Didactica
Didactica
Trabalho de Campo
Código de Estudante:708200781
Introdução
Para as teorias da educação, porém, a didáctica é mais do que um termo utilizado para
representar a dicotomia entre o bom e o mau professor ou para designar os materiais
utilizados no ambiente escolar. Termo de origem grega (didaktiké), a didáctica foi
instituído no século XVI como ciência reguladora do ensino. Mais
tarde Comenius atribuiu seu carácter pedagógico ao defini-la como a arte de ensinar.
Nos dias actuais, a definição de didáctica ganhou contornos mais amplos e deve ser
compreendida enquanto um campo de estudo que discute as questões que envolvem os
processos de ensino. Nessa perspectiva a didáctica pode ser definida como um ramo da
ciência pedagógica voltada para a formação do aluno em função de finalidades
educativas e que tem como objecto de estudo os processos de ensino e aprendizagem e
as relações que se estabelecem entre o acto de ensinar (professor) e o acto de aprender
(aluno). Nesta perspectiva a didáctica passa a abordar o ensino ou a arte de ensinar
como um trabalho de mediação de acções pré-definidas destinadas à aprendizagem,
criando condições e estratégias que assegurem a construção do conhecimento.
Nesse contexto, a Didáctica enquanto campo de estudo visa propor princípios, formas e
directrizes que são comuns ao ensino de todas as áreas de conhecimento. Não se
restringe a uma prática de ensino, mas se propõe a compreender a relação que se
estabelece entre três elementos: professor, aluno e a matéria a ser ensinada. Ao
investigar as relações entre o ensino e a aprendizagem mediadas por um acto didáctico,
procura compreender também as relações que o aluno estabelece com os objectos do
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conhecimento. Para isso privilegia a análise das condições de ensino e suas relações
com os objectivos, conteúdos, métodos e procedimentos de ensino.
OBJECTIVOS
Objectivo geral
Objectivos específicos
A Metodologia
Tendo em vista o desenvolvimento do trabalho, adoptamos como procedimento
metodológico o relato descritivo e analítico da participação dos envolvidos durante a
disciplina de didáctica e metodologias de ensino. Para colecta de dados nos embaçamos
na observação e registos de um memorial descritivo realizado pelos participantes, no
qual apresentaram brevemente suas experiências académicas, as metodologias
vivenciadas no período de formação, e em sua prática, mencionando ainda as
contribuições da disciplina e considerações sobre a troca de saberes durante as
discussões em sala.
Os materiais utilizados nas aulas, como artigos científicos, vídeos, estudos dirigidos,
momentos de diálogos sobre a didáctica docente, os conteúdos e métodos possíveis para
o ensino de letra português, a reflexão acerca dos problemas de ensino, e o
compartilhamento de novas ferramentas metodológicas para o ensino de letra português,
serviram de embasamento para o presente estudo
A palavra Didáctica deriva da expressão grega (didaktiké), que se traduz como arte ou
técnica de ensinar. Durante muito tempo, seu conceito ficou restrito ao acto de ensinar,
mas, nos dias de hoje, os estudos dessa área interligam o acto de ensinar ao acto de
aprender, ou seja, preocupam-se em desenvolver teorias e práticas, buscando subsidiar e
orientar a actuação dos professores para a eficácia do processo de ensino e de
aprendizagem.
Para Libâneo (1992, p. 25, grifos nossos): A Didáctica é o principal ramo de estudo da
Pedagogia. Ela investiga os fundamentos, as condições e os modos de realização da
instrução e do ensino. A ela cabe converter objectivos sociopolíticos e pedagógicos em
objectivos de ensino, seleccionar conteúdos e métodos em função desses objectivos.
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Gil (1997, p. 109, grifos nossos), ao abordar a Didáctica, entende esta como (...) a
sistematização e racionalização do ensino, constituída de métodos e técnicas de ensino
de que se vale o professor para efectivar a sua intervenção no comportamento do
estudante.
No entanto, a didáctica não deve ser interpretada como uma prática tecnicista. O
objectivo desta é também desenvolver um pensamento crítico nos formadores, que
devem analisar as técnicas e estratégias utilizadas de modo a reformula-las ou
questiona-las, quando for o caso.
Deste modo, pode-se afirmar que a didáctica é um estudo reflexivo que, a partir da
capacidade crítica do profissional do ensino, deve auxiliar na transformação dos
métodos didácticos de acordo com o ambiente ou tempo, por exemplo.
Para Heinrich Pestalozzi termo Didáctica, é conhecido desde da Grécia antiga, e alguns
pensadores definem a didáctica como uma acção que se refere ao ensino, e outros, como
uma ciência, cujo objectivo fundamental é de ocupar – se das estratégias de ensino, das
questões práticas relativas á metodologias e às estratégias de aprendizagens. A partir da
trajectória de surgimento da Didáctica, é possível perceber que sua temática central se
traduziu (e se traduz) em torno de estudos, discussões e análises para nortear e/ou
instrumentalizar o processo de ensino-aprendizagem em que estão envolvidos aluno e
professor (ALVITE apud DAMIS, 2007).
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Desde já é importante que se ressalte que falar em Didáctica não significa falar somente
em práticas e procedimentos. Para que possa desempenhar seu papel de orientar acções
é preciso que estas acções sejam precedidas de uma reflexão teórica e de pesquisas, que
embaçarão estas práticas.
Quem circula pelos corredores de uma escola, o quadro que observa é o professor frente
a uma turma de alunos, sentados ordenadamente ou realizando uma tarefa em grupo,
para apreender uma matéria. De facto tradicionalmente se considera como componente
da acção didáctica a matéria, o professor, os alunos. Pode-se combinar estes
componentes, acentuando-se mais um ou outro, mas a ideia corrente é a de que o
professor transmite a matéria ao aluno. Entretanto, o ensino, por mais simples que possa
parecer à primeira vista, é uma actividade complexa: envolve tantas condições externas
como condições e lidar acertadamente com elas é uma das tarefas básicas do professor
para a condução do trabalho docente.
• Escola, a sociedade, o aluno, pais estão inseridas na dinâmica nas relações sociais, a
sociedade não é todo um todo homogénea, onde reina a paz e harmonia. Ao contrário,
há antagonismo e interesse distinto entre grupos e classes sociais que se reflectem nas
finalidades e no papel atribuídos a escola, ao trabalho do professor e dos alunos.
• O professor não é apenas, ele participa de outros contextos de relações sociais, onde, é,
também aluno, pai, filho, membro de sindicato, de partido político ou de um grupo de
religioso. Esses contextos se referem uns aos outros e afectam actividades praticadas
pelo professor.
O aluno, por sua vez, não existe apenas como aluno. Faz parte de um grupo social,
pertence a uma família que vive em determinadas condições de vida e de trabalho, é
branco, negro, tem uma determinadas idade, possui uma linguagem para expressar-se
conforme o meio em que vive, tem valores e aspirações condicionadas pela sua prática
da vida, etc.
Com isto podemos identificar entre os seus elementos constitutivos: os conteúdos das
matérias que devem ser assinalados pelos alunos de um determinado grau: a acção de
ensinar em que o professor actua como mediador entre aluno e as matérias: a acção de
aprender em que um aluno assimila consciente e activamente as matérias e desenvolve
suas capacidades e habilidades. Contudo, estes componentes não são suficientes para o
ensino em sua globalidade. Como vimos, não é uma actividade que se desenvolve
automaticamente, restrita ao que se passa da escola, uma vez que se expressa finalidades
e exigências de prática social, no mesmo tempo ao mesmo que se subordina a condições
concretas posta pela mesma pratica que favorecem ou dificultam atingir objectivos.
Entender, pois, o processo didáctico como totalidade abrangente implica vincular
conteúdos, ensino aprendizagem ao objectivo sociopolítico e pedagógico e analisar
criteriosamente o conjunto das condições concretas que rodeiam cada situação
didáctica. Em outras palavras, o ensino é um processo social, integrante de múltiplos
processos sociais, nos quais estão implicadas dimensões políticas, ideológicas,
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conteúdos e métodos conforme opções assumidas pelo educador, cuja realização esta na
dependência de condições, seja aqueles que o educador já encontre as que ele precisa
transformar ou criar.
Tais são, também, os concertos fundamentais que formam a base de estudo da didáctica.
7. Manter se bem informado sobre livros e artigos ligados a sua disciplina e factor
relevante.
OBJECTIVOS
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Na Fase de preparação ou elaboração dos planos são previstos todos os passos, visando
assegurar a sistematização, o desenvolvimento e a consecução dos objectivos propostos,
seleccionando-se as melhores condições para que a aprendizagem aconteça. Na Fase de
desenvolvimento ou de execução, as actividades previstas com relação ao ensino e
aprendizagem são, efectivamente concretizadas. Nessa etapa, pode-se verificar a
necessidade de adaptação à medida que a interacção com os alunos vai ocorrendo e o
feedback indica formas alternativas mais eficientes.”O plano deve ser claro e completo,
mas flexível, em função de feedback advindos da sua própria concretização”.
Para a escolha das estratégias de ensino deve-se ter em vista: os objectivos; o nível de
conhecimento/aprendizagem do aluno (físico e cognitivo); o nível de interesse do aluno;
a disponibilidade dos recursos locais; o domínio dos procedimentos metodológicos pelo
professor; a interdisciplinaridade; a transversalidade; a contextualização.
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CONTEÚDOS
A selecção e organização dos conteúdos devem ser realizada em função dos objectivos
propostos. Deve-se considerar o progresso evolutivo, os interesses e necessidades dos
alunos. Deve ser uma disposição encadeada e hierarquizada dos conteúdos, visando o
estabelecimento de uma sequência gradual de dificuldades que permita ao aluno passar
do estágio de conhecimentos concretos a outros cada vez mais abstractos.
VALIDADE — Deve haver uma relação clara e nítida entre os objectivos a serem
atingidos com o ensino e os conhecimentos desenvolvidos.
SEQÜÊNCIA - Faz com que os tópicos sucessivos de um conteúdo partam sempre dos
anteriores, aprofundando-os.
PROFESSOR/ALUNO
AVALIAÇÃO
Avaliar é um processo contínuo, que envolve não apenas o aspecto quantitativo, mas
principalmente o aspecto qualitativo, que é alicerce para o processo ensino-
aprendizagem, determina o valor de algo, emite juízo de valor a partir do conhecimento.
Para realizar uma avaliação significativa deve- se: definir bem o que se quer avaliar e
seus reais propósitos; estabelecer critérios para que a avaliação ofereça de forma
abrangente, informações sobre tudo que foi apreendido; as actividades de avaliação
devem ser definidas segundo objectivos, competências e habilidades.
DIVISÃO DA DIDÁCTICA
Didáctica Inter/Multicultural
Segundo Candau (2002, p.51-52), “urge ampliar este enfoque e considerar a educação
intercultural como um princípio orientador, teórica e praticamente, dos sistemas
educacionais na sua globalidade (...) a desconexão entre a cultura escolar e a cultura
social de referência dos alunos e alunas têm sido ultimamente denunciada por inúmeros
autores e evidenciada por diversas pesquisas”.
Deste modo, a importância de se considerar a temática cultural para compreender uma
exigência que a sociedade vem travando ao longo do tempo para que possamos
compreender e responder às questões que envolvem o direito à diferença e o direito à
igualdade, para além da compreensão das múltiplas razões que circunscrevem as
dificuldades que muitos alunos encontram nas expectativas escolares.
Portanto, para inserção de uma nova concepção de didáctica, na perspectiva
multi/intercultural, faz-se necessário buscar estratégias onde as diferenças culturais
possam coexistir de forma democrática no quotidiano das instituições, de modo que as
práticas pedagógicas possam ser repensadas e/ou reinventadas, incorporando
criticamente, a questores das diferenças culturais.
A didáctica especial, por outro lado, analisa as problemáticas específicas do ensino que
cada disciplina pode apresentar, assim como possíveis meios para resolvê-los.
AS DIVISÕES GRAMATICAIS.
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Conhecer nomenclaturas.
O que é gramática?
ela está organizada de forma a facilitar o seu acesso e consulta,cada vez que isso se fizer
necessário a um falante.
para tirar melhor proveito da gramática, é preciso que você conheça melhor as suas
tradicionais divisões.
Divisões da gramática.
veja, lua tem duas funções diferentes nessas duas frases: na primeira é sujeito, na
segunda é complemento.
sintaxe. (gr. syntaxis= ordem, relação e disposição).
É a maneira com que organizam-se e relacionam-se as palavras em uma horação.
por exemplo:
as praias estão cada vez mais poluídas.
sujeito verbo predicado
semântica.
O significado da palavra semântica é: estudo do significado nas palavras frase, oração e
período.
por exemplo:
“putz, é complicado quando o computador dá um pau!”
“o pau que segurava o varal caiu.”
pois bem: as duas frases usam a palavra “pau”, mas com semântica diferente. na
primeira, uma má-função. na segunda, uma vara de madeira.
a gramática, a mesma árida gramática, transforma-se em algo parecido a uma feitiçaria
evocatória; as palavras ressuscitam revestidas de carne e osso, o substantivo, em sua
majestade substancial, o adjectivo, roupa transparente que o veste e dá cor como um
verniz, e o verbo, anjo do movimento que dá impulso á frase. -charles boudelaire.
CONSIDERAÇÕES FINAIS
REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA
ARANHA, Maria Lúcia de Arruda. História da Educação. São Paulo: Moderna, 2002.
ARREDONDO, S.C. e DIAGO, J.C. Avaliação Educacional e Promoção Escolar. São
Paulo: Unesp, 2009.
ALVES, Rubem; DIMENSTEIN, Gilberto. Fomos maus alunos. São Paulo: Papirus,
2003.
LIBÂNEO, José Carlos. Didáctica. São Paulo: Cortez, 1993. Colecção magistério – 2º
grau. Série formação do professor
MASETTO, Marcos Tarciso. Didáctica a aula como centro. 4. ed. São Paulo: FTD,
1997.
LIBÂNEO, José Carlos. Didáctica. ed. Cortez, São Paulo, 1994. __. Adeus professor,
adeus professora? Novas exigências educacionais e profissão docente. 5. ed. São Paulo:
Cortez, 2001.
LIBÂNEO, José Carlos. Didáctica. ed. Cortez, São Paulo, 1994. __. Adeus professor,
adeus professora? Novas exigências educacionais e profissão docente. 5. ed. São Paulo: