esses ex-alunos, que um
dia divertiram a sociedade, vão hoje ao teatro prestigiar. Com eles, vão seus familiares
e amigos, o que aumenta nossa responsabilidade perante o público a cada evento
realizado, bem como nosso espectro de divulgação social.

Por fim, o Show do Esqueleto é um evento com garantia de plateia e crítica. Suas
despesas são inteiramente cobertas por doações de patrocinadores (e até pessoas
físicas), que veem no público e na grandiosidade do evento boa campanha de
divulgação de suas marcas. Veja mais em @showdoesqueleto.

Para mais informações, vamos colocar alguns manuais excelentes elaborados pelo
CAXXIA que foram de grande utilidade para nós da Turma LXIX, eles possuem
informações bem detalhadas, aproveitem:

• Manual Geral – DAE;


• Manual do Ciclo Básico – DAE;
• Manual do EAD – DAE;

@medufglxix

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TURMA LXIX

@medufglxix

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TURMA LXIX

HOSPITAL DAS CLÍNICAS DA UFG

No dia em que completou 60 anos, a Universidade Federal de Goiás inaugurou um


novo prédio do Hospital das Clínicas, que é, atualmente, um dos maiores hospitais
universitários do país. Com a inauguração, o novo prédio já possui 300 leitos de
internação, com uma capacidade total de 600 leitos de internação e 76 leitos de UTI.
O HC-UFG possui um Centro de Materiais e Esterilização com área de 1 mil m2, fato que
faz o hospital figurar como uma referência no controle de infecção hospitalar.

De acordo com a Secretária de Comunicação da Universidade Federal de Goiás,


algumas informações sobre o HC-UFG:

• Alta complexidade – O novo prédio terá um pavimento exclusivo para a


internação de pacientes transplantados e poderá ter, nos próximos meses, o
primeiro Centro de Transplante Multivisceral do país, que já está em fase de
avaliação pelo Ministério da Saúde. O edifício possui um pavimento exclusivo
para o Centro de Diagnóstico, onde serão realizados procedimentos de

@medufglxix

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TURMA LXIX

Hemodinâmica para o diagnóstico e a terapêutica intervencionista em


cardiologia, neurologia e cirurgia vascular periférica em adultos e crianças.
• Formação de profissionais - Além de oferecer procedimentos de alta
complexidade, o Hospital das Clínicas contribui para a formação de
profissionais de diversas áreas da saúde e para o desenvolvimento de
pesquisas de ponta. O edifício possui 13 salas de aula, com capacidade para
40 alunos em cada sala, 10 salas de professores, 2 auditórios com capacidade
de 100 pessoas cada um e um laboratório de simulação realística de
procedimentos.
• Instalações - O edifício possui ao todo 20 pavimentos (2 Subsolos, Térreo,
Mezanino e 1º ao 16º) em mais de 44 mil metros quadrados de área
construída. O edifício possui oito pavimentos de internação geral, com 60
leitos cada um, um pavimento exclusivo para a internação de pacientes
transplantados, dois pavimentos para Centro Cirúrgico com 30 salas de
cirurgia e outros pavimentos para UTI Adulto (43 leitos), UTI Pediátrica (18
leitos) e UTI Neonatal (15 leitos). Há também um Centro Obstétrico com 5 salas
de parto e 24 leitos de pós-parto e um de isolamento; Central de Transplantes
com Enfermarias e Isolamentos e uma Unidade de Transplante de Medula
Óssea; preparação para Heliponto na cobertura; Unidade de Hemodinâmica e
uma Central de Material e Esterilização com mil metros quadrados. O prédio
também possui enfermarias climatizadas, com sistema de segurança por
câmeras e adaptadas para pessoas com necessidades especiais, sistema de
farmácia satélite e de nutrição em cada pavimento de internação, e sistema de
geração de energia, composto por sete geradores de 500 KVA cada, totalizando
3.500 KVA, projetado para manter todo o edifício funcionando normalmente se
houver falta de energia elétrica.
• Ala Lourival Louza - O Grupo Flamboyant realizou a doação de equipamentos
para criação de uma ala no novo prédio. A nova ala será composta por 60 leitos,
avaliados em mais de 2 milhões e 300 mil reais. Os leitos serão disponibilizados
após a inauguração do novo prédio do Hospital das Clínicas da UFG.
• HCCOVID - Mesmo antes da inauguração, a UFG cedeu o espaço do novo prédio
do HC para auxiliar no combate à pandemia da Covid-19. Para atender essa
demanda na rede pública de Goiás, a UFG e a prefeitura de Goiânia firmaram
uma parceria para uso do novo edifício de internações do HC-UFG, até
dezembro deste ano, como Hospital das Clínicas Covid (HCCOVID). A gestão do
HCCOVID está sendo feita pela Fundação de Apoio ao Hospital das Clínicas da
UFG (Fundahc). Atualmente, a secretaria municipal de saúde de Goiânia está
utilizando o 12º pavimento, destinado à internação; 3º pavimento, destinado
a UTI; 2º pavimento, destinado à Farmácia, 14º, destinado à Engenharia Clínica
e Manutenção, além do Térreo para recepção e diretoria.

@medufglxix

59
TURMA LXIX

O novo HC-UFG foi fundamental no combate à pandemia do Sars-Cov-2 (COVID-19) no


estado de Goiás – inclusive atuou na recepção dos pacientes de Manaus –, sobretudo
no tratamento de pacientes com casos graves da doença. Além disso, HC-UFG foi base
para o teste de uma nova tecnologia de testes para COVID-19, parte de um projeto
desenvolvido pela UFG: Diagnóstico Molecular Rápido baseado em RT-LAMP para
COVID-19. Veja mais sobre o HC-UFG aqui.

Em primeiro plano, a Faculdade de Medicina. Em segundo plano, o Hospital das Clínicas.

@medufglxix

60
TURMA LXIX

Quando somos parte de um grupo ainda tão discriminado nesse país, muitas vezes
nos vemos refletindo se o próximo nos aceita ou não, e essa reflexão acaba
permeando também os ambientes pelos quais estamos ou iremos. Foi por isso que
decidimos dedicar uma parte dessa cartilha sobre o assunto: vocês serão muito bem-
vindxs independentemente do seu gênero ou orientação sexual.

A faculdade de medicina oferece um ambiente bem livre para as diferentes expressões


de existência, e, apesar de ainda ser utópico dizer com certeza que não existe
LGBTfobia no meio universitário da medicina, podemos assegurar que na UFG a
comunidade encontra uma ampla rede de apoio e aliados.

Sabemos que muitos estudantes vêm dos interiores do centro-oeste e de outras


regiões do Brasil, nos quais, muitas vezes, a diversidade é apagada ou até mesmo
perseguida. Podem ter certeza que no ambiente universitário essa situação melhora
bastante e ser diferente da maioria deixa de ser algo tão pesaroso para ser algo que te
torna único e especial.

A UFG ainda oferece serviços à comunidade LGBTQIA+, especialmente àqueles com


realidade socioeconômica vulnerável, com destaque aos diversos auxílios que o Prae
oferece, como bolsa de permanência, moradia, alimentação, programa
Saudavelmente, entre outros. Veja mais nesse link.

Além disso, a existência de eventos na universidade e até mesmo uma atlética voltada
à comunidade (Unidos Do Vale UFG) também tornam a experiência LGBTQIA+ muito
mais rica e inclusiva. Por isso, caso você seja da comunidade e pense em entrar na
UFG, fique tranquilx e venha viver sua identidade da forma mais leve e tranquila
possível.

@medufglxix

61
TURMA LXIX

FALE CONOSCO (SOMOS CARENTES)

Esse é um espaço que decidimos colocar para que vocês vestibulandos possam ter um
canal de comunicação mais direto conosco, estudantes da FM-UFG. Estamos abertos
para receber dúvidas relacionadas ao curso, à faculdade, à cidade de Goiânia, dentre
outros temas pertinentes. Se quiser desabafar também, já passamos por isso.

NOME INSTAGRAM
Alan Sousa @alan_sousa_1
Carollina Penna @carollina__souza
Gabriela Tafuri @gabrielatafuri
Gustavo Moraes @gustavomoraes92
Isabella Victória @_isabellavictoriaa
Júlia Picazo @julia.picazo
Kaio Ribeiro @kaio.ribeirow
Lorrane Rangel @loo.rangel
Natália Cavalcante @nati.cavalcante
Pedro Galvão @pedro.kost
Railson Cipriano @railsoncipriano
Victor Cordeiro @victorcords

Sinta-se livre para acompanhar também o perfil da turma no Instagram.

@medufglxix

62
TURMA LXIX

AGRADECIMENTOS

E esse é o final da cartilha da Turma LXIX da Faculdade de Medicina da UFG. Foi um longo
e trabalhoso período até chegar nesse momento. Mas, foi um período muito construtivo
e que possibilitou novas amizades, com direito a momentos de estresse e momentos de
diversão. Foi um período que tivemos a chance de conhecer um pouco mais de daqueles
que fazem parte da Turma LXIX e compartilhar um pouco da nossa história. E cada um
desses estudantes tem uma trajetória de vida diferente, com algo para contar e ensinar,
contribuindo para uma enorme diversidade de experiências, além de fornecerem uma
personalidade dinâmica para a nossa turma.

Espero que ao longo desses 6 anos de curso a nossa turma tenha boas histórias para
contar, seja com dramas sobre a matéria acumulada, seja com conquistas no InterMed.
Penso que muitas amizades serão feitas nesse período e várias serão duradouras para
além da faculdade. Também espero que essa cartilha possa ajudar de alguma forma
aqueles que estão na busca da aprovação, como já ajudou muitos.

Como redator e um dos organizadores dessa cartilha, deixo aqui uma sessão de
agradecimentos a todos que de alguma forma contribuíram para esse projeto:

Aaron • Alan Sousa • Amanda Taquary • Anna Mary • Arthur Calisto • Arthur Farias •
Aylton Dias • Bruna Di Parma • Caio Carvalho • Caio Cézar • Carollina Penna • Enzo
Inumaro • Fabrício Marques • Figueiredo • Gabriela Tafuri • Guilherme Fernandes •
Guilherme Martins • Gustavo Moraes • Isabella Victória • Izadora Caiado • João Gemin
• João Paulo Borges • Jonas Marinho • Júlia Picazo • Juliana Albuquerque • Kaio •
Kayan S.R. • L U A • Lara • Lorrane Rangel • Luís Trentini • Mariana Brito • Matheus
Abner • Natália Cavalcante • Pedro Augusto • Pedro Galvão • Railson • Sabrina Nunes •
Sirilo Dal Castel • Tatiele Lopes • Vinicius Martins • Vinicius Romão • Vítor • Waldemar

~Victor Cordeiro Simão

Agradecemos também a todos que participaram fornecendo dados e informações


para esse projeto (seus dados estão seguros). Por fim, agradecemos também a
recepção sensacional planejada e executada pela Turma LXVIII.

Desenvolvedores:

Gustavo Moraes, Pedro Galvão, Railson Cipriano, Victor Cordeiro

@medufglxix

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TURMA LXIX

@medufglxix

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