Patologias Benignas e Malignas Do Ovário
Patologias Benignas e Malignas Do Ovário
OVÁRIOS
Cisto TU
dermoide epitelial
TU epitelial
• Diagnóstico:
o Anamnese e Exame físico: idade da paciente, paridade, antecedentes pessoais e familiares. Os
sintomas são ausentes ou inespecíficos. Presença de Massa Anexial
o Ultrassonografia: É o primeiro exame a ser solicitado. Possibilita a diferenciação da massa em maligna
e benigna
o Doppler: na presença de massa suspeita de malignidade. Evidencia um fluxo intenso, característico de
neovascularização. Com baixa resistência (IR< 0,4)
o USG Doppler:
Benignas Malignas
• Estrutura papilar;
PATOLOGIAS BENIGNAS
Cistos Funcionais:
• Cisto Folicular:
o É o mais comum
o 3 a 8 cm no maior diâmetro
o É originado de um folículo estimulado que não rompeu(estímulo de FSH)
o Achados incidentais
o Tem resolução em torno de 4 a 8 semanas
• Cisto do Corpo Lúteo
o Menos comum que o folicular;
o É gerado a partir do estímulo do LH (1º trimestre de gestação ou fase pós ovulatória)
o Risco de rotura e torção, porém a regressão espontânea é o mais esperado
• Cisto Tecaluteínico:
o Resultantes da estimulação hormonal de elevados níveis circulantes de hCG.
o Podem ser encontrados na doença trofoblástica gestacional, em gestação múltipla, uso de drogas
estimuladoras dos ovários, gravidezes complicadas com hidropsia fetal.
o Usualmente grandes, multisseptados e bilaterais.
o Podem complicar com:
▪ Hemorragia
▪ Ruptura
▪ Torção
• Endometrioma:
o Manifestação comum da endometriose
o Cistos de paredes lisas, têm cor marrom escura e são repletos de líquidos com aspecto de
chocolate, uni ou multiloculares.
o DG: USG- estruturas císticas com ecos internos de baixa intensidade. Doppler: fluxo pericístico, mas
não intracístico.
o Tratamento:
Lívia Loureiro | Turma XXIV
Tumores Funcionantes:
• Tumores Epiteliais:
o Cistoadenoma Seroso:
▪ Entre 20 e 50 anos
▪ Corpos de psamoma – áreas de granulações calcificadas
▪ 15 a 25% do tumores benignos
o Cistoadenoma Mucinoso:
▪ Grandes tumores abdominais (50 cm)
▪ Terceira e quarta décadas
▪ Pseudomixoma peritoneal (secreção exacerbada de material mucinoso e gelatinoso)
• Tumores das Células Germinativas
o Teratoma Cístico Benigno ou Teratoma Maduro ou Cisto Dermóide
▪ Normalmente unilateral
▪ Risco raro de se tornar maligno (carcinoma de células escamosas)
▪ Combinações de elementos ecto, meso e endodérmicos
▪ Podem se encontrados osso, dente, cabelo, cartilagem, área de calcificação, tecido
tireoidiano.
▪ Menacme
▪ Risco de torção de pedículo
▪ Tratamento: Cirúrgico(cistectomia ou ooforectomia)
• Fibroma
o Tumores do cordão sexual mais comuns
o Não possuem atividade hormonal
Lívia Loureiro | Turma XXIV
o Síndrome de Meigs: tumor + ascite + derrame pleural (pressão intratorácica negativa, ocorrendo
passagem de líquido através do diafragma por meio de poros)
• Tumor de Brenner
o Histologia incomum, ilhotas de células cuboides: ninhos de células de Walthard.
o Síndrome de Meigs
• Luteoma da Gravidez
o Raro
o Pode ocorrer masculinização no sexo feminino, segundo trimestre da gestação
o Maioria regride espontaneamente
• Tendem a permanecer limitados aos ovários por longos períodos, com baixo potencial de crescimento e
invasão.
• Bom prognóstico.
• Faixa etária entre 30 e 50 anos.
CÂNCER DE OVÁRIO
• Epidemiologia:
o Brasil:
▪ 6650 novos casos entre 2020 é 2022.
o Risco estimado de 6,18 casos novos a cada 100.000 mulheres
o Representa 3,6% dos tumores femininos.
o 75% dos casos já se encontram em estágios avançados no momento do diagnostico
o 8º Câncer mais incidente entre mulheres do mundo (cerca de 7,8 por 100.000 mulheres)
o Mais letal dos cânceres ginecológicos
o Distribuição por regiões:
▪ Região Sul (7,06/100 mil) (9º tumor)
▪ Região Sudeste (7,01/100 mil) (8º tumor)
▪ Região Centro-Oeste (5,09/100 mil) (8º tumor)
▪ Região Nordeste (5,67/100 mil) (7º tumor)
▪ Região Norte (3,28/100 mil) (7º tumor)
o Carcinomas epiteliais ocorrem principalmente entre 40 e 65 anos
o <1% dos casos antes dos 30 anos
o Risco de Ca de ovário ao longo da vida: 1,4%
• Fatores de risco:
o Idade avançada (em torno dos 60 anos)
▪ < 50 anos: 2% / ano
▪ > 50 anos: 11% / ano
o Raça branca
o Obesidade
o Dieta rica em gorduras saturadas
o Tabagismo
o História familiar
o Mutações genéticas (BRCA1 - 40 % / BRCA2 -15 %)
o Síndrome de Lynch – 20%
o Menarca precoce (< 12 anos)
o Menopausa tardia (> 52 anos)
o Nuliparidade
o Endometriose
• Fatores de proteção:
o Uso de ACO por mais de 10 anos ( 50%)
o Amamentação
o Gestação (8%)
o Salpingectomia / ooforectomia profilática – após 35 anos (reduz em 40% - 60%)
o Laqueadura tubária
o Histerectomia
• Rastreamento:
o Risco habitual → não há
Lívia Loureiro | Turma XXIV
Marcador Lesão
HCG Coriocarcinoma
LDH Disgerminoma
Progesterona Tecoma
Lívia Loureiro | Turma XXIV
o Câncer confinado a um dos ovários (Estádio IA) ou aos dois ovários (Estádio IB)
Lívia Loureiro | Turma XXIV