TCF Violência Contra Mulher
TCF Violência Contra Mulher
Timbaúba – PE
2021
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TEMÁTICA DA INVESTIGAÇÃO:
VIOLÊNCIA CONTRA A MULHER
1 APRESENTAÇÃO
Mesmo com todo amparo legal para garantir os direitos da mulher numa
sociedade que ainda a vê como um ser inferior e submisso, o número de vítimas tem
crescido assustadoramente no Brasil, conforme mostra o Mapa da Violência 2015, de
Júlio Jacobo Waiselfisz.
2 PROBLEMA MOBILIZADOR
Em virtude do crescente número de casos de violência contra a mulher e de
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feminicídios no Brasil, surgiu o seguinte questionamento: Por que em pleno século XXI e
em meio a tantos aparatos legais, como a Lei Maria da Penha e a Lei do Feminicídio, a
mulher continua sendo vítima, principalmente onde deveria existir uma relação de afeto e
respeito?
De acordo com o Portal do Ministério Saúde, a violência contra a mulher é referida
de diversas formas desde a década de 50. Foi designada como violência intrafamiliar,
violência contra a mulher, violência doméstica e na década de 90 os estudos passam a
tratar essas relações de poder, em que a mulher em qualquer faixa etária é submetida e
subjugada, como violência de gênero.
3 OBJETIVO GERAL
4 FUNDAMENTAÇÃO
A violência contra as mulheres é sofrida em todas as fases da vida. Muitas vezes
ela se inicia ainda na infância e acontece em todas as classes sociais. A violência
cometida contra as mulheres no âmbito doméstico e a violência sexual são fenômenos
sociais e culturais ainda cercados pelo silêncio e pela dor.
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Com o passar dos anos, elas foram conquistando espaço que antes eram
exclusivamente dos homens, como por exemplo, o ingresso em escolas e o direito ao
voto (este conquistado em 1934, na Era Vargas).
No final do século XIX, as mulheres já eram operárias nas indústrias dos grandes
centros urbanos brasileiros (mesmo recebendo salário inferior aos homens) e,
consequentemente, tiveram os primeiros contatos com ideias revolucionárias trazidas por
imigrantes europeus – fato mostrado em algumas telenovelas brasileiras.
uma cultura, uma região ou um país específicos, nem a grupos de mulheres em particular
dentro de uma sociedade. As raízes da violência contra as mulheres decorrem da
discriminação persistente contra as mulheres.
Apesar dos muitos avanços alcançados com a Lei Maria da Penha, o número de
feminicídio -assassinato de mulheres - coloca o Brasil em 5º lugar no ranking de países
nesse tipo de crime. Segundo Mapa da Violência 2015, do pesquisador Júlio Jacobo
Waiselfisz, dos 4.762 assassinatos de mulheres registrados em 2013 no país, 50,3%
fora cometidos por familiares, sendo que em 33,2% desses casos, o crime foi praticado
pelo parceiro ou ex parceiro. Essas quase 5 mil mortes representam 13 homicídios
femininos diários em 2013.
Foi em agosto de 2006 que a Lei 11.340 – ou Lei Maria da Penha, como foi
chamada
– foi aprovada com unanimidade pelo Congresso Nacional com o objetivo de
proteger as mulheres vítimas de violência doméstica. Mais recentemente, em março de
2015, foi sancionada a Lei 13.104 - Lei do Feminicídio - que classifica como crime
hediondo e com agravantes quando acontece em situação de vulnerabilidade, isto é,
gravidez, menor idade, na presença de filhos, etc..
A Lei Maria da Penha é considerada pela ONU como uma das melhores do mundo
para combater a violência contra a mulher. Dentro desses dez anos de sua criação,
somente 2% dos brasileiros nunca ouviram falar dela. Mas isso não significa que todas as
mulheres recorram a essa lei quando precisam dela. Ainda falta muita informação
enquanto sobra vergonha e medo.
Por isso é uma lei que fala de gênero. A vítima precisa se identificar como do sexo
feminino. Quanto ao agressor, ele precisa ser alguém que convive com a mulher, não
necessariamente o marido. Pode ser o irmão, o cunhado, o padrasto e até mesmo outra
mulher.
Apesar dos casos de agressão chamarem mais a atenção, a Lei Maria da Penha vai
além disso. Afastar a mulher da família e dos amigos, xingar ou ofender o tempo todo são
exemplos de violência. E isso também é crime.
Depois que a mulher apresentar a queixa, a justiça tem 48 horas para analisar que
medidas de proteção ela deve receber. Essas medidas variam caso a caso. O Juiz pode
proibir que o agressor se aproxime da vítima ou fale com ela; que vá à lugares que ela
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É importante disser que tudo isso não depende da orientação sexual vítima, pois a
lei garante o mesmo atendimento para mulheres hétero, lésbicas ou transexuais.
A Lei Maria da Penha—LMP, necessita ser conhecida, difundida,
interpretada, amplamente divulgada, tanto em espaços acadêmicos como em escolas,
associações, sindicados, locais de trabalho, comunidades de periferia, grupos de
mulheres, entre outros.
Entre as principais necessidades estão:
Participação da Sociedade Civil no enfrentamento da violência doméstica e familiar
contra a mulher, para isso é necessário:
Destinação de recursos para a implementação da LMP através de dotação orçamentária
nos Planos Plurianuais
Criação de Delegacias Especializadas de atendimento à Mulheres e/ou sessões
especializadas.
Criação de Casas Abrigo, Centros de Referência e de atendimento integral e
multidisciplinar para mulheres e seus dependentes, bem como o Serviço de Assistência
Jurídica em sede policial e judicial.
Criação de núcleos de defensoria pública especializados no atendimento à mulheres em
situação de violência.
Criação de curadorias (promotorias especializadas) para atuar junto aos Juizados de
Violência Doméstica e Familiar contra a Mulher.
Criação de Juizados de Violência Doméstica e Familiar contra a Mulher.
Criação de Centros de educação e reabilitação para agressores.
Garantir cursos de capacitação para os agentes públicos em direitos humanos, gênero,
raça e etnia, capacitar os técnicos, policiais e agentes que atuam junto às delegacias de
polícia e a os centros de referência.
A advogada Mércia Nakashima tinha 28 anos quando foi morta pelo policial militar
aposentado Mizael Bispo de Souza, em 23 de maio de 2010, por não querer reatar o
namoro. Em março de 2013, Mizael foi condenado a 20 anos de prisão em regime
fechado.
Gisele Santos de Oliveira não queria mais continuar casada com Elton Jones Luz
de Freitas porque o marido era muito ciumento. Ela teve as mãos, o pé esquerdo e parte
do direito decepados pelo companheiro.
Bárbara Penna de Moraes e Souza, na época com 19 anos, teve 40% do corpo
queimados em um incêndio provocado pelo companheiro. Seus dois filhos morreram
intoxicados pela fumaça.
O caso mais recente e famoso foi o da atriz e modelo Luiza Brunet. Ela foi
agredida e teve costelas quebradas pelo marido, em maio deste ano.
Quando não houver uma delegacia especializada para esse atendimento na região
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do fato ocorrido, a vítima pode procurar uma delegacia comum, onde deverá ter
prioridade no atendimento. Se estiver no momento de flagrante da ameaça ou agressão,
a vítima também pode ligar para 190 ou dirigir-se a uma Unidade Básica de Saúde
(UBS), onde há orientação para encaminhar a vítima para entidades competentes.
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5 RECURSOS
A metodologia aplicada consistiu na pesquisa bibliográfica através de
fontes de pesquisas como google academic e Schielo, através de artigos e
sites que analisem os tipos de violência contra as mulheres, bem como uma
pesquisa de campo para realizar entrevistas na cidade de Timbaúba sobre os
índices e a realidade da violência contra a mulher.
Para a realização dessa pesquisa foram utilizados os seguintes materiais:
Material impresso.
6 CRONOGRAMA
PERÍODO
ETAPA Ju Ou
Jun Ago Set Nov Dez
l t
1ª - Formação da equipe de trabalho x
2ª - Definição da temática de
investigação e do problema x
mobilizador
3ª - Escolha do(a) professor(a)
x
orientador(a)
4ª - Orientação presencial e por
x x X
meio de ferramentas digitais
5ª - Definição do produto final x X
6ª - Identificação dos componentes
x
curriculares envolvidos
7ª - Estruturação do plano de voo
x x
(etapas, recursos e cronograma)
8ª - Seleção das fontes de pesquisa
X x
para a fundamentação teórica
9ª - Realização da pesquisa e
x X
confecção do produto final
10ª - Elaboração do trabalho escrito X x
11ª - Apresentação X
7 PRODUTO FINAL
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8 FONTES DE PESQUISA
http://www.brasil.gov.br/secoes/mulher/atuacao-feminima>
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http://g1.globo.com/pernambuco/noticia/2016/11/numero-de-
assassinatos-de-mulheres- aumenta-139-em-pernambuco.html
http://g1.globo.com/politica/noticia/2016/08/g1-reune-mais-de-4-mil-
noticias-de-violencia- contra-mulher-em-10-anos.html
9 ANEXOS
Componentes
curriculares Língua Portuguesa, Ciências e Geografia.
envolvidos:
ANEXO II – FOTOS