O documento resume a formação do Estado angolano, desde a colonização portuguesa em 1482 até as eleições gerais mais recentes em 2017. Destaca os movimentos de libertação que emergiram na década de 1950, a independência em 1975 após a Revolução dos Cravos, e os diversos acordos de paz e eleições que ocorreram desde então, marcados por períodos de guerra e progressos rumo à democracia.
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Aula - Formação Do Estado Angolano
O documento resume a formação do Estado angolano, desde a colonização portuguesa em 1482 até as eleições gerais mais recentes em 2017. Destaca os movimentos de libertação que emergiram na década de 1950, a independência em 1975 após a Revolução dos Cravos, e os diversos acordos de paz e eleições que ocorreram desde então, marcados por períodos de guerra e progressos rumo à democracia.
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Mestrado em Serviço Social e Política Social
Disciplina de Estado e Política Social I
Professor: Daniel Luciano Muondo Texto-base: IMBAMBA, José Manuel (2003). UMA NOVA CULTURA PARA MULHERES E HOMENS NOVOS: Um Projecto Filosófico para Angola do 3.º Milénio à Luz da Filosofia de Battista Mondin. Bibliografia Complementar KUNZIKA, Emanuel (2015). A FORMAÇÃO DA NAÇÃO ANGOLANA ATRAVÉS DA LUTA DE LIBERTAÇÃO. FORMAÇÃO DO ESTADO ANGOLANO A luta de libertação (início da luta armada) Os movimentos nacionalistas angolanos (partidos políticos) O 25 de Abril de 1974 e o triunfo da Revolução Angolana Os Acordos de Paz e a Actualidade Governativa FORMAÇÃO DO ESTADO ANGOLANO Alguns Marcos Históricos: “A história é o homem em busca da sua máxima realização; é o homem em peregrinação contínua, em que tudo acontece: avanços, recuos, estagnações, impulsos, crises, desilusões, esperanças… Mas, e graças aos seus admiráveis esforços, vai sempre caminhando, dando sentido e razão de ser a essa história de que é protagonista. Todavia, para poder prosseguir na caminhada, para poder continuar a alimentar a esperança que o impulsiona, é necessário que o próprio homem não perca de mira a sua origem, o seu passado”.(IMBAMBA, 2003, p. 59) 1482 – Início da ocupação colonial portuguesa e processo de colonização (500) anos
“O fatal e histórico encontro dos habitantes do Reino do
Kongo com os Portugueses ocorreu em 1482, com a descoberta do estuário do Congo pelo capitão português Diogo Cão, tendo na altura o explorador português estabelecido os primeiros contactos com o reino negro. No seu regresso, em 1485, encontrou o rei Nzinga Nkuwu, o quinto grande rei da dinastia. Pouco depois, um grupo de missionários chegou ao país. Em consequência destes encontros, o rei foi baptizado, em 1491, com o nome de João I.” (KUNZIKA, 2015, p. 20) Formação dos movimentos de libertação (Coligações partidárias)
Foi, sobretudo, nos meiados da década de 50 que as
organizações anti-colonialistas mais revolucionárias foram concebidas e dadas à luz: 1956 – UPNA/ UPA – União dos Povos do Norte de Angola/ União dos Povos de Angola 1956 – MPLA – Movimento Popular para a Libertação de Angola 1961 – Início da luta armada (UPA/MPLA) 1962 – FNLA – Frente Nacional de Libertação de Angola 1961 – 1974 (Guerra em Angola) 1962 – CRIAÇÃO DO GRAE – Governo Revolucionáro de Angola no Exílio 1966 – UNITA- União Nacional para a Independência Total de Angola 25 de Abril de 1974 – Revolução Angolana
“Os nacionalistas angolanos munidos de todos os trunfos
nacionais e internacionais, estavam, mais do que nunca, determinados a levar a cabo a luta contra o mito integracionista que o regime salazarista, teimosamente aprogoava e defencia com todos os meios possíveis. Então, os movimentos de libertação optam por acrescentar à pressão política a componente militar. A viragem dá-se no ano de 1961, no decurso do qual «a nação portuguesa foi abalada por dois acontecimentos de gravidade excepcional: em Fevereiro e Março ocorreram os primeiros actos de violência armada em Angola e, no final do ano, a União Indiana apossou-se também, pela força das armas, dos territórios de Goa, Damão e Dio»” (IMBAMBA, 2003, p. 81-82) 15/01/1975 – Acordos de Alvor (MPLA/FNLA/UNITA)
1975 – Independência de Angola (MPLA, UNITA, FNLA)
“A independência de Angola, tal como foi conquistada,
não podia ser aquele ponto de viragem substancial para a liberdade e desenvolvimento socio-político-económico e cultural que todos os angolanos sonhavam. O país estava praticamente condenado a precipitar-se, perigosa e vertigionasamente, para os abismos da ruina total e isto, por duas razões principais: a política marxista- leninista assumida e encarnada pelo MPLA e a guerra de guerrilha levada a cabo pela UNITA, incentivada e nutrida pelos Estados Unidos da América e pela África do Sul, contra tal política [p.92]” 27/05/1977 – Situação interna do MPLA? 1979 – Morte de Agostinho Neto e subida de JES
31/05/1991 – Acordos de Bicesse
“Os acordos de paz de Bicesse injectram em Angola ventos inovadores de tolerância e de certo alívio. O povo dançou de contente e acreditou na paz e na reconciliação: era, de facto, o advento do renascimento de Angola. Os ventos de mudança que sacudiram o mundo europeu e não só, finalmente, chegaram à África Austral, especialmente, à Angola, onde o Governo para adaptar-se à nova era, teve que renunciar aos seus precedentes e anacrónicos princípios ideológicos, operando princípios constitucionais que abriram as portas ao multipartidarismo”. [p. 98] 1991 – Lei Constitucional 1992 – 1ªs Eleições em Angola (Legislativas e Presidenciais) e guerra fria “Os dias esperados e pelos quais a UNITA, em nome do povo angolano se batera longamente, finalmente chegaram. O povo, pela primeira vez na sua trágica história, foi chamado a escolherr livremente o Presidente da Repúblia e os deputados à Assembleia Nacional. A afluência às urnas naqueles dois dias memoráveis (29/30 de Setembro de 1992) foi espectacular e surpreendente (92%), o grau de civismo manifesto pelos eleitores embassou todo o mundo, enfim «todos os observadores e a comunicação social de todo o mundo, presentes em Angola no período eleitoral destacaram a correcção com que decorreu o acto eleitoral e as operações preparatórias, sob a responsabilidade de uma Comissão Nacional Eleitoral com a representação de todos os partidos e sob a fiscalização das Nações Unidas»” [p. 98]” “O veredicto final, tornado público a 17 de Outubro, e que custou caro aos angolanos, dava aos partidos e candidatos mais votados os seguintes resultados: vitória do MPLA com 53,74% dos votos nas eleições legislativas , o que dava 129 dos 223 assentos do parlamento, ficando a UNITA como segundo partido mais votado com 34,10%, equivalentes a 70 lugares; o presidente Eduardo dos Santos com 49,57% dos votos levou vantagem sobre Savimbi que contava com 40.07% e como nenhum dos dois conseguira a maioria absoluta, tudo ficou remandado para uma segunda volta, nunca mais realizada, porque a UNITA, perante este quadro, talvés inesperado, decididu boicotar as eleições como tendo sido maciça e sistematicamente fraudulentas, apesar de terem sido consideradas pela representate especial do Secretário- Geral da ONU como tendo sido «na sua globalidade livres e justas» [p.98-99]” “Como consequência, a “política dos músculos” voltou a tomar conta da situação e Angola, mais uma vez, nadava num imenso mar de sangue: o povo era mais traído e massacrado pela simples razão de ter expressado a sua vontade! Tal como a independência, também a democracia passou a ser vista como um grande pesadelo, um mal procurado… Era o colapso dramático do sonho construído em Bicesse e o grito desesperado dos Bispos “Salavai-nos porque Perecemos”, ecoou forte, espelhando os horrores duma guerra já sem razão nem adjectivos que pudessem qualificar” [p.98] “[..] a experiência mostra que o povo angolano, na sua simplicidade, não faz das diferenças éticas um obstáculo para a convivência fraterna e pacífica. Os responsáveis destas situações hediondas são os próprios políticos, os intelectuais que, sem escrúpulos incitam e alimentam no povo tais sentimentos para alcançar dividendos políticos. Esta é, a nosso ver, a triste realidade do nosso País”. [p.98] 1994 – Acordos de Lusaka 1997 - Criação do GURN – Governo de Unidade e Reconciliação Nacional 2002 – Morte de Jonas Savimbi 2008 – 2ªs eleições (Gerais) 2010 – Constituição da República de Angola 2012 – 3ªs eleições (Gerais) 2017 – 4ªs eleições (Gerais) CONCLUSÃO
Democracia – é um facto e um processo contínuo
Reforma do Estado – processo de formação permanente Participaçao dos Cidadãos – consolidar os mecanismos existentes e privilegiar outros Políticas Públicas – que sejam exequíveis e concretas Avanço e Consolidaçao da Democracia (Interna) e Nacional