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TCF Violência Contra Mulher

1. O documento discute a violência contra a mulher no Brasil, incluindo um breve histórico da luta feminista e a legislação como a Lei Maria da Penha. 2. A pesquisa busca entender por que a violência contra mulheres continua alta no século 21 apesar das leis de proteção. 3. O objetivo é erradicar todos os tipos de violência contra mulheres: física, psicológica, moral, patrimonial e sexual.

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TCF Violência Contra Mulher

1. O documento discute a violência contra a mulher no Brasil, incluindo um breve histórico da luta feminista e a legislação como a Lei Maria da Penha. 2. A pesquisa busca entender por que a violência contra mulheres continua alta no século 21 apesar das leis de proteção. 3. O objetivo é erradicar todos os tipos de violência contra mulheres: física, psicológica, moral, patrimonial e sexual.

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1

GERÊNCIA REGIONAL DE EDUCAÇÃO DA MATA NORTE


PROFESSORA ELISABETH LYRA

VIOLÊNCIA CONTRA A MULHER

Turma: (2021, Travessia Fundamental/ módulo II)


CAUBY LOPES SIQUEIRA NETO

NILSOMAR DE SOUZA ARRUDA CABRAL

ROSIANE CLECIA DA SILVA RODRIGUES

Professor(a) Orientador(a): Rochana Magna Gonçalves de Oliveira Silva

Timbaúba – PE
2021
2

TEMÁTICA DA INVESTIGAÇÃO:
VIOLÊNCIA CONTRA A MULHER

1 APRESENTAÇÃO

As desculpas são as mais diversas: uma hora é a bebida; em outras, o ciúme, a


raiva acumulada, a não aceitação da separação. Assim, todos os dias centenas de
homens batem, queimam, espancam, ameaçam e às vezes chegam a matar suas
esposas, namoradas, filhas e outras mulheres da família.

A prática de violência contra mulheres, seja ela física, moral, psicológica ou


sexual, não é algo novo. Pelo contrário, é uma atitude tão antiga quanto a
humanidade. O que é novo é a preocupação em erradicar da sociedade essas ações
com leis que garantam a proteção e integridade das vítimas e punam severamente os
agressores.

Mesmo com todo amparo legal para garantir os direitos da mulher numa
sociedade que ainda a vê como um ser inferior e submisso, o número de vítimas tem
crescido assustadoramente no Brasil, conforme mostra o Mapa da Violência 2015, de
Júlio Jacobo Waiselfisz.

O presente trabalho de pesquisa tratará de um fenônemo que revela a relação


de desigualdade entre homens e mulheres em pleno século XXI, iniciando com um
breve histórico sobre a luta das mulheres para conquistar seu espaço na sociedade ao
entendimento da Lei Maria da Penha.
A violência contra a mulher é um fenômeno que infelizmente é uma realidade que
pode estar presente em todos os âmbitos da vida, ao longo de seu ciclo vital, podendo se
manifestar sob diferentes formas e inúmeras circunstâncias. O fenômeno se expressa,
principalmente, através da violência sexual, física e psicológica, no entanto não se
inscreve somente no corpo, pois nem sempre deixa marcas visíveis, repercutindo na vida
social da mulher. Este trabalho tem a finalidade de indicar a necessidade de compreender
a realidade das mulheres em situação de violência dando ênfase ao comportamento da
sociedade em relação ao ato cometido, verificando o motivo desse ato ainda acontecer e
os números aumentarem com facilidade.

2 PROBLEMA MOBILIZADOR
Em virtude do crescente número de casos de violência contra a mulher e de
3

feminicídios no Brasil, surgiu o seguinte questionamento: Por que em pleno século XXI e
em meio a tantos aparatos legais, como a Lei Maria da Penha e a Lei do Feminicídio, a
mulher continua sendo vítima, principalmente onde deveria existir uma relação de afeto e
respeito?
De acordo com o Portal do Ministério Saúde, a violência contra a mulher é referida
de diversas formas desde a década de 50. Foi designada como violência intrafamiliar,
violência contra a mulher, violência doméstica e na década de 90 os estudos passam a
tratar essas relações de poder, em que a mulher em qualquer faixa etária é submetida e
subjugada, como violência de gênero.

Foi a partir da análise dessas informações e na tentativa de compreender os


motivos que levam ao crescente índice de casos de violência contra a mulher que teve
início essa pesquisa.
De acordo com a Convenção Interamericana para Prevenir, Punir e Erradicar a
Violência contra a Mulher à violência define-se como: “Qualquer ato ou conduta baseada
no gênero que cause morte, dano ou sofrimento físico, sexual ou psicológico à mulher,
tanto na esfera pública quanto na privada.”
Infelizmente essa temática é um problema recorrente, que mesmo com a legislação
para proteção contra casos de violência contra mulher, na realidade os casos só
aumentam, e debater sobre o tema é uma das maneiras de combater aos índices de
violência.
Existe uma necessidade de trabalhos acadêmicos que relacionem os problemas
enfrentados contra violência contra mulher, principalmente quando verificados índices de
estatísticos e uma análise do motivo da violência ainda ser uma realidade em nosso país.

3 OBJETIVO GERAL

O objetivo geral do tema em questão é Erradicar da sociedade todo tipo de


violência contra a mulher, seja ela psicológica, física, moral, patrimonial ou sexual.

4 FUNDAMENTAÇÃO
A violência contra as mulheres é sofrida em todas as fases da vida. Muitas vezes
ela se inicia ainda na infância e acontece em todas as classes sociais. A violência
cometida contra as mulheres no âmbito doméstico e a violência sexual são fenômenos
sociais e culturais ainda cercados pelo silêncio e pela dor.
4

4.1 Um Breve Histórico da luta das mulheres perante a desigualdade de gênero

A desigualdade de gênero é historicamente embasada na subordinação feminina.


Sendo que em outras épocas essa submissão era mais acentuada e mantinha a mulher
numa situação de total vulnerabilidade diante de uma sociedade patriarcal e machista. A
luta por liberdade e igualdade foi árdua, principalmente num período totalmente
autoritário, que via o ambiente doméstico o único local apropriado à mulher. Surgia,
então, o movimento feminista brasileiro.

Além do movimento feminista, outros movimentos de mulheres contribuíram


significativamente incitar uma reflexão sobre a violação dos direitos no Brasil, pois a
violência contra a mulher atinge o direito à vida, à saúde e a integridade física das
vítimas.

Com o passar dos anos, elas foram conquistando espaço que antes eram
exclusivamente dos homens, como por exemplo, o ingresso em escolas e o direito ao
voto (este conquistado em 1934, na Era Vargas).

No final do século XIX, as mulheres já eram operárias nas indústrias dos grandes
centros urbanos brasileiros (mesmo recebendo salário inferior aos homens) e,
consequentemente, tiveram os primeiros contatos com ideias revolucionárias trazidas por
imigrantes europeus – fato mostrado em algumas telenovelas brasileiras.

Em todos os momentos, a violência contra a mulher dentro e fora do ambiente


familiar foi intensa, mas as autoridades não davam a devida atenção ao problema.
Quando a mídia noticiava os casos, as vítimas eram apontadas como culpadas pela
violência sofrida. Algo parecido com o que acontece ainda hoje quando se trata de
assédio e/ou violência sexual: culpam a mulher pela forma de vestir-se.
Analisando o contexto histórico a violência contra as mulheres é um ato costumeiro
no casamento, desde os tempos medievais, nos quais as mesmas eram representadas
pelos homens, sendo consideradas como um símbolo de desvalorização social.
A figura feminina era reprimida por sua sexualidade, e restrita de diversos direitos
por ser caracterizada como incapaz, inexistindo a proteção legal às mesmas na época.
Em 1985, foi criada a primeira Delegacia de Atendimento Especializada à Mulher
(DEAM), no Estado de São Paulo, com objetivo de promover amparo às mulheres. Após
a Constituição Federal de 1988, ocorreu ampliação mais abrangente nos direitos das
mulheres, e somente no ano de 2006 foi sancionada a Lei Maria da Penha para
prevenção e punição da violência doméstica, tendo ainda como complemento, a criação
5

da Lei 14.022/2020, por meio da PL 1.291/2020 da relatora Rose de Freitas, após a


ascensão da pandemia provocada pelo Coronavírus e aumento relevante dos casos de
violência doméstica.
Atualmente, a desigualdade de gênero é a principal causa de violência contra a
mulher, no qual se destaca uma relação de incompatibilidade de poder, em que os
comportamentos e escolhas são limitadas para a figura feminina. Sabe-se que, em
muitos casos, as mulheres ficam ao lado do agressor por falta de recursos financeiros,
constrangimento, medo, bem como para a proteção dos filhos, e sistematicamente,
ocorre o feminicídio por desconsiderar a dignidade da vítima enquanto mulher.
4.2 Tipos de Violência

Tendo como base a Cartilha Maria da Penha e Direitos da Mulher, do Ministério


Público Federal, Brasília, 2011, a violência está dividida em cinco tipos, entre eles:
 Violência Física
Qualquer conduta que ofenda sua integridade ou saúde corporal. Classificados
como espancamento com a mão ou objetos, tentativas de estrangulamento, arremesso
de objetos contra a mulher, socos, pontapés entre outros. Podendo chegar a
assassinatos.
 Violência Psicológica
Descrita como sendo uma das mais devastadoras consiste em qualquer conduta
que lhe cause danos emocionais ou diminuição da autoestima ou desqualifique suas
ações, comportamentos, crenças e decisões, mediante ameaça, gritos, imposição de
medo, constrangimento, humilhação, isolamento entre outros. Tudo que lhe cause
limitação do direito de ir e vir ou qualquer outro meio que lhe cause prejuízo à saúde
psicológica e autodeterminação.
 Violência Sexual
Qualquer conduta que a constranja a presenciar, manter ou participar de relação
sexual não desejada, mediante intimidação, ameaça, coação ou uso da força; que a
induza a comercializar ou utilizar de qualquer modo de contraceptivo ou force ao
matrimônio, a gravidez, ao aborto ou à prostituição, mediante coação, chantagem,
suborno ou manipulação; ou que limite ou anule os seus direitos sexuais reprodutivos.
 Violência Patrimonial
Qualquer conduta que configure retenção, subtração, destruição parcial ou total de
seus objetos ou instrumentos de trabalho, documentos pessoais, bens, valores e direitos
ou recursos econômicos, incluindo os destinados a satisfazer suas necessidades.
 Violência Moral
6

Qualquer ação que configure calúnia, difamação ou injúria. Ocorre quando o


agressor ou agressora afirma falsamente que aquela praticou crime que ela não cometeu,
difamação, ocorre quando o agressor atribui à mulher fatos que maculem a sua
reputação, ou injúria, ocorre quando o agressor ofende a dignidade da mulher.
(Exemplos: Dar opinião contra a reputação moral, críticas mentirosas e xingamentos).
Esse tipo de violência pode ocorrer também pela internet.

4.3 Motivos de Omissão

Porque muitas mulheres sofrem caladas? De acordo com a cartilha Campanha


permanente do Ministério Público do ano de 2012, Maria da Penha em Ação, acredita-se
que mais da metade das mulheres que sofrem agressão permanecem caladas sem pedir
ajuda. Muitas desenvolvem o triste pensamento de que “foi só daquela vez” ou que “esta
vai ser a última vez”. Por vergonha, medo, dependências financeiras ou emocionais,
essas são muitas das causas.
Cativas ainda de uma cultura que “ruim com ele. Pior sem ele”, sofrem sozinhas e
em silêncio. Em muitos casos o agressor acusa a própria vítima de ser a responsável
pela agressão e até promete depois do ato agressor que não acontecera novamente.
Porém não demora muito para que o ato monstruoso volte a ocorrer.
A violência doméstica e familiar seja ela física, psicológica, sexual, patrimonial ou
moral envolve na verdade mais do que tapas, socos, empurrões e ameaças. Muitas
vítimas chegam a declarar que vivem em situação de violência não por dependência
material, já que são elas que arcam com todas as despesas do lar (alimentação, saúde,
educação, lazer). Expõem que quando se há filhos na relação, o caso é bem diferente,
submetem-se a conduta ofensiva do cônjuge para que os filhos não cresçam sem pai.
Permitindo que os pequenos membros de nossa sociedade estejam expostos à figura de
um ser de comportamento agressivo, explosivo e criminoso.
Mesmo contemplando a intensidade que esta realidade vem sendo discutida é
necessário cada vez mais trazer luz a essas mulheres do direito que todas elas despõe
de viver sem violência. Que quando gritam por socorro, não é vergonhoso, mas,
demonstram dignidade, liberdade e cidadania. Faz com que o Estado cumpra o seu dever
de punir o responsável e proteger a vítima.

4.4 Dados Estatísticos sobre a violência contra a mulher


A violência contra as mulheres também empobrece as mulheres, suas famílias,
suas comunidades e seus países. A violência contra as mulheres não está confinada a
7

uma cultura, uma região ou um país específicos, nem a grupos de mulheres em particular
dentro de uma sociedade. As raízes da violência contra as mulheres decorrem da
discriminação persistente contra as mulheres.
Apesar dos muitos avanços alcançados com a Lei Maria da Penha, o número de
feminicídio -assassinato de mulheres - coloca o Brasil em 5º lugar no ranking de países
nesse tipo de crime. Segundo Mapa da Violência 2015, do pesquisador Júlio Jacobo
Waiselfisz, dos 4.762 assassinatos de mulheres registrados em 2013 no país, 50,3%
fora cometidos por familiares, sendo que em 33,2% desses casos, o crime foi praticado
pelo parceiro ou ex parceiro. Essas quase 5 mil mortes representam 13 homicídios
femininos diários em 2013.

A criminalidade tem ligação com a desigualdade social apresentada no Brasil que


resulta na exclusão de pessoas. Esta desigualdade está vinculada com a impunidade
que surge de um sistema de justiça ineficaz. Portanto, toda mulher pode ser uma vítima,
e denunciar a violência é a melhor forma de se defender dela.
Alguns Dados do Fórum Estadual Lei Maria da Penha, 2015:
 No Brasil, a cada 15 segundos uma mulher é espancada pelo marido ou
companheiro.
 Mais de 70% dos incidentes violentos são de espancamentos de mulheres por
seus companheiros, que escapam de penas alegando ter agido “sob forte
emoção”.
 As mulheres continuam sendo as maiores vítimas de atentado violento ao pudor,
ameaças e lesões corporais dolosas. · São registrados 15 mil estupros por ano no
Brasil.
 Mais de um bilhão de mulheres no mundo foram espancadas, forçadas a
manterem relações sexuais ou sofreram algum tipo de abuso.
 Oitenta e quatro bilhões anuais, ou seja, mais de 10,5% do PIB brasileiro, são
gastos com os problemas de correntes da violência contra a mulher.
 A tentativa de suicídio é 3 vezes mais frequente em mulheres agredidas;
 1 em cada 5 dias de falta ao trabalho é causado pela violência contra as mulheres
dentro de suas casas.
 A violência doméstica faz com que a mulher perca 1 ano de vida saudável, a cada
5 anos.
 33% das mulheres apontam a violência contra as mulheres dentro e fora de casa
como o problema que mais preocupa a brasileira na atualidade.
8

4.5 Lei Maria da Penha

Tudo começou quando o ex-marido de Maria da Penha Maia Fernandes tentou


matá-la dentro de casa, em 1983. Ela passou quatro meses hospitalizada. Foi só quando
voltou para casa, já em uma cadeira de rodas, e ficou em cárcere privado, que soube:
seu ex-marido é que tinha atirado nela. Foram 19 anos e seis meses de luta por justiça. E
que só acabou por causa das pressões internacionais.

Foi em agosto de 2006 que a Lei 11.340 – ou Lei Maria da Penha, como foi
chamada
– foi aprovada com unanimidade pelo Congresso Nacional com o objetivo de
proteger as mulheres vítimas de violência doméstica. Mais recentemente, em março de
2015, foi sancionada a Lei 13.104 - Lei do Feminicídio - que classifica como crime
hediondo e com agravantes quando acontece em situação de vulnerabilidade, isto é,
gravidez, menor idade, na presença de filhos, etc..

A Lei Maria da Penha é considerada pela ONU como uma das melhores do mundo
para combater a violência contra a mulher. Dentro desses dez anos de sua criação,
somente 2% dos brasileiros nunca ouviram falar dela. Mas isso não significa que todas as
mulheres recorram a essa lei quando precisam dela. Ainda falta muita informação
enquanto sobra vergonha e medo.

Por isso é uma lei que fala de gênero. A vítima precisa se identificar como do sexo
feminino. Quanto ao agressor, ele precisa ser alguém que convive com a mulher, não
necessariamente o marido. Pode ser o irmão, o cunhado, o padrasto e até mesmo outra
mulher.

Apesar dos casos de agressão chamarem mais a atenção, a Lei Maria da Penha vai
além disso. Afastar a mulher da família e dos amigos, xingar ou ofender o tempo todo são
exemplos de violência. E isso também é crime.

A violência sexual ou estupro, a violência patrimonial, ou seja, a destruição de


objetos e documentos; a violência moral, isto é, difamar e caluniar uma mulher também
se enquandram nessa lei. Esses são os passos anteriores ao espancamento e ao
assassinato.

Depois que a mulher apresentar a queixa, a justiça tem 48 horas para analisar que
medidas de proteção ela deve receber. Essas medidas variam caso a caso. O Juiz pode
proibir que o agressor se aproxime da vítima ou fale com ela; que vá à lugares que ela
9

frequente e, em casos mais graves, pode até mandar prendê-lo.

É importante disser que tudo isso não depende da orientação sexual vítima, pois a
lei garante o mesmo atendimento para mulheres hétero, lésbicas ou transexuais.
A Lei Maria da Penha—LMP, necessita ser conhecida, difundida,
interpretada, amplamente divulgada, tanto em espaços acadêmicos como em escolas,
associações, sindicados, locais de trabalho, comunidades de periferia, grupos de
mulheres, entre outros.
Entre as principais necessidades estão:
 Participação da Sociedade Civil no enfrentamento da violência doméstica e familiar
contra a mulher, para isso é necessário:
 Destinação de recursos para a implementação da LMP através de dotação orçamentária
nos Planos Plurianuais
 Criação de Delegacias Especializadas de atendimento à Mulheres e/ou sessões
especializadas.
 Criação de Casas Abrigo, Centros de Referência e de atendimento integral e
multidisciplinar para mulheres e seus dependentes, bem como o Serviço de Assistência
Jurídica em sede policial e judicial.
 Criação de núcleos de defensoria pública especializados no atendimento à mulheres em
situação de violência.
 Criação de curadorias (promotorias especializadas) para atuar junto aos Juizados de
Violência Doméstica e Familiar contra a Mulher.
 Criação de Juizados de Violência Doméstica e Familiar contra a Mulher.
 Criação de Centros de educação e reabilitação para agressores.
 Garantir cursos de capacitação para os agentes públicos em direitos humanos, gênero,
raça e etnia, capacitar os técnicos, policiais e agentes que atuam junto às delegacias de
polícia e a os centros de referência.

4.6 Casos de grande repercussão de violência contra a mulher

O g1.globo.com reuniu mais de quatro mil noticias de violência contra a mulher


entre 2006 até julho de 2016. Muitos desses casos tiveram repercussão internacional e
serviu para que fossem criadas medidas mais severas contra os agressores. Vejamos
alguns deles:

Em 13 de setembro de 2008, Eloá Cristina Pimentel, 15 anos, foi sequestrada e


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morta porque o ex-namorado não aceitava o fim do namoro. Em fevereiro de 2012,


Lindemberg, o assassino, foi condenado a 98 anos e dez meses de prisão pela morte de
Eloá e outros 11 crimes cometidos durante o sequestro.

A advogada Mércia Nakashima tinha 28 anos quando foi morta pelo policial militar
aposentado Mizael Bispo de Souza, em 23 de maio de 2010, por não querer reatar o
namoro. Em março de 2013, Mizael foi condenado a 20 anos de prisão em regime
fechado.

Gisele Santos de Oliveira não queria mais continuar casada com Elton Jones Luz
de Freitas porque o marido era muito ciumento. Ela teve as mãos, o pé esquerdo e parte
do direito decepados pelo companheiro.

Bárbara Penna de Moraes e Souza, na época com 19 anos, teve 40% do corpo
queimados em um incêndio provocado pelo companheiro. Seus dois filhos morreram
intoxicados pela fumaça.

Em 29 de agosto de 2013, Mara Rúbia Guimarães teve os olhos perfurados pelo


marido com uma faca porque queria a separação. Em março de 2014, ele foi condenado
a 12 anos de prisão. Um ano depois, teve a pena reduzida.

O caso mais recente e famoso foi o da atriz e modelo Luiza Brunet. Ela foi
agredida e teve costelas quebradas pelo marido, em maio deste ano.

4.7 Como denunciar os casos de violência contra a mulher

Por meio do Disque 180, a mulher receberá apoio e orientações sobre os


próximos passos para resolver o problema. A denúncia é distribuída para uma entidade
local, como a Delegacias de Defesa da Mulher (DDM) ou Delegacia Especial de
Atendimento a Mulher (DEAM), conforme o estado.
"O órgão encaminhará para os outros equipamentos de atendimento e
acolhimento e dará o suporte desde a parte do acesso à Justiça, quanto acolhimento e
abrigo sigiloso se houver necessidade, conforme determinado na Lei Maria da Penha",
explica a promotora. A rede protetiva dos direitos da mulher é composta por um sistema
integrado formado por organizações sociais e órgãos públicos como a Defensoria
Pública e Ministério Público.

Quando não houver uma delegacia especializada para esse atendimento na região
11

do fato ocorrido, a vítima pode procurar uma delegacia comum, onde deverá ter
prioridade no atendimento. Se estiver no momento de flagrante da ameaça ou agressão,
a vítima também pode ligar para 190 ou dirigir-se a uma Unidade Básica de Saúde
(UBS), onde há orientação para encaminhar a vítima para entidades competentes.
12

5 RECURSOS
A metodologia aplicada consistiu na pesquisa bibliográfica através de
fontes de pesquisas como google academic e Schielo, através de artigos e
sites que analisem os tipos de violência contra as mulheres, bem como uma
pesquisa de campo para realizar entrevistas na cidade de Timbaúba sobre os
índices e a realidade da violência contra a mulher.
Para a realização dessa pesquisa foram utilizados os seguintes materiais:

 Material impresso.

 Livro O Mapa da Violência 2015, em pdf


 Pesquisas em sites específicos

6 CRONOGRAMA

PERÍODO
ETAPA Ju Ou
Jun Ago Set Nov Dez
l t
1ª - Formação da equipe de trabalho x
2ª - Definição da temática de
investigação e do problema x
mobilizador
3ª - Escolha do(a) professor(a)
x
orientador(a)
4ª - Orientação presencial e por
x x X
meio de ferramentas digitais
5ª - Definição do produto final x X
6ª - Identificação dos componentes
x
curriculares envolvidos
7ª - Estruturação do plano de voo
x x
(etapas, recursos e cronograma)
8ª - Seleção das fontes de pesquisa
X x
para a fundamentação teórica
9ª - Realização da pesquisa e
x X
confecção do produto final
10ª - Elaboração do trabalho escrito X x
11ª - Apresentação X

7 PRODUTO FINAL
13

Contextualização do Tema através de uma entrevista com assistente


social Simone Fernandez de Timbaúba.

7.1 Questionamentos da Entrevista Com Assistente Social

1. Quando a mulher é vítima de violência doméstica e familiar ela tem que


procurar imediatamente a Delegacia de Polícia?
É o ideal. Caso contrário, deve providenciar o mais breve possível,
principalmente no caso de lesão corporal em que deve ser realizado o exame
de corpo de delito para comprovar as lesões.

2. Se a mulher está sendo vítima de violência no âmbito doméstico e


familiar e decidir sair da sua residência ela perderá seus direitos (guarda
dos filhos, pensão, divisão do patrimônio)?
Não. Não existe mais o “abandono de lar”. E essas questões devem ser objeto
de ação na Vara de Família.

3. O homem agredido no âmbito doméstico, familiar ou afetivo é protegido


pela Lei Maria da Penha?
Não. Nesse caso ele deve efetuar o registro do fato em qualquer Delegacia de
Polícia, exceto na Delegacia da Mulher, e o processo seguirá na Vara Criminal
ou no Juizado Especial Criminal, conforme o delito.

4. O que fazer se, mesmo depois de deferidas as medidas, o agressor


continuar agredindo ou ameaçando a mulher?
A vítima deve comparecer na Delegacia de Polícia para informar as novas
agressões/ameaças e, se possível, levar documento que comprove que as
medidas protetivas foram deferidas anteriormente, para que a Autoridade
Policial possa pedir a prisão preventiva do agressor.

5. O que fazer se, após pedir medidas protetivas e formalizar a


representação, a vítima e o agressor se reconciliarem?
A vítima deve comparecer no Juizado de Violência Doméstica (Vara) para
informar esse fato para que as medidas protetivas sejam revogadas. Para não
correr o risco de praticar o crime de desobediência o agressor deverá aguardar
14

a decisão do(a) Juiz(a) para que volte a se aproximar da vítima. Quando a


renúncia for possível, também poderá renunciar ao direito de representação
(dizer que não quer mais processar o agressor), o que impede o
prosseguimento do processo contra o agressor.

6. Se a vítima e/ou o agressor mudar de endereço ou de telefone, isso


deve ser comunicado ao Juizado de Violência Doméstica (Vara)?
Sim, pois é necessário que os endereços e telefones das partes e, se possível,
e-mail, estejam atualizados no processo a fim de que sejam intimados das
decisões proferidas (deferimento ou não das medidas protetivas), para que o
Oficial de Justiça possa cumprir a decisão que determinou o afastamento do
agressor do lar, bem como a intimação para as audiências.

7. Se a vítima tiver de se afastar da residência/local do fato e não puder


levar seus pertences pessoais e documentos, como deve proceder para
reavê-los?
A vítima deve solicitar essa providência na Delegacia de Polícia, quando for
efetuar o registro de ocorrência ou, então, diretamente no Juizado da Violência
Doméstica (Vara), no processo de medida protetiva.

8. Se o autor da violência deixou objetos pessoais e documentos na


residência, havendo medida protetiva deferida de afastamento do lar e de
proibição de contato, como deve proceder para reavê-los?
Deve solicitar a busca e apreensão desses objetos, no Juizado de Violência
Doméstica (Vara) através da Defensoria Pública ou de advogado(a), e a
medida será cumprida por Oficial de Justiça.

9. O Juizado de Violência Doméstica (Vara) dispõe de profissionais


habilitados para atender as mulheres vítimas de violência doméstica e os
agressores?
Em Porto Alegre, o Juizado dispõe de equipe multidisciplinar (psicólogos e
assistente sociais) para acolhimento dos envolvidos em casos de violência
doméstica. Se necessário, a equipe faz o encaminhamento para a rede pública
de saúde (tratamento para dependência química, tratamento psicológico e
psiquiátrico) e assistência social (programas assistenciais federais, estaduais e
15

municipais de amparo às vítimas de violência doméstica). Também há grupos


de acolhimento para as vítimas e de reeducação para os autores de violência
doméstica.

10. Quais serviços de saúde e assistência social, da rede, podem ser


acessados pelos envolvidos em situação de violência doméstica?
Hospitais, UPAs (unidades de pronto atendimento), unidades básicas de saúde
(postos de saúde), CAPS, CRAS, CREAS, dentre outros. Nas CIDADES DO
INTERIOR, as partes devem comparecer no Juizado (Vara) para serem
informadas sobre os serviços disponíveis.

8 FONTES DE PESQUISA

Portal da Saúde, SUS: Disponível: https://www.gov.br/saude/pt-br Acesso em:


08/12/2021.

Portal Vila Mulher: DISPONÍVEL EM: http://vilamulher.terra.com.br/violencia-


domestica-por-que-mulheres-ainda-sofrem-caladas-3-1-30-1105.html Acesso
em: 09/12/2021.

Portal Psigweb: DISPONÍVEL EM: http://www.psiqweb.med.br/ Acesso em:


13/10/2021.

Portal Uol, Mulher: DISPONÍVEL EM: uol.com.br/universa/ Acesso em:


09/12/2021

Portal do Ministério Público Federal /Procuradoria Federal dos Direitos do


Cidadão (PFDC). Cartilha Maria da Penha e Direitos da Mulher. Brasília,2011:
DISPONÍVEL EM: https://www.tjse.jus.br/portaldamulher/ Acesso em:
03/09/2021

Portal do Tribunal de Justiça de Sergipe, Definição de Violência Contra a


Mulher: Disponível em: https://www.tjse.jus.br/portaldamulher/ Acesso em:
03/05/2021

Silva IV. Violência contra mulheres: a experiência de usuárias de um serviço de


urgência e emergência de Salvador, Bahia, Brasil. Cad Saúde Pública. 2003;19
Supl 2:263-72.

 Santos LL. A visibilidade da violência de gênero em dois serviços de


assistência primária à saúde [dissertação]. Ribeirão Preto: Faculdade de
Medicina de Ribeirão Preto, Universidade de São Paulo; 2003.

http://www.brasil.gov.br/secoes/mulher/atuacao-feminima>
16

http://g1.globo.com/pernambuco/noticia/2016/11/numero-de-
assassinatos-de-mulheres- aumenta-139-em-pernambuco.html

http://g1.globo.com/politica/noticia/2016/08/g1-reune-mais-de-4-mil-
noticias-de-violencia- contra-mulher-em-10-anos.html

9 ANEXOS

ANEXO I – PLANO DE VOO

Área do Ciências da Natureza, Matemática e suas


conhecimento: tecnologias e língua portuguesa.
Temática da
investigação: Violência contra a mulher

CAUBY LOPES SIQUEIRA NETO

NILSOMAR DE SOUZA ARRUDA CABRAL

ROSIANE CLECIA DA SILVA RODRIGUES


Participantes da
equipe:

Professor(a) Orientador(a): Rochana Magna


Gonçalves de Oliveira Silva

Componentes
curriculares Língua Portuguesa, Ciências e Geografia.
envolvidos:

Problema mobilizador: Por que em pleno século XXI, a mulher ainda


continua sendo vítima de feminicídio?
Produto final: Entrevista com a assistente social Simone
Fernandez Timbaúba - PE
Histórico da violência contra mulher, tipos de
Fundamentação: violência,motivos de omissão, dados estatísticos, Lei
Maria da Penha, Casos de grande repercursão,
como denunciar.
Reunião com a equipe e professor(a) orientador(a)
para elaboração do plano de voo; pesquisa
Etapas: bibliográfica; visita ao Creas da cidade; produção de
relatório; seleção de fotos e legendas; preparação do
produto final e da apresentação.
Recursos: Caneta, caderno, celular ou máquina fotográfica,
17

transporte para deslocamento, cola, papel ofício,


computador.
Fontes de pesquisa: Sites, artigos científicos, trabalhos acadêmicos e
dados pessoais.
O cronograma seguiu datas diferentes de acordo
Cronograma: com as etapas da pesquisa, iniciando em outubro e
finalizando em dezembro

ANEXO II – FOTOS

1. Equipe de trabalho pesquisando 2. Equipe de trabalho no campo de investigação e


entrevista

3. Professor(a) orientando com a equipe

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