100% acharam este documento útil (1 voto)
121 visualizações16 páginas

Norma - NBR15220-5

Direitos autorais
© © All Rights Reserved
Levamos muito a sério os direitos de conteúdo. Se você suspeita que este conteúdo é seu, reivindique-o aqui.
Formatos disponíveis
Baixe no formato PDF, TXT ou leia on-line no Scribd
100% acharam este documento útil (1 voto)
121 visualizações16 páginas

Norma - NBR15220-5

Direitos autorais
© © All Rights Reserved
Levamos muito a sério os direitos de conteúdo. Se você suspeita que este conteúdo é seu, reivindique-o aqui.
Formatos disponíveis
Baixe no formato PDF, TXT ou leia on-line no Scribd
Você está na página 1/ 16

Documento impresso em 01/02/2022 10:35:43, de uso exclusivo de UTFPR - UNIVERSIDADE TECNOLOGICA FEDERAL DO PARANA

NORMA ABNT NBR


BRASILEIRA 15220-5
Primeira edição
29.04.2005

Válida a partir de
30.05.2005
Documento impresso em 01/02/2022 10:35:43, de uso exclusivo de UTFPR - UNIVERSIDADE TECNOLOGICA FEDERAL DO PARANA

Desempenho térmico de edificações


Parte 5: Medição da resistência térmica e da
condutividade térmica pelo método
fluximétrico
Thermal performance in buidings
Part 5: Measurement of the thermical resistance and thermical
conductivity in steady state by the fluximetric method

Palavras-chave: Desempenho térmico. Edificação.


Descriptors: Thermal performance. Buiding.

ICS 91.200

Número de referência
ABNT NBR 15220-5:2005
10 páginas

©ABNT 2005
Documento impresso em 01/02/2022 10:35:43, de uso exclusivo de UTFPR - UNIVERSIDADE TECNOLOGICA FEDERAL DO PARANA

ABNT NBR 15220-5:2005


Documento impresso em 01/02/2022 10:35:43, de uso exclusivo de UTFPR - UNIVERSIDADE TECNOLOGICA FEDERAL DO PARANA

© ABNT 2005
Todos os direitos reservados. A menos que especificado de outro modo, nenhuma parte desta publicação pode ser reproduzida
ou por qualquer meio, eletrônico ou mecânico, incluindo fotocópia e microfilme, sem permissão por escrito pela ABNT.

Sede da ABNT
Av.Treze de Maio, 13 - 28º andar
20003-900 - Rio de Janeiro - RJ
Tel.: + 55 21 3974-2300
Fax: + 55 21 2220-1762
abnt@abnt.org.br
www.abnt.org.br

Impresso no Brasil

ii ©ABNT 2005 - Todos os direitos reservados


Documento impresso em 01/02/2022 10:35:43, de uso exclusivo de UTFPR - UNIVERSIDADE TECNOLOGICA FEDERAL DO PARANA

ABNT NBR 15220-5:2005

Sumário Página

Prefácio.......................................................................................................................................................................iv
Introdução ...................................................................................................................................................................v
Documento impresso em 01/02/2022 10:35:43, de uso exclusivo de UTFPR - UNIVERSIDADE TECNOLOGICA FEDERAL DO PARANA

1 Objetivo e campo de aplicação ....................................................................................................................1


1.1 Objetivo ..........................................................................................................................................................1
1.2 Campo de aplicação ......................................................................................................................................1
1.2.1 Temperatura ...................................................................................................................................................1
1.2.2 Corpos-de-prova............................................................................................................................................1
1.2.3 Umidade..........................................................................................................................................................2
2 Referências normativas ................................................................................................................................2
3 Símbolos e unidades.....................................................................................................................................2
4 Princípio .........................................................................................................................................................2
5 Dispositivos de medição...............................................................................................................................3
5.1 Generalidades ................................................................................................................................................3
5.2 Disposição de empilhamento.......................................................................................................................4
5.3 Placa quente e placa fria...............................................................................................................................4
5.4 Fluxímetro ......................................................................................................................................................5
5.5 Emissividade das superfícies em contato com os corpos-de-prova.......................................................5
5.6 Uniformidade das temperaturas ..................................................................................................................5
5.7 Estabilidade das medidas.............................................................................................................................5
5.8 Medição das temperaturas ...........................................................................................................................6
5.8.1 Temperatura dos fluxímetros .......................................................................................................................6
5.8.2 Temperaturas das superfícies do(s) corpo(s)-de-prova............................................................................6
5.9 Medição dos fluxos de calor ........................................................................................................................6
5.10 Proteção contra as perturbações devido ao ambiente..............................................................................6
6 Calibração ......................................................................................................................................................6
6.1 Temperaturas .................................................................................................................................................6
6.2 Fluxo de calor ................................................................................................................................................6
6.3 Verificações complementares......................................................................................................................7
6.4 Verificação posterior após calibração.........................................................................................................7
6.5 Calibração simplificada.................................................................................................................................7
7 Amostragem...................................................................................................................................................7
7.1 Preparação dos corpos-de-prova ................................................................................................................7
7.2 Estado da superfície dos corpos-de-prova.................................................................................................7
7.3 Dimensões laterais ........................................................................................................................................7
7.4 Espessura mínima .........................................................................................................................................8
7.5 Espessura máxima ........................................................................................................................................8
7.6 Condicionamento dos corpos-de-prova .....................................................................................................8
8 Procedimento.................................................................................................................................................8
8.1 Medição de identificação ..............................................................................................................................8
8.2 Instalação dos corpos-de-prova ..................................................................................................................9
8.3 Regulagem das temperaturas de medição .................................................................................................9
8.4 Medições ........................................................................................................................................................9
8.5 Estabelecimento do regime permanente ....................................................................................................9
9 Expressão dos resultados ..........................................................................................................................10
10 Relatório .......................................................................................................................................................10

©ABNT 2005 - Todos os direitos reservados iii


Documento impresso em 01/02/2022 10:35:43, de uso exclusivo de UTFPR - UNIVERSIDADE TECNOLOGICA FEDERAL DO PARANA

ABNT NBR 15220-5:2005

Prefácio

A Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT) é o Fórum Nacional de Normalização.


As Normas Brasileiras, cujo conteúdo é de responsabilidade dos Comitês Brasileiros (ABNT/CB), dos Organismos
de Normalização Setorial (ABNT/ONS) e das Comissões de Estudo Especiais Temporárias (ABNT/CEET), são
elaboradas por Comissões de Estudo (CE), formadas por representantes dos setores envolvidos, delas fazendo
Documento impresso em 01/02/2022 10:35:43, de uso exclusivo de UTFPR - UNIVERSIDADE TECNOLOGICA FEDERAL DO PARANA

parte: produtores, consumidores e neutros (universidades, laboratórios e outros).

A ABNT NBR 15220 foi elaborada no Comitê Brasileiro de Construção Civil (ABNT/CB-02), pela Comissão de
Estudo de Desempenho Térmico nas Edificações (CE-02:135.07). O Projeto circulou em Consulta Nacional
conforme Edital nº 04, de 30.04.2004, com o número de Projeto 02:135.07-001/5.

Esta Norma é baseada na ISO 8301:1991 e NFX10-025:1991.

Esta Norma, sob o título geral “Desempenho térmico de edificações”, tem previsão de conter as seguintes partes:

― Parte 1: Definições, símbolos e unidades;

― Parte 2: Métodos de cálculo da transmitância térmica, da capacidade térmica, do atraso térmico e do fator
solar de elementos e componentes de edificações;

― Parte 3: Zoneamento bioclimático brasileiro e diretrizes construtivas para habitações unifamiliares de


interesse social;

― Parte 4: Medição da resistência térmica e da condutividade térmica pelo princípio da placa quente protegida;

― Parte 5: Medição da resistência térmica e da condutividade térmica pelo método fluximétrico.

iv ©ABNT 2005 - Todos os direitos reservados


Documento impresso em 01/02/2022 10:35:43, de uso exclusivo de UTFPR - UNIVERSIDADE TECNOLOGICA FEDERAL DO PARANA

ABNT NBR 15220-5:2005

Introdução
Documento impresso em 01/02/2022 10:35:43, de uso exclusivo de UTFPR - UNIVERSIDADE TECNOLOGICA FEDERAL DO PARANA

Esta Norma descreve um método de medição da condutividade térmica com o auxílio de fluxímetro(s), tendo sido
elaborada em conformidade com a ISO 8301, constituindo uma versão condensada.

Em particular, o usuário poderá se reportar à ISO 8301 para explicações mais completas para certos itens desta
Norma.

O processo de medição descrito nesta Norma é um método relativo que necessita de uma pré-calibração em
relação ao método absoluto da placa quente protegida, definido pela ABNT NBR 15220-4.

v ©ABNT 2005 - Todos os direitos reservados


Documento impresso em 01/02/2022 10:35:43, de uso exclusivo de UTFPR - UNIVERSIDADE TECNOLOGICA FEDERAL DO PARANA Documento impresso em 01/02/2022 10:35:43, de uso exclusivo de UTFPR - UNIVERSIDADE TECNOLOGICA FEDERAL DO PARANA
Documento impresso em 01/02/2022 10:35:43, de uso exclusivo de UTFPR - UNIVERSIDADE TECNOLOGICA FEDERAL DO PARANA

NORMA BRASILEIRA ABNT NBR 15220-5:2005

Desempenho térmico de edificações


Parte 5: Medição da resistência térmica e da condutividade térmica pelo
método fluximétrico
Documento impresso em 01/02/2022 10:35:43, de uso exclusivo de UTFPR - UNIVERSIDADE TECNOLOGICA FEDERAL DO PARANA

1 Objetivo e campo de aplicação

1.1 Objetivo

Esta Norma estabelece o método de utilização de técnicas fluximétricas para medir a resistência térmica em
regime estacionário, através de corpos-de-prova na forma de placas planas, podendo-se deduzir por cálculo a
condutividade térmica.

O resultado da medição é a resistência térmica individual do(s) corpo(s)-de-prova submetido(s) ao ensaio, sendo
possível então calcular sua condutividade térmica, caso os corpos-de-prova sejam constituídos de material
homogêneo.

NOTA Trata-se de um método relativo que necessita de uma pré-calibração periódica da aparelhagem, com o auxílio de
corpos-de-prova cujas resistências térmicas (ou a condutividade térmica) foram determinadas segundo o método absoluto da
placa quente protegida, descrito na ABNT NBR 15220-4.

1.2 Campo de aplicação

O campo de aplicação desta Norma é definido pelos critérios de 1.2.1 a 1.2.3.

1.2.1 Temperatura

Para materiais isolantes de edificações, a faixa de temperatura está limitada entre - 30°C e + 80°C.

Para aplicações específicas, esta faixa pode ser estendida a outras temperaturas, desde que os materiais
constituintes da aparelhagem o permitam e desde que a pré-calibração seja possível.

1.2.2 Corpos-de-prova

Eles devem atender às seguintes exigências:

a) ter dimensões e espessura como indicado em 7.3 a 7.5;

b) possuir planeza e paralelismo das faces como indicado em 7.2; e

c) possuir resistência térmica, estimada maior ou igual a 0,1 (m2.K)/W, com a condição de não ultrapassar os
limites de espessura e de resistência térmica específica resultante das características do dispositivo, das
condições, dos resultados da calibração e das características térmicas dos corpos-de-prova.

©ABNT 2005 - Todos os direitos reservados 1


Documento impresso em 01/02/2022 10:35:43, de uso exclusivo de UTFPR - UNIVERSIDADE TECNOLOGICA FEDERAL DO PARANA

ABNT NBR 15220-5:2005

1.2.3 Umidade

O método é aplicável somente se, durante toda a duração da medição, as transferências de umidade
(redistribuição e absorção) forem desprezíveis.

NOTAS

1 Normalmente essa condição implica pré-condicionar os corpos-de-prova ao estado seco convencional e eventualmente
Documento impresso em 01/02/2022 10:35:43, de uso exclusivo de UTFPR - UNIVERSIDADE TECNOLOGICA FEDERAL DO PARANA

protegê-los contra toda absorção de umidade posterior (antes e/ou durante a medição).

2 O estado seco convencional é definido como o estado de equilíbrio do material colocado em estufa ventilada a 70°C,
sendo a tomada de ar feita a uma atmosfera a 20°C e 65% de umidade relativa ou 23°C e 50% de umidade relativa.

2 Referências normativas
As normas relacionadas a seguir contêm disposições que, ao serem citadas neste texto, constituem prescrições
para esta Norma. As edições indicadas estavam em vigor no momento desta publicação. Como toda norma está
sujeita a revisão, recomenda-se àqueles que realizam acordos com base nesta que verifiquem a conveniência de
se usarem as edições mais recentes das normas citadas a seguir. A ABNT possui a informação das normas em
vigor em um dado momento.

ABNT NBR 15220-1:2005 – Desempenho térmico de edificações – Parte 1: Definições símbolos e unidades.

ABNT NBR 15220-4:2005 – Desempenho térmico de edificações – Parte 4: Medição da condutividade térmica pelo
princípio da placa quente protegida.

3 Símbolos e unidades
Para os efeitos desta Norma, aplicam-se as definições, símbolos e abreviaturas da ABNT NBR 15220-1 e os
símbolos e unidades indicados na tabela 1.

4 Princípio
Medição da resistência térmica em regime permanente, conforme a seguinte seqüência:

a) aplicação de uma densidade de fluxo de calor constante e através da zona central de medição de um (ou dois)
fluxímetro(s) e da zona central de um (ou dois) corpo(s)-de-prova em forma de placa(s);

b) determinação da densidade de fluxo de calor atravessando o(s) corpo-de-prova(s) a partir do sinal (f.e.m.)
fornecido pelo(s) fluxímetro(s) e da(s) constante(s) de calibração do(s) fluxímetro(s), após validação das
condições de regime permanente; e

c) cálculo da resistência térmica do(s) corpo-de-prova(s) pelo quociente da diferença de temperatura entre as
faces do(s) corpo-de-prova(s) e da densidade de fluxo de calor.

2 ©ABNT 2005 - Todos os direitos reservados


Documento impresso em 01/02/2022 10:35:43, de uso exclusivo de UTFPR - UNIVERSIDADE TECNOLOGICA FEDERAL DO PARANA

ABNT NBR 15220-5:2005

Tabela 1 — Símbolos e unidades

Símbolo Termo Unidade

A Área da zona ativa m2

C Calor específico J/(kg.K)

E Espessura do corpo-de-prova, medida M


Documento impresso em 01/02/2022 10:35:43, de uso exclusivo de UTFPR - UNIVERSIDADE TECNOLOGICA FEDERAL DO PARANA

perpendicularmente às superfícies isotérmicas

f.e.m. Sinal fornecido pelo fluxímetro V

F Constante de calibração do fluxímetro W/(m2.K.V)

L Dimensão lateral m

M Massa kg

M Perda de massa kg

q Densidade de fluxo de calor W/m2

R Resistência térmica (m2.K)/W

T Temperatura ambiente K

T Diferença de temperatura K

Q Fluxo de calor W

 Condutividade térmica W/(m.K)

 Densidade de massa aparente kg/m3

 Massa por unidade de superfície kg/m2

5 Dispositivos de medição

5.1 Generalidades

O dispositivo fluximétrico compreende geralmente uma placa aquecedora, um ou dois fluxímetros, um ou


dois corpos-de-prova e uma placa de resfriamento.

NOTAS

1 Na seqüência desta Norma, para simplificar a notação, são mencionados somente dispositivos com forma geométrica
quadrada, entretanto o conjunto de exigências e explicações é diretamente transportável às outras geometrias (por exemplo,
placas de forma circular).

2 Segundo o número de fluxímetros (um ou dois), número de corpos-de-prova (um ou dois) e seus posicionamentos
respectivos, pode-se distinguir três configurações esquematizadas conforme indicado na figura 1.

©ABNT 2005 - Todos os direitos reservados 3


Documento impresso em 01/02/2022 10:35:43, de uso exclusivo de UTFPR - UNIVERSIDADE TECNOLOGICA FEDERAL DO PARANA

ABNT NBR 15220-5:2005

P1 P1 P1

F F
CP
CP CP F
CP
F
Documento impresso em 01/02/2022 10:35:43, de uso exclusivo de UTFPR - UNIVERSIDADE TECNOLOGICA FEDERAL DO PARANA

P2 P2 P2

(a) (b ) (c)

Legenda:
P1 e P2 = placas quente e fria;
F = fluxímetro;
CP = corpo-de-prova.

NOTAS

1 A configuração (a) é dita “assimétrica com um fluxímetro e um corpo-de-prova”, sendo que o fluxímetro pode ser
posicionado contra uma ou outra placa.

2 A configuração (b) é dita ”simétrica com dois fluxímetros e um corpo-de-prova”.

3 A configuração (c) é dita "simétrica com um fluxímetro e dois corpos-de-prova".

Figura 1 — Três possíveis configurações de ensaio

5.2 Disposição de empilhamento

Duas orientações são possíveis:

a) empilhamento com placas posicionadas verticalmente e com fluxo de calor horizontal; ou

b) empilhamento com placas posicionadas horizontalmente e com o fluxo de calor vertical ascendente ou
descendente, segundo as posições das placas quente e fria.

5.3 Placa quente e placa fria

As duas placas podem ser construídas de maneira idêntica, utilizando-se diversas soluções tecnológicas, como,
por exemplo:

a) um circuito elétrico com densidade de potência uniforme entre duas placas de uniformização com
condutividade térmica elevada; ou

b) um circuito de líquido com temperatura controlada circulando em uma placa com condutividade térmica
elevada; ou

c) uma combinação dessas duas soluções ou outra técnica apropriada que forneça resultados análogos.

A construção das placas quente e fria deve satisfazer as exigências funcionais seguintes:

a) dimensões laterais pelo menos iguais ao dobro daquelas da zona de medição do(s) fluxímetro(s);

4 ©ABNT 2005 - Todos os direitos reservados


Documento impresso em 01/02/2022 10:35:43, de uso exclusivo de UTFPR - UNIVERSIDADE TECNOLOGICA FEDERAL DO PARANA

ABNT NBR 15220-5:2005

b) dimensões laterais da superfície isotérmica da placa fria pelo menos iguais àquelas da superfície da placa
quente; e

c) desvio de planeza das superfícies das placas quente e fria em contato com o fluxímetro e/ou com o corpo-de-
prova inferior a 0,025% da menor das dimensões laterais ou 0,1 mm, prevalecendo o maior dos dois valores.

5.4 Fluxímetro
Documento impresso em 01/02/2022 10:35:43, de uso exclusivo de UTFPR - UNIVERSIDADE TECNOLOGICA FEDERAL DO PARANA

Compreende uma zona ativa, ou zona de medição, cercada de uma zona periférica servindo de suporte, com
características térmicas similares.

A parte ativa do fluxímetro é constituída de um sensor que produz um sinal (em geral f.e.m) proporcional à
densidade de fluxo de calor que o atravessa.

Para um fluxímetro dado, a lei de proporcionalidade, chamada curva de calibração, é normalmente função da
temperatura do fluxímetro.

NOTA

A geometria do fluxímetro deve estar de acordo com as condições a seguir:

a) as dimensões laterais do fluxímetro devem ser ao menos iguais ao dobro daquela da zona ativa e ao menos igual à
dimensão lateral da menor das placas (quente ou fria);

b) o desvio de planeza das faces do fluxímetro deve ser inferior a 0,025% da menor das suas dimensões laterais ou
0,1 mm, prevalecendo o maior dos dois valores;

c) a precisão de medição do sinal elétrico fornecido pelo fluxímetro deve ser menor do que 1% em toda a faixa de
utilização do equipamento.

5.5 Emissividade das superfícies em contato com os corpos-de-prova

Deve ser pelo menos igual a 0,9.

5.6 Uniformidade das temperaturas

A distribuição de temperatura das superfícies das placas fria e quente em contato com os fluxímetros e/ou
corpo(s)-de-prova deve respeitar os critérios a seguir:

a) o desvio de uniformidade sobre cada uma das superfícies deve ser inferior, em amplitude, a 1% da diferença
de temperatura entre as faces quente e fria do(s) corpo(s)-de-prova;

b) se o fluxímetro em contato com as superfícies das placas quente e fria for sensível às variações locais de
temperatura sobre essas superfícies, essas variações não devem gerar um erro de medição do fluxo de calor
superior a 0,5%.

5.7 Estabilidade das medidas

Ao longo da medição, a estabilidade das medidas deve respeitar os critérios abaixo:

a) as flutuações de temperatura das placas quente e fria devem ser inferiores a 0,5% da diferença de
temperatura entre as faces quente e fria do(s) corpo(s)-de-prova; e

b) a amplitude do(s) sinal(ais) produzido(s) pelo(s) fluxímetro(s) deve(m) ser inferior(es) a 2%.

©ABNT 2005 - Todos os direitos reservados 5


Documento impresso em 01/02/2022 10:35:43, de uso exclusivo de UTFPR - UNIVERSIDADE TECNOLOGICA FEDERAL DO PARANA

ABNT NBR 15220-5:2005

5.8 Medição das temperaturas

5.8.1 Temperatura dos fluxímetros

Caso haja dependência da(s) constante(s) de calibração do(s) fluxímetro(s) com a temperatura, o dispositivo
adotado para medição da(s) temperatura(s) deste(s) sensor(es) deve permitir a dedução de sua(s) constante(s) de
calibração com precisão de pelo menos 1%.
Documento impresso em 01/02/2022 10:35:43, de uso exclusivo de UTFPR - UNIVERSIDADE TECNOLOGICA FEDERAL DO PARANA

5.8.2 Temperaturas das superfícies do(s) corpo(s)-de-prova

A(s) diferença(s) de temperatura entre as faces do(s) corpo(s)-de-prova deve(m) ser determinada(s) com precisão
de ± 0,5% ou ± 0,1 K, prevalecendo o maior desses dois valores.

O número de pontos de medição sobre cada uma das faces do corpo-de-prova não deve ser inferior a 10.A1/2,
onde A é a superfície em metros quadrados da zona de medição, desde que se adote um mínimo de dois.

5.9 Medição dos fluxos de calor

O dispositivo adotado deve permitir a medição do(s) sinal(ais) produzido(s) pelo(s) fluxímetro(s) com precisão de
± 0,5% do valor medido.

5.10 Proteção contra as perturbações devido ao ambiente

As fugas térmicas periféricas do dispositivo de ensaio devem ser reduzidas por um dos seguintes métodos:

a) isolamento térmico lateral;

b) controle da temperatura do ar ambiente; ou

c) combinação dos dois anteriores.

6 Calibração

6.1 Temperaturas

Recomenda-se calibrar todos os sensores de medição de temperaturas na faixa de funcionamento prevista, com
um número de pontos de calibração suficiente para respeitar as condições indicadas em 5.8.1 e 5.8.2.

6.2 Fluxo de calor

A calibração do(s) fluxímetro(s) deve ser efetuada no próprio dispositivo, com o auxílio de corpos-de-prova de
referência que atendam a uma das seguintes condições:

a) as suas condutividades térmicas tenham sido medidas pelo método da placa quente protegida conforme
ABNT NBR 15220-4;

b) sejam provenientes de um lote de corpos-de-prova padrão com condutividade térmica conhecida.

A calibração deve ser efetuada num domínio no mínimo igual à faixa de temperaturas de funcionamento e à faixa
de fluxo de calor previsto.

Esta calibração fornece a lei de proporcionalidade entre o sinal elétrico produzido (f.e.m.) e a densidade de fluxo
de calor (q).

6 ©ABNT 2005 - Todos os direitos reservados


Documento impresso em 01/02/2022 10:35:43, de uso exclusivo de UTFPR - UNIVERSIDADE TECNOLOGICA FEDERAL DO PARANA

ABNT NBR 15220-5:2005

6.3 Verificações complementares

O procedimento de calibração indicado em 6.1 e 6.2 pode ser complementado por uma análise experimental que
permita definir os limites de funcionamento do equipamento em relação à temperatura, espessura e fluxo de calor,
de maneira a avaliar a precisão global da medição.

6.4 Verificação posterior após calibração


Documento impresso em 01/02/2022 10:35:43, de uso exclusivo de UTFPR - UNIVERSIDADE TECNOLOGICA FEDERAL DO PARANA

A verificação rápida do funcionamento do equipamento deve ser efetuada através da medição da condutividade
térmica de corpos-de-prova de referência, nas seguintes condições:

a) sistemática e periodicamente;

b) após toda parada prolongada;

c) após toda intervenção importante; ou

d) em caso de resultado de medição suspeito.

6.5 Calibração simplificada

Em função das necessidades do usuário, o procedimento de calibração indicado em 6.1 e 6.2 pode ser
simplificado, mas a utilização posterior do equipamento deve estar, então, estritamente limitada às condições de
calibração.

7 Amostragem

7.1 Preparação dos corpos-de-prova

Nos ensaios com mais de um corpo-de-prova, conforme indicado na figura 1 – configuração (c), apresentada
anteriormente, os corpos-de-prova devem atender aos seguintes critérios:

a) para materiais nos quais as características térmicas variam em função da sua densidade, as suas densidades
devem ser próximas tanto quanto possível; e

b) as espessuras dos corpos-de-prova não devem diferir mais de 2% ou de 1 mm, prevalecendo o maior desses
dois valores.

7.2 Estado da superfície dos corpos-de-prova

O desvio de planeza de cada uma das faces dos corpos-de-prova não deve exceder 0,5 mm ou 1% da largura,
prevalecendo o maior desses dois valores.

O desvio de paralelismo das faces dos corpos-de-prova não deve exceder 0,5 mm ou 1%, prevalecendo o maior
desses dois valores.

7.3 Dimensões laterais

Devem ser pelo menos iguais àquelas da menor das superfícies quente e fria do equipamento.

No caso onde esta condição não é satisfeita, pode-se utilizar os corpos-de-prova com dimensões inferiores, desde
que:

a) os corpos-de-prova sejam centrados em relação à zona de medição;

©ABNT 2005 - Todos os direitos reservados 7


Documento impresso em 01/02/2022 10:35:43, de uso exclusivo de UTFPR - UNIVERSIDADE TECNOLOGICA FEDERAL DO PARANA

ABNT NBR 15220-5:2005

b) a menor dimensão lateral seja ao menos igual a 1,2 vez a dimensão lateral da zona de medição; e

c) a superfície restante seja completada por um material de mesma espessura e com características térmicas
próximas às do corpo-de-prova.

7.4 Espessura mínima

A espessura mínima corresponde a uma resistência térmica mínima de 0,1 m2.K/W.


Documento impresso em 01/02/2022 10:35:43, de uso exclusivo de UTFPR - UNIVERSIDADE TECNOLOGICA FEDERAL DO PARANA

Na prática pode-se admitir que, se a espessura dos corpos-de-prova for insuficiente, vários corpos-de-prova
podem ser empilhados, a fim de se obter a espessura mínima indicada; todavia, nesse caso, faz-se necessária
uma avaliação de eventuais erros.

7.5 Espessura máxima

É definida pelos seguintes critérios:

a) a espessura do corpo-de-prova (ou soma das espessuras d1 + d2 dos dois corpos-de-prova) deve ser inferior
a 0,15.L, onde L é a menor dimensão lateral do corpo-de-prova;

b) o sinal produzido pelo fluxímetro deve ser pelo menos igual a 20 vezes a sua resolução de medição; e

c) a diferença de temperatura deve ser conforme as disposições detalhadas em 8.3.

7.6 Condicionamento dos corpos-de-prova

Previamente à medição, deve-se condicionar os corpos-de-prova em estado seco convencional (definido em 1.2.3)
ou em estado seco definido pela especificação particular aplicável ao produto a medir, até obtenção de massa
constante.

8 Procedimento

8.1 Medição de identificação

8.1.1 Antes do condicionamento, medir a massa Mo dos corpos-de-prova com precisão de  0,2% ou  0,1 g,
prevalecendo o maior desses dois valores.

8.1.2 Antes do ensaio, efetuar para cada corpo-de-prova as seguintes operações:

a) medir a massa no estado seco convencional M1 com precisão de  0,2% ou  0,1 g, prevalecendo o maior
desses dois valores;

b) medir a espessura média d e as dimensões laterais L1 e L2;

c) calcular a perda de massa ao longo do condicionamento M = Mo - M1 e a perda de massa relativa M/ M1


expressa em percentagem;

d) calcular a massa por unidade de superfície  = M1 / (L1 - L2); e

e) se o corpo-de-prova for constituído de um material homogêneo, calcular a densidade de massa aparente


 = /e.

8 ©ABNT 2005 - Todos os direitos reservados


Documento impresso em 01/02/2022 10:35:43, de uso exclusivo de UTFPR - UNIVERSIDADE TECNOLOGICA FEDERAL DO PARANA

ABNT NBR 15220-5:2005

8.1.3 No caso em que as características acima puderem sofrer modificações ao longo do ensaio, deve-se repetir
as medidas após o ensaio e avaliar a influência das modificações observadas sobre o resultado das medidas de
resistência térmica.

8.2 Instalação dos corpos-de-prova

Instalar os corpos-de-prova no equipamento, centrando-os em relação à zona ativa de medição.


Documento impresso em 01/02/2022 10:35:43, de uso exclusivo de UTFPR - UNIVERSIDADE TECNOLOGICA FEDERAL DO PARANA

8.3 Regulagem das temperaturas de medição

Regular a temperatura da placa quente Tq e da placa fria Tf de maneira que:

a) a temperatura média de medição Tm = (Tf + Tq)/2 seja igual à temperatura média desejada com precisão de
 0,5 K;

b) o gradiente de temperatura nos corpos-de-prova esteja compreendido entre 100 K/m e 300 K/m
(salvo especificação contrária).

8.4 Medições

8.4.1 A cada seqüência de medidas, anotar as seguintes grandezas:

a) as temperaturas individuais Ti , permitindo definir a constante de calibração dos fluxímetros;

b) a tensão f.e.m.i fornecida por cada fluxímetro i; e

c) as temperaturas individuais Tqi e Tfi das faces quente e fria de cada corpo-de-prova.

8.4.2 Calcular os seguintes parâmetros:

a) a constante de calibração fi de cada fluxímetro i e a densidade de fluxo médio q”m;

b) a temperatura média das superfícies quente e fria de cada corpo-de-prova, respectivamente Tqm e Tfm ;

c) a temperatura média Tm = (Tqm + Tfm)/2 de cada corpo-de-prova; e

d) a diferença de temperatura Tm = (Tqm - Tfm)/2 entre as faces quente e fria de cada corpo-de-prova.

8.5 Estabelecimento do regime permanente

Para os corpos-de-prova em ensaio, calcular o tempo característico  = .c.e.R’, onde R’ é a resistência térmica
estimada em m2.K/W.

Em intervalos de tempo no mínimo iguais a /5, medir as temperaturas das faces quente e fria dos corpos-de-
prova e o fluxo de calor.

O regime deve ser considerado permanente se ao menos por cinco medições sucessivas as condições seguintes
forem satisfeitas:

a) não é notada variação contínua crescente ou decrescente no valor da resistência térmica calculada; e

b) nenhuma medição individual do fluxo de calor difere mais que  2% da média do conjunto de medições
consecutivas.

©ABNT 2005 - Todos os direitos reservados 9


Documento impresso em 01/02/2022 10:35:43, de uso exclusivo de UTFPR - UNIVERSIDADE TECNOLOGICA FEDERAL DO PARANA

ABNT NBR 15220-5:2005

9 Expressão dos resultados


9.1 A partir de pelo menos cinco seqüências sucessivas de medições, obtidas conforme 8.4 e 8.5, calcular para
cada corpo-de-prova:

a) a densidade de fluxo de calor médio q;

b) as temperaturas médias Tq e Tf das placas quente e fria;


Documento impresso em 01/02/2022 10:35:43, de uso exclusivo de UTFPR - UNIVERSIDADE TECNOLOGICA FEDERAL DO PARANA

c) a temperatura média T; e

d) a diferença média de temperatura Tm entre as faces do(s) corpo(s)-de-prova.

9.2 Calcular a resistência térmica R = T/q.

9.3 No caso de uma montagem em configuração do tipo c (simétrica com dois corpos-de-prova e um só
fluxímetro), e quando as temperaturas das faces em contato com o fluxímetro não são medidas, a resistência
térmica R é a resistência térmica total dos corpos-de-prova e do fluxímetro. Neste caso a resistência térmica Rf do
fluxímetro deve ser deduzida da resistência térmica R medida.

9.4 No caso de um corpo-de-prova de espessura "e" ser constituído de um material homogêneo, pode ser
calculada diretamente a sua condutividade térmica  = e/R.

10 Relatório
As seguintes informações devem constar no relatório de ensaio:

a) identificação do produto (marca comercial, se for o caso) e breve descrição das suas características;

b) identificação e modo de obtenção dos corpos-de-prova representativos do lote;

c) características dos corpos-de-prova (espessura, dimensões laterais, massa antes e após condicionamento,
massa por unidade de superfície e/ou densidade de massa aparente);

d) procedimento de condicionamento dos corpos-de-prova antes e após o ensaio;

e) breve descrição do equipamento (configuração, modo de calibração, características particulares);

f) resultado das medições do fluxo de calor e das temperaturas das faces quente e fria de cada corpo-de-prova;

g) temperatura média e resistência térmica de cada corpo-de-prova, bem como, eventualmente, a condutividade
térmica;

h) descrição de todo elemento suscetível de ter influenciado os resultados da medição;

i) data do ensaio e data da elaboração do relatório;

j) identificação do responsável pelo ensaio (eventualmente da pessoa diretamente encarregada do ensaio); e

k) referência a esta Norma.

10 ©ABNT 2005 - Todos os direitos reservados

Você também pode gostar

pFad - Phonifier reborn

Pfad - The Proxy pFad of © 2024 Garber Painting. All rights reserved.

Note: This service is not intended for secure transactions such as banking, social media, email, or purchasing. Use at your own risk. We assume no liability whatsoever for broken pages.


Alternative Proxies:

Alternative Proxy

pFad Proxy

pFad v3 Proxy

pFad v4 Proxy