Veículo Remotamente Operado (ROV) : A Importância Da Aplicação de Sua Tecnologia Na Produção Petrolífera
Veículo Remotamente Operado (ROV) : A Importância Da Aplicação de Sua Tecnologia Na Produção Petrolífera
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Arlen Wanderson Landim Ferreira
Diego Machado Maravilha
Banca Avaliadora:
______________________________________________________________________
Professor Elvio Caetano (orientador)
Especialista em Análise de Sistemas
UCAM - Universidade Candido Mendes
______________________________________________________________________
Professor Roberto da Silva
Pós graduado em Engenharia de Petróleo
Universidade Federal do Rio de Janeiro
______________________________________________________________________
Sérgio Assis Galito de Araujo
Especialista em Controle de Processos
Centro Federal de Educação Tecnológica – CEFET/MG
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AGRADECIMENTOS
Agradecemos à Deus,
As nossas famílias, as nossas namoradas, que assim como a família, toleraram os
acessos de estresse e algumas ausências.
Agradecemos aos amigos que se fizeram presentes. Aos que tornavam as aulas
mais agradáveis, que foram companheiros nos trabalhos em grupo e nos estudos.
Aos professores do curso, com destaque o Prof. Rafael Bravo, Sergio Galito,
Willian Viana, Nilo, Rosângela e outros.
Agradecemos ao CEFET, pela formação de Tecnólogo em Automação
Industrial.
Agradecemos ao professor Elvio Caetano, que aceitou ser o orientador, e se fez
presente, colaborando, sendo tolerante e nos ajudando quando necessário.
Agradecemos aos professores Sergio Galito e Roberto da Silva que aceitaram o
convite em participar da banca avaliadora.
Agradecemos também às contribuições intelectuais provenientes dos autores
utilizados neste trabalho, que engrandeceram nossas reflexões.
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SUMÁRIO
Sumário_____________________________________________________________06
Nomenclaturas _______________________________________________________ 09
Resumo_____________________________________________________________ 10
I – Introdução _______________________________________________________11
III – Equipamento___________________________________________________ 16
III.I – Histórico___________________________________________________ 21
III.II – Características______________________________________________ 22
IV – Aplicação______________________________________________________ 34
Bibliografia ________________________________________________________ 39
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LISTA DE FIGURAS
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Figura 29 - HPU ______________________________________________________28
Figura 30 - TCU ______________________________________________________29
Figura 31 - HCU ______________________________________________________29
Figura 32 – GARAGEM ________________________________________________30
Figura 33 - CONJUNTO ROV 1: CABO, TMS E ROV ________________________31
Figura 34 - CONJUNTO ROV 2: CABO, TMS E ROV ________________________31
Figura 35 - GUINCHO _________________________________________________32
Figura 36 - CABINE DE CONTROLE _____________________________________33
Figura 37 - ESQUEMA DE LANÇAMENTO DO ROV _______________________34
Figura 38 - BOP _______________________________________________________36
Figura 39 - CONEXÃO POR ROV ________________________________________39
Figura 40 - FERRAMENTA DE ANEL AX _________________________________38
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NOMENCLATURAS
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RESUMO
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I - Introdução:
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II – Prospecção de petróleo:
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linhas de fluxo (flange, skid, mandril das linhas de fluxo - MLF ou módulo de conexão
vertical - MCV, a depender do modelo da ANM), pela ANM propriamente dita, pela
Tree Cap (capa da ANM), e pela Capa de corrosão. Sua função consiste em controlar o
fluxo dos fluidos produzidos ou injetados, instalados em cima da cabeça de poço,
controlar a produção de hidrocarbonetos e também proporcionar a segurança no poço.
FIGURA 01 - ANM
FIGURA 02 - UEP
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FIGURA 03 - BAP
FIGURA 04 - TH
14
FIGURA 06 - CAPA DE CORROSÃO
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III - Equipamento:
16
3) Veículos para trabalhos gerais que incluem intervenção:
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Uma unidade básica de sistema ROV1 possui os seguintes módulos:
- PDU (Power Distribution Unit);
FIGURA 12 – PDU
PDU: Unidade de distribuição de forca. Como o próprio nome já diz, essa é a parte de um
sistema de ROV que é responsável pela distribuição da energia elétrica para o mesmo.
1
Utilizando como referência a primeira classe.
18
- TMS;
FIGURA 15 - TMS
- Power Pack;
19
- Veículo;
FIGURA 17 - ROV
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FIGURA 19 - PAINEL DE CONTROLE
III.I – Histórico:
O primeiro ROV, nomeado POODLE, foi criado por Dimitri Rebikoff em 1953.
Mas houve em 1864 o desenvolvimento do PUV (Veículo Subaquático Programado),
um torpedo desenvolvido por Luppis-Whitehead na Áustria, que também já
representava inicialmente o que viria a se caracterizar como ROV.
A marinha dos Estados Unidos desenvolveu esta tecnologia a um estado
operacional capaz de recuperar um subaquático perdido durante testes no mar. Este
equipamento ganhou popularidade quando recuperou uma bomba atômica perdida em
um acidente do avião em 1966 na costa de Palomares. Era denominado CURV (Veículo
de Pesquisa Submarina Controlado a Cabo). Em 1973 também foi utilizado para
recuperar um submersível que estava afundado a 475 metros na costa de Corck, na
Irlanda.
Começaram a ser utilizados regularmente em operações costeiras no final da
década de 70. A partir daí esta tecnologia se desenvolveu por empresas que realizavam
operações off-shore. Atualmente, são indispensáveis em todas as fases de uma operação
de perfuração para observação, inspeção e reparos de equipamentos.
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O aumento da utilização deste equipamento ocorreu devido a uma greve de
mergulhadores que paralisou todo trabalho de exploração de petróleo e causou grande
prejuízo ao setor, e a necessidade de exploração em águas profundas.
Dois do primeiro ROVs desenvolvido para o trabalho off-shore foram os RCV-
225 e o RCV-150. Muitas outras empresas desenvolveram uma linha similar de veículos
pequenos da inspeção. Hoje a exploração de petróleo migra para águas cada vez mais
profundas e os ROVs transformaram-se em parte essencial das operações.
Como o funcionamento de ROVs alcançou grandes profundidades a tecnologia
atingiu um nível da eficácia e de custo que permite que as organizações dos
departamentos operem veículos que variam dos pequenos de inspeção aos profundos de
pesquisa oceânica.
III.II – Características:
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geralmente para duas principais considerações: o trabalho exigente, para as funções as quais é
destinado, e a operacionalidade em águas profundas.
Os componentes do veículo estão juntos no que podemos chamar de estrutura (frame),
geralmente feitos de tubos ou barras de alumínio, capazes de suportar a alta pressão das
profundezas do mar e podem alcançar até 3000 metros abaixo da superfície da água. Em áreas
vulneráveis, como base do veículo, são utilizados toras de madeira, plástico ou alumínio, todos de
fácil substituição.
O corpo do veículo:
A – Flutuadores:
Os ROVs podem ser operados em diferentes estágios: neutra, pesada e leve flutuação
dependendo do tipo de trabalho a ser realizado. A flutuação também deve se ajustar para compensar
a adição ou remoção de equipamentos adicionais. Na maioria das vezes, o veículo opera com
flutuação positiva, permitindo o seu retorno à superfície. Nas plataformas, os veículos Free
Swimings (sem TMS/Gaiola) são negativos, ou seja, pesados. A flutuação do veículo depende de
seu volume total ou da quantidade de água deslocada quando este está totalmente submerso. Quanto
maior o deslocamento maior a flutuação.
Luzes e Câmeras:
Diversas lâmpadas são distribuídas pelo equipamento para auxiliar na visibilidade, pois na
profundidade em que trabalham já não existe mais o auxílio da luz natural vinda da superfície da
água. Trabalham com tensão de 115v.
Em sua maioria possuem duas câmeras na frente do veículo (sit – preto intensificado – e
color), uma para o cabo armado, e outra na parte traseira do veículo (caso seja free swiming).
Câmeras adicionadas são adaptadas para trabalhos especiais de inspeção. A câmera permite o
acompanhamento do movimento do manipulador, buscando manter o objeto da visualização dentro
do campo de visão do operador.
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FIGURA 20 - LUZ E CÂMERA DE UM ROV
Unidade Sonar:
Consiste de dois transdutores que respectivamente transmitem um sinal acústico e recebem
um eco. Isto auxilia o ROV na sua localização. A unidade poderá ou não ser montada em um
mecanismo operado hidraulicamente (mecanismo tilt do sonar), que normalmente é fixo. Com os
movimentos laterais reconhece-se o tamanho do alvo, e com o tempo de ida e volta estabelece-se a
distância, através do tempo utilizado.
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Manipuladores:
São de grande importância na realização das operações do equipamento. O trabalho feito
pelos manipuladores depende do nível de experiência do operador. Tipicamente estes trabalhos são
trocas e operações de válvulas, colocação ou remoção de cordas e correntes, limpeza e observação
das estruturas, acionamento e recuperação dos equipamentos. Os manipuladores podem ser simples
unidades solenóides controladas (normalmente com 05 funções -> “Braço de 5”) ou unidades de
válvulas servidoras (servo-válvula – normalmente com 07 funções -> “Braço de 7”) com
alimentação controlada. Funcionam com pistões hidráulicos, e algumas funções com motor
hidráulico.
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FIGURA 25 - MANIPULADOR RIGMASTER
Manipuladores com 5 (cinco) funções: 1) jaw – garra (abrir e fechar); 2) jaw – rotação
(girar); 3) sholder – ombro (subir e descer); 4) embow – cotovelo (entender e contrair); 5) slew –
lado a lado (esquerda e direita).
Manipuladores com 7 (sete) funções: 1) jaw – garra (abrir e fechar); 2) jaw – rotação (girar);
3) sholder – ombro (subir e descer); 4) embow – cotovelo (subir e descer); 5) slew – lado a lado
(esquerda e direita); 6) forearm (puxar e abraçar); 7) wrist – punho (subir e descer).
Transponder:
São equipamentos que auxiliam no posicionamento dinâmico do veículo. Emitem sinais
acústicos que permitem identificá-los.
FIGURA 26 - TRANSPONDER
Anodos:
Equipamento que adere a corrosão com mais facilidade, evitando que a estrutura metálica do
veículo seja danificada. São encontrados na parte interior do veículo e geralmente são feitos de
zinco e magnésio.
Telemetria:
É o sistema composto por dois computadores, um na superfície e outro no veículo, que
determinam todas as atividades realizadas pelo mesmo.
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Gyro:
Funciona como uma bússola do equipamento, responsável pela localização na direção norte.
Possui o Flux Gate (bússola magnética) como referência.
FIGURA 27 - GYRO
Altímetro:
O Altímetro calcula a distância entre o ROV e a superfície.
C – Sistema de Compensação:
Os compensadores são utilizados para manter a pressão do sistema hidráulico e elétrico
superior a pressão ambiente (próximo dos 15 psi para o hidráulico e 10 psi para elétrico). O circuito
de compensação é fechado e utiliza diafragma com mola aberta para o ambiente possibilitando a
pressão ambiente atuar sobre o mesmo.
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FIGURA 28 - SISTEMA DE COMPENSAÇÃO
D - Sistema Hidráulico:
A central hidráulica contém um motor elétrico de 3000v de 75 a 150 HP, dentro de um
compartimento hermético compensado com óleo e com o seu próprio compensador; uma bomba
hidráulica de tipo pistão axial com ângulo de prato variável, seguindo o pedido da energia,
funcionando com pressão constante e vazão variável, que vai gerar pressão em todo sistema
hidráulico; válvula de retenção para impedir uma pressão alta criada por defeito de volta na bomba;
e um filtro para proteger o sistema de possíveis sujeiras que podem danificar a bomba.
A unidade de força hidráulica (HPU – Hydraulic Power unit) consiste numa bomba acionada
por um motor elétrico.
FIGURA 29 - HPU
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A unidade de controle dos propulsores (TCU – Thruster Control Unit) consiste em um
manifold com válvulas de serviço (servo-válvula) controlando o escoamento do óleo para cada
propulsor. Poderá também funcionar como reservatório de óleo. A TCU é protegida por válvulas de
alívio.
FIGURA 30 - TCU
FIGURA 31 - HCU
E - Garagem/TMS:
São responsáveis pela distribuição e acomodação do umbilical, no caso de grandes ROVs, e
trabalho com ferramentas adicionais. Podem, opcionalmente, dispor de câmeras de TV para facilitar
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a operação de reentrada, bem como de correntômetro, sensor de pressão e sistemas acústicos de
orientação.
A gaiola é como uma garagem de onde sai o ROV para navegar e entra para retornar a
superfície. Há um cabo armado que fica conectado na parte superior da gaiola e dentro da gaiola um
pequeno tambor com um umbilical flexível (Tether – um cabo flexível, que no seu interior passam
todos os cabos a serem utilizados pelo ROV, é feito de um material resistente, capaz de suportar
trações extremas e possui um grande poder de impermeabilidade) que o ROV utiliza para navegar.
O TMS se diferencia por estabelecer o acoplamento com o ROV na parte superior.
FIGURA 32 - GARAGEM
F – Umbilical:
O cabo umbilical transmite sinais controlados, sinais de vídeos, informações dos sensores do
veículo e todas as outras forças elétricas necessárias para operação do veiculo. O material utilizado
na sua parte exterior é de baixa densidade, o que dispersa o peso na água. O umbilical deverá ser
mantido longe do fundo para minimizar as possibilidades de ficar preso ou de danos ao mesmo.
O umbilical tem duas funções importantes: fornecem a sustentação mecânica da gaiola
(TMS) e o caminho elétrico para transmissão de potência e dados entre a superfície e o veículo do
fundo do mar. A parte enrolada no carretel do guincho tem a sua extremidade conectada ao slipring
possibilitando sua saída lateralmente no guincho. Variam de diâmetro de acordo com a
característica do ROV. A parte externa é formada por um arame de aço que serve de sustentação, e
a parte interna é formada por cabos elétricos, coaxiais e fibra ótica.
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FIGURA 33 - CONJUNTO ROV 1: CABO, TMS E ROV
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G – Guincho:
Fornece acomodação ao armored cable (cabo com as duas finalidades descritas acima) e o
caminho elétrico para a passagem dos sinais elétricos que interligam o control station e veículo
através do slip ring.
FIGURA 35 - GUINCHO
H - Slip-ring:
O slip-ring consiste de uma caixa cilíndrica com um rotor em cuja extremidade esta
conectada ao armoured cable. Este rotor gira junto com o carretel do guincho. Ao longo do corpo
cilíndrico existem anéis sobre os quais ficam os contatos da parte estacionária que é a caixa que
envolve e sela o rotor. Esta parte estacionária é mantida em posição por suporte preso à estrutura do
guincho.
I - Cabine de Controle:
Nos sistemas mais comuns a cabine de controle consiste de um container especialmente
equipado. Nele estarão todos os controles, instrumentos, equipamentos operacionais e visuais.
Quando trabalhando em ambiente perigoso será equipado com suprimento de ar limpo e um
detector de gases, acoplado a um sistema de desarme automático. A informação necessária pelo
piloto para controlar e operar o veículo são mostrados de diversas maneiras. Uma imagem feita
pelas câmeras do veiculo é mostrada em monitores. Estes monitores poderão ter uma combinação
de preto e branco e a cores, dependendo do tipo de câmeras instaladas no veículo. O monitor do
sonar poderá ser preto e branco ou colorido. Os sonares modernos mostram os sinais de diversas
formas: varredura lateral, polar, perspectiva e zoom. As leituras podem ser geradas para mostrar as
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distâncias, proximidade ou altura a partir da cabeça do sonar. Dados de navegação também
aparecem nos monitores mostrando as posições do veiculo e embarcações ou ainda a distância dos
transponders. Estas informações são fornecidas a superfície para os sistemas de navegação. Um
controle manual simples ou duplo (joysticks) controla os propulsores, possibilitando ao piloto
alterar a rota, profundidade ou posição do veículo manualmente. Funções do piloto automático
também podem ser acionadas para permitirem que a profundidade e rotas sejam controladas pelos
sensores do veículo. Outros sistemas podem ser controlados por interruptores ou botões rotativos e
também lineares. Estes podem controlar luzes e funções hidráulicas simples. Informações
provenientes dos sensores do veículo são expressas em formato digital ou escalas. Os sistemas
modernos utilizam um mostrador gerado através de um computador em um monitor.
J - Sistema de Lançamento:
O guincho cuida do umbilical de força e controle do veículo. Este normalmente mantém um
comprimento necessário para o veículo operar em uma determinada profundidade, mais um
adicional que permita as manobras sem que o mesmo possa vir a ser danificado. O controle do
guincho é feito por duas alavancas, uma controlando o motor enrolador (Leve-Wind) e outra o
motor do tambor. A fonte hidráulica pode variar permitindo o controle da velocidade quando
soltando ou enrolando o cabo. Em sistemas menores o guincho poderá ser controlado remotamente
pelo piloto na cabine de controle. Os sistemas de lançamento podem fazer parte do equipamento ou
sistemas móveis capazes de serem instalados nas plataformas, semi-submersíveis ou embarcações.
A base tem sistemas hidráulicos para suspensão do ROV.
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FIGURA 37 - ESQUEMA DE LANÇAMENTO DO ROV
IV – Aplicação:
O homem adaptou diversos meios de extrair hidrocarbonetos em várias
profundidades da água. As tecnologias de ROV auxiliam as operações em diversas
fases, tais como perfuração/conclusão, instalação/construção, inspeção/manutenção,
reparo, entre outras atividades.
De um modo geral os ROVs são utilizados para executar as seguintes funções:
1) Apoio durante a fase de perfuração:
Após a estabilização da plataforma o ROV mergulha para pesquisar a área de
trabalho no fundo do mar. O objetivo principal desta operação é confirmar a limpeza
do local para a instalação da base guia (primeira base a ser colocada no poço para
exploração). Durante a perfuração a atividade do ROV se mantém para a recuperação
de possíveis equipamentos perdidos. Após a confirmação de que o fundo está livre de
obstruções, a instalação permanente da base guia se processará. Um poço é escavado
no fundo do mar para envolver a caixa da broca de perfuração presa a base guia. O
veículo assistirá e monitorará o processo, ajudando a broca (coluna) até o local do
poço. Esta é monitorada por vídeo enquanto é mergulhada. Assim que estiver
posicionada, será bombeado cimento até a tubulação protetora e as paredes do buraco
para assegurar e selar este no fundo do mar. Os cabos guias são presos aos quatro
cantos da extremidade da base guia. Eles estão constantemente tencionados por um
guincho na plataforma. Guiam a BOP (Blow Out Preventer - equipamento de
prevenção e equalização de pressão) da superfície até a base e auxiliam no alinhamento
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dos tubos guias no BOP. Isto assegura que os conectores na base guia estejam
alinhados antes mesmo da ancoragem. O ROV é utilizado para inspecionar e assegurar
que todos estes cabos estejam tencionados corretamente e nunca frouxos, danificados
ou quebrados. Qualquer problema observado será imediatamente identificado e
solucionado. Após a fixação dos cabos, a BOP é posicionada e travada na base guia e a
pressão é testada. No caso da não existência de cabos guias, o ROV monitorará e
possibilitará ao barco/plataforma o posicionamento e a conexão da BOP ao poço. Em
ambos os casos, as travas são checadas. Vazamentos poderão ser observados devido à
diferença de densidade. O ROV poderá ser utilizado para substituir os AX (anéis de
vedação: conexão BOP e poço) ou vedar os anéis, que são elementos de vedação no
conector de encaixe do BOP. Para trocar o AX, o BOP tem que ser removido. O ROV
remove o anel com seu manipulador, limpa o local com jatos de água, coloca o novo
anel em posição e confirma se este está na posição correta. O BOP é novamente
conectado, e a válvula de pressão é testada. Começa então a perfuração. Inspeções
visuais são feitas regularmente em todas as conexões hidráulicas e tubulações. O ROV
poderá fazer intervenções para a troca de transponders do guia do BOP e para
observação da câmara da plataforma quando está sendo utilizada ou recuperada.
FIGURA 38 - BOP
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2) Apoio durante a fase de completação:
É semelhante ao apoio dado ao processo da perfuração se diferenciando somente
no final da operação com a BOP, quando é feita a instalação da ANM (Árvore de Natal
Molhada).
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equipamentos; posicionamento de beacons; corte de cabos e cordas; manipulação de
válvulas; assistência no lançamento de linhas e tubos.
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V – Considerações Finais: a importância do ROV e o diferencial
proporcionado ao processo de exploração de petróleo
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BIBLIOGRAFIA:
ALVARENGA, André Rinaldi; CAMPOS, Daniel Certório & SILVA, Gustavo Souza
da. “Árvore de Natal Molhada: uma breve análise sobre a exploração petrolífera
em águas profundas e o desenvolvimento desta tecnologia no Brasil”. Campos
dos Goytacazes, RJ: 2007. Monografia.
“Anais do III Fórum sobre ROV”. 16 a 18 de agosto de 1993, Rio de Janeiro. Petrobrás.
FERNADES, Flavio & SANTOS, Edmilson Moutinho dos. “Reflexões sobre a História
da Matriz Energética Brasileira e sua Importância para a Definição de Novas
Estratégias para o Gás”. Rio Oil & Gas Expo and Conference: 4 a 7 de outubro de
2004, Rio de Janeiro.
LIMA, Alexandre S. de; DUTRA, Max Suell; REIS, Ney Robson S. dos Reis &
SANTOS, Auderi V. dos. “CONTROLE DE POSICIONAMENTO DA
CÂMERA DE UM ROV”. Rio Oil & Gas Expo and Conference: 4 a 7 de outubro
de 2004, Rio de Janeiro.
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