Anamnese LC Teoria COMPLETO
Anamnese LC Teoria COMPLETO
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MA
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AU
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LIO
FA
BI
O
DE
MO
UR
A
L&C
30
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33
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INTEGRADO
8M
AR
CO
RETOMADA DE CONTEÚDOS
AU
RE
L IO
FA
BI
O
DE
ANAMNESE
MO
UR
A
30
88
3
3
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30
A
UR
MO
SUMÁRIO
DE
O
BI
FA
IO
SEMANAS
L
RE
LINGUAGENS, CÓDIGOS E SUAS TECNOLOGIAS 1 2 3 4 5 6
AU
GRAMÁTICA-------------------------------------------------------------- 3 58 72 82 93 104
CO
INTERPRETAÇÃO DE TEXTOS -------------------------------------------- 20 61 75 85 96 108
AR
LITERATURA------------------------------------------------------------- 29 63 77 87 97 109
8M
INGLÊS------------------------------------------------------------------- 43 69 79 90 100 113
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09
33
88
30
A
UR
MO
DE
O
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RC
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A
UR
MO
DE
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LIO
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RC
MA
3
88
Gramática
30
A
UR
Anamnese
MO
semana
DE
1
O
BI
FA
Variação linguística
L IO
RE
As variações linguísticas são as peculiaridades que a língua adquire com o tempo em função do seu uso por comunida-
AU
des específicas. Segundo o linguista Marcos Bagno, “(...) onde tem variação (linguística), sempre tem avaliação
CO
(social)”.
AR
Nossa sociedade é extremamente hierarquizada e os bens e valores culturais circulantes, incluindo a língua, também o
8M
são. Dessa forma, a nossa maneira de falar pode revelar a camada social a que pertencemos. O que torna a língua um
poderoso instrumento de controle social, de promoção ou de humilhação, de inclusão ou de exclusão. Mesmo sabendo
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que as formas “a zgente vai” e “a gente vamos” são duas formas de dizer a mesma coisa, elas podem comunicar a
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origem social de quem fala, sua inserção maior ou menor na cultura letrada, sempre mais valorizada que a oral.
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88
Ninguém deve ter vergonha de sua origem ou de sua variante, mas conhecer outras variantes nos permite ser compre-
30
endidos e nos fazer compreender em uma gama mais ampla de espaços e, em muitas delas, a norma padrão da língua
A
portuguesa é um pré-requisito insubstituível. UR
MO
A gíria é uma forma de expressão oral de grupos sociais, que têm afinidades quanto à ideologia, ou faixa etária, ou
condição socioeconômica, enfim, algum tipo de traço característico, que também é transferido para a forma de expressão
DE
linguística.
O
Uma questão deve ser muito bem esclarecida: falar errado não é falar em desacordo com a norma padrão culta; falar
BI
FA
errado é comunicar-se utilizando uma variante que não seja adequada ao local em questão. Dizer que uma
pessoa humilde e sem escolaridade fala errado (“nóis vai”, por exemplo) é preconceito linguístico, pois é fácil de
LIO
Portanto, por mais que um falante tenha conhecimento da norma padrão e das regras da gramática normativa, sua orali-
AU
dade nunca será 100% padrão. Assim, devemos nos preocupar mais com o uso da gramática na língua escrita, e menos
O
na língua falada.
RC
MA
Funções da linguagem
58
98
Toda comunicação apresenta uma variedade de funções, sendo uma dominante, de acordo com o enfoque que o desti-
0
nador/emissor quer dar ou do efeito que quer causar no destinatário/receptor. As funções da linguagem são as seguintes:
33
88
1. Emotiva ou expressiva – centralizada no emissor, ressalta sua opinião, trata das emoções; prevalece a 1a pessoa do
LIO
singular (eu), interjeições e exclamações; é a linguagem das biografias, memórias, poesias líricas e cartas de amor.
RE
2. Referencial – centralizada no referente, pois o emissor oferece informações da realidade; objetiva, direta, denotativa,
prevalecendo a 3a pessoa do singular (ele/ela); é a linguagem usada nos textos científicos, arte realista, notícias de jornal.
AU
O
3
RC
MA
3
88
30
A
UR
3. Conativa ou apelativa – centralizada no receptor; o emissor procura influenciar o comportamento do receptor;
MO
como o emissor se dirige ao receptor, é comum o uso da 2a pessoa do singular (tu), do pronome de tratamento você ou do
nome do próprio receptor, além de vocativos e imperativos; usada nos discursos, sermões e propagandas que se dirigem
DE
diretamente ao consumidor.
O
BI
4. Fática – utilizada para testar o canal, para manter o contato físico ou psicológico com o interlocutor.
FA
5. Metalinguística – é a linguagem utilizada para falar da própria linguagem; a linguagem como fazer artísitico; põe em
IO
evidência a forma da mensagem, ou seja, preocupa-se mais em “como dizer” do que com “o que dizer”.
L
RE
6. Poética – usada para diferenciar o texto pela forma. Há certa dificuldade de se chegar ao conteúdo. A poesia, por
AU
definição, é considerada uma função poética.
CO
Tipos de discurso
AR
8M
Em um texto narrativo, o autor pode optar por três tipos de discurso, que podem aparecer separados ou juntos.
85
§ Direto – a produção se dá de forma integral, na qual os diálogos são retratados sem a interferência do narrador;
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trata-se de uma transcrição fiel da fala dos personagens, e, para introduzi-las, o narrador se utiliza de alguns sinais de
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pontuação, aliados ao emprego de alguns verbos de elocução (dizer, perguntar, responder, indagar, exclamar, ordenar
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30
etc.).
Exemplo: João disse: – Não brinco mais!
A
UR
§ Indireto – ocorre quando o narrador, em vez de retratar as falas de forma direta, reproduz com as suas próprias
MO
§ Indireto livre – as formas direta e indireta se fundem por meio de um processo em que o narrador insere discreta-
O
BI
Ortografia
LIO
RE
AU
Regras especiais
O
1. Ditongos abertos: São sempre acentuadas as palavras oxítonas com os ditongos abertos grafados “éis”, “éu(s)” ou
RC
Obs.: Não são acentuadas as palavras paroxítonas com os ditongos abertos “ei” e “oi”, uma vez que existe oscilação em
58
muitos casos entre a pronúncia aberta e fechada e foram alteradas pelo acordo ortográfico.
98
§ São tônicos;
30
A
4
RC
MA
3
88
30
A
UR
§ quando termina em “ém”.
MO
Exemplos: contém / contêm; convém / convêm.
DE
Obs.: Algumas palavras são acentuadas não em razão de sua tonicidade, mas sim pela necessidade de diferenciarmos
O
seu significado.
BI
FA
Exemplo: Este é o garoto de que lhe falei. QUE -> Pronome relativo
IO
Exemplo: Aquela menina tem um quê de mistério. QUE -> Substantivo
L
RE
Formação de palavras
AU
CO
Basicamente, as palavras da língua portuguesa são formadas pelos processos de composição e derivação, mas tam-
AR
bém por onomatopeia, neologismo e hibridismo.
8M
Formação por composição
85
09
Nos processos de formação de palavras por composição, ocorre a junção de dois ou mais radicais. Palavras com significa-
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dos distintos formam uma nova palavra com um novo significado.
88
Exemplo: guarda (flexão do verbo guardar; sentinela) + roupa (vestuário) = guarda-roupa (mobiliário).
30
A
São dois os processos de formação por composição: UR
§ Composição por justaposição: quando não ocorre a alteração fonética das palavras. A justaposição também
MO
§ Composição por aglutinação: quando ocorre alteração fonética, em decorrência da perda de elementos das
BI
palavras.
FA
No processo de formação por derivação, a palavra primitiva (primeiro radical) sofre acréscimo de afixos. São cinco os tipos
O
Exemplo: in-capaz.
58
Exemplo: papel-aria.
0
33
Exemplo: en-triste-cer.
30
A
§ Derivação regressiva: ocorre redução da palavra primitiva. Nesse processo, formam-se substantivos abstratos por
UR
derivação regressiva de formas verbais. São também conhecidos como substantivos DEVERBAIS.
MO
Onomatopeia
LIO
Onomatopeias são as palavras que lembram determinados sons, como tic-tac (relógio) e piuí (trem). A língua ingle-
RE
5
RC
MA
3
88
30
A
UR
Verbos
MO
DE
Verbos irregulares
O
BI
Os verbos irregulares sofrem alteração do radical e das desinências, nos diferentes tempos, modos e pessoas.
FA
§ fazer: faço, faria, fazia.
IO
L
RE
Verbos auxiliares
AU
Os verbos auxiliares formam os tempos compostos ou locuções verbais com os verbos principais:
CO
§ ser (pago)
AR
§ estar (curado)
8M
85
Vozes verbais
09
33
O fato expresso pelo verbo pode ser representado em três formas, em três vozes.
88
§ As crianças beijam os pais. “Fato (beijam) praticado pelo sujeito (crianças) = verbo na voz ativa.”
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§ Os pais são beijados pelas crianças. = “verbo na voz passiva.”
A
UR
§ João cortou-se com o machado. “O sujeito (João) é alvo, sofre sua própria ação (cortou-se) = verbo na voz reflexiva.”
MO
A voz passiva analítica sempre é formada por tempos compostos – ser + verbo principal transitivo direto –, bem como
O
com os verbos auxiliares ter e haver: Têm sido (foram) alugadas muitas mansões em Brasília.
BI
FA
Formada com o verbo principal transitivo direta na voz ativa, na terceira pessoa do singular ou do plural, acompanhado
da partícula apassivadora se: Aluga-se casa./ Alugam-se casas./ Compra-se apartamento./ Compram-se apartamentos.
AU
O infinitivo, o particípio (regular e irregular) e o gerúndio são chamados formas nominais do verbo porque podem
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§ Infinitivo
88
§ Gerúndio
A
UR
§ Particípio
Problema resolvido (adjetivo). A feira foi inaugurada (adjetivo).
DE
Tempos e modos
O
BI
FA
Modos verbais
LIO
RE
Os modos verbais traduzem a intencionalidade com que se emprega a forma verbal. São classificados em indicativo
AU
6
RC
MA
3
88
30
A
UR
§ indicativo: apresenta o fato real, positivo, de maneira convicta. Elas gostam de correr.
MO
§ subjuntivo: apresenta um fato provável, desejável ou duvidoso.
DE
§ Quando for o momento, talvez eu jogue.
O
§ imperativo: manifesta uma ordem, conselho, súplica, exortação do emissor. Pode ser afirmativo ou negativo.
BI
Exemplo: Se beber, não dirija!
FA
IO
Tempos verbais
L
RE
AU
Tempos do modo indicativo
CO
§ Presente
AR
I. Indica processo no momento da fala: Faço minhas escolhas. (atualmente, agora)
8M
II. Indica processo habitual, constante, fato real, verdade: Ela cumpre seus acordos. (ação habitual)
II. Indica processo ocorrido até o momento da declaração: Moro com meus colegas.
85
IV. Em narrativas históricas (presente histórico), em lugar do pretérito perfeito: Colombo chega à América e, em
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1492, conquista o Novo Mundo.
33
88
V. Em acontecimento próximo no lugar do futuro: Não posso almoçar contigo amanhã.
30
VI. Em expressões condicionais (se...), em lugar do subjuntivo: Se tudo corre bem, podemos viajar.
A
§ Pretérito perfeito UR
I. Indica um processo, algo já realizado, concluído, terminado, sem necessidade de referência a outra ação
MO
II. Indica processo ocorrido antes da declaração expressa pelo verbo. Em 1939, Hitler invadiu a Polônia.
III. É frequente o emprego do pretérito perfeito composto (presente do indicativo do verbo auxiliar ter ou
O
BI
§ Pretérito imperfeito
LIO
I. Indica um processo ocorrido anteriormente ao momento da declaração, mas contemporâneo a outro fato
RE
passado: Eu ouvia samba, quando se deu o estouro./ Ele comia, quando da sua chegada.
AU
II. É empregado para indicar processo em desenvolvimento: Eu dançava, quando ele entrou.
III. Indica processo em continuidade, habitual, constante, frequente: Eu residia nesta casa.
O
RC
IV. Indica processo idealizado, não realizado: Pretendíamos ir à Bahia, mas o frio repentino não permitiu.
V. Como manifestação de cortesia, de polidez em lugar do presente do indicativo ou do imperativo: Queria só
MA
um abraço.
58
VI. Em lugar do futuro do pretérito do indicativo: Se ele pagasse, já estávamos (em vez de estaríamos) na França.
098
§ Pretérito mais-que-perfeito
33
I. Indica uma ação passada, um fato concluído que aconteceu antes de outro fato (ambos no passado): O
88
30
III. Em lugar do pretérito imperfeito do subjuntivo: Nadou como se estivera (estivesse) à beira da morte.
MO
§ Futuro do pretérito
DE
I. Exprime ação futura em relação ao passado, ação que teria ocorrido em relação a um fato já ocorrido no
passado: Eu iria, se você chegasse a tempo.
O
BI
II. Designa ações posteriores à época em que se fala: Ainda ficaria. Esperaria a noite. (Marques Rabelo)
FA
III. Designa incerteza, probabilidade, dúvida, suposição sobre fatos passados: Seriam mais ou menos dez horas
LIO
VI. Forma polida de presente para denotar um desejo: Eu precisaria namorar aquela moça.
AU
O
7
RC
MA
3
88
30
A
UR
§ Futuro (do presente)
MO
I. Indica a ação ainda não ocorrida, mas já declarada pelo verbo: Ora (direis) ouvir estrelas!/ E eu vos direi:
DE
amai para entendê-las! (Olavo Bilac).
II. Indica certeza de uma ação futura: Se não voltarmos em algumas horas, teremos perdido a oportunidade.
O
BI
III. Empregado para indicar um fato aproximado ou para enfatizar uma expressão: Na África, quantos não
FA
estarão mortos de fome!
IO
IV. É frequente o emprego do futuro do presente composto (futuro do presente do verbo auxiliar ter ou
L
RE
haver + particípio do verbo principal): Quando você chegar, eu já terei ido.
AU
V. Indica ação futura a ser consumada antes de outra: Quando o guarda chegar, já teremos fugido.
CO
VI. Indica possibilidade de um fato passado: Terá passado o fura dentro de oito dias cão? (Ciro dos Anjos)
AR
Tempos do modo subjuntivo
8M
§ Presente
85
09
Expressa hipótese, desejo, suposição, dúvida: Tomara que você tenha boas festas!/ Bons ventos o levem!
33
§ Pretérito imperfeito
88
30
É empregado nas orações subordinadas da oração principal, em que verbo esteja no pretérito imperfeito do
A
indicativo: Ela desejava que todos morressem./ Esperei que eles fizessem os trabalhos direito./ Apreciaria que
UR
você me beijasse.
MO
Verbo auxiliar ter ou haver no pretérito imperfeito do subjuntivo seguido do particípio do verbo principal: Imaginei que
O
§ Futuro simples
LIO
Designa fato provável, eventualidade futura: Quando ela vier, encontrará uma bagunça.
RE
§ Futuro composto
AU
Verbo auxiliar ter ou haver no futuro do subjuntivo, seguido do particípio do verbo principal. Designa fato futuro
O
como encerrado em relação a outro também no futuro: Só deixarei esta casa, quando ele tiver trazido todos os meus
RC
Modo imperativo
98
Embora a palavra “imperativo” esteja ligada à ideia de comando, ordem, não é para comandar ou ordenar que, na
0
33
maioria das vezes, servimo-nos dele. O imperativo também é empregado para designar pedido, convite, conselho, súplica.
88
30
Formação do imperativo
A
UR
MO
ELES comem que vós ameis não comam! (ainda que) comam
RE
AU
O
8
RC
MA
3
88
30
A
UR
O artigo
MO
DE
O artigo é a palavra que se antepõe a um substantivo (é um marcador pré-nominal), com a função inicial de
O
determiná-lo, ou indeterminá-lo. São classificados em dois grupos: definidos e indefinidos.
BI
FA
§ Artigos definidos: determinam o substantivo de maneira precisa. São eles: o(s), a(s).
Exemplo: Preciso que você me traga a cadeira branca.
IO
(o artigo definido marca a necessidade de se pegar uma cadeira determinada).
L
RE
§ Artigos indefinidos: determinam o substantivo de maneira vaga/imprecisa. São eles: um(uns), uma(s).
AU
Exemplo: Preciso que você me traga uma cadeira branca.
CO
(o artigo indefinido marca a necessidade de se pegar uma cadeira qualquer, indeterminada).
AR
Advérbio
8M
85
Advérbio é uma palavra invariável que se associa a verbos, a adjetivos ou a outros advérbios, cada qual com intenções
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bastante específicas.
33
§ Associa-se a verbos para indicar com maior precisão as circunstâncias da ação verbal.
88
Exemplo: Paula viajou ontem. (o advérbio “ontem” indica com maior precisão quando Paula viajou).
30
§ Associa-se a adjetivos para intensificar o adjetivo já apresentado.
A
UR
Exemplo: Roberto ficou bastante preocupado. (o advérbio “bastante” intensifica o adjetivo preocupado)
MO
“bem”).
O
BI
Quando temos uma frase que congrega mais de um advérbio terminado em “mente”, deve-se fazer a contração dos
advérbios centrais (retirar o termo “mente”) e preservar apenas o último advérbio flexionado:
AU
Substantivo e adjetivo
58
98
Nessa aula estudaremos duas classes de palavras que estabelecem relações definitivas para o futuro entendimento dos
0
33
Substantivo
A
UR
É a classe de palavras variável que dá nome aos seres, objetos e coisas em geral.
MO
Adjetivo
DE
No contexto de uma frase é possível identificar palavras de outras classes, dentre elas os adjetivos, que se transformam
em nomes (substantivos) desde que precedidas de um artigo.
RE
9
RC
MA
3
88
30
A
UR
Pronomes
MO
Pronome é um tipo de palavra variável (modifica-se em gênero e número) que exerce funções variadas: pode substituir
DE
um nome, pode fazer referência a esse nome, ou ainda, pode acompanhá-lo num processo qualificativo.
O
BI
a) Pronomes pessoais
FA
Os pronomes pessoais são aqueles que substituem os substantivos. Nesse movimento eles acabam por evidenciar as pes-
IO
soas do discurso. Quando temos de designar a pessoa que fala (1ª pessoa), usamos os pronomes eu e nós. Para marcar
L
as pessoas a quem nos dirigimos (2ª pessoa), usamos tu, vós e você(s). Já para apontar para pessoas de quem se fala
RE
(3ª pessoa), utilizamos ele(s) e ela(s).
AU
De acordo com o posicionamento nos processos sintáticos, os pronomes pessoais podem funcionar como:
CO
Caso reto: são pronomes pessoais que, em uma construção sintática, ocuparão a posição de sujeito ou de predica-
AR
tivo do sujeito.
Exemplo: Eu fiquei bastante chateado.
8M
Caso oblíquo: são pronomes pessoais que, em uma construção sintática, ocuparão a posição de complemento ver-
85
bal (objeto direto ou indireto) ou complemento nominal.
09
Exemplo: Compraram-nos alguns presentes. (o pronome é complemento do verbo comprar)
33
88
b) Pronomes possessivos
30
São pronomes que transmitem à pessoa gramatical a ideia de posse de alguma coisa.
A
Exemplo: Este dinheiro é meu. UR
Exemplo: Olha aí! É o meu guri. (Chico Buarque)
MO
c) Pronomes demonstrativos
DE
São utilizados para evidenciar o posicionamento de uma palavra em relação a outras palavras, ou em relação a um con-
O
BI
texto. Esses eventos se dão em relações espaciais e temporais (as relações discursivas ficarão reservadas para as aulas de
FA
sintaxe de pronomes).
LIO
Relações espaciais
Exemplos:
O
RC
§ Pegarei esta caneta (aqui). O pronome esta indica que, espacialmente, a caneta está perto de quem fala.
MA
§ Pegue essa caneta (aí). O pronome essa indica que, espacialmente, a caneta está perto de quem ouve.
58
§ Pegue aquela caneta (ali/lá). O pronome aquela indica que, espacialmente, a caneta está afastada dos interlocu-
098
tores.
33
88
Relações temporais
30
Exemplos:
A
UR
§ Este é um ano em que a crise apertou bastante. (O pronome este indica, temporalmente, um tempo bastante pró-
ximo, no caso, o ano presente.)
MO
§ Esse ano que passou deixou boas lembranças. (O pronome esse indica, temporalmente, um tempo de curta distân-
DE
§ Aquele ano foi bastante próspero. (O pronome aquele indica, temporalmente, um tempo localizado em um passado
BI
FA
distante.)
LIO
Observação: também podem funcionar como pronomes demonstrativos, eventualmente, os pronomes “o(s), a(s)”,
quando estiverem posicionados antes de um “que”, e puderem ser substituídos por “aquele(s), aquela(s) e aquilo”.
RE
AU
10
RC
MA
3
88
30
A
UR
d) Pronomes indefinidos
MO
São palavras que fazem referência à terceira pessoa do discurso, dando-lhe caráter indeterminado, vago ou impreciso.
DE
Exemplos: Alguém quebrou os copos da minha cristaleira.
Percebe-se que o termo “alguém” refere-se a uma terceira pessoa (pessoa de quem se fala), mas não somos capazes
O
de lhe atribuir identidade (a informação é vaga, imprecisa).
BI
FA
e) Pronomes relativos
IO
São aqueles que recuperam nomes anteriormente mencionados, estabelecendo com estes relação.
L
RE
Exemplo: A escola tem um calendário que possui muitos feriados.
AU
No exemplo apresentado, o pronome “que” recupera o substantivo calendário (o antecedente).
Observação 1: os pronomes “que”, “o qual”, “os quais”, “a qual” e “as quais” são equivalentes, com o detalhe de que
CO
o “que” é invariável, cabendo em qualquer circunstância, e os demais necessitarão de um substantivo já determinado.
AR
Exemplo: Esta é a garota com a qual conversei.
8M
Observação 2: para evitar ambiguidades e outros problemas de sentido, o pronome relativo “onde” deve ser utilizado
para recuperar lugares físicos/localidades (regiões, cidades, ambientes etc.).
85
Exemplo: Este é o armazém onde estocamos os produtos.
09
Observação 3: o pronome relativo “cujo” não realiza a recuperação de um antecedente, mas aponta para uma relação
33
de posse com o consequente.
88
Exemplo: Este é o livro cuja página meu filho rasgou.
30
Observação 4: o pronome “quem” faz referência a pessoas e vem sempre precedido de preposição.
A
Exemplo: Aquele é o sujeito a quem devo muito dinheiro.
UR
MO
f) Pronomes interrogativos
DE
São pronomes utilizados nas formulações de perguntas diretas ou indiretas. Fazem referência direta aos pronomes de 3ª
O
pessoa. Os principais pronomes interrogativos são “que” “quem” “qual” e “quanto” (e suas variações). Entende-
BI
-se como pergunta direta aquela em que o pronome interrogativo é colocado no início do questionamento (temos sinal
FA
de interrogação ao final da pergunta). Já a pergunta indireta é aquela em que o pronome interrogativo aparece em outra
LIO
Quanto custou a reforma da casa? Gostaria de saber quanto custou a reforma da casa.
O
RC
§ Entende-se por pronome substantivo aquele que substitui um substantivo ao qual faz referência.
58
§ Entende-se por pronome adjetivo aquele que acompanha um substantivo, atribuindo-lhe características.
33
88
Observação: a classificação dos pronomes em substantivos ou adjetivos não exclui as classificações de origem desses
A
UR
elementos.
MO
Numeral e preposição
DE
O
Numeral
BI
FA
Numeral é a classe de palavra que se relaciona diretamente com o substantivo, atribui-lhe quantidade, situa-o em de-
LIO
terminada sequência e com ele mantém vínculo morfossintático, isto é, o numeral é considerado um sintagma nominal.
RE
11
RC
MA
3
88
30
A
UR
Classificação de numerais
MO
§ Cardinais: indicam contagem, medida.
DE
Exemplo: A medida do quarto é de trinta metros.
O
§ Ordinais: indicam a ordem ou o lugar da coisa ou pessoa numa série dada.
BI
Exemplo: Verifique o segundo contato da agenda.
FA
§ Multiplicativos: indicam multiplicação da coisa ou pessoa, quantas vezes a quantidade dela foi aumentada
IO
Exemplo: Apareceu um triplo de convidados a mais que o esperado.
L
RE
§ Fracionários: indicam parte de um inteiro da coisa ou pessoa.
AU
Exemplo: Dois terços dos alunos foram aprovados na primeira fase da prova.
CO
Preposições
AR
8M
Classificação das preposições
85
09
§ Essenciais – palavras que atuam exclusivamente como preposição. São elas: a, ante, após, até, com, contra, de,
33
desde, em, entre, para, perante, por, sem, sob, sobre.
88
§ Acidentais – palavras de outras classes gramaticais que atuam como preposições. São elas: como, conforme, conso-
30
ante, durante, exceto, feito, mediante, segundo etc.
A
UR
Principais relações estabelecidas pelas preposições
MO
Conjunção
O
BI
FA
A conjunção é uma classe de palavras invariável que atua como instrumento de conexão entre orações. De acordo com
a natureza de relação apresentada nas orações, as conjunções podem ser classificadas como coordenativas e subor-
LIO
dinativas. Os termos ligados pelas conjunções coordenativas podem ser isolados um do outro sem que as unidades de
RE
sentido de cada termo sejam perdidas. Os termos ligados pelas conjunções subordinativas dependem necessariamente
AU
da existência um do outro.
O
12
RC
MA
3
88
30
A
UR
Conjunções coordenativas
MO
Coordenam orações sem estabelecer uma relação de dependência (uma função sintática). De acordo com um critério
DE
lógico-semântico, elas se classificam assim:
O
§ Aditivas – estabelecem uma relação de soma, de adição entre os termos.
BI
Exemplo: Ele saiu cedo e levou a carteira.
FA
§ Adversativas – estabelecem uma relação de contraste, de oposição entre os termos.
IO
Exemplo: Tentou vender os livros usados, mas não conseguiu.
L
RE
§ Alternativas – estabelecem uma relação de alternância, de escolha, ou de exclusão entre os termos.
AU
Exemplo: Ou você chega logo, ou vou embora para minha casa.
CO
§ Conclusivas – estabelecem uma relação de conclusão a respeito de um fato dado no mundo.
AR
Exemplo: Estava muito irritado, portanto, preferiu conversar mais tarde.
8M
§ Explicativas – estabelecem uma relação de explicação sobre fato que ainda não ocorreu no mundo.
Exemplo: Não fique irritado, porque a conversa pode tomar outros rumos.
85
09
Conjunções subordinativas
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88
As conjunções subordinativas ligam duas orações, das quais uma é necessariamente dependente da outra, desempe-
30
nhando em relação a esta uma função sintática. São classificadas como:
A
UR
§ Causais – introduzem a oração que é causa da ocorrência da oração principal.
MO
Exemplo: Ele não fez as compras porque não havia trazido a carteira.
§ Concessivas – introduzem a oração que expressa ideia contrária a da principal.
DE
§ Condicionais – introduzem uma oração que indica a hipótese ou a condição para ocorrência da principal.
FA
§ Conformativas – introduzem uma oração que exprime a conformidade de um fato com outro.
Exemplo: As coisas nem sempre ocorrem como queremos.
RE
AU
§ Finais – introduzem uma oração que expressa a finalidade ou o objetivo com que se realiza a principal.
Exemplo: Mande o e-mail para que todos compareçam no horário correto.
O
RC
§ Proporcionais – introduzem uma oração que expressa um fato relacionado proporcionalmente à ocorrência da
MA
principal.
Exemplo: Os problemas saem do controle à medida que não são resolvidos.
58
§ Temporais – introduzem orações que acrescentam uma circunstância de tempo ao fato expresso na oração principal.
098
§ Comparativas – introduzem orações que expressam ideia de comparação em relação à oração principal.
88
Conjunção integrante
DE
As conjunções integrantes introduzem as orações subordinadas substantivas. Ocorrem com os termos “que” e “se”.
O
BI
13
RC
MA
3
88
30
A
UR
Sintaxe (período simples)
MO
DE
Termos essenciais da oração
O
BI
Sujeito é o termo que concorda, em número e pessoa, com o verbo da oração. Em grande número de casos, o
FA
sujeito da oração é também o agente da ação expressa pelo verbo, mas essa não deve ser a base de definição
IO
conceitual, uma vez que há orações para as quais não se pode atribuir ao sujeito essa função de agente.
L
RE
AU
Sujeito
CO
Classificação do sujeito
AR
8M
O sujeito das orações pode ser determinado ou indeterminado.
85
1. Sujeito determinado é aquele que pode ser identificado com precisão a partir da concordância verbal. Ele pode ser:
09
a) Simples, se apresentar apenas um núcleo (a palavra principal do sujeito, que encerra essencialmente a significação)
33
ligado diretamente ao verbo, estabelecendo uma relação de concordância com ele.
88
30
Exemplo: As pessoas saíram pelas ruas em protesto.
A
b) Composto, se apresentar dois ou mais núcleos ligados diretamente ao verbo, estabelecendo uma relação de concor-
UR
dância com ele.
MO
2. Sujeito indeterminado: é aquele que, embora existindo, não é possível determiná-lo nem pelo contexto, nem pela
O
b) com verbo na voz ativa e na terceira pessoa do singular seguido do pronome se, pronome esse que atua
AU
Importante!
098
Se o verbo estiver na terceira pessoa do plural e fizer referência a elementos explícitos em orações anteriores ou poste-
33
Exemplo: Ana e Gustavo foram a Miami. Compraram muitas roupas. (Nesse caso, o sujeito de compraram é Ana e
A
3. Orações sem sujeito são formadas apenas pelo predicado e articulam-se a partir de um verbo impessoal. Por isso
MO
Predicado
FA
É o termo da oração que faz uma afirmação sobre o sujeito; diz-se, portanto, que se trata de uma predicação sobre o
LIO
sujeito. No caso das orações sem sujeito, a predicação é genérica. Tudo o que constitui as orações, à exceção do sujeito e
RE
14
RC
MA
3
88
30
A
UR
Os predicados devem conter necessariamente um verbo, mas o núcleo do predicado (termo que detém o sentido
MO
propriamente) pode ser um verbo, um nome ou a junção dos dois.
DE
Tipos de predicado
O
BI
A partir de estruturas que se assemelham às dos exemplos acima, podem-se classificar os predicados em três categorias:
FA
1. Predicado verbal tem, como núcleo, uma forma verbal.
L IO
a) A estudante gosta de viajar nas férias.
RE
Predicado: gosta de viajar nas férias
AU
Núcleo: gosta
CO
2. Predicado nominal tem, como núcleo, uma forma nominal (adjetivo ou locução adjetiva).
AR
Os verbos que ocorrem nos predicados nominais são sempre de ligação.
8M
Importante!
85
Os termos que constituem o núcleo dos predicados nominais denominam-se predicativos do sujeito.
09
Exemplo: O filme foi emocionante.
33
Predicado: foi emocionante
88
Núcleo: emocionante
30
A
3. Predicado verbo-nominal tem dois núcleos: um núcleo constituído de uma forma verbal e um núcleo constituído
UR
de uma forma nominal.
MO
É importante sistematizar a definição de predicativo, função sintática relacionada à ocorrência, nas orações, de predicados
nominais ou verbo-nominais. Denomina-se predicativo a palavra ou locução de natureza nominal que constitui o núcleo
AU
de um predicado nominal ou o núcleo de um predicado verbo-nominal. O predicativo pode se referir ao sujeito da oração
O
– predicativo do sujeito –, no caso dos predicados nominais, ou ao objeto da oração – predicativo do objeto –, no caso
RC
Alguns verbos ou nomes presentes numa oração não têm sentido completo em si mesmo. Sua significação só se completa
O
BI
com a presença de outros termos. A esses complementos damos o nome de termos integrantes. São eles:
FA
§ complemento nominal; e
RE
§ agente da passiva.
AU
O
15
RC
MA
3
88
30
A
UR
Aos verbos que necessitam de objetos diretos (complementam sua significação sem a presença de preposição),
MO
dá-se o nome de verbos transitivos diretos.
DE
Aos verbos que necessitam de objetos indiretos (complementam sua significação com a presença de preposição),
dá-se o nome de verbos transitivos indiretos.
O
BI
Aos verbos que necessitam de objeto direto e objeto indireto (ambos complementam sua significação), dá-se
FA
o nome de verbos bitransitivos.
IO
Aos verbos que apresentam sentido completo em si mesmo, dá-se o nome de verbos intransitivos.
L
RE
O complemento nominal representa o recebedor, o paciente, o alvo da declaração expressa por um nome. É regido
AU
pelas mesmas preposições do objeto indireto. Difere dele apenas porque, em vez de complementar verbos, complementa
nomes (substantivos, adjetivos) e alguns advérbios terminados em -mente. Os complementos nominais mantêm com os
CO
nomes o mesmo tipo de relação que os objetos mantêm com os verbos transitivos. Eles são necessários para complemen-
AR
tar o sentido dos nomes.
8M
Agente da passiva é o termo da frase que pratica a ação expressa pelo verbo na voz passiva analítica (construída com
85
o verbo ser). Vem regido comumente da preposição por e, eventualmente, da preposição de.
09
33
Termos acessórios da oração
88
Existem termos que, apesar de dispensáveis na estrutura básica da oração, são importantes para a compreensão do
30
enunciado. Ao acrescentarem informações novas, esses termos:
A
UR
§ caracterizam o ser;
MO
§ determinam os substantivos; e
DE
§ exprimem circunstância.
O
§ adjunto adverbial;
LIO
§ adjunto adnominal;
RE
§ aposto; e
AU
§ vocativo.
O
RC
O principal objetivo desse tópico é recuperarmos os conhecimentos adquiridos sobre pronomes na morfologia e aplicá-los
58
na sintaxe.
0 98
33
Próclise
88
Temos próclise quando o pronome surge antes do verbo. Suas condições de colocação são:
30
A
c) Nas orações em que existam pronomes indefinidos ou advérbios, sem marcas de pausa.
O
BI
16
RC
MA
3
88
30
A
UR
f) Nas orações introduzidas por pronomes relativos.
MO
Exemplos: Foi aquele rapaz quem me pediu para falar com você.
DE
Há situações que nos constrangem.
O
g) Com a palavra "só" (no sentido de "apenas" ou "somente") e com as conjunções coordenativas alternativas.
BI
Exemplos: Só se lembram dos pais, quando precisam de dinheiro.
FA
h) Nas orações iniciadas por palavras exclamativas e nas optativas (que exprimem desejo).
IO
Exemplos: Deus o ilumine! (oração optativa)
L
RE
AU
Mesóclise
CO
Temos mesóclise quando o verbo estiver em algum dos tempos futuros do indicativo (futuro do presente ou futuro do
AR
pretérito), desde que não existam condições para a próclise. O pronome é colocado no meio do verbo.
8M
Exemplos: Comprar-lhe-ei umas roupas novas. (comprarei + lhe)
85
Encontrar-me-iam, se realmente quisessem. (encontrar + me)
09
33
Observações:
88
a) Havendo condições para a próclise, esta prevalece sobre a mesóclise:
30
Exemplo: Sempre lhe contarei os meus segredos. (O advérbio “sempre" exige o uso de próclise.)
A
UR
b) A mesóclise é uso exclusivo da língua culta e da modalidade literária. Não a encontramos na comunicação oral mais básica.
MO
c) Com esses tempos verbais (futuro do presente e futuro do pretérito) jamais ocorrerá a ênclise.
DE
Ênclise
O
BI
FA
Temos ênclise quando o pronome surge depois do verbo. Seu emprego obedece às seguintes regras:
LIO
a) Nos períodos iniciados por verbos (desde que não estejam no tempo futuro), pois, segundo a gramática normativa, não
RE
d) Nas orações reduzidas de gerúndio (desde que não venham precedidas de preposição "em").
MO
Observação:
FA
Se o verbo não estiver no início da frase, nem conjugado nos tempos futuro do presente ou futuro do pretérito, é possível
LIO
17
RC
MA
3
88
30
A
UR
Sintaxe (período composto)
MO
DE
Orações coordenadas e orações subordinadas
O
BI
Noções preliminares
FA
1. Oração é um enunciado linguístico que apresenta uma estrutura caracterizada pela presença de um verbo.
L IO
2. Chama-se período composto aquele que apresenta mais de um verbo dentro do mesmo conjunto de enunciação. Se
RE
tratar-se de período simples, há apenas um único verbo dentro do período, sinalizado pelo ponto final.
AU
Falou com a menina hoje cedo. (estrutura com apenas um único verbo à qual se dá o nome de oração absoluta.)
CO
Falou com a menina hoje cedo e percebeu que ela estava nervosa. (nessa estrutura, há dois verbos no mesmo período;
AR
a ela se dá o nome de período composto.)
8M
Orações coordenadas
85
09
São colocadas lado a lado na frase e não desempenham qualquer função sintática como termo de outra ora-
33
ção. Encontram-se, portanto, no mesmo nível sintático.
88
30
Abriu a porta, entrou em casa e acendeu as luzes.
A
As três orações apresentadas têm todos os termos necessários e poderiam vir de forma absoluta (com um único verbo
UR
por oração):
MO
a) Abriu a porta.
DE
b) Entrou em casa.
O
c) Acendeu as luzes.
BI
FA
Dessa forma, diz-se que as orações são independentes, uma vez que, postas apenas lado a lado, não exercem função
LIO
sintática uma em relação à outra, ou seja, são sintaticamente equivalentes. Há entre elas uma relação de sentido, mas sob
o ponto de vista sintático, uma não depende da outra.
RE
A conexão entre as duas primeiras é feita exclusivamente por uma pausa, representada, na escrita, por uma vírgula. Entre
AU
Uma oração subordinada adjetiva tem valor e função de adjetivo, ou seja, equivale a esta classe de palavra. As orações
58
adjetivas vêm introduzidas por pronome relativo e exercem a função de adjunto adnominal do antecedente.
98
A conexão entre a oração subordinada adjetiva e o termo da oração principal que ela modifica é feita pelo pronome
88
relativo “que”.
30
A
Além de conectar (ou relacionar) duas orações, o pronome relativo desempenha uma função sintática na oração subordi-
UR
nada: ocupa o papel que seria exercido pelo termo que o antecede.
MO
DE
Importante!
O
BI
Para que dois períodos unam-se num período composto, altera-se o modo verbal da segunda oração, se necessário.
FA
Dica: O pronome relativo que sempre pode ser substituído por: o qual, a qual, os quais, as quais. Refiro-me ao
LIO
livro que é referência. Essa oração é equivalente a: Refiro-me ao livro o qual é referência.
RE
AU
O
18
RC
MA
3
88
30
A
UR
Orações subordinadas substantivas
MO
A oração subordinada substantiva trata-se de uma construção com verbo que possui valor de substantivo (esta oração
DE
fica posicionada onde, habitualmente, deveria haver um substantivo) e vem introduzida, geralmente, pelas conjunções
integrantes que ou se. Sintaticamente, podem exercer a função de:
O
BI
§ sujeito;
FA
§ objeto direto;
L IO
§ objeto indireto;
RE
AU
§ complemento nominal;
CO
§ predicativo do sujeito;
AR
§ aposto.
8M
Orações reduzidas
85
09
Observe estas frases:
33
Exemplos: É proibido dar carona.
88
30
Ele viu o ladrão fugindo.
A
O candidato poderá sair transcorridas três horas de prova. UR
É possível perceber que as orações em destaque não são introduzidas por conjunção nem por pronome relativo,
MO
e sim por verbos que estão em suas formas nominais (infinitivo, gerúndio e particípio). Às orações em que se eli-
DE
minam as marcas introdutórias básicas (conjunções coordenativas, subordinativas ou integrantes, e pronomes relativos),
substituindo-as por formas nominais, damos o nome de orações reduzidas.
O
BI
Para reconhecer mais facilmente o tipo de oração que está sob a forma reduzida, pode-se desenvolvê-la desta maneira:
FA
2. Inicia-se a oração com um conectivo adequado (conjunção ou pronome relativo), de modo que apenas a forma da frase
RE
Forma desenvolvida: O candidato poderá sair depois que transcorrerem três horas de prova.
MO
18 19
RC
MA
3
88
Interpretação de Textos
30
A
UR
Anamnese
MO
semana
DE
1
O
BI
FA
Compreensão textual
L IO
RE
Lembre-se:
AU
1. Um texto sempre apresentará traços estruturais, ou, em termos mais claros, é sempre importante identificar os elemen-
CO
tos que o autor usou para construir um texto.
AR
2. Habitualmente, os textos apresentam temas, elementos de sentido aos quais você pode/deve se apegar para conseguir
8M
compreendê-lo (compreender sua mensagem)
85
3. Os textos são dotados de marcas de historicidade. Isso quer dizer que, em um texto, você possivelmente encontrará
09
dados relativos a uma história, a uma cultura, englobando até mesmo fatores sociais bastante amplos. Isso é o que alguns
33
chamam de contexto.
88
4. Os textos não possuem apenas historicidade, mas também marcas situacionais. Em outras palavras, não são apenas
30
fatores sociais e culturais que guiam o texto, mas também situações muito pontuais e específicas.
A
UR
5. Texto engloba recepção. Não podemos nos esquecer de que o material textual tem como objetivo atingir um interlo-
MO
cutor que irá ler/ver esse conteúdo. Ter isso em mente é fundamental para percebermos as intencionalidades contidas em
um texto.
DE
6. Os textos não são peças isoladas. Muitas vezes os textos estabelecem relações com outros. É necessário desde já se
O
7. Entender textos exige repertório. Quanto mais conhecemos estímulos textuais, mais aumentam nossas condições
de realizar uma boa interpretação de textos. Esse movimento de acúmulo de informações envolve não apenas leitura e
LIO
Semântica
AU
O
RC
Sinonímia
MA
§ Ocorre sinonímia quando temos palavras com significados idênticos ou muito semelhantes a outras.
58
98
§ A sinonímia tem forte relação com a paráfrase (possibilidades de se reconstruir uma frase ou texto com outras pala-
88
vras similares) e ajuda nos processos de coesão textual (por meio de sinônimos, evitamos a repetição de termos em
30
um texto).
A
UR
Antonímia
MO
20
RC
MA
3
88
30
A
UR
Homonímia
MO
Ocorre homonímia quando temos palavra de grafia igual ou pronúncia igual, mas com significação diferente. Isso nos dá
DE
três tipos de homônimos:
O
1. Homônimo homófono heterógrafo (pronuncia igual – grafia diferente)
BI
FA
Exemplo: Acento (marca grafica de tonalidade). Assento (local para se sentar)
IO
2. Homônimo Homógrafo heterófono (escrita igual – pronuncia diferente)
L
RE
Exemplo: Jogo (substantivo). Jogo (verbo)
AU
3. Homônimo homófono Homógrafo(pronuncia igual – escrita igual)
CO
Exemplo: Rio (substantivo). (eu) Rio (verbo)
AR
Paronímia
8M
85
Temos parônimos quando as palavras são muito parecidas, mas o sentido geral e diferente.
09
Exemplo: Comprimento (largura) x Cumprimento(saudação)
33
88
Exemplo: Discriminar (separar) x Descriminar (absolver)
30
Polissemia
A
UR
Temos polissemia em palavras que preservam sua classe gramatical, mas que possuem significados multiplos.
MO
Hiperonímia e hiponímia
FA
LIO
São fenômenos que operam relações de abrangência entre palavras (palavras que englobam outras, ou que são engloba-
das). As palavras que englobam são conhecidas como hiperônimos; as englobadas como hipônimos.
RE
AU
Exemplo: “Comprei um bacalhau para preparar na semana santa. Esse peixe é bastante salgado” (peixe é uma palavra
mais abrangente, que da conta de bacalhau e de outros diversos peixes, portanto, podemos afirmar que peixe é hiperô-
O
RC
Exemplo: Houve um aumento da gasolina. Esse fato deixou os brasileiros irritados (fato é uma palavra que da conta de
aumento da gasolina, portanto. podemos afirmar que fato é hiperônimo do trecho sublinhado.
58
98
Denotação e conotação
0
33
É dentro do campo da semântica que verificamos também os processos de denotação e conotação, fenômenos linguís-
88
ticos que nos permitem entender a amplitude de significação existente em nossa língua, ou, em termos mais claros, é
30
o estudo da denotação e da conotação que nos permite perceber o quanto os significados podem variar por conta do
A
UR
§ Filho, você tem que comer todo seu jantar, ou não terá sobremesa.
O
É possível perceber nas frases apresentadas que o verbo ‘comer’ foi usado com dois sentidos diferentes. Na primeira,
FA
temos comer sendo usado na sua acepção mais comum, que é alimentar-se. Já no segundo caso, temos o verbo comer
LIO
sendo usado para “figurar” a ideia de alguém comendo poeira, mas não porque isso esteja ocorrendo de verdade, e sim
RE
porque se tenta passar a ideia de que o piloto passou tão rápido pelo adversário, que levantou poeira, e quem está atrás
a teria “comido”.
AU
O
21
RC
MA
3
88
30
A
UR
No primeiro caso, a palavra comer foi usada em seu sentido dito literal, ou, o sentido padrão (primeiro) dessa palavra.
MO
Quando isso ocorre, temos uma palavra em sentido denotativo. Já no segundo exemplo, o verbo comer foi usado em
sentido figurado, tentando figurar/representar uma situação (alguém comendo poeira). Quando isso ocorre, temos uma
DE
palavra em sentido conotativo.
O
BI
Textos em verso
FA
L IO
O poema
RE
AU
O poema é um gênero textual de cunho bastante subjetivo, que se constrói não apenas com ideias ou sentimentos,
mas que articula combinações de palavras que, na maioria dos casos, constitui sentidos variados. Essas combinações de
CO
palavras costumam ser distribuídas em um “corpo” bastante complexo, dotado de vários elementos que conheceremos
AR
mais adiante, como o verso, a estrofe (elementos estruturais), a rima, o ritmo (elementos sonoros), entre outros. O jogo
8M
de palavras realizado nos poemas (de fortes marcas denotativas) muitas vezes imprime dificuldades de interpretação.
Vejamos os elementos do poema:
85
09
§ Verso: entende-se por verso uma sucessão ou sequência de sílabas que mantém determinada unidade rítmica e
33
melódica em um poema, correspondendo, habitualmente, a uma linha do poema.
88
§ Estrofe: entende-se por estrofe um agrupamento de versos realizado pelo autor do poema. Os agrupamentos po-
30
dem variar bastante, de acordo com a forma do poema (forma fixa ou forma livre). Podemos ter estrofes de tamanhos
A
variados, como as estrofes de 3 versos (conhecidas como tercetos), de quatro versos (quartetos), de 6 versos (sextetos)
UR
ou as de 2 versos (chamadas de dístico).
MO
Oficina irritada
DE
(Carlos Drummond de Andrade, Claro Enigma, in: Poesia 1930-62 - Edição Crítica, Cosac Naify, Pag. 587)
A
Temos aí um soneto de estilo clássico, que além de apresentar o agrupamento de estrofes (dois quartetos e dois tercetos),
UR
apresenta elementos de métrica e rima bastante determinados. Aliás, é importante, nesse momento, conhecermos um
MO
Métrica
O
BI
A métrica é a medida dos versos ou, em termos mais claros, a quantidade de sílabas que possui cada linha que compõe
FA
o poema. No entanto, a contagem de sílabas poéticas segue um padrão diferente da separação de sílabas
LIO
§ Conta-se as sílabas de maneira habitual, mas devem ser contadas como uma única sílaba a vogal final + a vogal
inicial de duas palavras.
AU
O
22
RC
MA
3
88
30
A
UR
§ A contagem deve ser encerrada na última sílaba tônica da última palavra do verso.
MO
§ Vejamos um exemplo com os dois primeiros versos da segunda estrofe do poema de Carlos Drummond, que foi
DE
apresentado:
Que / ro / que / meu / so / ne / to, / no / fu / tu / ro,
O
BI
1 2 3 4 5 6 7 8 9 10
FA
não / des / per / te em / nin / guém / ne / nhum / pra / zer.
IO
L
1 2 3 4 5 6 7 8 9 10
RE
AU
Pode-se notar que o primeiro verso que escolhemos é um decassílabo perfeito. A contagem, como dito, deve ser encerrada
na última tônica da última palavra do verso (a palavra “futuro” é paroxítona; sua tônica é a sílaba “-tu”). Já no segundo
CO
verso encontramos outra regra que deve ser obedecida (sublinhada no verso): a junção da vogal final de uma palavra
AR
com a vogal inicial de outra (des-per-te em). Também é um verso decassílabo. De acordo com a variabilidade de sílabas
8M
poéticas, as estrofes terão nomes diferentes:
85
§ 5 sílabas poéticas: pentassílabo ou redondilha menor
09
§ 7 sílabas poéticas: heptassílabo ou redondilha maior
33
88
§ 10 sílabas poéticas: decassílabo
30
§ 11 sílabas poéticas: endecassílabo
A
UR
§ 12 sílabas poéticas: dodecassílabos ou alexandrinos
MO
Ritmo
O
O ritmo corresponde a uma “melodia” que se cria no corpo do poema por conta da acentuação de certas sílabas que há
BI
FA
nos versos. Usando novamente os versos acima apresentados, podemos perceber que há um conjunto de sílabas mais
fortes nas mesmas posições de cada verso (no caso, a segunda, a sexta e a décima são as mais fortes). Esse padrão cria
LIO
1 2 3 4 5 6 7 8 9 10
O
RC
1 2 3 4 5 6 7 8 9 10
58
Rima
0 98
A rima é um recurso sonoro que também atribui musicalidade ao poema. Se constrói a partir da semelhança sonora de
33
Destacamos o sistema de rimas do poema de Drummond. Fica evidente que um esquema de rima em que os versos se
LIO
alternam “-uro” e “-er”. Essa sequência de versos alternados também garante musicalidade ao poema.
RE
AU
O
23
RC
MA
3
88
30
A
UR
Textos em prosa
MO
Denominamos prosa um texto construído prioritariamente com parágrafos (se escrito em versos teremos um texto po-
DE
ético), que apresenta maior extensão que um poema, por exemplo. Costumeiramente, possui uma linguagem de cunho
O
mais denotativo (diferente da poesia, bem mais conotativa), mas isso não impede que o autor se valha de artifícios que
BI
FA
deem maior variabilidade aos sentidos que estão sendo expressos no texto. Dentre os elementos de análise do texto, os
vestibulares têm dado atenção especial aos aspectos de narratividade de um texto. Vejamos:
L IO
Narrador em primeira pessoa
RE
AU
§ Narrador-personagem: é aquele que não apenas conta a história em primeira pessoa, mas também faz parte dela
CO
(por isso narrador e também personagem). Suas principais características estão na evidenciação de fortes marcas
AR
subjetivas e emocionais do narrador no decorrer da obra. O texto é constantemente pautado pela emissão de opiniões
a respeito dos fatos que ocorrem na história. A narrativa conduzida por esse tipo de narrador costuma ser entendida
8M
como uma narrativa parcial, pois os eventos são contados a partir do ponto de vista de quem os narra (não temos
85
outros pontos de vista). Por esse motivo, tem-se uma visão limitada dos fatos, o que pode contribuir para o efeito de
09
suspense sobre os fatos da obra, pois o leitor faz descobertas junto com a personagem.
33
88
§ Narrador-protagonista: é aquele que é não apenas o narrador, mas também a personagem principal da história.
30
É uma narrativa marcada por forte subjetividade, pois todos os eventos giram em torno desse personagem principal.
É também um tipo de narrativa parcial, pois o leitor é induzido a criar uma empatia com os sentimentos de satisfação
A
UR
ou insatisfação vividos pela personagem. Isso tudo dificulta a visão geral da história.
MO
§ Narrador-testemunha: trata-se de uma personagem que conta uma história por ela vivenciada, mas da qual não
era a personagem principal. Também há nessa modalidade o registro dos fatos por uma óptica subjetiva, com a
DE
diferença de que a carga emocional sobre este é menor, tendo em vista que não é o personagem principal da trama.
O
BI
§ Narrador onisciente: é aquele que sabe de todos os fatos a respeito da história e dos personagens, incluídos aí os
RE
pensamentos e sentimentos destes. Por conta dessa amplitude de conhecimento, esse tipo de narrador é capaz de
fazer descrições sobre coisas que acontecem simultaneamente em lugares diferentes.
AU
§ Narrador onisciente neutro: é aquele que relata os fatos e descreve detalhes das personagens, mas sem influen-
O
RC
ciar o leitor com observações ou opiniões dos eventos narrados. Esse tipo de narrador costuma evidenciar somente os
MA
gens, seleciona aqueles aos quais dará maior ênfase nas revelações. Desse modo, é um narrador que tenta influenciar
0
§ Narrador observador: é aquele que presencia a história que está narrando. Não deve ser confundido com a moda-
30
lidade “onisciente”, pois o narrador observador não tem a visão de tudo. Ele conhece apenas um ângulo da história
A
que narra. Funciona como uma testemunha dos fatos, mas não faz parte de nenhum deles. Não apresenta nenhum
UR
Crônicas
DE
O
BI
A crônica é um gênero que transita entre a literatura e o jornalismo. É conduzida a partir da observação subjetiva de
FA
fatos cotidianos que são relatados ao leitor. Há, por parte do cronista, um desejo de oferecer não apenas um relato
LIO
de um acontecimento, mas uma reflexão/interpretação sobre o ocorrido. Nesse sentido, a crônica acaba por revelar
ao leitor elementos que estão por trás das aparências ou que não são percebidos pelo senso comum. Trata-se de
RE
24
RC
MA
3
88
30
A
UR
Contexto de circulação
MO
As crônicas circulam habitualmente em sessões específicas de jornais e também em revistas. Tratam de temas variados do
DE
cotidiano, mas também podem tratar de temas bem específicos, se circularem em revistas especializadas (por exemplo,
uma revista cuja temática seja a beleza feminina, terá crônicas que tratem de temas femininos).
O
BI
Posteriormente, muitas crônicas publicadas por grandes autores podem vir a ser reunidas em livros. Foi o que aconteceu
FA
com escritores como Carlos Drummond de Andrade ou Rubem Braga, autores cujas crônicas, de fortes marcas literárias,
IO
passaram do jornal ao livro.
L
RE
Recepção da crônica
AU
CO
As crônicas são procuradas por um público variado, especialmente as jornalísticas. A menos que sejam crônicas produzi-
AR
das, como dito anteriormente, em publicações especializadas.
8M
Estrutura da crônica
85
09
Embora não apresente estrutura completamente fixa, a crônica possui algumas marcas de condução textual que são
33
seguidas por boa parte dos autores. São elas:
88
§ Observação mais subjetiva a respeito de acontecimento cotidiano.
30
§ Evocação de experiências pessoais ou de pessoas muito próximas para circunstanciar sua opinião.
A
UR
§ Há uma conclusão que, em certa medida, retoma os elementos centrais discutidos na crônica.
MO
De maneira geral, a crônica costuma ser organizada por meio de um movimento reflexivo, que parte de uma experiência
DE
particular, e que tem como objetivo alcançar significado mais amplo, que atinja um número maior de pessoas e as faça refletir.
O
Linguagem da crônica
BI
FA
A linguagem da crônica é marcada por certo grau de informalidade, embora suas bases se construam dentro da gramática
LIO
normativa. Esse choque linguístico se dá justamente por conta de ser um tipo de publicação veiculada em um jornal/revis-
RE
ta (meio de comunicação em que, habitualmente, se usa a norma padrão), mas que é dotada de fortes marcas subjetivas.
AU
Figuras de linguagem
O
RC
MA
Figuras de palavra
58
Ocorrem quando se “realiza um empréstimo” de uma determinada palavra ou expressão que, por uma aproximação de
98
sentidos, funciona de maneira específica num contexto determinado. A seguir, temos as principais figuras de palavra do
0
33
português:
88
1. Metáfora
30
2. Comparação
A
UR
3. Catacrese
MO
4. Metonímia
DE
5. Sinédoque
O
6. Antonomásia
BI
FA
7. Sinestesia
LIO
RE
AU
O
25
RC
MA
3
88
30
A
UR
Figuras sintáticas ou de construção
MO
O objetivo das figuras sintáticas é dar maior expressividade ao significado geral de uma frase. As principais figuras sintá-
DE
ticas do português são as seguintes:
O
1. Hipérbato ou inversão
BI
FA
2. Anáfora
IO
3. Pleonasmo
L
RE
4. Catáfora
AU
5. Elipse
CO
6. Zeugma
AR
7. Silepse
8M
8. Anacoluto
85
09
9. Polissíndeto
33
Figuras de som ou de harmonia
88
30
As figuras de som ou de harmonia são aquelas formadas a partir de parâmetros sonoros da língua. São dividas da se-
A
guinte forma:
UR
MO
1. Aliteração
DE
2. Assonância
O
3. Paronomásia
BI
FA
4. Onomatopeia
LIO
Figuras de pensamento
RE
As figuras de pensamento são formadas a partir do emprego de termos conotativos que causam impacto e contrariam a
AU
1. Antítese
RC
MA
2. Paradoxo ou oximoro
58
3. Eufemismo
98
4. Ironia
0
33
5. Hipérbole
88
30
6. Prosopopeia ou personificação
A
7. Apóstrofe
UR
8. Gradação
MO
9. Quiasmo
DE
Ambiguidade
O
BI
FA
Tratar do tema da ambiguidade é tratar de um problema que interfere diretamente nas possibilidades de interpretação
LIO
de textos. Isso porque a ambiguidade é o fenômeno que faz com que uma palavra ou frase possua mais de um direcio-
RE
namento de sentido, provocando ruídos na interpretação. No português, possuímos dois tipos de ambiguidade: a lexical
AU
e a sintática.
O
26
RC
MA
3
88
30
A
UR
Ambiguidade lexical
MO
Temos ambiguidade lexical quando, em alguma composição linguística, existe uma palavra que aponta para mais de
DE
um sentido diferente. É um tipo de ambiguidade que estabelece relações diretas com o fenômeno da polissemia e da
O
homonímia.
BI
FA
Ambiguidade sintática (ou estrutural)
L IO
Temos ambiguidade sintática quando uma construção frasal apresenta dois caminhos interpretativos diferentes. Ocorre
RE
mesmo quando a frase apresenta as corretas colocações de seus elementos constitutivos (sujeito, verbo, complementos
AU
e adjuntos). Trata-se de um fenômeno que, em alguns casos, é de complexa identificação, exigindo bom conhecimento
CO
semântico e algumas estratégias interpretativas. Pode ser desfeita por meio da reorganização das estruturas sintáticas.
AR
Intertextualidade
8M
85
A definição de texto é bastante complexa. Até mesmo aqueles que lidam constantemente com esse objeto têm dificul-
09
dades em elaborar uma boa definição. Grosso modo, podemos dizer que um texto consiste em qualquer manifestação
33
da capacidade textual de um ser humano, como romances, poemas, crônicas, notícias, manuais; englobando aí, também,
88
músicas, esculturas, pinturas, filmes; pois estes últimos são entendidos como manifestações comunicativas realizadas por
30
meio de signos linguísticos.
A
UR
A partir dessa ideia, temos também a possibilidade de trabalharmos variedades de “encontros” textuais. A esse processo
damos o nome de intertextualidade.
MO
De maneira mais abrangente, podemos dizer que a intertextualidade trabalha com superposições de textos sobre
DE
outros, na qual há relações de influência realizada por um texto e, consequentemente, sua atualização pela nova
O
tos os acontecimentos) e linguística (as estruturas linguísticas usadas; se há, por exemplo, alguma recorrente).
AU
2. Compreensão de elementos ideológicos: é necessário também que se identifiquem no texto elementos ideoló-
O
todos esses são exemplos de gêneros que, habitualmente, são conjugados (trabalhados juntos) em questões de vestibular.
98
Quanto mais conhecemos as particularidades desses textos, melhor saberemos lidar com eles em processos que exigem
0
33
comparações.
88
4. Aprender a relacionar dados: a intertextualidade vem sendo trabalhada de maneira cada vez mais frequente nos
30
vestibulares, por meio da comparação/relacionamento entre tipos e códigos linguísticos, além de exigir que os candidatos
A
UR
Paralelismo
DE
O
Consiste na correlação sintática existente em uma estrutura frasal a partir de termos ou orações que apresentam seme-
LIO
27
RC
MA
3
88
30
A
UR
Corrigindo, temos:
MO
O criminoso não só ofendeu, mas também agrediu. (certo)
DE
Os termos “não só... mas também” estabelecem entre as orações coordenadas uma relação de equivalência sintática.
O
Desse modo, as orações (verbos) devem apresentar a mesma estrutura gramatical.
BI
Exemplo: O garoto gosta de sorvete, chocolate e pudim. (errado)
FA
IO
Corrigindo, temos:
L
RE
O garoto gosta de sorvete, de chocolate e de pudim. (certo)
AU
Gostar é um verbo que rege complementos preposicionados (de), e a preposição deve aparecer em todos os complementos.
CO
Paralelismo semântico
AR
Consiste em uma correlação de sentido entre as estruturas. Vejamos alguns exemplos:
8M
Exemplo: “Marcela amou-me durante quinze meses e onze contos de réis.”
85
09
(Machado de Assis – Memórias póstumas de Brás Cubas)
33
É possível notar que há paralelismo sintático no exemplo, no entanto, há problemas de paralelismo semântico. No exem-
88
plo de Machado de Assis, amar “durante quinze meses” (tempo) não corresponde a amar “durante onze contos de réis”
30
(valor). São aproximados elementos de “carga significativa” diferente.
A
UR
É evidente que a quebra de paralelismo foi intencional, com marca de ironia, e não deve ser vista como uma falha de
MO
construção.
DE
Consiste em recurso estilístico de efeito significativo, do qual alguns autores se servem com o objetivo de angariar maior
FA
Exemplos:
RE
“Se os olhos veem com amor, o corvo é branco; se com ódio, o cisne é negro; se com amor, o demônio é formoso; se com
AU
(“Sermão da quinta quarta-feira”, apud M. Gonçalves Viana, Sermões e lugares seletos, p. 214)
RC
MA
“Nenhum doutor as observou com maior escrúpulo, nem as esquadrinhou com maior estudo, nem as entendeu com
maior propriedade, nem as proferiu com mais verdade, nem as explicou com maior clareza, nem as recapacitou com mais
58
facilidade, nem as propugnou com maior valentia, nem as pregou e semeou com maior abundância.”
098
(M.Bernardes)
33
88
Há nos exemplos apresentados um conjunto de repetições que formam padrões rítmicos que são intencionais e enfáticos.
30
28
RC
MA
3
88
Literatura
30
A
UR
Anamnese
MO
semana
DE
1
O
BI
FA
Preliminares: antiguidade clássica
IO
L
RE
Grécia e Roma
AU
CO
§ Sociedade materialista;
AR
§ Mitologia voltada para o entendimento do ser humano;
8M
§ Ser humano centro das atenções;
85
§ Arte = forma de explicar o mundo exaltando o ser humano;
09
§ Gregos valorizavam o SER e Romanos o EXISTIR.
33
88
Trovadorismo
30
A
UR
Contexto histórico
MO
§ Feudalismo;
LIO
§ Sociedade estática = três camadas sociais: a nobreza e a cavalaria, o clero (os padres = homens de oração) e os servos
AU
(o povo = trabalhadores).
O
RC
Produções
MA
A maioria das manifestações artísticas medievais têm como objetivo convencer as pessoas do temor a Deus e submetê-las
58
à soberania da Igreja. Teatro, pintura, escultura e literatura, enfim, a arte servia para ensinar religião e comportamento.
98
§ Trovador – do francês “trouver” (= encontrar) – quem compõe a cantiga, isto é, encontra a música que se encaixa
0
33
no poema.
88
§ Cantigas – poemas escritos em redondilhas (versos de cinco ou sete sílabas poéticas) acompanhados de música.
30
A cantiga mais antiga de que se tem notícia é a “Cantiga da Ribeirinha”, escrita por Paio Soares de Taveirós em 1189
ou 1198.
MO
§ Poesia lírica: fala de sentimentos; relaciona-se à LIRA, instrumento utilizado desde a Antiguidade.
O
BI
29
RC
MA
3
88
30
A
UR
Linguagem refinada (amor cortês) Linguagem popular
MO
Submissão à dama Grau de igualdade
“Mulher idealizada” (vassalagem amorosa) “Mulher atrevida”
DE
Coita d’amor Amor correspondido
O
Origem na Provença, Sul da França Península Ibérica
BI
FA
§ Poesia satírica: sátira e crítica às pessoas ou instituições sociais, censura dos males da sociedade ou dos indivíduos,
IO
quase tudo com tom humorístico.
L
RE
Cantigas de escárnio Cantigas de maldizer
AU
Crítica sutil Crítica direta
CO
Linguagem ambígua e velada Linguagem direta e clara
AR
Vocabulário comedido Vocabulário agressivo
8M
Os cancioneiros - livros, coletâneas de cantigas com características variadas e escritas por diversos autores. Os mais
85
importantes são: Cancioneiro da Ajuda, Cancioneiro da Biblioteca Nacional de Lisboa e Cancioneiro da Vaticana.
09
33
Textos
88
30
Cantiga de Amor
A
No mundo nom me sei parelha, UR
mentre me for como me vay,
MO
Cantiga de Amigo
30
A
Ai, Deus, e u é?
DE
Ai, Deus, e u é?
BI
FA
30
RC
MA
3
88
30
A
UR
Se sabedes novas do meu amado,
MO
aquel que mentiu do que mi á jurado?
Ai, Deus, e u é?
DE
- Vós me perguntades pelo voss’ amigo?
O
BI
E eu ben vos digo que é san’e vivo
FA
Ai, Deus, e u é?
IO
Vós me perguntades pelo voss’ amado?
L
E eu ben vos digo que é viv’ e sano:
RE
Ai, Deus, e u é?
AU
E eu ben vos digo que é san’e vivo,
CO
e será vosc’ant’o prazo saído.
AR
Ai, Deus, e u é?
8M
E eu ben vos digo que é viv’e sano,
85
e será vosc’ant’o prazo passado.
09
Ai, Deus, e u é? DOM DINIS (1261-1325)
33
Conhecido também como o rei trovador,
D.Dinis escreveu 138 cantigas
88
(de amigo / de amor / d’escárnio / de maldizer).
30
Cantiga de Maldizer
A
UR
Abadessa oí dizer
MO
.................................................................
RE
Cantiga de Escárnio
30
a demandei e disseron-m’assi:
RE
31
RC
MA
3
88
30
A
UR
que non morou nosco, per boa fé,
MO
nen sabemos ond’ela agora esté
e d’al havemos maiores cuidados.”
DE
E en Cistel, u verdade soía
O
sempre morar, disseron-me que non
BI
morava i, havia gran sazon,
FA
nen frade d’ i já a non conhocia,
IO
nen o abade outro si estar
L
sol non queria que fôss’i pousar,
RE
e anda já fora da abadia.
AU
En Santiago seend’albergado,
CO
en mia pousada chegaron romeus
AR
preguntei-os e disseron: “par Deus,
8M
muito levade-lo caminh’ errado,
ca, se verdade quiserdes achar,
85
outro caminho conven a buscar,
09
ca non saben aqui d’ela mandado.
33
Airas Nunes, clérigo compostelano
88
30
Humanismo
A
UR
Contexto histórico
MO
DE
§ Grandes Navegações;
BI
§ Burguesia;
LIO
§ Período de transição dos valores medievais para os valores do Renascimento, isto é, do Teocentrismo para o Antropo-
RE
centrismo;
AU
§ Valorização da cultura.
O
RC
Produções
MA
§ Crônicas – histórias curtas sobre o cotidiano dos nobres que queriam registrar os grandes feitos.
58
98
§ O mais famoso cronista de Portugal foi Fernão Lopes, nomeado cronista-mor da Torre do Tombo, por D. Duarte.
0
33
§ Poesia Palaciana – poemas compostos em redondilhas, sem o acompanhamento musical e agora impressos,
88
§ Toda a produção de poesia Palaciana foi reunida num volume chamado Cancioneiro Geral, organizado por Garcia
A
de Resende.
UR
MO
§ Teatro – voltado para temas religiosos, didático, isto é, feito para ensinar religião. Representava cenas bíblicas, vidas
dos santos e mártires da Igreja. O teatro propriamente dito, com texto elaborado, inaugurou-se em Portugal com a
DE
obra de Gil Vicente, que mostrou peças cheias de sátira à sociedade com temas tanto profanos, nas farsas, como
O
religiosos, nos autos. Seu teatro desenvolveu essencialmente “tipos sociais”: personagens que representavam fac-
BI
ções da sociedade e apontavam os defeitos da personalidade humana. A sua crítica alcançou desde os mais pobres
FA
aos mais ricos ou mais graduados clérigos. Sua obra aponta o equilíbrio entre a razão e a emoção, o qual
LIO
norteou a arte do século XV, considerando que ele passou para o século XVI e viveu o início e o auge do Renascimento.
RE
Por isso, notamos nele valores teocêntricos e antropocêntricos. Gil Vicente preocupou-se em reunir todos os tipos da
AU
32
RC
MA
3
88
30
A
UR
Textos
MO
Auto da Barca do Inferno
DE
Vem o FIDALGO e, chegando ao batel infernal, diz:
O
Fidalgo: Esta barca onde vai ora,
BI
que assi’stá apercebida?
FA
Diabo: Vai para a ilha perdida
IO
e há-de partir logo ess’ora.
L
RE
Fidalgo: Para lá vai a senhora?
Diabo: Senhor, a vosso serviço
AU
Fidalgo: Parece-me isso um cortiço...
CO
Diabo: Porque a vedes lá de fora.
AR
Fidalgo: Porém, a que terra passais?
8M
Diabo: Para o inferno, senhor.
Fidalgo: Terra é bem sem-sabor.
85
Diabo: Quê? E também cá zombais?
09
Fidalgo: E passageiros achais
33
Para tal habitação?
88
Diabo: Vejo-vos eu em feição
30
para ir ao nosso cais.
A
Fidalgo: Parece-te a ti assi...
UR
Diabo: Em que esperas ter guarida?
MO
cuidando cá guarecer
porque rezem lá por ti?!
RE
Gil Vicente
AU
O
33
RC
MA
3
88
30
A
UR
Classicismo
MO
§ Renascimento – século XVI - resgate da Idade Antiga;
DE
§ Descobrimentos;
O
BI
§ Antropocentrismo (homem como centro das preocupações).
FA
IO
Modelos
L
RE
Os modelos eram os da cultura greco-latina, porque representavam a perfeição e o equilíbrio que o homem do século
AU
XVI buscava.
CO
Características
AR
§ Racionalismo – o equilíbrio entre a razão e a emoção era indispensável para que o homem renascentista entendes-
8M
se a harmonia do universo e suas noções de Beleza, Bem e Verdade;
85
§ Universalismo – procura de uma impressão impessoal, que buscasse o homem universal. O mundo e o homem em
09
geral, não mais o indivíduo, são assuntos da literatura renascentista;
33
88
§ Perfeição formal – o cuidado com a forma deverá conduzir à ordenação lógica do pensamento e à adoção de
30
novas formas de composição (soneto);
A
§ Mitologia – seres mitológicos, criados na Antiguidade Clássica e compreendidos em qualquer cultura, estão presen-
UR
tes em alguns textos para simbolizar as emoções, sentimentos e atitudes humanas;
MO
§ Humanismo – interesse pelo homem e pela valorização deste como um ser capaz de raciocinar, de realizar grandes
DE
Produção artística
FA
1527 – Sá de Miranda, retornando da Itália, introduziu em Portugal a medida nova (versos decassílabos e sonetos).
LIO
Entretanto foi Luís Vaz de Camões quem se destacou na Literatura desse período;
RE
§ Obra lírica – cantigas, sonetos e outros gêneros – retrata os sentimentos, as angústias do homem do século XVI.
AU
§ Épica – Os Lusíadas – homenagem à bravura do povo português, conta as aventuras vividas por Vasco da Gama e
O
Textos
58
Camões, mesmo sendo um mestre nos sonetos, não deixou de compor textos em medida velha (redondilha):
98
0
Cantiga alheia
33
88
34
RC
MA
3
88
30
A
UR
O rosto sobre uma mão,
MO
Os olhos no chão pregados,
Que, de chorar já cansados,
DE
Algum descanso lhe dão.
O
Desta sorte Lianor
BI
Suspende de quando em quando
FA
Sua dor; e, em se tornando,
IO
Mais pesada sente a dor.
L
Não deita dos olhos água,
RE
que não quer que a dor se abrande
AU
Amor, porque, em mágoa grande,
CO
Seca as lágrimas a mágoa.
Depois que de seu amor
AR
Soube novas perguntando,
8M
De improviso a vi chorando.
85
Olhai que extremos de dor!
09
Eu cantarei de amor tão Docemente,
33
88
Por uns termos em si tão concertados,
30
Que dois mil acidentes namorados
A
Faça sentir ao peito que não sente. UR
Farei que amor a todos avivente,
MO
Os Lusíadas
MA
(fragmentos)
58
35
RC
MA
3
88
30
A
UR
Os Lusíadas foi composto em 8816 versos decassílabos, separados em 1102 estrofes de oitava rima (abababcc), que,
MO
por sua vez, dividem-se em 10 cantos e 5 (cinco) partes:
DE
§ Proposição: é a apresentação do poema, o momento em que Camões nos diz quem é o povo português e o que
tem feito de grandioso (estrofes 1, 2 e 3 do canto I ).
O
BI
§ Invocação: pedido de inspiração às ninfas do rio Tejo: as Tágides. O poeta pede que lhe deem um “engenho arden-
FA
te” e um “som alto e sublimado” (estrofes 4 e 5 do canto I).
IO
§ Dedicatória: a epopeia é dedicada a D. Sebastião, rei de Portugal (estrofe 6 a 18 do canto I).
L
RE
§ Narração: é a parte longa do poema, na qual o poeta nos conta os episódios da viagem de Vasco da Gama e a
AU
história de Portugal (estrofe 19 do canto I até a estrofe 144 do canto X - num total de 1072 estrofes).
CO
§ Epílogo: o final, em que o poeta demonstra sua tristeza e desilusão com os governantes de Portugal por sua ambição
AR
desmedida.
8M
Quinhentismo
85
09
33
Contexto histórico
88
30
§ Século XVI;
A
§ Início da colonização do Brasil UR
MO
Produções artísticas
DE
Textos
LIO
RE
Fragmentos da Carta de Pero Vaz de Caminha para El Rei D. Manuel sobre o achamento do Brasil.
AU
Senhor, posto que o capitão-mor desta vossa frota e assim os outros capitães escrevam a Vossa Alteza a nova do acha-
mento desta vossa terra nova, que se ora nesta navegação achou, não deixarei também de dar disso minha conta. (...)
O
RC
E assim seguimos nosso caminho por este mar, de longo, até terça-feira d’oitavas de Páscoa, que foram 21 dias d’Abril,
MA
que topamos alguns sinais de terra. (...) E à quarta-feira seguinte, pela manhã, topamos aves, a que chamam fura-buxos.
58
E neste dia, a horas de véspera, houvemos vista de terra, isto é, primeiramente d’um grande monte, mui alto e redondo,
98
e d’outras serras mais baixas a sul dele e de terra chã com grandes arvoredos, ao qual monte alto o capitão pôs o nome
0
E dali houvemos vista d’homens, que andavam pela praia, de 7 ou 8, segundo os navios pequenos disseram, por che-
30
garem primeiro. (...) A feição deles é serem pardos, maneira d’avermelhados, de bons rostos e bons narizes, bem feitos.
A
Andam nus, sem nenhuma cobertura, nem estimam nenhuma cousa cobrir nem mostrar suas vergonhas. E estão acerca
UR
O capitão, quando eles vieram, estava assentado em uma cadeira e uma alcatifa aos pés por estrado, e bem vestido, com
DE
um colar d’ouro mui grande ao pescoço. Acenderam tochas e entraram e não fizeram nenhuma menção de cortesia nem
de falar ao capitão nem a ninguém. Um deles, porém, pôs olho no colar do capitão e começou d’acenar com a mão para
O
BI
a terra e depois para o colar, como que nos dizia que havia em terra ouro. E também viu um castiçal de prata e assim
FA
mesmo acenava para a terra e então para o castiçal, como que havia também prata.
LIO
(...)
RE
AU
O
36
RC
MA
3
88
30
A
UR
E dessa maneira, Senhor, dou aqui a Vossa Alteza conta do que nesta terra vi.(...)
MO
Deste Porto Seguro, de Vossa ilha de Vera Cruz, hoje, sexta-feira, primeiro dia de maio de 1500.
DE
Ao Santíssimo Sacramento
O
BI
Oh! Entranhas piedosas
FA
De vosso divino amor!
IO
Ó meu Deus e meu senhor
L
Humanado,
RE
Quem vos fez tão namorado
AU
De quem tanto vos ofende?
CO
Quem vos ata, quem vos prende
AR
Como tais nós?
(...)
8M
José de Anchieta
85
09
33
Barroco
88
30
Contexto histórico
A
UR
MO
§ Contrarreforma;
O
BI
Características
AU
§ Linguagem rebuscada – figuras que nos revelam a angústia, o dilema em que vivia o homem dessa época;
O
§ Contradições – geradas pelo espírito cristão (teocêntrico) e pelo espírito renascentista (racionalista) que tentam
RC
§ Cultismo (jogo de palavras): preocupação com a forma, com o arranjo do texto, que é feito para agradar estetica-
30
mente.
A
UR
§ Conceptismo (jogo de ideias, conceitos) preocupação com os argumentos que devem convencer.
MO
Autores
DE
Gregório de Matos, poeta baiano que viveu muitos anos em Portugal e desenvolveu três tipos de poemas religiosos,
O
líricos e satíricos, sendo que, por esse último, ganhou o apelido de “O Boca do Inferno”.
BI
FA
Padre Antônio Vieira, português, jesuíta, autor de vários sermões em que apontou aspectos da sociedade do século
LIO
37
RC
MA
3
88
30
A
UR
Textos
MO
Poesia lírica
DE
À Instabilidade Das Cousas Do Mundo
O
BI
Nasce o Sol, e não dura mais que dia,
FA
Depois da Luz se segue a noite escura.
IO
Em tristes sombras morre a formosura,
L
RE
Em contínuas tristezas, a alegria.
AU
Porém, se acaba o Sol, por que nascia?
Se é tão formosa a Luz, por que não dura?
CO
Como a beleza assim se transfigura?
AR
Como o gosto, de pena assim se fia?
8M
Mas no Sol, e na Luz falte a firmeza,
85
Na formosura não se dê constância.
09
E na alegria, sinta-se tristeza.
33
Começa o Mundo enfim pela ignorância,
88
E tem qualquer dos bens por natureza
30
A firmeza somente na inconstância.
A
UR Gregório de Matos
MO
Poesia Religiosa
DE
O
Gregório de Matos
MO
DE
O
BI
FA
LIO
RE
AU
O
38
RC
MA
3
88
30
A
UR
Poesia Satírica
MO
Juízo anatômico dos achaques que padecia o corpo da República em todos os membros, e inteira defini-
DE
ção do que em todos os tempos é a Bahia.
O
BI
Que falta nesta cidade?… Verdade.
FA
Que mais por sua desonra?… Honra.
Falta mais que se lhe ponha?… Vergonha.
IO
L
O demo a viver se exponha,
RE
Por mais que a fama a exalta,
AU
Numa cidade onde falta
CO
Verdade, honra, vergonha.
AR
Quem a pôs neste rocrócio?… Negócio.
8M
Quem causa tal perdição?… Ambição.
E no meio desta loucura?… Usura.
85
09
Notável desaventura
33
De um povo néscio e sandeu,
88
Que não sabe que perdeu
30
Negócio, ambição, usura.
A
Quais são seus doces objetos?… Pretos. UR
Tem outros bens mais maciços?… Mestiços.
MO
Sazonada caramunha,
30
Me concluo na verdade,
Que as lidas todas de um frade
LIO
39
RC
MA
3
88
30
A
UR
A uma freira que, satirizando a delgada fisionomia do poeta, chamou-lhe de “Pica-Flor”.
MO
“Se Pica-flor me chamais,
DE
Pica-flor aceito ser,
mas resta agora saber,
O
se no nome que me dais,
BI
FA
meteis a flor, que guardais
no passarinho melhor!
IO
Se me dais este favor,
L
RE
sendo só de mim o Pica,
AU
e o mais vosso, claro fica,
que fico então Pica-flor.”
CO
Gregório de Matos
AR
8M
Trechos do Sermão Sexagésima
85
Ora, suposto que a conversão das almas por meio da pregação depende desses três recursos: Deus, o pregador e o ou-
09
vinte. Por qual deles devemos entender a falta? (...)
33
88
Primeiramente por parte de Deus, não falta nem pode faltar. Essa proposição é de fé, definida no Concílio Trentino e no
30
nosso Evangelho há tempos (...)
A
Se fora por parte dos ouvintes não fizera a Palavra de Deus muito grande fruto, mas não fazer nenhum fruto e nenhum
UR
efeito. Não é por parte dos ouvintes. Provo. (...)
MO
Sabeis, cristãos, por que não faz fruto a Palavra de Deus? Por culpa dos pregadores. Sabeis, pregadores, por que não faz
DE
Navegava Alexandre em uma poderosa armada pelo mar Eritreu a conquistar a Índia; e como fosse trazido à sua presença
RE
um pirata, que por ali andava roubando os pescadores, repreendeu-o muito Alexandre de andar em tão mau ofício; porém
AU
ele, que não era medroso nem lerdo, respondeu assim: “Basta, senhor, que eu, porque roubo em uma barca, sou ladrão,
e vós, porque roubais em uma armada, sois imperador?” Assim é. O roubar pouco é culpa, o roubar muito é grandeza;
O
RC
o roubar com pouco poder faz os piratas, o roubar com muito, os Alexandres.(...) O ladrão que furta para comer, não vai
nem leva ao inferno; os que não só vão, mas levam, de que eu trato, são outros ladrões de maior calibre e de mais alta
MA
esfera; os quais debaixo do mesmo nome e do mesmo predicamento distingue muito bem São Basílio Magno. Não só
58
são ladrões, diz o santo, os que cortam bolsas, ou espreitam os que se vão banhar para lhes colher a roupa; os ladrões
98
que mais própria e dignamente merecem este título são aqueles a quem os reis encomendam os exércitos e legiões ou
0
o governo das províncias, ou a administração das cidades, os quais já com manha, já com força roubam e despojam os
33
povos. Os outros ladrões roubam um homem, estes roubam cidades e reinos; os outros furtam debaixo do seu risco, estes
88
sem temor nem perigo; os outros se furtam, são enforcados, estes furtam e enforcam.
30
Arcadismo em Portugal
MO
DE
Contexto histórico
O
BI
Europa
FA
§ Linguagem simples.
O
40
RC
MA
3
88
30
A
UR
Características
MO
§ Perfeição;
DE
§ Referência à Mitologia;
O
BI
§ Racionalismo;
FA
§ Pastoralismo;
IO
§ Bucolismo: proposta de uma vida no campo como uma opção para a agitação das cidades: as normas sociais e
L
RE
religiosas;
AU
§ Negação destas regras por meio da cultura Antiga (greco-latina);
CO
§ Eu-lírico = pastor; Uso de pseudônimos.
AR
Autor
8M
85
Em Portugal, Manuel Maria Barbosa Du Bocage, que já prenuncia o Romantismo.
09
Para recuperar a perfeição e o equilíbrio dos clássicos e do renascimento, era comum entre os autores o uso de clichês
33
árcades ditos sempre em latim:
88
30
§ carpe diem (aproveitar o instante que passa);
A
§ fugere urbem (fugir da cidade para o campo); UR
§ locus amoenus (lugar tranquilo);
MO
Texto
FA
LIO
41
RC
MA
3
88
30
A
UR
E vós, ó cortesão da escuridade,
MO
Fantasmas vagos, mochos piadores,
Inimigos, como eu, da claridade!
DE
Em bandos acudi aos meus clamores;
O
Quero a vossa medonha sociedade,
BI
FA
Quero fartar meu coração de horrores.
Bocage
IO
L
RE
AU
CO
AR
8M
85
09
33
88
30
A
UR
MO
DE
O
BI
FA
LIO
RE
AU
O
RC
MA
58
98
0
33
88
30
A
UR
MO
DE
O
BI
FA
LIO
RE
AU
O
42
RC
MA
3
88
Inglês
30
A
UR
Anamnese
MO
semana
DE
1
O
BI
FA
Overview and analysis
L IO
RE
Tipos de provas
AU
CO
No Brasil, existem dois tipos de provas de vestibular que são comuns: as provas compostas por questões de múltipla
AR
escolha e as provas compostas por questões dissertativas com respostas em português. Além desses dois casos, é comum
encontrar provas de somatória e provas com questões do tipo certo/errado.
8M
85
Provas de múltipla escolha
09
33
Os vestibulares brasileiros, em sua maior parte apresentam questões de múltipla escolha, sendo que elas podem deman-
88
dar habilidades de leitura e compreensão de texto, vocabulário ou gramática. Além disso, os enunciados e alternativas
30
dessas questões podem ser apresentados em português ou inglês.
A
UR
Provas Dissertativas
MO
A principal característica das provas de Inglês dos principais vestibulares é a prevalência de questões que demandem
DE
domínio de vocabulário e leitura de texto. Questões objetivas sobre gramática são cada vez mais raras. No entanto, três
tópicos ainda são muito comuns: Pronomes, Conectores e Modal Verbs. Estes temas são pedidos exatamente porque
O
BI
sem esse domínio não se faz uma leitura de texto correta neste idioma.
FA
Do you understand?
LIO
RE
(text interpretation)
AU
O
§ admiral (almirante)
0
33
§ animus (rivalidade)
UR
§ anthem (hino)
MO
§ collar (gola)
RE
§ college (faculdade)
AU
O
43
RC
MA
3
88
30
A
UR
§ commodity (mercadoria)
MO
§ comprehensive (abrangente, extenso, amplo)
DE
§ compromise (entrar em acordo, fazer concessão, acordo)
O
§ condom (preservativo)
BI
FA
§ convict (condenado)
IO
§ corporate (cabo na hierarquia militar)
L
RE
§ costume (fantasia)
AU
§ deception (fraude, falsificação)
CO
§ devolve (transferir)
AR
§ diversion (desvio)
8M
§ durex (preservativo)
85
§ eventually (finalmente, por fim)
09
33
§ exit (saída, sair)
88
§ fabric (tecido)
30
A
§ grip (agarrar algo firmemente) UR
§ hospice (albergue)
MO
§ ingenious (engenhoso)
O
BI
§ inhabitable (habitável)
FA
§ injury (ferimento)
LIO
§ interest (juros)
RE
§ library (biblioteca)
O
RC
§ lunch (almoço)
MA
§ mayor (prefeito)
58
§ office (escritório)
0
33
§ parents (pais)
88
30
§ prejudice (preconceito)
UR
§ preservative (conservante)
MO
§ private (recruta)
DE
§ push (empurrar)
O
BI
§ realize (perceber)
FA
§ requirement (requisito)
LIO
§ retired (aposentado)
RE
AU
O
44
RC
MA
3
88
30
A
UR
§ retribution (represália, punição)
MO
§ scholar (erudito)
DE
§ sensible (sensato)
O
§ service (atendimento)
BI
FA
§ support (appoiar, apoio)
IO
§ tax (imposto)
L
RE
§ tenant (inquilino)
AU
Who is who?
CO
AR
8M
Personal pronouns
85
09
Subject Pronouns Object Pronouns
33
I ME
88
30
YOU YOU
A
HE URHIM
SHE HER
MO
IT IT
DE
WE US
O
YOU YOU
BI
FA
THEY THEM
LIO
Os personal pronouns da língua inglesa podem, com algumas variacões, ser relacionados aos pronomes pessoais da
RE
língua portuguesa. O que o português chama de pronomes pessoais do caso reto, a língua inglesa chama de subject
AU
comum repetirmos o mesmo nome muitas vezes, mas sim usar um pronome, uma vez que sabemos a quem tal pronome
O
se refere.
BI
FA
LIO
RE
AU
O
45
RC
MA
3
88
30
A
UR
Exemplos:
MO
Kate loves Brian.
DE
She loves Brian.
O
O exemplo acima faz a substituição do nome Kate pelo pronome She. Observe o exemplo a seguir
BI
FA
Brian loves Kate.
IO
Brian loves her.
L
RE
A diferença entre eles é que no exemplo 1 o nome Kate tem função de sujeito e foi substituído por um pronome de sujeito
AU
(She). Já no exemplo 2, o nome Kate tem função de objeto e foi substituído por um pronome de objeto (her).
CO
Veja mais exemplos:
AR
Brazilians agree with you.
8M
We agree with you.
They agree with other Brazilians.
85
09
They agree with them.
33
The police officer will adress the issue
88
She/He will adress the issue.
30
Possessive pronouns A
UR
MO
MY MINE
O
YOUR YOURS
BI
FA
HIS HIS
HER HERS
LIO
ITS -------
RE
OUR OURS
AU
YOUR YOURS
O
THEIR THEIRS
RC
Os pronomes desse tópico, como o próprio nome supõe, introduzem uma relação de posse com um substantivo e são bastante
MA
semelhantes ao que encontramos na língua portuguesa. Mas aqui podemos enfrentar alguns problemas. Se por um lado o
58
português apresenta marcação quádrupla de pronomes (Eu – meu, minha, meus, minhas) e o inglês apresente marcação
98
simples para eles, este tem dois tipos de pronomes possessivos (Adjective e Substantive), enquanto aquele tem apenas um, o
0
Em alguns casos, pode ser pedido que o vestibulando opte entre os dois tipos de pronomes acima mencionados. Além de
UR
ser um ponto que gera uma dúvida razoável, ele também é muito solicitado em questões gramaticais.
MO
Tenha em mente que os pronomes Possessive Adjectives (my, your, his, her, its, our, their) são aqueles que são normal-
DE
mente usados. Você só os substituirá pelos Possessive Substantives (mine, yours, his, hers, ours, theirs) em situações
específicas. São elas:
O
BI
Exemplo:
LIO
(Eu não consigo encontrar minha caneta. Posso usar a sua (caneta)?
AU
O
46
RC
MA
3
88
30
A
UR
2. Quando o substantivo a que se refere o pronome estiver antes do próprio pronome.
MO
Exemplo:
DE
It belongs to a friend of mine.
O
(Isto pertence a um amigo meu).
BI
FA
3. Após preposições.
IO
Exemplo:
L
RE
They will come with their parents, and we’ll come with ours.
AU
(Eles virão com os pais deles e nós, com os nossos).
CO
Reflexive pronouns
AR
8M
85
Reflexive Pronouns
09
Myself
33
Yourself
88
Himself
30
Herself
A
UR
Itself
MO
Ourselves
Yourselves
DE
Themselves
O
BI
FA
O uso dos pronomes reflexivos é de certa forma simples. Utilizado como uma autorreferencia do sujeito. Ao contrário do
que ocorre na Língua Portuguesa, a autorreferência não faz uso do mesmo pronome do objeto e sim de um específico. É
LIO
Exemplo:
AU
I will do it by myself (jamais me, como uma tradução direta poderia sugerir)
RC
MA
Ao contrário do português, que apresenta múltiplas desinências, o inglês tem como regra geral (exceções serão vistas no final
30
deste item) a adição da letra “s” às terceiras pessoas do singular (he, she, it). Observe os exemplos a seguir:
A
47
RC
MA
3
88
30
A
UR
They need to work better. (Eles/elas precisam trablhar melhor)
MO
Percebe-se que, enquanto a língua inglesa acrescenta ao bare infinitive dos verbos (infinitivo sem a partícula ‘to’) a letra
DE
‘s’ aos pronomes de terceira pessoa do singular (he, she, it), a língua portuguesa acrescenta várias desinências ao verbo
(preciso, precisa, precisamos, etc).
O
BI
Formas negativas do simple present
FA
IO
A forma negativa dos verbos no simple present segue uma norma bem simples: acrescente do not (don’t) quando o
L
sujeito for I, you, we, they; acrescente does not (doesn’t) quando o sujeito for he, she, it.
RE
AU
Importante: Após o uso dos auxiliares do ou does, utilize o base form (infinitivo sem o to).
CO
Formas interrogativas
AR
Para que se obtenham as formas interrogativas dos verbos no simple present, deve-se fazer uso dos verbos auxiliares do
8M
(para os pronomes I, you, we, they) e does (he, she, it), colocados antes dos respectivos sujeitos.
85
09
To be
33
88
O verbo to be não segue as mesmas regras que orientam a maioria dos verbos em inglês. Ele é o único que apresenta
30
três formas de presente. São elas:
A
§ I am Brazilian. (Eu sou brasileiro) UR
§ He, she it is from the Netherlands. (Ele/ela/isto é da Holanda.)
MO
§ You, we, they are thirsty. (Você(s), nós, eles(as) estão com sede)
DE
Talvez a maior dificuldade ao se lidar com o verbo to be resida no fato de que, ao ser vertido para o português, ele
O
possa ter tanto estar quanto ser como significado, dependendo do contexto em que o verbo está inserido.
BI
FA
Formas negativas
LIO
Para se conseguir as formas negativas do verbo to be, deve-se apenas acrescentar a partícula not à forma afirmativa.
RE
AU
Formas interrogativas
O
RC
Para que se obtenham as formas interrogativas do verbo to be, deve-se apenas inverter a posição do verbo e do sujeito.
MA
There to be
58
98
A estrutura there to be é usualmente entendida como o verbo haver, existir, ocorrer. Ele apresenta duas formas no presente
0
Deve-se acrescentar a partícula not às formas afirmativas do there to be para que se obtenham suas respectivas formas
30
negativas.
A
UR
Formas interrogativas
MO
Para que se obtenham as formas interrogativas do verbo there to be, deve-se apenas inverter a posição do verbo e do
DE
sujeito.
O
O Present Continuous apresenta enorme semelhança com o tempo verbal Presente Contínuo da língua portuguesa. Ele
LIO
é um tempo verbal que serve para expressar ações que estão acontecendo simultâneas à fala. O Present Continuous (ou
RE
Progressive) é formado pelo presente do verbo to be (concordando com cada sujeito) mais um outro verbo no gerund
(sufixo ING).
AU
O
48
RC
MA
3
88
30
A
UR
Veja os exemplos:
MO
§ I am composing a song right now. (Eu estou compondo uma música neste exato momento.)
DE
§ You are listening my music. (Você está ouvindo minha música.)
O
§ He is composing a song on his acoustic guitar. (Ele está compondo uma música em sua guitarra.)
BI
FA
§ She is singing in her room. (Ela está cantando no quarto dela.)
IO
§ It is working very well. (Isto está funcionando muito bem.)
L
RE
§ We are watching a very interesting movie.
AU
§ (Nós estamos assistindo um filme muito interessante.)
CO
§ You are wasting money. (Vocês estão desperdiçando dinheiro.)
AR
§ They are surfing the web on their computers. (Elas(es) estão navegando na internet em computadores.)
8M
As formas interrogativas do Present Continuous são dadas pela inversão do sujeito com o to be.
85
09
Exemplos:
33
88
§ Are you paying attention to the instructions? (Você está prestando atenção às instruções?)
30
§ Is it working properly? (Isto está funcionando corretamente?)
A
UR
As formas negativas do Present Continuous são dadas pela adição de not às formas do to be.
MO
§ She is not (isn’t) composing a music. (Ela não está compondo uma música.)
DE
§ I am not thinking about it. (Eu não estou pensando sobre isso.)
O
BI
Simple past
RE
AU
Os verbos regulares são os “queridinhos”dos alunos brasileiros por se configurarem de forma mais simples. Para obter o
MA
passado dos verbos regulares, basta acrescentar o sufixo ED a sua base form (infinitivo sem a partícula to), independente
de quem seja o sujeito. Observe os exemplos a seguir:
58
98
49
RC
MA
3
88
30
A
UR
Irregular verbs (verbos irregulares)
MO
Encarar os verbos irregulares talvez seja a maior dificuldade para o estudante brasileiro quando esse se depara com
DE
o simple past da língua inglesa. Nesse aspecto na língua inglesa se parece com a portuguesa, apresentando formas
verbais variadas (daí o termo irregular), e assim como para aprender o português, também se torna necessário memo-
O
BI
rizar tais formas. Entretanto, tenha em mente que há apenas uma forma de passado para cada verbo, independente
FA
do sujeito. Seguem-se apenas alguns exemplos.
IO
§ to take – took (past)
L
RE
I took the subway to work. (Eu peguei o metro para trabalhar)
AU
She took the subway to work. (Ela pegou o metro para o trabalho)
CO
We took the subway to work. (Nós tomamos o metro para o trabalho)
AR
§ to go – went (past)
8M
You went to school. (Você foi para a escola)
85
He went too far. (Ele foi longe demais.)
09
33
They went home together. (Eles foram juntos para casa)
88
§ to eat – ate (past)
30
I ate the whole pizza (Eu comi a pizza inteiro)
A
UR
The dog ate our food (O cachorro comeu a nossa comida)
MO
Formas Negativas
O
BI
Para chegar as formas negativas dos verbos no simple past, é preciso acrescentar, após o sujeito e antes do verbo
FA
principal, o verbo auxiliar did mais a partícula not, independentemente do verbo ser regular ou irregular.
LIO
Formas interrogativas
RE
AU
Para se verter uma frase para a forma interrogativa quando um verbo está no simple past é preciso acrescentar o verbo
auxiliar did antes do sujeito da oração. O verbo principal deve permanecer no base form (infinitivo sem to).
O
RC
To be
MA
58
O verbo to be tem duas formas de passado: was (I, he, she, it) e were (you, we, they).
98
Observe os exemplos:
0
33
50
RC
MA
3
88
30
A
UR
We were busy yesterday.
MO
(Nós estávamos ocupados(as) ontem.)
DE
They were bought in Russia in 2019.
O
(Eles foram comprados na Rússia em 2019.)
BI
FA
Formas interrogativas
L IO
Para chegar as formas interrogativas de passado do verbo to be, deve-se trocar a posição do verbo com o
RE
sujeito da oração.
AU
Formas negativas
CO
AR
Para chegar as formas negativas do verbo to be no passado, deve-se inserir a palavra not após o verbo.
8M
There to be
85
09
Assim como no presente, duas formas de passado para o verbo there to be se apresentam: there was (para passado
33
singular) e there were (para passado plural). Veja os exemplos a seguir.
88
There was a restaurant near here.
30
A
(Havia/existia um restaurante perto daqui.) UR
There were many restaurants here.
MO
Formas negativas
O
BI
FA
Para chegar as formas negativas de passado do there to be, é preciso acrescentar a palavra not às formas afirmativas.
LIO
Formas interrogativas
RE
Ao trocar a posição da forma verbal was ou were com o pronome there, obtém-se a forma interrogativa do verbo there
AU
to be.
O
RC
Can
MA
O verbo can tem todas as suas formas de passado (incluídas as de subjuntivo) concentradas na palavra could com qual-
58
Sophia could play sing very well when she was a child. (Sophia podia cantar muito bem quando ela era criança.)
0
33
Two years ago we could buy a car, but today this is impossible. (Há dois anos nós podíamos comprar um carro, mas hoje
88
isto é impossível.)
30
A
Used to
DE
Ao se deparar com textos em língua inglesa, o aluno sempre lida com um problema comum de quem tem português
como língua materna: as formas de passado do inglês são correspondentes aos nossos verbos do pretérito perfeito ou
O
BI
do pretérito imperfeito? Como devo entender uma frase como ‘I played very well’? ‘Eu joguei muito bem’ ou ‘Eu jogava
FA
muito bem’?
LIO
As frases grafadas em simple past em inglês usualmente correspondem ao que nós nomeamos como pretérito perfeito
RE
(ex: joguei, comi, bebi). Para se obter o mesmo significado das nossas sentenças no pretérito imperfeito (ex: jogava, comia,
bebia), a língua inglesa faz uso da estrutura used to. Em linhas gerais, ela é utilizada para expressar uma ação que era
AU
O
51
RC
MA
3
88
30
A
UR
verdadeira no passado, mas que não é mais. Observe os exemplos:
MO
I used to play basketball very well. (Eu costumava jogar/jogava basquete muito bem)
DE
She used to be a great singer. (Ela era/costumava ser uma grande cantora)
O
Did you use to travel to the country when you lived abroad? (Você costumava viajar/viajava para o interior quando
BI
FA
você morou no exterior?)
IO
I didn’t use to like it, but now I do. (Eu não costumava gostar disso, mas agora eu gosto)
L
RE
Past continuous
AU
Muito parecido com o caso previamente apresentado do present continuous, o past continuous da língua inglesa é um
CO
tempo verbal utilizado para expressar uma ação que estava acontecendo simultaneamente à outra, no passado e é for-
AR
mado por uma forma de passado do verbo to be (was ou were) mais um outro verbo de ação acrescido do sufixo ING
8M
(gerund). Estude os exemplos:
85
When you called, I was taking a shower. (Quando você ligou eu estava tomando banho)
09
Were you sleeping when I called you yesterday? (Você estava dormindo quando eu te liguei ontem?
33
88
She wasn’t paying attention when the teacher assigned her homework. (Ela não estava prestando atenção quando
30
o professor passou a lição de casa.)
A
Apêndice #1: formas interrogativa-negativas UR
MO
As diversar formas verbais abordadas nesta unidade (simple past, to be, there to be e can) mostram, além das formas
apresentadas (afirmativa, negativa e interrogativa) uma quarta forma: a interrogativa-negativa. As formas interrogativa-
DE
-negativas são obtidas a partir das formas negativas, cada um dos verbos seguindo suas próprias regras. Estude os
O
exemplos abaixo:
BI
FA
Didn’t they like their new clothes? (Eles(as) não gostaram de suas novas roupas?)
LIO
Wasn’t there a person waiting here? (Não havia uma pessoa esperando aqui?)
O
Couldn’t you ride bicycles when you were 6? (Você não conseguia andar de bicicleta quando você tinha 6 anos de
RC
idade?)
MA
Além das formas interrogativas e negativas,há outro uso para o auxiliar did: o enfático. Veja os exemplos a seguir.
098
I liked the show (Eu gostei do show) – I did like the show (Eu gostei muito do show)
33
88
She told you not to be mad (Ela te pediu que não se chateasse) – She did tell you not to be mas (Ela realmente te
30
Apêndice #3: Tabela dos 150 verbos mais comuns da língua inglesa (regulares e Irregulares). A segunda coluna apre-
UR
senta as formas de passado desses verbos, e a terceira coluna as formas de particípio passado (past participle).
MO
Looking forward
DE
O
Existem duas estruturas verbais básicas para se apresentar ações futuras em língua inglesa: will e going to.
BI
FA
Will
LIO
RE
É a forma mais comum. Serve para expressar um futuro mais incerto, sem data definida ou que acontecerá em um futuro
mais distante.
AU
O
52
RC
MA
3
88
30
A
UR
Afirmativa: Sujeito + WILL + verbo (base form)
MO
Exemplos:
DE
O
I will buy a house (Eu vou comprar uma casa.)
BI
She will forgive me someday. (Ela um dia vai me perdoar.)
FA
Those two countries will face a war. (Aqueles dois países vão encarar uma guerra.)
L IO
RE
Negativa: Sujeito + WILL NOT (WON”T) + verbo (base form)
AU
Exemplos:
CO
AR
I will not (won’t) marry to her. (Eu não vou casar com ela)
8M
She will never forgive me. (Ela nunca me perdoará)
85
Those two countries will not (won’t) face a war. (Aqueles dois países não vão enfrentar uma guerra)
09
33
Interrogativa: WILL + Sujeito + verbo (base form)
88
30
Exemplos:
A
UR
Will you marry her? (Você vai casar com ela?)
MO
Will she ever forgive you? (Ela algum dia irá te perdoar?)
DE
Will those two countries face a war? (Aqueles dois países enfrentarão uma guerra)
O
Exemplo:
LIO
RE
Observações:
RC
liar WILL.
58
Going to
O
BI
A estrutura verbal going to é utilizada para expressar um futuro mais próximo, com data ou preparação já definidos.
FA
LIO
RE
AU
O
53
RC
MA
3
88
30
A
UR
Afirmativa: Sujeito + to be (present) + going to + verbo
MO
Exemplos:
DE
O
I am going to marry her. (Eu vou casar com ela.)
BI
George is going to take your credibility into account. (George vai levar em conta sua credibilidade.)
FA
IO
Japan is going to host the 2020 Olympic Games. (O Japão vai sediar os jogos olímpicos de 2020)
L
RE
Those two countries are certainly going to face a war (Aqueles dois países certamente vão entrar em guerra.)
AU
Negativa: Sujeito + to be (present) + NOT + going to + verb
CO
AR
Exemplos:
8M
You are not going to buy it! (Você não vai comprar isso!)
85
People are going to accept any changes. (As pessoas vão aceitar quaisquer mudanças)
09
33
This is going to be designed in China. (Isto vai ser projetado na China)
88
30
Interrogativa: to be (present) + sujeito + going to + verb
A
UR
Exemplos:
MO
Are we going to accept his apologies? (Nós vamos aceitar suas desculpas?)
DE
Exemplo:
AU
Apêndice #1
MA
Embora muito menos comuns, existem duas outras estruturas verbais que também apresentam ações futuras. Estude os
58
exemplos abaixo:
098
Present Continuous
33
88
30
Exemplos:
A
UR
I can’t go to the club with you because I am seeing my dentist tomorrow. (Eu não posso ir para balada com você
porque eu vou no meu dentista amanhã)
MO
They are answering the e-mail very soon. (Eles estarão respondendo ao e-mail muito em breve)
DE
O
Simple Present
BI
FA
Exemplos:
LIO
Governments are likey to face challenges in a near future. (Governos estão propensos a ter desafios em um futuro
RE
próximo)
AU
O
54
RC
MA
3
88
30
A
UR
His schoolmates play basketball every Friday since 1993. (Os colegas de escola dele jogam basquete toda sexta-feira
MO
desde 1993)
DE
Apêndice #2
O
O verbo auxiliar SHALL tem a mesma função de WILL, embora seja muito mais formal e raro. SHALL é muito mais comu-
BI
mente encontrado associado aos sujeitos I e WE. Estude os exemplos a seguir:
FA
I shall/will talk to the principal about that. (Eu conversarei o diretor sobre isso)
L IO
We shall/will not pass beyond this point. (Nós não iremos além desse ponto)
RE
AU
Should we continue
CO
Os verbos modais são: can, could, may, might, should, must, ought to, will, shall e would.
AR
Veja as regras gramaticais dos verbos modais:
8M
§ Não adicione ‘s’ à terceira pessoa do singular.
85
09
§ Não são usados verbos auxiliares para frases negativas ou interrogativas.
33
§ Nunca acrescente a partícula to nem antes nem depois de um verbo modal (com exceção de have to e ought to).
88
30
Can/could, may/might
A
UR
Expressam capacidade, habilidade, possibilidade, probabilidade, para pedir e dar permissão e pedir auxílio. Todas as leitu-
MO
ras possíveis incluem, no português, o verbo poder, sendo que o verbo can está sempre no presente. Could, além de ser a
forma de passado de can, também pode ser compreendido como futuro do pretérito do verbo can (poderia, poderíamos).
DE
May e might também são usualmente compreendidos como poderia, poderíamos, etc.
O
BI
Normalmente expressam sugestões, conselhos, ordens, proibições e obrigações. Eles são normalmente entendidos
em português como os verbos dever (ria) ou ter que.
RE
AU
Todos os verbos desse grupo são verbos auxiliares, ou seja, não têm sentido sozinhos, mas somente associados ou
referindo-se a outros verbos.
O
RC
Formas negativas
MA
As formas negativas dos modal verbs são obtidas através da adição da palavra not.
58
98
Formas interrogativas
0
33
As formas interrogativas dos modal verbs são obtidas através da inversão do sujeito da oração e do verbo modal.
88
30
Perfection
A
UR
MO
Present Perfect
DE
O Present Perfect é um tempo verbal utilizado para expressar uma ação que começou no passado e cujas consequências
BI
FA
Exemplos:
RE
I have lost my bag (Eu perdi minha bolsa). Neste caso, meu passaporte continua perdido.
AU
O
55
RC
MA
3
88
30
A
UR
She has left the house(Ela saiu da casa). Ela saiu da casa e ainda não retornou.
MO
Be quiet, please! I haven’t finished it yet. (Fique quieto, por favor! Eu ainda não terminei.) Ou seja, eu comecei algo
DE
e ainda estou executando esta tarefa.
O
§ Ele é utilizado para expressar ações que têm se repetido nos últimos tempos.
BI
FA
Exemplos:
IO
She has worked a lot recently. (Ela tem trabalhado muito recentemente)
L
RE
I have slept very well since I changed room with my sister. (Eu tenho dormido muito bem desde que eu troquei de
AU
quarto com a minha irmã.)
CO
We have been responsible for her for 5 years. (Nós somos/temos sido os responsáveis por ela nos últimos 5 anos.) Nós
AR
começamos e ainda somos responsáveis por ele.
8M
§ Ele é utilizado por ações que acabaram de acontecer ou estão quase acontecendo.
85
Exemplos:
09
33
I have just sent you my report. (Eu acabei de te mandar meu relatório)
88
Rush! The plane has arrived. (Apresse-se! O avião está chegando)
30
§ Com as palavras ever (ou never) normalmente expressam-se experiências de uma vida inteira.
A
UR
Exemplos:
MO
DE
Have you ever seen a lion? (Você já viu um leão?) Ou seja, desde o nascimento até o momento da fala.
No, I have never seen a lion. (Não, eu nunca vi um leão) Ou seja, desde o nascimento até o momento da fala.
O
BI
É uma variação do Present Perfect. Ele é utilizado quando se quer enfatizar a continuidade de uma ação que começou no
O
Exemplos:
58
She has been washing the dishes since she arrived. (Ela está lavando louça desde que ela chegou) Ou seja, ela não
98
They have been married for 35 years. (Eles estão casados há 35 anos.) Ou seja, há 35 anos, eles estão casados.
88
30
Past perfect
A
UR
O Past Perfect corresponde ao tempo verbal que a língua portuguesa chama de Pretérito mais-que-perfeito. A definição e
o uso são quase os mesmos. Eles servem para expressar uma ação que está no passado do passado. Ou seja,caso se faça
DE
necessário expressar duas ações não simultâneas no passado, a ação mais antiga (que aconteceu primeiro) deve ser estar
O
no Past Perfect, enquanto a mais recente (que aconteceu depois), deve estar no Simple Past. Estude os exemplos a seguir.
BI
FA
Exemplos:
LIO
Don’t be mad! When you arrived work, we had already finished the meeting (Não fique bravo! Quando você chegou
RE
56
RC
MA
3
88
30
A
UR
Portugal and Spain had already signed the Tordesilhas treat when Pedro Àlvares Cabral arrived in the Brazilian Coast in
MO
1500. (Portugal e Espanha já tinham/haviam assinado o tratado de Tordesilhas quando Pedro Álvares Cabral chegou
na costa brasileira em 1500)
DE
O
Past Perfect Continuous
BI
FA
HAD + BEEN + VERB (ING)
IO
O Past Perfect também pode ser utilizado em sua forma contínua, e, assim como o Present Perfect Continuous, a ên-
L
fase está na duração e continuidade da ação.
RE
AU
Exemplos:
CO
I was short of breath on the phone because I had been running in the park. (Eu estava ofegante ao telefone porque
AR
eu tinha corrido/ estava correndo no parque.)
8M
She had been waiting for a long time when you arrived. (Ela havia esperado/ esteve esperando por um longo tempo
85
quando você chegou.)
09
33
Future perfect continuous
88
30
Mesmo que sejam muito mais raros, é possível que você encontre os dois tempos acima em textos mais sofisticados,
portanto, vamos aprender um pouco sobre eles. Ambos são usados para expressar ações no futuro que se iniciaram em
A
UR
algum ponto do passado.
MO
In a near future, Brazil will have hosted the two greatest events in the world. (Em um futuro próximo, o Brazil terá sediado
O
By 2030, I will have been living for 59 years. (Quando 2030 chegar, eu terei vivido por 59 anos.) – Future Perfect
LIO
Continuous.
RE
Formas interrogativas
AU
As formas negativas dos tempos perfeitos são conseguidas por meio da inversão do verbo auxiliar to have com o sujeito
O
da oração.
RC
MA
Formas Negativas
58
As formas negativas dos tempos perfeitos são conseguidas através da adição do advérbio not junto ao verbo auxiliar
98
57
RC
MA
3
88
Gramática
30
A
UR
Anamnese
MO
semana
Advérbios e pronomes pessoais
DE
2
O
BI
FA
ADVÉRBIOS
L IO
RE
AU
Os advérbios (ou locuções adverbiais) são a classe de palavras invariáveis que modificam verbos (para determiná-los), adje-
tivos e outros advérbios (ambos para intensificá-los).
CO
AR
Vejamos, a seguir, alguns exemplos:
8M
O pai falou seriamente com seus filhos.
verbo advérbio
85
Os moradores estão bastante preocupados.
09
substantivo advérbio adjetivo
33
Temos que caminhar bem lentamente.
88
verbo advérbios
30
Bastantes homens não são homens bastantes porque falam bastante.
A
1 2 UR 3
MO
Conheço certo homem que não é homem certo, já que raramente age certo.
BI
1 2 3
FA
58
RC
MA
3
88
30
A
UR
Adjetivo × advérbio
MO
Uma mesma palavra ou termo pode ser adjetivo ou advérbio, dependendo do contexto/estrutura em que está inserida.
DE
Paulo é rápido. (1: substantivo; 2: verbo; 3: adjetivo)
O
1 2 3
BI
Paulo fala rápido. (1: substantivo; 2: verbo; 3: advérbio)
FA
1 2 3
IO
Advérbios modais terminados em —mente
L
RE
Ele escapou rápida(mente), silenciosa(mente) e sorrateiramente.
AU
verbo advérbio advérbio advérbio
CO
Há também uma categoria de advérbios denominados extrafrásicos, que avaliam uma situação de mundo.
AR
Estranhamente, hoje ele chegou no horário certo.
8M
advérbio avaliativo situação de mundo
85
Classificação dos advérbios e das locuções adverbiais
09
33
1. Tempo: ainda; agora; depois; hoje; amanhã; anteontem; à tarde; à noite; de repente; de súbito; em breve; de vez em
88
quando; cedo
30
Só retornarei à meia-noite.
A
UR
2. Intensidade: bastante; muito; pouco; menos; mais; apenas; todo; demasiadamente; por completo; em demasia
MO
3. Lugar: abaixo; acima; por dentro; por fora; aqui; lá; de fora; adiante; aí; por aqui; por ali; atrás; à frente; perto
O
4. Modo: bem; mal; depressa; melhor; pior; às pressas; com calma; lado a lado; às ocultas; às claras; frente a frente; assim
debalde; em silêncio
LIO
5. Afirmação: sim; certamente; efetivamente; realmente; de fato; por certo; sem dúvida
AU
1. Meio
A
UR
2. Condição
DE
3. Finalidade
BI
FA
4. Instrumento
RE
59
RC
MA
3
88
30
A
UR
PRONOMES PESSOAIS
MO
DE
Palavra que acompanha ou substitui um substantivo em Eu e tu × mim e ti
O
relação às pessoas do discurso.
BI
Eu e tu: só podem ser sujeitos da frase, ou seja, só en-
FA
Pronome substantivo: substitui o substantivo tram numa frase se forem flexionar um verbo. Lembre-se:
IO
Vi Maria na rua e acenei para ela. “mim” não faz nada.
L
RE
Pronome adjetivo: acompanha o substantivo Pedro comprou um livro para eu ler.
Pedro comprou um livro para tu leres.
AU
João esqueceu sua apostila.
Mim e ti: só podem ser objetos, ou seja, não podem fle-
CO
Classificação dos pronomes xionar um verbo.
AR
Pessoais* (retos, oblíquos e de tratamento) Pedro comprou um livro para mim.
8M
Possessivos Pedro comprou um livro para ti.
85
Demonstrativos* A briga foi entre mim e Paulo.
09
Indefinidos Neste caso, não poderíamos usar ”eu”, pois já existe o su-
33
Interrogativos jeito “A briga” na frase.
88
Relativos*
30
Ana comprou um livro para mim.
* mais cobrados em provas Ana comprou um livro para eu ler.
A
UR
Existe muito amor entre mim e minha irmã.
MO
3ª pessoa (plural) eles/elas se, os, as, lhes si, consigo, eles, elas
CO
AR
tes. Substituem
Lhe(s) complemento
09
para ele/ela(s),
83
Com nós e com vós devem ser usados acompanhados para você(s)
8
30
de determinante, ou seja, de um termo que os especifique. João deu um presente a Maria. (= deu a ela)
A
Marta sairá com nós dois amanhã. [todos; mesmos; João deu-lhe um presente.
UR
substituem
a o ela complemento
DE
sem preposição
os o eles
O
BI
as o elas
FA
Eu o vi ontem.
RE
AU
O
60
RC
MA
3
88
Interpretação de Textos
30
A
UR
Anamnese
MO
semana Figuras de linguagem I e II
DE
2
O
BI
FA
FIGURAS DE PALAVRA FIGURAS DE SINTAXE
L IO
RE
AU
Metáfora → substituição Hipérbato
CO
Dá às palavras um novo significado – sentido figurado – e, Também conhecido como processo de inversão frásica
AR
normalmente, conta com o auxílio do verbo ‘ser’. (ou sintática), trata-se de uma figura de linguagem que
quebra o que chamamos de ordem canônica do portu-
8M
Ela é uma princesa.
guês; ou, em termos mais claros, a ordem com que nos
A casa será uma trincheira.
85
comunicamos mais habitualmente, que é a sequência
Ela foi o meu refúgio.
09
sujeito > verbo > objeto.
33
Comparação → substituição + elemento comparativo Exemplos:
88
Os elementos comparativos são: como; tal qual; que nem; “Dos meus problemas cuido eu!” (sujeito “eu” colocado
30
assim como; etc. no final da frase)
A
“Dança, à noite, o casal de apaixonados no clube.” (ver-
UR
Ela é como uma princesa.
bo intransitivo “dançar” e adjunto “à noite” estão deslo-
Ele é bonito tal qual o pai.
MO
dade das palavras adequadas, ou por não existirem termos recurso linguístico utilizado com maior frequência em po-
específicos.
LIO
Se você tocasse
Metonímia → substituição
C
a valsa vienense
AR
Substitui: parte pelo todo; autor pela obra; marca pelo pro- Se você dormisse,
8M
rentena. Exemplos:
RE
O rei do futebol (Pelé) participou de um evento na Fifa. Chovia uma triste chuva de resignação. (Manuel Bandeira)
AU
61
RC
MA
3
88
30
A
UR
Catáfora ral, pois entende-se que população é um grande número
MO
Trata-se de um termo (geralmente pronominal) ou locução de pessoas.)
“A questão é que os três queremos comemorar o ani-
DE
que introduz uma especificação/explicação de alguma in-
formação que foi mencionada anteriormente. versário no mesmo dia.” (O termo “os três” deveria esta-
O
Exemplos: belecer concordância com o pronome “eles” (os três – eles
BI
– querem), mas por conta da intenção de inclusão do pró-
FA
“Minha vida se resume a isto: trabalhar, trabalhar e traba-
lhar.” (O pronome “isto” introduz a informação que resu- prio falante na oração, como um dos que também querem
IO
me a vida do enunciador.) comemorar o aniversário no mesmo dia, ele se inclui com
L
o pronome “nós”.)
RE
“Muitas CPIs acabam em pizza, ou seja, não dão em nada
AU
e são arquivadas.” (O termo “ou seja” introduz explicação Anacoluto
sobre o que significa “acabar em pizza”.)
CO
Ocorre quando a estrutura sintática de uma oração é in-
Elipse terrompida e um termo ou expressão que parecia ser es-
AR
É um processo no qual se omite uma palavra ou expressão sencial à sentença acaba ficando solto. Também conhecido
8M
em uma oração, podendo ser facilmente identificada por menos tecnicamente como processo de “quebra de frase”.
85
elementos gramaticais ou pelo contexto. O termo omitido Exemplos:
09
fica subentendido e sua ausência na oração não prejudica “Esse chapéu que está na moda, você que gosta de
33
a compreensão do que está sendo dito. chapéu devia comprar um.” (Esse chapéu que está a moda
88
Exemplos: = termo sintaticamente solto/deslocado.)
30
“Não fosse sua carona, eu ainda estaria no meio do cami- “Eu, toda vez que chego, você me chama pra conversar.”
(Eu = termo sintaticamente solto/deslocado.)
A
nho.” (É possível perceber que há a possibilidade de encai- UR
xarmos no início da frase uma condicional “se” – “Se não Polissíndeto
MO
conectivos.
desinência do verbo “chegar”, (–mos), que há um sujeito
Exemplo:
O
elíptico, “nós”.)
BI
Exemplo:
Exemplo:
C
sentido ideológico, ao invés de concordar com a estrutura nado com ele. Mais tecnicamente é atribuído um adjetivo
gramatical. Há no português três tipos de silepse: de gêne-
A
pronominal “vossa excelência” pelas normas gramaticais, tido e a função da palavra na frase. Trata-se de um recurso
O
concorda com adjetivos femininos, no entanto o adjetivo muito usado na literatura com o objetivo de aumentar a
BI
está no masculino, dando a entender que a tal excelência expressividade da mensagem, mas também é encontrado
FA
62
RC
MA
3
88
Literatura
30
A
UR
Anamnese
MO
semana Quinhentismo, Barroco e
DE
2 Gregório de Matos Guerra
O
BI
FA
QUINHENTISMO
IO
vimos. Porém a terra em si é de muito bons ares, assim
L
frios e temperados, como os de Entre-Douro e Minho,
RE
porque neste tempo de agora os achávamos como os
AU
Ao longo das praias brasileiras de 1500, se defron- de lá.
taram, pasmos de se verem uns aos outros tal qual
CO
Águas são muitas; infindas. E em tal maneira é graciosa
eram, a selvageria e a civilização. Suas concepções, que, querendo-a aproveitar, dar-se-á nela tudo, por bem
AR
não só diferentes mas opostas, do mundo, da vida, da das águas que tem.
morte, do amor, se chocaram cruamente. Os navegan-
8M
tes, barbudos, hirsutos, fedentos de meses de navega- Porém o melhor fruto, que dela se pode tirar me parece
ção oceânica, escalavrados de feridas do escorbuto, que será salvar esta gente. E esta deve ser a principal
85
olhavam, em espanto, o que parecia ser a inocência semente que Vossa Alteza em ela deve lançar.
09
e a beleza encarnadas. Os índios, vestidos da nudez
33
E que não houvesse mais que ter aqui esta pousada para
emplumada, esplêndidos de vigor e de beleza, tapan- esta navegação de Calecute, isso bastaria. Quanto mais
88
do as ventas contra a pestilência, viam, ainda mais disposição para se nela cumprir e fazer o que Vossa Al-
30
pasmos, aqueles seres que saíam do mar. teza tanto deseja, a saber, acrescentamento, da nossa
A
RIBEIRO, Darcy. URsanta fé.
O povo brasileiro: a formação e o sentido do Brasil.
CORTESÃO, Jaime (Org.). A Carta de
MO
Nela, até agora, não pudemos saber que haja ouro, nem dos seus habitantes e da fauna e flora locais)
prata, nem coisa alguma de metal ou ferro; nem lho
AU
O
63
RC
MA
3
88
30
A
UR
amargor e faz empollar toda a boca; pelo con-
Projeto colonial
MO
trario este caroço assado, he muito mais gostoso
Era Moderna: prensa móvel de Gutemberg, expansão que amendoa; são de sua natureza mui quentes
DE
marítima em estremo. Ha na terra tantos destes caroços que
os medem aos adqueires. Tambem ha huma fruita
Portugueses: Índia, China, Japão e Austrália
O
que lhe chamão Bananas, e pela lingua dos indios
BI
Choque de cultura e valores Pacovas: ha na terra muita abundancia dellas: pa-
FA
Exploração, ocupação e catequese recem-se na feição com pepinos, nascem numas
IO
Portugal: objetivo de se tornar a maior potência da cris- arvores mui tenras e não são muito altas, nem têm
L
tandade ocidental ramos senão folhas mui compridas e largas. Estas
RE
Comércio de especiarias, novos territórios e catequese bananas crião-se em cachos, algum se acha que
AU
tem de cento e cincoenta pera cima, e muitas ve-
zes he tam grande o peso dellas que faz quebrar
CO
Textos e público a arvore pelo meio; como são de vez colhem estes
cachos, e depois de colhidos amadurecem, e tanto
AR
Autores: escrivãos, religiosos, aventureiros, historiado- que estas arvores dão huma fruita, logo as cor-
8M
res, navegadores tão porque não frutificão mais que a primeira vez,
Convivem: teocentrismo e antropocentrismo e tornão a rebentar pelos pés outras novas. Esta
85
Experiência: nova natureza, novos alimentos, povos in- he huma fruita mui sabrosa e das boas que ha na
09
dígenas, costumes e rituais terra, tem huma pelle como de figo, a qual lhes
33
lanção fora quando as querem comer e se come
Circulação restrita: documentos oficiais
88
muitas dellas fazem dano á saude e causão febre
Circulação ampla: relatos de viagem
30
a quem se desmanda nellas. E assadas maduras
Autores: jesuítas são muito sadias e mandão-se dar aos enfermos.
A
Catequizar índios e manter a fé cristã entre os colonos UR
Com esta fruita se mantem a maior parte dos es-
Circulação oral cravos desta terra, porque assadas verdes passão
MO
Textos informativos: literatura de viagem ou de infor- de Crucifixo, e assi totalmente o parecem. Tambem
RE
Huma fruita se dá nesta terra do Brasil muito sa- e são tantas que já se acharão pela terra dentro
brosa, e mais prezada de quantas ha. Cria-se numa algumas pessoas e sustentarão-se com ellas mui-
8M
planta humilde junto do chão, a qual tem humas tos dias sem outro mantimento algum. Estas que
pencas como cardo, a fruita della nasce como alca-
85
de maduros tém hum cheiro muito excellente, co- muitos melões, pepinos e figos de muitas castas,
lhem-nos como são de vez, e com huma faca tirão-
8
-lhes aquella casca grossa e fazem-nos em talha- zes no anno, e tanto que humas se acabão, come-
das e desta maneira se comem, excedem no gosto
A
a quantas fruitas ha neste Reino, e fazem todos está o Brasil sem fruitas. De limões e laranjas ha
tanto por esta fruita, que mandão plantar roças
MO
se cria numas arvores grandes, estas se não plan- Pêro de Magalhãe Gândavo. Das frutas da terra do Brasil. 1576
O
de madura he muito amarella: são como peros re- Definirá, no futuro, os símbolos da identidade nacional:
FA
64
RC
MA
3
88
30
A
UR
Literatura de catequese BARROCO
MO
Textos religiosos com o objetivo de catequizar os índios
DE
Jesuítas (1549-1605) fundam várias cidades: Salvador,
O
Rio de Janeiro e São Paulo
BI
Escolas, arquitetura, noções elementares de medicina,
FA
cana-de-açúcar
IO
Poemas, peças teatrais, dramatização de cenas bíblicas,
L
passagem da vida dos santos, muitas vezes em tupi
RE
Inspiração medieval: autos religiosos celebrados nas
AU
festas da cristandade
CO
Formas populares: canto, diálogo, narrativas
AR
José de Anchieta
8M
Caravaggio, A vocação de São Mateus, 1599-1600
Jesuíta
85
Fundou o Colégio de São Paulo de Piratininga, que
Contexto histórico
09
dará origem à cidade de São Paulo.
33
Poemas líricos, de cunho religioso
88
Visão teocêntrica medieval Reforma
30
Peças de teatro: autos com função religiosa e peda- 1517 – Lutero defende o poder do próprio indivíduo de
A
gógica UR
chegar a Deus e obter a própria Salvação. Lança suas
Arte da gramática da língua mais usada na costa do 95 teses.
MO
Brasil: primeira gramática da língua tupi João Calvino defende o trabalho e a prosperidade.
Henrique VIII cria a Igreja anglicana.
DE
Tudo quanto se vê
Contrarreforma
BI
se vai passando.
FA
passa voando.
AU
pela Contrarreforma.
A arte barroca é marcada pela angústia de um ser hu-
RE
65
RC
MA
3
88
30
A
UR
União de aspectos contraditórios: sagrado e profano; (...) Como hão de ser as palavras? Como as estrelas. As
MO
luzes e sombras; paganismo e cristianismo; racional e estrelas são muito distintas e muito claras. Assim há de
irracional. ser o estilo da pregação, muito distinto e muito claro.”
DE
Teocentrismo (medieval) (Padre Antônio Vieira. Sermão da sexagésima)
O
Antropocentrismo (Classicismo)
BI
Provocar o espanto do público e produzir textos sofis- Gregório de Matos Guerra
FA
ticados Brasileiro educado em Portugal, conhecia os mestres
IO
Figuras de linguagem, linguagem rebuscada, raciocí- do Renascimento e do Barroco.
L
nios e textos complexos
RE
Poesia lírica: evitou os exageros do cultismo; poesia de
AU
teor amoroso, será tratada a oposição entre espírito e
Cultismo ou Gongorismo (poesia) matéria; as belezas femininas serão comparadas às da
CO
Preocupação com a forma natureza.
AR
Palavras eruditas Poesia sacra: senso de pecado, constatação da fragili-
8M
Figuras de linguagem (metáforas) dade humana e o temor diante da morte e da conde-
nação eterna.
85
Neologismos
Poesia satírica: aspectos negativos da vida na Bahia e
09
Inversões na ordem da frase
em Pernambuco. Além de denúncias de corrupção eco-
33
Trocadilhos e jogos de palavras
nômica e moral.
88
30
Conceptismo ou Quevedismo (prosa) Nasce o sol, e não dura mais que um dia,
A
Racional Depois da luz se segue a noite escura,
UR
Em tristes sombras morre a formosura,
Lógico
MO
Comparações
Se formosa a luz é, por que não dura?
Hipérboles
O
Analogias
Mas no sol, e na luz, falte a firmeza,
LIO
Padre Antônio Vieira (1608-1697) E tem qualquer dos bens por natureza
A firmeza somente na inconstância.
O
(Gregório de Matos)
AR
verdade cristã)
Argumentação engenhosa e retórica perfeita
8M
66
RC
MA
3
88
30
A
UR
GREGÓRIO DE MATOS GUERRA, O BOCA DO INFERNO
MO
DE
Começa o mundo enfim pela ignorância,
Poesia lírica E tem qualquer dos bens por natureza
O
A firmeza somente na inconstância.
BI
À D. Ângela
FA
(Gregório de Matos)
Anjo no nome, Angélica na cara!
IO
Isso é ser flor e Anjo juntamente:
Poesia satírica
L
Ser Angélica flor e Anjo florente,
RE
Em quem, senão em vós, se uniformara?
AU
À cidade da Bahia
Quem vira uma tal flor que a não cortara
CO
De verde pé, da rama florescente; A cada canto um grande conselheiro
E quem um Anjo vira tão luzente Que nos quer governar cabana e vinha;
AR
Que por seu Deus o não idolatrara? Não sabem governar sua cozinha
8M
E podem governar o mundo inteiro.
Se pois como Anjo sois dos meus altares,
85
Fôreis o meu Custódio e a minha guarda, Em cada porta um bem frequente olheiro
Livrara eu de diabólicos azares. Que a vida do vizinho e da vizinha
09
Pesquisa, escuta, espreita e esquadrinha
33
Mas vejo, que por bela, e por galharda,
Para o levar à praça e ao terreiro.
88
Posto que os Anjos nunca dão pesares,
Sois Anjo que me tenta, e não me guarda. Muitos mulatos desavergonhados,
30
Trazidos sob os pés os homens nobres,
A
(Gregório de Matos)
URPosta nas palmas toda a picardia,
Estupendas usuras nos mercados,
MO
Se de dous ff composta
AR
Se é tão formosa a Luz, por que não dura? que dous ff chega a ter,
FA
67
RC
MA
3
88
30
A
UR
A uma freira que satirizando a delgada
MO
fisionomia do poeta lhe chamou “Pica-Flor“
Se Pica-flor me chamais
DE
Pica-flor aceito ser
O
mas resta agora saber
BI
se no nome que me dais
FA
meteis a flor que guardais
no passarinho melhor.
IO
Se me dais este favor
L
RE
sendo só de mim o Pica
e o mais vosso, claro fica
AU
que fico então Pica-flor.
CO
(Gregório de Matos)
AR
Poesia religiosa
8M
85
A Nosso Senhor Jesus Christo com actos
09
de arrependimento e suspiros de amor
33
Ofendi-vos, Meu Deus, bem é verdade,
88
É verdade, meu Deus, que hei delinquido,
30
Delinquido vos tenho, e ofendido,
Ofendido vos tem minha maldade.
A
UR
Maldade, que encaminha à vaidade,
MO
(Gregório de Matos)
O
68
RC
MA
3
88
30
Inglês
A
UR
Anamnese
MO
semana Focus on the past
DE
2 Looking forward
O
BI
FA
FOCUS ON THE PAST
IO
Formas negativas
L
RE
Para chegar às formas negativas dos verbos no simple past,
AU
Simple past (regra geral) precisamos acrescentar, após o sujeito e antes do verbo
principal, o verbo auxiliar did mais a partícula not, inde-
CO
A maior parte dos verbos em inglês atende às regras apre- pendente do verbo ser regular ou irregular. Observe os
AR
sentadas nesse item, portanto, muita atenção. Quando exemplos:
8M
tratamos de simple past, os verbos da língua inglesa se
desdobram em duas categorias: verbos regulares e verbos to need
85
irregulares. I did not (didn’t) need to be more charismatic than
09
usual.
33
Regular verbs (verbos regulares) (Eu não precisei ser mais carismática do que de cos-
88
tume.)
30
Para obter o passado dos verbos regulares, basta acres-
He didn’t (did not) need to be more skilful.
A
centar o sufixo ED a sua base form (infinitivo sem a partí- UR
cula to), independente de quem seja o sujeito. Observe os (Ele não precisou ser mais habilidoso)
MO
(Ela precisou ser mais cuidadosa.) Para se verter uma frase para a forma interrogativa quan-
AU
Neste aspecto, na língua inglesa se parece com a portu- to). Veja o exemplo a seguir:
8M
To be
83
exemplos a seguir: O verbo to be tem duas formas de passado: was (I, he, she,
30
to go – went (past)
You went to school. (Você estava em casa ontem.)
O
BI
Formas interrogativas
to eat – ate (past)
LIO
I ate the whole pizza. Para chegar às formas interrogativas de passado do verbo
to be, deve-se trocar a posição do verbo com o sujeito da
RE
69
RC
MA
3
88
30
A
UR
Were you at home yesterday? verbo can tem todas as suas formas de passado (incluídas
MO
(Você estava em casa ontem?) as de subjuntivo) concentradas na palavra could com qual-
Was it here four hours ago? quer que seja o sujeito envolvido.
DE
(Aquilo/Isso estava aqui há quatro horas?)
Sophia could play sing very well when she was a child.
O
(Sophia podia cantar muito bem quando ela era
BI
Formas negativas
FA
criança.)
Para chegar às formas negativas do verbo to be no passa-
IO
Used to
L
do, deve-se inserir a palavra not após o verbo. Observe as
RE
contrações possíveis:
As frases grafadas em simple past em inglês usualmente
AU
I was not (wasn’t) at home yesterday. correspondem ao que nós nomeamos como pretérito per-
CO
(Eu não estava em casa ontem.) feito (exs.: joguei, comi, bebi). Para se obter o mesmo sig-
You were not (weren’t)at work yesterday.
AR
nificado das nossas sentenças no pretérito imperfeito (exs.:
(Vocês não estavam no trabalho ontem.) jogava, comia, bebia), a língua inglesa faz uso da estrutura
8M
used to. Observe os exemplos:
85
There to be I used to play basketball very well.
09
(Eu costumava jogar/jogava basquete muito bem.)
33
Assim como no presente, duas formas de passado para o
She used to be a great singer.
88
verbo there to be se apresentam: there was (para passado
(Ela era/costumava ser uma grande cantora.)
30
singular) e there were (para passado plural). Veja os exem-
plos a seguir.
A
UR
There was a restaurant near here. Past continuous
MO
(Havia/Existia um restaurante perto daqui.) Muito parecido com o caso previamente apresentado do
There were many restaurants here. present continuous, o past continuous da língua inglesa é
DE
(Havia/Existiam muitas restaurantes perto daqui.) um tempo verbal utilizado para expressar uma ação que
O
(Havia/Existiam algumas pessoas esperando aqui?) Afirmativa: sujeito + will + verbo (base form)
I will buy a house.
O
BI
70
RC
MA
3
88
30
A
UR
Interrogativa: will + sujeito + verbo (base form)
MO
Will you marry her?
(Você vai casar com ela?)
DE
Will expressa também decisão pessoal súbita, sem progra-
O
BI
mação.
FA
Look that dog! It is very cute. I will buy it!
IO
L
Going to
RE
AU
A estrutura verbal going to é utilizada para expressar um
futuro mais próximo, com data ou preparação já definidos.
CO
Afirmativa: sujeito + to be (present) + going to +
AR
verb
8M
I am going to marry her.
(Eu vou casar com ela.)
85
09
Negativa: sujeito + to be (present) + not + going to
33
+ verb
88
You are not going to buy it!
30
(Você não vai comprar isso!)
A
Interrogativa: to be (present) + sujeito + going to + UR
verb
MO
dências notáveis.
FA
71
RC
MA
3
88
30
Gramática
A
UR
Anamnese
MO
semana Pronomes demonstrativos, possessivos,
DE
3 relativos, interrogativos e indefinidos
O
BI
FA
IO
PRONOMES DEMONSTRATIVOS Exemplo (futuro): Nessa reunião definiremos os pa-
L
RE
râmetros de venda.
AU
Exemplo (passado): Esse aumento da crise ocorreu
Conceito: pronomes que acompanham o substantivo
em todos os países da América do Sul.
CO
para indicar seu lugar no tempo, no espaço ou nas cons-
truções sintáticas. O pronome aquele e suas variantes são utilizados
AR
para indicar tempo passado distante em relação ao
8M
Invariáveis Variáveis momento em que se fala.
85
isto este(s), esta(s) Exemplo: Naquela época ainda havia telefones de
09
isso esse(s), essa(s) rua, chamados de orelhões. / Aquelas praças costu-
33
mavam ser seguras.
aquilo aquele(s), aquela(s)
88
30
Os demonstrativos são utilizados para situar, no espaço e Relações Sintáticas
A
no tempo, a pessoa ou a coisa designada. O aspecto fun- UR
damental dos pronomes demonstrativos é sua capacidade O pronome este e suas variantes são utilizados para
MO
de indicar um objeto sem nomeá-lo. Também evidenciam o anunciar/adiantar o que será dito na sequência frasal
posicionamento de uma palavra em relação a outras pala- ou para remeter a um termo imediatamente anterior
DE
Os pronomes demonstrativos dividem-se em dois gru- blema está neste relatório: ele não dá conta de expli-
FA
Exemplo: Usarei este lápis (aqui) mesmo. retomar um termo, uma ideia ou uma oração já men-
AR
objeto está perto da pessoa a quem se fala. Exemplo: Duas vezes por ano, o Sol atinge sua maior
85
Exemplo: Usarei esse lápis (aí) mesmo. declinação em latitude. Esse fenômeno é conhecido
09
como solstício.
Os pronomes aquele, aquela e aquilo indicam que
3
83
o item/objeto está afastado tanto de quem fala O pronome aquele e suas variantes são utilizados para
8
O pronome este e suas variantes são utilizados para destacam: Pedro e Rogério. Este pela sua organização,
indicar tempo presente em relação ao momento em e aquele pela sua eficiência.
O
BI
que se fala.
FA
72
RC
MA
3
88
30
A
UR
PRONOMES POSSESSIVOS Observação 3: o pronome relativo cujo não realiza
MO
a recuperação de um antecedente, mas aponta para uma
relação de posse com o consequente.
DE
Os pronomes possessivos são palavras que estão ligadas
A mulher cuja a casa foi invadida já está em segurança.
O
às pessoas gramaticais que detêm a posse de uma coisa e,
BI
ao mesmo tempo, acrescentam-lhes a ideia da coisa pos- Observação 4: o pronome quem faz referência a pes-
FA
suída. soas e vem sempre precedido de preposição.
IO
Pronomes Aquele é o sujeito a quem devo muito dinheiro.
L
RE
Número Pessoa
Retos Possessivos
PRONOMES INTERROGATIVOS
AU
1ª eu meu(s), minha(s)
CO
Singular 2ª tu teu(s), tua(s)
AR
3ª ele, ela seu(s), sua(s) São pronomes utilizados nas formulações de pergun-
8M
1ª nós nosso(s), nossa(s) tas diretas ou indiretas. Fazem referência direta aos
Plural 2ª vós vosso(s), vossa(s) pronomes de 3ª pessoa. Os principais pronomes inter-
85
3ª eles, elas seu(s), sua(s) rogativos são que, quem, qual e quanto (e suas
09
33
variações). Entende-se como pergunta direta aquela em
PRONOMES RELATIVOS
88
que o pronome interrogativo é colocado no início do
30
questionamento (temos sinal de interrogação ao final
A
São aqueles que recuperam nomes anteriormente men- da pergunta). Já a pergunta indireta é aquela em que
UR
o pronome interrogativo aparece em outra posição na
MO
Classificação dos
RE
Variáveis
C
quanto(s) quanta(s) onde Percebe-se que o termo alguém refere-se a uma terceira
09
Observação 1: os pronomes que, o(s) qual(is) e atribuir identidade (a informação é vaga, imprecisa).
8
Observação 2: para evitar ambiguidades e outros uns, uma(s), vários, várias, outro(s), outra(s), pouco(s),
problemas de sentido, o pronome relativo onde deve ser pouca(s), algum, alguns, alguma(s), bastante(s) (= mui-
O
BI
utilizado para recuperar lugares físicos/localidades (regiões, to, muitos), demais, mais, menos, muito(s), muita(s),
FA
73
RC
MA
3
88
30
A
UR
Os pronomes indefinidos podem ser classificados como variáveis ou invariáveis.
MO
Variáveis
DE
Singular Plural Invariáveis
O
Masculinos Femininos Masculinos Femininos
BI
FA
algum alguma alguns algumas
nenhum nenhuma nenhuns nenhumas alguém
IO
todo toda todos todas ninguém
L
RE
muito muita muitos muitas outrem
AU
pouco pouca poucos poucas tudo
vário vária vários várias nada
CO
tanto tanta tantos tantas algo
AR
outro outra outros outras cada
8M
quanto quanta quantos quantas
qualquer quaisquer
85
09
33
88
30
A
UR
MO
DE
O
BI
FA
LIO
RE
AU
C O
AR
8M
85
3 09
83
8
30
A
UR
MO
DE
O
BI
FA
LIO
RE
AU
O
74
RC
MA
3
88
30
Interpretação de Textos
A
UR
Anamnese
MO
semana
DE
Figuras de linguagem III e IV
3
O
BI
FA
FIGURAS DE SOM OU DE HARMONIA
IO
Onomatopeia
L
RE
É uma tentativa, na escrita, de se reproduzir efeitos so-
AU
As figuras de som ou de harmonia são aquelas formadas a noros da realidade. Não se trata de uma reprodução fiel do
partir de parâmetros sonoros da língua. som ou ruído, mas sua interpretação aproximada, usando
CO
sons existentes em determinada língua. Trata-se de figu-
AR
Aliteração ra de linguagem muito comum em quadrinhos, por conta
8M
da necessidade de atribuir sons a certos estímulos visuais.
Consiste na repetição de mesmo som consonantal. É uma
Exemplos:
85
figura de linguagem muito comum em textos literários e
Cri cri: o som que emite o grilo.
09
letras de canções. Vejamos um exemplo:
Toc toc: imita o som de alguém batendo na porta.
33
“Vozes veladas, veludosas vozes, Din-don: o som de uma campainha.
88
Volúpias dos violões, vozes veladas,
30
Vagam nos velhos vórtices velozes
FIGURAS DE PENSAMENTO
A
Dos ventos, vivas, vãs, vulcanizadas.” UR
(VIOLÕES QUE CHORAM – CRUZ E SOUZA)
MO
Antítese
FA
(HOJE QUE A TARDE É CALMA E O CÉU TRANQUILO – FERNANDO PESSOA) que a antítese apenas “expõe“ as palavras opostas, sem
AU
E vamos botar água no feijão “Bebo silenciosamente a essas imagens da morte e da vida”
C
Paradoxo ou oximoro
83
publicidade; criam um efeito inesperado na recepção da rias costuma provocar um efeito de estranhamento.
informação, aproveitando a sonoridade muito similar que Exemplos:
MO
existe entre algumas palavras. Exemplos: “Quanto mais trabalhamos mais temos dificuldades fi-
DE
75
RC
MA
3
88
30
A
UR
Eufemismo Exemplos:
MO
Trata-se de uma figura em que se empregam determinadas Ó mar salgado, quanto do teu sal
São lágrimas de Portugal.
DE
palavras, com o objetivo de operar uma suavização de uma
(FERNANDO PESSOA)
mensagem ruim a ser passada.
O
BI
Exemplos: “Seu garçom, faça o favor de me trazer depressa/
FA
“A testemunha faltou com a verdade” = mentiu Uma boa média que não seja requentada.”
“O vigia passou desta para melhor” = morreu (NOEL ROSA)
L IO
RE
Ironia Gradação
AU
Consiste no emprego de uma palavra ou expressão em Consiste em um processo de encadear ideias por meio de
CO
um sentido contrário do que se está pensando, produzindo palavras, remetendo a uma operação sequencial crescente
efeito humorístico, satírico e até mesmo crítico. A ironia é ou decrescente. O processo de gradação pode acontecer
AR
uma figura de linguagem que não deixa transparecer ime- com palavras sinônimas ou não. É um recurso muito usado
8M
diatamente a intenção por trás do que foi expresso. em textos literários para trabalhar as noções semânticas de
85
Exemplos: “clímax” e “anticlímax”.
09
Que rapaz “educado”! Entrou sem cumprimentar nin- Exemplos:
33
guém. (Imaginando que a pessoa tenha entrado no re- De repente o problema se tornou menor, um grão, um cis-
88
co, um quase nada.
cinto sem cumprimentar ninguém no local).
30
Minha irmã sempre se achou bonita, linda, deslumbrante.
Essa reunião foi “pura diversão” (imaginando uma reu-
A
nião que tenha sido extremamente desagradável).
UR
Quiasmo
MO
Figura de linguagem utilizada para provocar um exagero estão no início de um passam para o final de outro, e os do
O
intencional na sentença. É importante frisar que a hipérbo- final para o início. Esse movimento em forma de “X” tem o
BI
“Estou morrendo de sede.” “De certos homens, dizia Sócrates, que não comiam
C
Exemplos:
8
“Essa máquina não está trabalhando direito.” não vai tratar um determinado assunto, mas vai falando
30
ma coisa personificada. Se realiza por meio de vocativo. A Sem querer falar de suas mentiras, mas já falando [...].
O
apóstrofe interrompe a sequência natural do período para Não pretendo aqui lembrar que o réu ajudou muitas pes-
BI
dar destaque à entrada daquilo que foi invocado, podendo soas carentes [...].
FA
ser uma entidade imaginária, ou mesmo o interlocutor do “Não vos direi, pois, senhores, quão grandes e quão afor-
LIO
texto que está sendo lido. tunados foram seus feitos na paz e na guerra, por terra e
RE
76
RC
MA
3
88
30
Literatura
A
UR
Anamnese
MO
semana Padre Antônio Vieira e
DE
3 Arcadismo em Portugal: Bocage
O
BI
FA
IO
PADRE ANTÔNIO VIEIRA Sermão do Bom Ladrão (1655) – traz a distinção
L
RE
irônica entre o “roubar pouco” (pecado) e o “roubar
AU
muito” (virtude).
Um homem de ação Sermão da Primeira Dominga da Quaresma
CO
Jesuíta, missionário, professor, pregador, filósofo e pro- (1653) – também conhecido como “Sermão do Cati-
AR
feta vo“ – defesa dos índios contra os colonos.
8M
É um representante do Barroco colonial (Brasil) e portu-
ARCADISMO EM
85
guês, respectivamente. Viveu cada metade de sua vida
09
em cada um desses países.
PORTUGAL: BOCAGE
33
Foi pregador-régio do rei D. João IV e atuou como di-
88
plomata na França, Holanda e Itália. Era considerado
30
um “ministro sem pasta” do rei.
Por volta de 1661, com a morte do rei, Antonio Vieira
Arcádia
A
UR
Arcádia era uma província da antiga Grécia. Com o tem-
foi perseguido pelo Tribunal do Santo Ofício e proibido
po, se converteu no nome de um país imaginário, criado e
MO
de pregar.
descrito por diversos poetas e artistas, sobretudo do Renas-
DE
suadir os ouvintes.
RE
ou a Virgem Maria) para que não lhe falte inspiração. Tópicos árcades
8
30
campo
Os principais sermões
DE
colonial.
RE
AU
O
77
RC
MA
3
88
30
A
UR
Arcadismo em Portugal Poesia lírica árcade
MO
Olha, Marília, as flautas dos pastores
Influência do Iluminismo
DE
Que bem que soam, como estão cadentes!
Terremoto em Lisboa – D. José Olha o Tejo a sorrir-se! Olha, não sentes
Reformas pombalinas – marquês de Pombal e o despo-
O
Os Zéfiros brincar por entre flores?
BI
tismo esclarecido:
FA
Vê como ali, beijando-se, os Amores
o Expulsão dos jesuítas Incitam nossos ósculos ardentes!
IO
o Estudantes “estrangeirados” Ei-las de planta em planta as inocentes,
L
o Intervenção na universidade As vagas borboletas de mil cores.
RE
Naquele arbusto o rouxinol suspira,
AU
Manuel Maria Barbosa du Bocage Ora nas folhas a abelhinha pára,
CO
Ora nos ares, sussurrando, gira:
Maior expressão do Arcadismo português
AR
Exímio sonetista, herdeiro direto de Luis de Camões Que alegre campo! Que manhã tão clara!
Mas ah! Tudo o que vês, se eu te não vira,
8M
Seu pseudônimo árcade era Elmano Sadino (Manoel
Mais tristeza que a morte me causara.
do Rio Sado)
85
09
Bocage, um poeta camoniano
Poesia lírica pré-romântica
33
Camões, grande Camões, quão semelhante
88
Meu ser evaporei na lida insana Acho teu fado ao meu, quando os cotejo!
Do tropel de paixões, que me arrastava.
30
Igual causa nos fez, perdendo o Tejo,
Ah! Cego eu cria, ah! mísero eu sonhava Arrostar co'o sacrílego gigante;
A
Em mim quase imortal a essência humana. UR
Como tu, junto ao Ganges sussurrante,
De que inúmeros sóis a mente ufana
MO
Ganhe num momento o que perderam anos, Não te imito nos dons da Natureza.
Saiba morrer o que viver não soube.
AU
O
78
RC
MA
3
88
30
Inglês
A
UR
Anamnese
MO
semana Should we continue
DE
3 Perfection
O
BI
FA
SHOULD WE CONTINUE
IO
Should, must,ought to, have to
L
RE
should × must
AU
O termo modal verbs ou somente modals serve para de-
terminar um tipo especial de verbos auxiliares que têm a I think you should go out a little.
CO
capacidade de mudar o sentido de outro verbo que os se- (Eu acho que você deveria sair um pouco.) – uma sim-
AR
gue. Os verbos modais são: can, could, may, might, should, ples sugestão
You must go now.
8M
must, ought to, will, shall e would.
(Você deve/tem que ir agora.) – mais imperativo, qua-
85
se uma ordem
Can/could, may/might
09
33
Expressam capacidade, habilidade, possibilidade, probabi- should × ought to
88
lidade, para pedir e dar permissão e pedir auxílio. Todas as You should relax more.
30
leituras possíveis incluem, no português, o verbo “poder“, (Vocês deveriam relaxar mais.) – mais informal
A
sendo que o verbo can está sempre no presente. Could, You ought to relax more.
UR
além de ser a forma de passado de can, também pode ser (Vocês deveriam relaxar mais.) – mais formal
MO
compreendidos como “poderia“, “poderíamos“ etc.). Todos os verbos desse grupo são verbos auxiliares, ou seja,
O
can × could
FA
In order to achieve your goal you could workon the Would é um verbo auxiliar muito importante, pois equiva-
O
português.
aos finais de semana.) – menos provável, hipotético.
8M
mais tarde.)
30
possibilidade futura, situação hipotética É importante perceber nitidamente as diferenças entre es-
When I was a kid I could play the bass, but I’ve com- tes dois verbos.
O
If you were here, you could talk to us. (Eu gostaria de conhecê-las.)
RE
79
RC
MA
3
88
30
A
UR
shall I have slept very well since I changed room with my
MO
Os usos mais comuns do modal shall estão presentes na- sister.
quelas perguntas de confirmação, os question tags. Veja os (Eu tenho dormido muito bem, desde que eu troquei
DE
exemplos a seguir: de quarto com a minha irmã.)
O
Let’s start, shall we? We have been responsible for her for 5 years.
BI
(Vamos começar?)
FA
(Nós somos/temos sido os responsáveis por ela nos
Shall we dance? últimos 5 anos.) Nós começamos e ainda somos res-
IO
(Vamos dançar?) ponsáveis por ele.
L
RE
Além disso, é possível observar a presença de shall em tex- Ele é utilizado por ações que acabaram de acontecer ou
AU
tos jurídicos ou religiosos: estão quase acontecendo.
Education shall be free. I have just sent you my report.
CO
(A educação será/deverá ser gratuita.) (Eu acabei de te mandar meu relatório.)
AR
You shall not murder.
Rush! The plane has arrived.
8M
(Não matarás.)
(Apresse-se! O avião está chegando).
85
Formas negativas Com as palavras ever (ou never) normalmente expressam-
09
As formas negativas dos modal verbs são obtidas atra- -se experiências de uma vida inteira.
33
vés da adição da palavra not – cannot (can’t); could not Have you ever seen a lion?
88
(couldn’t); may not, might not; should not (shouldn’t);
30
(Você já viu um leão?) Ou seja, desde o nascimento
must not (mustn’t); ought not to; will not (won’t); shall not até o momento da fala.
A
(shan’t); would not (wouldn’t).
UR
No, I have never seen a lion.
MO
can I...?; could I...?; may I...?; might you...?; should you...?;
FA
PERFECTION
RE
Have/has + past participle She has been washing the dishes since she arrived.
8M
O present perfect é um tempo verbal utilizado para expres- (Ela está lavando louça desde que ela chegou.) ou
sar uma ação que começou no passado e cujas consequên- seja, ela não interrompeu a lavagem em nenhum mo-
85
(Eu perdi minha bolsa.) Neste caso, meu passaporte (Eles estão casados há 35 anos.) ou seja, há 35 anos,
8
continua perdido.
30
tarefa.
A definição e o uso são quase os mesmos. Eles servem para
FA
Ele é utilizado para expressar ações que têm se repetido expressar uma ação que está no passado do passado. Ou
LIO
nos últimos tempos. seja, caso se faça necessário expressar duas ações não si-
She has worked a lot recently.
RE
80
RC
MA
3
88
30
A
UR
recente (que aconteceu depois), deve estar no simple past.
Future perfect continuous
MO
Estude os exemplos a seguir. Mesmo que sejam muito mais raros, é possível que você
Don’t be mad! When you arrived work, we had already
DE
encontre os dois tempos acima em textos mais sofisticados,
finished the meeting. portanto, vamos aprender um pouco sobre eles. Ambos são
O
(Não fique bravo! Quando você chegou ao trabalho, usados para expressar ações no futuro que se iniciaram em
BI
FA
nós já tínhamos terminado a reunião). algum ponto do passado.
Portugal and Spain had already signed the Torde- In a near future, Brazil will have hosted the two gre-
IO
silhas treat when Pedro Álvares Cabral arrived in the atest events in the world.
L
RE
Brazilian Coast in 1500. (Em um futuro próximo, o Brazil terá sediado os dois
AU
(Portugal e Espanha já tinham/haviam assinado o maiores eventos do mundo.) – future perfect
tratado de Tordesilhas, quando Pedro Álvares Cabral By 2030, I will have been living for 59 years.
CO
chegou na costa brasileira em 1500). (Quando 2030 chegar, eu terei vivido por 59 anos.)
AR
– future perfect continuous
8M
Past perfect continuous
85
Formas interrogativas
09
Had + been + verb(ing) As formas negativas dos tempos perfeitos são conseguidas
33
O past perfect também pode ser utilizado em sua forma por meio da inversão do verbo auxiliar to have com o su-
88
contínua, e, assim como o present perfect continuous, a jeito da oração.
30
ênfase está na duração e continuidade da ação.
Formas negativas
A
I was short of breath on the phone because I had UR
been running in the park. As formas negativas dos tempos perfeitos são conseguidas
MO
(Eu estava ofegante ao telefone porque eu tinha cor- através da adição do advérbio not junto ao verbo auxiliar
to have, ou em alguns casos por meio da adição do advér-
DE
rived.
FA
81
RC
MA
3
88
30
Gramática
A
UR
Anamnese
MO
semana Numerais, preposições,
DE
4 interjeições e conjunções
O
BI
FA
IO
PREPOSIÇÕES (INVARIÁVEIS)
L
RE
O soldado desabou em combate.
AU
Conectam elementos, podendo estabelecer relação de sen-
CO
tido entre eles. As preposições podem ser divididas em dois verbo intransitivo locução adverbial
(adj. adverbial)
AR
grupos:
8M
Preposições essenciais – são as palavras que só preposição com sentido (ideia de localidade)
funcionam como preposição: a, ante, após, até, com,
85
contra, de, desde, em, entre, para, per, perante, por,
NUMERAIS (VARIÁVEIS)
09
sem, sob, sobre, trás.
33
Preposições acidentais – são as palavras de outras
88
classes gramaticais que, em certas frases, funcionam Quantifica os substantivos. São classificados em:
30
como preposição: afora, como, conforme, consoante, Numeral cardinal (número de origem): dois; sete
A
durante, exceto, mediante, menos, salvo, segundo, visto. UR
Numeral ordinal (ordenação): primeiro; segundo
Numeral multiplicativo (aumento proporcional): dobro;
MO
substantivo.
AU
A gráfica precisará de materiais novos. Vinte e cinco cadeiras serão mais que suficiente.
C O
AR
Preciso de uma mesa de madeira. Advertência: cuidado!, olhe!, atenção!, fogo!, olha lá!,
A
preposição com sentido (ideia de matéria) eita!, eia!, uhu!, que bom!
O
Alívio: ufa!, uf!, arre!, ah!, eh!, puxa!, ainda bem!, nos-
BI
sa senhora!
FA
Apelo: socorro!, ei!, ô!, oh!, alô!, psiu!, olá!, eh!, psit!,
AU
misericórdia!
O
82
RC
MA
3
88
30
A
UR
Silêncio: psiu!, shh!, silêncio!, basta!, chega!, calado!,
Conjunções subordinativas
MO
quieto!, bico fechado!
As conjunções subordinativas ligam duas orações, das
DE
Atenção! A interjeição é criada a partir de outras classes
quais uma é necessariamente dependente da outra, de-
de palavras.
O
sempenhando em relação a esta uma função sintática. São
BI
Cuidado! Você pode se machucar! classificadas como:
FA
é Causais – introduzem a oração que é causa da ocor-
IO
interjeição (que parte do substantivo “o cuidado“)
rência da oração principal: porque, que, pois que, visto que,
L
RE
Ótimo! Vou ficar com todas as peças. uma vez que, porquanto, já que, desde que, como (no início
AU
da frase).
interjeição (que parte do adjetivo “ótimo“) Ele não fez as compras porque não havia trazido a
CO
carteira.
AR
CONJUNÇÕES é Concessivas – introduzem a oração que expressa
8M
ideia de contrariedade parcial em relação ao que está con-
tido na oração principal (uma vez que aquilo que se afirma
85
Conjunções coordenativas na oração principal não está inteiramente desautorizado
09
pela semântica da conjunção): embora, ainda que, apesar
33
As conjunções coordenativas conectam orações sem esta-
de que, se bem que, mesmo que, por mais que, posto que,
88
belecer uma relação de dependência (uma função sintáti-
30
ca). De acordo com um critério lógico-semântico, elas se conquanto.
Embora fosse arriscado, investimos em ações.
A
classificam assim: UR
é Aditivas – estabelecem uma relação de soma, de adi- é Condicionais – introduzem uma oração que indica a
MO
ção entre os termos: e, nem, não só... mas também, não hipótese ou a condição para ocorrência da principal: se,
caso, contanto que, salvo se, a não ser que, desde que, a
DE
Ela não só saiu cedo como também passou na far- Caso precise de algum empréstimo, procure um banco.
BI
mácia.
é Adversativas – estabelecem uma relação de contras- me a conformidade de um fato com outro: conforme, como
LIO
te, de oposição entre os termos: mas, porém, contudo, to- (conforme), segundo, consoante.
RE
davia, entretanto, no entanto, não obstante. As coisas nem sempre ocorrem como queremos.
AU
Tentou vender os livros usados, mas não conseguiu. é Finais – introduzem uma oração que expressa a finali-
O
é Alternativas – estabelecem uma relação de alternân- dade ou o objetivo com que se realiza a principal: para que,
C
Ou você chega logo, ou vou embora para minha casa. rário correto.
85
é Conclusivas – estabelecem uma relação de conclusão é Proporcionais – introduzem uma oração que expres-
09
a respeito de um fato dado no mundo: logo, portanto, por sa um fato relacionado proporcionalmente à ocorrência da
3
83
conseguinte, por isso, assim, pois (depois do verbo e entre principal: à medida que, à proporção que, ao passo que –
8
Estava muito irritado, portanto, preferiu conversar (menos), quanto menos... (mais), quanto menos... (menos).
A
mais tarde.
são resolvidos.
MO
do ou sobre o qual reside alguma incerteza: que, porque, uma circunstância de tempo ao fato expresso na oração
principal: quando, enquanto, antes que, depois que, logo
O
tros rumos.
LIO
RE
AU
O
83
RC
MA
3
88
30
A
UR
que, todas as vezes que, desde que, sempre que, assim que,
MO
agora que, mal (assim que).
Ele nos atendeu assim que começamos a reclamar.
DE
é Comparativas – introduzem orações que expressam
O
ideia de comparação em relação à oração principal: como,
BI
FA
assim como, tal como, como se, (tão)... como, tanto como,
tanto quanto, do que, quanto, tal, qual, tal qual, que nem,
IO
que (combinado com menos ou mais).
L
RE
A seleção fez mais gols hoje que no jogo anterior.
AU
é Consecutivas – introduzem orações que expressam
CO
consequência em relação à principal: de sorte que, de
modo que, sem que (que não), de forma que, de jeito que,
AR
que (cujo antecedente na oração principal seja tal, tão,
8M
cada, tanto, tamanho).
85
Dormiu tanto que ficou com dores no pescoço.
09
33
Conjunções integrantes
88
As conjunções integrantes introduzem as orações subor-
30
dinadas substantivas. Ocorrem com os termos “que” e
A
“se”. UR
Espero que você volte. (Espero sua volta.)
MO
Dica
O
BI
isso
AU
CO
AR
8M
85
309
883
30
A
UR
MO
DE
O
BI
FA
LIO
RE
AU
O
84
RC
MA
3
88
30
Interpretação de Textos
A
UR
Anamnese
MO
semana
DE
4 Semântica: elementos de análise
O
BI
FA
ELEMENTOS DE ANÁLISE I
IO
peixe é hiperônimo de bacalhau, e bacalhau é hipôni-
L
mo de peixe.)
RE
Houve um aumento da gasolina. Esse fato deixou os
AU
A semântica é o campo de estudos linguísticos que cuida brasileiros irritados. (Fato é uma palavra que dá conta
dos significados das palavras e dos textos. Ela está presen-
CO
de aumento da gasolina, portanto, podemos afirmar
te em praticamente todos os outros campos gramaticais que fato é hiperônimo do trecho sublinhado.)
AR
(com exceção dos estudos básicos de fonética e fonologia,
8M
ELEMENTOS DE ANÁLISE II
ligados à ortografia e à acentuação). Pode ter certeza de
que, onde há acepções de sentido, há semântica.
85
09
Além de sua presença em várias áreas da Gramática, a se-
Homonímia
33
mântica possui seus próprios elementos de análise.
Ocorre homonímia quando temos palavras de grafia igual
88
30
ou pronúncia igual, mas com significado diferente. Isso nos
Sinonímia dá três tipos de homônimos:
A
Ocorre sinonímia quando temos palavras com significados UR
idênticos ou muito semelhantes a outras. é Homônimo homófono heterógrafo (pronúncia
MO
para se sentar)
A sinonímia tem forte relação com a paráfrase (possi-
O
criminar (separar) e descriminar (absolver) É dentro do campo da semântica que verificamos também
UR
palavras (palavras que englobam outras ou que são englo- claros, é o estudo da denotação e da conotação que nos
O
badas). As palavras que englobam são conhecidas como permite perceber o quanto os significados podem variar
BI
Comprei um bacalhau para preparar na semana san- Filho, você tem que comer todo seu jantar, ou não terá
LIO
vra mais abrangente, que dá conta de bacalhau e de O piloto fez o adversário comer poeira.
outros diversos peixes, portanto, podemos afirmar que
AU
O
85
RC
MA
3
88
30
A
UR
É possível perceber nas frases apresentadas que o verbo
MO
‘comer’ foi usado com dois sentidos diferentes. Na primei-
ra, temos comer sendo usado na sua acepção mais co-
DE
mum, que é alimentar-se. Já no segundo caso, temos o ver-
O
bo comer sendo usado para “figurar” a ideia de alguém
BI
comendo poeira, mas não porque isso esteja ocorrendo de
FA
verdade, e sim porque se tenta passar a ideia de que o pi-
IO
loto passou tão rápido pelo adversário que levantou poeira,
L
e quem está atrás a teria “comido”.
RE
AU
No primeiro caso, a palavra “comer“ foi usada em seu
sentido dito literal, ou o sentido padrão (primeiro) dessa
CO
palavra. Quando isso ocorre, temos uma palavra em sen-
AR
tido denotativo. Já no segundo exemplo, o verbo “comer“
8M
foi usado em sentido figurado, tentando figurar/represen-
tar uma situação (alguém comendo poeira). Quando isso
85
ocorre, temos uma palavra em sentido conotativo.
09
33
Sentido denotativo
88
30
Como vimos anteriormente, entende-se por sentido de-
notativo o sentido primeiro de uma palavra. Seu sentido
A
UR
básico, de dicionário. Entender bem o funcionamento do
MO
polissêmicos.
AU
Sentido conotativo
C O
amplos de vocabulário.
BI
FA
LIO
RE
AU
O
86
RC
MA
3
88
30
Literatura
A
UR
Anamnese
MO
semana Arcadismo no Brasil, nativismo épico e
DE
4 Romantismo em Portugal
O
BI
FA
IO
ARCADISMO NO BRASIL Tomás Antonio Gonzaga (Dirceu)
L
RE
Influência da experiência pessoal na poesia lírica – “Li-
AU
Contexto histórico ras de Marília de Dirceu“, que retrata poeticamente seu
CO
noivado com Maria Doroteia Joaquina de Seixas.
Ciclo da mineração em Minas Gerais
AR
Representação direta da natureza de Minas Gerais
Chegada do pensamento iluminista e formação de
Lirismo como expressão pessoal – vertente subjetiva
8M
uma sociedade culta
presente na segunda parte das liras
Sociedade escravocrata
85
Lírica pré-romântica: escrita no cárcere locus horren-
09
Revolta de Vila Rica e Inconfidência Mineira
dus, onde o eu lírico confessa sua tristeza, sua amar-
33
gura, após o fim do noivado e a subsequente prisão.
88
Cláudio Manoel da Costa
30
(Glauceste Satúrnio) Lira I (árcade)
A
UR
Autor de “Vila Rica“, poema épico e histórico sobre a Eu, Marília, não sou algum vaqueiro,
Que viva de guardar alheio gado;
MO
fundação da cidade
Foi um grande sonetista, cuja poesia evolui a partir do De tosco trato, de expressões grosseiro,
DE
Inovou ao expressar a identidade colonial por meio E mais as finas lãs, de que me visto.
LIO
Uma alma terna, um peito sem dureza! Ao som dela concerto a voz celeste;
85
Amor, que vence os tigres, por empresa Nem canto letra, que não seja minha,
09
A que dava ocasião minha brandura, Que queres do que tenho ser senhora.
Nunca pude fugir ao cego engano: É bom, minha Marília, é bom ser dono
MO
Temei, penhas, temei; por amor tirano, Vale mais q’um rebanho, e mais q’um trono.
O
87
RC
MA
3
88
30
A
UR
Teu lindo corpo bálsamos vapora. Porém se os justos Céus, por fins ocultos,
MO
Ah! Não, não fez o Céu, gentil Pastora, Em tão tirano mal me não socorrem;
Para glória de Amor igual tesouro. Verás então, que os sábios,
DE
Graças, Marília bela, Bem como vivem, morrem.
Graças à minha Estrela!
O
Eu tenho um coração maior que o mundo!
BI
Leve-me a sementeira muito embora Tu, formosa Marília, bem o sabes:
FA
O rio sobre os campos levantado: Um coração..., e basta,
Acabe, acabe a peste matadora, Onde tu mesma cabes.
IO
Sem deixar uma rês, o nédio gado.
L
RE
Já destes bens, Marília, não preciso:
Nem me cega a paixão, que o mundo arrasta; POESIA ÉPICA
AU
Para viver feliz, Marília, basta
Que os olhos movas, e me dês um riso.
CO
Graças, Marília bela, O Uraguai, de Basílio da Gama
AR
Graças à minha Estrela!
Escrito em decassílabos brancos e estrofes irregulares
8M
Irás a divertir-te na floresta,
Mitologia indígena
Sustentada, Marília, no meu braço;
85
Ali descansarei a quente sesta, Exaltação ao marquês de Pombal
09
Dormindo um leve sono em teu regaço: Crítica dos jesuítas
33
Enquanto a luta jogam os Pastores, Cacambo e Lindoia – heróis indígena
88
E emparelhados correm nas campinas, Baldo e Baldeta – jesuítas (vilões)
30
Toucarei teus cabelos de boninas,
Nos troncos gravarei os teus louvores.
A
Graças, Marília bela, O caramuru, de Frei Santa Rita Durão
UR
Graças à minha Estrela!
MO
ROMANTISMO EM PORTUGAL
LIO
Esprema a vil calúnia muito embora jovens escritores Almeida Garrett e Alexandre Herculano ti-
8M
Enter as mãos denegridas, e insolentes, veram de exilar-se na Inglaterra e na França, onde tomaram
Os venenos das plantas, contato com as obras de Lord Byron, Walter Scott e William
85
O medo perturbador,
30
Que infunde o vil delito. mões“. Com esse poema, introduziu-se o Romantismo em
A
As fúrias infernais, que Pluto move; to romântico: versos decassílabos brancos, subjetivismo,
MO
Mas pode mais que todas nostalgia, melancolia e a grande combinação dos gêneros
Um dedo só de Jove. literários.
DE
88
RC
MA
3
88
30
A
UR
Gerações do Romantismo português Camilo Castelo Branco
MO
Nos anos caóticos de lutas entre liberais e conservadores, Camilo concentrou seus esforços profissionais na car-
DE
os românticos foram, pouco a pouco, implementando as reira de escritor, fonte de seu sustento. Sua vasta obra
compreende as temáticas com foco no mistério, nas
O
reformas literárias que modificariam o quadro estético ne-
BI
oclássico português. O Romantismo português conheceu questões históricas e na crítica aos costumes.
FA
três momentos distintos. A novela camiliana atende ao gosto popular, com
IO
predomínio do Ultrarromantismo e do passionalismo,
L
Primeira Geração traço distintivo e força artística. O mundo é frustrado
RE
sob o ângulo das grandes paixões: Carlota Ângela
AU
A Primeira Geração (Almeida Garrett e Alexandre Hercula-
(1858); Amor de perdição (1863); Amor de salvação
no), entre os anos de 1825 e 1840, muito contribuiu para
CO
(1864); A doida do Candal (1867); O retrato de Ricar-
a consolidação do liberalismo no país.
AR
dina (1868).
A obra que rompe com as características típicas do
8M
Almeida Garrett
romantismo é Coração, cabeça e estômago, livro que
É um dos principais escritores do Romantismo portu-
85
realiza uma crítica aos costumes como numa anteci-
09
guês.
pação ao Realismo.
33
Em 1832, participou do cerco à cidade do Porto, em-
88
preendido pelos liberais.
Terceira Geração
30
Escreveu romances, poesia e teatro.
A
Viagens na minha terra é um relato-personagem que A Terceira Geração (Júlio Dinis), de transição para o Re-
UR
registra o pitoresco da terra natal. Trata-se de um mis- alismo, marcou presença nos anos de 1860. Nesses três
MO
to de diário, literatura de viagens, reportagens e ficção, momentos, a poesia, o romance, o teatro, a historiogra-
cujo fio narrativo é uma viagem de Lisboa a Santarém. fia e o jornalismo se desenvolveram de forma inédita em
DE
Júlio Dinis
FA
Assim como Garrett, engajou-se na luta ao lado dos alistas, em que a oralidade e os comportamentos ob-
AU
romântico de busca da realidade ideal para o país processo de redenção nas conclusões de suas tramas.
AR
mediante a reconstituição das formas sociais mais sig- Suas principais obras são: As pupilas do senhor rei-
8M
nificativas de sua história. Esse historicismo tem sua tor (1867); A morgadinha dos canaviais (1868); Uma
85
origem no Romantismo histórico e social do escritor família inglesa (1868); Serões da província (1870);
09
inglês Walter Scott e do francês Victor Hugo. Os fidalgos da casa mourisca (1871); Poesias (1873);
3
Segunda Geração
FA
89
RC
MA
3
88
30
Inglês
A
UR
Anamnese
MO
semana Prepositions
DE
4 Don’t forget
O
BI
FA
PREPOSITIONS
IO
Prepositions para posições
L
RE
Aqui vamos nos ater para o uso de prepositions em relação
AU
Prepositions de relação aos níveis hierárquicos de posições. Vamos escaloná-los da
seguinte forma: ABOVE, ON, IN, UNDER, BELOW.
CO
Prepositions são palavras que, como o próprio nome diz,
AR
antecede algum pronome ou substantivo. As preposições ABOVE é utilizado para indicar o que está no alto em opo-
sição ao BELOW é utilizado para indicar aquilo que está
8M
são utilizadas para associar algum conceito ao termo que
está ligado. por baixo. ON também indica posição superior assim como
85
UNDER indica posição inferior. No entanto, ON e UNDER
09
A exemplo da grande maioria dos temas estudados em diferenciam-se e ABOVE e BELOW pois ambos são usa-
33
uma língua estrangeira, a tradução pura e simples pode dos quando há alguma superfície de referência, de acordo
88
ocasionar uma confusão com a perda do sentido dos con- com o exemplo:
30
ceitos, mesmo quando a tradução parece simples e direta. The Book is ON/UNDER the table.
Para evitar dúvidas, vamos analisar as prepositions presen-
A
The plane is ABOVE us.
UR
tes na Língua Inglesa divididas em grupos por uso e con- The submarine is BELOW the sea.
MO
Prepositions in / on / at para tempo e espaço Outras referencias de posição: AROUND, AMONG, BE-
TWEEN, BEFORE e AFTER.
O
quando refere-se a tempo ou lugar. Nestes casos , IN refe- AROUND: é utilizado para indicar proximidade ou apro-
FA
específico, podendo ser diagramado desta forma : She lives AROUND here.
(Ela mora por aqui/aqui perto.)
RE
Lugar Tempo
AMONG: utiliza-se para indicar algo que está no meio de
AU
Ruas e avenidas ON (Estou muito feliz de estar aqui entre meus amigos.)
semana, datas
8M
exata, feriados
Can you see me? I am here BETWEEN gates 7 and 8.
09
Exemplos:
3
I live in Brazil.
I hope solving this BEFORE monday.
8
Exceções:
A preposition OVER tem larga utilização. O primeiro con-
BI
Quando referimo-nos aos períodos do dia, o uso é diferen- ceito a se associar a OVER é a ideia de acima do limite ou
FA
In the morning at night zada para posição superior de forma muito semelhante ao
RE
90
RC
MA
3
88
30
A
UR
This painting should be placed OVER my bed. THROUGH (THRU): utiliza-se para expressar movimento:
MO
(Este quadro/pintura deve ser colocado em cima da Walk THROUGH the door, please.
minha cama.) (Vá por aquela porta, por favor.)
DE
I will lay me down like a bridge OVER troubled waters.
TRHOUGHOUT: utiliza-se para expressar períodos de
O
(Eu me estenderei ao eu lado como uma ponte sobre
tempo
BI
águas turbulentas.)
FA
The flu epidemic scared the population THROUGH-
TOUT the last century.
IO
Prepositions de relação (A epidemia de gripe apavorou a população no decor-
L
RE
Aqui surgem algumas preposições que costumam confun- rer do último século.)
AU
dir pois a tradução não auxilia. Vamos mais uma vez nos DURING: utiliza-se para expressar períodos de tempo.
prender aos conceitos:
CO
The houses on the hill were destroyed during the last
TO: refere-se a destino rain.
AR
I am going TO Bahia. (As casas na colina foram destruídas durante a última
8M
(Estou indo para a Bahia.) chuva.)
85
FOR: refere-se a período de tempo SINCE: utiliza-se para expressar origem ou início.
09
They lived FOR twenty years. I work here SINCE 2015.
33
(Eles viveram por vinte anos.) UNTIL: utiliza-se para indicar limite de tempo.
88
Don’t start UNTIL everyone arrives.
30
Antes de PRONOME ou SUBSTANTIVO, usa-se FOR. Antes
de VERBO, usa-se TO. (Não comecem até que todos cheguem.)
A
UR
FROM: usado sempre para origem TOWARDS: utiliza-se para expressar direção ou intenção.
MO
I am FROM Brazil Please walk TOWARDS him to get what are you
(Eu sou do Brasil.) looking for.
DE
ON:
AR
WITH: utiliza-se para indicar companhia, proximidade (Jack estava cansado e desabou em sua cama.)
I can prepare the samples WITH this equipment.
85
to.)
83
Go UP the stairs then you can take the bus there. Indefinite pronouns
DE
DOWN: utiliza-se para indicar movimento descendente. guintes: some, any, every, no e none.
FA
91
RC
MA
3
88
30
A
UR
Any o qualquer (em frases negativas, nenhum, nada, Caso 2
MO
ninguém)
Simple Past combinado com WOULD
Any student knows the answer for that question.
DE
If I were you I would take long vacations.
(Qualquer estudante sabe a resposta para esta pergun-
I had no idea whether you were American or Canadian.
O
ta,)
BI
Caso 3
Every o tudo, todas, todos
FA
Every country has its weaknesses. Past Perfect combinado com WOULD
IO
(Todo país tem suas fraquezas.) If I had seen that movie I would have told you.
L
RE
Whether she had quit her job or not she wouldn´t tell
No o Não
us.
AU
We have no time for this.
CO
(Nós não temos tempo para isso.) Causative
AR
None o Nenhum, nada, ninguém (como substantivo) De forma bastante sucinta, é possível afirmar que o causa-
Half meal is better than none.
8M
tive form da língua inglesa é uma maneira de expressar o
(Meia refeição é melhor do que nenhuma.) que ou quem causou algo, ou que provocou uma mudança
85
de estado. Para a maioria dos brasileiros, a tradução literal
09
DON’T FORGET causa um certo “estranhamento”, sem no entanto com-
33
prometer sua compreensão.
88
30
Imperative Observe o exemplo abaixo.
I had my hair cut yesterday. (Eu tive o meu cabelo cor-
A
O imperative mood corresponde, com bastante semelhan- UR
tado ontem.)
ça, ao modo imperativo do português. Porém, quando
MO
comparadas, as estruturas correspondentes em inglês são Muito comumente, um falante de língua portuguesa evi-
taria tal forma, dando preferência para algo como: cut my
DE
comandos e até mesmo pedidos. A sentença anterior não faria sentido em inglês, a menos
FA
Imperative affirmative que você mesmo tenha sido o responsável pelo seu corte
de cabelo.
LIO
Do it!
(Faça isso) Seguem mais exemplos:
RE
Forget about your dreams. She always has her car fixed by the mechanic.
AU
(Esqueça seus sonhos.) (Ela sempre tem seu carro consertado pelo mecânico. –
O
Don’t do it!
(Você precisa arrumar alguém para ter isso feito. ou
8M
Caso 1
BI
Simple present combinado com futuro before (antes); if (se); until (até)
If you eat too much, you will feel sick. Call me when/as soon as she gets home. (Ligue-me
LIO
I don´t care whether you will visit us or not. quando / assim que ela chegar em casa)
RE
filme acabar)
O
92
RC
MA
3
88
30
Gramática
A
UR
Anamnese
MO
semana Período simples:
DE
5 termos essenciais e termos integrantes
O
BI
FA
IO
TERMOS ESSENCIAIS Ações são vendidas.
L
RE
AU
subst. (sujeito paciente) verbo ser + verbo particípio
Sujeito
CO
índice de indeterminação do sujeito
Termo responsável sobre a ação do predicado
AR
Termo que concorda com o verbo Precisa-se de técnicos em informática. (VTI + partícula ”se”)
8M
85
Sujeito determinado VTI
09
a) Sujeito simples – apenas um núcleo No casamento, sempre se fica nervoso. (VL + partícula ”se”)
33
Os meninos estão gripados.
88
30
índice de ind. VL
do sujeito
A
sujeito simples (substantivo/nome) UR
b) Sujeito composto – mais de um núcleo
MO
verbo impessoal
RE
Sujeito indeterminado
C
AR
referências anteriores)
Podem me chamar de idiota.
85
Eles é Eles quem? / Quem são eles? c) Haver ou fazer como tempo decorrido.
83
Vendem-se ações.
BI
Está frio.
LIO
93
RC
MA
3
88
30
A
UR
Predicado TERMOS INTEGRANTES
MO
Termo que sempre comporta o verbo.
DE
Termo que declara algo sobre o sujeito. Objeto direto (OD)
O
BI
Predicado verbal (PV) Complemento verbal sem preposição
FA
Verbos de ação (VTD, VTI, VTDI e VI) sem marcas qua-
IO
lificativas (predicativos).
L
O agricultor cultiva o solo.
RE
VI
AU
O ônibus partiu mais cedo. (PV)
VTD subst. (nome) – complemento (OD)
CO
VTI
AR
O ambiente precisa de uma limpeza. (PV)
8M
O agricultor o cultiva.
Predicado nominal (PN)
85
VTD
09
Verbos de ligação com marca qualificativa (predicativo pronome oblíquo – complemento (OD)
33
do sujeito).
88
Objeto indireto (OI)
30
O enfermeiro parece exausto. (PN)
A
Complemento verbal com preposição
UR
pred. do sujeito
MO
VTI
pronome oblíquo – complemento (OI)
O
pred. do sujeito
AR
Objeto pleonástico
8M
nome oblíquo
3 09
83
8
94
RC
MA
3
88
30
A
UR
Agente da passiva
MO
Os fiéis amam a Deus sobre todas as coisas. Complemento de verbos na voz passiva
DE
subst. próprio contribui para a) Voz ativa (sujeito pratica ação)
O
VTD prep. ativação do fenômeno
BI
(OD preposicionado)
FA
VTD
IO
O Estado cedeu os documentos.
L
O chefe elogiou a todos.
RE
subst. (OD)
AU
pronome contribui para subst. (sujeito)
VTD prep. ativação do fenômeno
CO
b) Voz passiva (sujeito sofre ação)
(OD preposicionado)
AR
8M
Os meninos comeram do bolo. Os documentos foram cedidos pelo Estado.
85
sentido partitivo agente da
09
VTD prep. (OD preposicionado) subst. verbo ser + prep. passiva
33
88
(sujeito paciente) particípio
Complemento nominal (CN)
30
A
Complementos de elementos não verbais UR
MO
subst. (nome) –
O
substantivo
AU
subst. (nome)
85
adjetivo
UR
95
RC
MA
3
88
Interpretação de Textos
30
A
UR
Anamnese
MO
semana Semântica: recursos para interpretação
DE
5
O
BI
FA
IO
Grande parte dos vestibulares, hoje em dia, trabalha suas Identificar: ato de distinguir ou ter a capacidade de
L
questões de compreensão textual a partir de determinados reconhecer (alguém, alguma coisa ou um argumento),
RE
comandos, ativados especialmente por comandos verbais. sendo capaz de expressar ou evidenciar suas particu-
AU
Desse modo, conhecer bem o que cada verbo nos aponta laridades.
CO
enquanto relação de sentido pode nos ajudar a realizar um
Explicitar: ato de retirar a ambiguidade, retirar o du-
processo de interpretação mais efetivo, sem que precise-
AR
plo sentido, de fazer com que algo se torne explícito e
mos ficar presos à multiplicidade de dados que nos traz
8M
claro.
uma questão. Vamos, primeiramente, relembrar os coman-
Reconhecer: ato de observar um elemento verbal ou
85
dos verbais:
09
não verbal a fim de distinguir algum detalhe através de
Analisar: ato de averiguar, estudar ou explorar algu-
33
certos caracteres.
ma coisa de maneira minuciosa, com riqueza de de-
88
talhes – só aceitará a proposta depois de analisar as Contextualizar: ato de mostrar as circunstâncias que
30
possibilidades. Comentar criticamente; subjugar ou estão ao redor de um fato, acontecimento, situação.
A
criticar. Fazer uma apreciação ou julgamento de algo, Entender ou interpretar algo tendo em conta as cir-
UR
alguém ou de si mesmo – antes de falar do outro, você cunstâncias que o rodeiam, colocando num contexto.
MO
mo verificar como as informações de um texto “conver- ras verbais. Ou seja, o segredo para conseguir realizar uma
FA
sam” com informações contidas em alternativas. interpretação de textos eficiente estaria em conseguir com-
preender a semântica do verbo que conduz o enunciado
LIO
respeito de algo. texto. Para que haja uma maior eficácia em sua prática
O
Comparar: ato de estabelecer relações entre dois ou disposição do enunciado, é possível identificarmos de que
85
Explicar: ato de fazer com que algo fique claro e com- bastante para que realizemos de forma mais precisa nos-
A
preensível; descomplicar uma ambiguidade. sas interpretações de texto. Não podemos nos esquecer de
UR
96
RC
MA
3
88
Literatura
30
A
UR
Anamnese
MO
semana Romantismo no Brasil:
DE
5 três fases da poesia e prosa romântica
O
BI
FA
AS GERAÇÕES POÉTICAS
IO
Segunda Geração
L
RE
DO ROMANTISMO
Marcada pelo “mal do século”, apresenta egocentrismo
AU
exacerbado, pessimismo, satanismo e atração pela morte.
Foi bem representada por Álvares de Azevedo, Casimiro de
CO
Tradicionalmente, são apontadas três gerações de escrito- Abreu, Fagundes Varela e Junqueira Freire.
AR
res românticos. Essa divisão, contudo, compreende, princi-
8M
palmente, os autores de poesia.
Álvares de Azevedo
85
Os romancistas não se enquadram muito bem nessa divi-
Álvares de Azevedo (1831-1852) é o principal nome da
09
são, uma vez que suas obras apresentam traços caracterís-
geração ultrarromântica de nossa poesia. Paulista, fez os
33
ticos de mais de uma geração.
estudos básicos no Rio de Janeiro e cursava o quinto ano
88
de Direito, em São Paulo, quando sofreu um acidente (que-
30
Primeira Geração da de cavalo), cujas complicações o levaram à morte, antes
A
Nacionalista, indianista e religiosa, com destaque pra Gon- de completar 21 anos.
UR
çalves Dias e Gonçalves de Magalhães. O escritor cultivou a poesia, a prosa e o teatro. Os sete
MO
Gonçalves de Magalhães apenas quatro anos, período em que era estudante uni-
versitário. Além disso, o autor também se utilizou constan-
O
Gonçalves de Magalhães (1811-1882) foi o iniciador do temente da ironia, empregada pelo poeta como recurso
FA
Romantismo na literatura brasileira. Sua meta foi imple- para quebrar a noção de ordem e abalar as convenções do
mundo burguês.
LIO
Além dele, há também o poema indianista I – Juca Pirama, ticos mais populares. Natural de Barra de São João, no Rio
de Janeiro, escreveu a maior parte de sua obra poética, Pri-
MO
numa festa canibal. Pelo amor ao pai, já velho e cego, o da poesia romântica, Casimiro contribuiu para desanuviar
o ambiente noturno que Álvares de Azevedo deixara ao
O
cuidar do pai. Julgando-o um covarde, o chefe timbira de- morrer, sete anos antes.
FA
97
RC
MA
3
88
30
A
UR
Terceira Geração José de Alencar
MO
Formada pelo grupo condoreiro, desenvolve uma poesia de José de Alencar (1829-1877) foi o principal romancista
DE
cunho político e social. A maior expressão desse grupo é brasileiro da fase romântica. Sua vasta produção literária
compreende vinte romances, oito peças de teatro (como
O
Castro Alves. Durante o Segundo Reinado, os românticos
BI
foram firmando o projeto de uma literatura autenticamen- Mãe e O jesuíta, encenadas à época), crônicas, escritos po-
FA
te nacional, liberta da portuguesa. Houve três momentos líticos e crítica literária. Em razão da abrangência de seus
IO
no desenvolvimento da poesia romântica brasileira, cujos romances, eles foram classificados de acordo com o tema.
L
poetas reúnem distintas gerações com características em Romances indianistas: O guarani (1857); Iracema
RE
comum. (1865); Ubirajara (1874).
AU
Romances regionalistas: O gaúcho (1870); O tron-
CO
Castro Alves co do ipê (1871); Til (1871); O sertanejo (1875).
AR
Castro Alves (1847-1871), o “poeta dos escravos”, é
Romances históricos: As minas de prata (dois vo-
8M
considerado a principal expressão condoreira da poesia
lumes: 1865 e 1866); Guerra dos mascates (dois vo-
brasileira. Nascido em Curralinho, hoje Castro Alves (BA),
85
lumes: 1871 e 1873); Alfarrábios (1873, composto de
estudou Direito em Recife e em São Paulo. Na evolução
09
O garatuja, O ermitão da Glória e A alma de Lázaro).
da poesia romântica brasileira, sua obra representa um
33
momento de maturidade e de transição. Maturidade em Romances urbanos (ou “perfis de mulheres”):
88
relação a certas atitudes ingênuas das gerações anteriores, Cinco minutos (1856); A viuvinha (1857); Lucíola
30
como a idealização amorosa e o nacionalismo ufanista, (1862); Diva (1864); A pata da gazela (1870); Sonhos
A
substituída por posturas mais críticas e realistas. Transição d’ouro; Senhora (1872); e Encarnação (1877).
UR
porque a perspectiva mais objetiva e crítica com que trata a
MO
pumas flutuantes e A cachoeira de Paulo Afonso; a poesia da época. A obra se articula a partir de alguns fatos essen-
FA
épica: Os escravos; e o teatro: Gonzaga ou Revolução de ciais: a devoção e fidelidade do índio goitacá Peri a Cecília;
LIO
Minas. Seus poemas tratavam das questões sociais, da arte o amor de Isabel por Álvaro e o amor deste por Cecília.
engajada e também da temática lírica. A morte acidental de uma índia aimoré, provocada por
RE
Nas décadas que sucederam a Independência do Brasil, os volve a lenda da fundação do Ceará e a história de amor
85
romancistas se empenharam no projeto de construir uma entre a índia Iracema e o português Martim. Guardadora
09
cultura brasileira autônoma, que exigia dos escritores o re- dos segredos da Jurema, Iracema faz um voto de castidade,
3
gua, das nossas tradições e diferenças regionais e culturais. Abandona sua tribo e segue com ele. Dá à luz um filho
30
Nessa busca, o romance se voltou para os espaços nacio- – Moacir –, símbolo do homem brasileiro miscigenado.
A
UR
nais, identificados como a selva, o campo e a cidade, que Martim tem de partir para Portugal por um longo tempo.
deram origem, respectivamente, ao romance indianista e Quando regressa, encontra Iracema à morte. Enterra-a ao
MO
histórico (a vida primitiva), ao romance regional (a vida ru- pé de uma palmeira e retorna a Portugal, levando consigo
DE
O mais fértil ficcionista romântico brasileiro foi o cearense Til (1871), romance regionalista em que o narrador utili-
BI
José Martiniano de Alencar (1829-1877), cuja meta era za descrições pormenorizadas da região e de cenários em
FA
formar uma literatura nacional autêntica, que rompesse os torno do rio Piracicaba. A história do romance gira em tor-
LIO
vínculos com a lusitana e retratasse a realidade brasileira. no do misterioso nascimento de Berta, uma jovem muito
Esse objetivo foi alcançado. bondosa e bonita que mesmo sendo uma típica heroína
RE
98
RC
MA
3
88
30
A
UR
quem quer bem. Por trás de tudo isso, o romance mostra Com O cabeleira, inaugurou um dos veios mais férteis de
MO
uma visão patriarcal e senhorial presentes no Brasil escra- nossa ficção regional. Trouxe à tona problemas até então
vista e patriarcal. Os preconceitos de classe e as relações de pouco conhecidos em outras regiões do país, como o ban-
DE
poder são enfocadas na obra. ditismo, o cangaço, a seca, a miséria, as migrações, mais
O
tarde retomados e aprofundados por Graciliano Ramos,
Senhora (1875), romance urbano, é uma das últimas
BI
José Lins do Rego e Jorge Amado.
FA
obras escritas por Alencar. Ao tematizar o casamento como
forma de ascensão social, o autor deu início à discussão
IO
sobre certos valores e comportamentos da sociedade ca-
Joaquim Manuel de Macedo
L
RE
rioca da segunda metade do século XIX. Aurélia Camargo Foi autor do primeiro romance brasileiro propriamente dito,
AU
é uma moça pobre e órfã de pai, noiva de Fernando Seixas, A moreninha (1844), depois de algumas tentativas malsu-
bom rapaz, que ambiciona ascender socialmente. Em razão cedidas no gênero. Embora formado em Medicina, Macedo
CO
disso, troca Aurélia por outra moça de dote mais valioso. se dedicou ao jornalismo e à política. A moreninha confe-
AR
Aurélia passa a desprezar todos os homens. Eis que, com a riu-lhe ampla popularidade, mantida com a publicação de
8M
morte de uma avó, torna-se milionária, e consequentemen- outros romances.
te, uma das mulheres mais cortejadas do Rio de Janeiro.
85
Como vingança, manda oferecer a Seixas um dote de cem Manuel Antônio de Almeida
09
contos de réis, sem revelar seu nome, que seria conhecido
33
Como escritor, produziu uma única obra. O descompro-
só no dia do casamento. Seixas aceita e se casa. Na noite
88
misso com o sucesso e um grande senso de humor lhe
de núpcias, Aurélia revela-lhe seu desprezo. Seixas cai em
30
permitiram criar uma das obras originais do Romantismo
si e percebe o quanto fora vil em sua ganância.
brasileiro: Memórias de um sargento de milícias.
A
UR
Outros autores da prosa
MO
romântica brasileira
DE
Bernardo Guimarães
O
BI
Visconde de Taunay
AR
8M
Franklin Távora
UR
MO
99
RC
MA
3
88
Inglês
30
A
UR
Anamnese
MO
semana Picture round
DE
5 Are you the one who understands?
O
BI
FA
CARTOONS AND COMIC STRIPS
IO
How giant sea spiders may survive in warming
L
oceans
RE
(CARTUNS E TIRINHAS)
AU
April 14, 2019
CO
The strange creatures’ adaptations to the cold of the
Há um tempo considerável os vestibulares no Brasil usam
Antarctic Ocean may also help them as their habitats heat
AR
e abusam dos cartuns e tirinhas em praticamente qualquer
up.
8M
disciplina: biologia, física, química, matemática, história,
geografia, sociologia, filosofia, língua portuguesa e, é claro, Sea spiders are abundant in waters across the globe, and
85
língua inglesa. O interesse dos vestibulares por esse tipo most are so small that you could hold one on the tip of
09
específico de linguagem é de fácil explicação. Os trabalhos your pinkie. But in the swirling waters around our planet’s
33
de cartunistas e quadrinistas é abundante de qualidades, icy poles, these spiders are giants. If you held the largest of
88
tais como originalidade, conteúdo histórico, sociológico e these creatures, its gangly legs would just dangle off the
30
geográfico, humor, beleza e principalmente concisão. Um palm of your hand.
A
bom cartum é capaz de, em poucos movimentos, transmitir UR
Antarctic sea spiders got so big because some 30 million
mensagens e promover reflexões que exigiriam páginas e
MO
years ago, the Southern Ocean got cooler. This trait, known
páginas de textos para alcançar o mesmo resultado. as polar gigantism, is thought to be essential to why they
DE
Contudo, existem alguns pressupostos que devem ser and many other cold-dwelling invertebrates of unusual size
observados quando você estiver lidando com cartuns e managed to survive.
O
BI
tirinhas cômicas, não importando a quais habilidades ou Researchers wondered what allowed animals like these to
FA
competências elas estejam ligadas. reach such gigantic sizes. They also want to know what will
LIO
1st step o Não subestime um quadrinho. É bastante co- happen as the waters they inhabit continue to get warmer,
because it’s thought that extremely cold water marine
RE
possivelmente porque quadrinhos estão normalmente liga- making them particularly vulnerable to global warming.
O
plexidade, quadrinhos podem exigir múltiplas habilidades Society B, a team of scientists challenged giant sea spiders
para sua compreensão total.
8M
Observing how many times they could make the spiders flip
mente exigir conhecimentos específicos, mas mesmo se o
3
texto em um quadrinho estiver escrito em russo ou corea- and decreasing oxygen, they discovered that the key was
8
lhes da linguagem não textual do quadrinho apresentado. bodies by absorbing the abundant oxygen packed into cold
MO
3rd step o Entenda a piada. A esmagadora maioria dos waters. It turns out this helps them get oxygen during hot
quadrinhos foi escrita principalmente para divertir o leitor. workout sessions, too, suggesting they may find a way to
DE
Deste modo, tente entender o que os exames de vestibular survive as their habitats heat up.
O
chamam de “efeito cômico” apresentado pelo quadrinho, “We thought the giant spiders are going to be the first to
BI
ou seja, a piada. Você pode até achar que a piada é sem disappear from the Antarctic Ocean,” said Caitlin Shishido,
FA
graça ou mesmo boba, mas se por algum acaso você não a a doctorate student at the University of Hawaii at M¯anoa
LIO
100
RC
MA
3
88
30
A
UR
But “they may actually be O.K. as these oceans warm,” she I always buy products that/which respect the
MO
added: “It’s like Jurassic Park: ‘Life finds a way.’” environment. (Eu prefiro produtos que respeitam o
meio ambiente.)
DE
Sea spiders, a kind of marine arthropod called a
pycnogonida, are bizarre. They have no lungs, no gills – no Whom o Também se refere às pessoas e é de uso obriga-
O
organs for breathing at all. They get oxygen by just sitting tório após preposições.
BI
FA
there, allowing it to pass through the pores of their shell-
She’s the woman to whom I gave my money. (Ela é a
like skin, called the cuticle.
IO
mulher a quem eu dei meu dinheiro.)
L
Oxygen supply and demand limits the size of most animals.
RE
Where o Refere-se aos lugares.
But in cold water, where oxygen is packed more tightly
AU
together and animals have slower metabolisms, abundant Singapore is the city where the olympics should take
place. (Cingapura é a cidade onde os Jogos Olímpicos
CO
fuel allows them to grow big – with leg spans more than
two feet. deveriam acontecer.)
AR
Whose o É muito similar ao pronome “cujo“. Deve ser
8M
RELATIVE PRONOUNS utilizado quando apresentar-se uma relação de posse entre
85
os substantivos que o cercam.
09
O estudo dos relative pronouns da língua inglesa guarda Choose the books whose prices are lower than $10.
33
bastante semelhança com o estudo dos pronomes relati- (Escolha os livros cujos preços são inferiores a $10.)
88
vos da língua portuguesa, porém, este é um dos poucos
30
What oTem função de substantivo (o que).
assuntos no qual a língua de Shakespeare apresenta mais
A
complexidade do que a de Camões. Tell me exactly what he needs. (Diga-me exatamente
UR
do que ele necessita.)
MO
pelos quais, dos quais) quase sempre dá conta do recado. Os relative pronouns introduzem dois tipos de cláusulas
FA
O livro que foi escrito pelo autor. relativas: defining e non-defining. As cláusulas definidoras
LIO
O autor que escreveu o livro. (tradução livre) fornecem informações vitais sobre o item
RE
sa existem pronomes relativos diferentes para referências Contact the lawmakers who approved the new regula-
AR
diferentes. São eles: tion. (Entre em contato com os legisladores que apro-
8M
Não pode ser utilizado após preposições. Mrs. Dalloway is the lawmaker who/that she voted for.
09
pronome é omitível.
83
mais etc.
sencial. Neste caso, essa informação extra aparece entre
UR
I prefer products which respect the environment. (Eu vírgulas e pode ser inteiramente omitida.
MO
That o É uma espécie de “coringa”, podendo substituir of his years in the USA. (Albert Einstein, que era de fato
tanto o “who“ quanto o “which“. Entretanto, não deve ser alemão, passou muito de seus anos nos EUA.)
O
BI
There goes the man that/who lives next door. (Ali vai o (Albert Einstein passou muito de seus anos nos EUA.)
LIO
101
RC
MA
3
88
30
A
UR
DEMONSTRATIVE PRONOUNS HOW MOSQUITOES SNIFF
MO
OUT YOUR SWEAT
DE
This o isto, esta, este
That o aquilo, aquele, aquela
O
Scientists have isolated a receptor that helps the
BI
These o estes, estas, essas
FA
Those o aqueles, aquelas bloodthirsty insects find you.
IO
This procedure is extremely painful. (Este procedimento March 29, 2019
L
RE
é extremamente doloroso.) It’s actually very difficult to attract mosquitoes.
These procedures are painless. (Estes procedimentos
AU
It may not feel that way on a warm and sticky summer
não causam qualquer dor.)
night. But every time a mosquito sneaks up to an animal
CO
That surgery was very expensive. (Aquela cirurgia foi
thousands of times its size to feed, it is trying to pull off
AR
muito cara.)
something extremely dangerous, said Matthew DeGennaro,
Those surgeries weren’t expensive. (Aquelas cirurgias
8M
a mosquito geneticist and professor at Florida International
não foram caras.)
University. The right cues – a whiff of exhaled carbon
85
Com alguma frequência, os pronomes acima relacionados dioxide, warmth, a bit of body odor, other mysterious
09
aparecem em questões de referência de pronomes.
33
elements of animal smell – have to be there, or mosquitoes
88
The surgeons performed a very accurate operation. That won’t take the risk.
30
saved her life. (Os cirurgiões realizaram uma operação To design traps that could lure mosquitoes, scientists
A
muito precisa. Isto [a cirurgia] salvou a vida dela.) would love to know how they are picking up on these
UR
cues. In a paper published Thursday in Current Biology, Dr.
MO
distintas em língua inglesa. Ele pode ter função de mosquito’s antennae that allows the insects to detect lactic
pronome relativo ou demonstrativo. Tenha esta in-
O
I was asked to give you only that book. (Pedi- working in the lab of Leslie Vosshall at Rockefeller
RE
ram-me que te desse apenas aquele livro.) University, identified another odor receptor mosquitoes
This is the book that I was asked to give you.
AU
Outros pronomes normalmente encontrados em as carbon dioxide was floating around. That suggested
AR
questões sobre referência de pronomes: that other receptors, presumably ones that detect carbon
8M
Another(s) o Mais uma, mais um, outro, outra. Dr. DeGennaro and his colleagues went in search of these
09
was not yet clear. The researchers put mosquitoes that had
83
volunteers.
MO
had problems.
O
BI
102
RC
MA
3
88
30
A
UR
Lactic acid was identified decades ago as one of the
MO
important signals in human sweat for drawing mosquitoes.
But until now, it was not clear how mosquitoes perceived
DE
it. The knowledge could eventually lead to repellents
O
that hamper the normal functioning of Ir8a, or aid in the
BI
construction of effective traps, Dr. Gennaro said.
FA
Diseases like Zika, West Nile, dengue and malaria are
IO
spread by mosquitoes, and keeping their numbers down
L
RE
is an important global public health goal. New, effective
AU
strategies for mosquito control that can be used in
combination with each other are crucial, Dr. DeGennaro
CO
said. The use of an insecticide alone, for instance,
AR
encourages the development of insects that are resistant.
8M
But with traps, chemicals to kill larvae and other tools
deployed at once, it’s possible to have an impact.
85
09
The identity of the receptor or receptors that pick up on
33
carbon dioxide, however, is still mysterious. Dr. DeGennaro
88
and colleagues believe it may be in the same group of
30
receptors as Ir8a, but they have not found it yet. The quest
continues.
A
UR
MO
DE
O
BI
FA
LIO
RE
AU
C O
AR
8M
85
309
883
30
A
UR
MO
DE
O
BI
FA
LIO
RE
AU
O
103
RC
MA
3
88
30
Gramática
A
UR
Anamnese Período simples: termos acessórios;
MO
semana Colocação pronominal; Período composto:
DE
orações coordenadas e subordinadas.
6
O
BI
FA
IO
TERMOS ACESSÓRIOS DA ORAÇÃO Pronomes relativos: na biblioteca cujos livros estão
L
RE
em mau estado;
AU
Existem termos que, apesar de dispensáveis na estrutura bási- Numerais adjetivos: trezentos e cinquenta soldados.
ca da oração, são importantes para a compreensão do enun-
CO
ciado. Ao acrescentarem informações novas, esses termos: Distinção entre adjunto adnominal
AR
caracterizam o ser; e complemento nominal
8M
determinam os substantivos; e É comum confundir o adjunto adnominal, na forma de lo-
85
exprimem circunstância. cução adjetiva, com o complemento nominal. Para evitar
09
São termos acessórios da oração: que isso ocorra, considere o seguinte:
33
a) Somente os substantivos podem ser acompanha-
o adjunto adverbial
88
dos de adjuntos adnominais; os complementos no-
30
o adjunto adnominal minais podem ligar-se a substantivos, adjetivos e ad-
vérbios. O termo ligado por preposição a um adjetivo
A
o aposto UR
ou a um advérbio só pode ser complemento nominal.
o vocativo Se não houver preposição ligando os termos, será um
MO
adjunto adnominal.
b) O complemento nominal equivale a um comple-
DE
locução adverbial associados a verbos, adjetivos ou a outro ação. O adjunto adnominal tem sempre valor ativo.
advérbio, acrescentando circunstâncias específicas (no
LIO
numerais adjetivos.
30
[ao paciente.
Domingo é aposto do adjunto adverbial de tempo "on-
MO
Pronomes demonstrativos: este carro; É um termo que não tem relação sintática com outro ter-
RE
Pronomes indefinidos: algum carro; mo da oração. Não pertence, portanto, nem ao sujeito nem
Pronomes Interrogativos: qual chave?;
AU
104
RC
MA
3
88
30
A
UR
interpelar um ouvinte real ou hipotético. Em razão de seu ca- e) Com gerúndio precedido de preposição “em”.
MO
ráter, geralmente se relaciona à segunda pessoa do discurso. Exemplo: Em se tratando de pesquisas, melhor utili-
Exemplo: Não se esqueçam de marcar todas as res- zar a biblioteca.
DE
postas no gabarito, pessoal! f) Nas orações introduzidas por pronomes relativos.
O
vocativo
BI
Exemplos: Foi aquele rapaz quem me pediu para falar
Exemplo: A vida, minha filha, é feita de escolhas.
FA
com você.
vocativo
Há situações que nos constrangem.
L IO
Essa foi a festa onde te conheci.
RE
Distinção entre vocativo e aposto g) Com a palavra “só” (no sentido de “apenas” ou “so-
AU
O vocativo não mantém relação sintática com outro termo mente”) e com as conjunções coordenativas alternativas.
CO
da oração.
Exemplos: Só se lembram dos pais quando precisam
AR
de dinheiro.
SINTAXE DE COLOCAÇÃO Ou vai embora, ou se prepare para a bronca.
8M
h) Nas orações iniciadas por palavras exclamativas e
85
A colocação de pronomes oblíquos átonos em português nas optativas (que exprimem desejo).
09
pode ser realizada em três posições, obedecendo a regras
33
e condições específicas. Essas três posições são a próclise, Exemplos: Deus o ilumine! (oração optativa)
88
a mesóclise e a ênclise. Como te admiro! (oração exclamativa)
30
2. Mesóclise
A
1. Próclise UR
Temos próclise quando o pronome surge antes do verbo. Temos mesóclise quando o verbo estiver em algum dos
MO
Suas condições de colocação são: tempos futuros do indicativo (futuro do presente ou futuro
DE
a) Nas orações que contenham uma palavra ou ex- do pretérito), desde que não existam condições para a pró-
pressão de valor negativo. clise. O pronome é colocado no meio do verbo.
O
BI
(encontrar + me)
b) Nas conjunções subordinativas:
AU
Observações:
Exemplos: Voltarei a fazer contato se me interessar.
a) Havendo condições para a próclise, esta prevalece
O
Ela não quis jantar, embora lhe servissem o melhor prato. sobre a mesóclise:
C
AR
É necessário que o vendamos por um bom preço. Exemplo: Sempre lhe contarei os meus segredos.
8M
c) Nas orações em que existam pronomes indefinidos (O advérbio “sempre” exige o uso de próclise.)
ou advérbios, sem marcas de pausa.
85
Exemplos: Tudo me irrita nessa cidade. modalidade literária. Não a encontramos na comuni-
3
d) Nas orações iniciadas por pronomes ou advérbios estejam no tempo futuro), pois, segundo a gramáti-
BI
(advérbio interrogativo)
O
105
RC
MA
3
88
30
A
UR
b) Nas orações imperativas afirmativas. d) As conclusivas
MO
Exemplos: Ligue para seu primo e avise-o do horário Exemplo: Tenho prova amanhã, portanto não posso
DE
Ei, ajude-me com essa receita! ir ao show.
e) As explicativas
O
c) Nas orações reduzidas de infinitivo.
BI
Exemplo: Vá com cuidado, que o caminho é perigoso.
Exemplos: Convém dar-lhe um pouco mais de tempo.
FA
Espero enviar-lhe isto até amanhã cedo.
IO
Orações subordinadas adjetivas
L
d) Nas orações reduzidas de gerúndio (desde que não
RE
venham precedidas de preposição “em”). Uma oração subordinada adjetiva tem valor e função de
AU
Exemplos: A mãe adotiva ajudou a criança, dando-lhe adjetivo, ou seja, equivale a essa classe de palavras. As
orações adjetivas vêm introduzidas por pronome relativo
CO
carinho e proteção.
e exercem a função de adjunto adnominal do antecedente.
AR
Ele se desesperou, deixando-se levar pela situação.
Exemplo: Este é o livro que te indiquei como referência.
8M
Observação: Se o verbo não estiver no início da frase,
nem conjugado nos tempos Futuro do Presente ou Fu- A conexão entre a oração subordinada adjetiva e o termo
85
turo do Pretérito, é possível usar tanto a próclise como da oração principal que ela modifica é feita pelo pronome
09
a ênclise. relativo “que”.
33
88
Exemplos: Eu me encontrei com ela. Além de conectar (ou relacionar) duas orações, o prono-
30
Eu encontrei-me com ela. me relativo desempenha uma função sintática na oração
A
subordinada: ocupa o papel que seria exercido pelo termo
UR
que o antecede.
Orações coordenadas assindéticas
MO
de pontuação.
BI
se necessário.
Dica: O pronome relativo "que" sempre pode ser subs-
LIO
Orações coordenadas sindéticas tituído por: "o qual", "a qual", "os quais","as quais".
RE
a) As aditivas
AR
Restritivas:
30
Importante
Explicativas:
MO
c) As alternativas
LIO
106
RC
MA
3
88
30
A
UR
ORAÇÕES SUBORDINADAS condição etc. Classifica-se de acordo com a conjunção ou
MO
locução conjuntiva que a introduz.
SUBSTANTIVAS
DE
Exemplo: Quando vi a pintura do artista, senti uma
das maiores emoções de minha vida.
O
A oração subordinada substantiva trata-se de uma cons-
BI
trução com verbo que possui valor de substantivo (esta A seguir, temos as circunstâncias expressas pelas orações
FA
oração fica posicionada onde, habitualmente, deveria ha- subordinadas adverbiais:
IO
ver um substantivo) e vem introduzida, geralmente, pelas a) causa
L
conjunções integrantes que ou se. Sintaticamente, podem Exemplo: Como ninguém se interessou pelo projeto,
RE
exercer a função de: não houve alternativa a não ser cancelá-lo.
AU
sujeito
b) consequência
objeto direto
CO
Exemplo: Sua fome era tanta que comeu com casca
objeto indireto
AR
e tudo.
complemento nominal
8M
predicativo do sujeito c) condição
aposto Exemplo: Se o torneio for bem estruturado, todos sai-
85
rão ganhando.
09
33
Classificação das orações d) concessão
88
subordinadas substantivas Exemplo: Embora não goste de cogumelos, irei pro-
30
var o prato.
a) subjetiva: exerce a função sintática de sujeito do
A
verbo da oração principal: UR
e) comparação
Exemplo: Andava rápido como um foguete.
MO
g) finalidade
sono hoje.
FA
nome que pertença à oração principal; também vem Quando você for a Londres, traga-me um presente.
marcada por preposição).
8M
ORAÇÕES SUBORDINADAS
O
BI
FA
ADVERBIAIS
LIO
107
RC
MA
3
88
30
Interpretação de Textos
A
UR
Anamnese Textos em prosa (tipos de discurso),
MO
semana textos em verso e leitura de imagens
DE
(artes antiga e do Renascimento)
6
O
BI
FA
IO
DISCURSOS que articula combinações de palavras que, na maioria dos
L
RE
casos, constituem sentidos variados. Essas combinações de
AU
Em um texto narrativo, o autor pode optar por três tipos de palavras costumam ser distribuídas em um “corpo” bastante
discurso, que podem aparecer separados ou juntos. complexo, dotado de vários elementos que conheceremos
CO
Direto – a produção se dá de forma integral, na qual mais adiante, como o verso, a estrofe (elementos estruturais),
AR
os diálogos são retratados sem a interferência do a rima, o ritmo (elementos sonoros), entre outros. O jogo de
8M
narrador; trata-se de uma transcrição fiel da fala dos palavras realizado nos poemas (de fortes marcas denotati-
personagens, e, para introduzi-las, o narrador utiliza vas) muitas vezes imprime dificuldades de interpretação.
85
alguns sinais de pontuação, aliados ao emprego de
09
alguns verbos de elocução (dizer, perguntar, responder,
IMAGENS
33
indagar, exclamar, ordenar etc.).
88
Indireto – ocorre quando o narrador, em vez de re- Podemos entender por imagem qualquer tentativa de
30
tratar as falas de forma direta, reproduz com as suas representação, reprodução ou imitação da forma de uma
A
próprias palavras, colocando-se na condição de inter- pessoa ou de um objeto, cujo objetivo é comunicar algo a
UR
mediário frente à ocorrência. partir de alguma intencionalidade. É um processo que pode
MO
Indireto livre – as formas direta e indireta se fundem ser prioritariamente visual, ou pode também mesclar lin-
guagem verbal e não verbal. O conceito de imagem abarca
DE
em sua fala.
FA
Verbos no: sendo uma projeção que aparecia em nossa mente. Mais
AU
Verbos no: • pretérito imperfeito adiante, Aristóteles considerou a imagem como sendo um
• presente do indicativo do indicativo
movimento de aquisição pelos sentidos, a representação
O
• imperativo • pretérito mais-que-perfeito bastante antiga, ela dura até os dias de hoje, com acepções
8M
(simples ou composto)
positivas, pois contribui para um entendimento mais amplo
e preciso de um conceito que envolve domínios ligados à
85
Muitos vestibulares, atualmente, fazem uso dos gêneros Linguagem visual e seus
A
UR
hecimento profundo sobre a obra (seu enredo), mas exigem Realizar a análise de um estímulo visual requer bastante at-
DE
do candidato um trabalho mais acurado com as questões enção ao seu conjunto. Se na análise discursiva precisamos
estruturais e também com a compreensão do conteúdo de estar atentos a outros fatores para além do texto, como quem
O
O poema é um gênero textual de cunho bastante subjetivo, ou em preto e branco, se sua composição é simples ou mais
AU
que se constrói não apenas com ideias ou sentimentos, mas complexa, suas marcas de autoria, entre outros fatores.
O
108
RC
MA
3
88
30
Literatura
A
UR
Anamnese
MO
semana Realismo, Naturalismo,
DE
6 Parnasianismo e Simbolismo
O
BI
FA
IO
TRANSFORMAÇÕES LITERÁRIAS DO SÉCULO XIX
L
RE
AU
CO
Romantismo Realismo Naturalismo
AR
Subjetivismo Objetivismo Linguagem simples
Descrições e adjetivação idealizantes, volta- Descrições e adjetivação objetivas, volta-
8M
Clareza, equilíbrio e harmonia na composição
das para a elevação do objeto descrito. das para a captação do real como ele é.
85
Linguagem culta, e estilo metafórico e poético. Linguagem culta e direta. Narrativa minuciosa
09
Idealização da mulher, anjo de pureza e per- Idealização da mulher com qualidades e
Emprego de termos regionais
33
feição. defeitos.
88
Amor sublime e puro, acima de qualquer in- Amor e sentimentos subordinados aos in-
Longas descrições
teresse. teresses sociais.
30
Casamento centrado no relacionamento amo- Casamento, instituição falida, não passa
A
Impessoalidade
roso. de contrato de interesses e conveniências.UR
Herói em conflito, enfraquecido, com ma-
MO
a ganhar vida em Portugal. Naquela mesma data, o poeta José Maria Eça de Queirós (1845-1900) estudou Direito
09
romântico Antônio Feliciano de Castilho, representante da na Universidade de Coimbra, onde conheceu a geração
3
ético defendido pela Escola Coimbrã, citando os nomes de na vida diplomática e atuou como cônsul em Cuba e na
A
Antero de Quental e Teófilo Braga. Foi o quanto bastou Grã-Bretanha, onde escreveu O crime do padre Amaro e
UR
para que Antero de Quental lhe respondesse mediante fo- O primo Basílio, romances de maior repercussão em sua
MO
Principais obras
O
110
RC
MA
3
88
30
A
UR
REALISMO NO BRASIL Segunda fase: ciclo realista
MO
Com a publicação de Memórias Póstumas de Brás Cu-
DE
O contexto brasileiro bas, em 1881, Machado de Assis mudou o rumo de sua
O
obra. Amadureceu como escritor e passou a escrever para
BI
A lição dos contemporâneos portugueses, notadamente
leitores mais exigentes. Seus personagens tornaram-se
FA
Eça de Queirós, e franceses, Stendhal de preferência, foi
mais elaborados, pois eram compostos à luz da Psicologia.
decisiva para os autores realistas brasileiros fortemente
IO
Além disso, a técnica de composição do romance foi aper-
influenciados por eles.
L
feiçoada: os capítulos e frases passam a ser mais curtos a
RE
fim de estabelecer maior contato com o leitor.
AU
Machado de Assis
Observa-se também uma apurada análise da sociedade
CO
Órfão aos dez anos, o menino mestiço do Morro do Livra- brasileira do final do Segundo Império, ambiente no qual o
AR
mento, no Rio de Janeiro, estudou em escolas públicas e casamento começa a ser um grande alvo da crítica tecida
tratou de instruir-se por conta própria, interessado que era
8M
pelo autor. As estruturas narrativas fogem à linearidade, en-
pela leitura. Inteligente e esforçado, Joaquim Maria Mach- tremeadas de digressões temporais, intromissões do narrador
85
ado de Assis (1839-1908) aproximou-se de intelectuais e e a análise apurada dos acontecimentos. Memórias póstu-
09
de jornalistas que lhe deram oportunidades. Aos dezesseis mas de Brás Cubas, Quincas Borba, Dom Casmurro, Esaú e
33
anos empregou-se na tipografia de Paula Brito. Aos deze- Jacó, Memorial de Aires são romances do ciclo realista.
88
nove já era colaborador assíduo de jornais e revistas cario-
30
cas: Correio Mercantil, O espelho, Diário do Rio de Janeiro,
Principais obras
A
Semana Ilustrada, Jornal das Famílias. UR
Memórias póstumas de Brás Cubas (1881)
MO
Ao analisar os romances e os contos de Machado de Assis passa a ser vista como objeto de prazer masculino.
8M
Seus personagens não são lineares como os dos demais termos e sentidos comuns ao das personagens cotidia-
A
UR
românticos. Têm comportamentos imprevistos, fazem ma- na; linguagem é simples, natural e clara.
quinações, não são transparentes, mas interesseiros. cientificismo – caracterização e análise objetivas das
MO
A estrutura narrativa, no entanto, ainda é linear: tem personagens, consideradas casos a serem analisados.
DE
Iaiá Garcia e os livros de contos Histórias da meia-noite e procuram comprovar a tese determinista sobre o ser humano.
FA
Contos fluminenses.
LIO
RE
AU
O
110
RC
MA
3
88
30
A
UR
ALUÍSIO AZEVEDO Valorização da estética e busca da perfeição, da beleza
MO
em si e da perfeição estética.
Nasceu em São Luís, no Maranhão, e posteriormente se Preferência pelas rimas esteticamente ricas.
DE
mudou para o Rio de Janeiro. Produziu folhetins românti- Linguagem rebuscada e vocabulário vernáculo.
O
cos para jornais. Memórias de um condenado e Mistérios Temas frequentes ligados à mitologia grega e à cultura
BI
da Tijuca foram alguns deles ditados pelas necessidades clássica.
FA
de sobrevivência. Escreveu também obras mais bem elab- Preferência pelos sonetos.
IO
oradas à luz da estética realista-naturalista, como Casa de Valorização da metrificação rigorosa dos versos.
L
Valorização da descrição de cenas e objetos.
RE
pensão e O cortiço, que consolidaram seu prestígio.
AU
Fase romântica PARNASIANOS NO BRASIL
CO
Dentre os seus folhetins românticos destacam-se:
AR
Alberto de Oliveira, Raimundo Correia e Olavo Bilac.
Uma lágrima de mulher;
8M
Memórias de um condenado ou A Condessa Vésper;
SIMBOLISMO
85
Filomena Borges;
09
A mortalha de Azira; O Simbolismo correspondeu a uma resposta artística à
33
Mistério da Tijuca ou Girândola de amores. crise de civilização burguesa da Europa industrializada.
88
Foi uma revolta contra a ideologia tecnocrática do Natu-
30
Fase naturalista ralismo e contra certos dogmas, como o determinismo,
A
Romances: O mulato; por exemplo, que sufocavam a criatividade artística.
UR
Casa de pensão;
MO
O homem; CARACTERÍSTICAS DA
DE
O coruja;
O cortiço; LITERATURA SIMBOLISTA
O
BI
SIMBOLISMO EM PORTUGAL
AU
pertencente ao Naturalismo, mas as qualidades artísticas pre- O marco inicial do Simbolismo em Portugal foi Oaristos, de
AR
sentes em sua obra fazem-no aproximar-se do Simbolismo, fi- Eugênio de Castro, em 1890. O prefácio traz um verdadeiro
8M
cando a sua arte como a expressão típica, na literatura brasileira, programa de estética simbolista, com base nas ideias do
do estilo impressionista. Sua obra mais conhecida é O ateneu. poeta francês Jean Moréas.
85
09
SIMBOLISMO NO BRASIL
A
CARACTERÍSTICAS DA o nortearam:
O
Objetividade no tratamento dos temas abordados, ba- Anjos: preocupação com os problemas transcenden-
LIO
111
RC
MA
3
88
30
A
UR
Orientação místico-religiosa adotada por Alphon-
MO
sus de Guimaraens: temas religiosos distantes do eso-
terismo europeu.
DE
Orientação intimista-crepuscular adotada por
O
pré-modernistas e modernistas, como Olegário Ma-
BI
riano, Guilherme de Almeida, Ribeiro Couto, Manuel
FA
Bandeira e Cecília Meireles: temas relacionados com
IO
o cotidiano, sentimentos melancólicos e gosto pela pe-
L
numbra.
RE
AU
CO
AR
8M
85
09
33
88
30
A
UR
MO
DE
O
BI
FA
LIO
RE
AU
C O
AR
8M
85
309
883
30
A
UR
MO
DE
O
BI
FA
LIO
RE
AU
O
112
RC
MA
3
88
30
Inglês
A
UR
Anamnese
MO
semana Furthermore - Look here
DE
6 Gerund and infinitive - Thinking bigger
O
BI
FA
IO
FURTHERMORE Condicionais
L
RE
If
AU
Connectors (Conjunctions) Unless
CO
Estes termos são importantes pois tratam-se de elementos
AR
As Long As
recursivos da língua, ou seja, auxiliam na coesão de um texto
8M
ao fazer a conexão ou referência de termos, ideias e fatos. Provided
85
São muito utilizados nos textos portanto o domínio deles é
09
fundamental para obter uma compreensão correta da leitura. Exemplificativas
33
Os exames costumam cobrar o domínio de três formas. For Example
88
1) Substituição de um termo por um equivalente no idioma:
30
For Instance
A
Although it was late, they were waiting for her. (Embora UR
Such as
fosse tarde, eles ficaram esperando por ela).
MO
Nonetheless
FA
Yet
3) Indicação de qual ideia ou função presente no conector:
O
Unlike
Although : Contraste
C
AR
Apart from
Abaixo alguns do Connectors/Conjunctions mais comuns:
8M
Adição
You say you don't like him but you are always with him
09
And (Você diz que não gosta dele, mas está sempre com ele.)
3
83
Furhtermore no exame).
MO
Too
O
In Addition to Although
LIO
Even Though
RE
Though
AU
O
113
RC
MA
3
88
30
A
UR
She is a sympathetic person, though she never accepts to
LOOK HERE
MO
work on weekends. (Ela é uma pessoa solidária, embora
não aceite trabalhar nos fins de semana).
DE
Although it was raining, they went to the beach. (Eles fo- Publicidade
O
ram pra praia apesar de estar chovendo). Nos exames vestibulares, as questões costumam se con-
BI
FA
centrar em quatro aspectos. São eles:
Sempre usados para introduzir frases
IO
1. Qual é o produto/conceito que está sendo anunciado.
Despite
L
RE
2. Quem é o anunciante, ou seja, de quem partiu a iniciativa
In Spite Of de veicular aquele anúncio.
AU
Notwithstanding 3. Quem é o público alvo daquele anúncio, ou seja, para
CO
que segmento do público aquele anúncio foi elaborado e
AR
OBS.: Sempre usados para introduzir frases.
que pretende ser alcançado.
8M
In spite of being young, John already work with his dad. 4. Quais são os procedimentos que os interessados na-
(Apesar de ser jovem, John já trabalha com seu pai).
85
quele produto deveriam tomar para adquirir ou para obter
09
Despite the wheather, Josh ran at the Park yesterday. mais informações sobre o que está sendo anunciado. Por
33
(Apesar do tempo, Josh correu no parque ontem) exemplo, visitar um website, ligar para um determinado
88
número de telefone ou até onde o potencial cliente deve
30
Alternativa ir para adquirir o que está sendo veiculado pelo anúncio.
A
Rather than Observações:
UR
Whether
MO
I prefer to go to the mountains instead of going to the bea- Advertisement (ad, em forma abreviada) = anúncio
AU
ch. (Eu prefiro ir para as montanhas ao invés de ir para a praia) Propaganda = publicidade de uma ideia ou ideologia. Vin-
O
John read a letter to the board whether it should be mai- culada a governos ou grupos sociais ou religiosos.
C
AR
led.(John leu uma carta para o conselho que deveria ter 3. Os textos que comentam a publicidade são cada vez
8M
sido enviada por email). mais frequentes, principalmente aquelas que fazem refe-
rência à internet.
85
Conclusivas
09
Therefore
GERUND AND INFINITIVE
3
83
So
8
Then sua forma mais comum (verbo para ações contínuas) acaba
A
UR
Since
1. Verbos em tempos contínuos
DE
Explicativas Exemplos:
O
BI
Due to § The doctors are coming to help us (Os médicos estão vin-
FA
114
RC
MA
3
88
30
A
UR
2. Substantivos § Learning a new skill is like getting a tool. (Aprender uma
MO
nova habilidade é como ganhar uma nova ferramenta.)
Exemplos:
DE
§ Teenagers usually enjoy fireshooting games (Geralmente, 3. Adjetivos
O
adolescente gostam de jogos de tirol.)
Exemplos:
BI
§ Sandra studied nursing at Columbia University (Sandra
FA
§ La Casa de Papel is certainly a very interesting tv series.
estudou enfermagem na Universidade de Columbia)
IO
(La Casa de Papel é certamente uma série muito interessante.)
L
2.1 Verbos no infinitivo
RE
§ Climbing is a very demanding sport. (Escalada é um es-
Exemplos: porte bem exigente.)
AU
§ Caring is loving (Cuidar é amar.)
CO
AR
Há ainda uma série de verbos que são regidos por algumas particularidades quando usados em uma mesma oração
8M
Os verbos abaixo são alguns dos mais comuns que são OBRIGATORIAMENTE seguidos por verbos na forma ING:
85
09
Verbo Definição Exemplo
33
88
allow to permit She allows using smartphones in class.
30
A
avoid to try not to do She avoids dating men over 30.
UR
MO
be worth to be a good idea to spend the time on It’s worth spending some time on the grammar.
DE
can’t help to be able to not do Tom can’t help complaining about the heat.
O
BI
FA
miss to want something you don’t have I miss having more free time.
RE
AU
report to tell about Tim reported spending twelve hours on the job.
8M
ney
8 83
30
Os verbos abaixo são alguns dos mais comuns que são OBRIGATORIAMENTE seguidos pela forma infinitiva:
MO
agree to say you will do Tom agreed to help me with the work.
BI
FA
115
RC
MA
3
88
30
A
UR
MO
get to receive We got to see our friends last week.
DE
refuse to say you will not do Jane refused to do what he asked.
O
BI
request to ask for The man requested to speak to a lawyer.
FA
IO
say to tell someone He said to tell you hi!
L
RE
They are seeking to receive $1,000,000 in dama-
AU
seek to look for
ges.
CO
wait to let time pass We waited to see the doctor for three hours.
AR
8M
want to desire I want to help you.
85
09
wish to want to do She wishes to visit her parents in Ireland.
33
88
THINKING BIGGER Portuguese is easIER than English
30
A
Math is MORE difficult than Biology.
UR
Adjectives
MO
Opinião – Tamanho – Idade – Formato – Cor – Origem – bra de sílabas fonéticas. Exemplos:
BI
FA
a língua inglesa separa a gradação de comparativos em Acrescenta-se IER para adjetivos terminados em Y.
AU
A)Equality (Igualdade)
3
Inferiority
Portuguese is as easy as English. Comparação entre dois termos
MO
Inferiority (Inferioridade)
FA
short adjective
O
116
RC
MA
3
88
30
A
UR
Superiority
MO
Compararação entre um termo e uma categoria e um conjunto.
DE
Adjetivo altera-se conforme a regra dos short/long adjectives
Uso do artigo THE para indicar distinção.
O
BI
Portuguese is the easIEST subject of the book
FA
Math is the MOST difficult subject of the book.
L IO
RE
Short adjectives :
AU
Quando a pronúncia é feita diretamente, ou seja, sem quebra de sílabas fonéticas. Exemplos:
CO
Fast, smart, nice, pretty etc.
AR
Acrescenta-se ST para adjetivos terminados em E
8M
Acrescenta-se IEST para adjetivos terminados em Y.
85
Acrescenta-se EST para todos os outros.
09
OBS.: Adjetivos específicos
33
88
30
adjetivo equality superiority superlative
A
UR
bom good better best
MO
DE
117
RC
MA