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Anamnese LC Teoria COMPLETO

O documento apresenta um cronograma de aulas com as seguintes disciplinas distribuídas nas semanas: Línguas, Códigos e suas Tecnologias; Gramática; Interpretação de Textos; Literatura; e Inglês. As aulas vão da semana 1 à 6.
Direitos autorais
© © All Rights Reserved
Levamos muito a sério os direitos de conteúdo. Se você suspeita que este conteúdo é seu, reivindique-o aqui.
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MA

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L&C
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85

INTEGRADO
8M
AR
CO

RETOMADA DE CONTEÚDOS
AU
RE
L IO
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BI
O
DE
ANAMNESE
MO
UR
A
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88
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3
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A
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MO
SUMÁRIO

DE
O
BI
FA
IO
SEMANAS

L
RE
LINGUAGENS, CÓDIGOS E SUAS TECNOLOGIAS 1 2 3 4 5 6

AU
GRAMÁTICA-------------------------------------------------------------- 3 58 72 82 93 104

CO
INTERPRETAÇÃO DE TEXTOS -------------------------------------------- 20 61 75 85 96 108

AR
LITERATURA------------------------------------------------------------- 29 63 77 87 97 109

8M
INGLÊS------------------------------------------------------------------- 43 69 79 90 100 113

85
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A
UR
MO
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O
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FA
LIO
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AU
O
RC
MA
3
88
Gramática

30
A
UR
Anamnese

MO
semana

DE
1

O
BI
FA
Variação linguística

L IO
RE
As variações linguísticas são as peculiaridades que a língua adquire com o tempo em função do seu uso por comunida-

AU
des específicas. Segundo o linguista Marcos Bagno, “(...) onde tem variação (linguística), sempre tem avaliação

CO
(social)”.

AR
Nossa sociedade é extremamente hierarquizada e os bens e valores culturais circulantes, incluindo a língua, também o

8M
são. Dessa forma, a nossa maneira de falar pode revelar a camada social a que pertencemos. O que torna a língua um
poderoso instrumento de controle social, de promoção ou de humilhação, de inclusão ou de exclusão. Mesmo sabendo

85
que as formas “a zgente vai” e “a gente vamos” são duas formas de dizer a mesma coisa, elas podem comunicar a

09
origem social de quem fala, sua inserção maior ou menor na cultura letrada, sempre mais valorizada que a oral.

33
88
Ninguém deve ter vergonha de sua origem ou de sua variante, mas conhecer outras variantes nos permite ser compre-

30
endidos e nos fazer compreender em uma gama mais ampla de espaços e, em muitas delas, a norma padrão da língua

A
portuguesa é um pré-requisito insubstituível. UR
MO

A gíria é uma forma de expressão oral de grupos sociais, que têm afinidades quanto à ideologia, ou faixa etária, ou
condição socioeconômica, enfim, algum tipo de traço característico, que também é transferido para a forma de expressão
DE

linguística.
O

Uma questão deve ser muito bem esclarecida: falar errado não é falar em desacordo com a norma padrão culta; falar
BI
FA

errado é comunicar-se utilizando uma variante que não seja adequada ao local em questão. Dizer que uma
pessoa humilde e sem escolaridade fala errado (“nóis vai”, por exemplo) é preconceito linguístico, pois é fácil de
LIO

entender a mensagem transmitida.


RE

Portanto, por mais que um falante tenha conhecimento da norma padrão e das regras da gramática normativa, sua orali-
AU

dade nunca será 100% padrão. Assim, devemos nos preocupar mais com o uso da gramática na língua escrita, e menos
O

na língua falada.
RC
MA

Funções da linguagem
58
98

Toda comunicação apresenta uma variedade de funções, sendo uma dominante, de acordo com o enfoque que o desti-
0

nador/emissor quer dar ou do efeito que quer causar no destinatário/receptor. As funções da linguagem são as seguintes:
33
88

§ Emissor – emite a mensagem, codificando-a em palavras;


30

§ Receptor – recebe a mensagem e a decodifica, ou seja, apreende a ideia;


A
UR

§ Referente – aquilo que é comunicado, o conteúdo da comunicação;


MO

§ Código – sistema linguístico escolhido para a transmissão e recepção da mensagem;


DE

§ Mensagem – contexto em que se encontram o emissor e o receptor;


O

§ Canal – meio pelo qual a mensagem é transmitida.


BI
FA

1. Emotiva ou expressiva – centralizada no emissor, ressalta sua opinião, trata das emoções; prevalece a 1a pessoa do
LIO

singular (eu), interjeições e exclamações; é a linguagem das biografias, memórias, poesias líricas e cartas de amor.
RE

2. Referencial – centralizada no referente, pois o emissor oferece informações da realidade; objetiva, direta, denotativa,
prevalecendo a 3a pessoa do singular (ele/ela); é a linguagem usada nos textos científicos, arte realista, notícias de jornal.
AU
O

3
RC
MA
3
88
30
A
UR
3. Conativa ou apelativa – centralizada no receptor; o emissor procura influenciar o comportamento do receptor;

MO
como o emissor se dirige ao receptor, é comum o uso da 2a pessoa do singular (tu), do pronome de tratamento você ou do
nome do próprio receptor, além de vocativos e imperativos; usada nos discursos, sermões e propagandas que se dirigem

DE
diretamente ao consumidor.

O
BI
4. Fática – utilizada para testar o canal, para manter o contato físico ou psicológico com o interlocutor.

FA
5. Metalinguística – é a linguagem utilizada para falar da própria linguagem; a linguagem como fazer artísitico; põe em

IO
evidência a forma da mensagem, ou seja, preocupa-se mais em “como dizer” do que com “o que dizer”.

L
RE
6. Poética – usada para diferenciar o texto pela forma. Há certa dificuldade de se chegar ao conteúdo. A poesia, por

AU
definição, é considerada uma função poética.

CO
Tipos de discurso

AR
8M
Em um texto narrativo, o autor pode optar por três tipos de discurso, que podem aparecer separados ou juntos.

85
§ Direto – a produção se dá de forma integral, na qual os diálogos são retratados sem a interferência do narrador;

09
trata-se de uma transcrição fiel da fala dos personagens, e, para introduzi-las, o narrador se utiliza de alguns sinais de

33
pontuação, aliados ao emprego de alguns verbos de elocução (dizer, perguntar, responder, indagar, exclamar, ordenar

88
30
etc.).
Exemplo: João disse: – Não brinco mais!
A
UR
§ Indireto – ocorre quando o narrador, em vez de retratar as falas de forma direta, reproduz com as suas próprias
MO

palavras, colocando-se na condição de intermediário frente à ocorrência.


João disse que não brincaria mais.
DE

§ Indireto livre – as formas direta e indireta se fundem por meio de um processo em que o narrador insere discreta-
O
BI

mente a fala ou os pensamentos do personagem em sua fala.


FA

Ortografia
LIO
RE
AU

Regras especiais
O

1. Ditongos abertos: São sempre acentuadas as palavras oxítonas com os ditongos abertos grafados “éis”, “éu(s)” ou
RC

“ói(s)”. Exemplos: anéis; herói; chapéu.


MA

Obs.: Não são acentuadas as palavras paroxítonas com os ditongos abertos “ei” e “oi”, uma vez que existe oscilação em
58

muitos casos entre a pronúncia aberta e fechada e foram alteradas pelo acordo ortográfico.
98

Exemplos: assembleia; proteico; alcaloide.


0
33

2. Regra dos hiatos: Levam acento agudo o “i” e “u”, quando;


88

§ São tônicos;
30
A

§ Formam hiato com vogal anterior;


UR

§ Estão sozinhos ou acompanhados de “s”;


MO

§ Não estejam seguidos de “nh”.


DE

Exemplos: viúva; raízes (raiz); faísca.


O

Obs.: As regras dos hiatos antecedem as outras regras.


BI
FA

3. Acento diferencial de algumas palavras


LIO

A 3a pessoa de alguns verbos se grafa da seguinte maneira:


RE

§ quando termina em “em” (monossílabas).


Exemplos: tem / têm; vem / vêm.
AU
O

4
RC
MA
3
88
30
A
UR
§ quando termina em “ém”.

MO
Exemplos: contém / contêm; convém / convêm.

DE
Obs.: Algumas palavras são acentuadas não em razão de sua tonicidade, mas sim pela necessidade de diferenciarmos

O
seu significado.

BI
FA
Exemplo: Este é o garoto de que lhe falei. QUE -> Pronome relativo

IO
Exemplo: Aquela menina tem um quê de mistério. QUE -> Substantivo

L
RE
Formação de palavras

AU
CO
Basicamente, as palavras da língua portuguesa são formadas pelos processos de composição e derivação, mas tam-

AR
bém por onomatopeia, neologismo e hibridismo.

8M
Formação por composição

85
09
Nos processos de formação de palavras por composição, ocorre a junção de dois ou mais radicais. Palavras com significa-

33
dos distintos formam uma nova palavra com um novo significado.

88
Exemplo: guarda (flexão do verbo guardar; sentinela) + roupa (vestuário) = guarda-roupa (mobiliário).

30
A
São dois os processos de formação por composição: UR
§ Composição por justaposição: quando não ocorre a alteração fonética das palavras. A justaposição também
MO

pode ocorrer por hifenização.


DE

Exemplos: girassol (gira + sol); guarda-chuva (guarda + chuva).


O

§ Composição por aglutinação: quando ocorre alteração fonética, em decorrência da perda de elementos das
BI

palavras.
FA

Exemplos: aguardente (água + ardente); embora (em + boa + hora).


LIO

Formação por derivação


RE
AU

No processo de formação por derivação, a palavra primitiva (primeiro radical) sofre acréscimo de afixos. São cinco os tipos
O

de formação por derivação.


RC

§ Derivação prefixal: acréscimo de prefixo à palavra primitiva.


MA

Exemplo: in-capaz.
58

§ Derivação sufixal: acréscimo de sufixo à palavra primitiva.


98

Exemplo: papel-aria.
0
33

§ Derivação parassintética: acréscimo simultâneo de prefixo e sufixo à palavra primitiva.


88

Exemplo: en-triste-cer.
30
A

§ Derivação regressiva: ocorre redução da palavra primitiva. Nesse processo, formam-se substantivos abstratos por
UR

derivação regressiva de formas verbais. São também conhecidos como substantivos DEVERBAIS.
MO

Exemplo: ajuda (substantivo abstrato da derivação regressiva do verbo ajudar)


DE

§ Derivação imprópria: ocorre a alteração da classe gramatical da palavra primitiva.


Exemplos: (o) jantar – de verbo para substantivo; (um) Judas – de substantivo próprio para comum
O
BI
FA

Onomatopeia
LIO

Onomatopeias são as palavras que lembram determinados sons, como tic-tac (relógio) e piuí (trem). A língua ingle-
RE

sa possui várias onomatopeias: smack, crush, splash.


AU
O

5
RC
MA
3
88
30
A
UR
Verbos

MO
DE
Verbos irregulares

O
BI
Os verbos irregulares sofrem alteração do radical e das desinências, nos diferentes tempos, modos e pessoas.

FA
§ fazer: faço, faria, fazia.

IO
L
RE
Verbos auxiliares

AU
Os verbos auxiliares formam os tempos compostos ou locuções verbais com os verbos principais:

CO
§ ser (pago)

AR
§ estar (curado)

8M
85
Vozes verbais

09
33
O fato expresso pelo verbo pode ser representado em três formas, em três vozes.

88
§ As crianças beijam os pais. “Fato (beijam) praticado pelo sujeito (crianças) = verbo na voz ativa.”

30
§ Os pais são beijados pelas crianças. = “verbo na voz passiva.”
A
UR
§ João cortou-se com o machado. “O sujeito (João) é alvo, sofre sua própria ação (cortou-se) = verbo na voz reflexiva.”
MO

Voz passiva analítica


DE

A voz passiva analítica sempre é formada por tempos compostos – ser + verbo principal transitivo direto –, bem como
O

com os verbos auxiliares ter e haver: Têm sido (foram) alugadas muitas mansões em Brasília.
BI
FA

Voz passiva sintética


LIO
RE

Formada com o verbo principal transitivo direta na voz ativa, na terceira pessoa do singular ou do plural, acompanhado
da partícula apassivadora se: Aluga-se casa./ Alugam-se casas./ Compra-se apartamento./ Compram-se apartamentos.
AU

Persuadem-se alunos com muito empenho.


O
RC

Formas nominais do verbo


MA
58

O infinitivo, o particípio (regular e irregular) e o gerúndio são chamados formas nominais do verbo porque podem
98

funcionar como nomes – substantivo, adjetivo.


0
33

§ Infinitivo
88

O comer demais faz mal (substantivo). O viver é bom (substantivo).


30

§ Gerúndio
A
UR

Ela bebeu chá fervendo (advérbio). Fervendo, desligue (advérbio).


MO

§ Particípio
Problema resolvido (adjetivo). A feira foi inaugurada (adjetivo).
DE

Tempos e modos
O
BI
FA

Modos verbais
LIO
RE

Os modos verbais traduzem a intencionalidade com que se emprega a forma verbal. São classificados em indicativo
AU

(fato), subjuntivo (desejo, hipótese) e imperativo (ordem, apelo).


O

6
RC
MA
3
88
30
A
UR
§ indicativo: apresenta o fato real, positivo, de maneira convicta. Elas gostam de correr.

MO
§ subjuntivo: apresenta um fato provável, desejável ou duvidoso.

DE
§ Quando for o momento, talvez eu jogue.

O
§ imperativo: manifesta uma ordem, conselho, súplica, exortação do emissor. Pode ser afirmativo ou negativo.

BI
Exemplo: Se beber, não dirija!

FA
IO
Tempos verbais

L
RE
AU
Tempos do modo indicativo

CO
§ Presente

AR
I. Indica processo no momento da fala: Faço minhas escolhas. (atualmente, agora)

8M
II. Indica processo habitual, constante, fato real, verdade: Ela cumpre seus acordos. (ação habitual)
II. Indica processo ocorrido até o momento da declaração: Moro com meus colegas.

85
IV. Em narrativas históricas (presente histórico), em lugar do pretérito perfeito: Colombo chega à América e, em

09
1492, conquista o Novo Mundo.

33
88
V. Em acontecimento próximo no lugar do futuro: Não posso almoçar contigo amanhã.

30
VI. Em expressões condicionais (se...), em lugar do subjuntivo: Se tudo corre bem, podemos viajar.

A
§ Pretérito perfeito UR
I. Indica um processo, algo já realizado, concluído, terminado, sem necessidade de referência a outra ação
MO

anterior nem contemporânea: João saiu ontem./ Fiz as compras./ Cheguei.


DE

II. Indica processo ocorrido antes da declaração expressa pelo verbo. Em 1939, Hitler invadiu a Polônia.
III. É frequente o emprego do pretérito perfeito composto (presente do indicativo do verbo auxiliar ter ou
O
BI

haver + particípio do verbo principal): Eu tenho lido bastante.


FA

§ Pretérito imperfeito
LIO

I. Indica um processo ocorrido anteriormente ao momento da declaração, mas contemporâneo a outro fato
RE

passado: Eu ouvia samba, quando se deu o estouro./ Ele comia, quando da sua chegada.
AU

II. É empregado para indicar processo em desenvolvimento: Eu dançava, quando ele entrou.
III. Indica processo em continuidade, habitual, constante, frequente: Eu residia nesta casa.
O
RC

IV. Indica processo idealizado, não realizado: Pretendíamos ir à Bahia, mas o frio repentino não permitiu.
V. Como manifestação de cortesia, de polidez em lugar do presente do indicativo ou do imperativo: Queria só
MA

um abraço.
58

VI. Em lugar do futuro do pretérito do indicativo: Se ele pagasse, já estávamos (em vez de estaríamos) na França.
098

§ Pretérito mais-que-perfeito
33

I. Indica uma ação passada, um fato concluído que aconteceu antes de outro fato (ambos no passado): O
88
30

trem partira quando ele enfim chegou.


II. Em construções exclamativas: Quem lhe dera tê-la nos braços naquela tarde!
A
UR

III. Em lugar do pretérito imperfeito do subjuntivo: Nadou como se estivera (estivesse) à beira da morte.
MO

§ Futuro do pretérito
DE

I. Exprime ação futura em relação ao passado, ação que teria ocorrido em relação a um fato já ocorrido no
passado: Eu iria, se você chegasse a tempo.
O
BI

II. Designa ações posteriores à época em que se fala: Ainda ficaria. Esperaria a noite. (Marques Rabelo)
FA

III. Designa incerteza, probabilidade, dúvida, suposição sobre fatos passados: Seriam mais ou menos dez horas
LIO

quando chegaram. (Lobato)


RE

VI. Forma polida de presente para denotar um desejo: Eu precisaria namorar aquela moça.
AU
O

7
RC
MA
3
88
30
A
UR
§ Futuro (do presente)

MO
I. Indica a ação ainda não ocorrida, mas já declarada pelo verbo: Ora (direis) ouvir estrelas!/ E eu vos direi:

DE
amai para entendê-las! (Olavo Bilac).
II. Indica certeza de uma ação futura: Se não voltarmos em algumas horas, teremos perdido a oportunidade.

O
BI
III. Empregado para indicar um fato aproximado ou para enfatizar uma expressão: Na África, quantos não

FA
estarão mortos de fome!

IO
IV. É frequente o emprego do futuro do presente composto (futuro do presente do verbo auxiliar ter ou

L
RE
haver + particípio do verbo principal): Quando você chegar, eu já terei ido.

AU
V. Indica ação futura a ser consumada antes de outra: Quando o guarda chegar, já teremos fugido.

CO
VI. Indica possibilidade de um fato passado: Terá passado o fura dentro de oito dias cão? (Ciro dos Anjos)

AR
Tempos do modo subjuntivo

8M
§ Presente

85
09
Expressa hipótese, desejo, suposição, dúvida: Tomara que você tenha boas festas!/ Bons ventos o levem!

33
§ Pretérito imperfeito

88
30
É empregado nas orações subordinadas da oração principal, em que verbo esteja no pretérito imperfeito do

A
indicativo: Ela desejava que todos morressem./ Esperei que eles fizessem os trabalhos direito./ Apreciaria que
UR
você me beijasse.
MO

§ Pretérito mais-que-perfeito (composto)


DE

Verbo auxiliar ter ou haver no pretérito imperfeito do subjuntivo seguido do particípio do verbo principal: Imaginei que
O

ele tivesse trazido a grana. (fato anterior a outro, ambos no passado)


BI
FA

§ Futuro simples
LIO

Designa fato provável, eventualidade futura: Quando ela vier, encontrará uma bagunça.
RE

§ Futuro composto
AU

Verbo auxiliar ter ou haver no futuro do subjuntivo, seguido do particípio do verbo principal. Designa fato futuro
O

como encerrado em relação a outro também no futuro: Só deixarei esta casa, quando ele tiver trazido todos os meus
RC

pertences./ Quando eu tiver encontrado o vestido, avisarei a você.


MA
58

Modo imperativo
98

Embora a palavra “imperativo” esteja ligada à ideia de comando, ordem, não é para comandar ou ordenar que, na
0
33

maioria das vezes, servimo-nos dele. O imperativo também é empregado para designar pedido, convite, conselho, súplica.
88
30

Formação do imperativo
A
UR
MO

imperativo afirmativo Afirmativo Negativo Presente do subjuntivo


EU - - - -
DE

TU comes comes! não comas (ainda que) comas


O

ELE come coma! não coma! (ainda que) coma


BI

NÓS comemos comamos! não comamos! (ainda que) comamos


FA

VÓS comeis comeis! não comais! (ainda que) comeis


LIO

ELES comem que vós ameis não comam! (ainda que) comam
RE
AU
O

8
RC
MA
3
88
30
A
UR
O artigo

MO
DE
O artigo é a palavra que se antepõe a um substantivo (é um marcador pré-nominal), com a função inicial de

O
determiná-lo, ou indeterminá-lo. São classificados em dois grupos: definidos e indefinidos.

BI
FA
§ Artigos definidos: determinam o substantivo de maneira precisa. São eles: o(s), a(s).
Exemplo: Preciso que você me traga a cadeira branca.

IO
(o artigo definido marca a necessidade de se pegar uma cadeira determinada).

L
RE
§ Artigos indefinidos: determinam o substantivo de maneira vaga/imprecisa. São eles: um(uns), uma(s).

AU
Exemplo: Preciso que você me traga uma cadeira branca.

CO
(o artigo indefinido marca a necessidade de se pegar uma cadeira qualquer, indeterminada).

AR
Advérbio

8M
85
Advérbio é uma palavra invariável que se associa a verbos, a adjetivos ou a outros advérbios, cada qual com intenções

09
bastante específicas.

33
§ Associa-se a verbos para indicar com maior precisão as circunstâncias da ação verbal.

88
Exemplo: Paula viajou ontem. (o advérbio “ontem” indica com maior precisão quando Paula viajou).

30
§ Associa-se a adjetivos para intensificar o adjetivo já apresentado.
A
UR
Exemplo: Roberto ficou bastante preocupado. (o advérbio “bastante” intensifica o adjetivo preocupado)
MO

§ Associa-se a advérbios para intensificar outro advérbio já apresentado:


Exemplo: O jogador do Corinthians está se recuperando muito bem. (o advérbio “muito” intensifica outro advérbio:
DE

“bem”).
O
BI

Distribuição textual de advérbios modais


FA

(mais de um advérbio terminado em “–mente”)


LIO
RE

Quando temos uma frase que congrega mais de um advérbio terminado em “mente”, deve-se fazer a contração dos
advérbios centrais (retirar o termo “mente”) e preservar apenas o último advérbio flexionado:
AU

Errado: Ele saiu calmamente, sorrateiramente e rapidamente.


O
RC

Certo: Ele saiu calma, sorrateira e rapidamente.


MA

Substantivo e adjetivo
58
98

Nessa aula estudaremos duas classes de palavras que estabelecem relações definitivas para o futuro entendimento dos
0
33

processos sintáticos. São elas o substantivo e o adjetivo.


88
30

Substantivo
A
UR

É a classe de palavras variável que dá nome aos seres, objetos e coisas em geral.
MO

Adjetivo
DE

É a palavra que acompanha e modifica o substantivo, podendo caracterizá-lo ou qualificá-lo.


O
BI

Nomes substantivos e nomes adjetivos


FA
LIO

No contexto de uma frase é possível identificar palavras de outras classes, dentre elas os adjetivos, que se transformam
em nomes (substantivos) desde que precedidas de um artigo.
RE

Exemplo: o jovem desempregado > um desempregado jovem.


AU
O

9
RC
MA
3
88
30
A
UR
Pronomes

MO
Pronome é um tipo de palavra variável (modifica-se em gênero e número) que exerce funções variadas: pode substituir

DE
um nome, pode fazer referência a esse nome, ou ainda, pode acompanhá-lo num processo qualificativo.

O
BI
a) Pronomes pessoais

FA
Os pronomes pessoais são aqueles que substituem os substantivos. Nesse movimento eles acabam por evidenciar as pes-

IO
soas do discurso. Quando temos de designar a pessoa que fala (1ª pessoa), usamos os pronomes eu e nós. Para marcar

L
as pessoas a quem nos dirigimos (2ª pessoa), usamos tu, vós e você(s). Já para apontar para pessoas de quem se fala

RE
(3ª pessoa), utilizamos ele(s) e ela(s).

AU
De acordo com o posicionamento nos processos sintáticos, os pronomes pessoais podem funcionar como:

CO
Caso reto: são pronomes pessoais que, em uma construção sintática, ocuparão a posição de sujeito ou de predica-

AR
tivo do sujeito.
Exemplo: Eu fiquei bastante chateado.

8M
Caso oblíquo: são pronomes pessoais que, em uma construção sintática, ocuparão a posição de complemento ver-

85
bal (objeto direto ou indireto) ou complemento nominal.

09
Exemplo: Compraram-nos alguns presentes. (o pronome é complemento do verbo comprar)

33
88
b) Pronomes possessivos

30
São pronomes que transmitem à pessoa gramatical a ideia de posse de alguma coisa.

A
Exemplo: Este dinheiro é meu. UR
Exemplo: Olha aí! É o meu guri. (Chico Buarque)
MO

c) Pronomes demonstrativos
DE

São utilizados para evidenciar o posicionamento de uma palavra em relação a outras palavras, ou em relação a um con-
O
BI

texto. Esses eventos se dão em relações espaciais e temporais (as relações discursivas ficarão reservadas para as aulas de
FA

sintaxe de pronomes).
LIO

Os pronomes demonstrativos dividem-se em dois grupos: os variáveis e os invariáveis.


Variáveis: este(s), esta(s), esse(s), essa(s), aquele(s), aquela(s).
RE

Invariáveis: isto, isso, aquilo.


AU

Relações espaciais
Exemplos:
O
RC

§ Pegarei esta caneta (aqui). O pronome esta indica que, espacialmente, a caneta está perto de quem fala.
MA

§ Pegue essa caneta (aí). O pronome essa indica que, espacialmente, a caneta está perto de quem ouve.
58

§ Pegue aquela caneta (ali/lá). O pronome aquela indica que, espacialmente, a caneta está afastada dos interlocu-
098

tores.
33
88

Relações temporais
30

Exemplos:
A
UR

§ Este é um ano em que a crise apertou bastante. (O pronome este indica, temporalmente, um tempo bastante pró-
ximo, no caso, o ano presente.)
MO

§ Esse ano que passou deixou boas lembranças. (O pronome esse indica, temporalmente, um tempo de curta distân-
DE

cia, mas não tão próximo como o exemplo anterior.)


O

§ Aquele ano foi bastante próspero. (O pronome aquele indica, temporalmente, um tempo localizado em um passado
BI
FA

distante.)
LIO

Observação: também podem funcionar como pronomes demonstrativos, eventualmente, os pronomes “o(s), a(s)”,
quando estiverem posicionados antes de um “que”, e puderem ser substituídos por “aquele(s), aquela(s) e aquilo”.
RE
AU

Exemplo: Não vi o que aconteceu. = Não vi aquilo que aconteceu.


O

10
RC
MA
3
88
30
A
UR
d) Pronomes indefinidos

MO
São palavras que fazem referência à terceira pessoa do discurso, dando-lhe caráter indeterminado, vago ou impreciso.

DE
Exemplos: Alguém quebrou os copos da minha cristaleira.
Percebe-se que o termo “alguém” refere-se a uma terceira pessoa (pessoa de quem se fala), mas não somos capazes

O
de lhe atribuir identidade (a informação é vaga, imprecisa).

BI
FA
e) Pronomes relativos

IO
São aqueles que recuperam nomes anteriormente mencionados, estabelecendo com estes relação.

L
RE
Exemplo: A escola tem um calendário que possui muitos feriados.

AU
No exemplo apresentado, o pronome “que” recupera o substantivo calendário (o antecedente).
Observação 1: os pronomes “que”, “o qual”, “os quais”, “a qual” e “as quais” são equivalentes, com o detalhe de que

CO
o “que” é invariável, cabendo em qualquer circunstância, e os demais necessitarão de um substantivo já determinado.

AR
Exemplo: Esta é a garota com a qual conversei.

8M
Observação 2: para evitar ambiguidades e outros problemas de sentido, o pronome relativo “onde” deve ser utilizado
para recuperar lugares físicos/localidades (regiões, cidades, ambientes etc.).

85
Exemplo: Este é o armazém onde estocamos os produtos.

09
Observação 3: o pronome relativo “cujo” não realiza a recuperação de um antecedente, mas aponta para uma relação

33
de posse com o consequente.

88
Exemplo: Este é o livro cuja página meu filho rasgou.

30
Observação 4: o pronome “quem” faz referência a pessoas e vem sempre precedido de preposição.
A
Exemplo: Aquele é o sujeito a quem devo muito dinheiro.
UR
MO

f) Pronomes interrogativos
DE

São pronomes utilizados nas formulações de perguntas diretas ou indiretas. Fazem referência direta aos pronomes de 3ª
O

pessoa. Os principais pronomes interrogativos são “que” “quem” “qual” e “quanto” (e suas variações). Entende-
BI

-se como pergunta direta aquela em que o pronome interrogativo é colocado no início do questionamento (temos sinal
FA

de interrogação ao final da pergunta). Já a pergunta indireta é aquela em que o pronome interrogativo aparece em outra
LIO

posição na frase, que não o começo (não há sinal de interrogação).


RE

Pergunta direta Pergunta indireta


AU

Quanto custou a reforma da casa? Gostaria de saber quanto custou a reforma da casa.
O
RC

g) Pronomes substantivos x pronomes adjetivos


MA

§ Entende-se por pronome substantivo aquele que substitui um substantivo ao qual faz referência.
58

§ Exemplo: Aquilo o deixou constrangido. = A situação o deixou constrangido.


098

§ Entende-se por pronome adjetivo aquele que acompanha um substantivo, atribuindo-lhe características.
33
88

§ Exemplo: Este carro é bastante potente.


30

Observação: a classificação dos pronomes em substantivos ou adjetivos não exclui as classificações de origem desses
A
UR

elementos.
MO

Numeral e preposição
DE
O

Numeral
BI
FA

Numeral é a classe de palavra que se relaciona diretamente com o substantivo, atribui-lhe quantidade, situa-o em de-
LIO

terminada sequência e com ele mantém vínculo morfossintático, isto é, o numeral é considerado um sintagma nominal.
RE

Exemplo: Os cinco ingressos devem ser distribuídos aos vencedores.


AU

(cinco é um atributo numérico do substantivo ingressos.)


O

11
RC
MA
3
88
30
A
UR
Classificação de numerais

MO
§ Cardinais: indicam contagem, medida.

DE
Exemplo: A medida do quarto é de trinta metros.

O
§ Ordinais: indicam a ordem ou o lugar da coisa ou pessoa numa série dada.

BI
Exemplo: Verifique o segundo contato da agenda.

FA
§ Multiplicativos: indicam multiplicação da coisa ou pessoa, quantas vezes a quantidade dela foi aumentada

IO
Exemplo: Apareceu um triplo de convidados a mais que o esperado.

L
RE
§ Fracionários: indicam parte de um inteiro da coisa ou pessoa.

AU
Exemplo: Dois terços dos alunos foram aprovados na primeira fase da prova.

CO
Preposições

AR
8M
Classificação das preposições

85
09
§ Essenciais – palavras que atuam exclusivamente como preposição. São elas: a, ante, após, até, com, contra, de,

33
desde, em, entre, para, perante, por, sem, sob, sobre.

88
§ Acidentais – palavras de outras classes gramaticais que atuam como preposições. São elas: como, conforme, conso-

30
ante, durante, exceto, feito, mediante, segundo etc.

A
UR
Principais relações estabelecidas pelas preposições
MO

§ Conteúdo: Preciso de um copo de (ou com) água.


DE

§ Origem: Você veio de Pernambuco.


O
BI

§ Autoria: Estes versos são de Camões.


FA

§ Posse: Essa mochila é de Paulo.


LIO

§ Lugar: Estou em minha casa.


RE

§ Tempo: Viajei durante o inverno.


AU

§ Especialidade: Ana formou-se em Medicina.


O
RC

§ Destino ou direção: Vá para a casa de sua tia.


MA

§ Causa: Faltou por conta de uma gripe.


58

§ Assunto: Não gosto de comentar nada sobre esses comportamentos.


098

§ Fim ou finalidade: Eu vim para mudar tudo.


33
88

§ Instrumento: Paulo feriu-se com o estilete.


30

§ Companhia: Vou ao cinema com minha namorada.


A
UR

§ Meio: Gosto de andar a pé.


MO

§ Matéria: Prefiro sofás de espuma.


DE

Conjunção
O
BI
FA

A conjunção é uma classe de palavras invariável que atua como instrumento de conexão entre orações. De acordo com
a natureza de relação apresentada nas orações, as conjunções podem ser classificadas como coordenativas e subor-
LIO

dinativas. Os termos ligados pelas conjunções coordenativas podem ser isolados um do outro sem que as unidades de
RE

sentido de cada termo sejam perdidas. Os termos ligados pelas conjunções subordinativas dependem necessariamente
AU

da existência um do outro.
O

12
RC
MA
3
88
30
A
UR
Conjunções coordenativas

MO
Coordenam orações sem estabelecer uma relação de dependência (uma função sintática). De acordo com um critério

DE
lógico-semântico, elas se classificam assim:

O
§ Aditivas – estabelecem uma relação de soma, de adição entre os termos.

BI
Exemplo: Ele saiu cedo e levou a carteira.

FA
§ Adversativas – estabelecem uma relação de contraste, de oposição entre os termos.

IO
Exemplo: Tentou vender os livros usados, mas não conseguiu.

L
RE
§ Alternativas – estabelecem uma relação de alternância, de escolha, ou de exclusão entre os termos.

AU
Exemplo: Ou você chega logo, ou vou embora para minha casa.

CO
§ Conclusivas – estabelecem uma relação de conclusão a respeito de um fato dado no mundo.

AR
Exemplo: Estava muito irritado, portanto, preferiu conversar mais tarde.

8M
§ Explicativas – estabelecem uma relação de explicação sobre fato que ainda não ocorreu no mundo.
Exemplo: Não fique irritado, porque a conversa pode tomar outros rumos.

85
09
Conjunções subordinativas

33
88
As conjunções subordinativas ligam duas orações, das quais uma é necessariamente dependente da outra, desempe-

30
nhando em relação a esta uma função sintática. São classificadas como:
A
UR
§ Causais – introduzem a oração que é causa da ocorrência da oração principal.
MO

Exemplo: Ele não fez as compras porque não havia trazido a carteira.
§ Concessivas – introduzem a oração que expressa ideia contrária a da principal.
DE

Exemplo: Embora fosse arriscado, investimos em ações.


O
BI

§ Condicionais – introduzem uma oração que indica a hipótese ou a condição para ocorrência da principal.
FA

Exemplo: Caso precise de algum empréstimo, procure um banco.


LIO

§ Conformativas – introduzem uma oração que exprime a conformidade de um fato com outro.
Exemplo: As coisas nem sempre ocorrem como queremos.
RE
AU

§ Finais – introduzem uma oração que expressa a finalidade ou o objetivo com que se realiza a principal.
Exemplo: Mande o e-mail para que todos compareçam no horário correto.
O
RC

§ Proporcionais – introduzem uma oração que expressa um fato relacionado proporcionalmente à ocorrência da
MA

principal.
Exemplo: Os problemas saem do controle à medida que não são resolvidos.
58

§ Temporais – introduzem orações que acrescentam uma circunstância de tempo ao fato expresso na oração principal.
098

Exemplo: Ele nos atendeu assim que começamos a reclamar.


33

§ Comparativas – introduzem orações que expressam ideia de comparação em relação à oração principal.
88

Exemplo: A seleção fez mais gols hoje que no jogo anterior.


30
A

§ Consecutivas – introduzem orações que expressam consequência em relação à principal.


UR

Exemplo: Dormiu tanto que ficou com dores no pescoço.


MO

Conjunção integrante
DE

As conjunções integrantes introduzem as orações subordinadas substantivas. Ocorrem com os termos “que” e “se”.
O
BI

Exemplos: Espero que você volte. (Espero sua volta.)


FA

Não sei se ele voltará. (Não sei da sua volta.)


LIO
RE
AU
O

13
RC
MA
3
88
30
A
UR
Sintaxe (período simples)

MO
DE
Termos essenciais da oração

O
BI
Sujeito é o termo que concorda, em número e pessoa, com o verbo da oração. Em grande número de casos, o

FA
sujeito da oração é também o agente da ação expressa pelo verbo, mas essa não deve ser a base de definição

IO
conceitual, uma vez que há orações para as quais não se pode atribuir ao sujeito essa função de agente.

L
RE
AU
Sujeito

CO
Classificação do sujeito

AR
8M
O sujeito das orações pode ser determinado ou indeterminado.

85
1. Sujeito determinado é aquele que pode ser identificado com precisão a partir da concordância verbal. Ele pode ser:

09
a) Simples, se apresentar apenas um núcleo (a palavra principal do sujeito, que encerra essencialmente a significação)

33
ligado diretamente ao verbo, estabelecendo uma relação de concordância com ele.

88
30
Exemplo: As pessoas saíram pelas ruas em protesto.

A
b) Composto, se apresentar dois ou mais núcleos ligados diretamente ao verbo, estabelecendo uma relação de concor-
UR
dância com ele.
MO

Exemplo: Brigadeiro e Caipirinha são especialidades tipicamente brasileiras.


DE

2. Sujeito indeterminado: é aquele que, embora existindo, não é possível determiná-lo nem pelo contexto, nem pela
O

terminação do verbo. Há três maneiras diferentes de indeterminar o sujeito de uma oração:


BI
FA

a) com verbo na terceira pessoa do plural


LIO

Exemplo: Proibiram a entrada de menores.


RE

b) com verbo na voz ativa e na terceira pessoa do singular seguido do pronome se, pronome esse que atua
AU

como índice de indeterminação do sujeito.


O

Exemplos: Vive-se melhor após o avanço da tecnologia. (verbo intransitivo)


RC

Precisa-se de vendedores com prática. (verbo transitivo indireto)


MA

No dia da prova, sempre se fica nervoso. (verbo de ligação)


58

Importante!
098

Se o verbo estiver na terceira pessoa do plural e fizer referência a elementos explícitos em orações anteriores ou poste-
33

riores, o sujeito é determinado.


88
30

Exemplo: Ana e Gustavo foram a Miami. Compraram muitas roupas. (Nesse caso, o sujeito de compraram é Ana e
A

Gustavo. Ocorre sujeito oculto na segunda oração).


UR

3. Orações sem sujeito são formadas apenas pelo predicado e articulam-se a partir de um verbo impessoal. Por isso
MO

se diz que o sujeito é inexistente. Observe a estrutura destas orações.


DE

Exemplos: Havia borboletas no jardim.


O
BI

Predicado
FA

É o termo da oração que faz uma afirmação sobre o sujeito; diz-se, portanto, que se trata de uma predicação sobre o
LIO

sujeito. No caso das orações sem sujeito, a predicação é genérica. Tudo o que constitui as orações, à exceção do sujeito e
RE

do vocativo, faz parte do predicado.


AU
O

14
RC
MA
3
88
30
A
UR
Os predicados devem conter necessariamente um verbo, mas o núcleo do predicado (termo que detém o sentido

MO
propriamente) pode ser um verbo, um nome ou a junção dos dois.

DE
Tipos de predicado

O
BI
A partir de estruturas que se assemelham às dos exemplos acima, podem-se classificar os predicados em três categorias:

FA
1. Predicado verbal tem, como núcleo, uma forma verbal.

L IO
a) A estudante gosta de viajar nas férias.

RE
Predicado: gosta de viajar nas férias

AU
Núcleo: gosta

CO
2. Predicado nominal tem, como núcleo, uma forma nominal (adjetivo ou locução adjetiva).

AR
Os verbos que ocorrem nos predicados nominais são sempre de ligação.

8M
Importante!

85
Os termos que constituem o núcleo dos predicados nominais denominam-se predicativos do sujeito.

09
Exemplo: O filme foi emocionante.

33
Predicado: foi emocionante

88
Núcleo: emocionante

30
A
3. Predicado verbo-nominal tem dois núcleos: um núcleo constituído de uma forma verbal e um núcleo constituído
UR
de uma forma nominal.
MO

Exemplo: Os alunos chegaram cansados.


DE

Predicado: chegaram cansados


Núcleo verbal: chegaram
O
BI

Núcleo nominal: cansados


FA

Predicativo do sujeito e predicativo do objeto


LIO
RE

É importante sistematizar a definição de predicativo, função sintática relacionada à ocorrência, nas orações, de predicados
nominais ou verbo-nominais. Denomina-se predicativo a palavra ou locução de natureza nominal que constitui o núcleo
AU

de um predicado nominal ou o núcleo de um predicado verbo-nominal. O predicativo pode se referir ao sujeito da oração
O

– predicativo do sujeito –, no caso dos predicados nominais, ou ao objeto da oração – predicativo do objeto –, no caso
RC

dos predicados verbo-nominais.


MA

Exemplo: Ana saiu enfurecida.


58

Predicado: saiu enfurecida


98

Núcleo: enfurecida (predicativo do sujeito)


0
33

Exemplo: Eles julgaram o criminoso culpado.


88

Predicado: julgaram o criminoso culpado


30
A

Núcleo verbal: julgaram


UR

Núcleo nominal: culpado (predicativo do objeto)


MO

Termos integrantes da oração


DE

Alguns verbos ou nomes presentes numa oração não têm sentido completo em si mesmo. Sua significação só se completa
O
BI

com a presença de outros termos. A esses complementos damos o nome de termos integrantes. São eles:
FA

§ complementos verbais (objeto direto e objeto indireto);


LIO

§ complemento nominal; e
RE

§ agente da passiva.
AU
O

15
RC
MA
3
88
30
A
UR
Aos verbos que necessitam de objetos diretos (complementam sua significação sem a presença de preposição),

MO
dá-se o nome de verbos transitivos diretos.

DE
Aos verbos que necessitam de objetos indiretos (complementam sua significação com a presença de preposição),
dá-se o nome de verbos transitivos indiretos.

O
BI
Aos verbos que necessitam de objeto direto e objeto indireto (ambos complementam sua significação), dá-se

FA
o nome de verbos bitransitivos.

IO
Aos verbos que apresentam sentido completo em si mesmo, dá-se o nome de verbos intransitivos.

L
RE
O complemento nominal representa o recebedor, o paciente, o alvo da declaração expressa por um nome. É regido

AU
pelas mesmas preposições do objeto indireto. Difere dele apenas porque, em vez de complementar verbos, complementa
nomes (substantivos, adjetivos) e alguns advérbios terminados em -mente. Os complementos nominais mantêm com os

CO
nomes o mesmo tipo de relação que os objetos mantêm com os verbos transitivos. Eles são necessários para complemen-

AR
tar o sentido dos nomes.

8M
Agente da passiva é o termo da frase que pratica a ação expressa pelo verbo na voz passiva analítica (construída com

85
o verbo ser). Vem regido comumente da preposição por e, eventualmente, da preposição de.

09
33
Termos acessórios da oração

88
Existem termos que, apesar de dispensáveis na estrutura básica da oração, são importantes para a compreensão do

30
enunciado. Ao acrescentarem informações novas, esses termos:
A
UR
§ caracterizam o ser;
MO

§ determinam os substantivos; e
DE

§ exprimem circunstância.
O

São termos acessórios da oração:


BI
FA

§ adjunto adverbial;
LIO

§ adjunto adnominal;
RE

§ aposto; e
AU

§ vocativo.
O
RC

Sintaxe dos pronomes


MA

O principal objetivo desse tópico é recuperarmos os conhecimentos adquiridos sobre pronomes na morfologia e aplicá-los
58

na sintaxe.
0 98
33

Próclise
88

Temos próclise quando o pronome surge antes do verbo. Suas condições de colocação são:
30
A

a) Nas orações que contenham uma palavra ou expressão de valor negativo.


UR

Exemplos: Ninguém me ajuda.


MO

b) Nas conjunções subordinativas.


Exemplos: Voltarei a fazer contato se me interessar.
DE

c) Nas orações em que existam pronomes indefinidos ou advérbios, sem marcas de pausa.
O
BI

Exemplos: Tudo me irrita nessa cidade. (pronome indefinido)


FA

d) Nas orações iniciadas por pronomes ou advérbios de tipo interrogativo.


LIO

Exemplos: Quem te chamou até aqui? (pronome interrogativo)


RE

e) Com gerúndio precedido de preposição "em".


AU

Exemplos: Em se tratando de pesquisas, melhor utilizar a biblioteca.


O

16
RC
MA
3
88
30
A
UR
f) Nas orações introduzidas por pronomes relativos.

MO
Exemplos: Foi aquele rapaz quem me pediu para falar com você.

DE
Há situações que nos constrangem.

O
g) Com a palavra "só" (no sentido de "apenas" ou "somente") e com as conjunções coordenativas alternativas.

BI
Exemplos: Só se lembram dos pais, quando precisam de dinheiro.

FA
h) Nas orações iniciadas por palavras exclamativas e nas optativas (que exprimem desejo).

IO
Exemplos: Deus o ilumine! (oração optativa)

L
RE
AU
Mesóclise

CO
Temos mesóclise quando o verbo estiver em algum dos tempos futuros do indicativo (futuro do presente ou futuro do

AR
pretérito), desde que não existam condições para a próclise. O pronome é colocado no meio do verbo.

8M
Exemplos: Comprar-lhe-ei umas roupas novas. (comprarei + lhe)

85
Encontrar-me-iam, se realmente quisessem. (encontrar + me)

09
33
Observações:

88
a) Havendo condições para a próclise, esta prevalece sobre a mesóclise:

30
Exemplo: Sempre lhe contarei os meus segredos. (O advérbio “sempre" exige o uso de próclise.)
A
UR
b) A mesóclise é uso exclusivo da língua culta e da modalidade literária. Não a encontramos na comunicação oral mais básica.
MO

c) Com esses tempos verbais (futuro do presente e futuro do pretérito) jamais ocorrerá a ênclise.
DE

Ênclise
O
BI
FA

Temos ênclise quando o pronome surge depois do verbo. Seu emprego obedece às seguintes regras:
LIO

a) Nos períodos iniciados por verbos (desde que não estejam no tempo futuro), pois, segundo a gramática normativa, não
RE

podemos iniciar frases com pronome oblíquo.


AU

Exemplos: Fale-me o que está acontecendo.


O

Compravam-se muitos produtos antes da crise.


RC
MA

b) Nas orações imperativas afirmativas.


Exemplos: Ligue para seu primo e avise-o do horário
58
98

Ei, ajude-me com essa receita!


0
33

c) Nas orações reduzidas de infinitivo.


88

Exemplos: Convém dar-lhe um pouco mais de tempo.


30

Espero enviar-lhe isto até amanhã cedo.


A
UR

d) Nas orações reduzidas de gerúndio (desde que não venham precedidas de preposição "em").
MO

Exemplos: A mãe adotiva ajudou a criança, dando-lhe carinho e proteção.


DE

Ele se desesperou, deixando-se levar pela situação.


O
BI

Observação:
FA

Se o verbo não estiver no início da frase, nem conjugado nos tempos futuro do presente ou futuro do pretérito, é possível
LIO

usar tanto a próclise como a ênclise.


RE

Exemplos: Eu me encontrei com ela.


Eu encontrei-me com ela.
AU
O

17
RC
MA
3
88
30
A
UR
Sintaxe (período composto)

MO
DE
Orações coordenadas e orações subordinadas

O
BI
Noções preliminares

FA
1. Oração é um enunciado linguístico que apresenta uma estrutura caracterizada pela presença de um verbo.

L IO
2. Chama-se período composto aquele que apresenta mais de um verbo dentro do mesmo conjunto de enunciação. Se

RE
tratar-se de período simples, há apenas um único verbo dentro do período, sinalizado pelo ponto final.

AU
Falou com a menina hoje cedo. (estrutura com apenas um único verbo à qual se dá o nome de oração absoluta.)

CO
Falou com a menina hoje cedo e percebeu que ela estava nervosa. (nessa estrutura, há dois verbos no mesmo período;

AR
a ela se dá o nome de período composto.)

8M
Orações coordenadas

85
09
São colocadas lado a lado na frase e não desempenham qualquer função sintática como termo de outra ora-

33
ção. Encontram-se, portanto, no mesmo nível sintático.

88
30
Abriu a porta, entrou em casa e acendeu as luzes.

A
As três orações apresentadas têm todos os termos necessários e poderiam vir de forma absoluta (com um único verbo
UR
por oração):
MO

a) Abriu a porta.
DE

b) Entrou em casa.
O

c) Acendeu as luzes.
BI
FA

Dessa forma, diz-se que as orações são independentes, uma vez que, postas apenas lado a lado, não exercem função
LIO

sintática uma em relação à outra, ou seja, são sintaticamente equivalentes. Há entre elas uma relação de sentido, mas sob
o ponto de vista sintático, uma não depende da outra.
RE

A conexão entre as duas primeiras é feita exclusivamente por uma pausa, representada, na escrita, por uma vírgula. Entre
AU

a segunda e a terceira, essa conexão é feita pelo uso da conjunção e.


O
RC

Orações subordinadas adjetivas


MA

Uma oração subordinada adjetiva tem valor e função de adjetivo, ou seja, equivale a esta classe de palavra. As orações
58

adjetivas vêm introduzidas por pronome relativo e exercem a função de adjunto adnominal do antecedente.
98

Exemplo: Este é o livro que te indiquei como referência.


0
33

A conexão entre a oração subordinada adjetiva e o termo da oração principal que ela modifica é feita pelo pronome
88

relativo “que”.
30
A

Além de conectar (ou relacionar) duas orações, o pronome relativo desempenha uma função sintática na oração subordi-
UR

nada: ocupa o papel que seria exercido pelo termo que o antecede.
MO
DE

Importante!
O
BI

Para que dois períodos unam-se num período composto, altera-se o modo verbal da segunda oração, se necessário.
FA

Dica: O pronome relativo que sempre pode ser substituído por: o qual, a qual, os quais, as quais. Refiro-me ao
LIO

livro que é referência. Essa oração é equivalente a: Refiro-me ao livro o qual é referência.
RE
AU
O

18
RC
MA
3
88
30
A
UR
Orações subordinadas substantivas

MO
A oração subordinada substantiva trata-se de uma construção com verbo que possui valor de substantivo (esta oração

DE
fica posicionada onde, habitualmente, deveria haver um substantivo) e vem introduzida, geralmente, pelas conjunções
integrantes que ou se. Sintaticamente, podem exercer a função de:

O
BI
§ sujeito;

FA
§ objeto direto;

L IO
§ objeto indireto;

RE
AU
§ complemento nominal;

CO
§ predicativo do sujeito;

AR
§ aposto.

8M
Orações reduzidas

85
09
Observe estas frases:

33
Exemplos: É proibido dar carona.

88
30
Ele viu o ladrão fugindo.

A
O candidato poderá sair transcorridas três horas de prova. UR
É possível perceber que as orações em destaque não são introduzidas por conjunção nem por pronome relativo,
MO

e sim por verbos que estão em suas formas nominais (infinitivo, gerúndio e particípio). Às orações em que se eli-
DE

minam as marcas introdutórias básicas (conjunções coordenativas, subordinativas ou integrantes, e pronomes relativos),
substituindo-as por formas nominais, damos o nome de orações reduzidas.
O
BI

Para reconhecer mais facilmente o tipo de oração que está sob a forma reduzida, pode-se desenvolvê-la desta maneira:
FA

1. Substitui-se a forma nominal do verbo por um tempo do indicativo ou do subjuntivo.


LIO

2. Inicia-se a oração com um conectivo adequado (conjunção ou pronome relativo), de modo que apenas a forma da frase
RE

seja alterada, não o seu sentido.


AU

Observe como as orações apresentadas podem ser desenvolvidas:


O

Exemplo: É proibido dar carona.


RC
MA

Forma desenvolvida: É proibido que se dê carona.


Análise da oração: oração subordinada substantiva subjetiva reduzida de infinitivo.
58
98

Exemplos: Ele viu o ladrão fugindo.


0
33

Forma desenvolvida: Ele viu o ladrão que fugia.


88

Análise da oração: oração subordinada adjetiva restritiva reduzida de gerúndio.


30

Exemplos: O candidato poderá sair transcorridas três horas de prova.


A
UR

Forma desenvolvida: O candidato poderá sair depois que transcorrerem três horas de prova.
MO

Análise da oração: oração subordinada adverbial temporal reduzida de particípio.


DE
O
BI
FA
LIO
RE
AU
O

18 19
RC
MA
3
88
Interpretação de Textos

30
A
UR
Anamnese

MO
semana

DE
1

O
BI
FA
Compreensão textual

L IO
RE
Lembre-se:

AU
1. Um texto sempre apresentará traços estruturais, ou, em termos mais claros, é sempre importante identificar os elemen-

CO
tos que o autor usou para construir um texto.

AR
2. Habitualmente, os textos apresentam temas, elementos de sentido aos quais você pode/deve se apegar para conseguir

8M
compreendê-lo (compreender sua mensagem)

85
3. Os textos são dotados de marcas de historicidade. Isso quer dizer que, em um texto, você possivelmente encontrará

09
dados relativos a uma história, a uma cultura, englobando até mesmo fatores sociais bastante amplos. Isso é o que alguns

33
chamam de contexto.

88
4. Os textos não possuem apenas historicidade, mas também marcas situacionais. Em outras palavras, não são apenas

30
fatores sociais e culturais que guiam o texto, mas também situações muito pontuais e específicas.

A
UR
5. Texto engloba recepção. Não podemos nos esquecer de que o material textual tem como objetivo atingir um interlo-
MO

cutor que irá ler/ver esse conteúdo. Ter isso em mente é fundamental para percebermos as intencionalidades contidas em
um texto.
DE

6. Os textos não são peças isoladas. Muitas vezes os textos estabelecem relações com outros. É necessário desde já se
O

acostumar a praticar esses processos de relacionamento textual.


BI
FA

7. Entender textos exige repertório. Quanto mais conhecemos estímulos textuais, mais aumentam nossas condições
de realizar uma boa interpretação de textos. Esse movimento de acúmulo de informações envolve não apenas leitura e
LIO

visualização, mas também acúmulo de conhecimento teórico (gramatical).


RE

Semântica
AU
O
RC

Sinonímia
MA

§ Ocorre sinonímia quando temos palavras com significados idênticos ou muito semelhantes a outras.
58
98

Exemplo: Cão = cachorro Jerimum = abóbora


0
33

§ A sinonímia tem forte relação com a paráfrase (possibilidades de se reconstruir uma frase ou texto com outras pala-
88

vras similares) e ajuda nos processos de coesão textual (por meio de sinônimos, evitamos a repetição de termos em
30

um texto).
A
UR

Antonímia
MO

§ Ocorre antonímia quando temos palavras com significados contrários a outras.


DE

Exemplo: Bonito ≠ feio Alto ≠ baixo


O
BI
FA
LIO
RE
AU
O

20
RC
MA
3
88
30
A
UR
Homonímia

MO
Ocorre homonímia quando temos palavra de grafia igual ou pronúncia igual, mas com significação diferente. Isso nos dá

DE
três tipos de homônimos:

O
1. Homônimo homófono heterógrafo (pronuncia igual – grafia diferente)

BI
FA
Exemplo: Acento (marca grafica de tonalidade). Assento (local para se sentar)

IO
2. Homônimo Homógrafo heterófono (escrita igual – pronuncia diferente)

L
RE
Exemplo: Jogo (substantivo). Jogo (verbo)

AU
3. Homônimo homófono Homógrafo(pronuncia igual – escrita igual)

CO
Exemplo: Rio (substantivo). (eu) Rio (verbo)

AR
Paronímia

8M
85
Temos parônimos quando as palavras são muito parecidas, mas o sentido geral e diferente.

09
Exemplo: Comprimento (largura) x Cumprimento(saudação)

33
88
Exemplo: Discriminar (separar) x Descriminar (absolver)

30
Polissemia
A
UR
Temos polissemia em palavras que preservam sua classe gramatical, mas que possuem significados multiplos.
MO

Exemplo: Natureza (meio ambiente) x Natureza (essencia de algo)


DE

Exemplo: Banco (local onde se senta) x Banco (instituição financeira)


O
BI

Hiperonímia e hiponímia
FA
LIO

São fenômenos que operam relações de abrangência entre palavras (palavras que englobam outras, ou que são engloba-
das). As palavras que englobam são conhecidas como hiperônimos; as englobadas como hipônimos.
RE
AU

Exemplo: “Comprei um bacalhau para preparar na semana santa. Esse peixe é bastante salgado” (peixe é uma palavra
mais abrangente, que da conta de bacalhau e de outros diversos peixes, portanto, podemos afirmar que peixe é hiperô-
O
RC

nimo de bacalhau, e bacalhau e hipônimo de peixe)


MA

Exemplo: Houve um aumento da gasolina. Esse fato deixou os brasileiros irritados (fato é uma palavra que da conta de
aumento da gasolina, portanto. podemos afirmar que fato é hiperônimo do trecho sublinhado.
58
98

Denotação e conotação
0
33

É dentro do campo da semântica que verificamos também os processos de denotação e conotação, fenômenos linguís-
88

ticos que nos permitem entender a amplitude de significação existente em nossa língua, ou, em termos mais claros, é
30

o estudo da denotação e da conotação que nos permite perceber o quanto os significados podem variar por conta do
A
UR

interesse dos interlocutores.


MO

Vejamos alguns exemplos:


DE

§ Filho, você tem que comer todo seu jantar, ou não terá sobremesa.
O

§ O piloto fez o adversário comer poeira.


BI

É possível perceber nas frases apresentadas que o verbo ‘comer’ foi usado com dois sentidos diferentes. Na primeira,
FA

temos comer sendo usado na sua acepção mais comum, que é alimentar-se. Já no segundo caso, temos o verbo comer
LIO

sendo usado para “figurar” a ideia de alguém comendo poeira, mas não porque isso esteja ocorrendo de verdade, e sim
RE

porque se tenta passar a ideia de que o piloto passou tão rápido pelo adversário, que levantou poeira, e quem está atrás
a teria “comido”.
AU
O

21
RC
MA
3
88
30
A
UR
No primeiro caso, a palavra comer foi usada em seu sentido dito literal, ou, o sentido padrão (primeiro) dessa palavra.

MO
Quando isso ocorre, temos uma palavra em sentido denotativo. Já no segundo exemplo, o verbo comer foi usado em
sentido figurado, tentando figurar/representar uma situação (alguém comendo poeira). Quando isso ocorre, temos uma

DE
palavra em sentido conotativo.

O
BI
Textos em verso

FA
L IO
O poema

RE
AU
O poema é um gênero textual de cunho bastante subjetivo, que se constrói não apenas com ideias ou sentimentos,
mas que articula combinações de palavras que, na maioria dos casos, constitui sentidos variados. Essas combinações de

CO
palavras costumam ser distribuídas em um “corpo” bastante complexo, dotado de vários elementos que conheceremos

AR
mais adiante, como o verso, a estrofe (elementos estruturais), a rima, o ritmo (elementos sonoros), entre outros. O jogo

8M
de palavras realizado nos poemas (de fortes marcas denotativas) muitas vezes imprime dificuldades de interpretação.
Vejamos os elementos do poema:

85
09
§ Verso: entende-se por verso uma sucessão ou sequência de sílabas que mantém determinada unidade rítmica e

33
melódica em um poema, correspondendo, habitualmente, a uma linha do poema.

88
§ Estrofe: entende-se por estrofe um agrupamento de versos realizado pelo autor do poema. Os agrupamentos po-

30
dem variar bastante, de acordo com a forma do poema (forma fixa ou forma livre). Podemos ter estrofes de tamanhos

A
variados, como as estrofes de 3 versos (conhecidas como tercetos), de quatro versos (quartetos), de 6 versos (sextetos)
UR
ou as de 2 versos (chamadas de dístico).
MO

Oficina irritada
DE

Eu quero compor um soneto duro


O
BI

como poeta algum ousara escrever.


FA

Eu quero pintar um soneto escuro,


LIO

seco, abafado, difícil de ler.


RE

Quero que meu soneto, no futuro,


não desperte em ninguém nenhum prazer.
AU

E que, no seu maligno ar imaturo,


O

ao mesmo tempo saiba ser, não ser.


RC

Esse meu verbo antipático e impuro


MA

há de pungir, há de fazer sofrer,


58

tendão de Vênus sob o pedicuro.


98

Ninguém o lembrará: tiro no muro,


0
33

cão mijando no caos, enquanto Arcturo,


88

claro enigma, se deixa surpreender.


30

(Carlos Drummond de Andrade, Claro Enigma, in: Poesia 1930-62 - Edição Crítica, Cosac Naify, Pag. 587)
A

Temos aí um soneto de estilo clássico, que além de apresentar o agrupamento de estrofes (dois quartetos e dois tercetos),
UR

apresenta elementos de métrica e rima bastante determinados. Aliás, é importante, nesse momento, conhecermos um
MO

pouco melhor esses outros elementos.


DE

Métrica
O
BI

A métrica é a medida dos versos ou, em termos mais claros, a quantidade de sílabas que possui cada linha que compõe
FA

o poema. No entanto, a contagem de sílabas poéticas segue um padrão diferente da separação de sílabas
LIO

tradicional. Na contagem de sílabas poéticas devemos proceder da seguinte maneira:


RE

§ Conta-se as sílabas de maneira habitual, mas devem ser contadas como uma única sílaba a vogal final + a vogal
inicial de duas palavras.
AU
O

22
RC
MA
3
88
30
A
UR
§ A contagem deve ser encerrada na última sílaba tônica da última palavra do verso.

MO
§ Vejamos um exemplo com os dois primeiros versos da segunda estrofe do poema de Carlos Drummond, que foi

DE
apresentado:
Que / ro / que / meu / so / ne / to, / no / fu / tu / ro,

O
BI
1 2 3 4 5 6 7 8 9 10

FA
não / des / per / te em / nin / guém / ne / nhum / pra / zer.

IO
L
1 2 3 4 5 6 7 8 9 10

RE
AU
Pode-se notar que o primeiro verso que escolhemos é um decassílabo perfeito. A contagem, como dito, deve ser encerrada
na última tônica da última palavra do verso (a palavra “futuro” é paroxítona; sua tônica é a sílaba “-tu”). Já no segundo

CO
verso encontramos outra regra que deve ser obedecida (sublinhada no verso): a junção da vogal final de uma palavra

AR
com a vogal inicial de outra (des-per-te em). Também é um verso decassílabo. De acordo com a variabilidade de sílabas

8M
poéticas, as estrofes terão nomes diferentes:

85
§ 5 sílabas poéticas: pentassílabo ou redondilha menor

09
§ 7 sílabas poéticas: heptassílabo ou redondilha maior

33
88
§ 10 sílabas poéticas: decassílabo

30
§ 11 sílabas poéticas: endecassílabo

A
UR
§ 12 sílabas poéticas: dodecassílabos ou alexandrinos
MO

O processo de contagem e separação de sílabas poéticas recebe o nome de escanção.


DE

Ritmo
O

O ritmo corresponde a uma “melodia” que se cria no corpo do poema por conta da acentuação de certas sílabas que há
BI
FA

nos versos. Usando novamente os versos acima apresentados, podemos perceber que há um conjunto de sílabas mais
fortes nas mesmas posições de cada verso (no caso, a segunda, a sexta e a décima são as mais fortes). Esse padrão cria
LIO

um ritmo que dá certa musicalidade ao poema, quando de sua recitação.


RE

Que / ro / que / meu / so / ne / to, / no / fu / tu / ro,


AU

1 2 3 4 5 6 7 8 9 10
O
RC

não / des / per / te em / nin / guém / ne / nhum / pra / zer.


MA

1 2 3 4 5 6 7 8 9 10
58

Rima
0 98

A rima é um recurso sonoro que também atribui musicalidade ao poema. Se constrói a partir da semelhança sonora de
33

palavras no final de versos.


88

Eu quero compor um soneto duro


30

como poeta algum ousara escrever.


A
UR

Eu quero pintar um soneto escuro,


seco, abafado, difícil de ler.
MO

Quero que meu soneto, no futuro,


DE

não desperte em ninguém nenhum prazer.


O

E que, no seu maligno ar imaturo,


BI

ao mesmo tempo saiba ser, não ser.


FA

Destacamos o sistema de rimas do poema de Drummond. Fica evidente que um esquema de rima em que os versos se
LIO

alternam “-uro” e “-er”. Essa sequência de versos alternados também garante musicalidade ao poema.
RE
AU
O

23
RC
MA
3
88
30
A
UR
Textos em prosa

MO
Denominamos prosa um texto construído prioritariamente com parágrafos (se escrito em versos teremos um texto po-

DE
ético), que apresenta maior extensão que um poema, por exemplo. Costumeiramente, possui uma linguagem de cunho

O
mais denotativo (diferente da poesia, bem mais conotativa), mas isso não impede que o autor se valha de artifícios que

BI
FA
deem maior variabilidade aos sentidos que estão sendo expressos no texto. Dentre os elementos de análise do texto, os
vestibulares têm dado atenção especial aos aspectos de narratividade de um texto. Vejamos:

L IO
Narrador em primeira pessoa

RE
AU
§ Narrador-personagem: é aquele que não apenas conta a história em primeira pessoa, mas também faz parte dela

CO
(por isso narrador e também personagem). Suas principais características estão na evidenciação de fortes marcas

AR
subjetivas e emocionais do narrador no decorrer da obra. O texto é constantemente pautado pela emissão de opiniões
a respeito dos fatos que ocorrem na história. A narrativa conduzida por esse tipo de narrador costuma ser entendida

8M
como uma narrativa parcial, pois os eventos são contados a partir do ponto de vista de quem os narra (não temos

85
outros pontos de vista). Por esse motivo, tem-se uma visão limitada dos fatos, o que pode contribuir para o efeito de

09
suspense sobre os fatos da obra, pois o leitor faz descobertas junto com a personagem.

33
88
§ Narrador-protagonista: é aquele que é não apenas o narrador, mas também a personagem principal da história.

30
É uma narrativa marcada por forte subjetividade, pois todos os eventos giram em torno desse personagem principal.
É também um tipo de narrativa parcial, pois o leitor é induzido a criar uma empatia com os sentimentos de satisfação
A
UR
ou insatisfação vividos pela personagem. Isso tudo dificulta a visão geral da história.
MO

§ Narrador-testemunha: trata-se de uma personagem que conta uma história por ela vivenciada, mas da qual não
era a personagem principal. Também há nessa modalidade o registro dos fatos por uma óptica subjetiva, com a
DE

diferença de que a carga emocional sobre este é menor, tendo em vista que não é o personagem principal da trama.
O
BI

Narrador em terceira pessoa


FA
LIO

§ Narrador onisciente: é aquele que sabe de todos os fatos a respeito da história e dos personagens, incluídos aí os
RE

pensamentos e sentimentos destes. Por conta dessa amplitude de conhecimento, esse tipo de narrador é capaz de
fazer descrições sobre coisas que acontecem simultaneamente em lugares diferentes.
AU

§ Narrador onisciente neutro: é aquele que relata os fatos e descreve detalhes das personagens, mas sem influen-
O
RC

ciar o leitor com observações ou opiniões dos eventos narrados. Esse tipo de narrador costuma evidenciar somente os
MA

fatos que são essenciais para a compreensão da narrativa.


§ Narrador onisciente seletivo: é aquele que, tendo conhecimento dos pensamentos e sentimentos das persona-
58
98

gens, seleciona aqueles aos quais dará maior ênfase nas revelações. Desse modo, é um narrador que tenta influenciar
0

o leitor a tomar algum posicionamento em relação a algum personagem.


33
88

§ Narrador observador: é aquele que presencia a história que está narrando. Não deve ser confundido com a moda-
30

lidade “onisciente”, pois o narrador observador não tem a visão de tudo. Ele conhece apenas um ângulo da história
A

que narra. Funciona como uma testemunha dos fatos, mas não faz parte de nenhum deles. Não apresenta nenhum
UR

tipo de conhecimento em relação à intimidade de qualquer personagem.


MO

Crônicas
DE
O
BI

A crônica é um gênero que transita entre a literatura e o jornalismo. É conduzida a partir da observação subjetiva de
FA

fatos cotidianos que são relatados ao leitor. Há, por parte do cronista, um desejo de oferecer não apenas um relato
LIO

de um acontecimento, mas uma reflexão/interpretação sobre o ocorrido. Nesse sentido, a crônica acaba por revelar
ao leitor elementos que estão por trás das aparências ou que não são percebidos pelo senso comum. Trata-se de
RE

um gênero marcadamente opinativo, em que a subjetividade do escritor vem à tona.


AU
O

24
RC
MA
3
88
30
A
UR
Contexto de circulação

MO
As crônicas circulam habitualmente em sessões específicas de jornais e também em revistas. Tratam de temas variados do

DE
cotidiano, mas também podem tratar de temas bem específicos, se circularem em revistas especializadas (por exemplo,
uma revista cuja temática seja a beleza feminina, terá crônicas que tratem de temas femininos).

O
BI
Posteriormente, muitas crônicas publicadas por grandes autores podem vir a ser reunidas em livros. Foi o que aconteceu

FA
com escritores como Carlos Drummond de Andrade ou Rubem Braga, autores cujas crônicas, de fortes marcas literárias,

IO
passaram do jornal ao livro.

L
RE
Recepção da crônica

AU
CO
As crônicas são procuradas por um público variado, especialmente as jornalísticas. A menos que sejam crônicas produzi-

AR
das, como dito anteriormente, em publicações especializadas.

8M
Estrutura da crônica

85
09
Embora não apresente estrutura completamente fixa, a crônica possui algumas marcas de condução textual que são

33
seguidas por boa parte dos autores. São elas:

88
§ Observação mais subjetiva a respeito de acontecimento cotidiano.

30
§ Evocação de experiências pessoais ou de pessoas muito próximas para circunstanciar sua opinião.
A
UR
§ Há uma conclusão que, em certa medida, retoma os elementos centrais discutidos na crônica.
MO

De maneira geral, a crônica costuma ser organizada por meio de um movimento reflexivo, que parte de uma experiência
DE

particular, e que tem como objetivo alcançar significado mais amplo, que atinja um número maior de pessoas e as faça refletir.
O

Linguagem da crônica
BI
FA

A linguagem da crônica é marcada por certo grau de informalidade, embora suas bases se construam dentro da gramática
LIO

normativa. Esse choque linguístico se dá justamente por conta de ser um tipo de publicação veiculada em um jornal/revis-
RE

ta (meio de comunicação em que, habitualmente, se usa a norma padrão), mas que é dotada de fortes marcas subjetivas.
AU

Figuras de linguagem
O
RC
MA

Figuras de palavra
58

Ocorrem quando se “realiza um empréstimo” de uma determinada palavra ou expressão que, por uma aproximação de
98

sentidos, funciona de maneira específica num contexto determinado. A seguir, temos as principais figuras de palavra do
0
33

português:
88

1. Metáfora
30

2. Comparação
A
UR

3. Catacrese
MO

4. Metonímia
DE

5. Sinédoque
O

6. Antonomásia
BI
FA

7. Sinestesia
LIO
RE
AU
O

25
RC
MA
3
88
30
A
UR
Figuras sintáticas ou de construção

MO
O objetivo das figuras sintáticas é dar maior expressividade ao significado geral de uma frase. As principais figuras sintá-

DE
ticas do português são as seguintes:

O
1. Hipérbato ou inversão

BI
FA
2. Anáfora

IO
3. Pleonasmo

L
RE
4. Catáfora

AU
5. Elipse

CO
6. Zeugma

AR
7. Silepse

8M
8. Anacoluto

85
09
9. Polissíndeto

33
Figuras de som ou de harmonia

88
30
As figuras de som ou de harmonia são aquelas formadas a partir de parâmetros sonoros da língua. São dividas da se-
A
guinte forma:
UR
MO

1. Aliteração
DE

2. Assonância
O

3. Paronomásia
BI
FA

4. Onomatopeia
LIO

Figuras de pensamento
RE

As figuras de pensamento são formadas a partir do emprego de termos conotativos que causam impacto e contrariam a
AU

expectativa do ouvinte. As principais figuras de pensamento são:


O

1. Antítese
RC
MA

2. Paradoxo ou oximoro
58

3. Eufemismo
98

4. Ironia
0
33

5. Hipérbole
88
30

6. Prosopopeia ou personificação
A

7. Apóstrofe
UR

8. Gradação
MO

9. Quiasmo
DE

Ambiguidade
O
BI
FA

Tratar do tema da ambiguidade é tratar de um problema que interfere diretamente nas possibilidades de interpretação
LIO

de textos. Isso porque a ambiguidade é o fenômeno que faz com que uma palavra ou frase possua mais de um direcio-
RE

namento de sentido, provocando ruídos na interpretação. No português, possuímos dois tipos de ambiguidade: a lexical
AU

e a sintática.
O

26
RC
MA
3
88
30
A
UR
Ambiguidade lexical

MO
Temos ambiguidade lexical quando, em alguma composição linguística, existe uma palavra que aponta para mais de

DE
um sentido diferente. É um tipo de ambiguidade que estabelece relações diretas com o fenômeno da polissemia e da

O
homonímia.

BI
FA
Ambiguidade sintática (ou estrutural)

L IO
Temos ambiguidade sintática quando uma construção frasal apresenta dois caminhos interpretativos diferentes. Ocorre

RE
mesmo quando a frase apresenta as corretas colocações de seus elementos constitutivos (sujeito, verbo, complementos

AU
e adjuntos). Trata-se de um fenômeno que, em alguns casos, é de complexa identificação, exigindo bom conhecimento

CO
semântico e algumas estratégias interpretativas. Pode ser desfeita por meio da reorganização das estruturas sintáticas.

AR
Intertextualidade

8M
85
A definição de texto é bastante complexa. Até mesmo aqueles que lidam constantemente com esse objeto têm dificul-

09
dades em elaborar uma boa definição. Grosso modo, podemos dizer que um texto consiste em qualquer manifestação

33
da capacidade textual de um ser humano, como romances, poemas, crônicas, notícias, manuais; englobando aí, também,

88
músicas, esculturas, pinturas, filmes; pois estes últimos são entendidos como manifestações comunicativas realizadas por

30
meio de signos linguísticos.

A
UR
A partir dessa ideia, temos também a possibilidade de trabalharmos variedades de “encontros” textuais. A esse processo
damos o nome de intertextualidade.
MO

De maneira mais abrangente, podemos dizer que a intertextualidade trabalha com superposições de textos sobre
DE

outros, na qual há relações de influência realizada por um texto e, consequentemente, sua atualização pela nova
O

composição. A identificação da intertextualidade pressupõe um repertório textual ou um “conhecimento de mundo”.


BI

Os objetivos principais do trabalho com a intertextualidade consistem em:


FA
LIO

1. Compreensão de elementos estruturais: o trabalho seguro com a intertextualidade depende da compreensão do


funcionamento de certos elementos estruturais do texto, como sua organização temática (a ordem em que estão dispos-
RE

tos os acontecimentos) e linguística (as estruturas linguísticas usadas; se há, por exemplo, alguma recorrente).
AU

2. Compreensão de elementos ideológicos: é necessário também que se identifiquem no texto elementos ideoló-
O

gicos relacionados à cultura, à sociedade e à história.


RC
MA

3. Constituição de repertório: lidar com intertextualidade depende de um acúmulo de informações a respeito de


diversos gêneros textuais existentes. Textos publicitários, jornalísticos, em prosa, em verso, crônicas, quadrinhos, cartuns;
58

todos esses são exemplos de gêneros que, habitualmente, são conjugados (trabalhados juntos) em questões de vestibular.
98

Quanto mais conhecemos as particularidades desses textos, melhor saberemos lidar com eles em processos que exigem
0
33

comparações.
88

4. Aprender a relacionar dados: a intertextualidade vem sendo trabalhada de maneira cada vez mais frequente nos
30

vestibulares, por meio da comparação/relacionamento entre tipos e códigos linguísticos, além de exigir que os candidatos
A
UR

saibam conectar informações condizentes a autores/escolas literárias com dados históricos.


MO

Paralelismo
DE
O

Paralelismo sintático ou gramatical


BI
FA

Consiste na correlação sintática existente em uma estrutura frasal a partir de termos ou orações que apresentam seme-
LIO

lhança morfossintática. Vejamos alguns exemplos:


RE

Exemplo: O criminoso não só ofendeu, mas também é agressor. (errado)


AU
O

27
RC
MA
3
88
30
A
UR
Corrigindo, temos:

MO
O criminoso não só ofendeu, mas também agrediu. (certo)

DE
Os termos “não só... mas também” estabelecem entre as orações coordenadas uma relação de equivalência sintática.

O
Desse modo, as orações (verbos) devem apresentar a mesma estrutura gramatical.

BI
Exemplo: O garoto gosta de sorvete, chocolate e pudim. (errado)

FA
IO
Corrigindo, temos:

L
RE
O garoto gosta de sorvete, de chocolate e de pudim. (certo)

AU
Gostar é um verbo que rege complementos preposicionados (de), e a preposição deve aparecer em todos os complementos.

CO
Paralelismo semântico

AR
Consiste em uma correlação de sentido entre as estruturas. Vejamos alguns exemplos:

8M
Exemplo: “Marcela amou-me durante quinze meses e onze contos de réis.”

85
09
(Machado de Assis – Memórias póstumas de Brás Cubas)

33
É possível notar que há paralelismo sintático no exemplo, no entanto, há problemas de paralelismo semântico. No exem-

88
plo de Machado de Assis, amar “durante quinze meses” (tempo) não corresponde a amar “durante onze contos de réis”

30
(valor). São aproximados elementos de “carga significativa” diferente.
A
UR
É evidente que a quebra de paralelismo foi intencional, com marca de ironia, e não deve ser vista como uma falha de
MO

construção.
DE

Paralelismo rítmico (similicadência)


O
BI

Consiste em recurso estilístico de efeito significativo, do qual alguns autores se servem com o objetivo de angariar maior
FA

expressividade aos processos de produção. Vejamos alguns exemplos:


LIO

Exemplos:
RE

“Se os olhos veem com amor, o corvo é branco; se com ódio, o cisne é negro; se com amor, o demônio é formoso; se com
AU

ódio, o anjo é feio; se com amor, o pigmeu é gigante.”


O

(“Sermão da quinta quarta-feira”, apud M. Gonçalves Viana, Sermões e lugares seletos, p. 214)
RC
MA

“Nenhum doutor as observou com maior escrúpulo, nem as esquadrinhou com maior estudo, nem as entendeu com
maior propriedade, nem as proferiu com mais verdade, nem as explicou com maior clareza, nem as recapacitou com mais
58

facilidade, nem as propugnou com maior valentia, nem as pregou e semeou com maior abundância.”
098

(M.Bernardes)
33
88

Há nos exemplos apresentados um conjunto de repetições que formam padrões rítmicos que são intencionais e enfáticos.
30

Essas repetições caracterizam o que chamamos de paralelismo rítmico.


A
UR
MO
DE
O
BI
FA
LIO
RE
AU
O

28
RC
MA
3
88
Literatura

30
A
UR
Anamnese

MO
semana

DE
1

O
BI
FA
Preliminares: antiguidade clássica

IO
L
RE
Grécia e Roma

AU
CO
§ Sociedade materialista;

AR
§ Mitologia voltada para o entendimento do ser humano;

8M
§ Ser humano centro das atenções;

85
§ Arte = forma de explicar o mundo exaltando o ser humano;

09
§ Gregos valorizavam o SER e Romanos o EXISTIR.

33
88
Trovadorismo
30
A
UR
Contexto histórico
MO

§ Idade Média (século XII – XIV);


DE

§ Formação dos países europeus e de suas línguas;


O
BI

§ Reconhecimento do reino de Portugal – 1179


FA

§ Feudalismo;
LIO

§ Teocentrismo (Deus como centro do Universo / motivo de tudo);


RE

§ Sociedade estática = três camadas sociais: a nobreza e a cavalaria, o clero (os padres = homens de oração) e os servos
AU

(o povo = trabalhadores).
O
RC

Produções
MA

A maioria das manifestações artísticas medievais têm como objetivo convencer as pessoas do temor a Deus e submetê-las
58

à soberania da Igreja. Teatro, pintura, escultura e literatura, enfim, a arte servia para ensinar religião e comportamento.
98

§ Trovador – do francês “trouver” (= encontrar) – quem compõe a cantiga, isto é, encontra a música que se encaixa
0
33

no poema.
88

§ Cantigas – poemas escritos em redondilhas (versos de cinco ou sete sílabas poéticas) acompanhados de música.
30

Eram escritas por homens, as mulheres não tinham esse direito.


A
UR

A cantiga mais antiga de que se tem notícia é a “Cantiga da Ribeirinha”, escrita por Paio Soares de Taveirós em 1189
ou 1198.
MO

Dividem-se em dois grupos:


DE

§ Poesia lírica: fala de sentimentos; relaciona-se à LIRA, instrumento utilizado desde a Antiguidade.
O
BI

Cantigas de amor Cantigas de amigo


FA

Eu-lírico masculino, pobre Eu-lírico feminino, pobre


LIO

Amor impossível Saudade


Poucos refrãos Muitos refrãos
RE

Ausência de paralelismo Paralelismo


AU
O

29
RC
MA
3
88
30
A
UR
Linguagem refinada (amor cortês) Linguagem popular

MO
Submissão à dama Grau de igualdade
“Mulher idealizada” (vassalagem amorosa) “Mulher atrevida”

DE
Coita d’amor Amor correspondido

O
Origem na Provença, Sul da França Península Ibérica

BI
FA
§ Poesia satírica: sátira e crítica às pessoas ou instituições sociais, censura dos males da sociedade ou dos indivíduos,

IO
quase tudo com tom humorístico.

L
RE
Cantigas de escárnio Cantigas de maldizer

AU
Crítica sutil Crítica direta

CO
Linguagem ambígua e velada Linguagem direta e clara

AR
Vocabulário comedido Vocabulário agressivo

8M
Os cancioneiros - livros, coletâneas de cantigas com características variadas e escritas por diversos autores. Os mais

85
importantes são: Cancioneiro da Ajuda, Cancioneiro da Biblioteca Nacional de Lisboa e Cancioneiro da Vaticana.

09
33
Textos

88
30
Cantiga de Amor

A
No mundo nom me sei parelha, UR
mentre me for como me vay,
MO

ca ja moiro por vós - e ay!


mia senhor branca e vermelha,
DE

queredes que vos retraya


O

quando vos eu vi en saya!


BI
FA

Mau dia me levantey


que vos enton non vi fea!
LIO

E, mia senhor, des aquel di’, ay!


RE

me foi a mi mui mal,


AU

e vós, filha de don Paay


O

Moniz, e ben vos semelha


RC

d’haver eu por vós guarvaya,


MA

pois eu, mia senhor, d’alfaya


nunca de vós houve nem ey
58

valia d’ua correa.


098

Paio Soares de Taveirós


33
88

Cantiga de Amigo
30
A

- Ai flores, ai flores do verde piño,


UR

se sabedes novas do meu amigo?


MO

Ai, Deus, e u é?
DE

Ai flores, ai flores do verde ramo,


se sabedes novas do meu amado?
O

Ai, Deus, e u é?
BI
FA

Se sabedes novas do meu amigo,


LIO

aquel que mentiu do que pôs comigo?


Ai, Deus, e u é?
RE
AU
O

30
RC
MA
3
88
30
A
UR
Se sabedes novas do meu amado,

MO
aquel que mentiu do que mi á jurado?
Ai, Deus, e u é?

DE
- Vós me perguntades pelo voss’ amigo?

O
BI
E eu ben vos digo que é san’e vivo

FA
Ai, Deus, e u é?

IO
Vós me perguntades pelo voss’ amado?

L
E eu ben vos digo que é viv’ e sano:

RE
Ai, Deus, e u é?

AU
E eu ben vos digo que é san’e vivo,

CO
e será vosc’ant’o prazo saído.

AR
Ai, Deus, e u é?

8M
E eu ben vos digo que é viv’e sano,

85
e será vosc’ant’o prazo passado.

09
Ai, Deus, e u é? DOM DINIS (1261-1325)

33
Conhecido também como o rei trovador,
D.Dinis escreveu 138 cantigas

88
(de amigo / de amor / d’escárnio / de maldizer).

30
Cantiga de Maldizer
A
UR
Abadessa oí dizer
MO

Que érades mui sabedor


DE

De todo bem; e, por amor


De Deus, queredes-vos doer
O
BI

De min, que ogano casei,


FA

Que bem que vos juro que non sei


Mais que un asno de foder
LIO

.................................................................
RE

E per i podedes gaar,


AU

Mia senhor, o reino de Deus:


Per ensinar os pobres seus
O
RC

Mais ca por outro jajuar,


MA

E per ensinar a molher


Coitada, que a vós veer,
58

Senhor, que non souber ambrar.


98

Afonso Eanes do Coton


0
33
88

Cantiga de Escárnio
30

Por que no mundo mengou a verdade,


A
UR

punhei un dia de a ir buscar;


MO

e, u por ela fui preguntar


disseron todos: “alhur lá buscade,
DE

ca de tal guisa se foi a perder


que non podemos en novas haver
O
BI

nen já non anda na irmandade.”


FA

Nos mosteiros dos frades regrados


LIO

a demandei e disseron-m’assi:
RE

“non busquedes vós a verdad’ aqui,


ca muitos anos havemos passados
AU
O

31
RC
MA
3
88
30
A
UR
que non morou nosco, per boa fé,

MO
nen sabemos ond’ela agora esté
e d’al havemos maiores cuidados.”

DE
E en Cistel, u verdade soía

O
sempre morar, disseron-me que non

BI
morava i, havia gran sazon,

FA
nen frade d’ i já a non conhocia,

IO
nen o abade outro si estar

L
sol non queria que fôss’i pousar,

RE
e anda já fora da abadia.

AU
En Santiago seend’albergado,

CO
en mia pousada chegaron romeus

AR
preguntei-os e disseron: “par Deus,

8M
muito levade-lo caminh’ errado,
ca, se verdade quiserdes achar,

85
outro caminho conven a buscar,

09
ca non saben aqui d’ela mandado.

33
Airas Nunes, clérigo compostelano

88
30
Humanismo
A
UR
Contexto histórico
MO
DE

§ Século XV – fim da Idade Média;


O

§ Grandes Navegações;
BI

§ Desenvolvimento das cidades e do comércio;


FA

§ Burguesia;
LIO

§ Período de transição dos valores medievais para os valores do Renascimento, isto é, do Teocentrismo para o Antropo-
RE

centrismo;
AU

§ Valorização da cultura.
O
RC

Produções
MA

§ Crônicas – histórias curtas sobre o cotidiano dos nobres que queriam registrar os grandes feitos.
58
98

§ O mais famoso cronista de Portugal foi Fernão Lopes, nomeado cronista-mor da Torre do Tombo, por D. Duarte.
0
33

§ Poesia Palaciana – poemas compostos em redondilhas, sem o acompanhamento musical e agora impressos,
88

feitos para declamação dentro dos palácios, tratavam da vida na Corte.


30

§ Toda a produção de poesia Palaciana foi reunida num volume chamado Cancioneiro Geral, organizado por Garcia
A

de Resende.
UR
MO

§ Teatro – voltado para temas religiosos, didático, isto é, feito para ensinar religião. Representava cenas bíblicas, vidas
dos santos e mártires da Igreja. O teatro propriamente dito, com texto elaborado, inaugurou-se em Portugal com a
DE

obra de Gil Vicente, que mostrou peças cheias de sátira à sociedade com temas tanto profanos, nas farsas, como
O

religiosos, nos autos. Seu teatro desenvolveu essencialmente “tipos sociais”: personagens que representavam fac-
BI

ções da sociedade e apontavam os defeitos da personalidade humana. A sua crítica alcançou desde os mais pobres
FA

aos mais ricos ou mais graduados clérigos. Sua obra aponta o equilíbrio entre a razão e a emoção, o qual
LIO

norteou a arte do século XV, considerando que ele passou para o século XVI e viveu o início e o auge do Renascimento.
RE

Por isso, notamos nele valores teocêntricos e antropocêntricos. Gil Vicente preocupou-se em reunir todos os tipos da
AU

época em suas peças.


O

32
RC
MA
3
88
30
A
UR
Textos

MO
Auto da Barca do Inferno

DE
Vem o FIDALGO e, chegando ao batel infernal, diz:

O
Fidalgo: Esta barca onde vai ora,

BI
que assi’stá apercebida?

FA
Diabo: Vai para a ilha perdida

IO
e há-de partir logo ess’ora.

L
RE
Fidalgo: Para lá vai a senhora?
Diabo: Senhor, a vosso serviço

AU
Fidalgo: Parece-me isso um cortiço...

CO
Diabo: Porque a vedes lá de fora.

AR
Fidalgo: Porém, a que terra passais?

8M
Diabo: Para o inferno, senhor.
Fidalgo: Terra é bem sem-sabor.

85
Diabo: Quê? E também cá zombais?

09
Fidalgo: E passageiros achais

33
Para tal habitação?

88
Diabo: Vejo-vos eu em feição

30
para ir ao nosso cais.
A
Fidalgo: Parece-te a ti assi...
UR
Diabo: Em que esperas ter guarida?
MO

Fidalgo: Que deixo na outra vida


DE

quem reze sempre por mi.


Diabo: Quem reze sempre por ti!...
O
BI

Hi! Hi! Hi! Hi! Hi! Hi! Hi!...


FA

E tu viveste a teu prazer


LIO

cuidando cá guarecer
porque rezem lá por ti?!
RE

Gil Vicente
AU
O

Cantiga sua Partindo-se


RC
MA

Senhora, partem tão tristes


Meus olhos por vós, meu bem,
58

Que nunca tão tristes vistes


98

Outros nenhuns por ninguém.


0
33
88

Tão tristes, tão saudosos,


30

Tão doentes da partida,


A

Tão cansados, tão chorosos,


UR

Da morte mais desesojos


MO

Cem mil vezes que da vida.


DE

Partem tão tristes os tristes,


O

Tão fora d’esperar bem,


BI

Que nunca tão tristes vistes


FA

Outros nenhuns por ninguém.


LIO

João Ruiz Castelo Branco


RE
AU
O

33
RC
MA
3
88
30
A
UR
Classicismo

MO
§ Renascimento – século XVI - resgate da Idade Antiga;

DE
§ Descobrimentos;

O
BI
§ Antropocentrismo (homem como centro das preocupações).

FA
IO
Modelos

L
RE
Os modelos eram os da cultura greco-latina, porque representavam a perfeição e o equilíbrio que o homem do século

AU
XVI buscava.

CO
Características

AR
§ Racionalismo – o equilíbrio entre a razão e a emoção era indispensável para que o homem renascentista entendes-

8M
se a harmonia do universo e suas noções de Beleza, Bem e Verdade;

85
§ Universalismo – procura de uma impressão impessoal, que buscasse o homem universal. O mundo e o homem em

09
geral, não mais o indivíduo, são assuntos da literatura renascentista;

33
88
§ Perfeição formal – o cuidado com a forma deverá conduzir à ordenação lógica do pensamento e à adoção de

30
novas formas de composição (soneto);

A
§ Mitologia – seres mitológicos, criados na Antiguidade Clássica e compreendidos em qualquer cultura, estão presen-
UR
tes em alguns textos para simbolizar as emoções, sentimentos e atitudes humanas;
MO

§ Humanismo – interesse pelo homem e pela valorização deste como um ser capaz de raciocinar, de realizar grandes
DE

façanhas, independente de Deus.


O
BI

Produção artística
FA

1527 – Sá de Miranda, retornando da Itália, introduziu em Portugal a medida nova (versos decassílabos e sonetos).
LIO

Entretanto foi Luís Vaz de Camões quem se destacou na Literatura desse período;
RE

§ Obra lírica – cantigas, sonetos e outros gêneros – retrata os sentimentos, as angústias do homem do século XVI.
AU

§ Épica – Os Lusíadas – homenagem à bravura do povo português, conta as aventuras vividas por Vasco da Gama e
O

seus marinheiros na viagem para as Índias a mando de Dom Manuel.


RC
MA

Textos
58

Camões, mesmo sendo um mestre nos sonetos, não deixou de compor textos em medida velha (redondilha):
98
0

Cantiga alheia
33
88

Na fonte está Lianor


30

Lavando a talha e chorando,


Às amigas perguntando:
A
UR

- Vistes lá o meu amor?


Voltas
MO

Posto o pensamento nele,


DE

Porque a tudo o amor obriga,


O

Cantava, mas a cantiga


BI

Eram suspiros por ele.


FA

Nisto estava Lianor


LIO

O seu desejo enganado,


Às amigas perguntando:
RE

- Vistes lá o meu amor?


AU
O

34
RC
MA
3
88
30
A
UR
O rosto sobre uma mão,

MO
Os olhos no chão pregados,
Que, de chorar já cansados,

DE
Algum descanso lhe dão.

O
Desta sorte Lianor

BI
Suspende de quando em quando

FA
Sua dor; e, em se tornando,

IO
Mais pesada sente a dor.

L
Não deita dos olhos água,

RE
que não quer que a dor se abrande

AU
Amor, porque, em mágoa grande,

CO
Seca as lágrimas a mágoa.
Depois que de seu amor

AR
Soube novas perguntando,

8M
De improviso a vi chorando.

85
Olhai que extremos de dor!

09
Eu cantarei de amor tão Docemente,

33
88
Por uns termos em si tão concertados,

30
Que dois mil acidentes namorados

A
Faça sentir ao peito que não sente. UR
Farei que amor a todos avivente,
MO

Pintando mil segredos delicados,


Brandas iras, suspiros magoados,
DE

Temerosa ousadia e pena ausente.


O
BI

Também, Senhora, do desprezo honesto


FA

De vossa vista branda e rigorosa


LIO

Contentar-me-ei dizendo a menor parte.


RE

Porém, para cantar de vosso gesto


A composição alta a milagrosa,
AU

Aqui fala saber, engenho e arte.


O
RC

Os Lusíadas
MA

(fragmentos)
58

As armas e os Barões assinalados


98

Que da Ocidental praia lusitana,


0

Por mares nunca dantes navegados,


33

Passaram ainda além da Taprobana,


88

Em perigos e guerras esforçados,


30

Mais do que prometia a força humana,


A
UR

E entre gente remota edificaram


MO

Novo reino, que tanto sublimaram;


(...)
DE

Não mais, Musa, não mais, que a lira tenho


O

Destemperada e a voz enrouquecida,


BI

E não do canto, mas de ver que venho


FA

Cantar a gente surda e endurecida.


LIO

O favor com que mais se acende o engenho


RE

Não no dá a pátria, não, que está metida


No gosto da cobiça e na rudeza
AU

Duma austera, apagada e vil tristeza


O

35
RC
MA
3
88
30
A
UR
Os Lusíadas foi composto em 8816 versos decassílabos, separados em 1102 estrofes de oitava rima (abababcc), que,

MO
por sua vez, dividem-se em 10 cantos e 5 (cinco) partes:

DE
§ Proposição: é a apresentação do poema, o momento em que Camões nos diz quem é o povo português e o que
tem feito de grandioso (estrofes 1, 2 e 3 do canto I ).

O
BI
§ Invocação: pedido de inspiração às ninfas do rio Tejo: as Tágides. O poeta pede que lhe deem um “engenho arden-

FA
te” e um “som alto e sublimado” (estrofes 4 e 5 do canto I).

IO
§ Dedicatória: a epopeia é dedicada a D. Sebastião, rei de Portugal (estrofe 6 a 18 do canto I).

L
RE
§ Narração: é a parte longa do poema, na qual o poeta nos conta os episódios da viagem de Vasco da Gama e a

AU
história de Portugal (estrofe 19 do canto I até a estrofe 144 do canto X - num total de 1072 estrofes).

CO
§ Epílogo: o final, em que o poeta demonstra sua tristeza e desilusão com os governantes de Portugal por sua ambição

AR
desmedida.

8M
Quinhentismo

85
09
33
Contexto histórico

88
30
§ Século XVI;

A
§ Início da colonização do Brasil UR
MO

Produções artísticas
DE

§ Literatura de Informação – servia para mandar a Portugal notícias da terra descoberta.


O
BI

§ Literatura Jesuítica – servia para a catequese dos índios e dos colonos.


FA

Textos
LIO
RE

Fragmentos da Carta de Pero Vaz de Caminha para El Rei D. Manuel sobre o achamento do Brasil.
AU

Senhor, posto que o capitão-mor desta vossa frota e assim os outros capitães escrevam a Vossa Alteza a nova do acha-
mento desta vossa terra nova, que se ora nesta navegação achou, não deixarei também de dar disso minha conta. (...)
O
RC

E assim seguimos nosso caminho por este mar, de longo, até terça-feira d’oitavas de Páscoa, que foram 21 dias d’Abril,
MA

que topamos alguns sinais de terra. (...) E à quarta-feira seguinte, pela manhã, topamos aves, a que chamam fura-buxos.
58

E neste dia, a horas de véspera, houvemos vista de terra, isto é, primeiramente d’um grande monte, mui alto e redondo,
98

e d’outras serras mais baixas a sul dele e de terra chã com grandes arvoredos, ao qual monte alto o capitão pôs o nome
0

o Monte Pascoal e à terra a Terra de Vera Cruz. (...)


33
88

E dali houvemos vista d’homens, que andavam pela praia, de 7 ou 8, segundo os navios pequenos disseram, por che-
30

garem primeiro. (...) A feição deles é serem pardos, maneira d’avermelhados, de bons rostos e bons narizes, bem feitos.
A

Andam nus, sem nenhuma cobertura, nem estimam nenhuma cousa cobrir nem mostrar suas vergonhas. E estão acerca
UR

disso com tanta inocência como têm em mostrar o rosto. (...)


MO

O capitão, quando eles vieram, estava assentado em uma cadeira e uma alcatifa aos pés por estrado, e bem vestido, com
DE

um colar d’ouro mui grande ao pescoço. Acenderam tochas e entraram e não fizeram nenhuma menção de cortesia nem
de falar ao capitão nem a ninguém. Um deles, porém, pôs olho no colar do capitão e começou d’acenar com a mão para
O
BI

a terra e depois para o colar, como que nos dizia que havia em terra ouro. E também viu um castiçal de prata e assim
FA

mesmo acenava para a terra e então para o castiçal, como que havia também prata.
LIO

(...)
RE
AU
O

36
RC
MA
3
88
30
A
UR
E dessa maneira, Senhor, dou aqui a Vossa Alteza conta do que nesta terra vi.(...)

MO
Deste Porto Seguro, de Vossa ilha de Vera Cruz, hoje, sexta-feira, primeiro dia de maio de 1500.

DE
Ao Santíssimo Sacramento

O
BI
Oh! Entranhas piedosas

FA
De vosso divino amor!

IO
Ó meu Deus e meu senhor

L
Humanado,

RE
Quem vos fez tão namorado

AU
De quem tanto vos ofende?

CO
Quem vos ata, quem vos prende

AR
Como tais nós?
(...)

8M
José de Anchieta

85
09
33
Barroco

88
30
Contexto histórico
A
UR
MO

§ Século XVI e XVII;


§ Reforma protestante;
DE

§ Contrarreforma;
O
BI

§ Desaparecimento de D. Sebastião (1578);


FA

§ União Ibérica (1580).


LIO
RE

Características
AU

§ Linguagem rebuscada – figuras que nos revelam a angústia, o dilema em que vivia o homem dessa época;
O

§ Contradições – geradas pelo espírito cristão (teocêntrico) e pelo espírito renascentista (racionalista) que tentam
RC

conciliar místico e sensual, religioso e erótico, espiritual e carnal.


MA

§ Portugal – 1580- União Ibérica / Morte de Camões.


58

§ Brasil – 1601- Prosopopeia, de Bento Teixeira


98
0

§ O Barroco apresenta duas tendências literárias importantes:


33
88

§ Cultismo (jogo de palavras): preocupação com a forma, com o arranjo do texto, que é feito para agradar estetica-
30

mente.
A
UR

§ Conceptismo (jogo de ideias, conceitos) preocupação com os argumentos que devem convencer.
MO

Autores
DE

Gregório de Matos, poeta baiano que viveu muitos anos em Portugal e desenvolveu três tipos de poemas religiosos,
O

líricos e satíricos, sendo que, por esse último, ganhou o apelido de “O Boca do Inferno”.
BI
FA

Padre Antônio Vieira, português, jesuíta, autor de vários sermões em que apontou aspectos da sociedade do século
LIO

XVII tanto no Brasil como em Portugal.


RE
AU
O

37
RC
MA
3
88
30
A
UR
Textos

MO
Poesia lírica

DE
À Instabilidade Das Cousas Do Mundo

O
BI
Nasce o Sol, e não dura mais que dia,

FA
Depois da Luz se segue a noite escura.

IO
Em tristes sombras morre a formosura,

L
RE
Em contínuas tristezas, a alegria.

AU
Porém, se acaba o Sol, por que nascia?
Se é tão formosa a Luz, por que não dura?

CO
Como a beleza assim se transfigura?

AR
Como o gosto, de pena assim se fia?

8M
Mas no Sol, e na Luz falte a firmeza,

85
Na formosura não se dê constância.

09
E na alegria, sinta-se tristeza.

33
Começa o Mundo enfim pela ignorância,

88
E tem qualquer dos bens por natureza

30
A firmeza somente na inconstância.

A
UR Gregório de Matos
MO

Poesia Religiosa
DE
O

A Jesus Cristo Nosso Senhor


BI
FA

Pequei, Senhor: mas não porque hei pecado,


da vossa Alta Piedade me despido:
LIO

Antes, quanto mais tenho delinqüido,


RE

vos tenho a perdoar mais empenhado.


AU

Se basta a vos irar tanto pecado,


O

a abrandar-vos sobeja um só gemido:


RC

que a mesma culpa, que vos há ofendido,


MA

vos tem para o perdão lisonjeado.


Se uma Ovelha perdida, já cobrada,
58
98

glória tal e prazer tão repentino


0

vos deu, como afirmais na Sacra História:


33
88

Eu sou, Senhor, Ovelha desgarrada;


30

cobrai-a e não queirais, Pastor Divino


perder na vossa Ovelha a vossa glória.
A
UR

Gregório de Matos
MO
DE
O
BI
FA
LIO
RE
AU
O

38
RC
MA
3
88
30
A
UR
Poesia Satírica

MO
Juízo anatômico dos achaques que padecia o corpo da República em todos os membros, e inteira defini-

DE
ção do que em todos os tempos é a Bahia.

O
BI
Que falta nesta cidade?… Verdade.

FA
Que mais por sua desonra?… Honra.
Falta mais que se lhe ponha?… Vergonha.

IO
L
O demo a viver se exponha,

RE
Por mais que a fama a exalta,

AU
Numa cidade onde falta

CO
Verdade, honra, vergonha.

AR
Quem a pôs neste rocrócio?… Negócio.

8M
Quem causa tal perdição?… Ambição.
E no meio desta loucura?… Usura.

85
09
Notável desaventura

33
De um povo néscio e sandeu,

88
Que não sabe que perdeu

30
Negócio, ambição, usura.

A
Quais são seus doces objetos?… Pretos. UR
Tem outros bens mais maciços?… Mestiços.
MO

Quais destes lhe são mais gratos?… Mulatos.


DE

Dou ao Demo os insensatos,


Dou ao Demo o povo asnal,
O
BI

Que estima por cabedal,


FA

Pretos, mestiços, mulatos.


E que justiça a resguarda?… Bastarda.
LIO

É grátis distribuída?… Vendida.


RE

Que tem, que a todos assusta?… Injusta.


AU

Valha-nos Deus, o que custa


O

O que El-Rei nos dá de graça.


RC

Que anda a Justiça na praça


MA

Bastarda, vendida, injusta.


58

Que vai pela clerezia?… Simonia.


98

E pelos membros da Igreja?… Inveja.


0

Cuidei que mais se lhe punha?… Unha


33
88

Sazonada caramunha,
30

Enfim, que na Santa Sé


O que mais se pratica é
A
UR

Simonia, inveja e unha.


MO

E nos frades há manqueiras?… Freiras.


Em que ocupam os serões?… Sermões.
DE

Não se ocupam em disputas?… Putas.


O
BI

Com palavras dissolutas


FA

Me concluo na verdade,
Que as lidas todas de um frade
LIO

São freiras, sermões e putas.


RE
AU
O

39
RC
MA
3
88
30
A
UR
A uma freira que, satirizando a delgada fisionomia do poeta, chamou-lhe de “Pica-Flor”.

MO
“Se Pica-flor me chamais,

DE
Pica-flor aceito ser,
mas resta agora saber,

O
se no nome que me dais,

BI
FA
meteis a flor, que guardais
no passarinho melhor!

IO
Se me dais este favor,

L
RE
sendo só de mim o Pica,

AU
e o mais vosso, claro fica,
que fico então Pica-flor.”

CO
Gregório de Matos

AR
8M
Trechos do Sermão Sexagésima

85
Ora, suposto que a conversão das almas por meio da pregação depende desses três recursos: Deus, o pregador e o ou-

09
vinte. Por qual deles devemos entender a falta? (...)

33
88
Primeiramente por parte de Deus, não falta nem pode faltar. Essa proposição é de fé, definida no Concílio Trentino e no

30
nosso Evangelho há tempos (...)

A
Se fora por parte dos ouvintes não fizera a Palavra de Deus muito grande fruto, mas não fazer nenhum fruto e nenhum
UR
efeito. Não é por parte dos ouvintes. Provo. (...)
MO

Sabeis, cristãos, por que não faz fruto a Palavra de Deus? Por culpa dos pregadores. Sabeis, pregadores, por que não faz
DE

fruto a Palavra de Deus? Por culpa nossa.


O

Padre Antônio Vieira


BI
FA

Trecho do Sermão do Bom Ladrão


LIO

Navegava Alexandre em uma poderosa armada pelo mar Eritreu a conquistar a Índia; e como fosse trazido à sua presença
RE

um pirata, que por ali andava roubando os pescadores, repreendeu-o muito Alexandre de andar em tão mau ofício; porém
AU

ele, que não era medroso nem lerdo, respondeu assim: “Basta, senhor, que eu, porque roubo em uma barca, sou ladrão,
e vós, porque roubais em uma armada, sois imperador?” Assim é. O roubar pouco é culpa, o roubar muito é grandeza;
O
RC

o roubar com pouco poder faz os piratas, o roubar com muito, os Alexandres.(...) O ladrão que furta para comer, não vai
nem leva ao inferno; os que não só vão, mas levam, de que eu trato, são outros ladrões de maior calibre e de mais alta
MA

esfera; os quais debaixo do mesmo nome e do mesmo predicamento distingue muito bem São Basílio Magno. Não só
58

são ladrões, diz o santo, os que cortam bolsas, ou espreitam os que se vão banhar para lhes colher a roupa; os ladrões
98

que mais própria e dignamente merecem este título são aqueles a quem os reis encomendam os exércitos e legiões ou
0

o governo das províncias, ou a administração das cidades, os quais já com manha, já com força roubam e despojam os
33

povos. Os outros ladrões roubam um homem, estes roubam cidades e reinos; os outros furtam debaixo do seu risco, estes
88

sem temor nem perigo; os outros se furtam, são enforcados, estes furtam e enforcam.
30

Padre Antônio Vieira


A
UR

Arcadismo em Portugal
MO
DE

Contexto histórico
O
BI

Europa
FA

§ Iluminismo – século XVIII (O Século das Luzes);


LIO

§ Retomada da cultura clássica.


RE
AU

§ Linguagem simples.
O

40
RC
MA
3
88
30
A
UR
Características

MO
§ Perfeição;

DE
§ Referência à Mitologia;

O
BI
§ Racionalismo;

FA
§ Pastoralismo;

IO
§ Bucolismo: proposta de uma vida no campo como uma opção para a agitação das cidades: as normas sociais e

L
RE
religiosas;

AU
§ Negação destas regras por meio da cultura Antiga (greco-latina);

CO
§ Eu-lírico = pastor; Uso de pseudônimos.

AR
Autor

8M
85
Em Portugal, Manuel Maria Barbosa Du Bocage, que já prenuncia o Romantismo.

09
Para recuperar a perfeição e o equilíbrio dos clássicos e do renascimento, era comum entre os autores o uso de clichês

33
árcades ditos sempre em latim:

88
30
§ carpe diem (aproveitar o instante que passa);

A
§ fugere urbem (fugir da cidade para o campo); UR
§ locus amoenus (lugar tranquilo);
MO

§ aurea mediocritas (equilíbrio de ouro, desprezo aos bens materiais);


DE

§ inutilia truncat (cortar o inútil).


O
BI

Texto
FA
LIO

Olha, Marília, as flautas dos pastores


RE

Que bem que soam, como estão cadentes!


AU

Olha o Tejo a sorrir-se! Olha, não sentes


Os Zéfiros brincar por entre flores?
O
RC

Vê como ali beijando-se os Amores


MA

Incitam nossos ósculos ardentes!


Ei-las de planta em planta as inocentes,
58

As vagas borboletas de mil cores.


098

Naquele arbusto o rouxinol suspira,


33

Ora nas folgas a abelhinha pára,


88

Ora nos ares sussurrando gira:


30

Que alegre campo! Que amanhã tão clara!


A
UR

Mas ah! Tudo o que vês, se eu te não vira,


Mais tristeza que a morte me causara.
MO

Ó retrato da morte, ó Noite amiga


DE

Por cuja escuridão suspirou há tanto!


O

Calada testemunha de meu pranto,


BI
FA

De meus desgostos secretária antiga!


LIO

Pois manda Amor, que a ti somente os diga,


Dá-lhes pio agasalho no teu manto;
RE

Ouve-os, como costumas, ouve, enquanto


AU

Dorme a cruel, que a delirar me obriga:


O

41
RC
MA
3
88
30
A
UR
E vós, ó cortesão da escuridade,

MO
Fantasmas vagos, mochos piadores,
Inimigos, como eu, da claridade!

DE
Em bandos acudi aos meus clamores;

O
Quero a vossa medonha sociedade,

BI
FA
Quero fartar meu coração de horrores.
Bocage

IO
L
RE
AU
CO
AR
8M
85
09
33
88
30
A
UR
MO
DE
O
BI
FA
LIO
RE
AU
O
RC
MA
58
98
0
33
88
30
A
UR
MO
DE
O
BI
FA
LIO
RE
AU
O

42
RC
MA
3
88
Inglês

30
A
UR
Anamnese

MO
semana

DE
1

O
BI
FA
Overview and analysis

L IO
RE
Tipos de provas

AU
CO
No Brasil, existem dois tipos de provas de vestibular que são comuns: as provas compostas por questões de múltipla

AR
escolha e as provas compostas por questões dissertativas com respostas em português. Além desses dois casos, é comum
encontrar provas de somatória e provas com questões do tipo certo/errado.

8M
85
Provas de múltipla escolha

09
33
Os vestibulares brasileiros, em sua maior parte apresentam questões de múltipla escolha, sendo que elas podem deman-

88
dar habilidades de leitura e compreensão de texto, vocabulário ou gramática. Além disso, os enunciados e alternativas

30
dessas questões podem ser apresentados em português ou inglês.

A
UR
Provas Dissertativas
MO

A principal característica das provas de Inglês dos principais vestibulares é a prevalência de questões que demandem
DE

domínio de vocabulário e leitura de texto. Questões objetivas sobre gramática são cada vez mais raras. No entanto, três
tópicos ainda são muito comuns: Pronomes, Conectores e Modal Verbs. Estes temas são pedidos exatamente porque
O
BI

sem esse domínio não se faz uma leitura de texto correta neste idioma.
FA

Do you understand?
LIO
RE

(text interpretation)
AU
O

Alguns falsos cognatos importantes


RC
MA

§ actual (real, verdadeiro)


58

§ actually (na verdade, na realidade, o fato é que)


98

§ admiral (almirante)
0
33

§ alias (pseudônimo, nome falso)


88
30

§ amass (acumular, juntar)


A

§ animus (rivalidade)
UR

§ anthem (hino)
MO

§ appoint (nomear, indicar)


DE

§ argument (discussão, debate)


O
BI

§ beef (carne bovina)


FA

§ braces (aparelho dental)


LIO

§ collar (gola)
RE

§ college (faculdade)
AU
O

43
RC
MA
3
88
30
A
UR
§ commodity (mercadoria)

MO
§ comprehensive (abrangente, extenso, amplo)

DE
§ compromise (entrar em acordo, fazer concessão, acordo)

O
§ condom (preservativo)

BI
FA
§ convict (condenado)

IO
§ corporate (cabo na hierarquia militar)

L
RE
§ costume (fantasia)

AU
§ deception (fraude, falsificação)

CO
§ devolve (transferir)

AR
§ diversion (desvio)

8M
§ durex (preservativo)

85
§ eventually (finalmente, por fim)

09
33
§ exit (saída, sair)

88
§ fabric (tecido)

30
A
§ grip (agarrar algo firmemente) UR
§ hospice (albergue)
MO

§ idiom (expressão idiomática)


DE

§ ingenious (engenhoso)
O
BI

§ inhabitable (habitável)
FA

§ injury (ferimento)
LIO

§ interest (juros)
RE

§ lecture (palestra, aula)


AU

§ library (biblioteca)
O
RC

§ lunch (almoço)
MA

§ mayor (prefeito)
58

§ novel (romance escrito)


98

§ office (escritório)
0
33

§ parents (pais)
88
30

§ phony (trapaceiro , mau caráter)


A

§ prejudice (preconceito)
UR

§ preservative (conservante)
MO

§ private (recruta)
DE

§ push (empurrar)
O
BI

§ realize (perceber)
FA

§ requirement (requisito)
LIO

§ retired (aposentado)
RE
AU
O

44
RC
MA
3
88
30
A
UR
§ retribution (represália, punição)

MO
§ scholar (erudito)

DE
§ sensible (sensato)

O
§ service (atendimento)

BI
FA
§ support (appoiar, apoio)

IO
§ tax (imposto)

L
RE
§ tenant (inquilino)

AU
Who is who?

CO
AR
8M
Personal pronouns

85
09
Subject Pronouns Object Pronouns

33
I ME

88
30
YOU YOU

A
HE URHIM
SHE HER
MO

IT IT
DE

WE US
O

YOU YOU
BI
FA

THEY THEM
LIO

Os personal pronouns da língua inglesa podem, com algumas variacões, ser relacionados aos pronomes pessoais da
RE

língua portuguesa. O que o português chama de pronomes pessoais do caso reto, a língua inglesa chama de subject
AU

pronouns, e os pronomes oblíquos são análogos aos object pronouns.


O

Observe alguns usos dos subject pronouns:


RC
MA

I am Brazilian – Eu sou brasileiro


58

You are Brazilian – Você(s) é(são) brasileiro(s)


98

He is Brazilian – Ele é brasileiro


0
33

She is Brazilian – Ela é brasileira


88
30

It is Brazilian – Isto/Esta coisa é brasileira


A

We are Brazilian – Nós somos brasileiros


UR
MO

They are Brazilian – Elas/Eles são brasileiros(as)


Em linhas gerais, a função desSa classe de pronomes nas duas linguagens é similar: pronomes substituem nomes. Não é
DE

comum repetirmos o mesmo nome muitas vezes, mas sim usar um pronome, uma vez que sabemos a quem tal pronome
O

se refere.
BI
FA
LIO
RE
AU
O

45
RC
MA
3
88
30
A
UR
Exemplos:

MO
Kate loves Brian.

DE
She loves Brian.

O
O exemplo acima faz a substituição do nome Kate pelo pronome She. Observe o exemplo a seguir

BI
FA
Brian loves Kate.

IO
Brian loves her.

L
RE
A diferença entre eles é que no exemplo 1 o nome Kate tem função de sujeito e foi substituído por um pronome de sujeito

AU
(She). Já no exemplo 2, o nome Kate tem função de objeto e foi substituído por um pronome de objeto (her).

CO
Veja mais exemplos:

AR
Brazilians agree with you.

8M
We agree with you.
They agree with other Brazilians.

85
09
They agree with them.

33
The police officer will adress the issue

88
She/He will adress the issue.

30
Possessive pronouns A
UR
MO

Possessive Adjective Possessive Substantive


Pronouns Pronouns
DE

MY MINE
O

YOUR YOURS
BI
FA

HIS HIS
HER HERS
LIO

ITS -------
RE

OUR OURS
AU

YOUR YOURS
O

THEIR THEIRS
RC

Os pronomes desse tópico, como o próprio nome supõe, introduzem uma relação de posse com um substantivo e são bastante
MA

semelhantes ao que encontramos na língua portuguesa. Mas aqui podemos enfrentar alguns problemas. Se por um lado o
58

português apresenta marcação quádrupla de pronomes (Eu – meu, minha, meus, minhas) e o inglês apresente marcação
98

simples para eles, este tem dois tipos de pronomes possessivos (Adjective e Substantive), enquanto aquele tem apenas um, o
0

que pode gerar algumas dificuldades.


33
88

Possessive Adjective ou Possessive Substantive?


30
A

Em alguns casos, pode ser pedido que o vestibulando opte entre os dois tipos de pronomes acima mencionados. Além de
UR

ser um ponto que gera uma dúvida razoável, ele também é muito solicitado em questões gramaticais.
MO

Tenha em mente que os pronomes Possessive Adjectives (my, your, his, her, its, our, their) são aqueles que são normal-
DE

mente usados. Você só os substituirá pelos Possessive Substantives (mine, yours, his, hers, ours, theirs) em situações
específicas. São elas:
O
BI

1. Quando o substantivo a que se referir o pronome estiver omitido/subentendido.


FA

Exemplo:
LIO

I can’t find my pen. Can I use yours?


RE

(Eu não consigo encontrar minha caneta. Posso usar a sua (caneta)?
AU
O

46
RC
MA
3
88
30
A
UR
2. Quando o substantivo a que se refere o pronome estiver antes do próprio pronome.

MO
Exemplo:

DE
It belongs to a friend of mine.

O
(Isto pertence a um amigo meu).

BI
FA
3. Após preposições.

IO
Exemplo:

L
RE
They will come with their parents, and we’ll come with ours.

AU
(Eles virão com os pais deles e nós, com os nossos).

CO
Reflexive pronouns

AR
8M
85
Reflexive Pronouns

09
Myself

33
Yourself

88
Himself

30
Herself
A
UR
Itself
MO

Ourselves
Yourselves
DE

Themselves
O
BI
FA

O uso dos pronomes reflexivos é de certa forma simples. Utilizado como uma autorreferencia do sujeito. Ao contrário do
que ocorre na Língua Portuguesa, a autorreferência não faz uso do mesmo pronome do objeto e sim de um específico. É
LIO

uma referência a si mesmo e que não possui tradução direta.


RE

Exemplo:
AU

Farei isso por mim mesmo.


O

I will do it by myself (jamais me, como uma tradução direta poderia sugerir)
RC
MA

The here and now


58
98

Simple present (regra geral)


0
33
88

Ao contrário do português, que apresenta múltiplas desinências, o inglês tem como regra geral (exceções serão vistas no final
30

deste item) a adição da letra “s” às terceiras pessoas do singular (he, she, it). Observe os exemplos a seguir:
A

To need = precisar, necessitar


UR

I need to work better. (Eu preciso trabalhar melhor)


MO

You need to work better. (Você precisa trabalhar melhor)


DE

He needs to work better. (Ele precisa trabalhar melhor)


O
BI

She needs to work better. (Ela precisa trablhar melhor)


FA

It needs improvements. (Isto precisa de melhorias)


LIO

We need to work better. (Nós precisamos trablhar melhor)


RE

You need to work better. (Vocês precisam trablhar melhor)


AU
O

47
RC
MA
3
88
30
A
UR
They need to work better. (Eles/elas precisam trablhar melhor)

MO
Percebe-se que, enquanto a língua inglesa acrescenta ao bare infinitive dos verbos (infinitivo sem a partícula ‘to’) a letra

DE
‘s’ aos pronomes de terceira pessoa do singular (he, she, it), a língua portuguesa acrescenta várias desinências ao verbo
(preciso, precisa, precisamos, etc).

O
BI
Formas negativas do simple present

FA
IO
A forma negativa dos verbos no simple present segue uma norma bem simples: acrescente do not (don’t) quando o

L
sujeito for I, you, we, they; acrescente does not (doesn’t) quando o sujeito for he, she, it.

RE
AU
Importante: Após o uso dos auxiliares do ou does, utilize o base form (infinitivo sem o to).

CO
Formas interrogativas

AR
Para que se obtenham as formas interrogativas dos verbos no simple present, deve-se fazer uso dos verbos auxiliares do

8M
(para os pronomes I, you, we, they) e does (he, she, it), colocados antes dos respectivos sujeitos.

85
09
To be

33
88
O verbo to be não segue as mesmas regras que orientam a maioria dos verbos em inglês. Ele é o único que apresenta

30
três formas de presente. São elas:

A
§ I am Brazilian. (Eu sou brasileiro) UR
§ He, she it is from the Netherlands. (Ele/ela/isto é da Holanda.)
MO

§ You, we, they are thirsty. (Você(s), nós, eles(as) estão com sede)
DE

Talvez a maior dificuldade ao se lidar com o verbo to be resida no fato de que, ao ser vertido para o português, ele
O

possa ter tanto estar quanto ser como significado, dependendo do contexto em que o verbo está inserido.
BI
FA

Formas negativas
LIO

Para se conseguir as formas negativas do verbo to be, deve-se apenas acrescentar a partícula not à forma afirmativa.
RE
AU

Formas interrogativas
O
RC

Para que se obtenham as formas interrogativas do verbo to be, deve-se apenas inverter a posição do verbo e do sujeito.
MA

There to be
58
98

A estrutura there to be é usualmente entendida como o verbo haver, existir, ocorrer. Ele apresenta duas formas no presente
0

there is (para o singular) e there are (para o plural).


33
88

Deve-se acrescentar a partícula not às formas afirmativas do there to be para que se obtenham suas respectivas formas
30

negativas.
A
UR

Formas interrogativas
MO

Para que se obtenham as formas interrogativas do verbo there to be, deve-se apenas inverter a posição do verbo e do
DE

sujeito.
O

Present continuous (present progressive)


BI
FA

O Present Continuous apresenta enorme semelhança com o tempo verbal Presente Contínuo da língua portuguesa. Ele
LIO

é um tempo verbal que serve para expressar ações que estão acontecendo simultâneas à fala. O Present Continuous (ou
RE

Progressive) é formado pelo presente do verbo to be (concordando com cada sujeito) mais um outro verbo no gerund
(sufixo ING).
AU
O

48
RC
MA
3
88
30
A
UR
Veja os exemplos:

MO
§ I am composing a song right now. (Eu estou compondo uma música neste exato momento.)

DE
§ You are listening my music. (Você está ouvindo minha música.)

O
§ He is composing a song on his acoustic guitar. (Ele está compondo uma música em sua guitarra.)

BI
FA
§ She is singing in her room. (Ela está cantando no quarto dela.)

IO
§ It is working very well. (Isto está funcionando muito bem.)

L
RE
§ We are watching a very interesting movie.

AU
§ (Nós estamos assistindo um filme muito interessante.)

CO
§ You are wasting money. (Vocês estão desperdiçando dinheiro.)

AR
§ They are surfing the web on their computers. (Elas(es) estão navegando na internet em computadores.)

8M
As formas interrogativas do Present Continuous são dadas pela inversão do sujeito com o to be.

85
09
Exemplos:

33
88
§ Are you paying attention to the instructions? (Você está prestando atenção às instruções?)

30
§ Is it working properly? (Isto está funcionando corretamente?)
A
UR
As formas negativas do Present Continuous são dadas pela adição de not às formas do to be.
MO

§ She is not (isn’t) composing a music. (Ela não está compondo uma música.)
DE

§ I am not thinking about it. (Eu não estou pensando sobre isso.)
O
BI

Focus on the past


FA
LIO

Simple past
RE
AU

Regular verbs (verbos regulares)


O
RC

Os verbos regulares são os “queridinhos”dos alunos brasileiros por se configurarem de forma mais simples. Para obter o
MA

passado dos verbos regulares, basta acrescentar o sufixo ED a sua base form (infinitivo sem a partícula to), independente
de quem seja o sujeito. Observe os exemplos a seguir:
58
98

to need (precisar, necessitar)


0
33

I needed to be smarter (Eu precisei ser mais inteligente.)


88

You needed to be smarter (Você precisou ser mais inteligente.)


30

He needed to be smater. (Ele precisou ser mais inteligente)


A
UR

She needed to be more careful. (Ela precisou ser mais cuidadosa.)


MO

It needed to be practical(Isto precisava ser mais prático.)


DE

We needed to be more practical. (Nós precisamos ser mais práticos(as).)


O
BI

You needed to be more practical (Vocês precisaram ser mais práticos)


FA

They needed to be more practical. (Elas(es) precisaram ser mais práticos(as).)


LIO
RE
AU
O

49
RC
MA
3
88
30
A
UR
Irregular verbs (verbos irregulares)

MO
Encarar os verbos irregulares talvez seja a maior dificuldade para o estudante brasileiro quando esse se depara com

DE
o simple past da língua inglesa. Nesse aspecto na língua inglesa se parece com a portuguesa, apresentando formas
verbais variadas (daí o termo irregular), e assim como para aprender o português, também se torna necessário memo-

O
BI
rizar tais formas. Entretanto, tenha em mente que há apenas uma forma de passado para cada verbo, independente

FA
do sujeito. Seguem-se apenas alguns exemplos.

IO
§ to take – took (past)

L
RE
I took the subway to work. (Eu peguei o metro para trabalhar)

AU
She took the subway to work. (Ela pegou o metro para o trabalho)

CO
We took the subway to work. (Nós tomamos o metro para o trabalho)

AR
§ to go – went (past)

8M
You went to school. (Você foi para a escola)

85
He went too far. (Ele foi longe demais.)

09
33
They went home together. (Eles foram juntos para casa)

88
§ to eat – ate (past)

30
I ate the whole pizza (Eu comi a pizza inteiro)
A
UR
The dog ate our food (O cachorro comeu a nossa comida)
MO

We ate pasta toguether (Nós comemos macarrão juntos)


DE

Formas Negativas
O
BI

Para chegar as formas negativas dos verbos no simple past, é preciso acrescentar, após o sujeito e antes do verbo
FA

principal, o verbo auxiliar did mais a partícula not, independentemente do verbo ser regular ou irregular.
LIO

Formas interrogativas
RE
AU

Para se verter uma frase para a forma interrogativa quando um verbo está no simple past é preciso acrescentar o verbo
auxiliar did antes do sujeito da oração. O verbo principal deve permanecer no base form (infinitivo sem to).
O
RC

To be
MA
58

O verbo to be tem duas formas de passado: was (I, he, she, it) e were (you, we, they).
98

Observe os exemplos:
0
33

I was at work yesterday.


88

(Eu estava no trabalho ontem).


30
A

You were at home yesterday.


UR

(Você estava em casa ontem.)


MO

He was an French singer.


DE

(Ele era um cantor francês.)


O
BI

She was an Spanish doctor.


FA

(Ela era uma médica espanhola)


LIO

The bike (it) was here four hours ago.


RE

(A bicicleta estava aqui há quatro horas atrás.)


AU
O

50
RC
MA
3
88
30
A
UR
We were busy yesterday.

MO
(Nós estávamos ocupados(as) ontem.)

DE
They were bought in Russia in 2019.

O
(Eles foram comprados na Rússia em 2019.)

BI
FA
Formas interrogativas

L IO
Para chegar as formas interrogativas de passado do verbo to be, deve-se trocar a posição do verbo com o

RE
sujeito da oração.

AU
Formas negativas

CO
AR
Para chegar as formas negativas do verbo to be no passado, deve-se inserir a palavra not após o verbo.

8M
There to be

85
09
Assim como no presente, duas formas de passado para o verbo there to be se apresentam: there was (para passado

33
singular) e there were (para passado plural). Veja os exemplos a seguir.

88
There was a restaurant near here.

30
A
(Havia/existia um restaurante perto daqui.) UR
There were many restaurants here.
MO

(Havia/existiam muitas restaurantes perto daqui.)


DE

Formas negativas
O
BI
FA

Para chegar as formas negativas de passado do there to be, é preciso acrescentar a palavra not às formas afirmativas.
LIO

Formas interrogativas
RE

Ao trocar a posição da forma verbal was ou were com o pronome there, obtém-se a forma interrogativa do verbo there
AU

to be.
O
RC

Can
MA

O verbo can tem todas as suas formas de passado (incluídas as de subjuntivo) concentradas na palavra could com qual-
58

quer que seja o sujeito envolvido.


98

Sophia could play sing very well when she was a child. (Sophia podia cantar muito bem quando ela era criança.)
0
33

Two years ago we could buy a car, but today this is impossible. (Há dois anos nós podíamos comprar um carro, mas hoje
88

isto é impossível.)
30
A

I would go home if I could. (Eu iria para casa se eu pudesse.)


UR
MO

Used to
DE

Ao se deparar com textos em língua inglesa, o aluno sempre lida com um problema comum de quem tem português
como língua materna: as formas de passado do inglês são correspondentes aos nossos verbos do pretérito perfeito ou
O
BI

do pretérito imperfeito? Como devo entender uma frase como ‘I played very well’? ‘Eu joguei muito bem’ ou ‘Eu jogava
FA

muito bem’?
LIO

As frases grafadas em simple past em inglês usualmente correspondem ao que nós nomeamos como pretérito perfeito
RE

(ex: joguei, comi, bebi). Para se obter o mesmo significado das nossas sentenças no pretérito imperfeito (ex: jogava, comia,
bebia), a língua inglesa faz uso da estrutura used to. Em linhas gerais, ela é utilizada para expressar uma ação que era
AU
O

51
RC
MA
3
88
30
A
UR
verdadeira no passado, mas que não é mais. Observe os exemplos:

MO
I used to play basketball very well. (Eu costumava jogar/jogava basquete muito bem)

DE
She used to be a great singer. (Ela era/costumava ser uma grande cantora)

O
Did you use to travel to the country when you lived abroad? (Você costumava viajar/viajava para o interior quando

BI
FA
você morou no exterior?)

IO
I didn’t use to like it, but now I do. (Eu não costumava gostar disso, mas agora eu gosto)

L
RE
Past continuous

AU
Muito parecido com o caso previamente apresentado do present continuous, o past continuous da língua inglesa é um

CO
tempo verbal utilizado para expressar uma ação que estava acontecendo simultaneamente à outra, no passado e é for-

AR
mado por uma forma de passado do verbo to be (was ou were) mais um outro verbo de ação acrescido do sufixo ING

8M
(gerund). Estude os exemplos:

85
When you called, I was taking a shower. (Quando você ligou eu estava tomando banho)

09
Were you sleeping when I called you yesterday? (Você estava dormindo quando eu te liguei ontem?

33
88
She wasn’t paying attention when the teacher assigned her homework. (Ela não estava prestando atenção quando

30
o professor passou a lição de casa.)

A
Apêndice #1: formas interrogativa-negativas UR
MO

As diversar formas verbais abordadas nesta unidade (simple past, to be, there to be e can) mostram, além das formas
apresentadas (afirmativa, negativa e interrogativa) uma quarta forma: a interrogativa-negativa. As formas interrogativa-
DE

-negativas são obtidas a partir das formas negativas, cada um dos verbos seguindo suas próprias regras. Estude os
O

exemplos abaixo:
BI
FA

Didn’t they like their new clothes? (Eles(as) não gostaram de suas novas roupas?)
LIO

Didn’t you talk to him? (Você não conversou com eles?)


RE

Weren’t you at home yesterday? (Você não estava em casa ontem?)


AU

Wasn’t there a person waiting here? (Não havia uma pessoa esperando aqui?)
O

Couldn’t you ride bicycles when you were 6? (Você não conseguia andar de bicicleta quando você tinha 6 anos de
RC

idade?)
MA

Apêndice #2: Uso enfático do auxiliar did


58

Além das formas interrogativas e negativas,há outro uso para o auxiliar did: o enfático. Veja os exemplos a seguir.
098

I liked the show (Eu gostei do show) – I did like the show (Eu gostei muito do show)
33
88

She told you not to be mad (Ela te pediu que não se chateasse) – She did tell you not to be mas (Ela realmente te
30

pediu/foi muito clara ao te pedir que não se chateasse.)


A

Apêndice #3: Tabela dos 150 verbos mais comuns da língua inglesa (regulares e Irregulares). A segunda coluna apre-
UR

senta as formas de passado desses verbos, e a terceira coluna as formas de particípio passado (past participle).
MO

Looking forward
DE
O

Existem duas estruturas verbais básicas para se apresentar ações futuras em língua inglesa: will e going to.
BI
FA

Will
LIO
RE

É a forma mais comum. Serve para expressar um futuro mais incerto, sem data definida ou que acontecerá em um futuro
mais distante.
AU
O

52
RC
MA
3
88
30
A
UR
Afirmativa: Sujeito + WILL + verbo (base form)

MO
Exemplos:

DE
O
I will buy a house (Eu vou comprar uma casa.)

BI
She will forgive me someday. (Ela um dia vai me perdoar.)

FA
Those two countries will face a war. (Aqueles dois países vão encarar uma guerra.)

L IO
RE
Negativa: Sujeito + WILL NOT (WON”T) + verbo (base form)

AU
Exemplos:

CO
AR
I will not (won’t) marry to her. (Eu não vou casar com ela)

8M
She will never forgive me. (Ela nunca me perdoará)

85
Those two countries will not (won’t) face a war. (Aqueles dois países não vão enfrentar uma guerra)

09
33
Interrogativa: WILL + Sujeito + verbo (base form)

88
30
Exemplos:
A
UR
Will you marry her? (Você vai casar com ela?)
MO

Will she ever forgive you? (Ela algum dia irá te perdoar?)
DE

Will those two countries face a war? (Aqueles dois países enfrentarão uma guerra)
O

WILL: expressa também decisão pessoal súbita, sem programação.


BI
FA

Exemplo:
LIO
RE

“Look that dog! It is very cute. I will buy it!”


AU
O

Observações:
RC

NUNCA utilize to antes ou depois do verbo auxi-


MA

liar WILL.
58

I will to help you. (incorrect)


098

I will help you. (correct)


33
88

NUNCA acrescente ‘s’ no verbo auxiliar WILL para as


30

terceiras pessoas do singular she, he, it.


A

She wills help you. (incorrect)


UR

She will help you. (correct)


MO
DE

Going to
O
BI

A estrutura verbal going to é utilizada para expressar um futuro mais próximo, com data ou preparação já definidos.
FA
LIO
RE
AU
O

53
RC
MA
3
88
30
A
UR
Afirmativa: Sujeito + to be (present) + going to + verbo

MO
Exemplos:

DE
O
I am going to marry her. (Eu vou casar com ela.)

BI
George is going to take your credibility into account. (George vai levar em conta sua credibilidade.)

FA
IO
Japan is going to host the 2020 Olympic Games. (O Japão vai sediar os jogos olímpicos de 2020)

L
RE
Those two countries are certainly going to face a war (Aqueles dois países certamente vão entrar em guerra.)

AU
Negativa: Sujeito + to be (present) + NOT + going to + verb

CO
AR
Exemplos:

8M
You are not going to buy it! (Você não vai comprar isso!)

85
People are going to accept any changes. (As pessoas vão aceitar quaisquer mudanças)

09
33
This is going to be designed in China. (Isto vai ser projetado na China)

88
30
Interrogativa: to be (present) + sujeito + going to + verb
A
UR
Exemplos:
MO

Are we going to accept his apologies? (Nós vamos aceitar suas desculpas?)
DE

Am I going to obey you? (Eu vou obedecer vocês?)


O
BI

Is Laura going to live abroad? (Laura vai viver no exterior?)


FA
LIO

Going to: expressa também ideia de futuro a partir de evidências notáveis.


RE

Exemplo:
AU

“The sky is cloudy. It is going to rain soon.”


O
RC

Apêndice #1
MA

Embora muito menos comuns, existem duas outras estruturas verbais que também apresentam ações futuras. Estude os
58

exemplos abaixo:
098

Present Continuous
33
88
30

Exemplos:
A
UR

I can’t go to the club with you because I am seeing my dentist tomorrow. (Eu não posso ir para balada com você
porque eu vou no meu dentista amanhã)
MO

They are answering the e-mail very soon. (Eles estarão respondendo ao e-mail muito em breve)
DE
O

Simple Present
BI
FA

Exemplos:
LIO

Governments are likey to face challenges in a near future. (Governos estão propensos a ter desafios em um futuro
RE

próximo)
AU
O

54
RC
MA
3
88
30
A
UR
His schoolmates play basketball every Friday since 1993. (Os colegas de escola dele jogam basquete toda sexta-feira

MO
desde 1993)

DE
Apêndice #2

O
O verbo auxiliar SHALL tem a mesma função de WILL, embora seja muito mais formal e raro. SHALL é muito mais comu-

BI
mente encontrado associado aos sujeitos I e WE. Estude os exemplos a seguir:

FA
I shall/will talk to the principal about that. (Eu conversarei o diretor sobre isso)

L IO
We shall/will not pass beyond this point. (Nós não iremos além desse ponto)

RE
AU
Should we continue

CO
Os verbos modais são: can, could, may, might, should, must, ought to, will, shall e would.

AR
Veja as regras gramaticais dos verbos modais:

8M
§ Não adicione ‘s’ à terceira pessoa do singular.

85
09
§ Não são usados verbos auxiliares para frases negativas ou interrogativas.

33
§ Nunca acrescente a partícula to nem antes nem depois de um verbo modal (com exceção de have to e ought to).

88
30
Can/could, may/might
A
UR
Expressam capacidade, habilidade, possibilidade, probabilidade, para pedir e dar permissão e pedir auxílio. Todas as leitu-
MO

ras possíveis incluem, no português, o verbo poder, sendo que o verbo can está sempre no presente. Could, além de ser a
forma de passado de can, também pode ser compreendido como futuro do pretérito do verbo can (poderia, poderíamos).
DE

May e might também são usualmente compreendidos como poderia, poderíamos, etc.
O
BI

Should, must, ought to, have to


FA
LIO

Normalmente expressam sugestões, conselhos, ordens, proibições e obrigações. Eles são normalmente entendidos
em português como os verbos dever (ria) ou ter que.
RE
AU

Todos os verbos desse grupo são verbos auxiliares, ou seja, não têm sentido sozinhos, mas somente associados ou
referindo-se a outros verbos.
O
RC

Formas negativas
MA

As formas negativas dos modal verbs são obtidas através da adição da palavra not.
58
98

Formas interrogativas
0
33

As formas interrogativas dos modal verbs são obtidas através da inversão do sujeito da oração e do verbo modal.
88
30

Perfection
A
UR
MO

Present Perfect
DE

HAVE/HAS + PAST PARTICIPLE


O

O Present Perfect é um tempo verbal utilizado para expressar uma ação que começou no passado e cujas consequências
BI
FA

se estendem (e são relevantes) até o momento da fala.


LIO

Exemplos:
RE

I have lost my bag (Eu perdi minha bolsa). Neste caso, meu passaporte continua perdido.
AU
O

55
RC
MA
3
88
30
A
UR
She has left the house(Ela saiu da casa). Ela saiu da casa e ainda não retornou.

MO
Be quiet, please! I haven’t finished it yet. (Fique quieto, por favor! Eu ainda não terminei.) Ou seja, eu comecei algo

DE
e ainda estou executando esta tarefa.

O
§ Ele é utilizado para expressar ações que têm se repetido nos últimos tempos.

BI
FA
Exemplos:

IO
She has worked a lot recently. (Ela tem trabalhado muito recentemente)

L
RE
I have slept very well since I changed room with my sister. (Eu tenho dormido muito bem desde que eu troquei de

AU
quarto com a minha irmã.)

CO
We have been responsible for her for 5 years. (Nós somos/temos sido os responsáveis por ela nos últimos 5 anos.) Nós

AR
começamos e ainda somos responsáveis por ele.

8M
§ Ele é utilizado por ações que acabaram de acontecer ou estão quase acontecendo.

85
Exemplos:

09
33
I have just sent you my report. (Eu acabei de te mandar meu relatório)

88
Rush! The plane has arrived. (Apresse-se! O avião está chegando)

30
§ Com as palavras ever (ou never) normalmente expressam-se experiências de uma vida inteira.
A
UR
Exemplos:
MO
DE

Have you ever seen a lion? (Você já viu um leão?) Ou seja, desde o nascimento até o momento da fala.
No, I have never seen a lion. (Não, eu nunca vi um leão) Ou seja, desde o nascimento até o momento da fala.
O
BI

She has never been abroad (Ela nunca esteve no exterior)


FA
LIO

Present Perfect Continuous


RE

HAVE/HAS + BEEN + VERB(ING)


AU

É uma variação do Present Perfect. Ele é utilizado quando se quer enfatizar a continuidade de uma ação que começou no
O

passado e continua no presente.


RC
MA

Exemplos:
58

She has been washing the dishes since she arrived. (Ela está lavando louça desde que ela chegou) Ou seja, ela não
98

interrompeu a lavagem em nenhum momento.


0
33

They have been married for 35 years. (Eles estão casados há 35 anos.) Ou seja, há 35 anos, eles estão casados.
88
30

Past perfect
A
UR

HAD + PAST PARTICIPLE


MO

O Past Perfect corresponde ao tempo verbal que a língua portuguesa chama de Pretérito mais-que-perfeito. A definição e
o uso são quase os mesmos. Eles servem para expressar uma ação que está no passado do passado. Ou seja,caso se faça
DE

necessário expressar duas ações não simultâneas no passado, a ação mais antiga (que aconteceu primeiro) deve ser estar
O

no Past Perfect, enquanto a mais recente (que aconteceu depois), deve estar no Simple Past. Estude os exemplos a seguir.
BI
FA

Exemplos:
LIO

Don’t be mad! When you arrived work, we had already finished the meeting (Não fique bravo! Quando você chegou
RE

ao trabalho, nós já tínhamos terminado a reunião.)


AU
O

56
RC
MA
3
88
30
A
UR
Portugal and Spain had already signed the Tordesilhas treat when Pedro Àlvares Cabral arrived in the Brazilian Coast in

MO
1500. (Portugal e Espanha já tinham/haviam assinado o tratado de Tordesilhas quando Pedro Álvares Cabral chegou
na costa brasileira em 1500)

DE
O
Past Perfect Continuous

BI
FA
HAD + BEEN + VERB (ING)

IO
O Past Perfect também pode ser utilizado em sua forma contínua, e, assim como o Present Perfect Continuous, a ên-

L
fase está na duração e continuidade da ação.

RE
AU
Exemplos:

CO
I was short of breath on the phone because I had been running in the park. (Eu estava ofegante ao telefone porque

AR
eu tinha corrido/ estava correndo no parque.)

8M
She had been waiting for a long time when you arrived. (Ela havia esperado/ esteve esperando por um longo tempo

85
quando você chegou.)

09
33
Future perfect continuous

88
30
Mesmo que sejam muito mais raros, é possível que você encontre os dois tempos acima em textos mais sofisticados,
portanto, vamos aprender um pouco sobre eles. Ambos são usados para expressar ações no futuro que se iniciaram em
A
UR
algum ponto do passado.
MO

Estude os exemplos a seguir:


DE

In a near future, Brazil will have hosted the two greatest events in the world. (Em um futuro próximo, o Brazil terá sediado
O

os dois maiores eventos do mundo.) – Future Perfect.


BI
FA

By 2030, I will have been living for 59 years. (Quando 2030 chegar, eu terei vivido por 59 anos.) – Future Perfect
LIO

Continuous.
RE

Formas interrogativas
AU

As formas negativas dos tempos perfeitos são conseguidas por meio da inversão do verbo auxiliar to have com o sujeito
O

da oração.
RC
MA

Formas Negativas
58

As formas negativas dos tempos perfeitos são conseguidas através da adição do advérbio not junto ao verbo auxiliar
98

to have, ou em alguns casos por meio da adição do advérbio never.


0
33
88
30
A
UR
MO
DE
O
BI
FA
LIO
RE
AU
O

57
RC
MA
3
88
Gramática

30
A
UR
Anamnese

MO
semana
Advérbios e pronomes pessoais

DE
2

O
BI
FA
ADVÉRBIOS

L IO
RE
AU
Os advérbios (ou locuções adverbiais) são a classe de palavras invariáveis que modificam verbos (para determiná-los), adje-
tivos e outros advérbios (ambos para intensificá-los).

CO
AR
Vejamos, a seguir, alguns exemplos:

8M
ƒ O pai falou seriamente com seus filhos.
verbo advérbio

85
ƒ Os moradores estão bastante preocupados.

09
substantivo advérbio adjetivo

33
ƒ Temos que caminhar bem lentamente.

88
verbo advérbios

30
ƒ Bastantes homens não são homens bastantes porque falam bastante.
A
1 2 UR 3
MO

1: pronome adjetivo indefinido (anteposto ao substantivo)


2: adjetivo (posposto ao substantivo)
DE

3: advérbio de intensidade (modificando o verbo)


O

ƒ Conheço certo homem que não é homem certo, já que raramente age certo.
BI

1 2 3
FA

1: pronome adjetivo indefinido = algum (anteposto ao substantivo)


LIO

2: adjetivo = correto (posposto ao substantivo)


RE

3: advérbio de modo = (modificando o verbo)


AU

Se a palavra varia, ela não é advérbio


CO

ƒ Jeferson tem muitos amigos. (pronome indefinido)


AR

ƒ “Skol, a cerveja que desce redondo.” (advérbio de modo)


8M

ƒ Os homens acordaram animados. (adjetivo)


85
09

ƒ As mulheres são muito guerreiras. (advérbio de intensidade)


3
83

ƒ Sei a lição de cor. (locução adverbial de modo)


8
30

ƒ Às vezes, tenho vontade de dormir o dia todo. (locução adverbial de frequência)


A

ƒ “À espera de um milagre.”(locução adverbial de modo)


UR

ƒ Comprei menos frutas ontem. (advérbio de intensidade)


MO

ƒ Os homens acordaram cedo. (advérbio de tempo)


DE
O
BI
FA
LIO
RE
AU
O

58
RC
MA
3
88
30
A
UR
Adjetivo × advérbio

MO
Uma mesma palavra ou termo pode ser adjetivo ou advérbio, dependendo do contexto/estrutura em que está inserida.

DE
ƒ Paulo é rápido. (1: substantivo; 2: verbo; 3: adjetivo)

O
1 2 3

BI
ƒ Paulo fala rápido. (1: substantivo; 2: verbo; 3: advérbio)

FA
1 2 3

IO
Advérbios modais terminados em —mente

L
RE
ƒ Ele escapou rápida(mente), silenciosa(mente) e sorrateiramente.

AU
verbo advérbio advérbio advérbio

CO
Há também uma categoria de advérbios denominados extrafrásicos, que avaliam uma situação de mundo.

AR
ƒ Estranhamente, hoje ele chegou no horário certo.

8M
advérbio avaliativo situação de mundo

85
Classificação dos advérbios e das locuções adverbiais

09
33
1. Tempo: ainda; agora; depois; hoje; amanhã; anteontem; à tarde; à noite; de repente; de súbito; em breve; de vez em

88
quando; cedo

30
ƒ Só retornarei à meia-noite.

A
UR
2. Intensidade: bastante; muito; pouco; menos; mais; apenas; todo; demasiadamente; por completo; em demasia
MO

ƒ Eles beberam vinho em excesso.


DE

3. Lugar: abaixo; acima; por dentro; por fora; aqui; lá; de fora; adiante; aí; por aqui; por ali; atrás; à frente; perto
O

ƒ Mantenha-se sempre à esquerda.


BI
FA

4. Modo: bem; mal; depressa; melhor; pior; às pressas; com calma; lado a lado; às ocultas; às claras; frente a frente; assim
debalde; em silêncio
LIO

ƒ Andei mais devagar.


RE

5. Afirmação: sim; certamente; efetivamente; realmente; de fato; por certo; sem dúvida
AU

ƒ Sim, certamente passaremos no vestibular.


C O

6. Negação: não; de jeito nenhum; de forma alguma; de modo algum


AR

ƒ Não me sujeitarei a isso.


8M

7. Dúvida: possivelmente; provavelmente; quiçá; talvez; porventura; acaso


85
09

ƒ Talvez tenhamos algum tempo para descansar no fim de semana.


3
83

Palavras com valor de advérbio


8
30

1. Meio
A
UR

ƒ Irei ao trabalho de carro ou de bicicleta.


MO

2. Condição
DE

ƒ Não se aprende sem estudo.


O

3. Finalidade
BI
FA

ƒ Estudamos para Medicina.


LIO

4. Instrumento
RE

ƒ Cortei o meu dedo com a faca.


AU
O

59
RC
MA
3
88
30
A
UR
PRONOMES PESSOAIS

MO
DE
Palavra que acompanha ou substitui um substantivo em Eu e tu × mim e ti

O
relação às pessoas do discurso.

BI
Eu e tu: só podem ser sujeitos da frase, ou seja, só en-

FA
Pronome substantivo: substitui o substantivo tram numa frase se forem flexionar um verbo. Lembre-se:

IO
ƒ Vi Maria na rua e acenei para ela. “mim” não faz nada.

L
RE
Pronome adjetivo: acompanha o substantivo ƒ Pedro comprou um livro para eu ler.
ƒ Pedro comprou um livro para tu leres.

AU
ƒ João esqueceu sua apostila.
Mim e ti: só podem ser objetos, ou seja, não podem fle-

CO
Classificação dos pronomes xionar um verbo.

AR
ƒ Pessoais* (retos, oblíquos e de tratamento) ƒ Pedro comprou um livro para mim.

8M
ƒ Possessivos ƒ Pedro comprou um livro para ti.

85
ƒ Demonstrativos* ƒ A briga foi entre mim e Paulo.

09
ƒ Indefinidos Neste caso, não poderíamos usar ”eu”, pois já existe o su-

33
ƒ Interrogativos jeito “A briga” na frase.

88
ƒ Relativos*

30
ƒ Ana comprou um livro para mim.
* mais cobrados em provas ƒ Ana comprou um livro para eu ler.
A
UR
ƒ Existe muito amor entre mim e minha irmã.
MO

Pessoas do Pronomes pessoais Pronomes pessoais do Pronomes pessoais do


DE

discurso do caso reto caso oblíquo (átonos) caso oblíquo (tônicos)


O

1ª pessoa (singular) eu me mim, comigo


BI
FA

2ª pessoa (singular) tu te ti, contigo


3ª pessoa (singular) ele/ela se, o, a, lhe si, consigo, ele, ela
LIO

1ª pessoa (plural) nós nos nós, conosco


RE

2ª pessoa (plural) vós vos vós, convosco


AU

3ª pessoa (plural) eles/elas se, os, as, lhes si, consigo, eles, elas
CO
AR

Conosco e convosco × com nós e com vós Lhe(s) × o(s) e a(s)


8M

Conosco e convosco devem ser usados sem determinan- a ele/ela(s), a você(s)


85

tes. Substituem
Lhe(s) complemento
09

ƒ Marta sairá conosco amanhã. com preposição


3

para ele/ela(s),
83

Com nós e com vós devem ser usados acompanhados para você(s)
8
30

de determinante, ou seja, de um termo que os especifique. ƒ João deu um presente a Maria. (= deu a ela)
A

ƒ Marta sairá com nós dois amanhã. [todos; mesmos; ƒ João deu-lhe um presente.
UR

próprios; alunos] o o ele


MO

substituem
a o ela complemento
DE

sem preposição
os o eles
O
BI

as o elas
FA

ƒ Eu vi João ontem. (= vi ele)


LIO

ƒ Eu o vi ontem.
RE
AU
O

60
RC
MA
3
88
Interpretação de Textos

30
A
UR
Anamnese

MO
semana Figuras de linguagem I e II

DE
2

O
BI
FA
FIGURAS DE PALAVRA FIGURAS DE SINTAXE

L IO
RE
AU
Metáfora → substituição Hipérbato

CO
Dá às palavras um novo significado – sentido figurado – e, Também conhecido como processo de inversão frásica

AR
normalmente, conta com o auxílio do verbo ‘ser’. (ou sintática), trata-se de uma figura de linguagem que
quebra o que chamamos de ordem canônica do portu-

8M
ƒ Ela é uma princesa.
guês; ou, em termos mais claros, a ordem com que nos
ƒ A casa será uma trincheira.

85
comunicamos mais habitualmente, que é a sequência
ƒ Ela foi o meu refúgio.

09
sujeito > verbo > objeto.

33
Comparação → substituição + elemento comparativo Exemplos:

88
Os elementos comparativos são: como; tal qual; que nem; “Dos meus problemas cuido eu!” (sujeito “eu” colocado

30
assim como; etc. no final da frase)

A
“Dança, à noite, o casal de apaixonados no clube.” (ver-
UR
ƒ Ela é como uma princesa.
bo intransitivo “dançar” e adjunto “à noite” estão deslo-
ƒ Ele é bonito tal qual o pai.
MO

cados para o início da frase)


ƒ Eu sou como aquele cara.
DE

Catacrese → invenção Anáfora


O

Consiste na repetição enfática de uma ou mais palavras


Uso impróprio de alguma palavra em virtude da complexi-
BI

no início de orações, períodos ou versos sucessivos. É um


FA

dade das palavras adequadas, ou por não existirem termos recurso linguístico utilizado com maior frequência em po-
específicos.
LIO

emas e letras de canções (sendo, portanto, uma marca de


ƒ Dormi com a cabeça no braço do sofá. estilo). Vejamos alguns exemplos:
RE

ƒ Embarquei no ônibus às 19 horas. Se você gritasse


AU

ƒ Estou com a batata da perna dolorida. Se você gemesse,


O

Se você tocasse
Metonímia → substituição
C

a valsa vienense
AR

Substitui: parte pelo todo; autor pela obra; marca pelo pro- Se você dormisse,
8M

duto; etc. Se você cansasse,


Se você morresse...
85

ƒ Coloquei Band-Aid no corte dela. Mas você não morre,


09

ƒ Amo ler Machado de Assis. Você é duro José!


3

ƒ Você pode me dar uma mãozinha? (CARLOS DRUMMOND DE ANDRADE)


83

Quando não tinha nada, eu quis


8

Sinestesia → mistura de sentidos


30

Quando tudo era ausência, esperei


Mistura o olfato, o paladar, o tato, a audição e a visão.
A

Quando tive frio, tremi


UR

Quando tive coragem, liguei


ƒ O cheiro áspero das flores. (À PRIMEIRA VISTA – CHICO CÉSAR)
MO

ƒ O olhar vazio da viúva.


ƒ O doce abraço dos amigos. Pleonasmo
DE

Perífrase → substituição Consiste no emprego de diferentes termos que possuem


O

o mesmo sentido, com o objetivo de realçar uma ideia ou


BI

Substitui o nome pela característica.


FA

deixá-la ainda mais clara. Em alguns casos, a redundância


ƒ A cidade maravilhosa (Rio de Janeiro) está em qua- dos termos utilizados pode se tornar desnecessária.
LIO

rentena. Exemplos:
RE

ƒ O rei do futebol (Pelé) participou de um evento na Fifa. Chovia uma triste chuva de resignação. (Manuel Bandeira)
AU

“Todos subiram em cima do palco.”


O

61
RC
MA
3
88
30
A
UR
Catáfora ral, pois entende-se que população é um grande número

MO
Trata-se de um termo (geralmente pronominal) ou locução de pessoas.)
“A questão é que os três queremos comemorar o ani-

DE
que introduz uma especificação/explicação de alguma in-
formação que foi mencionada anteriormente. versário no mesmo dia.” (O termo “os três” deveria esta-

O
Exemplos: belecer concordância com o pronome “eles” (os três – eles

BI
– querem), mas por conta da intenção de inclusão do pró-

FA
“Minha vida se resume a isto: trabalhar, trabalhar e traba-
lhar.” (O pronome “isto” introduz a informação que resu- prio falante na oração, como um dos que também querem

IO
me a vida do enunciador.) comemorar o aniversário no mesmo dia, ele se inclui com

L
o pronome “nós”.)

RE
“Muitas CPIs acabam em pizza, ou seja, não dão em nada

AU
e são arquivadas.” (O termo “ou seja” introduz explicação Anacoluto
sobre o que significa “acabar em pizza”.)

CO
Ocorre quando a estrutura sintática de uma oração é in-
Elipse terrompida e um termo ou expressão que parecia ser es-

AR
É um processo no qual se omite uma palavra ou expressão sencial à sentença acaba ficando solto. Também conhecido

8M
em uma oração, podendo ser facilmente identificada por menos tecnicamente como processo de “quebra de frase”.

85
elementos gramaticais ou pelo contexto. O termo omitido Exemplos:

09
fica subentendido e sua ausência na oração não prejudica “Esse chapéu que está na moda, você que gosta de

33
a compreensão do que está sendo dito. chapéu devia comprar um.” (Esse chapéu que está a moda

88
Exemplos: = termo sintaticamente solto/deslocado.)

30
“Não fosse sua carona, eu ainda estaria no meio do cami- “Eu, toda vez que chego, você me chama pra conversar.”
(Eu = termo sintaticamente solto/deslocado.)
A
nho.” (É possível perceber que há a possibilidade de encai- UR
xarmos no início da frase uma condicional “se” – “Se não Polissíndeto
MO

fosse sua carona...”.)


É uma figura caracterizada pela repetição enfática dos
“Chegaremos amanhã cedo.” (É possível perceber, pela
DE

conectivos.
desinência do verbo “chegar”, (–mos), que há um sujeito
Exemplo:
O

elíptico, “nós”.)
BI

“Não canto nem danço, nem escrevo, nem desenho.” (Re-


FA

Zeugma petição sistemática de conjunções aditivas enfatiza o fato


de que o enunciador não realiza muitas atividades.)
LIO

Trata-se de um caso particular de elipse em que ocorre a


omissão de palavras ou expressões anteriormente expres- Assíndeto
RE

sas no período. A repetição do termo fica subentendida,


AU

É uma figura caracterizada pela omissão das conjunções


sem que isso prejudique a compreensão da sentença.
coordenativas.
O

Exemplo:
Exemplo:
C

“Eu chego cedo sempre, só não quando estou sem carro.”


AR

“Tem que ser selado, registrado, carimbado, avaliado, rotu-


(Notamos que é o verbo “chegar” poderia ser recuperado
8M

lado, se quiser voar” (Carimbador maluco – Raul Seixas).


mais adiante na oração – “só não chego quando estou
Hipálage
85

sem carro” – mas é mantido elíptico.)


09

Silepse É uma figura de linguagem caracterizada pela atribuição


3
83

de uma característica de algum ser ou de algum objeto a


Trata-se de palavra que estabelece concordância com o
8

outro ser ou objeto que se encontra próximo ou relacio-


30

sentido ideológico, ao invés de concordar com a estrutura nado com ele. Mais tecnicamente é atribuído um adjetivo
gramatical. Há no português três tipos de silepse: de gêne-
A

a um substantivo, quando na realidade esse adjetivo se


UR

ro, de número e de pessoa. refere logicamente a outro substantivo presente no perío-


MO

Exemplos: do. A hipálage produz uma mudança na estrutura básica


“Vossa excelência está preocupado.” (A formação (natural) da oração, provocando um desajuste entre o sen-
DE

pronominal “vossa excelência” pelas normas gramaticais, tido e a função da palavra na frase. Trata-se de um recurso
O

concorda com adjetivos femininos, no entanto o adjetivo muito usado na literatura com o objetivo de aumentar a
BI

está no masculino, dando a entender que a tal excelência expressividade da mensagem, mas também é encontrado
FA

é um homem.) em expressões comuns.


LIO

“A população chegou agitada ao comício, gritavam com Exemplos:


todo o ímpeto.” (O termo “população” está no singular
RE

“Esse sapato não entra no meu pé!”


mas tem como concordância ideológica um verbo no plu- “Deitado na rede, Ricardo lia um livro sonolento.”
AU
O

62
RC
MA
3
88
Literatura

30
A
UR
Anamnese

MO
semana Quinhentismo, Barroco e

DE
2 Gregório de Matos Guerra

O
BI
FA
QUINHENTISMO

IO
vimos. Porém a terra em si é de muito bons ares, assim

L
frios e temperados, como os de Entre-Douro e Minho,

RE
porque neste tempo de agora os achávamos como os

AU
Ao longo das praias brasileiras de 1500, se defron- de lá.
taram, pasmos de se verem uns aos outros tal qual

CO
Águas são muitas; infindas. E em tal maneira é graciosa
eram, a selvageria e a civilização. Suas concepções, que, querendo-a aproveitar, dar-se-á nela tudo, por bem

AR
não só diferentes mas opostas, do mundo, da vida, da das águas que tem.
morte, do amor, se chocaram cruamente. Os navegan-

8M
tes, barbudos, hirsutos, fedentos de meses de navega- Porém o melhor fruto, que dela se pode tirar me parece
ção oceânica, escalavrados de feridas do escorbuto, que será salvar esta gente. E esta deve ser a principal

85
olhavam, em espanto, o que parecia ser a inocência semente que Vossa Alteza em ela deve lançar.

09
e a beleza encarnadas. Os índios, vestidos da nudez

33
E que não houvesse mais que ter aqui esta pousada para
emplumada, esplêndidos de vigor e de beleza, tapan- esta navegação de Calecute, isso bastaria. Quanto mais

88
do as ventas contra a pestilência, viam, ainda mais disposição para se nela cumprir e fazer o que Vossa Al-

30
pasmos, aqueles seres que saíam do mar. teza tanto deseja, a saber, acrescentamento, da nossa

A
RIBEIRO, Darcy. URsanta fé.
O povo brasileiro: a formação e o sentido do Brasil.
CORTESÃO, Jaime (Org.). A Carta de
MO

Pero Vaz de Caminha. p. 239.


Contexto histórico e cronologia
DE

ƒ 1492 – Cristóvão Colombo chega à América.


O

ƒ 1494 – O Tratado de Tordesilhas é assinado.


BI
FA

ƒ 1497-1498 – Vasco da Gama descobre o caminho ma-


rítimo para as Índias.
LIO

ƒ 1500 – A esquadra de Cabral chega ao Brasil.


RE

ƒ 1521 – Início da colonização do Brasil.


AU

ƒ 1532 – Fundação de São Vicente, e D. João II implanta


as capitanias hereditárias.
O

ƒ 1549 – Tomé de Sousa, governador-geral da colônia,


C
AR

chega ao Brasil. Victor Meirelles, Primeira Missa no Brasil, 1860


8M

ƒ 1565 – Fundação do Rio de Janeiro.


ƒ 1578 – D. Sebastião, rei de Portugal, desaparece na
85

batalha de Alcácer-Quibir; o reino perde soberania e


09

passa a ser governado pelo rei de Espanha.


3
883

Esta terra, Senhor, me parece que da ponta que mais


30

contra o sul vimos até outra ponta que contra o norte


A

vem, de que nós deste porto houvemos vista, será


UR

tamanha que haverá nela bem vinte ou vinte cinco lé-


MO

guas por costa. Tem, ao longo do mar, nalgumas par-


tes, grandes barreiras, delas vermelhas, delas brancas; Cândido Portinari, Primeira Missa no Brasil, 1948
DE

e a terra por cima toda chã e muito cheia de grandes


arvoredos. De ponta a ponta, é tudo praia-palma,
Novo Mundo - Américo Vespúcio
O

muito chã e muito formosa.


BI

ƒ Mundus Novus (selvageria, sexo, visões do paraíso e


FA

Pelo sertão nos pareceu, vista do mar, muito grande, por-


que, a estender olhos, não podíamos ver senão terra com canibalismo)
LIO

arvoredos, que nos parecia muito longa.


ƒ Quatro navegações (primeiras imagens da América,
RE

Nela, até agora, não pudemos saber que haja ouro, nem dos seus habitantes e da fauna e flora locais)
prata, nem coisa alguma de metal ou ferro; nem lho
AU
O

63
RC
MA
3
88
30
A
UR
amargor e faz empollar toda a boca; pelo con-
Projeto colonial

MO
trario este caroço assado, he muito mais gostoso
ƒ Era Moderna: prensa móvel de Gutemberg, expansão que amendoa; são de sua natureza mui quentes

DE
marítima em estremo. Ha na terra tantos destes caroços que
os medem aos adqueires. Tambem ha huma fruita
ƒ Portugueses: Índia, China, Japão e Austrália

O
que lhe chamão Bananas, e pela lingua dos indios

BI
ƒ Choque de cultura e valores Pacovas: ha na terra muita abundancia dellas: pa-

FA
ƒ Exploração, ocupação e catequese recem-se na feição com pepinos, nascem numas

IO
ƒ Portugal: objetivo de se tornar a maior potência da cris- arvores mui tenras e não são muito altas, nem têm

L
tandade ocidental ramos senão folhas mui compridas e largas. Estas

RE
ƒ Comércio de especiarias, novos territórios e catequese bananas crião-se em cachos, algum se acha que

AU
tem de cento e cincoenta pera cima, e muitas ve-
zes he tam grande o peso dellas que faz quebrar

CO
Textos e público a arvore pelo meio; como são de vez colhem estes
cachos, e depois de colhidos amadurecem, e tanto

AR
ƒ Autores: escrivãos, religiosos, aventureiros, historiado- que estas arvores dão huma fruita, logo as cor-

8M
res, navegadores tão porque não frutificão mais que a primeira vez,
ƒ Convivem: teocentrismo e antropocentrismo e tornão a rebentar pelos pés outras novas. Esta

85
ƒ Experiência: nova natureza, novos alimentos, povos in- he huma fruita mui sabrosa e das boas que ha na

09
dígenas, costumes e rituais terra, tem huma pelle como de figo, a qual lhes

33
lanção fora quando as querem comer e se come
ƒ Circulação restrita: documentos oficiais

88
muitas dellas fazem dano á saude e causão febre
ƒ Circulação ampla: relatos de viagem

30
a quem se desmanda nellas. E assadas maduras
ƒ Autores: jesuítas são muito sadias e mandão-se dar aos enfermos.
A
ƒ Catequizar índios e manter a fé cristã entre os colonos UR
Com esta fruita se mantem a maior parte dos es-
ƒ Circulação oral cravos desta terra, porque assadas verdes passão
MO

por mantimento e quasi tem sustancia de pão. Ha


duas qualidades desta fruita huma são pequenas
DE

Literatura de viagem como figos berjaçotes, as outras são maiores e


O

mais com pridas. Estas pequenas têm dentro em


ƒ Objetivo: descrever a terra e o povo; catalogar fauna e
BI

si huma cousa estranha, a qual he que quando as


flora; identificar interesses econômicos
FA

cortão pelo meio com huma faca ou por qualquer


ƒ Apresentar a nova colônia de modo promissor parte que seja acha-se nellas hum signal á maneira
LIO

ƒ Textos informativos: literatura de viagem ou de infor- de Crucifixo, e assi totalmente o parecem. Tambem
RE

mação ha huma fruita que se chama Bracases, são como


ƒ Primeiro olhar (ainda teocentrista e medieval) nespras posto que comão muita não fazem mal á
AU

saude. Ha muita pimenta da terra, come-se verde,


ƒ Estrutura descritiva: índios e natureza exuberante
queima muito em grande maneira Outras muitas
C O

fruitas ha pelo mato dentro de diversas qualidades,


AR

Huma fruita se dá nesta terra do Brasil muito sa- e são tantas que já se acharão pela terra dentro
brosa, e mais prezada de quantas ha. Cria-se numa algumas pessoas e sustentarão-se com ellas mui-
8M

planta humilde junto do chão, a qual tem humas tos dias sem outro mantimento algum. Estas que
pencas como cardo, a fruita della nasce como alca-
85

aqui escrevo são as que os portuguezes têm entre


chofras e parecem naturalmente pinhas, e são do
09

si em mais estima e as melhores da terra. Algumas


mesmo tamanho, chamão-lhes Ananazes, e depois fruitas deste Reino se dão nestas partes, scilicet,
3
83

de maduros tém hum cheiro muito excellente, co- muitos melões, pepinos e figos de muitas castas,
lhem-nos como são de vez, e com huma faca tirão-
8

romãs, muitas parreiras que dão uvas duas, tres ve-


30

-lhes aquella casca grossa e fazem-nos em talha- zes no anno, e tanto que humas se acabão, come-
das e desta maneira se comem, excedem no gosto
A

ção logo outras novamente. E desta maneira nunca


UR

a quantas fruitas ha neste Reino, e fazem todos está o Brasil sem fruitas. De limões e laranjas ha
tanto por esta fruita, que mandão plantar roças
MO

muita infinidade; dão-se muito na terra estas ar-


della, como de cardaes: a este nosso Reino trazem vores de espinho e multiplicão mais que as outras.
muitos destes ananazes em conserva. Outra fruita
DE

se cria numas arvores grandes, estas se não plan- Pêro de Magalhãe Gândavo. Das frutas da terra do Brasil. 1576
O

tão, nascem pelo mato muitas; esta fruita depois


BI

de madura he muito amarella: são como peros re- ƒ Definirá, no futuro, os símbolos da identidade nacional:
FA

pinaldos compridos, chamão-lhes Cajús, têm muito índios e natureza exuberante.


sumo, e cria-se na ponta desta fruita de fora hum ƒ Objetivos da coroa: encontrar ouro e metais preciosos e
LIO

caroço como castanha, e nasce diante da mesma


“salvar” as almas indígenas
RE

fruita, o qual tem a casca mais amargosa que fel, e


se tocarem com ella nos beiços dura muito aquelle
AU
O

64
RC
MA
3
88
30
A
UR
Literatura de catequese BARROCO

MO
ƒ Textos religiosos com o objetivo de catequizar os índios

DE
ƒ Jesuítas (1549-1605) fundam várias cidades: Salvador,

O
Rio de Janeiro e São Paulo

BI
ƒ Escolas, arquitetura, noções elementares de medicina,

FA
cana-de-açúcar

IO
ƒ Poemas, peças teatrais, dramatização de cenas bíblicas,

L
passagem da vida dos santos, muitas vezes em tupi

RE
ƒ Inspiração medieval: autos religiosos celebrados nas

AU
festas da cristandade

CO
ƒ Formas populares: canto, diálogo, narrativas

AR
José de Anchieta

8M
Caravaggio, A vocação de São Mateus, 1599-1600
ƒ Jesuíta

85
ƒ Fundou o Colégio de São Paulo de Piratininga, que
Contexto histórico

09
dará origem à cidade de São Paulo.

33
ƒ Poemas líricos, de cunho religioso

88
ƒ Visão teocêntrica medieval Reforma

30
ƒ Peças de teatro: autos com função religiosa e peda- ƒ 1517 – Lutero defende o poder do próprio indivíduo de

A
gógica UR
chegar a Deus e obter a própria Salvação. Lança suas
ƒ Arte da gramática da língua mais usada na costa do 95 teses.
MO

Brasil: primeira gramática da língua tupi ƒ João Calvino defende o trabalho e a prosperidade.
ƒ Henrique VIII cria a Igreja anglicana.
DE

Não há cousa segura.


O

Tudo quanto se vê
Contrarreforma
BI

se vai passando.
FA

A vida não tem dura. ƒ 1545~1563 – Concílio de Trento


LIO

O bem se vai gastando. ƒ Reorganização e fortalecimento da Inquisição


Toda criatura
ƒ Index librorium prohibitorium
RE

passa voando.
AU

Em Deus, meu criador,


está todo meu bem O século XVII
O

e esperança ƒ Portugal é anexado à Espanha, após uma grave crise


C
AR

meu gosto e meu amor política decorrente do desaparecimento do rei D. Se-


e bem-aventurança.
8M

Quem serve a tal Senhor


bastião, que não deixara herdeiros.
ƒ Nesse período (1580-1640), o Brasil é colônia de Por-
85

não faz mudança.


tugal, que está anexado à Espanha (União Ibérica).
09

Contente assim, minha alma,


ƒ O modelo de colonização imposto por Portugal visava à
3

do doce amor de Deus


83

toda ferida, exploração imediatista, sem a menor preocupação com


8

o mundo deixa em calma, benfeitorias para a colônia.


30

buscando a outra vida,


A

na qual deseja ser


UR

toda absorvida. Estética do Barroco


MO

(José de Anchieta) ƒ Final do século XVI até início do século XVIII


ƒ Começa na Itália e alcança vários países; incluindo co-
DE

lônias como o Brasil.


O

ƒ A Contrarreforma influencia o Barroco: surge uma ten-


BI

são na tentativa de fundir visões opostas: visão antro-


FA

pocêntrica do Renascimento e a teocêntrica, resgatada


LIO

pela Contrarreforma.
ƒ A arte barroca é marcada pela angústia de um ser hu-
RE

mano atormentado por grandes dúvidas existenciais.


AU
O

65
RC
MA
3
88
30
A
UR
ƒ União de aspectos contraditórios: sagrado e profano; (...) Como hão de ser as palavras? Como as estrelas. As

MO
luzes e sombras; paganismo e cristianismo; racional e estrelas são muito distintas e muito claras. Assim há de
irracional. ser o estilo da pregação, muito distinto e muito claro.”

DE
ƒ Teocentrismo (medieval) (Padre Antônio Vieira. Sermão da sexagésima)

O
ƒ Antropocentrismo (Classicismo)

BI
ƒ Provocar o espanto do público e produzir textos sofis- Gregório de Matos Guerra

FA
ticados ƒ Brasileiro educado em Portugal, conhecia os mestres

IO
ƒ Figuras de linguagem, linguagem rebuscada, raciocí- do Renascimento e do Barroco.

L
nios e textos complexos

RE
ƒ Poesia lírica: evitou os exageros do cultismo; poesia de

AU
teor amoroso, será tratada a oposição entre espírito e
Cultismo ou Gongorismo (poesia) matéria; as belezas femininas serão comparadas às da

CO
ƒ Preocupação com a forma natureza.

AR
ƒ Palavras eruditas ƒ Poesia sacra: senso de pecado, constatação da fragili-

8M
ƒ Figuras de linguagem (metáforas) dade humana e o temor diante da morte e da conde-
ƒ nação eterna.

85
Neologismos
ƒ ƒ Poesia satírica: aspectos negativos da vida na Bahia e

09
Inversões na ordem da frase
ƒ em Pernambuco. Além de denúncias de corrupção eco-

33
Trocadilhos e jogos de palavras
nômica e moral.

88
30
Conceptismo ou Quevedismo (prosa) Nasce o sol, e não dura mais que um dia,

A
ƒ Racional Depois da luz se segue a noite escura,
UR
Em tristes sombras morre a formosura,
ƒ Lógico
MO

Em contínuas tristezas a alegria.


ƒ Exemplos
Porém se acaba o sol, por que nascia?
ƒ
DE

Comparações
Se formosa a luz é, por que não dura?
ƒ Hipérboles
O

Como a beleza assim se transfigura?


ƒ Imagens
BI

Como o gosto da pena assim se fia?


ƒ
FA

Analogias
Mas no sol, e na luz, falte a firmeza,
LIO

Na formosura não se dê constância,


Barroco no Brasil E na alegria sinta-se tristeza.
RE

Começa o mundo enfim pela ignorância,


AU

Padre Antônio Vieira (1608-1697) E tem qualquer dos bens por natureza
A firmeza somente na inconstância.
O

ƒ Escritor de sermões (discursos religiosos sobre alguma


C

(Gregório de Matos)
AR

verdade cristã)
ƒ Argumentação engenhosa e retórica perfeita
8M

ƒ Sermão pelo bom-sucesso das armas de Portugal con-


85

tra as de Holanda (pregado na Bahia, em 1640): reação


09

contra a invasão holandesa


3

ƒ Sermão da primeira dominga da Quaresma (pregado


8 83

no Maranhão, em 1653): Vieira tenta convencer os co-


30

lonos a libertarem os indígenas que escravizaram.


A
UR

“(...) Será porventura o estilo que hoje se usa nos púlpi-


MO

tos? Um estilo tão empeçado, um estilo tão dificultoso,


um estilo tão afetado, um estilo tão encontrado toda a
DE

arte e a toda a natureza? Boa razão é também essa.


O estilo há de ser muito fácil e muito natural. Por isso
O

Cristo comparou o pregar ao semear. (...) Não fez Deus o


BI

céu em xadrez de estrelas, como os pregadores fazem o


FA

sermão em xadrez de palavras. Se uma parte está bran-


LIO

co, da outra há de estar negro (...). Basta que não have-


mos de ver um sermão de duas palavras em paz? Todas
RE

hão de estar sempre em fronteira com o seu contrário?


AU
O

66
RC
MA
3
88
30
A
UR
GREGÓRIO DE MATOS GUERRA, O BOCA DO INFERNO

MO
DE
Começa o mundo enfim pela ignorância,
Poesia lírica E tem qualquer dos bens por natureza

O
A firmeza somente na inconstância.

BI
À D. Ângela

FA
(Gregório de Matos)
Anjo no nome, Angélica na cara!

IO
Isso é ser flor e Anjo juntamente:
Poesia satírica

L
Ser Angélica flor e Anjo florente,

RE
Em quem, senão em vós, se uniformara?

AU
À cidade da Bahia
Quem vira uma tal flor que a não cortara

CO
De verde pé, da rama florescente; A cada canto um grande conselheiro
E quem um Anjo vira tão luzente Que nos quer governar cabana e vinha;

AR
Que por seu Deus o não idolatrara? Não sabem governar sua cozinha

8M
E podem governar o mundo inteiro.
Se pois como Anjo sois dos meus altares,

85
Fôreis o meu Custódio e a minha guarda, Em cada porta um bem frequente olheiro
Livrara eu de diabólicos azares. Que a vida do vizinho e da vizinha

09
Pesquisa, escuta, espreita e esquadrinha

33
Mas vejo, que por bela, e por galharda,
Para o levar à praça e ao terreiro.

88
Posto que os Anjos nunca dão pesares,
Sois Anjo que me tenta, e não me guarda. Muitos mulatos desavergonhados,

30
Trazidos sob os pés os homens nobres,

A
(Gregório de Matos)
URPosta nas palmas toda a picardia,
Estupendas usuras nos mercados,
MO

A uma dama dormindo junto a uma fonte


Todos os que não furtam muito pobres:
À margem de uma fonte, que corria, E eis aqui a cidade da Bahia.
DE

Lira doce dos pássaros cantores


A bela ocasião das minhas dores (Gregório de Matos)
O
BI

Dormindo estava ao despertar do dia.


Define a sua cidade
FA

Mas como dorme Sílvia, não vestia


O céu seus horizontes de mil cores; MOTE
LIO

Dominava o silêncio entre as flores, De dous ff se compõe


RE

Calava o mar, e rio não se ouvia, esta cidade a meu ver


um furtar, outro foder.
AU

Não dão o parabém à nova Aurora


Flores canoras, pássaros fragrantes, Glosa
O

Nem seu âmbar respira a rica Flora. (...)


C

Se de dous ff composta
AR

Porém abrindo Sílvia os dois diamantes, está a nossa Bahia,


8M

Tudo a Sílvia festeja, tudo adora errada a ortografia


Aves cheirosas, flores ressonantes. a grande dano está posta:
85

(Gregório de Matos) eu quero fazer aposta,


09

e quero um tostão perder,


3
83

que isso a há de perverter,


Poesia filosófica se o furtar e o foder bem
8
30

A instabilidade das cousas do mundo


não são os ff que tem
A

esta cidade a meu ver.


UR

Nasce o Sol, e não dura mais que um dia,


Depois da Luz se segue a noite escura, Provo a conjetura já
MO

Em tristes sombras morre a formosura, prontamente como um brinco;


Bahia tem letras cinco
DE

Em contínuas tristezas a alegria.


que são BAHIA:
Porém se acaba o Sol, por que nascia?
O

logo ninguém me dirá


BI

Se é tão formosa a Luz, por que não dura? que dous ff chega a ter,
FA

Como a beleza assim se transfigura? pois nenhum contém sequer,


Como o gosto da pena assim se fia? salvo se em boa verdade
LIO

Mas no Sol, e na Luz falte a firmeza, são os ff da cidade


RE

Na formosura não se dê constância, um furtar, outro foder.


E na alegria sinta-se tristeza. (Gregório de Matos)
AU
O

67
RC
MA
3
88
30
A
UR
A uma freira que satirizando a delgada

MO
fisionomia do poeta lhe chamou “Pica-Flor“
Se Pica-flor me chamais

DE
Pica-flor aceito ser

O
mas resta agora saber

BI
se no nome que me dais

FA
meteis a flor que guardais
no passarinho melhor.

IO
Se me dais este favor

L
RE
sendo só de mim o Pica
e o mais vosso, claro fica

AU
que fico então Pica-flor.

CO
(Gregório de Matos)

AR
Poesia religiosa

8M
85
A Nosso Senhor Jesus Christo com actos

09
de arrependimento e suspiros de amor

33
Ofendi-vos, Meu Deus, bem é verdade,

88
É verdade, meu Deus, que hei delinquido,

30
Delinquido vos tenho, e ofendido,
Ofendido vos tem minha maldade.
A
UR
Maldade, que encaminha à vaidade,
MO

Vaidade, que todo me há vencido;


Vencido quero ver-me, e arrependido,
DE

Arrependido a tanta enormidade.


O

Arrependido estou de coração,


BI

De coração vos busco, dai-me os braços,


FA

Abraços, que me rendem vossa luz.


LIO

Luz, que claro me mostra a salvação,


A salvação pretendo em tais abraços,
RE

Misericórdia, Amor, Jesus, Jesus.


AU

(Gregório de Matos)
O

*Figura de linguagem: anadiplose


C
AR

A Jesus Cristo Nosso Senhor


8M

Pequei, Senhor; mas não porque hei pecado,


85

Da vossa alta clemência me despido;


09

Antes, quanto mais tenho delinquido,


Vos tenho a perdoar mais empenhado.
3
83

Se basta a vos irar tanto pecado,


8
30

A abrandar-vos sobeja um só gemido:


Que a mesma culpa, que vos há ofendido,
A
UR

Vos tem para o perdão lisonjeado.


MO

Se uma ovelha perdida já cobrada,


Glória tal e prazer tão repentino
DE

Vos deu, como afirmais na Sacra História:


Eu sou, Senhor, a ovelha desgarrada,
O
BI

Cobrai-a; e não queirais, Pastor Divino,


FA

Perder na vossa ovelha a vossa glória.


(Gregório de Matos)
LIO
RE
AU
O

68
RC
MA
3
88
30
Inglês

A
UR
Anamnese

MO
semana Focus on the past

DE
2 Looking forward

O
BI
FA
FOCUS ON THE PAST

IO
Formas negativas

L
RE
Para chegar às formas negativas dos verbos no simple past,

AU
Simple past (regra geral) precisamos acrescentar, após o sujeito e antes do verbo
principal, o verbo auxiliar did mais a partícula not, inde-

CO
A maior parte dos verbos em inglês atende às regras apre- pendente do verbo ser regular ou irregular. Observe os

AR
sentadas nesse item, portanto, muita atenção. Quando exemplos:

8M
tratamos de simple past, os verbos da língua inglesa se
desdobram em duas categorias: verbos regulares e verbos to need

85
irregulares. ƒ I did not (didn’t) need to be more charismatic than

09
usual.

33
Regular verbs (verbos regulares) (Eu não precisei ser mais carismática do que de cos-

88
tume.)

30
Para obter o passado dos verbos regulares, basta acres-
ƒ He didn’t (did not) need to be more skilful.
A
centar o sufixo ED a sua base form (infinitivo sem a partí- UR
cula to), independente de quem seja o sujeito. Observe os (Ele não precisou ser mais habilidoso)
MO

exemplos a seguir: to take


ƒ I didn’t take the bus.
DE

to need (precisar, necessitar) (Eu não peguei o ônibus.)


ƒ I needed to be smarter.
O

ƒ They didn’t take the subway.


BI

(Eu precisei ser mais inteligente.) (Eles/Elas não pegaram o metrô.)


FA

ƒ You needed to be smarter.


LIO

(Você precisou ser mais inteligente.) Formas interrogativas


ƒ She needed to be more careful.
RE

(Ela precisou ser mais cuidadosa.) Para se verter uma frase para a forma interrogativa quan-
AU

do um verbo está no simple past, é preciso acrescentar o


verbo auxiliar did antes do sujeito da oração. Observe que
O

Irregular verbs (verbos irregulares)


C

o verbo principal deve permanecer no base form (infinitivo


AR

Neste aspecto, na língua inglesa se parece com a portu- to). Veja o exemplo a seguir:
8M

guesa, apresentando formas verbais variadas (daí o termo


ƒ Did you need to be more careful?
irregular), e assim como para aprender o português, tam-
85

(Você precisou ser mais cuidadoso/a?)


bém se torna necessário memorizar tais formas. Entretanto,
09

tenha em mente que há apenas uma forma de passado


3

To be
83

para cada verbo, independente do sujeito. Observe os


8

exemplos a seguir: O verbo to be tem duas formas de passado: was (I, he, she,
30

it) e were (you, we, they). Observe os exemplos:


A

to take – took (past)


UR

ƒ I took the subway to work. ƒ I was at work yesterday.


MO

(Eu peguei o metro para trabalhar.) (Eu estava no trabalho ontem).


ƒ You were at home yesterday.
DE

to go – went (past)
ƒ You went to school. (Você estava em casa ontem.)
O
BI

(Você foi para a escola.)


FA

Formas interrogativas
to eat – ate (past)
LIO

ƒ I ate the whole pizza. Para chegar às formas interrogativas de passado do verbo
to be, deve-se trocar a posição do verbo com o sujeito da
RE

(Eu comi a pizza inteira.)


oração. Veja alguns exemplos.
AU
O

69
RC
MA
3
88
30
A
UR
ƒ Were you at home yesterday? verbo can tem todas as suas formas de passado (incluídas

MO
(Você estava em casa ontem?) as de subjuntivo) concentradas na palavra could com qual-
ƒ Was it here four hours ago? quer que seja o sujeito envolvido.

DE
(Aquilo/Isso estava aqui há quatro horas?)
ƒ Sophia could play sing very well when she was a child.

O
(Sophia podia cantar muito bem quando ela era

BI
Formas negativas

FA
criança.)
Para chegar às formas negativas do verbo to be no passa-

IO
Used to

L
do, deve-se inserir a palavra not após o verbo. Observe as

RE
contrações possíveis:
As frases grafadas em simple past em inglês usualmente

AU
ƒ I was not (wasn’t) at home yesterday. correspondem ao que nós nomeamos como pretérito per-

CO
(Eu não estava em casa ontem.) feito (exs.: joguei, comi, bebi). Para se obter o mesmo sig-
ƒ You were not (weren’t)at work yesterday.

AR
nificado das nossas sentenças no pretérito imperfeito (exs.:
(Vocês não estavam no trabalho ontem.) jogava, comia, bebia), a língua inglesa faz uso da estrutura

8M
used to. Observe os exemplos:

85
There to be ƒ I used to play basketball very well.

09
(Eu costumava jogar/jogava basquete muito bem.)

33
Assim como no presente, duas formas de passado para o
ƒ She used to be a great singer.

88
verbo there to be se apresentam: there was (para passado
(Ela era/costumava ser uma grande cantora.)

30
singular) e there were (para passado plural). Veja os exem-
plos a seguir.
A
UR
ƒ There was a restaurant near here. Past continuous
MO

(Havia/Existia um restaurante perto daqui.) Muito parecido com o caso previamente apresentado do
ƒ There were many restaurants here. present continuous, o past continuous da língua inglesa é
DE

(Havia/Existiam muitas restaurantes perto daqui.) um tempo verbal utilizado para expressar uma ação que
O

estava acontecendo simultaneamente à outra no passado


BI

Formas negativas e é formado por uma forma de passado do verbo to be


FA

(was ou were) mais um outro verbo de ação acrescido do


Para chegar às formas negativas de passado do there to be,
LIO

sufixo ING (gerund). Estude os exemplos:


é preciso acrescentar a palavra not às formas afirmativas.
RE

Veja os exemplos: ƒ When you called, I was taking a shower.


AU

(Quando você ligou eu estava tomando banho.)


ƒ There was not (wasn’t) any restaurant near here.
ƒ Were you sleeping when I called you yesterday?
O

(Não havia/existia um restaurante perto daqui.)


C

(Você estava dormindo quando eu te liguei ontem?)


ƒ There were not (weren’t) many restaurants here.
AR

(Não havia/existiam muitos restaurantes perto da-


8M

qui.) LOOKING FORWARD


85
09

Existem duas estruturas verbais básicas para se apresentar


Formas interrogativas
3

ações futuras em língua inglesa: will e going to.


83

Ao trocar a posição da forma verbal was ou were com o


8

pronome there, obtém-se a forma interrogativa do verbo


30

there to be. Veja os exemplos:


Will
A

É a forma mais comum. Serve para expressar um futuro


UR

ƒ Was there a person waiting here?


mais incerto, sem data definida ou que acontecerá em um
MO

(Havia/Existia uma pessoa esperando aqui?)


futuro mais distante.
ƒ Were there some people waiting here?
DE

(Havia/Existiam algumas pessoas esperando aqui?) Afirmativa: sujeito + will + verbo (base form)
ƒ I will buy a house.
O
BI

(Eu vou comprar uma casa.)


Can
FA

Os modal verbs serão tratados de forma separada em um


Negativa: sujeito + will not (won't) + verbo (base
LIO

unidade específica, mas para que você já tenha um auxí-


form)
RE

ƒ I will not (won’t) marry to her.


lio para sua leitura, seria importante que soubesse que o
(Eu não vou casar com ela.)
AU
O

70
RC
MA
3
88
30
A
UR
Interrogativa: will + sujeito + verbo (base form)

MO
ƒ Will you marry her?
(Você vai casar com ela?)

DE
Will expressa também decisão pessoal súbita, sem progra-

O
BI
mação.

FA
ƒ Look that dog! It is very cute. I will buy it!

IO
L
Going to

RE
AU
A estrutura verbal going to é utilizada para expressar um
futuro mais próximo, com data ou preparação já definidos.

CO
Afirmativa: sujeito + to be (present) + going to +

AR
verb

8M
ƒ I am going to marry her.
(Eu vou casar com ela.)

85
09
Negativa: sujeito + to be (present) + not + going to

33
+ verb

88
ƒ You are not going to buy it!

30
(Você não vai comprar isso!)

A
Interrogativa: to be (present) + sujeito + going to + UR
verb
MO

ƒ Are we going to accept his apologies?


DE

(Nós vamos aceitar suas desculpas?)


O

Going to expressa também ideia de futuro a partir de evi-


BI

dências notáveis.
FA

ƒ The sky is cloudy. It is going to rain soon.


LIO
RE
AU
C O
AR
8M
85
09
3
883
30
A
UR
MO
DE
O
BI
FA
LIO
RE
AU
O

71
RC
MA
3
88
30
Gramática

A
UR
Anamnese

MO
semana Pronomes demonstrativos, possessivos,

DE
3 relativos, interrogativos e indefinidos

O
BI
FA
IO
PRONOMES DEMONSTRATIVOS Exemplo (futuro): Nessa reunião definiremos os pa-

L
RE
râmetros de venda.

AU
Exemplo (passado): Esse aumento da crise ocorreu
Conceito: pronomes que acompanham o substantivo
em todos os países da América do Sul.

CO
para indicar seu lugar no tempo, no espaço ou nas cons-
truções sintáticas. ƒ O pronome aquele e suas variantes são utilizados

AR
para indicar tempo passado distante em relação ao

8M
Invariáveis Variáveis momento em que se fala.

85
isto este(s), esta(s) Exemplo: Naquela época ainda havia telefones de

09
isso esse(s), essa(s) rua, chamados de orelhões. / Aquelas praças costu-

33
mavam ser seguras.
aquilo aquele(s), aquela(s)

88
30
Os demonstrativos são utilizados para situar, no espaço e Relações Sintáticas
A
no tempo, a pessoa ou a coisa designada. O aspecto fun- UR
damental dos pronomes demonstrativos é sua capacidade ƒ O pronome este e suas variantes são utilizados para
MO

de indicar um objeto sem nomeá-lo. Também evidenciam o anunciar/adiantar o que será dito na sequência frasal
posicionamento de uma palavra em relação a outras pala- ou para remeter a um termo imediatamente anterior
DE

vras ou em relação a um contexto. Esses processos ocorrem (recém-mencionado).


O

em relações espaciais, temporais e sintáticas. Exemplo (anunciando informação): O maior pro-


BI

ƒ Os pronomes demonstrativos dividem-se em dois gru- blema está neste relatório: ele não dá conta de expli-
FA

pos: os variáveis e os invariáveis. car todos os problemas.


LIO

Exemplo (retomando termo recente): Não sei


Relações espaciais
RE

se eu adquiro uma moto ou um carro. Acho que este


AU

(último = carro) é um pouco mais seguro.


ƒ Os pronomes este, esta e isto indicam que o item/
ƒ O pronome esse e suas variantes são utilizados para
O

objeto está perto de quem fala.


C

Exemplo: Usarei este lápis (aqui) mesmo. retomar um termo, uma ideia ou uma oração já men-
AR

ƒ Os pronomes esse, essa e isso indicam que o item/ cionados.


8M

objeto está perto da pessoa a quem se fala. Exemplo: Duas vezes por ano, o Sol atinge sua maior
85

Exemplo: Usarei esse lápis (aí) mesmo. declinação em latitude. Esse fenômeno é conhecido
09

como solstício.
ƒ Os pronomes aquele, aquela e aquilo indicam que
3
83

o item/objeto está afastado tanto de quem fala ƒ O pronome aquele e suas variantes são utilizados para
8

retomar um termo mais distante entre dois apresenta-


30

como da pessoa a quem se fala.


Exemplo: Usarei aquele lápis (ali) mesmo. dos em uma sentença (em geral, ele é trabalhado em
A
UR

conjunto com o pronome este, que retomará o item


Relações temporais mais próximo).
MO

Exemplo: Na empresa há dois funcionários que se


DE

ƒ O pronome este e suas variantes são utilizados para destacam: Pedro e Rogério. Este pela sua organização,
indicar tempo presente em relação ao momento em e aquele pela sua eficiência.
O
BI

que se fala.
FA

Exemplo: Esta noite eu vou ao shopping / Neste mês


chove bastante.
LIO

ƒ O pronome esse e suas variantes são utilizados para


RE

indicar tempo futuro ou passado recente em relação ao


AU

momento em que se fala.


O

72
RC
MA
3
88
30
A
UR
PRONOMES POSSESSIVOS Observação 3: o pronome relativo cujo não realiza

MO
a recuperação de um antecedente, mas aponta para uma
relação de posse com o consequente.

DE
Os pronomes possessivos são palavras que estão ligadas
ƒ A mulher cuja a casa foi invadida já está em segurança.

O
às pessoas gramaticais que detêm a posse de uma coisa e,

BI
ao mesmo tempo, acrescentam-lhes a ideia da coisa pos- Observação 4: o pronome quem faz referência a pes-

FA
suída. soas e vem sempre precedido de preposição.

IO
Pronomes ƒ Aquele é o sujeito a quem devo muito dinheiro.

L
RE
Número Pessoa
Retos Possessivos
PRONOMES INTERROGATIVOS

AU
1ª eu meu(s), minha(s)

CO
Singular 2ª tu teu(s), tua(s)

AR
3ª ele, ela seu(s), sua(s) São pronomes utilizados nas formulações de pergun-

8M
1ª nós nosso(s), nossa(s) tas diretas ou indiretas. Fazem referência direta aos
Plural 2ª vós vosso(s), vossa(s) pronomes de 3ª pessoa. Os principais pronomes inter-

85
3ª eles, elas seu(s), sua(s) rogativos são que, quem, qual e quanto (e suas

09
33
variações). Entende-se como pergunta direta aquela em

PRONOMES RELATIVOS

88
que o pronome interrogativo é colocado no início do

30
questionamento (temos sinal de interrogação ao final

A
São aqueles que recuperam nomes anteriormente men- da pergunta). Já a pergunta indireta é aquela em que
UR
o pronome interrogativo aparece em outra posição na
MO

cionados, estabelecendo com estes relação.


ƒ A escola tem um calendário que possui muitos feria- frase, que não o começo (não há sinal de interrogação).
DE

dos. Pergunta direta


O

No exemplo apresentado, o pronome “que” recupera o ƒ Quanto custou a reforma da casa?


BI
FA

substantivo calendário (o antecedente). Pergunta indireta


ƒ Gostaria de saber quanto custou a reforma da casa:
LIO

Classificação dos
RE

pronomes relativos PRONOMES INDEFINIDOS


AU
O

Variáveis
C

Invariáveis São palavras que fazem referência à 3a pessoa do discurso,


Masculinos Femininos
AR

dando-lhe caráter indeterminado, vago ou impreciso


o(s) qual(is) a(s) qual(is) quem
8M

ƒ Alguém quebrou os copos da minha cristaleira.


cujo(s) cuja(s) que
85

quanto(s) quanta(s) onde Percebe-se que o termo alguém refere-se a uma terceira
09

pessoa (de quem se fala), mas não somos capazes de lhe


3
83

Observação 1: os pronomes que, o(s) qual(is) e atribuir identidade (a informação é vaga, imprecisa).
8

a(s) qual(is) são equivalentes, com o detalhe de que


30

o que é invariável, cabendo em qualquer circunstância, e Pronomes que exercem


A
UR

os demais necessitarão de um substantivo já determinado.


essas funções
ƒ Esta é a garota com a qual conversei.
MO

ƒ Nenhum, nenhuns, nenhuma(s), todo(s), toda(s), um,


DE

Observação 2: para evitar ambiguidades e outros uns, uma(s), vários, várias, outro(s), outra(s), pouco(s),
problemas de sentido, o pronome relativo onde deve ser pouca(s), algum, alguns, alguma(s), bastante(s) (= mui-
O
BI

utilizado para recuperar lugares físicos/localidades (regiões, to, muitos), demais, mais, menos, muito(s), muita(s),
FA

cidades, ambientes etc.). qualquer, quaisquer, qual, que, quanto(s), quanta(s),


ƒ Este é o armazém onde estocamos os produtos. tal, tais, tanto(s), tanta(s).
LIO
RE
AU
O

73
RC
MA
3
88
30
A
UR
Os pronomes indefinidos podem ser classificados como variáveis ou invariáveis.

MO
Variáveis

DE
Singular Plural Invariáveis

O
Masculinos Femininos Masculinos Femininos

BI
FA
algum alguma alguns algumas
nenhum nenhuma nenhuns nenhumas alguém

IO
todo toda todos todas ninguém

L
RE
muito muita muitos muitas outrem

AU
pouco pouca poucos poucas tudo
vário vária vários várias nada

CO
tanto tanta tantos tantas algo

AR
outro outra outros outras cada

8M
quanto quanta quantos quantas
qualquer quaisquer

85
09
33
88
30
A
UR
MO
DE
O
BI
FA
LIO
RE
AU
C O
AR
8M
85
3 09
83
8
30
A
UR
MO
DE
O
BI
FA
LIO
RE
AU
O

74
RC
MA
3
88
30
Interpretação de Textos

A
UR
Anamnese

MO
semana

DE
Figuras de linguagem III e IV
3

O
BI
FA
FIGURAS DE SOM OU DE HARMONIA

IO
Onomatopeia

L
RE
É uma tentativa, na escrita, de se reproduzir efeitos so-

AU
As figuras de som ou de harmonia são aquelas formadas a noros da realidade. Não se trata de uma reprodução fiel do
partir de parâmetros sonoros da língua. som ou ruído, mas sua interpretação aproximada, usando

CO
sons existentes em determinada língua. Trata-se de figu-

AR
Aliteração ra de linguagem muito comum em quadrinhos, por conta

8M
da necessidade de atribuir sons a certos estímulos visuais.
Consiste na repetição de mesmo som consonantal. É uma
Exemplos:

85
figura de linguagem muito comum em textos literários e
Cri cri: o som que emite o grilo.

09
letras de canções. Vejamos um exemplo:
Toc toc: imita o som de alguém batendo na porta.

33
“Vozes veladas, veludosas vozes, Din-don: o som de uma campainha.

88
Volúpias dos violões, vozes veladas,

30
Vagam nos velhos vórtices velozes
FIGURAS DE PENSAMENTO
A
Dos ventos, vivas, vãs, vulcanizadas.” UR
(VIOLÕES QUE CHORAM – CRUZ E SOUZA)
MO

As figuras de pensamento são formadas a partir do em-


Assonância prego de termos conotativos, contrariando a expectativa
DE

Consiste na repetição de mesmo som vocálico. Assim como do ouvinte.


O

a aliteração, é figura de linguagem muito comum em tex-


BI

Antítese
FA

tos literários e letras de canções. Exemplos:


Antítese é a aproximação de palavras de sentido oposto, a
LIO

Salvo o que o vago e incógnito desejo


De ser eu mesmo de meu ser me deu. fim de destacar uma ideia ou conceito. É importante frisar
RE

(HOJE QUE A TARDE É CALMA E O CÉU TRANQUILO – FERNANDO PESSOA) que a antítese apenas “expõe“ as palavras opostas, sem
AU

cruzá-las. Vejamos alguns exemplos:


Diz que tá dura, pendura a fatura no nosso irmão
O

E vamos botar água no feijão “Bebo silenciosamente a essas imagens da morte e da vida”
C

(NATAL – RUBEM BRAGA)


AR

(FEIJOADA COMPLETA – CHICO BUARQUE)


8M

Em tristes sonhos morre a formosura,


Paronomásia Em contínuas tristezas a alegria.
85

(À INSTABILIDADE DAS COUSAS DO MUNDO – GREGÓRIO DE MATOS)


É uma figura estilística que trabalha com palavras parôni-
09

mas (palavras muito parecidas no som e na escrita, mas


3

Paradoxo ou oximoro
83

com significados diferentes) para alcançar trocadilhos nas


8

É uma figura que “funde” conceitos opostos num mesmo


30

construções. Os trocadilhos acionados pela paronomásia


constituem recurso retórico muito usado no humor e na enunciado. A junção de ideias entendidas como contraditó-
A
UR

publicidade; criam um efeito inesperado na recepção da rias costuma provocar um efeito de estranhamento.
informação, aproveitando a sonoridade muito similar que Exemplos:
MO

existe entre algumas palavras. Exemplos: “Quanto mais trabalhamos mais temos dificuldades fi-
DE

Você tem que ler muito, sobretudo se quiser escrever nanceiras.”


sobre tudo.
O

“Esse garoto parece que dorme acordado.”


BI

“Exportar é o que importa.” (Delfim Netto)


FA

“Quem casa, quer casa”.


LIO
RE
AU
O

75
RC
MA
3
88
30
A
UR
Eufemismo Exemplos:

MO
Trata-se de uma figura em que se empregam determinadas Ó mar salgado, quanto do teu sal
São lágrimas de Portugal.

DE
palavras, com o objetivo de operar uma suavização de uma
(FERNANDO PESSOA)
mensagem ruim a ser passada.

O
BI
Exemplos: “Seu garçom, faça o favor de me trazer depressa/

FA
“A testemunha faltou com a verdade” = mentiu Uma boa média que não seja requentada.”
“O vigia passou desta para melhor” = morreu (NOEL ROSA)

L IO
RE
Ironia Gradação

AU
Consiste no emprego de uma palavra ou expressão em Consiste em um processo de encadear ideias por meio de

CO
um sentido contrário do que se está pensando, produzindo palavras, remetendo a uma operação sequencial crescente
efeito humorístico, satírico e até mesmo crítico. A ironia é ou decrescente. O processo de gradação pode acontecer

AR
uma figura de linguagem que não deixa transparecer ime- com palavras sinônimas ou não. É um recurso muito usado

8M
diatamente a intenção por trás do que foi expresso. em textos literários para trabalhar as noções semânticas de

85
Exemplos: “clímax” e “anticlímax”.

09
Que rapaz “educado”! Entrou sem cumprimentar nin- Exemplos:

33
guém. (Imaginando que a pessoa tenha entrado no re- De repente o problema se tornou menor, um grão, um cis-

88
co, um quase nada.
cinto sem cumprimentar ninguém no local).

30
Minha irmã sempre se achou bonita, linda, deslumbrante.
Essa reunião foi “pura diversão” (imaginando uma reu-
A
nião que tenha sido extremamente desagradável).
UR
Quiasmo
MO

É uma figura de linguagem que faz um cruzamento entre


Hipérbole
frases ou versos de um poema, de modo que os termos que
DE

Figura de linguagem utilizada para provocar um exagero estão no início de um passam para o final de outro, e os do
O

intencional na sentença. É importante frisar que a hipérbo- final para o início. Esse movimento em forma de “X” tem o
BI

le não é um exagero gratuito. Seu objetivo é realçar a ideia


FA

objetivo de dar a esses termos um maior destaque.


original colocada na expressão. Em alguns casos, trata-se Exemplos:
LIO

de uma construção já “enraizada” no sistema linguístico.


Melhor é merecê-los sem os ter,
RE

Exemplos: Que possuí-los sem os merecer.


“Faz umas dez horas que essa menina entrou no banho.”
AU

(OS LUSÍADAS, XI, 93)


“Faria isso milhões de vezes se fosse preciso.”
O

“Estou morrendo de sede.” “De certos homens, dizia Sócrates, que não comiam
C

para viver, mas só viviam para comer.“


AR

(PE. ANTÔNIO VIEIRA)


Prosopopeia ou personificação
8M

É uma figura por meio da qual se atribui atitudes, senti- Preterição


85

mentos, qualidades e linguagem próprios de um ser huma-


09

no a seres inanimados ou irracionais. Trata-se de uma figura de linguagem de utilização mais


3

rara, por meio da qual o narrador/personagem finge que


83

Exemplos:
8

“Essa máquina não está trabalhando direito.” não vai tratar um determinado assunto, mas vai falando
30

dele aos poucos, seja para alcançar um efeito de ironia, ou


A

Apóstrofe mesmo de realce. Esta estratégia tem o objetivo de tentar


UR

anular a possibilidade de réplica do ouvinte à teoria que


MO

Trata-se de um movimento de interrupção de um discurso está sendo exposta.


para que seja “invocada”, para o interior do texto, algu- Exemplos:
DE

ma coisa personificada. Se realiza por meio de vocativo. A Sem querer falar de suas mentiras, mas já falando [...].
O

apóstrofe interrompe a sequência natural do período para Não pretendo aqui lembrar que o réu ajudou muitas pes-
BI

dar destaque à entrada daquilo que foi invocado, podendo soas carentes [...].
FA

ser uma entidade imaginária, ou mesmo o interlocutor do “Não vos direi, pois, senhores, quão grandes e quão afor-
LIO

texto que está sendo lido. tunados foram seus feitos na paz e na guerra, por terra e
RE

por mar [...].“


AU
O

76
RC
MA
3
88
30
Literatura

A
UR
Anamnese

MO
semana Padre Antônio Vieira e

DE
3 Arcadismo em Portugal: Bocage

O
BI
FA
IO
PADRE ANTÔNIO VIEIRA ƒ Sermão do Bom Ladrão (1655) – traz a distinção

L
RE
irônica entre o “roubar pouco” (pecado) e o “roubar

AU
muito” (virtude).
Um homem de ação ƒ Sermão da Primeira Dominga da Quaresma

CO
ƒ Jesuíta, missionário, professor, pregador, filósofo e pro- (1653) – também conhecido como “Sermão do Cati-

AR
feta vo“ – defesa dos índios contra os colonos.

8M
ƒ É um representante do Barroco colonial (Brasil) e portu-
ARCADISMO EM

85
guês, respectivamente. Viveu cada metade de sua vida

09
em cada um desses países.
PORTUGAL: BOCAGE

33
ƒ Foi pregador-régio do rei D. João IV e atuou como di-

88
plomata na França, Holanda e Itália. Era considerado

30
um “ministro sem pasta” do rei.
ƒ Por volta de 1661, com a morte do rei, Antonio Vieira
Arcádia
A
UR
Arcádia era uma província da antiga Grécia. Com o tem-
foi perseguido pelo Tribunal do Santo Ofício e proibido
po, se converteu no nome de um país imaginário, criado e
MO

de pregar.
descrito por diversos poetas e artistas, sobretudo do Renas-
DE

cimento e do Romantismo. Neste lugar imaginário, reina a


O sermão felicidade, a simplicidade e a paz, em um ambiente idílico
O

ƒ Oratória religiosa: texto escrito para ser declamado du-


BI

habitado por uma população de pastores que vivem em


FA

rante a missa católica. comunhão com a natureza, como na como na concepção


ƒ Tem função didática e moralizante, ou seja, busca per- filosófica do bom selvagem.
LIO

suadir os ouvintes.
RE

ƒ Utiliza da retórica – arte da persuasão (Aristóteles). Arcadismo


AU

ƒ Vieira escreveu e pregou cerca de 200 sermões, no Bra-


sil, em Portugal e na Itália. ƒ Retorno ao modelo clássico – Neoclassicismo
O

ƒ Alusões mitológicas – deus Pã, faunos e ninfas


C
AR

ƒ Fingimento poético – uso de pseudônimos árcades


A estrutura do Sermão ƒ Bucolismo – representação ideal da natureza calma e
8M

1. Tema – evocação de uma passagem bíblica. bela


85

2. Introito – exposição do tema e do plano geral do ser- ƒ Pastoralismo


09

mão, definindo os termos essenciais à argumentação. ƒ Simplicidade e clareza em oposição ao Barroco


3

3. Invocação – o pregador invoca a proteção divina (Deus


83

ou a Virgem Maria) para que não lhe falte inspiração. Tópicos árcades
8
30

4. Argumentação – exposição da tese e refutação de


ƒ Locus amoenus – lugar tranquilo, aprazível, cenário
A

possíveis antíteses. Cita exemplos bíblicos e obras teológi-


UR

cas, históricas e filosóficas. É o corpo do sermão. do amor


ƒ Fugere urbem – fuga da cidade, opção pela vida no
MO

campo
Os principais sermões
DE

ƒ Aurea mediocritas – opção pela vida simples, me-


ƒ Sermão da Sexagésima (1655) – meta-sermão so- dianidade que vale ouro
O
BI

bre “a arte de pregar”. ƒ Carpe diem – aproveitar o dia, desfrutar o momento


FA

ƒ Sermão de Santo Antonio aos Peixes (1654) – crí- presente.


tica da ambição, dos vícios e das vaidades na empresa
LIO

colonial.
RE
AU
O

77
RC
MA
3
88
30
A
UR
Arcadismo em Portugal Poesia lírica árcade

MO
Olha, Marília, as flautas dos pastores
ƒ Influência do Iluminismo

DE
Que bem que soam, como estão cadentes!
ƒ Terremoto em Lisboa – D. José Olha o Tejo a sorrir-se! Olha, não sentes
ƒ Reformas pombalinas – marquês de Pombal e o despo-

O
Os Zéfiros brincar por entre flores?

BI
tismo esclarecido:

FA
Vê como ali, beijando-se, os Amores
o Expulsão dos jesuítas Incitam nossos ósculos ardentes!

IO
o Estudantes “estrangeirados” Ei-las de planta em planta as inocentes,

L
o Intervenção na universidade As vagas borboletas de mil cores.

RE
Naquele arbusto o rouxinol suspira,

AU
Manuel Maria Barbosa du Bocage Ora nas folhas a abelhinha pára,

CO
Ora nos ares, sussurrando, gira:
ƒ Maior expressão do Arcadismo português

AR
ƒ Exímio sonetista, herdeiro direto de Luis de Camões Que alegre campo! Que manhã tão clara!
Mas ah! Tudo o que vês, se eu te não vira,

8M
ƒ Seu pseudônimo árcade era Elmano Sadino (Manoel
Mais tristeza que a morte me causara.
do Rio Sado)

85
09
Bocage, um poeta camoniano
Poesia lírica pré-romântica

33
Camões, grande Camões, quão semelhante

88
Meu ser evaporei na lida insana Acho teu fado ao meu, quando os cotejo!
Do tropel de paixões, que me arrastava.

30
Igual causa nos fez, perdendo o Tejo,
Ah! Cego eu cria, ah! mísero eu sonhava Arrostar co'o sacrílego gigante;

A
Em mim quase imortal a essência humana. UR
Como tu, junto ao Ganges sussurrante,
De que inúmeros sóis a mente ufana
MO

Da penúria cruel no horror me vejo;


Existência falaz me não dourava! Como tu, gostos vãos, que em vão desejo,
Mas eis sucumbe a Natureza escrava
DE

Também carpindo estou, saudoso amante.


Ao mal, que a vida em sua origem dana.
Ludíbrio, como tu, da Sorte dura
O

Prazeres, sócios meus e meus tiranos!


BI

Meu fim demando ao Céu, pela certeza


Esta alma, que sedenta em si não coube,
FA

De que só terei paz na sepultura.


No abismo vos sumiu dos desenganos.
LIO

Modelo meu tu és, mas... oh, tristeza!...


Deus, oh Deus!... Quando a morte a luz me roube, Se te imito nos transes da Ventura,
RE

Ganhe num momento o que perderam anos, Não te imito nos dons da Natureza.
Saiba morrer o que viver não soube.
AU
O

Poesia erótica e satírica


C
AR

Dizem que o rei cruel do Averno imundo


Tem entre as pernas caralhaz lanceta,
8M

Para meter do cu na aberta greta


85

A quem não foder bem cá neste mundo:


09

Tremei, humanos, deste mal profundo,


3

Deixai essas lições, sabida peta,


83

Foda-se a salvo, coma-se a punheta:


8
30

Este prazer da vida mais jucundo.


A

Se pois guardar devemos castidade,


UR

Para que nos deu Deus porras leiteiras,


Senão para foder com liberdade?
MO

Fodam-se, pois, casadas e solteiras,


DE

E seja isto já; que é curta a idade,


E as horas do prazer voam ligeiras!
O
BI
FA
LIO
RE
AU
O

78
RC
MA
3
88
30
Inglês

A
UR
Anamnese

MO
semana Should we continue

DE
3 Perfection

O
BI
FA
SHOULD WE CONTINUE

IO
Should, must,ought to, have to

L
RE
should × must

AU
O termo modal verbs ou somente modals serve para de-
terminar um tipo especial de verbos auxiliares que têm a ƒ I think you should go out a little.

CO
capacidade de mudar o sentido de outro verbo que os se- (Eu acho que você deveria sair um pouco.) – uma sim-

AR
gue. Os verbos modais são: can, could, may, might, should, ples sugestão
ƒ You must go now.

8M
must, ought to, will, shall e would.
(Você deve/tem que ir agora.) – mais imperativo, qua-

85
se uma ordem
Can/could, may/might

09
33
Expressam capacidade, habilidade, possibilidade, probabi- should × ought to

88
lidade, para pedir e dar permissão e pedir auxílio. Todas as ƒ You should relax more.

30
leituras possíveis incluem, no português, o verbo “poder“, (Vocês deveriam relaxar mais.) – mais informal

A
sendo que o verbo can está sempre no presente. Could, ƒ You ought to relax more.
UR
além de ser a forma de passado de can, também pode ser (Vocês deveriam relaxar mais.) – mais formal
MO

compreendido como futuro do pretérito do verbo can (po-


deria, poderíamos). May e might também são usualmente will, shall e would
DE

compreendidos como “poderia“, “poderíamos“ etc.). Todos os verbos desse grupo são verbos auxiliares, ou seja,
O

não têm sentido sozinhos, mas somente associados ou re-


BI

can × could
FA

ferindo-se a outros verbos.


ƒ In order to achieve your goal, you can work on the De forma geral, will e shall fazem com que o verbo ime-
LIO

weekends. diatamente após eles esteja no simple future. Shall, além


(Para alcançar seu objetivo, você pode trabalhar aos
RE

de muito mais formal, também é normalmente utilizado


finais de semana.) – mais provável quando com os sujeitos I e we.
AU

ƒ In order to achieve your goal you could workon the Would é um verbo auxiliar muito importante, pois equiva-
O

weekends. le (com poucas exceções) a todo o futuro do pretérito do


C

(Para alcançar seu objetivo, você poderia trabalhar


AR

português.
aos finais de semana.) – menos provável, hipotético.
8M

ƒ He will talk to you later.


can × may/might
85

(Ele conversará/vai conversar com você mais tarde.)


ƒ Can you help me, please? – mais informal
09

ƒ We shall talk to you later.


3

May you help me, please? – mais formal, respeitoso


(Nós conversaremos/vamos conversar com você
83

ƒ It can rain today. – muito provável


8

mais tarde.)
30

It may rain today – menos provável, talvez chova


ƒ They would talk to you if they had time.
A

could (Elas conversariam com você se tivessem tempo.)


UR

ƒ We could watch a movie tonight.


MO

(Nós poderíamos assistir a um filme hoje à noite.) – will × would


DE

possibilidade futura, situação hipotética É importante perceber nitidamente as diferenças entre es-
ƒ When I was a kid I could play the bass, but I’ve com- tes dois verbos.
O

pletely forgotten how to play it. ƒ I will like to meet them.


BI
FA

(Quando era garoto, eu podia/tinha a habilidade de (Eu vou gostar de conhecê-las).


tocar baixo, mas esqueci completamente.) – passado ƒ I would like to meet them.
LIO

ƒ If you were here, you could talk to us. (Eu gostaria de conhecê-las.)
RE

(Se você estivesse aqui, você poderia conversar co-


AU

nosco) – Hipotético (subjuntivo).


O

79
RC
MA
3
88
30
A
UR
shall ƒ I have slept very well since I changed room with my

MO
Os usos mais comuns do modal shall estão presentes na- sister.
quelas perguntas de confirmação, os question tags. Veja os (Eu tenho dormido muito bem, desde que eu troquei

DE
exemplos a seguir: de quarto com a minha irmã.)

O
ƒ Let’s start, shall we? ƒ We have been responsible for her for 5 years.

BI
(Vamos começar?)

FA
(Nós somos/temos sido os responsáveis por ela nos
ƒ Shall we dance? últimos 5 anos.) Nós começamos e ainda somos res-

IO
(Vamos dançar?) ponsáveis por ele.

L
RE
Além disso, é possível observar a presença de shall em tex- Ele é utilizado por ações que acabaram de acontecer ou

AU
tos jurídicos ou religiosos: estão quase acontecendo.
ƒ Education shall be free. ƒ I have just sent you my report.

CO
(A educação será/deverá ser gratuita.) (Eu acabei de te mandar meu relatório.)

AR
ƒ You shall not murder.
ƒ Rush! The plane has arrived.

8M
(Não matarás.)
(Apresse-se! O avião está chegando).

85
Formas negativas Com as palavras ever (ou never) normalmente expressam-

09
As formas negativas dos modal verbs são obtidas atra- -se experiências de uma vida inteira.

33
vés da adição da palavra not – cannot (can’t); could not ƒ Have you ever seen a lion?

88
(couldn’t); may not, might not; should not (shouldn’t);

30
(Você já viu um leão?) Ou seja, desde o nascimento
must not (mustn’t); ought not to; will not (won’t); shall not até o momento da fala.
A
(shan’t); would not (wouldn’t).
UR
ƒ No, I have never seen a lion.
MO

(Não, eu nunca vi um leão.) Ou seja, desde o nasci-


Formas interrogativas mento até o momento da fala.
DE

As formas interrogativas dos modal verbs são obtidas atra-


ƒ She has never been abroad.
vés da inversão do sujeito da oração e do verbo modal –
O

(Ela nunca esteve no exterior.)


BI

can I...?; could I...?; may I...?; might you...?; should you...?;
FA

must I...?; will you...?; would you...?; Shall we...?.


Present perfect continuous
LIO

PERFECTION
RE

Have/has + been + verb(ing)


AU

É uma variação do present perfect. Ele é utilizado quando


Present perfect se quer enfatizar a continuidade de uma ação que come-
C O

çou no passado e continua no presente.


AR

Have/has + past participle ƒ She has been washing the dishes since she arrived.
8M

O present perfect é um tempo verbal utilizado para expres- (Ela está lavando louça desde que ela chegou.) ou
sar uma ação que começou no passado e cujas consequên- seja, ela não interrompeu a lavagem em nenhum mo-
85

cias se estendem (e são relevantes) até o momento da fala. mento.


09

ƒ I have lost my bag.


3

ƒ They have been married for 35 years.


83

(Eu perdi minha bolsa.) Neste caso, meu passaporte (Eles estão casados há 35 anos.) ou seja, há 35 anos,
8

continua perdido.
30

eles estão casados.


ƒ She has left the house.
A
UR

(Ela saiu da casa.) Ela saiu da casa e ainda não retor-


nou.
Past perfect
MO

ƒ Be quiet, please! I haven’t finished it yet.


Had + past participle
DE

(Fique quieto, por favor! Eu ainda não terminei.) Ou


seja, eu comecei algo e ainda estou executando esta O past perfect corresponde ao tempo verbal que a língua
O

portuguesa chama de pretérito mais-que-perfeito.


BI

tarefa.
A definição e o uso são quase os mesmos. Eles servem para
FA

Ele é utilizado para expressar ações que têm se repetido expressar uma ação que está no passado do passado. Ou
LIO

nos últimos tempos. seja, caso se faça necessário expressar duas ações não si-
ƒ She has worked a lot recently.
RE

multâneas no passado, a ação mais antiga (que aconteceu


(Ela tem trabalhado muito recentemente.) primeiro) deve ser estar no past perfect, enquanto a mais
AU
O

80
RC
MA
3
88
30
A
UR
recente (que aconteceu depois), deve estar no simple past.
Future perfect continuous

MO
Estude os exemplos a seguir. Mesmo que sejam muito mais raros, é possível que você
ƒ Don’t be mad! When you arrived work, we had already

DE
encontre os dois tempos acima em textos mais sofisticados,
finished the meeting. portanto, vamos aprender um pouco sobre eles. Ambos são

O
(Não fique bravo! Quando você chegou ao trabalho, usados para expressar ações no futuro que se iniciaram em

BI
FA
nós já tínhamos terminado a reunião). algum ponto do passado.
ƒ Portugal and Spain had already signed the Torde- ƒ In a near future, Brazil will have hosted the two gre-

IO
silhas treat when Pedro Álvares Cabral arrived in the atest events in the world.

L
RE
Brazilian Coast in 1500. (Em um futuro próximo, o Brazil terá sediado os dois

AU
(Portugal e Espanha já tinham/haviam assinado o maiores eventos do mundo.) – future perfect
tratado de Tordesilhas, quando Pedro Álvares Cabral ƒ By 2030, I will have been living for 59 years.

CO
chegou na costa brasileira em 1500). (Quando 2030 chegar, eu terei vivido por 59 anos.)

AR
– future perfect continuous

8M
Past perfect continuous

85
Formas interrogativas

09
Had + been + verb(ing) As formas negativas dos tempos perfeitos são conseguidas

33
O past perfect também pode ser utilizado em sua forma por meio da inversão do verbo auxiliar to have com o su-

88
contínua, e, assim como o present perfect continuous, a jeito da oração.

30
ênfase está na duração e continuidade da ação.
Formas negativas
A
ƒ I was short of breath on the phone because I had UR
been running in the park. As formas negativas dos tempos perfeitos são conseguidas
MO

(Eu estava ofegante ao telefone porque eu tinha cor- através da adição do advérbio not junto ao verbo auxiliar
to have, ou em alguns casos por meio da adição do advér-
DE

rido/ estava correndo no parque.)


bio never.
ƒ She had been waiting for a long time when you ar-
O
BI

rived.
FA

(Ela havia esperado/ esteve esperando por um lon-


go tempo quando você chegou.)
LIO
RE
AU
C O
AR
8M
85
309
83
8
30
A
UR
MO
DE
O
BI
FA
LIO
RE
AU
O

81
RC
MA
3
88
30
Gramática

A
UR
Anamnese

MO
semana Numerais, preposições,

DE
4 interjeições e conjunções

O
BI
FA
IO
PREPOSIÇÕES (INVARIÁVEIS)

L
RE
O soldado desabou em combate.

AU
Conectam elementos, podendo estabelecer relação de sen-

CO
tido entre eles. As preposições podem ser divididas em dois verbo intransitivo locução adverbial
(adj. adverbial)

AR
grupos:

8M
ƒ Preposições essenciais – são as palavras que só preposição com sentido (ideia de localidade)
funcionam como preposição: a, ante, após, até, com,

85
contra, de, desde, em, entre, para, per, perante, por,
NUMERAIS (VARIÁVEIS)

09
sem, sob, sobre, trás.

33
ƒ Preposições acidentais – são as palavras de outras

88
classes gramaticais que, em certas frases, funcionam Quantifica os substantivos. São classificados em:

30
como preposição: afora, como, conforme, consoante, ƒ Numeral cardinal (número de origem): dois; sete
A
durante, exceto, mediante, menos, salvo, segundo, visto. UR
ƒ Numeral ordinal (ordenação): primeiro; segundo
ƒ Numeral multiplicativo (aumento proporcional): dobro;
MO

é Relacionais (sem sentido) – ocorrem com comple-


mento verbal ou nominal. quíntuplo
DE

ƒ Numeral fracionário (redução proporcional): meio; dois


terços
O

Ele tem pavor de altura.


BI

ƒ Numeral coletivo (palavra que remete a número defini-


FA

do): dúzia; século


subst. subst (complemento nominal)
LIO

Atenção! O numeral, além de qualificar, acompanha o


preposição sem sentido
RE

substantivo.
AU

A gráfica precisará de materiais novos. Vinte e cinco cadeiras serão mais que suficiente.
C O
AR

vti subst (objeto indireto) numeral subst.


8M

preposição sem sentido


INTERJEIÇÕES (INVARIÁVEIS)
85

é Nocionais (com sentido) – ocorrem com adjunto ad-


3 09

nominal e adjunto adverbial.


83

Denota relações expressivas diversas. São classificadas em:


8
30

Preciso de uma mesa de madeira. ƒ Advertência: cuidado!, olhe!, atenção!, fogo!, olha lá!,
A

alto lá!, calma!, devagar!


UR

subst. locução adjetiva ƒ Agradecimento: graças a Deus!, obrigado!, agradeci-


MO

(adj. adnominal) do!, muito obrigada!, valeu!, valeu a pena!


ƒ Alegria: ah!, eh!, oh!, oba!, eba!, viva!, olá!, olé! eta!,
DE

preposição com sentido (ideia de matéria) eita!, eia!, uhu!, que bom!
O

ƒ Alívio: ufa!, uf!, arre!, ah!, eh!, puxa!, ainda bem!, nos-
BI

sa senhora!
FA

ƒ Ânimo: coragem!, força!, ânimo!, avante!, eia!, va-


LIO

mos!, firme!, inteirinho!, bora!


RE

ƒ Apelo: socorro!, ei!, ô!, oh!, alô!, psiu!, olá!, eh!, psit!,
AU

misericórdia!
O

82
RC
MA
3
88
30
A
UR
ƒ Silêncio: psiu!, shh!, silêncio!, basta!, chega!, calado!,
Conjunções subordinativas

MO
quieto!, bico fechado!
As conjunções subordinativas ligam duas orações, das

DE
Atenção! A interjeição é criada a partir de outras classes
quais uma é necessariamente dependente da outra, de-
de palavras.

O
sempenhando em relação a esta uma função sintática. São

BI
Cuidado! Você pode se machucar! classificadas como:

FA
é Causais – introduzem a oração que é causa da ocor-

IO
interjeição (que parte do substantivo “o cuidado“)
rência da oração principal: porque, que, pois que, visto que,

L
RE
Ótimo! Vou ficar com todas as peças. uma vez que, porquanto, já que, desde que, como (no início

AU
da frase).
interjeição (que parte do adjetivo “ótimo“) ƒ Ele não fez as compras porque não havia trazido a

CO
carteira.

AR
CONJUNÇÕES é Concessivas – introduzem a oração que expressa

8M
ideia de contrariedade parcial em relação ao que está con-
tido na oração principal (uma vez que aquilo que se afirma

85
Conjunções coordenativas na oração principal não está inteiramente desautorizado

09
pela semântica da conjunção): embora, ainda que, apesar

33
As conjunções coordenativas conectam orações sem esta-
de que, se bem que, mesmo que, por mais que, posto que,

88
belecer uma relação de dependência (uma função sintáti-

30
ca). De acordo com um critério lógico-semântico, elas se conquanto.
ƒ Embora fosse arriscado, investimos em ações.
A
classificam assim: UR
é Aditivas – estabelecem uma relação de soma, de adi- é Condicionais – introduzem uma oração que indica a
MO

ção entre os termos: e, nem, não só... mas também, não hipótese ou a condição para ocorrência da principal: se,
caso, contanto que, salvo se, a não ser que, desde que, a
DE

só... como também, bem como, não só... mas ainda.


ƒ Ele saiu cedo e levou a carteira. menos que, sem que.
O

ƒ Ela não só saiu cedo como também passou na far- ƒ Caso precise de algum empréstimo, procure um banco.
BI

é Conformativas – introduzem uma oração que expri-


FA

mácia.
é Adversativas – estabelecem uma relação de contras- me a conformidade de um fato com outro: conforme, como
LIO

te, de oposição entre os termos: mas, porém, contudo, to- (conforme), segundo, consoante.
RE

davia, entretanto, no entanto, não obstante. ƒ As coisas nem sempre ocorrem como queremos.
AU

ƒ Tentou vender os livros usados, mas não conseguiu. é Finais – introduzem uma oração que expressa a finali-
O

é Alternativas – estabelecem uma relação de alternân- dade ou o objetivo com que se realiza a principal: para que,
C

a fim de que, que, porque (para que), que.


AR

cia, de escolha ou de exclusão entre os termos: ou, ou...


ou, ora... ora, já... já, quer... quer, seja... seja, talvez... talvez. ƒ Mande o e-mail para que todos compareçam no ho-
8M

ƒ Ou você chega logo, ou vou embora para minha casa. rário correto.
85

é Conclusivas – estabelecem uma relação de conclusão é Proporcionais – introduzem uma oração que expres-
09

a respeito de um fato dado no mundo: logo, portanto, por sa um fato relacionado proporcionalmente à ocorrência da
3
83

conseguinte, por isso, assim, pois (depois do verbo e entre principal: à medida que, à proporção que, ao passo que –
8

vírgulas). e as combinações: quanto mais... (mais), quanto menos...


30

ƒ Estava muito irritado, portanto, preferiu conversar (menos), quanto menos... (mais), quanto menos... (menos).
A

ƒ Os problemas saem do controle à medida que não


UR

mais tarde.
são resolvidos.
MO

é Explicativas – estabelecem uma relação de explica-


ção a respeito de um fato que ainda não ocorreu no mun- é Temporais – introduzem orações que acrescentam
DE

do ou sobre o qual reside alguma incerteza: que, porque, uma circunstância de tempo ao fato expresso na oração
principal: quando, enquanto, antes que, depois que, logo
O

porquanto, pois (antes do verbo).


BI

ƒ Não fique irritado, porque a conversa pode tomar ou-


FA

tros rumos.
LIO
RE
AU
O

83
RC
MA
3
88
30
A
UR
que, todas as vezes que, desde que, sempre que, assim que,

MO
agora que, mal (assim que).
ƒ Ele nos atendeu assim que começamos a reclamar.

DE
é Comparativas – introduzem orações que expressam

O
ideia de comparação em relação à oração principal: como,

BI
FA
assim como, tal como, como se, (tão)... como, tanto como,
tanto quanto, do que, quanto, tal, qual, tal qual, que nem,

IO
que (combinado com menos ou mais).

L
RE
ƒ A seleção fez mais gols hoje que no jogo anterior.

AU
é Consecutivas – introduzem orações que expressam

CO
consequência em relação à principal: de sorte que, de
modo que, sem que (que não), de forma que, de jeito que,

AR
que (cujo antecedente na oração principal seja tal, tão,

8M
cada, tanto, tamanho).

85
ƒ Dormiu tanto que ficou com dores no pescoço.

09
33
Conjunções integrantes

88
As conjunções integrantes introduzem as orações subor-

30
dinadas substantivas. Ocorrem com os termos “que” e
A
“se”. UR
ƒ Espero que você volte. (Espero sua volta.)
MO

ƒ Não sei se ele voltará. (Não sei da sua volta.)


DE

Dica
O
BI

Para confirmar se uma conjunção é do tipo integrante, de-


FA

ve-se substituir os termos “que” ou “se”, e o restante da


LIO

oração que os acompanha, pelo pronome “isso”.


ƒ É necessário que se mudem os pensamentos.
RE

isso
AU
CO
AR
8M
85
309
883
30
A
UR
MO
DE
O
BI
FA
LIO
RE
AU
O

84
RC
MA
3
88
30
Interpretação de Textos

A
UR
Anamnese

MO
semana

DE
4 Semântica: elementos de análise

O
BI
FA
ELEMENTOS DE ANÁLISE I

IO
peixe é hiperônimo de bacalhau, e bacalhau é hipôni-

L
mo de peixe.)

RE
ƒ Houve um aumento da gasolina. Esse fato deixou os

AU
A semântica é o campo de estudos linguísticos que cuida brasileiros irritados. (Fato é uma palavra que dá conta
dos significados das palavras e dos textos. Ela está presen-

CO
de aumento da gasolina, portanto, podemos afirmar
te em praticamente todos os outros campos gramaticais que fato é hiperônimo do trecho sublinhado.)

AR
(com exceção dos estudos básicos de fonética e fonologia,

8M
ELEMENTOS DE ANÁLISE II
ligados à ortografia e à acentuação). Pode ter certeza de
que, onde há acepções de sentido, há semântica.

85
09
Além de sua presença em várias áreas da Gramática, a se-
Homonímia

33
mântica possui seus próprios elementos de análise.
Ocorre homonímia quando temos palavras de grafia igual

88
30
ou pronúncia igual, mas com significado diferente. Isso nos
Sinonímia dá três tipos de homônimos:
A
Ocorre sinonímia quando temos palavras com significados UR
idênticos ou muito semelhantes a outras. é Homônimo homófono heterógrafo (pronúncia
MO

ƒ Cão = cachorro igual – grafia diferente)


ƒ Jerimum = abóbora ƒ acento (marca gráfica de tonalidade) e assento (local
DE

para se sentar)
A sinonímia tem forte relação com a paráfrase (possi-
O

é Homônimo homógrafo heterófono (escrita igual –


BI

bilidade de se reconstruir uma frase ou texto com outras


FA

palavras similares) e nos ajuda nos processos de coesão pronúncia diferente)


ƒ jogo (substantivo) e jogo (verbo)
LIO

textual (por meio de sinônimos, evitamos a repetição de


termos em um texto). é Homônimo homófono homógrafo (pronúncia
RE

igual – escrita igual)


AU

Antonímia ƒ rio (substantivo) e [eu] rio (verbo)


O

Ocorre antonímia quando temos palavras com significados


C

contrários a outras. Polissemia


AR

ƒ Bonito x feio Temos polissemia em palavras que preservam sua classe


8M

ƒ Alto x baixo gramatical, mas que possuem significados múltiplos.


ƒ natureza (meio ambiente) e natureza (essência de algo)
85
09

Paronímia ƒ banco (local onde se senta) e banco (instituição finan-


3

Temos parônimos quando as palavras são muito parecidas, ceira)


83

mas seus sentidos são diferentes.


8
30

ƒ comprimento (largura) e cumprimento (saudação); dis- Denotação e conotação


A

criminar (separar) e descriminar (absolver) É dentro do campo da semântica que verificamos também
UR

os processos de denotação e conotação, fenômenos lin-


MO

Hiperonímia e hiponímia guísticos que nos permitem entender a amplitude de sig-


São fenômenos que operam relações de abrangência entre nificação existente em nossa língua, ou, em termos mais
DE

palavras (palavras que englobam outras ou que são englo- claros, é o estudo da denotação e da conotação que nos
O

badas). As palavras que englobam são conhecidas como permite perceber o quanto os significados podem variar
BI

hiperônimos; as englobadas, como hipônimos. por conta do interesse dos interlocutores.


FA

ƒ Comprei um bacalhau para preparar na semana san- ƒ Filho, você tem que comer todo seu jantar, ou não terá
LIO

ta. Esse peixe é bastante salgado. (Peixe é uma pala- sobremesa.


RE

vra mais abrangente, que dá conta de bacalhau e de ƒ O piloto fez o adversário comer poeira.
outros diversos peixes, portanto, podemos afirmar que
AU
O

85
RC
MA
3
88
30
A
UR
É possível perceber nas frases apresentadas que o verbo

MO
‘comer’ foi usado com dois sentidos diferentes. Na primei-
ra, temos comer sendo usado na sua acepção mais co-

DE
mum, que é alimentar-se. Já no segundo caso, temos o ver-

O
bo comer sendo usado para “figurar” a ideia de alguém

BI
comendo poeira, mas não porque isso esteja ocorrendo de

FA
verdade, e sim porque se tenta passar a ideia de que o pi-

IO
loto passou tão rápido pelo adversário que levantou poeira,

L
e quem está atrás a teria “comido”.

RE
AU
No primeiro caso, a palavra “comer“ foi usada em seu
sentido dito literal, ou o sentido padrão (primeiro) dessa

CO
palavra. Quando isso ocorre, temos uma palavra em sen-

AR
tido denotativo. Já no segundo exemplo, o verbo “comer“

8M
foi usado em sentido figurado, tentando figurar/represen-
tar uma situação (alguém comendo poeira). Quando isso

85
ocorre, temos uma palavra em sentido conotativo.

09
33
Sentido denotativo

88
30
Como vimos anteriormente, entende-se por sentido de-
notativo o sentido primeiro de uma palavra. Seu sentido
A
UR
básico, de dicionário. Entender bem o funcionamento do
MO

sentido denotativo nos ajudará, mais adiante, a entender


como são operados alguns processos de interpretação em
DE

gêneros textuais do português, como os textos científicos


O

e também os jornalísticos, que são textos cujo objetivo é


BI

transmitir informações exatas e precisas ao leitor. Um tex-


FA

to denotativo evita palavras às quais se possam atribuir


LIO

sentidos variados. Pensando no que aprendemos na aula


anterior, os textos denotativos evitam trabalhar com textos
RE

polissêmicos.
AU

Sentido conotativo
C O

Entende-se por sentido conotativo aquele que explora os


AR

múltiplos significados que uma palavra pode ter. Em um


8M

texto conotativo, não importa muito o sentido primeiro da


85

palavra, e sim a sua capacidade de “sugerir” interpreta-


09

ções variadas. Os gêneros que habitualmente trabalham


3

com conotações são os literários (prosa, poesia, crônica,


83

entre outros) e as canções. Mas também podemos encon-


8
30

trar esse sentido em outros tipos de gênero, dependendo


A

das intenções do autor.


UR

Costumam ser textos de natureza mais complexa, que exi-


MO

gem um trabalho de leitura mais profundo, para que se


DE

possa apreender o que o autor quis expressar nas entreli-


nhas da mensagem. Trabalha-se aqui com conhecimentos
O

amplos de vocabulário.
BI
FA
LIO
RE
AU
O

86
RC
MA
3
88
30
Literatura

A
UR
Anamnese

MO
semana Arcadismo no Brasil, nativismo épico e

DE
4 Romantismo em Portugal

O
BI
FA
IO
ARCADISMO NO BRASIL Tomás Antonio Gonzaga (Dirceu)

L
RE
ƒ Influência da experiência pessoal na poesia lírica – “Li-

AU
Contexto histórico ras de Marília de Dirceu“, que retrata poeticamente seu

CO
noivado com Maria Doroteia Joaquina de Seixas.
ƒ Ciclo da mineração em Minas Gerais

AR
ƒ Representação direta da natureza de Minas Gerais
ƒ Chegada do pensamento iluminista e formação de
ƒ Lirismo como expressão pessoal – vertente subjetiva

8M
uma sociedade culta
presente na segunda parte das liras
ƒ Sociedade escravocrata

85
ƒ Lírica pré-romântica: escrita no cárcere locus horren-

09
ƒ Revolta de Vila Rica e Inconfidência Mineira
dus, onde o eu lírico confessa sua tristeza, sua amar-

33
gura, após o fim do noivado e a subsequente prisão.

88
Cláudio Manoel da Costa

30
(Glauceste Satúrnio) Lira I (árcade)
A
UR
ƒ Autor de “Vila Rica“, poema épico e histórico sobre a Eu, Marília, não sou algum vaqueiro,
Que viva de guardar alheio gado;
MO

fundação da cidade
ƒ Foi um grande sonetista, cuja poesia evolui a partir do De tosco trato, de expressões grosseiro,
DE

Dos frios gelos, e dos sóis queimado.


modelo camoniano e encontra a poética árcade.
Tenho próprio casal, e nele assisto;
ƒ Buscou a sobriedade, a simplicidade e a elegância em
O

Dá-me vinho, legume, fruta, azeite;


BI

sua produção poética. Das brancas ovelhinhas tiro o leite,


FA

ƒ Inovou ao expressar a identidade colonial por meio E mais as finas lãs, de que me visto.
LIO

da representação da paisagem de Minas Gerais e sua Graças, Marília bela,


natureza áspera (pedras, penhas, rochas e penhascos, Graças à minha Estrela!
RE

imagens constantes em sua poesia). Eu vi o meu semblante numa fonte,


AU

Dos anos inda não está cortado:


Os pastores, que habitam este monte,
O

Destes penhascos fez a natureza


Respeitam o poder do meu cajado.
C

O berço em que nasci: oh! quem cuidara,


AR

Com tal destreza toco a sanfoninha,


Que entre penhas tão duras se criara Que inveja até me tem o próprio Alceste:
8M

Uma alma terna, um peito sem dureza! Ao som dela concerto a voz celeste;
85

Amor, que vence os tigres, por empresa Nem canto letra, que não seja minha,
09

Graças, Marília bela,


Tomou logo render-me; ele declara
Graças à minha Estrela!
3

Contra o meu coração guerra tão rara,


83

Mas tendo tantos dotes da ventura,


8

Que não me foi bastante a fortaleza.


30

Só apreço lhes dou, gentil Pastora,


Por mais que eu mesmo conhecesse o dano, Depois que teu afeto me segura,
A
UR

A que dava ocasião minha brandura, Que queres do que tenho ser senhora.
Nunca pude fugir ao cego engano: É bom, minha Marília, é bom ser dono
MO

De um rebanho, que cubra monte, e prado;


Vós, que ostentais a condição mais dura, Porém, gentil Pastora, o teu agrado
DE

Temei, penhas, temei; por amor tirano, Vale mais q’um rebanho, e mais q’um trono.
O

Onde há mais resistência mais se apura. Graças, Marília bela,


BI

Graças à minha Estrela!


FA

Os teus olhos espalham luz divina,


LIO

A quem a luz do Sol em vão se atreve:


Papoila, ou rosa delicada, e fina,
RE

Te cobre as faces, que são cor de neve.


AU

Os teus cabelos são uns fios d’ouro;


O

87
RC
MA
3
88
30
A
UR
Teu lindo corpo bálsamos vapora. Porém se os justos Céus, por fins ocultos,

MO
Ah! Não, não fez o Céu, gentil Pastora, Em tão tirano mal me não socorrem;
Para glória de Amor igual tesouro. Verás então, que os sábios,

DE
Graças, Marília bela, Bem como vivem, morrem.
Graças à minha Estrela!

O
Eu tenho um coração maior que o mundo!

BI
Leve-me a sementeira muito embora Tu, formosa Marília, bem o sabes:

FA
O rio sobre os campos levantado: Um coração..., e basta,
Acabe, acabe a peste matadora, Onde tu mesma cabes.

IO
Sem deixar uma rês, o nédio gado.

L
RE
Já destes bens, Marília, não preciso:
Nem me cega a paixão, que o mundo arrasta; POESIA ÉPICA

AU
Para viver feliz, Marília, basta
Que os olhos movas, e me dês um riso.

CO
Graças, Marília bela, O Uraguai, de Basílio da Gama

AR
Graças à minha Estrela!
ƒ Escrito em decassílabos brancos e estrofes irregulares

8M
Irás a divertir-te na floresta,
ƒ Mitologia indígena
Sustentada, Marília, no meu braço;

85
Ali descansarei a quente sesta, ƒ Exaltação ao marquês de Pombal

09
Dormindo um leve sono em teu regaço: ƒ Crítica dos jesuítas

33
Enquanto a luta jogam os Pastores, ƒ Cacambo e Lindoia – heróis indígena

88
E emparelhados correm nas campinas, ƒ Baldo e Baldeta – jesuítas (vilões)

30
Toucarei teus cabelos de boninas,
Nos troncos gravarei os teus louvores.

A
Graças, Marília bela, O caramuru, de Frei Santa Rita Durão
UR
Graças à minha Estrela!
MO

ƒ Segue o modelo camoniano: oitava e rima e versos de-


Depois de nos ferir a mão da morte, cassílabos
DE

Ou seja neste monte, ou noutra serra,


ƒ Mistura mitologia pagã e cristã
Nossos corpos terão, terão a sorte
ƒ Suicídio de Moema – antecipação do Indianismo ro-
O

De consumir os dois a mesma terra.


BI

Na campa, rodeada de ciprestes, mântico


FA

Lerão estas palavras os Pastores:

ROMANTISMO EM PORTUGAL
LIO

“Quem quiser ser feliz nos seus amores,


Siga os exemplos, que nos deram estes.”
RE

Graças, Marília bela,


AU

Graças à minha Estrela!


Romantismo em Portugal
O

Lira II (pré-romântica) Partidários do liberalismo de D. Pedro e antimiguelistas, os


C
AR

Esprema a vil calúnia muito embora jovens escritores Almeida Garrett e Alexandre Herculano ti-
8M

Enter as mãos denegridas, e insolentes, veram de exilar-se na Inglaterra e na França, onde tomaram
Os venenos das plantas, contato com as obras de Lord Byron, Walter Scott e William
85

E das bravas serpentes. Shakespeare.


09

Chovam raios e raios, no meu rosto


3

De volta, em 1825, Garrett publicou uma biografia ro-


83

Não hás de ver, Marília, o medo escrito:


manceada concebida em versos brancos chamada “Ca-
8

O medo perturbador,
30

Que infunde o vil delito. mões“. Com esse poema, introduziu-se o Romantismo em
A

Portugal. Suas características viriam a firmar-se no espíri-


Podem muito, conheço, podem muito,
UR

As fúrias infernais, que Pluto move; to romântico: versos decassílabos brancos, subjetivismo,
MO

Mas pode mais que todas nostalgia, melancolia e a grande combinação dos gêneros
Um dedo só de Jove. literários.
DE

O Romantismo português durou aproximadamente 40


Este Deus converteu em flor mimosa,
anos. Como nos demais países europeus, o Romantismo
O

A quem seu nome dera a Narciso;


BI

Fez de muitos os Astros, português atrelou-se ao liberalismo e à ideologia burguesa


FA

Qu’inda no Céu diviso. e assumiu compromissos com o novo público leitor.


LIO

Ele pode livrar-me das injúrias


Do néscio, do atrevido ingrato povo;
RE

Em nova flor mudar-me,


AU

Mudar-me em Astro novo.


O

88
RC
MA
3
88
30
A
UR
Gerações do Romantismo português Camilo Castelo Branco

MO
Nos anos caóticos de lutas entre liberais e conservadores, ƒ Camilo concentrou seus esforços profissionais na car-

DE
os românticos foram, pouco a pouco, implementando as reira de escritor, fonte de seu sustento. Sua vasta obra
compreende as temáticas com foco no mistério, nas

O
reformas literárias que modificariam o quadro estético ne-

BI
oclássico português. O Romantismo português conheceu questões históricas e na crítica aos costumes.

FA
três momentos distintos. ƒ A novela camiliana atende ao gosto popular, com

IO
predomínio do Ultrarromantismo e do passionalismo,

L
Primeira Geração traço distintivo e força artística. O mundo é frustrado

RE
sob o ângulo das grandes paixões: Carlota Ângela

AU
A Primeira Geração (Almeida Garrett e Alexandre Hercula-
(1858); Amor de perdição (1863); Amor de salvação
no), entre os anos de 1825 e 1840, muito contribuiu para

CO
(1864); A doida do Candal (1867); O retrato de Ricar-
a consolidação do liberalismo no país.

AR
dina (1868).
ƒ A obra que rompe com as características típicas do

8M
Almeida Garrett
romantismo é Coração, cabeça e estômago, livro que
ƒ É um dos principais escritores do Romantismo portu-

85
realiza uma crítica aos costumes como numa anteci-

09
guês.
pação ao Realismo.

33
ƒ Em 1832, participou do cerco à cidade do Porto, em-

88
preendido pelos liberais.
Terceira Geração

30
ƒ Escreveu romances, poesia e teatro.

A
ƒ Viagens na minha terra é um relato-personagem que A Terceira Geração (Júlio Dinis), de transição para o Re-
UR
registra o pitoresco da terra natal. Trata-se de um mis- alismo, marcou presença nos anos de 1860. Nesses três
MO

to de diário, literatura de viagens, reportagens e ficção, momentos, a poesia, o romance, o teatro, a historiogra-
cujo fio narrativo é uma viagem de Lisboa a Santarém. fia e o jornalismo se desenvolveram de forma inédita em
DE

É organizada em capítulos que relatam os aconteci- Portugal.


O

mentos e as reflexões do narrador sobre vários assun-


BI

Júlio Dinis
FA

tos, entre os quais amor, política, curiosidades.


ƒ Criava seus personagens sob a lógica dos tipos sociais
LIO

Alexandre Herculano e substituiu o Ultrarromantismo pelas antecipações re-


RE

ƒ Assim como Garrett, engajou-se na luta ao lado dos alistas, em que a oralidade e os comportamentos ob-
AU

pedristas (liberais). serváveis passaram a figurar em suas narrativas. No en-


tanto, é estudado ainda no Romantismo, por conta do
O

ƒ A obra literária de Herculano obedece ao princípio


C

romântico de busca da realidade ideal para o país processo de redenção nas conclusões de suas tramas.
AR

mediante a reconstituição das formas sociais mais sig- ƒ Suas principais obras são: As pupilas do senhor rei-
8M

nificativas de sua história. Esse historicismo tem sua tor (1867); A morgadinha dos canaviais (1868); Uma
85

origem no Romantismo histórico e social do escritor família inglesa (1868); Serões da província (1870);
09

inglês Walter Scott e do francês Victor Hugo. Os fidalgos da casa mourisca (1871); Poesias (1873);
3

Inéditos e esparsos (1910); Teatro inédito (1946-47).


83

ƒ A ficção histórica é constituída por três obras: O bobo,


8

que trata da formação de Portugal em meio a uma


30

intriga romântica; Eurico, o presbítero, que registra a


A
UR

situação histórica portuguesa sob o domínio mouro e


discute criticamente a questão do celibato clerical; e O
MO

monge de Cister, romance que marca o momento his-


DE

tórico da centralização política monárquica.


O
BI

Segunda Geração
FA

A Segunda Geração (Camilo Castelo Branco), ultrarromân-


LIO

tica, levou o movimento ao exagero, e prevaleceu entre os


RE

anos de 1840 e 1860.


AU
O

89
RC
MA
3
88
30
Inglês

A
UR
Anamnese

MO
semana Prepositions

DE
4 Don’t forget

O
BI
FA
PREPOSITIONS

IO
Prepositions para posições

L
RE
Aqui vamos nos ater para o uso de prepositions em relação

AU
Prepositions de relação aos níveis hierárquicos de posições. Vamos escaloná-los da
seguinte forma: ABOVE, ON, IN, UNDER, BELOW.

CO
Prepositions são palavras que, como o próprio nome diz,

AR
antecede algum pronome ou substantivo. As preposições ABOVE é utilizado para indicar o que está no alto em opo-
sição ao BELOW é utilizado para indicar aquilo que está

8M
são utilizadas para associar algum conceito ao termo que
está ligado. por baixo. ON também indica posição superior assim como

85
UNDER indica posição inferior. No entanto, ON e UNDER

09
A exemplo da grande maioria dos temas estudados em diferenciam-se e ABOVE e BELOW pois ambos são usa-

33
uma língua estrangeira, a tradução pura e simples pode dos quando há alguma superfície de referência, de acordo

88
ocasionar uma confusão com a perda do sentido dos con- com o exemplo:

30
ceitos, mesmo quando a tradução parece simples e direta. ƒ The Book is ON/UNDER the table.
Para evitar dúvidas, vamos analisar as prepositions presen-
A
ƒ The plane is ABOVE us.
UR
tes na Língua Inglesa divididas em grupos por uso e con- ƒ The submarine is BELOW the sea.
MO

ceitos. Vejamos alguns exemplos: ƒ The Book is IN the box.


DE

Prepositions in / on / at para tempo e espaço Outras referencias de posição: AROUND, AMONG, BE-
TWEEN, BEFORE e AFTER.
O

Estas três prepositions seguem uma regra de hierarquia


BI

quando refere-se a tempo ou lugar. Nestes casos , IN refe- AROUND: é utilizado para indicar proximidade ou apro-
FA

re-se ao maior, ON a um nível intermediário e AT ao nível ximação.


LIO

específico, podendo ser diagramado desta forma : ƒ She lives AROUND here.
(Ela mora por aqui/aqui perto.)
RE

Lugar Tempo
AMONG: utiliza-se para indicar algo que está no meio de
AU

Séculos, décadas, anos, es-


País, cidade, bairro IN outras coisas ou pessoas.
O

tações do ano, meses


ƒ I am very happy to be here AMONG my friends.
C

Dias da semana, finais de


AR

Ruas e avenidas ON (Estou muito feliz de estar aqui entre meus amigos.)
semana, datas
8M

BETWEEN: utiliza-se para indicar algo ou alguém que está


Tempo específico, hora
Lugar específico AT posicionado entre duas coisas ou pessoas:
85

exata, feriados
ƒ Can you see me? I am here BETWEEN gates 7 and 8.
09

Exemplos:
3

BEFORE: utiliza-se para indicar referência anterior.


83

ƒ I live in Brazil.
ƒ I hope solving this BEFORE monday.
8

ƒ We are in the Autumm.


30

Espero resolver isto até segunda).


A

ƒ I’ll meet you on Paulista Av.


UR

AFTER: utiliza-se para indicar referência posterior


ƒ See you on next weekend.
ƒ I will check this just AFTER my vacations.
MO

ƒ I study at Hexag. (Eu verificarei isto apenas após minhas férias.)


ƒ The class starts at 7 PM.
DE

Um caso específico: over


O

Exceções:
A preposition OVER tem larga utilização. O primeiro con-
BI

Quando referimo-nos aos períodos do dia, o uso é diferen- ceito a se associar a OVER é a ideia de acima do limite ou
FA

ciado. Veja os exemplos: capacidade. No entanto, esta preposição também é utili-


LIO

In the morning at night zada para posição superior de forma muito semelhante ao
RE

In the afternoon at dusk ABOVE. Vejamos os exemplos:


In the evenings at dawn
AU
O

90
RC
MA
3
88
30
A
UR
ƒ This painting should be placed OVER my bed. THROUGH (THRU): utiliza-se para expressar movimento:

MO
(Este quadro/pintura deve ser colocado em cima da ƒ Walk THROUGH the door, please.
minha cama.) (Vá por aquela porta, por favor.)

DE
ƒ I will lay me down like a bridge OVER troubled waters.
TRHOUGHOUT: utiliza-se para expressar períodos de

O
(Eu me estenderei ao eu lado como uma ponte sobre
tempo

BI
águas turbulentas.)

FA
ƒ The flu epidemic scared the population THROUGH-
TOUT the last century.

IO
Prepositions de relação (A epidemia de gripe apavorou a população no decor-

L
RE
Aqui surgem algumas preposições que costumam confun- rer do último século.)

AU
dir pois a tradução não auxilia. Vamos mais uma vez nos DURING: utiliza-se para expressar períodos de tempo.
prender aos conceitos:

CO
ƒ The houses on the hill were destroyed during the last
TO: refere-se a destino rain.

AR
ƒ I am going TO Bahia. (As casas na colina foram destruídas durante a última

8M
(Estou indo para a Bahia.) chuva.)

85
FOR: refere-se a período de tempo SINCE: utiliza-se para expressar origem ou início.

09
ƒ They lived FOR twenty years. ƒ I work here SINCE 2015.

33
(Eles viveram por vinte anos.) UNTIL: utiliza-se para indicar limite de tempo.

88
ƒ Don’t start UNTIL everyone arrives.

30
Antes de PRONOME ou SUBSTANTIVO, usa-se FOR. Antes
de VERBO, usa-se TO. (Não comecem até que todos cheguem.)
A
UR
FROM: usado sempre para origem TOWARDS: utiliza-se para expressar direção ou intenção.
MO

ƒ I am FROM Brazil ƒ Please walk TOWARDS him to get what are you
(Eu sou do Brasil.) looking for.
DE

(Por favor, vá até ele para obter o que procura.)


BY: Indica autoria
O

INTO: é uma junção de IN com TO. Utiliza-se para indicar


BI

ƒ This song was written BY Lennon and McCartney.


FA

(Esta é uma canção de Lennon e McCartney.) movimento


ƒ John walked INTO the church to take shelter from the
LIO

OF: indica posse ou vinculação


rain.
ƒ There songs are some OF the Brazilian classics.
RE

(John entrou na igreja para se abrigar da chuva.)


(Estas canções são alguns dos clássicos brasileiros.)
AU

ONTO: é uma junção de ON com TO. Utiliza-se para indicar


ABOUT: referência ou proximidade
O

movimento também, porém, com a ideia de superfície do


ƒ They are talking ABOUT politics.
C

ON:
AR

(Eles estão falando de política.)


ƒ Jack was tired and dropped ONTO his bed.
8M

WITH: utiliza-se para indicar companhia, proximidade (Jack estava cansado e desabou em sua cama.)
ƒ I can prepare the samples WITH this equipment.
85

ACROSS: utiliza-se para apontar posições.


09

(Eu posso preparar as amostras com este equipamen-


ƒ The drugstore is ACROSS the street.
3

to.)
83

(A farmácia está do outro lado da rua.)


8

WITHOUT: utiliza-se para indicar ausência ou separação.


AGAINST: é utilizada para expressar contrariedade
30

ƒ We can live WITHOUT it.


ƒ He never does anything AGAINST the law.
A

(Podemos viver sem isto.)


UR

(Ele nunca faz nada contra a lei.)


UP: utiliza-se para indicar movimento ascendente.
MO

ƒ Go UP the stairs then you can take the bus there. Indefinite pronouns
DE

(Suba as escadas e daí você poderá pegar o ônibus por


Embora existam entendimentos discordantes em relação
lá.)
O

aos indefinite pronouns, é comum serem listados os se-


BI

DOWN: utiliza-se para indicar movimento descendente. guintes: some, any, every, no e none.
FA

ƒ Climb DOWN the stairs then you reach the platform.


Some o algum(ns), alguma(s)
LIO

(Desça as escadas e daí você chegará na plataforma.)


ƒ Some people understand the situation.
RE

(Algumas pessoas entendem a situação.)


AU
O

91
RC
MA
3
88
30
A
UR
Any o qualquer (em frases negativas, nenhum, nada, Caso 2

MO
ninguém)
Simple Past combinado com WOULD
ƒ Any student knows the answer for that question.

DE
ƒ If I were you I would take long vacations.
(Qualquer estudante sabe a resposta para esta pergun-
ƒ I had no idea whether you were American or Canadian.

O
ta,)

BI
Caso 3
Every o tudo, todas, todos

FA
ƒ Every country has its weaknesses. Past Perfect combinado com WOULD

IO
(Todo país tem suas fraquezas.) ƒ If I had seen that movie I would have told you.

L
RE
ƒ Whether she had quit her job or not she wouldn´t tell
No o Não
us.

AU
ƒ We have no time for this.

CO
(Nós não temos tempo para isso.) Causative

AR
None o Nenhum, nada, ninguém (como substantivo) De forma bastante sucinta, é possível afirmar que o causa-
ƒ Half meal is better than none.

8M
tive form da língua inglesa é uma maneira de expressar o
(Meia refeição é melhor do que nenhuma.) que ou quem causou algo, ou que provocou uma mudança

85
de estado. Para a maioria dos brasileiros, a tradução literal

09
DON’T FORGET causa um certo “estranhamento”, sem no entanto com-

33
prometer sua compreensão.

88
30
Imperative Observe o exemplo abaixo.
ƒ I had my hair cut yesterday. (Eu tive o meu cabelo cor-
A
O imperative mood corresponde, com bastante semelhan- UR
tado ontem.)
ça, ao modo imperativo do português. Porém, quando
MO

comparadas, as estruturas correspondentes em inglês são Muito comumente, um falante de língua portuguesa evi-
taria tal forma, dando preferência para algo como: cut my
DE

bastante simples. Quanto à função, a semelhança é ainda


mais acentuada: são estruturas utilizadas para dar ordens, hair yesterday (Eu cortei meu cabelo ontem).
O
BI

comandos e até mesmo pedidos. A sentença anterior não faria sentido em inglês, a menos
FA

Imperative affirmative que você mesmo tenha sido o responsável pelo seu corte
de cabelo.
LIO

ƒ Do it!
(Faça isso) Seguem mais exemplos:
RE

ƒ Forget about your dreams. ƒ She always has her car fixed by the mechanic.
AU

(Esqueça seus sonhos.) (Ela sempre tem seu carro consertado pelo mecânico. –
O

Ela sempre conserta seu carro pelo mecânico.)


Imperative negative
C

ƒ You need to get someone to get it done.


AR

ƒ Don’t do it!
(Você precisa arrumar alguém para ter isso feito. ou
8M

(Não faça isso!)


Você precisa arrumar alguém para fazer isso.)
ƒ Never forget about your dreams.
85

(Nunca esqueça de seus sonhos.)


Time clauses
09

Existem poucas exceções às regras acima descritas:


3

Este tópico em particular tem estreita relação com outro


83

ƒ Don’t you dare to forget me.


8

tópico que será tratado posteriormente: the conditional


30

(Não se atreva a esquecer de mim.) O pronome you


clauses. Frases que apresentam as cláusulas abaixo des-
tem nesse caso função enfática.
A

critas (time clauses) e que têm a intenção de expressar


UR

ƒ Let’s (let us) start the game. (affirmative – Vamos co-


consequências futuras, exigem que o verbo imediatamente
meçar o jogo.)
MO

seguinte a elas esteja no simple present.


DE

If clauses When (quando), by the time (na hora, no momento, quan-


do); as soon as (assim logo, no momento que, logo); After
O

Caso 1
BI

(depois, após); While (enquanto, ao mesmo tempo que);


FA

Simple present combinado com futuro before (antes); if (se); until (até)
ƒ If you eat too much, you will feel sick. ƒ Call me when/as soon as she gets home. (Ligue-me
LIO

ƒ I don´t care whether you will visit us or not. quando / assim que ela chegar em casa)
RE

ƒ Wake up when the movie ends. (Acorde-me quando o


AU

filme acabar)
O

92
RC
MA
3
88
30
Gramática

A
UR
Anamnese

MO
semana Período simples:

DE
5 termos essenciais e termos integrantes

O
BI
FA
IO
TERMOS ESSENCIAIS Ações são vendidas.

L
RE
AU
subst. (sujeito paciente) verbo ser + verbo particípio
Sujeito

CO
índice de indeterminação do sujeito
ƒ Termo responsável sobre a ação do predicado

AR
ƒ Termo que concorda com o verbo Precisa-se de técnicos em informática. (VTI + partícula ”se”)

8M
85
Sujeito determinado VTI

09
a) Sujeito simples – apenas um núcleo No casamento, sempre se fica nervoso. (VL + partícula ”se”)

33
Os meninos estão gripados.

88
30
índice de ind. VL
do sujeito
A
sujeito simples (substantivo/nome) UR
b) Sujeito composto – mais de um núcleo
MO

Tênis e natação são ótimos exercícios físicos.


Sujeito inexistente: verbos impessoais
DE

a) Com verbo ”haver” no sentido de existir, acontecer ou


ocorrer.
O

sujeito composto (mais de um substantivo/nome) Há baratas na casa.


BI
FA

c) Sujeito oculto (desinencial) – localizado pela desi-


nência do verbo
LIO

verbo impessoal
RE

Houve sérios problemas na administração.


Dispensamos todos os funcionários. (Nós)
AU

verbo impessoal (sempre no singular)


O

Sujeito indeterminado
C
AR

b) Com verbos que indicam fenômeno meteorológico.


a) Com verbo na 3ª pessoa do plural (sem que existam
Choveu torrencialmente em todo o Estado.
8M

referências anteriores)
Podem me chamar de idiota.
85

verbo impessoal (sempre no singular)


309

Eles é Eles quem? / Quem são eles? c) Haver ou fazer como tempo decorrido.
83

Faz anos que deixei aquele lugar.


8
30

b) Índice de indeterminação do sujeito:


ƒ verbo transitivo indireto (VTI) + partícula ”se”
A

verbo impessoal (sempre no singular)


UR

ƒ verbo intransitivo (VI) + partícula ”se”


ƒ verbo de ligação (VL) + partícula ”se”
MO

Há anos que não o vejo.


Lembrando:
DE

(partícula apassivadora) verbo impessoal (sempre no singular)


O

Vendem-se ações.
BI

d) Outras dinâmicas temporais


FA

Está frio.
LIO

verbo (VTD) substantivo (sujeito paciente)


RE

verbo impessoal (sempre no singular)


AU
O

93
RC
MA
3
88
30
A
UR
Predicado TERMOS INTEGRANTES

MO
ƒ Termo que sempre comporta o verbo.

DE
ƒ Termo que declara algo sobre o sujeito. Objeto direto (OD)

O
BI
Predicado verbal (PV) ƒ Complemento verbal sem preposição

FA
ƒ Verbos de ação (VTD, VTI, VTDI e VI) sem marcas qua-

IO
lificativas (predicativos).

L
O agricultor cultiva o solo.

RE
VI

AU
O ônibus partiu mais cedo. (PV)
VTD subst. (nome) – complemento (OD)

CO
VTI

AR
O ambiente precisa de uma limpeza. (PV)

8M
O agricultor o cultiva.
Predicado nominal (PN)

85
VTD

09
ƒ Verbos de ligação com marca qualificativa (predicativo pronome oblíquo – complemento (OD)

33
do sujeito).

88
Objeto indireto (OI)

30
O enfermeiro parece exausto. (PN)
A
ƒ Complemento verbal com preposição
UR
pred. do sujeito
MO

O agiota telefonou para o devedor.


DE

Rubens é administrador. (PN)


pred. do sujeito subst. (nome) –
O
BI

VTI preposição complemento (OI)


FA

Predicado verbo-nominal (PVN)


LIO

ƒ Verbos de ação (VTD, VTI, VTDI e VI) com marcas qua-


O agiota lhe telefonou.
RE

lificativas (predicativo do sujeito ou do objeto)


AU

VTI
pronome oblíquo – complemento (OI)
O

Os astronautas partiram felizes. (PVN)


C

pred. do sujeito
AR

Objeto pleonástico
8M

ƒ Complemento verbal formado por substantivo e pro-


Os pais observaram aquele momento emocionados. (PVN)
85

nome oblíquo
3 09
83
8

O passageiro, eu o deixei perto do terminal.


30

O juiz julgou o réu culpado. (PVN) VTD


A
UR

subst. (OD) pronome oblíquo (OD pleonástico)


MO

VTD OD predicativo do objeto


Objeto direto preposicionado
DE

ƒ Objeto direto que recebe preposição


O
BI
FA
LIO

Eles ofenderam a mim.


RE

pronome contribui para ativação


VTD prep. do fenômeno (OD preposicionado)
AU
O

94
RC
MA
3
88
30
A
UR
Agente da passiva

MO
Os fiéis amam a Deus sobre todas as coisas. ƒ Complemento de verbos na voz passiva

DE
subst. próprio contribui para a) Voz ativa (sujeito pratica ação)

O
VTD prep. ativação do fenômeno

BI
(OD preposicionado)

FA
VTD

IO
O Estado cedeu os documentos.

L
O chefe elogiou a todos.

RE
subst. (OD)

AU
pronome contribui para subst. (sujeito)
VTD prep. ativação do fenômeno

CO
b) Voz passiva (sujeito sofre ação)
(OD preposicionado)

AR
8M
Os meninos comeram do bolo. Os documentos foram cedidos pelo Estado.

85
sentido partitivo agente da

09
VTD prep. (OD preposicionado) subst. verbo ser + prep. passiva

33
88
(sujeito paciente) particípio
Complemento nominal (CN)

30
A
ƒ Complementos de elementos não verbais UR
MO

Eu tenho respeito por pessoas comprometidas.


DE

subst. (nome) –
O

subst. prep. complemento nominal


BI
FA
LIO

Eu lhes tenho respeito.


RE

substantivo
AU

pronome oblíquo (complemento nominal)


CO
AR

As roupas usadas serão úteis para o rapaz.


8M

subst. (nome)
85

adj. prep. (CN)


3 09
883
30

As roupas usadas lhe serão úteis.


A

adjetivo
UR

pronome oblíquo (CN)


MO
DE
O
BI
FA
LIO
RE
AU
O

95
RC
MA
3
88
Interpretação de Textos

30
A
UR
Anamnese

MO
semana Semântica: recursos para interpretação

DE
5

O
BI
FA
IO
Grande parte dos vestibulares, hoje em dia, trabalha suas ƒ Identificar: ato de distinguir ou ter a capacidade de

L
questões de compreensão textual a partir de determinados reconhecer (alguém, alguma coisa ou um argumento),

RE
comandos, ativados especialmente por comandos verbais. sendo capaz de expressar ou evidenciar suas particu-

AU
Desse modo, conhecer bem o que cada verbo nos aponta laridades.

CO
enquanto relação de sentido pode nos ajudar a realizar um
ƒ Explicitar: ato de retirar a ambiguidade, retirar o du-
processo de interpretação mais efetivo, sem que precise-

AR
plo sentido, de fazer com que algo se torne explícito e
mos ficar presos à multiplicidade de dados que nos traz

8M
claro.
uma questão. Vamos, primeiramente, relembrar os coman-
ƒ Reconhecer: ato de observar um elemento verbal ou

85
dos verbais:

09
não verbal a fim de distinguir algum detalhe através de
ƒ Analisar: ato de averiguar, estudar ou explorar algu-

33
certos caracteres.
ma coisa de maneira minuciosa, com riqueza de de-

88
talhes – só aceitará a proposta depois de analisar as ƒ Contextualizar: ato de mostrar as circunstâncias que

30
possibilidades. Comentar criticamente; subjugar ou estão ao redor de um fato, acontecimento, situação.

A
criticar. Fazer uma apreciação ou julgamento de algo, Entender ou interpretar algo tendo em conta as cir-
UR
alguém ou de si mesmo – antes de falar do outro, você cunstâncias que o rodeiam, colocando num contexto.
MO

precisa se analisar. O Enem, por exemplo, em seu grupo de competências e


DE

ƒ Relacionar/dialogar: é necessário conectar informa- habilidades, apresenta um conjunto de exigências pedagó-


ções de matrizes distintas dentro de um texto, ou mes- gicas para elaboração de questões que partem de estrutu-
O
BI

mo verificar como as informações de um texto “conver- ras verbais. Ou seja, o segredo para conseguir realizar uma
FA

sam” com informações contidas em alternativas. interpretação de textos eficiente estaria em conseguir com-
preender a semântica do verbo que conduz o enunciado
LIO

ƒ Citar: ato de reportar-se a um texto ou às palavras


da questão.
RE

de alguém com o intuito de fundamentar aquilo que


se diz, ou mesmo para Informar ou notificar alguém a Nem sempre o comando verbal estará explícito no
AU

respeito de algo. texto. Para que haja uma maior eficácia em sua prática
O

de interpretação de textos, é necessário que saibamos que


ƒ Inferir: ato de deduzir fatos ou raciocínios partindo de
C

os comandos verbais de interpretação nem sempre esta-


AR

indícios previamente apresentados.


rão explicitados nos textos. Mas, ainda assim, pela própria
8M

ƒ Comparar: ato de estabelecer relações entre dois ou disposição do enunciado, é possível identificarmos de que
85

mais objetos de estudo. Na comparação, busca-se uma verbo se trata.


09

análise a partir dos traços individuais e coletivos com


Recursos morfológicos e sintáticos como suporte
3

os quais colidem dois textos: semelhança e diferença;


83

interpretativo. Um bom conhecimento de recursos gra-


aproximação e distanciamento etc.
8

maticais, especialmente morfológicos e sintáticos, contribui


30

ƒ Explicar: ato de fazer com que algo fique claro e com- bastante para que realizemos de forma mais precisa nos-
A

preensível; descomplicar uma ambiguidade. sas interpretações de texto. Não podemos nos esquecer de
UR

que os elementos morfossintáticos comportam relações


ƒ Associar: ato de aproximar coisas, uni-las, juntá-las,
MO

de sentido (possuem semântica); por conta disso, eles são


reunir, ou mesmo determinar combinações entre elas.
usados como ponto-chave para exercícios de interpretação.
DE

ƒ Substituir: ato de usar uma coisa no lugar de outra,


Substantivos que contém ideias verbais. Algo que
O

ou mesmo trocar/colocar algo ou alguém no lugar de


BI

é necessário estar atento é o fato de que o comando ver-


outra coisa ou pessoa.
FA

bal de interpretação pode estar, no enunciado, constituído


como se fosse um substantivo.
LIO
RE
AU
O

96
RC
MA
3
88
Literatura

30
A
UR
Anamnese

MO
semana Romantismo no Brasil:

DE
5 três fases da poesia e prosa romântica

O
BI
FA
AS GERAÇÕES POÉTICAS

IO
Segunda Geração

L
RE
DO ROMANTISMO
Marcada pelo “mal do século”, apresenta egocentrismo

AU
exacerbado, pessimismo, satanismo e atração pela morte.
Foi bem representada por Álvares de Azevedo, Casimiro de

CO
Tradicionalmente, são apontadas três gerações de escrito- Abreu, Fagundes Varela e Junqueira Freire.

AR
res românticos. Essa divisão, contudo, compreende, princi-

8M
palmente, os autores de poesia.
Álvares de Azevedo

85
Os romancistas não se enquadram muito bem nessa divi-
Álvares de Azevedo (1831-1852) é o principal nome da

09
são, uma vez que suas obras apresentam traços caracterís-
geração ultrarromântica de nossa poesia. Paulista, fez os

33
ticos de mais de uma geração.
estudos básicos no Rio de Janeiro e cursava o quinto ano

88
de Direito, em São Paulo, quando sofreu um acidente (que-

30
Primeira Geração da de cavalo), cujas complicações o levaram à morte, antes

A
Nacionalista, indianista e religiosa, com destaque pra Gon- de completar 21 anos.
UR
çalves Dias e Gonçalves de Magalhães. O escritor cultivou a poesia, a prosa e o teatro. Os sete
MO

livros, discursos e cartas que produziu foram escritos em


DE

Gonçalves de Magalhães apenas quatro anos, período em que era estudante uni-
versitário. Além disso, o autor também se utilizou constan-
O

O médico, diplomata, poeta e dramaturgo Domingos José


BI

Gonçalves de Magalhães (1811-1882) foi o iniciador do temente da ironia, empregada pelo poeta como recurso
FA

Romantismo na literatura brasileira. Sua meta foi imple- para quebrar a noção de ordem e abalar as convenções do
mundo burguês.
LIO

mentar a nova corrente literária no País, com o apoio do


imperador D. Pedro II. Enquanto o lado Caliban do poeta se situa em uma das
RE

linhas que compõem o Romantismo – a linha orgíaca e


AU

Gonçalves Dias satânica –, a ironia levada às últimas consequências dos


O

poemas de Álvares de Azevedo acessa um veio novo: o


C

Gonçalves Dias criou o indianismo romântico, impondo-se


antirromântico, o que constitui outro paradoxo. O mais ro-
AR

como uma das maiores figuras da nossa literatura. Seus


mântico dos nossos românticos lançou o germe da própria
8M

versos carregavam eloquência, lirismo, grandiosidade e


superação do Romantismo, ao ironizar algumas das atitu-
harmonia. Sua obras poéticas são: Primeiros cantos, Se-
85

des mais caras à sua geração, como a pieguice amorosa e


gundos cantos, Últimos cantos, Sextilhas de Frei Antão, Di-
09

a idealização do amor e da mulher.


cionário da língua tupi, Os timbiras; as teatrais são: Beatriz
3
83

Cenei, Leonor de Mendonça, Boabdil e Patkul.


Casimiro de Abreu
8
30

Canção do exílio é um dos mais conhecidos poemas de


Casimiro de Abreu (1839-1860) é um dos poetas român-
A

Gonçalves Dias, escrito em Coimbra, em julho de 1843.


UR

Além dele, há também o poema indianista I – Juca Pirama, ticos mais populares. Natural de Barra de São João, no Rio
de Janeiro, escreveu a maior parte de sua obra poética, Pri-
MO

a história do último descendente da tribo tupi feito prisio-


neiro dos timbiras. O guerreiro seria sacrificado e devorado maveras, em Portugal. Apesar de ligado à segunda geração
DE

numa festa canibal. Pelo amor ao pai, já velho e cego, o da poesia romântica, Casimiro contribuiu para desanuviar
o ambiente noturno que Álvares de Azevedo deixara ao
O

prisioneiro implora ao chefe dos timbiras que o liberte para


BI

cuidar do pai. Julgando-o um covarde, o chefe timbira de- morrer, sete anos antes.
FA

siste do sacrifício e solta o prisioneiro.


LIO
RE
AU
O

97
RC
MA
3
88
30
A
UR
Terceira Geração José de Alencar

MO
Formada pelo grupo condoreiro, desenvolve uma poesia de José de Alencar (1829-1877) foi o principal romancista

DE
cunho político e social. A maior expressão desse grupo é brasileiro da fase romântica. Sua vasta produção literária
compreende vinte romances, oito peças de teatro (como

O
Castro Alves. Durante o Segundo Reinado, os românticos

BI
foram firmando o projeto de uma literatura autenticamen- Mãe e O jesuíta, encenadas à época), crônicas, escritos po-

FA
te nacional, liberta da portuguesa. Houve três momentos líticos e crítica literária. Em razão da abrangência de seus

IO
no desenvolvimento da poesia romântica brasileira, cujos romances, eles foram classificados de acordo com o tema.

L
poetas reúnem distintas gerações com características em ƒ Romances indianistas: O guarani (1857); Iracema

RE
comum. (1865); Ubirajara (1874).

AU
ƒ Romances regionalistas: O gaúcho (1870); O tron-

CO
Castro Alves co do ipê (1871); Til (1871); O sertanejo (1875).

AR
Castro Alves (1847-1871), o “poeta dos escravos”, é
ƒ Romances históricos: As minas de prata (dois vo-

8M
considerado a principal expressão condoreira da poesia
lumes: 1865 e 1866); Guerra dos mascates (dois vo-
brasileira. Nascido em Curralinho, hoje Castro Alves (BA),

85
lumes: 1871 e 1873); Alfarrábios (1873, composto de
estudou Direito em Recife e em São Paulo. Na evolução

09
O garatuja, O ermitão da Glória e A alma de Lázaro).
da poesia romântica brasileira, sua obra representa um

33
momento de maturidade e de transição. Maturidade em ƒ Romances urbanos (ou “perfis de mulheres”):

88
relação a certas atitudes ingênuas das gerações anteriores, Cinco minutos (1856); A viuvinha (1857); Lucíola

30
como a idealização amorosa e o nacionalismo ufanista, (1862); Diva (1864); A pata da gazela (1870); Sonhos

A
substituída por posturas mais críticas e realistas. Transição d’ouro; Senhora (1872); e Encarnação (1877).
UR
porque a perspectiva mais objetiva e crítica com que trata a
MO

realidade aponta para o movimento literário subsequente, Principais obras


DE

o Realismo. O guarani (1857), romance histórico-indianista que mos-


Cultivou a poesia lírica e social, de que são exemplos Es- tra a convivência entre portugueses e as tribos indígenas
O
BI

pumas flutuantes e A cachoeira de Paulo Afonso; a poesia da época. A obra se articula a partir de alguns fatos essen-
FA

épica: Os escravos; e o teatro: Gonzaga ou Revolução de ciais: a devoção e fidelidade do índio goitacá Peri a Cecília;
LIO

Minas. Seus poemas tratavam das questões sociais, da arte o amor de Isabel por Álvaro e o amor deste por Cecília.
engajada e também da temática lírica. A morte acidental de uma índia aimoré, provocada por
RE

D. Diogo, e a consequente revolta e ataque dos Aimorés,


AU

O ROMANCE BRASILEIRO E ocorre simultaneamente a uma rebelião dos homens de D.


Antônio, liderados pelo ex-frei Loredano, homem ambicio-
C O

A BUSCA DO NACIONAL so e devasso que queria saquear a casa e raptar Cecília.


AR

Iracema (1865), romance histórico-indianista que desen-


8M

Nas décadas que sucederam a Independência do Brasil, os volve a lenda da fundação do Ceará e a história de amor
85

romancistas se empenharam no projeto de construir uma entre a índia Iracema e o português Martim. Guardadora
09

cultura brasileira autônoma, que exigia dos escritores o re- dos segredos da Jurema, Iracema faz um voto de castidade,
3

que rompe ao tornar-se esposa de Martim.


83

conhecimento da identidade de nossa gente, da nossa lín-


8

gua, das nossas tradições e diferenças regionais e culturais. Abandona sua tribo e segue com ele. Dá à luz um filho
30

Nessa busca, o romance se voltou para os espaços nacio- – Moacir –, símbolo do homem brasileiro miscigenado.
A
UR

nais, identificados como a selva, o campo e a cidade, que Martim tem de partir para Portugal por um longo tempo.
deram origem, respectivamente, ao romance indianista e Quando regressa, encontra Iracema à morte. Enterra-a ao
MO

histórico (a vida primitiva), ao romance regional (a vida ru- pé de uma palmeira e retorna a Portugal, levando consigo
DE

ral) e ao romance urbano (a vida citadina). o filho.


O

O mais fértil ficcionista romântico brasileiro foi o cearense Til (1871), romance regionalista em que o narrador utili-
BI

José Martiniano de Alencar (1829-1877), cuja meta era za descrições pormenorizadas da região e de cenários em
FA

formar uma literatura nacional autêntica, que rompesse os torno do rio Piracicaba. A história do romance gira em tor-
LIO

vínculos com a lusitana e retratasse a realidade brasileira. no do misterioso nascimento de Berta, uma jovem muito
Esse objetivo foi alcançado. bondosa e bonita que mesmo sendo uma típica heroína
RE

romântica, abnega de seus desejos para cuidar daqueles a


AU
O

98
RC
MA
3
88
30
A
UR
quem quer bem. Por trás de tudo isso, o romance mostra Com O cabeleira, inaugurou um dos veios mais férteis de

MO
uma visão patriarcal e senhorial presentes no Brasil escra- nossa ficção regional. Trouxe à tona problemas até então
vista e patriarcal. Os preconceitos de classe e as relações de pouco conhecidos em outras regiões do país, como o ban-

DE
poder são enfocadas na obra. ditismo, o cangaço, a seca, a miséria, as migrações, mais

O
tarde retomados e aprofundados por Graciliano Ramos,
Senhora (1875), romance urbano, é uma das últimas

BI
José Lins do Rego e Jorge Amado.

FA
obras escritas por Alencar. Ao tematizar o casamento como
forma de ascensão social, o autor deu início à discussão

IO
sobre certos valores e comportamentos da sociedade ca-
Joaquim Manuel de Macedo

L
RE
rioca da segunda metade do século XIX. Aurélia Camargo Foi autor do primeiro romance brasileiro propriamente dito,

AU
é uma moça pobre e órfã de pai, noiva de Fernando Seixas, A moreninha (1844), depois de algumas tentativas malsu-
bom rapaz, que ambiciona ascender socialmente. Em razão cedidas no gênero. Embora formado em Medicina, Macedo

CO
disso, troca Aurélia por outra moça de dote mais valioso. se dedicou ao jornalismo e à política. A moreninha confe-

AR
Aurélia passa a desprezar todos os homens. Eis que, com a riu-lhe ampla popularidade, mantida com a publicação de

8M
morte de uma avó, torna-se milionária, e consequentemen- outros romances.
te, uma das mulheres mais cortejadas do Rio de Janeiro.

85
Como vingança, manda oferecer a Seixas um dote de cem Manuel Antônio de Almeida

09
contos de réis, sem revelar seu nome, que seria conhecido

33
Como escritor, produziu uma única obra. O descompro-
só no dia do casamento. Seixas aceita e se casa. Na noite

88
misso com o sucesso e um grande senso de humor lhe
de núpcias, Aurélia revela-lhe seu desprezo. Seixas cai em

30
permitiram criar uma das obras originais do Romantismo
si e percebe o quanto fora vil em sua ganância.
brasileiro: Memórias de um sargento de milícias.
A
UR
Outros autores da prosa
MO

romântica brasileira
DE

Bernardo Guimarães
O
BI

Criou o romance regionalista. Tornou artísticos os “casos”


FA

da literatura oral, valendo-se das técnicas narrativas dos


LIO

folhetins. Suas obras mais lidas são O seminarista (1872) e


RE

A escrava Isaura (1875), construídas com temas básicos


dos romances de ênfase social de sua época, respectiva-
AU

mente o celibato clerical e a escravidão.


C O

Visconde de Taunay
AR
8M

É também autor do romance regionalista. Por conta de


suas andanças no Mato Grosso, reproduziu com precisão
85

aspectos visuais da paisagem sertaneja, especialmente da


09

fauna e da flora da região. Foi autor do romance Inocência


3
83

(1872), sua obra-prima, e de livros sobre a guerra e o ser-


8

tão, como Retirada da Laguna (1871).


30
A

Franklin Távora
UR
MO

Nasceu no Ceará e estudou Direito no Rio de Janeiro. Foi


um dos mais polêmicos e radicais escritores regionalistas.
DE

Rebelou-se contra a “literatura do Sul”, especialmente a de


O

Alencar, seu conterrâneo, alegando que ele se deixava levar


BI

pelos modelos estrangeiros – nos romances urbanos – e


FA

que, ao dedicar-se a romances regionalistas, nem sequer


LIO

conhecia a região retratada em O gaúcho.


RE
AU
O

99
RC
MA
3
88
Inglês

30
A
UR
Anamnese

MO
semana Picture round

DE
5 Are you the one who understands?

O
BI
FA
CARTOONS AND COMIC STRIPS

IO
How giant sea spiders may survive in warming

L
oceans

RE
(CARTUNS E TIRINHAS)

AU
April 14, 2019

CO
The strange creatures’ adaptations to the cold of the
Há um tempo considerável os vestibulares no Brasil usam
Antarctic Ocean may also help them as their habitats heat

AR
e abusam dos cartuns e tirinhas em praticamente qualquer
up.

8M
disciplina: biologia, física, química, matemática, história,
geografia, sociologia, filosofia, língua portuguesa e, é claro, Sea spiders are abundant in waters across the globe, and

85
língua inglesa. O interesse dos vestibulares por esse tipo most are so small that you could hold one on the tip of

09
específico de linguagem é de fácil explicação. Os trabalhos your pinkie. But in the swirling waters around our planet’s

33
de cartunistas e quadrinistas é abundante de qualidades, icy poles, these spiders are giants. If you held the largest of

88
tais como originalidade, conteúdo histórico, sociológico e these creatures, its gangly legs would just dangle off the

30
geográfico, humor, beleza e principalmente concisão. Um palm of your hand.

A
bom cartum é capaz de, em poucos movimentos, transmitir UR
Antarctic sea spiders got so big because some 30 million
mensagens e promover reflexões que exigiriam páginas e
MO

years ago, the Southern Ocean got cooler. This trait, known
páginas de textos para alcançar o mesmo resultado. as polar gigantism, is thought to be essential to why they
DE

Contudo, existem alguns pressupostos que devem ser and many other cold-dwelling invertebrates of unusual size
observados quando você estiver lidando com cartuns e managed to survive.
O
BI

tirinhas cômicas, não importando a quais habilidades ou Researchers wondered what allowed animals like these to
FA

competências elas estejam ligadas. reach such gigantic sizes. They also want to know what will
LIO

1st step o Não subestime um quadrinho. É bastante co- happen as the waters they inhabit continue to get warmer,
because it’s thought that extremely cold water marine
RE

mum que as vestibulandas e vestibulandos relaxem quan-


do encontram um quadrinho em uma prova de vestibular, animals can only tolerate a tiny range in temperature,
AU

possivelmente porque quadrinhos estão normalmente liga- making them particularly vulnerable to global warming.
O

dos ao lazer e ao humor. Lembre-se que, devido a sua com-


C

In a study published Wednesday in Proceedings of the Royal


AR

plexidade, quadrinhos podem exigir múltiplas habilidades Society B, a team of scientists challenged giant sea spiders
para sua compreensão total.
8M

collected in Antarctic waters to exercise to exhaustion in a


2nd step o Explore a linguagem não textual. É claro que kind of aquatic crossfit class.
85

um quadrinho em uma prova de língua inglesa vai certa-


09

Observing how many times they could make the spiders flip
mente exigir conhecimentos específicos, mas mesmo se o
3

over before giving up in water with increasing temperatures


83

texto em um quadrinho estiver escrito em russo ou corea- and decreasing oxygen, they discovered that the key was
8

no, será possível entender pelo menos uma parte do que


30

in their swiss-cheese-like skin. As the spiders grow bigger,


está sendo transmitido. Leia e interprete TODOS os deta-
A

their skin gets holier, allowing them to fuel their larger


UR

lhes da linguagem não textual do quadrinho apresentado. bodies by absorbing the abundant oxygen packed into cold
MO

3rd step o Entenda a piada. A esmagadora maioria dos waters. It turns out this helps them get oxygen during hot
quadrinhos foi escrita principalmente para divertir o leitor. workout sessions, too, suggesting they may find a way to
DE

Deste modo, tente entender o que os exames de vestibular survive as their habitats heat up.
O

chamam de “efeito cômico” apresentado pelo quadrinho, “We thought the giant spiders are going to be the first to
BI

ou seja, a piada. Você pode até achar que a piada é sem disappear from the Antarctic Ocean,” said Caitlin Shishido,
FA

graça ou mesmo boba, mas se por algum acaso você não a a doctorate student at the University of Hawaii at M¯anoa
LIO

entender, tente novamente. A compreensão da comicidade who led the study.


do quadrinho vai normalmente determinar se você acertará
RE

as questões associadas a ele.


AU
O

100
RC
MA
3
88
30
A
UR
But “they may actually be O.K. as these oceans warm,” she ƒ I always buy products that/which respect the

MO
added: “It’s like Jurassic Park: ‘Life finds a way.’” environment. (Eu prefiro produtos que respeitam o
meio ambiente.)

DE
Sea spiders, a kind of marine arthropod called a
pycnogonida, are bizarre. They have no lungs, no gills – no Whom o Também se refere às pessoas e é de uso obriga-

O
organs for breathing at all. They get oxygen by just sitting tório após preposições.

BI
FA
there, allowing it to pass through the pores of their shell-
ƒ She’s the woman to whom I gave my money. (Ela é a
like skin, called the cuticle.

IO
mulher a quem eu dei meu dinheiro.)

L
Oxygen supply and demand limits the size of most animals.

RE
Where o Refere-se aos lugares.
But in cold water, where oxygen is packed more tightly

AU
together and animals have slower metabolisms, abundant ƒ Singapore is the city where the olympics should take
place. (Cingapura é a cidade onde os Jogos Olímpicos

CO
fuel allows them to grow big – with leg spans more than
two feet. deveriam acontecer.)

AR
Whose o É muito similar ao pronome “cujo“. Deve ser

8M
RELATIVE PRONOUNS utilizado quando apresentar-se uma relação de posse entre

85
os substantivos que o cercam.

09
O estudo dos relative pronouns da língua inglesa guarda ƒ Choose the books whose prices are lower than $10.

33
bastante semelhança com o estudo dos pronomes relati- (Escolha os livros cujos preços são inferiores a $10.)

88
vos da língua portuguesa, porém, este é um dos poucos

30
What oTem função de substantivo (o que).
assuntos no qual a língua de Shakespeare apresenta mais
A
complexidade do que a de Camões. ƒ Tell me exactly what he needs. (Diga-me exatamente
UR
do que ele necessita.)
MO

A semelhança entre elas está na função dos pronomes


relativos. Em ambas linguagens eles servem para estabe-
Defining e non-defining
DE

lecer uma relação entre orações. Em português, o pronome


relative clauses
O

“que” (quando puder ser substituído por o qual, os quais,


BI

pelos quais, dos quais) quase sempre dá conta do recado. Os relative pronouns introduzem dois tipos de cláusulas
FA

ƒ O livro que foi escrito pelo autor. relativas: defining e non-defining. As cláusulas definidoras
LIO

ƒ O autor que escreveu o livro. (tradução livre) fornecem informações vitais sobre o item
RE

a quem elas se referem. O pronome poderá ser omitido


No primeiro exemplo o “que“ se refere ao livro, enquanto
se a ele se seguir um pronome pessoal. Caso contrário, a
AU

no segundo, refere-se ao autor, e é nesse ponto que as


omissão não é possível.
duas linguagens apresentam divergências. Na língua ingle-
C O

sa existem pronomes relativos diferentes para referências ƒ Contact the lawmakers who approved the new regula-
AR

diferentes. São eles: tion. (Entre em contato com os legisladores que apro-
8M

varam a nova lei.) – Não é omitível.


Who o Somente é utilizado quando se refere às pessoas.
85

Não pode ser utilizado após preposições. ƒ Mrs. Dalloway is the lawmaker who/that she voted for.
09

(Sra. Dalloway é a legisladora em quem ela votou.) – O


ƒ There goes the man who lives next door. (Lá vai o ho-
3

pronome é omitível.
83

mem que mora na casa ao lado.)


8

As non-defining relative clauses introduzem informação


30

Which o Deve ser utilizado para as coisas, objetos, ani-


extra que pode até ser interessante, mas que não é es-
A

mais etc.
sencial. Neste caso, essa informação extra aparece entre
UR

ƒ I prefer products which respect the environment. (Eu vírgulas e pode ser inteiramente omitida.
MO

prefiro produtos que respeitam o meio ambiente.)


ƒ Albert Einstein, who was in fact German, spent many
DE

That o É uma espécie de “coringa”, podendo substituir of his years in the USA. (Albert Einstein, que era de fato
tanto o “who“ quanto o “which“. Entretanto, não deve ser alemão, passou muito de seus anos nos EUA.)
O
BI

utilizado após vírgulas e preposições.


ƒ Albert Einstein spent many of his years in the USA.
FA

ƒ There goes the man that/who lives next door. (Ali vai o (Albert Einstein passou muito de seus anos nos EUA.)
LIO

homem que mora na casa/apartamento ao lado.)


RE
AU
O

101
RC
MA
3
88
30
A
UR
DEMONSTRATIVE PRONOUNS HOW MOSQUITOES SNIFF

MO
OUT YOUR SWEAT

DE
This o isto, esta, este
That o aquilo, aquele, aquela

O
Scientists have isolated a receptor that helps the

BI
These o estes, estas, essas

FA
Those o aqueles, aquelas bloodthirsty insects find you.

IO
ƒ This procedure is extremely painful. (Este procedimento March 29, 2019

L
RE
é extremamente doloroso.) It’s actually very difficult to attract mosquitoes.
ƒ These procedures are painless. (Estes procedimentos

AU
It may not feel that way on a warm and sticky summer
não causam qualquer dor.)
night. But every time a mosquito sneaks up to an animal

CO
ƒ That surgery was very expensive. (Aquela cirurgia foi
thousands of times its size to feed, it is trying to pull off

AR
muito cara.)
something extremely dangerous, said Matthew DeGennaro,
ƒ Those surgeries weren’t expensive. (Aquelas cirurgias

8M
a mosquito geneticist and professor at Florida International
não foram caras.)
University. The right cues – a whiff of exhaled carbon

85
Com alguma frequência, os pronomes acima relacionados dioxide, warmth, a bit of body odor, other mysterious

09
aparecem em questões de referência de pronomes.

33
elements of animal smell – have to be there, or mosquitoes

88
ƒ The surgeons performed a very accurate operation. That won’t take the risk.

30
saved her life. (Os cirurgiões realizaram uma operação To design traps that could lure mosquitoes, scientists

A
muito precisa. Isto [a cirurgia] salvou a vida dela.) would love to know how they are picking up on these
UR
cues. In a paper published Thursday in Current Biology, Dr.
MO

DeGennaro and colleagues report that they have unraveled


O pronome ”that” pode assumir duas funções part of the mystery: They’ve identified a receptor in the
DE

distintas em língua inglesa. Ele pode ter função de mosquito’s antennae that allows the insects to detect lactic
pronome relativo ou demonstrativo. Tenha esta in-
O

acid, a substance from human sweat that the bugs find


BI

formação em mente quando estiver lendo um tex- very attractive.


FA

to. Observe os exemplos a seguir:


The work began years ago when Dr. DeGennaro, then
LIO

ƒ I was asked to give you only that book. (Pedi- working in the lab of Leslie Vosshall at Rockefeller
RE

ram-me que te desse apenas aquele livro.) University, identified another odor receptor mosquitoes
ƒ This is the book that I was asked to give you.
AU

used to home in on prey. However, even with that receptor


(This is the book que me pediram que te desse.) destroyed, mosquitoes could still find humans as long
C O

Outros pronomes normalmente encontrados em as carbon dioxide was floating around. That suggested
AR

questões sobre referência de pronomes: that other receptors, presumably ones that detect carbon
8M

dioxide, were compensating for the loss.


ƒ Other(s) o outro(s), outra(s)
85

ƒ Another(s) o Mais uma, mais um, outro, outra. Dr. DeGennaro and his colleagues went in search of these
09

other players, starting with a receptor called Ir8a. Its role


3

was not yet clear. The researchers put mosquitoes that had
83

been engineered to lack Ir8a into chambers where they


8
30

were exposed to various combinations of carbon dioxide,


lactic acid, warm temperatures and the arms of human
A
UR

volunteers.
MO

Keeping track of what the mosquitoes were attracted to


under these different conditions revealed that the mutants
DE

had problems.
O
BI

“We just did a simple behavioral test to whether they could


FA

respond to lactic acid,” said Dr. DeGennaro. “And they


couldn’t.”
LIO
RE
AU
O

102
RC
MA
3
88
30
A
UR
Lactic acid was identified decades ago as one of the

MO
important signals in human sweat for drawing mosquitoes.
But until now, it was not clear how mosquitoes perceived

DE
it. The knowledge could eventually lead to repellents

O
that hamper the normal functioning of Ir8a, or aid in the

BI
construction of effective traps, Dr. Gennaro said.

FA
Diseases like Zika, West Nile, dengue and malaria are

IO
spread by mosquitoes, and keeping their numbers down

L
RE
is an important global public health goal. New, effective

AU
strategies for mosquito control that can be used in
combination with each other are crucial, Dr. DeGennaro

CO
said. The use of an insecticide alone, for instance,

AR
encourages the development of insects that are resistant.

8M
But with traps, chemicals to kill larvae and other tools
deployed at once, it’s possible to have an impact.

85
09
The identity of the receptor or receptors that pick up on

33
carbon dioxide, however, is still mysterious. Dr. DeGennaro

88
and colleagues believe it may be in the same group of

30
receptors as Ir8a, but they have not found it yet. The quest
continues.
A
UR
MO
DE
O
BI
FA
LIO
RE
AU
C O
AR
8M
85
309
883
30
A
UR
MO
DE
O
BI
FA
LIO
RE
AU
O

103
RC
MA
3
88
30
Gramática

A
UR
Anamnese Período simples: termos acessórios;

MO
semana Colocação pronominal; Período composto:

DE
orações coordenadas e subordinadas.
6

O
BI
FA
IO
TERMOS ACESSÓRIOS DA ORAÇÃO ƒ Pronomes relativos: na biblioteca cujos livros estão

L
RE
em mau estado;

AU
Existem termos que, apesar de dispensáveis na estrutura bási- ƒ Numerais adjetivos: trezentos e cinquenta soldados.
ca da oração, são importantes para a compreensão do enun-

CO
ciado. Ao acrescentarem informações novas, esses termos: Distinção entre adjunto adnominal

AR
ƒ caracterizam o ser; e complemento nominal

8M
ƒ determinam os substantivos; e É comum confundir o adjunto adnominal, na forma de lo-

85
ƒ exprimem circunstância. cução adjetiva, com o complemento nominal. Para evitar

09
São termos acessórios da oração: que isso ocorra, considere o seguinte:

33
a) Somente os substantivos podem ser acompanha-
ƒ o adjunto adverbial

88
dos de adjuntos adnominais; os complementos no-

30
ƒ o adjunto adnominal minais podem ligar-se a substantivos, adjetivos e ad-
vérbios. O termo ligado por preposição a um adjetivo
A
ƒ o aposto UR
ou a um advérbio só pode ser complemento nominal.
ƒ o vocativo Se não houver preposição ligando os termos, será um
MO

adjunto adnominal.
b) O complemento nominal equivale a um comple-
DE

Adjunto adverbial mento verbal, ou seja, mantém relação exclusivamen-


O

te com os substantivos cujos significados transitam.


Como o próprio nome indica, trata-se de advérbio ou
BI

Portanto, seu valor é passivo, é sobre ele que recai a


FA

locução adverbial associados a verbos, adjetivos ou a outro ação. O adjunto adnominal tem sempre valor ativo.
advérbio, acrescentando circunstâncias específicas (no
LIO

Exemplo: Ana tem muito amor à mãe.


caso de verbos) ou intensificando seu sentido no contexto.
A expressão à mãe classifica-se como complemento
RE

Exemplos: Eles lutaram muito por seus direitos.


nominal, uma vez que mãe é paciente de amar, recebe
AU

Ele é muito inteligente.


a ação de amar.
Falou-se muito mal daquele filme.
O

Exemplo: Ana é um amor de mãe.


C
AR

A expressão de mãe é adjunto adnominal, uma vez


Adjunto adnominal que mãe é agente de amar, pratica a ação de amar.
8M

É o termo que determina, especifica ou explica um


85

substantivo. O adjunto adnominal tem função adje- Aposto


09

tiva na oração, a qual pode ser desempenhada por ad-


3

É um termo que, acrescentado a outro termo da oração,


83

jetivos, locuções adjetivas, artigos, pronomes adjetivos e


tem a função de ampliar, resumir, explicar ou desenvolver
8

numerais adjetivos.
30

mais o conteúdo do termo ao qual se refere.


Exemplo: O médico prescreveu dois remédios
A

Exemplo: Ontem, domingo, passaram o dia no parque.


UR

[ao paciente.
Domingo é aposto do adjunto adverbial de tempo "on-
MO

Os adjuntos adnominais costumam ser expressos por:


tem".
ƒ Adjetivos: crianças tagarelas, políticos corruptos;
DE

Observação: O aposto tem a mesma função sintática do


ƒ Locuções adjetivas: anéis de ouro, livro de histórias;
termo ao qual se relaciona.
O

ƒ Artigos definidos e indefinidos: o papel, os papéis,


BI

um papel, uns papéis;


FA

ƒ Pronomes possessivos: meu carro; Vocativo


LIO

ƒ Pronomes demonstrativos: este carro; É um termo que não tem relação sintática com outro ter-
RE

ƒ Pronomes indefinidos: algum carro; mo da oração. Não pertence, portanto, nem ao sujeito nem
ƒ Pronomes Interrogativos: qual chave?;
AU

ao predicado. É o termo que serve para chamar, invocar ou


O

104
RC
MA
3
88
30
A
UR
interpelar um ouvinte real ou hipotético. Em razão de seu ca- e) Com gerúndio precedido de preposição “em”.

MO
ráter, geralmente se relaciona à segunda pessoa do discurso. Exemplo: Em se tratando de pesquisas, melhor utili-
Exemplo: Não se esqueçam de marcar todas as res- zar a biblioteca.

DE
postas no gabarito, pessoal! f) Nas orações introduzidas por pronomes relativos.

O
vocativo

BI
Exemplos: Foi aquele rapaz quem me pediu para falar
Exemplo: A vida, minha filha, é feita de escolhas.

FA
com você.
vocativo
Há situações que nos constrangem.

L IO
Essa foi a festa onde te conheci.

RE
Distinção entre vocativo e aposto g) Com a palavra “só” (no sentido de “apenas” ou “so-

AU
O vocativo não mantém relação sintática com outro termo mente”) e com as conjunções coordenativas alternativas.

CO
da oração.
Exemplos: Só se lembram dos pais quando precisam

AR
de dinheiro.
SINTAXE DE COLOCAÇÃO Ou vai embora, ou se prepare para a bronca.

8M
h) Nas orações iniciadas por palavras exclamativas e

85
A colocação de pronomes oblíquos átonos em português nas optativas (que exprimem desejo).

09
pode ser realizada em três posições, obedecendo a regras

33
e condições específicas. Essas três posições são a próclise, Exemplos: Deus o ilumine! (oração optativa)

88
a mesóclise e a ênclise. Como te admiro! (oração exclamativa)

30
2. Mesóclise
A
1. Próclise UR
Temos próclise quando o pronome surge antes do verbo. Temos mesóclise quando o verbo estiver em algum dos
MO

Suas condições de colocação são: tempos futuros do indicativo (futuro do presente ou futuro
DE

a) Nas orações que contenham uma palavra ou ex- do pretérito), desde que não existam condições para a pró-
pressão de valor negativo. clise. O pronome é colocado no meio do verbo.
O
BI

Exemplos: Ninguém me ajuda. Exemplos: Comprar-lhe-ei umas roupas novas.


FA

Não me fale de problemas hoje. (comprarei + lhe)


LIO

Nunca se esqueça do que lhe disse Encontrar-me-iam se realmente quisessem.


RE

(encontrar + me)
b) Nas conjunções subordinativas:
AU

Observações:
Exemplos: Voltarei a fazer contato se me interessar.
a) Havendo condições para a próclise, esta prevalece
O

Ela não quis jantar, embora lhe servissem o melhor prato. sobre a mesóclise:
C
AR

É necessário que o vendamos por um bom preço. Exemplo: Sempre lhe contarei os meus segredos.
8M

c) Nas orações em que existam pronomes indefinidos (O advérbio “sempre” exige o uso de próclise.)
ou advérbios, sem marcas de pausa.
85

b) A mesóclise é uso exclusivo da língua culta e da


09

Exemplos: Tudo me irrita nessa cidade. modalidade literária. Não a encontramos na comuni-
3

(pronome indefinido) cação oral mais básica.


83

c) Com esses tempos verbais (futuro do presente e


8

Hoje se vive melhor no Brasil.


30

futuro do pretérito) jamais ocorrerá a ênclise.


(advérbio)
A
UR

Observação: caso tenhamos marcas de pausa depois do


advérbio, emprega-se ênclise.
3. Ênclise
MO

Temos ênclise quando o pronome surge depois do verbo.


Exemplo: Hoje, vive-se melhor no Brasil.
DE

Seu emprego obedece às seguintes regras:


(advérbio)
a) Nos períodos iniciados por verbos (desde que não
O

d) Nas orações iniciadas por pronomes ou advérbios estejam no tempo futuro), pois, segundo a gramáti-
BI

de tipo interrogativo. ca normativa, não podemos iniciar frases com pro-


FA

Exemplos: Quem te chamou até aqui? nome oblíquo.


LIO

(pronome interrogativo) Exemplos: Fale-me o que está acontecendo.


RE

Por que o convidaram? Compravam-se muitos produtos antes da crise.


AU

(advérbio interrogativo)
O

105
RC
MA
3
88
30
A
UR
b) Nas orações imperativas afirmativas. d) As conclusivas

MO
Exemplos: Ligue para seu primo e avise-o do horário Exemplo: Tenho prova amanhã, portanto não posso

DE
Ei, ajude-me com essa receita! ir ao show.
e) As explicativas

O
c) Nas orações reduzidas de infinitivo.

BI
Exemplo: Vá com cuidado, que o caminho é perigoso.
Exemplos: Convém dar-lhe um pouco mais de tempo.

FA
Espero enviar-lhe isto até amanhã cedo.

IO
Orações subordinadas adjetivas

L
d) Nas orações reduzidas de gerúndio (desde que não

RE
venham precedidas de preposição “em”). Uma oração subordinada adjetiva tem valor e função de

AU
Exemplos: A mãe adotiva ajudou a criança, dando-lhe adjetivo, ou seja, equivale a essa classe de palavras. As
orações adjetivas vêm introduzidas por pronome relativo

CO
carinho e proteção.
e exercem a função de adjunto adnominal do antecedente.

AR
Ele se desesperou, deixando-se levar pela situação.
Exemplo: Este é o livro que te indiquei como referência.

8M
Observação: Se o verbo não estiver no início da frase,
nem conjugado nos tempos Futuro do Presente ou Fu- A conexão entre a oração subordinada adjetiva e o termo

85
turo do Pretérito, é possível usar tanto a próclise como da oração principal que ela modifica é feita pelo pronome

09
a ênclise. relativo “que”.

33
88
Exemplos: Eu me encontrei com ela. Além de conectar (ou relacionar) duas orações, o prono-

30
Eu encontrei-me com ela. me relativo desempenha uma função sintática na oração

A
subordinada: ocupa o papel que seria exercido pelo termo
UR
que o antecede.
Orações coordenadas assindéticas
MO

Como se viu, são orações não introduzidas por conjunção.


Importante
DE

São coordenadas, postas lado a lado e separadas por sinais


Para que dois períodos unam-se num período com-
O

de pontuação.
BI

posto, altera-se o modo verbal da segunda oração,


Exemplo: Vim, vi, venci.
FA

se necessário.
Dica: O pronome relativo "que" sempre pode ser subs-
LIO

Orações coordenadas sindéticas tituído por: "o qual", "a qual", "os quais","as quais".
RE

Exemplo: "Refiro-me ao livro que é referência. Essa oração


Conforme o tipo de conjunção que as introduz, as orações
AU

é equivalente a: Refiro-me ao livro o qual é referência.


coordenadas sindéticas podem ser aditivas, adversativas,
O

alternativas, conclusivas ou explicativas.


C

a) As aditivas
AR

Classificação das orações


8M

Exemplo: Viajaram e trouxeram muitas fotos de subordinadas adjetivas


lembrança.
85

b) As adversativas Na relação que estabelecem com o termo que caracteri-


09

zam, as orações subordinadas adjetivas podem atuar de


3

Exemplo: Eles embarcariam para a Europa dentro de duas maneiras diferentes.


83

uma hora, mas perderam o voo. O cachorro não é bo-


8

Restritivas:
30

nito; no entanto, é simpático.


A

O homem que estuda é útil à sociedade


UR

Importante
Explicativas:
MO

Dependendo do contexto em que for empregada, a con-


junção "e" pode indicar ideia de adversidade. Compra- O homem, que estuda, é útil à sociedade
DE

ram vários presentes e perceberam depois que não cabe-


O

riam nas malas. Deitou-se cedo e não conseguiu dormir.


BI
FA

c) As alternativas
LIO

Exemplo: Diga agora ou cale-se para sempre. (ape-


RE

nas a segunda é sindética, mas ambas são alternativas,


AU

dada a ideia de escolha.).


O

106
RC
MA
3
88
30
A
UR
ORAÇÕES SUBORDINADAS condição etc. Classifica-se de acordo com a conjunção ou

MO
locução conjuntiva que a introduz.
SUBSTANTIVAS

DE
Exemplo: Quando vi a pintura do artista, senti uma
das maiores emoções de minha vida.

O
A oração subordinada substantiva trata-se de uma cons-

BI
trução com verbo que possui valor de substantivo (esta A seguir, temos as circunstâncias expressas pelas orações

FA
oração fica posicionada onde, habitualmente, deveria ha- subordinadas adverbiais:

IO
ver um substantivo) e vem introduzida, geralmente, pelas a) causa

L
conjunções integrantes que ou se. Sintaticamente, podem Exemplo: Como ninguém se interessou pelo projeto,

RE
exercer a função de: não houve alternativa a não ser cancelá-lo.

AU
ƒ sujeito
b) consequência
ƒ objeto direto

CO
Exemplo: Sua fome era tanta que comeu com casca
ƒ objeto indireto

AR
e tudo.
ƒ complemento nominal

8M
ƒ predicativo do sujeito c) condição
ƒ aposto Exemplo: Se o torneio for bem estruturado, todos sai-

85
rão ganhando.

09
33
Classificação das orações d) concessão

88
subordinadas substantivas Exemplo: Embora não goste de cogumelos, irei pro-

30
var o prato.
a) subjetiva: exerce a função sintática de sujeito do

A
verbo da oração principal: UR
e) comparação
Exemplo: Andava rápido como um foguete.
MO

Exemplo: Não se sabe se ela foi embora.


b) objetiva direta: exerce a função de objeto direto f) conformidade
DE

do verbo da oração principal: Exemplo: Fez o bolo conforme a receita.


O

Exemplo: Eu percebo que ficarei com bastante


BI

g) finalidade
sono hoje.
FA

Exemplo: Li o manual a fim de aprender mais sobre


c) objetiva indireta: exerce a função de objeto como usar o produto.
LIO

indireto do verbo da oração principal (a conjunção


h) proporção
RE

integrante vem precedida de preposição).


Exemplo: Tudo depende de que ela se esforce. Exemplo: Viaja ao exterior à medida que a empresa
AU

solicita seu trabalho.


d) completiva nominal: exerce a função de com-
O

plemento nominal (complementa o sentido de um i) tempo


C
AR

nome que pertença à oração principal; também vem Quando você for a Londres, traga-me um presente.
marcada por preposição).
8M

Exemplo: Sou favorável a que o absolvam.


85

e) predicativa: exerce o papel de predicativo do


09

sujeito do verbo da oração principal e vem sempre


3

depois do verbo “ser”.


883

Exemplo: O grande mal é que me esqueço das coisas.


30

f) apositiva: exerce a função de aposto de algum


A

termo da oração principal.


UR

Exemplo: Eu espero a seguinte solução: que religuem


MO

a energia elétrica em casa.


DE

ORAÇÕES SUBORDINADAS
O
BI
FA

ADVERBIAIS
LIO

Uma oração subordinada adverbial exerce a função de ad-


RE

junto adverbial do verbo da oração principal. Dessa forma,


AU

pode exprimir circunstância de tempo, modo, fim, causa,


O

107
RC
MA
3
88
30
Interpretação de Textos

A
UR
Anamnese Textos em prosa (tipos de discurso),

MO
semana textos em verso e leitura de imagens

DE
(artes antiga e do Renascimento)
6

O
BI
FA
IO
DISCURSOS que articula combinações de palavras que, na maioria dos

L
RE
casos, constituem sentidos variados. Essas combinações de

AU
Em um texto narrativo, o autor pode optar por três tipos de palavras costumam ser distribuídas em um “corpo” bastante
discurso, que podem aparecer separados ou juntos. complexo, dotado de vários elementos que conheceremos

CO
ƒ Direto – a produção se dá de forma integral, na qual mais adiante, como o verso, a estrofe (elementos estruturais),

AR
os diálogos são retratados sem a interferência do a rima, o ritmo (elementos sonoros), entre outros. O jogo de

8M
narrador; trata-se de uma transcrição fiel da fala dos palavras realizado nos poemas (de fortes marcas denotati-
personagens, e, para introduzi-las, o narrador utiliza vas) muitas vezes imprime dificuldades de interpretação.

85
alguns sinais de pontuação, aliados ao emprego de

09
alguns verbos de elocução (dizer, perguntar, responder,
IMAGENS

33
indagar, exclamar, ordenar etc.).

88
ƒ Indireto – ocorre quando o narrador, em vez de re- Podemos entender por imagem qualquer tentativa de

30
tratar as falas de forma direta, reproduz com as suas representação, reprodução ou imitação da forma de uma

A
próprias palavras, colocando-se na condição de inter- pessoa ou de um objeto, cujo objetivo é comunicar algo a
UR
mediário frente à ocorrência. partir de alguma intencionalidade. É um processo que pode
MO

ƒ Indireto livre – as formas direta e indireta se fundem ser prioritariamente visual, ou pode também mesclar lin-
guagem verbal e não verbal. O conceito de imagem abarca
DE

por meio de um processo em que o narrador insere dis-


cretamente a fala ou os pensamentos do personagem todo e qualquer objeto que possa ser percebido, tanto vi-
O

sualmente, quanto esteticamente.


BI

em sua fala.
FA

Historicamente, tivemos duas fortes teorias filosóficas que


discurso direto discurso indireto
tentaram dar conta da “ideia” de imagem. A primeira foi
LIO

Emprego de 1a pessoa Emprego de 3a pessoa


concebida por Platão, que considerava a imagem, como
RE

Verbos no: sendo uma projeção que aparecia em nossa mente. Mais
AU

Verbos no: • pretérito imperfeito adiante, Aristóteles considerou a imagem como sendo um
• presente do indicativo do indicativo
movimento de aquisição pelos sentidos, a representação
O

• pretérito perfeito • pretérito imperfeito


C

do indicativo do subjuntivo mental de um objeto real. Embora seja uma controvérsia


AR

• imperativo • pretérito mais-que-perfeito bastante antiga, ela dura até os dias de hoje, com acepções
8M

(simples ou composto)
positivas, pois contribui para um entendimento mais amplo
e preciso de um conceito que envolve domínios ligados à
85

Pronomes demonstrativos Pronomes demonstrativos


(maior proximidade) (menor proximidade) arte, ao registro fotográfico, à pintura, ao desenho, à gra-
09

vura ou qualquer outra forma visual de expressão da ideia


3
83

TEXTOS EM VERSO (propagandas, placas, infográficos, entre outros elementos).


8
30

Muitos vestibulares, atualmente, fazem uso dos gêneros Linguagem visual e seus
A
UR

literários para construir questões de interpretação de textos.


Ou seja, as questões não abordam necessariamente um con-
processos de análise
MO

hecimento profundo sobre a obra (seu enredo), mas exigem Realizar a análise de um estímulo visual requer bastante at-
DE

do candidato um trabalho mais acurado com as questões enção ao seu conjunto. Se na análise discursiva precisamos
estruturais e também com a compreensão do conteúdo de estar atentos a outros fatores para além do texto, como quem
O

é o autor, o gênero selecionado, a data da publicação ou o


BI

algum poema ou trecho de livro.


FA

período em que um trabalho foi realizado; para a análise vi-


sual devemos, também, considerar tudo que compõe a ima-
O poema
LIO

gem: se o tipo de traço remete a algum período, se é colorida


RE

O poema é um gênero textual de cunho bastante subjetivo, ou em preto e branco, se sua composição é simples ou mais
AU

que se constrói não apenas com ideias ou sentimentos, mas complexa, suas marcas de autoria, entre outros fatores.
O

108
RC
MA
3
88
30
Literatura

A
UR
Anamnese

MO
semana Realismo, Naturalismo,

DE
6 Parnasianismo e Simbolismo

O
BI
FA
IO
TRANSFORMAÇÕES LITERÁRIAS DO SÉCULO XIX

L
RE
AU
CO
Romantismo Realismo Naturalismo

AR
Subjetivismo Objetivismo Linguagem simples
Descrições e adjetivação idealizantes, volta- Descrições e adjetivação objetivas, volta-

8M
Clareza, equilíbrio e harmonia na composição
das para a elevação do objeto descrito. das para a captação do real como ele é.

85
Linguagem culta, e estilo metafórico e poético. Linguagem culta e direta. Narrativa minuciosa

09
Idealização da mulher, anjo de pureza e per- Idealização da mulher com qualidades e
Emprego de termos regionais

33
feição. defeitos.

88
Amor sublime e puro, acima de qualquer in- Amor e sentimentos subordinados aos in-
Longas descrições
teresse. teresses sociais.

30
Casamento centrado no relacionamento amo- Casamento, instituição falida, não passa

A
Impessoalidade
roso. de contrato de interesses e conveniências.UR
Herói em conflito, enfraquecido, com ma-
MO

Herói íntegro, de caráter irrepreensível. Determinismo


nias e incertezas.
Narrativa lenta, ao ritmo do tempo psi-
DE

Narrativa de ação e de aventura. Objetivismo científico


cológico.
O

Personagens planas cujos pensamentos e


Personagens moldadas psicologicamente. Temas sociais patológicos
BI

ações são previsíveis.


FA

Individualismo, culto do eu. Universalismo. Observação e análise da realidade


LIO

Homens encarados sob a ótica animalesca e


sensual
RE

Despreocupação com a moral


AU

REALISMO EM PORTUGAL ƒ Preocupação com a reforma da sociedade


O
C

ƒ Representação da vida contemporânea


AR

Foi com a Questão Coimbrã, em 1865, polêmica literária


8M

travada pelos jornais de Coimbra, que o Realismo começou Eça de Queirós


85

a ganhar vida em Portugal. Naquela mesma data, o poeta José Maria Eça de Queirós (1845-1900) estudou Direito
09

romântico Antônio Feliciano de Castilho, representante da na Universidade de Coimbra, onde conheceu a geração
3

Escola de Lisboa, fez elogios num posfácio à obra Poema


83

que revolucionou a literatura. Aos 21 anos participou ativa-


da mocidade, de Pinheiro Chagas, e censurou o estilo po-
8

mente das Conferências do Cassino Lisbonense. Ingressou


30

ético defendido pela Escola Coimbrã, citando os nomes de na vida diplomática e atuou como cônsul em Cuba e na
A

Antero de Quental e Teófilo Braga. Foi o quanto bastou Grã-Bretanha, onde escreveu O crime do padre Amaro e
UR

para que Antero de Quental lhe respondesse mediante fo- O primo Basílio, romances de maior repercussão em sua
MO

lhetos denominados Bom senso e bom gosto e A dignida- carreira literária.


de das letras e as literaturas oficiais.
DE

Principais obras
O

ƒ O crime do padre Amaro (1875)


Linhas de pensamento do Realismo/
BI

ƒ O primo Basílio (1878)


FA

Naturalismo em Portugal ƒ A cidade e as serras (1901)


LIO

ƒ Crítica ao tradicionalismo vazio da sociedade portuguesa


RE

ƒ Crítica ao conservadorismo da Igreja


ƒ Visão objetiva e natural da realidade
AU
O

110
RC
MA
3
88
30
A
UR
REALISMO NO BRASIL Segunda fase: ciclo realista

MO
Com a publicação de Memórias Póstumas de Brás Cu-

DE
O contexto brasileiro bas, em 1881, Machado de Assis mudou o rumo de sua

O
obra. Amadureceu como escritor e passou a escrever para

BI
A lição dos contemporâneos portugueses, notadamente
leitores mais exigentes. Seus personagens tornaram-se

FA
Eça de Queirós, e franceses, Stendhal de preferência, foi
mais elaborados, pois eram compostos à luz da Psicologia.
decisiva para os autores realistas brasileiros fortemente

IO
Além disso, a técnica de composição do romance foi aper-
influenciados por eles.

L
feiçoada: os capítulos e frases passam a ser mais curtos a

RE
fim de estabelecer maior contato com o leitor.

AU
Machado de Assis
Observa-se também uma apurada análise da sociedade

CO
Órfão aos dez anos, o menino mestiço do Morro do Livra- brasileira do final do Segundo Império, ambiente no qual o

AR
mento, no Rio de Janeiro, estudou em escolas públicas e casamento começa a ser um grande alvo da crítica tecida
tratou de instruir-se por conta própria, interessado que era

8M
pelo autor. As estruturas narrativas fogem à linearidade, en-
pela leitura. Inteligente e esforçado, Joaquim Maria Mach- tremeadas de digressões temporais, intromissões do narrador

85
ado de Assis (1839-1908) aproximou-se de intelectuais e e a análise apurada dos acontecimentos. Memórias póstu-

09
de jornalistas que lhe deram oportunidades. Aos dezesseis mas de Brás Cubas, Quincas Borba, Dom Casmurro, Esaú e

33
anos empregou-se na tipografia de Paula Brito. Aos deze- Jacó, Memorial de Aires são romances do ciclo realista.

88
nove já era colaborador assíduo de jornais e revistas cario-

30
cas: Correio Mercantil, O espelho, Diário do Rio de Janeiro,
Principais obras
A
Semana Ilustrada, Jornal das Famílias. UR
ƒ Memórias póstumas de Brás Cubas (1881)
MO

Em 1867, foi nomeado oficial da Secretaria de Agricultura,


enquanto sua carreira de escritor mostrava-se cada vez ƒ Dom Casmurro (1900)
DE

mais promissora. Casou-se aos trinta anos com a portu-


guesa Carolina Xavier de Novais. NATURALISMO NO BRASIL
O
BI

Na passagem do Império para a República, Machado de


FA

Os romances naturalistas revelam:


Assis já era um intelectual respeitável. Formado escritor à
ƒ veracidade – as narrativas buscam seus correspon-
LIO

luz do Romantismo, com o tempo enveredou para o Realis-


dentes na realidade.
RE

mo, o que, a depender da fase, sua obra seja caracterizada


ƒ contemporaneidade – essa realidade retratava com
ou romântica, até 1880, ou realista, de então em diante.
AU

fidelidade as personagens reais, vivas, não idealizadas.


ƒ detalhismo – a caracterização das personagens e am-
O

Primeira fase: ciclo romântico


C

bientes é minuciosa; o amor é materializado; e a mulher


AR

Ao analisar os romances e os contos de Machado de Assis passa a ser vista como objeto de prazer masculino.
8M

ƒ determinismo e causalidade – busca da expli-


considerados românticos, já se revela a característica que
cação lógica para o comportamento das personagens;
85

haveria de marcar sua obra. Os acontecimentos são nar-


consideração da soma de fatores que justificam suas
09

rados sem precipitação, entremeados de explicações aos


atitudes; visão de mundo determinista e mecanicista;
3

leitores por parte do narrador e cheios de considerações


83

homem próximo ao animal (zoomorfismo).


sobre os comportamentos.
8

ƒ linguagem popular e coloquial – emprego de


30

Seus personagens não são lineares como os dos demais termos e sentidos comuns ao das personagens cotidia-
A
UR

românticos. Têm comportamentos imprevistos, fazem ma- na; linguagem é simples, natural e clara.
quinações, não são transparentes, mas interesseiros. ƒ cientificismo – caracterização e análise objetivas das
MO

A estrutura narrativa, no entanto, ainda é linear: tem personagens, consideradas casos a serem analisados.
DE

ƒ personagens patológicas – mórbidas, adúlteras,


começo, meio e fim bem demarcados. Fazem parte do ciclo
assassinos, bêbadas, miseráveis, doentes, prostitutas
O

romântico as obras Ressurreição, A mão e a luva, Helena e


BI

Iaiá Garcia e os livros de contos Histórias da meia-noite e procuram comprovar a tese determinista sobre o ser humano.
FA

Contos fluminenses.
LIO
RE
AU
O

110
RC
MA
3
88
30
A
UR
ALUÍSIO AZEVEDO ƒ Valorização da estética e busca da perfeição, da beleza

MO
em si e da perfeição estética.
Nasceu em São Luís, no Maranhão, e posteriormente se ƒ Preferência pelas rimas esteticamente ricas.

DE
mudou para o Rio de Janeiro. Produziu folhetins românti- ƒ Linguagem rebuscada e vocabulário vernáculo.

O
cos para jornais. Memórias de um condenado e Mistérios ƒ Temas frequentes ligados à mitologia grega e à cultura

BI
da Tijuca foram alguns deles ditados pelas necessidades clássica.

FA
de sobrevivência. Escreveu também obras mais bem elab- ƒ Preferência pelos sonetos.

IO
oradas à luz da estética realista-naturalista, como Casa de ƒ Valorização da metrificação rigorosa dos versos.

L
ƒ Valorização da descrição de cenas e objetos.

RE
pensão e O cortiço, que consolidaram seu prestígio.

AU
Fase romântica PARNASIANOS NO BRASIL

CO
Dentre os seus folhetins românticos destacam-se:

AR
Alberto de Oliveira, Raimundo Correia e Olavo Bilac.
ƒ Uma lágrima de mulher;

8M
ƒ Memórias de um condenado ou A Condessa Vésper;
SIMBOLISMO

85
ƒ Filomena Borges;

09
ƒ A mortalha de Azira; O Simbolismo correspondeu a uma resposta artística à

33
ƒ Mistério da Tijuca ou Girândola de amores. crise de civilização burguesa da Europa industrializada.

88
Foi uma revolta contra a ideologia tecnocrática do Natu-

30
Fase naturalista ralismo e contra certos dogmas, como o determinismo,

A
ƒ Romances: O mulato; por exemplo, que sufocavam a criatividade artística.
UR
ƒ Casa de pensão;
MO

ƒ O homem; CARACTERÍSTICAS DA
DE

ƒ O coruja;
ƒ O cortiço; LITERATURA SIMBOLISTA
O

ƒ ƒ
BI

O livro de uma sogra e os contos Demônios; Pegadas; A teoria das correspondências.


FA

ƒ O touro negro. ƒ A realidade ambígua.


ƒ A musicalidade.
LIO

ƒ Metáforas e analogias sensoriais.


Raul Pompeia
RE

SIMBOLISMO EM PORTUGAL
AU

A posição de Raul Pompeia, ficcionista de alturas geniais, na


literatura brasileira é controvertida. A princípio, a crítica o julgou
C O

pertencente ao Naturalismo, mas as qualidades artísticas pre- O marco inicial do Simbolismo em Portugal foi Oaristos, de
AR

sentes em sua obra fazem-no aproximar-se do Simbolismo, fi- Eugênio de Castro, em 1890. O prefácio traz um verdadeiro
8M

cando a sua arte como a expressão típica, na literatura brasileira, programa de estética simbolista, com base nas ideias do
do estilo impressionista. Sua obra mais conhecida é O ateneu. poeta francês Jean Moréas.
85
09

O término do Simbolismo português deu-se em 1915,


PARNASIANISMO
3

quando Fernando Pessoa e Mário de Sá-Carneiro lançaram


83

a revista Orpheu, que deu início ao movimento modernista.


8
30

Escola literária exclusiva da França e do Brasil, o Parnasia-

SIMBOLISMO NO BRASIL
A

nismo originou-se com as antologias poéticas publicadas


UR

na França a partir de 1866, sob o título Le Parnasse con-


MO

temporain (O Parnaso contemporâneo). O decadentismo do final do século XIX reflete-se no Sim-


bolismo do Brasil, se considerar estas três orientações que
DE

CARACTERÍSTICAS DA o nortearam:
O

ƒ Orientação humanístico-social adotada por Cruz


BI

POESIA PARNASIANA e Sousa e continuada, mais tarde, por Augusto dos


FA

ƒ Objetividade no tratamento dos temas abordados, ba- Anjos: preocupação com os problemas transcenden-
LIO

seados na realidade sem subjetivismo e emoção. tais do ser humano.


RE

ƒ Impessoalidade do escritor que não interfere na abor-


AU

dagem dos fatos.


O

111
RC
MA
3
88
30
A
UR
ƒ Orientação místico-religiosa adotada por Alphon-

MO
sus de Guimaraens: temas religiosos distantes do eso-
terismo europeu.

DE
ƒ Orientação intimista-crepuscular adotada por

O
pré-modernistas e modernistas, como Olegário Ma-

BI
riano, Guilherme de Almeida, Ribeiro Couto, Manuel

FA
Bandeira e Cecília Meireles: temas relacionados com

IO
o cotidiano, sentimentos melancólicos e gosto pela pe-

L
numbra.

RE
AU
CO
AR
8M
85
09
33
88
30
A
UR
MO
DE
O
BI
FA
LIO
RE
AU
C O
AR
8M
85
309
883
30
A
UR
MO
DE
O
BI
FA
LIO
RE
AU
O

112
RC
MA
3
88
30
Inglês

A
UR
Anamnese

MO
semana Furthermore - Look here

DE
6 Gerund and infinitive - Thinking bigger

O
BI
FA
IO
FURTHERMORE Condicionais

L
RE
If

AU
Connectors (Conjunctions) Unless

CO
Estes termos são importantes pois tratam-se de elementos

AR
As Long As
recursivos da língua, ou seja, auxiliam na coesão de um texto

8M
ao fazer a conexão ou referência de termos, ideias e fatos. Provided

85
São muito utilizados nos textos portanto o domínio deles é

09
fundamental para obter uma compreensão correta da leitura. Exemplificativas

33
Os exames costumam cobrar o domínio de três formas. For Example

88
1) Substituição de um termo por um equivalente no idioma:

30
For Instance

A
Although it was late, they were waiting for her. (Embora UR
Such as
fosse tarde, eles ficaram esperando por ela).
MO

Substitutos possíveis : Even Though, Though. Adversativas


DE

2)Substituição do termo por um equivalente em português:


However
O

Although: embora, mesmo que, ainda que etc


BI

Nonetheless
FA

ATENÇÃO : Note que não há uma tradução exata do ter-


mo e sim uma equivalência baseada na função e sentido. Nevertheless
LIO

Aqui no exemplo a função é de conjunção adversativa que But


RE

introduz uma oração e que conecta ideias contrastantes.


AU

Yet
3) Indicação de qual ideia ou função presente no conector:
O

Unlike
Although : Contraste
C
AR

Apart from
Abaixo alguns do Connectors/Conjunctions mais comuns:
8M

Expressam contraste de ideias, conflito:


85

Adição
You say you don't like him but you are always with him
09

And (Você diz que não gosta dele, mas está sempre com ele.)
3
83

So He is a good student. However, he was so anxious that he


8
30

couldn’t perform well on the exam. (Ele é um bom aluno.


Also No entanto, estava tão ansioso que não conseguiu ir bem
A
UR

Furhtermore no exame).
MO

Moreover Atenção para os diferentes grupos de connectors para con-


traste na língua inglesa.
DE

Too
O

Sempre usados para introduzirem orações:


Besides That
BI
FA

In Addition to Although
LIO

Even Though
RE

Though
AU
O

113
RC
MA
3
88
30
A
UR
She is a sympathetic person, though she never accepts to
LOOK HERE

MO
work on weekends. (Ela é uma pessoa solidária, embora
não aceite trabalhar nos fins de semana).

DE
Although it was raining, they went to the beach. (Eles fo- Publicidade

O
ram pra praia apesar de estar chovendo). Nos exames vestibulares, as questões costumam se con-

BI
FA
centrar em quatro aspectos. São eles:
Sempre usados para introduzir frases

IO
1. Qual é o produto/conceito que está sendo anunciado.
Despite

L
RE
2. Quem é o anunciante, ou seja, de quem partiu a iniciativa
In Spite Of de veicular aquele anúncio.

AU
Notwithstanding 3. Quem é o público alvo daquele anúncio, ou seja, para

CO
que segmento do público aquele anúncio foi elaborado e

AR
OBS.: Sempre usados para introduzir frases.
que pretende ser alcançado.

8M
In spite of being young, John already work with his dad. 4. Quais são os procedimentos que os interessados na-
(Apesar de ser jovem, John já trabalha com seu pai).

85
quele produto deveriam tomar para adquirir ou para obter

09
Despite the wheather, Josh ran at the Park yesterday. mais informações sobre o que está sendo anunciado. Por

33
(Apesar do tempo, Josh correu no parque ontem) exemplo, visitar um website, ligar para um determinado

88
número de telefone ou até onde o potencial cliente deve

30
Alternativa ir para adquirir o que está sendo veiculado pelo anúncio.

A
Rather than Observações:
UR
Whether
MO

1. É muito raro encontrar nos vestibulares produtos comer-


ciais. As instituições de ensino optam por utilizar anúncios
Whereas
DE

que propagandeiem campanhas institucionais como aque-


Instead of las relacionadas à preservação do meio-ambiente ou que
O
BI

enalteçam ações de solidariedade.


Introduzem ou apresentam situações alternativas.
FA

2. Atenção aos termos abaixo:


Prepare the dinner whereas I fix the desserts. (Prepare o
LIO

jantar enquanto eu preparo as sobremesas). Advertising = publicidade


RE

I prefer to go to the mountains instead of going to the bea- Advertisement (ad, em forma abreviada) = anúncio
AU

ch. (Eu prefiro ir para as montanhas ao invés de ir para a praia) Propaganda = publicidade de uma ideia ou ideologia. Vin-
O

John read a letter to the board whether it should be mai- culada a governos ou grupos sociais ou religiosos.
C
AR

led.(John leu uma carta para o conselho que deveria ter 3. Os textos que comentam a publicidade são cada vez
8M

sido enviada por email). mais frequentes, principalmente aquelas que fazem refe-
rência à internet.
85

Conclusivas
09

Therefore
GERUND AND INFINITIVE
3
83

So
8

Há três usos do gerúndio ING na língua inglesa. A tradução de


30

Then sua forma mais comum (verbo para ações contínuas) acaba
A
UR

por confundir o estudante ao não perceber o uso nas outras


Thus
formas. Vejamos quais são estas três formas mais comuns:
MO

Since
1. Verbos em tempos contínuos
DE

Explicativas Exemplos:
O
BI

Due to § The doctors are coming to help us (Os médicos estão vin-
FA

do para nos ajudar)


Since
LIO

§ The UN is carefully watching countries who don’t respect


In order to human rights. (A ONU está cuidadosamente observando os
RE

países que não respeitam os direitos humanos)


AU

Explicam a causa ou razão de um raciocínio ou fato


O

114
RC
MA
3
88
30
A
UR
2. Substantivos § Learning a new skill is like getting a tool. (Aprender uma

MO
nova habilidade é como ganhar uma nova ferramenta.)
Exemplos:

DE
§ Teenagers usually enjoy fireshooting games (Geralmente, 3. Adjetivos

O
adolescente gostam de jogos de tirol.)
Exemplos:

BI
§ Sandra studied nursing at Columbia University (Sandra

FA
§ La Casa de Papel is certainly a very interesting tv series.
estudou enfermagem na Universidade de Columbia)

IO
(La Casa de Papel é certamente uma série muito interessante.)

L
2.1 Verbos no infinitivo

RE
§ Climbing is a very demanding sport. (Escalada é um es-
Exemplos: porte bem exigente.)

AU
§ Caring is loving (Cuidar é amar.)

CO
AR
Há ainda uma série de verbos que são regidos por algumas particularidades quando usados em uma mesma oração

8M
Os verbos abaixo são alguns dos mais comuns que são OBRIGATORIAMENTE seguidos por verbos na forma ING:

85
09
Verbo Definição Exemplo

33
88
allow to permit She allows using smartphones in class.

30
A
avoid to try not to do She avoids dating men over 30.
UR
MO

be worth to be a good idea to spend the time on It’s worth spending some time on the grammar.
DE

can’t help to be able to not do Tom can’t help complaining about the heat.
O
BI
FA

mind to object to I don’t mind smoking.


LIO

miss to want something you don’t have I miss having more free time.
RE
AU

They recommend purchasing insurance with this


recommend to tell someone they should do something
product.
OC
AR

report to tell about Tim reported spending twelve hours on the job.
8M

suggest to say someone should do something I suggest buying a new camera.


85
09

to help someone with words, thoughts or mo-


support They supported our going to the doctor for help.
3

ney
8 83
30

understand to comprehend He understands investing in the stock market.


A
UR

Os verbos abaixo são alguns dos mais comuns que são OBRIGATORIAMENTE seguidos pela forma infinitiva:
MO

Verbo Definição Exemplo


DE
O

agree to say you will do Tom agreed to help me with the work.
BI
FA

can/can’t afford to permit I can’t afford to spend time doing this.


LIO
RE

come to arrive at They came to purchase a new car.


AU
O

115
RC
MA
3
88
30
A
UR
MO
get to receive We got to see our friends last week.

DE
refuse to say you will not do Jane refused to do what he asked.

O
BI
request to ask for The man requested to speak to a lawyer.

FA
IO
say to tell someone He said to tell you hi!

L
RE
They are seeking to receive $1,000,000 in dama-

AU
seek to look for
ges.

CO
wait to let time pass We waited to see the doctor for three hours.

AR
8M
want to desire I want to help you.

85
09
wish to want to do She wishes to visit her parents in Ireland.

33
88
THINKING BIGGER Portuguese is easIER than English

30
A
Math is MORE difficult than Biology.
UR
Adjectives
MO

Regra que determina a ordem na qual os adjetivos devem Short adjectives :


DE

ser colocados: Quando a pronúncia é feita diretamente, ou seja, sem que-


O

Opinião – Tamanho – Idade – Formato – Cor – Origem – bra de sílabas fonéticas. Exemplos:
BI
FA

Material – Finalidade Fast, smart, nice, pretty etc.


LIO

1.1. Grades of Adjectives Acrescenta-se R para adjetivos terminados em E


RE

a língua inglesa separa a gradação de comparativos em Acrescenta-se IER para adjetivos terminados em Y.
AU

três categorias: Acrescenta-se ER para todos os outros.


O

comparative of equality (comparativo de igualdade);


C
AR

comparative of superiority (comparativo de superioridade) Long Adjectives :


8M

ou comparative of inferiority (comparativo de inferioridade);


Quando a pronúncia demanda quebra fonética. Exemplos:
85

superlative (superlativo). Wonderful, beautiful, intelligent, difficult.


09

A)Equality (Igualdade)
3

Nestes casos não se aplica a regra do R logo usa-se MORE


83

ƒ Compararação entre dois termos para indicar superioridade.


8
30

ƒ Adjetivo colocado entre as conjunções as


A

ƒ Adjetivo não se altera


UR

Inferiority
Portuguese is as easy as English. ƒ Comparação entre dois termos
MO

Math is as difficult as Biology. ƒ Adjetivo não se altera


DE

ƒ Uso do LESS para indicar inferioridade


Superiority (Superioridade) ou
O
BI

Inferiority (Inferioridade)
FA

Portuguese is less easy than English.


ƒ Comparação entre dois termos
LIO

ƒ Uso do termo than


RE

ƒ Adjetivo altera-se de acordo com o tamanho : long or


AU

short adjective
O

116
RC
MA
3
88
30
A
UR
Superiority

MO
ƒ Compararação entre um termo e uma categoria e um conjunto.

DE
ƒ Adjetivo altera-se conforme a regra dos short/long adjectives
ƒ Uso do artigo THE para indicar distinção.

O
BI
Portuguese is the easIEST subject of the book

FA
Math is the MOST difficult subject of the book.

L IO
RE
Short adjectives :

AU
Quando a pronúncia é feita diretamente, ou seja, sem quebra de sílabas fonéticas. Exemplos:

CO
Fast, smart, nice, pretty etc.

AR
Acrescenta-se ST para adjetivos terminados em E

8M
Acrescenta-se IEST para adjetivos terminados em Y.

85
Acrescenta-se EST para todos os outros.

09
OBS.: Adjetivos específicos

33
88
30
adjetivo equality superiority superlative

A
UR
bom good better best
MO
DE

ruim bad worse worst


O
BI

distante/além far farther/further farthest/furthest


FA
LIO
RE
AU
O
C
AR
8M
85
09
3
8 83
30
A
UR
MO
DE
O
BI
FA
LIO
RE
AU
O

117
RC
MA

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