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Didactica

Este documento discute a importância dos contratos administrativos com as autarquias. O estudante Ernesto Chico Binze analisa como os contratos administrativos podem fortalecer a parceria entre as universidades e as autarquias locais na prestação de serviços à comunidade. O documento também examina como esses contratos podem promover a eficiência e responsabilidade na gestão dos recursos públicos.

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Este documento discute a importância dos contratos administrativos com as autarquias. O estudante Ernesto Chico Binze analisa como os contratos administrativos podem fortalecer a parceria entre as universidades e as autarquias locais na prestação de serviços à comunidade. O documento também examina como esses contratos podem promover a eficiência e responsabilidade na gestão dos recursos públicos.

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Universidade Católica de Moçambique

Instituto de Educação à Distância

Trabalho de Campo

Tema: IMPORTÂNCIA DOS CONTRATOS ADMINISTRATIVOS COM AS


AUTARQUIAS

Nome do Estudante: Ernesto Chico Binze

Código de Estudante:708200781

Curso: Licenciatura em Administração pública

Disciplina: Administração e Gestão de Autarquias

Ano de frequência: 3º Ano

Tutor: Nicolau Xavier da Bar


1

Introdução

No universo da educação, especialmente no ambiente escolar a palavra didáctica está


presente de forma imperativa, afinal são componentes fundamentais do quotidiano
escolar os materiais didácticos, livros didácticos, projectos didácticos e a própria
didáctica como um instrumento qualificador do trabalho do professor em sala de aula.

Afinal, a partir do significado atribuído à didáctica no campo educacional, é comum


ouvir que o professor x ou y é um bom professor porque tem didáctica.

Para as teorias da educação, porém, a didáctica é mais do que um termo utilizado para
representar a dicotomia entre o bom e o mau professor ou para designar os materiais
utilizados no ambiente escolar. Termo de origem grega (didaktiké), a didáctica foi
instituído no século XVI como ciência reguladora do ensino. Mais
tarde Comenius atribuiu seu carácter pedagógico ao defini-la como a arte de ensinar.

Nos dias actuais, a definição de didáctica ganhou contornos mais amplos e deve ser
compreendida enquanto um campo de estudo que discute as questões que envolvem os
processos de ensino. Nessa perspectiva a didáctica pode ser definida como um ramo da
ciência pedagógica voltada para a formação do aluno em função de finalidades
educativas e que tem como objecto de estudo os processos de ensino e aprendizagem e
as relações que se estabelecem entre o acto de ensinar (professor) e o acto de aprender
(aluno). Nesta perspectiva a didáctica passa a abordar o ensino ou a arte de ensinar
como um trabalho de mediação de acções pré-definidas destinadas à aprendizagem,
criando condições e estratégias que assegurem a construção do conhecimento.

Nesse contexto, a Didáctica enquanto campo de estudo visa propor princípios, formas e
directrizes que são comuns ao ensino de todas as áreas de conhecimento. Não se
restringe a uma prática de ensino, mas se propõe a compreender a relação que se
estabelece entre três elementos: professor, aluno e a matéria a ser ensinada. Ao
investigar as relações entre o ensino e a aprendizagem mediadas por um acto didáctico,
procura compreender também as relações que o aluno estabelece com os objectos do
2

conhecimento. Para isso privilegia a análise das condições de ensino e suas relações
com os objectivos, conteúdos, métodos e procedimentos de ensino.

Entretanto, postular que o campo de estudo da Didáctica é responsável por produzir


conhecimentos sobre modos de transmissão de conteúdos curriculares através de
métodos e conhecimentos não deve reduzir a Didáctica a visão de estudo meramente
tecnicista. Ao contrário, a produção de conhecimentos sobre as técnicas de ensino
oriundos desse campo de estudo tem por objectivo tornar a pratica docente reflexiva,
para que a acção do professor não seja uma mera reprodução de estratégias presentes em
livros didácticos ou manuais de ensino. Não basta ao professor reproduzir pressupostos
teóricos ou programas disciplinares pré-estabelecidos, as informações acumuladas na
prática ao longo do processo ensino-aprendizagem devem despertar a capacidade crítica
capaz de proporcionar questionamentos e reflexões sobre essas informações a fim de
garantir uma transformação na prática. Como um processo em constante transformação,
a formação do educador exige esta interligação entre a teoria e a prática como forma de
desenvolvimento da capacidade crítica profissional.

OBJECTIVOS

Objectivo geral

Apropriar-se dos fundamentos teórico-metodológicos dos processos de ensino e de


aprendizagem, para desenvolver acções pedagógicas no actual contexto educacional

Objectivos específicos

• Identificar novos paradigmas da educação no mundo contemporâneo;

• Relacionar os conceitos de educação, pedagogia e didáctica;

• Planejar acções educativo-pedagógicas viabilizadoras da formação pedagógica do


aluno;

• Reconhecer a importância da utilização dos recursos tecnológicos no processo de


mediação do conhecimento;

• Construir um perfil profissional do educador exigido pelo contexto actual da


sociedade.
3

A Metodologia
Tendo em vista o desenvolvimento do trabalho, adoptamos como procedimento
metodológico o relato descritivo e analítico da participação dos envolvidos durante a
disciplina de didáctica e metodologias de ensino. Para colecta de dados nos embaçamos
na observação e registos de um memorial descritivo realizado pelos participantes, no
qual apresentaram brevemente suas experiências académicas, as metodologias
vivenciadas no período de formação, e em sua prática, mencionando ainda as
contribuições da disciplina e considerações sobre a troca de saberes durante as
discussões em sala.

Os materiais utilizados nas aulas, como artigos científicos, vídeos, estudos dirigidos,
momentos de diálogos sobre a didáctica docente, os conteúdos e métodos possíveis para
o ensino de letra português, a reflexão acerca dos problemas de ensino, e o
compartilhamento de novas ferramentas metodológicas para o ensino de letra português,
serviram de embasamento para o presente estudo

1.1 Conceito da Didáctica;

A Didáctica, para desempenhar papel significativo na formação do educador, não


poderá reduzir-se somente ao ensino de técnicas pelas quais se deseja desenvolver um
processo de ensino-aprendizagem.

A palavra Didáctica deriva da expressão grega (didaktiké), que se traduz como arte ou
técnica de ensinar. Durante muito tempo, seu conceito ficou restrito ao acto de ensinar,
mas, nos dias de hoje, os estudos dessa área interligam o acto de ensinar ao acto de
aprender, ou seja, preocupam-se em desenvolver teorias e práticas, buscando subsidiar e
orientar a actuação dos professores para a eficácia do processo de ensino e de
aprendizagem.

Para Libâneo (1992, p. 25, grifos nossos): A Didáctica é o principal ramo de estudo da
Pedagogia. Ela investiga os fundamentos, as condições e os modos de realização da
instrução e do ensino. A ela cabe converter objectivos sociopolíticos e pedagógicos em
objectivos de ensino, seleccionar conteúdos e métodos em função desses objectivos.
4

Gil (1997, p. 109, grifos nossos), ao abordar a Didáctica, entende esta como (...) a
sistematização e racionalização do ensino, constituída de métodos e técnicas de ensino
de que se vale o professor para efectivar a sua intervenção no comportamento do
estudante.

Didáctica consiste na análise e desenvolvimento de técnicas e métodos que podem ser


utilizados para ensinar determinado conteúdo para um indivíduo ou um grupo. A
didáctica faz parte da ciência pedagógica, sendo responsável por estudar os processos de
aprendizagem e ensino.

Os professores e instrutores utilizam a didáctica como meio para aplicar modelos de


abordagens que possibilitam o aprendizado dos seus alunos. Em suma, a didáctica é o
modo como o professor ensina determinado conteúdo para os discentes, garantindo,
através de estratégias, a construção do conhecimento

No entanto, a didáctica não deve ser interpretada como uma prática tecnicista. O
objectivo desta é também desenvolver um pensamento crítico nos formadores, que
devem analisar as técnicas e estratégias utilizadas de modo a reformula-las ou
questiona-las, quando for o caso.

Deste modo, pode-se afirmar que a didáctica é um estudo reflexivo que, a partir da
capacidade crítica do profissional do ensino, deve auxiliar na transformação dos
métodos didácticos de acordo com o ambiente ou tempo, por exemplo.

Alguns dos principais sinónimos de didáctica são: pedagógico, educativo, educacional


e instrutivo.

Para Heinrich Pestalozzi termo Didáctica, é conhecido desde da Grécia antiga, e alguns
pensadores definem a didáctica como uma acção que se refere ao ensino, e outros, como
uma ciência, cujo objectivo fundamental é de ocupar – se das estratégias de ensino, das
questões práticas relativas á metodologias e às estratégias de aprendizagens. A partir da
trajectória de surgimento da Didáctica, é possível perceber que sua temática central se
traduziu (e se traduz) em torno de estudos, discussões e análises para nortear e/ou
instrumentalizar o processo de ensino-aprendizagem em que estão envolvidos aluno e
professor (ALVITE apud DAMIS, 2007).
5

As preocupações centravam-se (e centram-se), ainda, no estudo de um conjunto de


normas, recursos e procedimentos que deveriam informar e orientar o trabalho docente.
Nessa trajectória de evolução, é possível observar que, além da produção de
conhecimentos sobre o acto de ensinar, a escola se organizou e se legitimou como uma
instituição social. Nesse contexto, foram identificadas relações entre as práticas
pedagógicas desenvolvidas pelos professores e a finalidade social da escola. Então,
como reflexão sistemática (aquela que estuda as teorias de ensino e aprendizagem e seus
resultados), a Didáctica, segundo Masetto (1997, p. 13) vai pensar e reflectir sobre
questões relacionadas à escola e à sala da aula, dentre as quais, destacamos:

• Como a criança e o adolescente aprendem?


• Como é a actividade do professor em aula?
• Como o professor ajuda os alunos a aprender?
• Como organizar o currículo de uma escola?

1.2 Objecto de estudo da didáctica;

Se a Didáctica é uma ciência cuja preocupação volta-se para a educação, o ensino e a


aprendizagem, podemos perceber que há intencionalidade nas acções didácticas,
diferentemente das aprendizagens que ocorrem informalmente com as pessoas ao longo
de suas vidas. Há um planeamento, um objectivo e uma acção específica que leva ao
alcance deste objectivo.

Segundo CANDAU 1988, objecto de estudo da didáctica é o processo de ensino-


aprendizagem. Toda proposta didáctica está impregnada, implícita ou explicitamente, de
uma concepção do processo de ensino-aprendizagem.

Desde já é importante que se ressalte que falar em Didáctica não significa falar somente
em práticas e procedimentos. Para que possa desempenhar seu papel de orientar acções
é preciso que estas acções sejam precedidas de uma reflexão teórica e de pesquisas, que
embaçarão estas práticas.

A didáctica aborda o desenho da arte do ensino, provendo as bases para que os


professores possam trabalhar as situações de aprendizados em sala de aula. Mas esta
ideia se sintetiza os métodos e técnicas de ensino, limitando o verdadeiro significado da
ciência e não a explicando por completo.
6

1.3. Componentes do processo didáctico;

Quem circula pelos corredores de uma escola, o quadro que observa é o professor frente
a uma turma de alunos, sentados ordenadamente ou realizando uma tarefa em grupo,
para apreender uma matéria. De facto tradicionalmente se considera como componente
da acção didáctica a matéria, o professor, os alunos. Pode-se combinar estes
componentes, acentuando-se mais um ou outro, mas a ideia corrente é a de que o
professor transmite a matéria ao aluno. Entretanto, o ensino, por mais simples que possa
parecer à primeira vista, é uma actividade complexa: envolve tantas condições externas
como condições e lidar acertadamente com elas é uma das tarefas básicas do professor
para a condução do trabalho docente.

Internamente, a acção didáctica se refere a relação entre o aluno e a matéria, com


objectivo de apropriar-se dela com a mediação do professor.

Entre a matéria, o professor e o ocorrem relações recíprocas. O professor tem propósitos


definidos no sentido de assegurar o encontro directo do aluno com a matéria, mas essa
actuação depende das condições internas dos alunos alterando o modo de lidar com a
matéria. Cada situação didáctica, porem vincula-se a determinantes económicos sociais,
socioculturais, objectivos e normas estabelecidas conforme interesses da sociedade e
seus grupos, e que afectam decisões didácticas. Consideremos, pois, que a inter-relação
entre o professor e alunos não se reduz a sala de aula, implicando relações bem mais
abrangentes:

• Escola, a sociedade, o aluno, pais estão inseridas na dinâmica nas relações sociais, a
sociedade não é todo um todo homogénea, onde reina a paz e harmonia. Ao contrário,
há antagonismo e interesse distinto entre grupos e classes sociais que se reflectem nas
finalidades e no papel atribuídos a escola, ao trabalho do professor e dos alunos.

• As teorias de educação e as práticas pedagógicas, os objectivos educativos da escola e


dos professores escolares, a relação professor alunos, as modalidades de comunicação
docente, nada disso existem isoladamente do contexto económico, social e cultural mais
amplo e que afectam as condições reais em que se realizam o ensino e aprendizagem.
7

• O professor não é apenas, ele participa de outros contextos de relações sociais, onde, é,
também aluno, pai, filho, membro de sindicato, de partido político ou de um grupo de
religioso. Esses contextos se referem uns aos outros e afectam actividades praticadas
pelo professor.

O aluno, por sua vez, não existe apenas como aluno. Faz parte de um grupo social,
pertence a uma família que vive em determinadas condições de vida e de trabalho, é
branco, negro, tem uma determinadas idade, possui uma linguagem para expressar-se
conforme o meio em que vive, tem valores e aspirações condicionadas pela sua prática
da vida, etc.

• A eficácia do trabalho docente depende da filosofia da vida do professor, da sua


convicções políticas, do seu preparo profissional, do salário que recebe, da sua
responsabilidade, das características da sua via familiar, da sua satisfação profissional
em trabalhar com crianças etc. Tudo isto, entretanto, não é uma questão de traços
individuais do professor, pois o que acontece com ele acontece com ele tem a ver com
as relações sociais que acontecem na sociedade.

Consideremos, assim, que o processo didáctico esta centrada na relação fundamental


entre ensino e aprendizagem, aprovado para confrontação activa do aluno com matéria
sob a mediação do professor.

Com isto podemos identificar entre os seus elementos constitutivos: os conteúdos das
matérias que devem ser assinalados pelos alunos de um determinado grau: a acção de
ensinar em que o professor actua como mediador entre aluno e as matérias: a acção de
aprender em que um aluno assimila consciente e activamente as matérias e desenvolve
suas capacidades e habilidades. Contudo, estes componentes não são suficientes para o
ensino em sua globalidade. Como vimos, não é uma actividade que se desenvolve
automaticamente, restrita ao que se passa da escola, uma vez que se expressa finalidades
e exigências de prática social, no mesmo tempo ao mesmo que se subordina a condições
concretas posta pela mesma pratica que favorecem ou dificultam atingir objectivos.
Entender, pois, o processo didáctico como totalidade abrangente implica vincular
conteúdos, ensino aprendizagem ao objectivo sociopolítico e pedagógico e analisar
criteriosamente o conjunto das condições concretas que rodeiam cada situação
didáctica. Em outras palavras, o ensino é um processo social, integrante de múltiplos
processos sociais, nos quais estão implicadas dimensões políticas, ideológicas,
8

conteúdos e métodos conforme opções assumidas pelo educador, cuja realização esta na
dependência de condições, seja aqueles que o educador já encontre as que ele precisa
transformar ou criar.

Deste modo, os objectivos gerais e específicos são não só um dos componentes do


processo didáctico como também determinantes das relações entre os demais
componentes. Alem disso, a articulação entre estes depende de avaliação das condições
concretas implicadas no ensino, tais como objectivos e exigências postos pela sociedade
e seus grupos e classes, o sistema escolar, os programas oficiais, a formação dos
professores, as forcas sociais presente na escola (docente, pais, etc.), os meios de ensino
disponíveis, bem como as características socioculturais e individuais dos alunos, as
condições previas dos alunos ara enfrentar o estudo de determinada matéria, as relações
professor-alunos, a disciplina, o preparo especifico do professor para compreender cada
situação didáctica a avaliação.

Tais são, também, os concertos fundamentais que formam a base de estudo da didáctica.

A didáctica e as tarefas do professor;

O modo de fazer docente determina a linha e qualidade de ensino, traçam-se aqui os


principais objectivos de actuação docente;

Assegurar ao aluno o domínio duradouro e seguro dos seus conhecimentos;

1. Criar condições para o desenvolvimento de capacidade e habilidades visando a


autonomia na aprendizagem e dependência de pensamento de alunos;
2. Orientar as tarefas de ensino para a formação da personalidade;

Estes três integram-se entre si, pois, a aprendizagem é um processo.

Os principais pontos de planeamento escolar:

1. Compreensão na relação entre educação escolar e objectivo sócio politico;


2. Domínio de conteúdo e suas relações com a vida prática;
3. Capacidade de dividir a matéria em módulo ou unidades;
4. Conhecer as características sócios culturais e indivíduos dos alunos;
5. Domínio de métodos de ensino;
6. Conhecimento de programas oficiais;
9

7. Manter se bem informado sobre livros e artigos ligados a sua disciplina e factor
relevante.

Já a direcção de ensino e aprendizagem requer outros procedimentos do professor:

1. Conhecimento da função didáctica;


2. Compatibilizar os princípios gerais com conteúdos e métodos da disciplina
3. Domínio dos métodos e de recursos auxiliares
4. Habilidade de expressar ideias com clareza
5. Tomar os conteúdos reais
6. Saber formular perguntas e problemas
7. Conhecimentos das habilidades reais dos alunos
8. Oferecer métodos que valorizem o trabalho intelectual independente
9. Ter uma linha de conduta de relacionamento com os alunos
10. Estimular interesse pelo estudo

Para avaliar os processos são outros por parte do professor

1. Verificação contínua dos objectivos alcançados e rendimentos nas actividades


2. Dominar os meios de avaliação diagnostica
3. Conhecer os tipos de provas e de avaliação qualitativa. Estes requisitos são
necessários para o professor poder exercer uma função docente frente aos alunos
e instituto em que trabalha, por isto, o professor, no acto profissional, deve
executar o pensamento para descobrir constantemente as relações sociais reais
que envolvem sua disciplina e sua isenção nessa sociedade globalizada,
desconfiando no normal e olhando sempre por trás das aparências, seja livro
didáctico ou mesmo de acesso pré-estabilizadas.

Objectivos e elementos da didáctica

Sem dúvida, o objectivo do estudo da didáctica é o processo de ensino. Podemos


definir, conforme o autor, o processo de ensino como uma sequência de actividades do
professor e dos alunos tendo em vista a assimilação de conhecimentos e habilidades.
Destaca a importância da natureza do trabalho docente como a mediação da relação
cognoscitiva entre o aluno e as matérias de estudo. Libâneo ainda coloca que ensinar e
aprender são duas facetas do mesmo processo, que se realiza em torno das matérias de
ensino sob a direcção do professor.
10

Dentre os Elementos Didácticos, temos:


 Objectivos;
 Planos de Acção Didáctica;
 Métodos e Técnicas de Ensino;
 Conteúdos;
 Professor/Aluno;
 Avaliação.

OBJECTIVOS

São proposições, a cerca de um papel de uma instituição, que definem, em grandes


linhas, aquilo que desejamos alcançar diante de uma situação.  São também mudanças
no pensamento, nos sentimentos e nas acções dos alunos, respaldadas pelo processo
educacional.

As metas definidas com precisão ou resultados previamente determinados, indicando


aquilo que o aluno será capaz de fazer como consequência do empenho no processo
ensino-aprendizagem.

 Constitui o objectivo da educação a formulação do que se almeja adquirir sobre


conhecimentos, atitudes (afectiva/atitudinal) relacionados ao comportamento,
sentimentos, interesses expressos em atitudes e gostos; compreendem princípios e
valores; conceitos (cognitiva/conceitual) estão relacionados ao conhecimento,
compreendem conceitos, ideias, princípios, habilidades e capacidades mentais e
procedimentos (psicomotora/procedi mental) estão relacionados às habilidades motoras,
implicam saber fazer coisas, ter habilidades, ter prática.

Os objectivos dividem-se em: Objectivo geral expressa os resultados finais esperados de


um curso com relação às competências e habilidades a serem adquiridas durante o
processo de ensino; e Objectivo da unidade, matéria ou aula - expressa os resultados
específicos esperados da unidade, matéria ou aula.

 
11

PLANOS DE AÇÃO DIDÁTICA

O plano deve apresentar: 1. Ordem sequencial 2. Objectividade (deve estar atrelada a


realidade)   3. Coerência (ideias / prática) 4. Flexibilidade

O processo de planeamento de constitui-se, portanto, de três fases: a de preparação ou


elaboração, a de desenvolvimento ou execução e a de aperfeiçoamento ou avaliação.

 Na Fase de preparação ou elaboração dos planos são previstos todos os passos, visando
assegurar a sistematização, o desenvolvimento e a consecução dos objectivos propostos,
seleccionando-se as melhores condições para que a aprendizagem aconteça. Na Fase de
desenvolvimento ou de execução, as actividades previstas com relação ao ensino e
aprendizagem são, efectivamente concretizadas. Nessa etapa, pode-se verificar a
necessidade de adaptação à medida que a interacção com os alunos vai ocorrendo e o
feedback indica formas alternativas mais eficientes.”O plano deve ser claro e completo,
mas flexível, em função de feedback advindos da sua própria concretização”.

 A fase de avaliação e aperfeiçoamento do plano deve prever mecanismos, instrumentos


e periodicidade para análise do processo e dos resultados. Ao seu término, a avaliação
apresenta um significado mais amplo, porque além de avaliar os resultados do ensino-
aprendizagem, avalia também a qualidade do plano, a eficiência dos professores e a
eficiência do sistema escolar. Nessa fase, procura-se fazer os ajustes que se fizerem
necessários ao atingimento dos objectivos e ao relançamento do plano.

MÉTODOS E TÉCNICAS DE ENSINO

 Os métodos de ensino (ou estratégias de ensino) são acções, processos ou


comportamentos planejados pelo professor para colocar o aluno em contacto directo
com fatos ou fenómenos que lhe proporcionem experiências que possibilitem modificar
sua conduta, em função dos objectivos previstos. Tem a finalidade de despertar interesse
no aluno, facilitar a fixação do assunto, acelerar a aprendizagem, além de destacar
informações essenciais.

Para a escolha das estratégias de ensino deve-se ter em vista: os objectivos; o nível de
conhecimento/aprendizagem do aluno (físico e cognitivo); o nível de interesse do aluno;
a disponibilidade dos recursos locais; o domínio dos procedimentos metodológicos pelo
professor; a interdisciplinaridade; a transversalidade; a contextualização.
12

Técnicas de ensino de que o professor deve fazer uso: resolução de problemas;


simulação; caso; painel de discussão; métodos de ensino. Entre os procedimentos de
ensino, temos: pesquisa; estudo dirigido ou discussão dirigida; debate cruzado; grupos
de vivências; discussão em grupos; dramatizações e estratégias activas.

CONTEÚDOS

 A selecção e organização dos conteúdos devem ser realizada em função dos objectivos
propostos. Deve-se considerar o progresso evolutivo, os interesses e necessidades dos
alunos. Deve ser uma disposição encadeada e hierarquizada dos conteúdos, visando o
estabelecimento de uma sequência gradual de dificuldades que permita ao aluno passar
do estágio de conhecimentos concretos a outros cada vez mais abstractos.     

            Os critérios para selecção de conteúdos, são:             

 UTILIDADE — Este critério está presente quando há possibilidade de aplicar o


conhecimento adquirido em situações novas.

 SIGNIFICAÇÃO — Um conteúdo será significativo e interessante para o aluno quando


estiver relacionado às experiências por ele vivenciadas (contextualização).

VALIDADE — Deve haver uma relação clara e nítida entre os objectivos a serem
atingidos com o ensino e os conhecimentos desenvolvidos.

 FLEXIBILIDADE — O conteúdo deve possibilitar a flexibilização, para que sejam


feitos os ajustes e adaptações que necessários.

 Adequações AO NÍVEL DE DESENVOLVIMENTO DO ALUNO –   os conteúdos


devem ser coerentes com o grau de maturação dos alunos.

  Os critérios para organização de conteúdos, são:

CONTINUIDADE - Refere-se ao tratamento de um conteúdo repetidas vezes em


diversas fases do trabalho.

SEQÜÊNCIA - Faz com que os tópicos sucessivos de um conteúdo partam sempre dos
anteriores, aprofundando-os.

 INTEGRAÇÃO - Refere-se ao relacionamento entre as diversas áreas do processo


ensino-aprendizagem, visando garantir a unidade do conhecimento.
13

PROFESSOR/ALUNO

O professor necessita conhecer como se dá o conhecimento em sala de aula para


aumentar sua competência pedagógica e favorecer o desenvolvimento profissional do
aluno e a sua autonomia intelectual, nesse espaço de interacção entre professor/aluno e
alunos/alunos. Espaço em que o professor desenvolve sua prática, selecciona e transmite
conteúdos, passa posições políticas, ideológicas, transmite e recebe afectos e valores.
O processo educativo intencional e sistemático, baseado no trabalho com o
conhecimento e na organização da colectividade, baseando-se em uma concepção de
homem e de conhecimento. Compreendendo que o conhecimento não é “transferido”
nem “depositado” pelo outro, nem é “inventado” pelo sujeito, mais sim, construído pelo
sujeito na sua  relação com  os outros  e  o  mundo.

 O conteúdo apresentado pelo professor precisa ser trabalhado, reflectido, reelaborado


pelo aluno, para uma apropriação do conhecimento, uma aprendizagem significativa.
Esse conhecimento se dá em 3 momentos: Síncrese- mobilização para o conhecimento
(prática social e problematização); Análises construção do conhecimento
(instrumentalização) e Síntese elaboração e expressão do conhecimento (catarse e
prática social).

AVALIAÇÃO

Avaliar é um processo contínuo, que envolve não apenas o aspecto quantitativo, mas
principalmente o aspecto qualitativo, que é alicerce para o processo ensino-
aprendizagem, determina o valor de algo, emite juízo de valor a partir do conhecimento.

Usa-se de critérios pré-estabelecidos, e atribui significado e orientando acções a serem


implementadas.

  Para realizar uma avaliação significativa deve- se: definir bem o que se quer avaliar e
seus reais propósitos; estabelecer critérios para que a avaliação ofereça de forma
abrangente, informações sobre tudo que foi apreendido; as actividades de avaliação
devem ser definidas segundo objectivos, competências e habilidades.

A Avaliação pode ser dos tipos:


14

DIAGNÓSTICA- no início das actividade para verificar deficiências nos resultados de


aprendizagens anteriores, domínio de pré-requisitos, nível de conhecimento prévio
sobre o assunto a ser desenvolvido.

FORMATIVA-  durante a ensino- aprendizagem para obter dados e informações para


melhorar o ensino e a aprendizagem e assegurar o alcance dos objectivos previstos.

SOMATIVA-  ao final da unidade, a fim de classificar e comparar os resultados


alcançados pelos alunos.

A Avaliação tem como função a auto-compreensão do aluno e do professor, motivar o


crescimento; aprofundar a aprendizagem; auxiliar na aprendizagem e reflectir sobre a
prática pedagógica. Em sua essência o processo avaliativo tem que ser útil na
informação que oferece, viável na realização de sua trajectória, ética em seus propósitos
e precisa na elaboração de seus critérios.

 DIVISÃO DA DIDÁCTICA

Uma didáctica exclusivamente instrumental? A Didáctica, numa perspectiva


instrumental, é concebida como um conjunto de conhecimentos técnicos sobre o “como
fazer” os pedagógicos, conhecimentos estes apresentados de forma universal e,
consequentemente, desvinculados dos problemas relativos ao sentido e aos fins da
educação, dos conteúdos específicos, assim como do contexto sociocultural concreto em
que foram gerados (CANDAU, 2002, 13-14).
Para a autora, nessa proposta (a Didáctica exclusivamente instrumental) o processo de
ensino-aprendizagem é desenvolvido a partir de uma visão reducionista e neutra. Por
isso, propõe a construção de uma Didáctica fundamental, a qual deve assumir a
multidimensional idade do processo ensino-aprendizagem e promover uma articulação
entre as dimensões humana, técnica e político-social no centro de sua discussão
(CANDAU, 2002).

Didáctica Inter/Multicultural

A perspectiva do multi/interculturalismo, é uma expressão contemporânea que


responsabilizasse pelas actuais exigências de trabalho docente e discente. Onde o espaço
escolar encontra – se com uma prática da didáctica monocultural. Dentro da perspectiva
15

multi/intercultural de didáctica pode-se afirmar que há um novo desafio que envolve


acção dos professores na sua prática como docente.

Segundo Candau (2002, p.51-52), “urge ampliar este enfoque e considerar a educação
intercultural como um princípio orientador, teórica e praticamente, dos sistemas
educacionais na sua globalidade (...) a desconexão entre a cultura escolar e a cultura
social de referência dos alunos e alunas têm sido ultimamente denunciada por inúmeros
autores e evidenciada por diversas pesquisas”.
Deste modo, a importância de se considerar a temática cultural para compreender uma
exigência que a sociedade vem travando ao longo do tempo para que possamos
compreender e responder às questões que envolvem o direito à diferença e o direito à
igualdade, para além da compreensão das múltiplas razões que circunscrevem as
dificuldades que muitos alunos encontram nas expectativas escolares.
Portanto, para inserção de uma nova concepção de didáctica, na perspectiva
multi/intercultural, faz-se necessário buscar estratégias onde as diferenças culturais
possam coexistir de forma democrática no quotidiano das instituições, de modo que as
práticas pedagógicas possam ser repensadas e/ou reinventadas, incorporando
criticamente, a questores das diferenças culturais.
A didáctica especial, por outro lado, analisa as problemáticas específicas do ensino que
cada disciplina pode apresentar, assim como possíveis meios para resolvê-los.

DIVISÃO DIDÁCTICA. EXEMPLO DE PORTUGUÊS

AS DIVISÕES GRAMATICAIS.

        
16

Objectivos gerais:  fazer com que os alunos conheçam os componentes da gramática


em seu aspecto geral;

Conhecer nomenclaturas.

Objectivos específicos:  fazer com que os alunos conheçam o mínimo da gramática e o


seu uso, e percam o medo de estuda-la. E que saibam também do que se trata e o que se
estuda de forma genérica cada divisão gramatical.

O que é gramática?

A gramática é o conjunto de regras que rege a perfeita utilização do idioma, de acordo


com o chamado padrão culto.

ela está organizada de forma a facilitar o seu acesso e consulta,cada vez que isso se fizer
necessário a um falante.

para tirar melhor proveito da gramática, é preciso que você conheça melhor as suas
tradicionais divisões.

Divisões da gramática.

 fonologia  (fono= sons + logia= estudo)  e fonética.


 fonética é o estudo dos sons da fala.  fonologia é o estudo dos sons que têm a
função de diferenciar os diversos significados de cada palavra. A divisão entre fonética
e fonologia é apenas didáctica, porque na verdade as duas disciplinas são dependentes
uma da outra: o estudo do som da fala deve ser feito sempre levando em consideração a
sua função.
letra, fonema, fala, língua, sons da fala, aparelhos fonadores são alguns dos conceitos
que precisamos conhecer para estudar fonética. é preciso antes saber a diferença entre
língua e fala:  língua é um sistema de signos utilizados por uma mesma comunidade,
enquanto fala é o uso que cada pessoa faz da língua.  
 morfologia  (morfo= forma + logia= estudo).
tem a ver com a funcionalidade das palavras.
por exemplo:
a lua está bela.
vi hoje a luz da lua.
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veja, lua tem duas funções diferentes nessas duas frases: na primeira é sujeito, na
segunda é complemento.
 sintaxe.  (gr. syntaxis= ordem, relação e disposição).
É a maneira com que organizam-se e relacionam-se as palavras em uma horação.
por exemplo:
as praias   estão    cada vez mais poluídas.
 sujeito      verbo           predicado
 semântica.
O significado da palavra semântica é: estudo do significado nas palavras frase, oração e
período.
por exemplo:
“putz, é complicado quando o computador dá um pau!”
“o pau que segurava o varal caiu.”
pois bem: as duas frases usam a palavra “pau”, mas com semântica diferente. na
primeira, uma má-função. na segunda, uma vara de madeira.
a gramática, a mesma árida gramática, transforma-se em algo parecido a uma feitiçaria
evocatória; as palavras ressuscitam revestidas de carne e osso, o substantivo, em sua
majestade substancial, o adjectivo, roupa transparente que o veste e dá cor como um
verniz, e o verbo, anjo do movimento que dá impulso á frase.  -charles boudelaire.

CONSIDERAÇÕES FINAIS

A Didáctica é de suma importância para a formação do professor, pois deve


proporcionar o desenvolvimento de sua capacidade crítica e reflexiva, possibilitando
que o professor faça uma análise de forma clara sobre a realidade do ensino,
proporcionando situações em que o aluno construa seu próprio saber. Neste sentido,
constatamos que as bases teóricas que influenciam a prática estão intrinsecamente
ligadas à formação da identidade profissional do professor. Ressaltamos a importância
da base teórica para uma prática docente transformadora. Através deste estudo foi
possível compreender que a teoria e a prática favorecem a construção do saber docente e
auxiliam o educador a pensar a sua prática, possibilitando que o mesmo torne-se um
profissional reflexivo. Neste contexto, o professor reflecte sobre sua acção docente
modificando assim suas acções com o intuito de melhorar a sua prática pedagógica. No
18

entanto, percebemos a necessidade de se buscar uma Didáctica que valorize todos os


envolvidos no processo educacional.

REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA

ARANHA, Maria Lúcia de Arruda. História da Educação. São Paulo: Moderna, 2002.
ARREDONDO, S.C. e DIAGO, J.C. Avaliação Educacional e Promoção Escolar. São
Paulo: Unesp, 2009.

ALVES, Rubem; DIMENSTEIN, Gilberto. Fomos maus alunos. São Paulo: Papirus,
2003.

BEHRENS, Marilda Aparecida. A prática pedagógica e o desafio do paradigma


emergente. Revista Brasileira de Estudos Pedagógicos, v. 80, n. 196, Brasília: 1999, p.
383-403. BORDENAVE, J. D.; PEREIRA, A. M. Estratégia de ensino-aprendizagem.
Petrópolis: Vozes, 1991.

FREIRE, Paulo. Pedagogia da autonomia: saberes necessários à prática educativa. 34.


ed. São Paulo: Paz e Terra, 1996

LIBÂNEO, José Carlos. Didáctica. São Paulo: Cortez, 1993. Colecção magistério – 2º
grau. Série formação do professor

MASETTO, Marcos Tarciso. Didáctica a aula como centro. 4. ed. São Paulo: FTD,
1997.

LIBÂNEO, José Carlos. Didáctica. ed. Cortez, São Paulo, 1994. __. Adeus professor,
adeus professora? Novas exigências educacionais e profissão docente. 5. ed. São Paulo:
Cortez, 2001.

PIMENTA, Selma Garrido. O Estágio na Formação de Professores: unidade teoria e


prática? 3ª ed. ed. Cortez, São Paulo, 1997.

PIMENTA, Selma Garrido. Formação de professores: identidade e saberes da docência.


ed. Cortez, São Paulo, 1999.

LIBÂNEO, José Carlos. Didáctica. ed. Cortez, São Paulo, 1994. __. Adeus professor,
adeus professora? Novas exigências educacionais e profissão docente. 5. ed. São Paulo:

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