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Avaliação de Riscos Pingo Doce

O documento discute a segurança no trabalho e a identificação de perigos e riscos em uma loja Pingo Doce em Azeitão, Portugal. O objetivo é mapear os perigos em cada seção da loja para avaliar os riscos e implementar medidas preventivas e corretivas para proteger os trabalhadores.

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Avaliação de Riscos Pingo Doce

O documento discute a segurança no trabalho e a identificação de perigos e riscos em uma loja Pingo Doce em Azeitão, Portugal. O objetivo é mapear os perigos em cada seção da loja para avaliar os riscos e implementar medidas preventivas e corretivas para proteger os trabalhadores.

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1 – INTRODUÇÃO

A segurança no trabalho preocupa a humanidade desde longa data. Em meados do


Século XIX, pós revolução francesa e revolução industrial, verificou-se uma tomada de
consciência na adoção de medidas de proteção sobre situações de trabalho mais
penosas e mais sujeitas a riscos graves.

Com o desenvolvimento das indústrias durante o último século houve necessidade de


se ajustar a legislação e a consciência social na tomada de medidas de proteção
laboral.

Hoje, a busca da melhoria das condições de trabalho nas empresas é uma constante,
tanto em termos de higiene, segurança e saúde com o objetivo de diminuir o número
de acidentes laborais e assim proporcionar uma melhor qualidade de vida aos
trabalhadores, tanto a nível físico como psicológico.

Neste sentido, o trabalho final da 20ª edição da Pós-graduação em Segurança e


Higiene no Trabalho, tem como objetivo a identificação de perigos e avaliação de
riscos das tarefas executadas na loja de Azeitão da empresa Pingo Doce do Grupo
Jerónimo Martins.

No trabalho consta a identificação de perigos das várias secções existentes na Loja,


Administração, Charcutaria, Frutaria, Frente de Loja, Padaria Café e Bolos, Peixaria,
Reposição e Talho.

Após a identificação detalhada dos perigos das várias secções pretende-se avalia-las
através do método de avaliação William t. Fine a fim de se identificarem as eventuais
não conformidades, escala-las por ordem de gravidade e implementar-se um possível
plano de medidas corretivas.

1
2 – OBJETIVO

O objetivo deste trabalho é a identificação de perigos e avaliação de riscos nas várias


secções existentes na Loja Pingo Doce de Azeitão, no sentido de criar medidas
preventivas e corretivas das tarefas exercidas diariamente.

Com este trabalho pretende-se sensibilizar e informar os trabalhadores dos riscos a


que estão sujeitos e assim diminuir a probabilidade de ocorrência de acidentes.

A metodologia adotada para a avaliação dos riscos foi o método William t. Fine. Este
método permite a avaliação dos riscos laborais sempre que o tempo de exposição dos
trabalhadores à situação de risco é uma característica importante.

O método William-Fine parte do conceito geral de risco para determinar o grau de


perigosidade de um risco.

2
2.1 – Definições

Acidente - Acontecimento não planeado e não controlado no qual a ação ou a reação


de um objeto, substancia, indivíduo ou radiação resulta num dano pessoal ou na
probabilidade da tal ocorrência.

Acidente de trabalho – Aquele que se verifica no local e tempo de trabalho e


produza, direta ou indiretamente lesão corporal, perturbação funcional ou doença de
que resulte redução na capacidade de trabalho.

Ação Corretiva - Ação para eliminar a causa de uma não conformidade detetada ou
de outra situação indesejável.

Ação Preventiva – Ação destinada a eliminar a causa de uma potencial não


conformidade ou outra potencial situação indesejável.

Avaliação de Risco – Processo global de estimativa da grandeza do risco e de


decisão sobre a sua aceitabilidade.

Controlo do Risco – Inicio do planeamento, organização, acompanhamento e


análises das medidas a tomar, tendo como finalidade a eliminação ou a redução da
probabilidade da exposição a um perigo, que pode conduzir a um determinado
acidente ou doença profissional.

Doença Profissional – pressupõe a existência de danos provocados por uma


exposição continuada e mais ou menos prolongada a um agente causador de doença
presente ou relacionado com a realização do trabalho.

Empregador – pessoa singular ou coletiva com um ou mais trabalhadores ao seu


serviço e responsável pela empresa ou estabelecimento ou, quando se trate de
organismos sem fins lucrativos, que detenha competência para a contratação de
trabalhadores.

3
Equipamentos de proteção coletiva (EPC) – conjunto de elementos físicos disposto
numa situação de trabalho, que tem por objetivo protegerem todos os trabalhadores de
riscos profissionais existentes.

Equipamentos de proteção individual (EPI) – todo o equipamento, completo ou


acessório a ser utilizado para a proteção contra os riscos, quando estes não poderem
ser eliminados ou reduzidos.

Ergonomia – disciplina que visa a compreensão fundamental das interações entre os


seres humanos e os outros componentes de um sistema e a conceção de teorias,
princípios, métodos e de dados conducentes à melhoria do bem-estar dos homens e à
eficácia global dos sistemas.

Gravidade – Parâmetro de medida da magnitude da consequência do dano,


considerando a sua abrangência espacial (dimensão do dano) e a reversibilidade
(capacidade de resposta), atendendo às medidas de proteção existentes.

Gestão do Risco – Identificação, análise, avaliação e tratamento dos riscos puros


dentro de uma empresa, com o objetivo de minimizar a possibilidade e a probabilidade
de ocorrência de incidentes e acidentes, melhorando a segurança e reduzindo os
gastos com seguros.

Higiene do trabalho – Controlo das variáveis do ambiente de trabalho (agentes


físicos, químicos e biológicos), através de um conjunto de métodos não médicos, no
sentido de anular ou reduzir a incidência de doenças profissionais e doenças
relacionadas com o trabalho.

Identificação de perigos – Processo de reconhecimento de existência de um perigo e


de definir as suas características.

Incidente – Acontecimento derivado do trabalho ou ocorrido durante o trabalho que


não provocou lesão corporal ou que provocou lesão corporal que apenas necessita de
administração de primeiros socorros.

Local de trabalho – O trabalhador deve, em princípio, exercer a atividade no local


contratualmente definido, sem prejuízo no disposto seguinte. O trabalhador encontra-

4
se adstrito a deslocações inerentes às suas funções ou indispensáveis à sua formação
profissional.

Perigo – Propriedade ou capacidade intrínseca de um componente do trabalho


potencialmente causador de danos.

Prevenção – Conjunto das disposições ou medidas tomadas ou previstas em todas as


fases da atividade da empresa, tendo em vista evitar ou diminuir os riscos
profissionais.

Probabilidade – Parâmetro de avaliação que reflete a maior ou menor probabilidade


de ocorrência futura de um acontecimento indesejado, com a concretização dos danos
previstos, atendendo às medidas de prevenção existentes.

Risco – Combinação da probabilidade e da gravidade da ocorrência de um


determinado acontecimento perigoso.

Saúde – Completo bem-estar físico, psicológico e social e não só a ausência de


doença (OMS)

Segurança no trabalho – Utilização e interação segura com métodos, instalações,


equipamentos e ambientes de trabalho. Trata de prevenção dos riscos profissionais,
no sentido de anular ou reduzir os acidentes de trabalho.

Trabalhador – Pessoa singular que, mediante retribuição, se obriga a prestar um


serviço a um empregador e, bem assim, o tirocinante, o estagiário e o aprendiz que
estejam na dependência económica do empregador em razão dos meios de trabalho e
do resultado da sua atividade.

5
3 – CARACTERIZAÇÃO DA EMPRESA

3.1 – Grupo Jerónimo Martins

Fundado em 1792, Jerónimo Martins é um Grupo português com projeção


internacional na área alimentar, que opera nos sectores da Distribuição, da Indústria e
dos Serviços.

A principal atividade é a Distribuição Alimentar: através das cadeias de supermercados


(Pingo Doce) ecash & carry (Recheio) em Portugal e de lojas alimentares de
proximidade (Biedronka) na Polónia, vão ao encontro das necessidades de milhões de
consumidores com uma proposta de valor assente na elevada qualidade a preços
competitivos, todos os dias.

Jerónimo Martins é o maior Grupo Industrial de bens de grande consumo em Portugal,


através das suas participações na Unilever Jerónimo Martins e na Gallo Worldwide.

Enquanto a Unilever Jerónimo Martins mantém posições de liderança nos mercados


de margarinas, chá frio, gelados e detergentes para roupa, a Gallo Worldwide é líder,
quer no mercado nacional no Brasil, Angola e Venezuela.

O Grupo Jerónimo Martins iniciou a sua atividade na Indústria no final da década de


30, início de 40, tendo como grande marco a inauguração da fábrica Fima (Fábrica
Imperial de Margarina, Lda.), em 1944, dedicada à produção de margarinas e óleos
alimentares.

O grande momento de expansão do Grupo nesta atividade ocorreu em 1949, data em


que se estabeleceu uma joint-venture com a multinacional anglo-holandesa Unilever,
cujos produtos eram comercializados pelo Grupo desde há muito.

A parceria com a Unilever foi reforçada em 2007 com a fusão da FimaVG, Bestfoods,
LeverElida e IgloOlá numa única Companhia denominada Unilever Jerónimo Martins,
detida em 45% pelo Grupo.

No ano 2009, a Unilever Jerónimo Martins autonomizou o negócio de Azeites e Óleos


Vegetais, facto que originou a criação da Gallo Worldwide.

6
O Grupo Jerónimo Martins dedica-se também à distribuição e representação de
marcas internacionais e ao desenvolvimento de projetos no sector da restauração.

Os objetivos do Grupo nesta área de negócio são construir posições de liderança, no


mercado português, para as marcas representadas, sustentadas por uma prestação
de serviços de excelência, a um custo muito competitivo e identificar, desenvolver e
implementar conceitos de retalho especializado, cujas propostas de valor cumpram os
critérios de rentabilidade do Grupo Jerónimo Martins.

Através de Jerónimo Martins Restauração e Serviços (JMRS), o Grupo dedica-se a


projetos de restauração, contando com 61 estabelecimentos espalhados por todo o
país.

A cadeia de quiosques e cafetarias Jeronymo contava no final de 2011 com 24 pontos


de venda. O conceito surgiu em 2002, inicialmente associado a um conceito de
quiosque de café situado no interior das lojas do Grupo, tendo evoluído posteriormente
para o conceito de cafetaria em 2007. A essência do conceito é o café, que tem por
base a qualidade do lote de café Jeronymo, desenvolvido exclusivamente para o
Grupo Jerónimo Martins.

No final de 2011 o projecto das lojas Olá ascendia a 40 unidades, das quais 5 em
regime de franchising. O conceito nasceu em 2000, com a abertura da primeira loja
Olá, no Centro Comercial Colombo. A partir de 2005, a expansão deste conceito
passou a ser da responsabilidade de Jerónimo Martins Restauração e Serviços, que
se assumiu como master franchise do negócio.

A operar em Portugal desde final de 2008, o Chili's nasce da parceria entre Jerónimo
Martins Restauração & Serviços e a empresa americana Brinker International. Num
ambiente descontraído e cheio de energia. Reconhecido pela qualidade dos seus
grelhados, Chili's oferece um menu inspirado na cozinha do sudoeste americano.

Conceito lançado em 2010, o restaurante Oliva, foi totalmente desenvolvido por


Jerónimo Martins Restauração e Serviços. Inspira-se na cozinha mediterrânica e
pretende responder às necessidades de um target urbano, com uma oferta saudável,
prática e familiar, com receitas feitas à frente do cliente, sempre com ingredientes
frescos.

7
A Hussel é um conceito inovador de loja de Retalho Especializado em chocolates,
gomas e outras guloseimas que resulta de uma joint-venture entre o Grupo Jerónimo
Martins (51%) e a alemã Douglas AG (49%).

Para além da maior cadeia de supermercados da Polónia, o Grupo detém ainda a rede
de farmácias Apteka Na Zdrowie e a cadeia de drugstores Hebe.

3.2 - Cultura e Valores

Tendo nascido no final do século XVIII da visão de um homem chamado Jerónimo


Martins, o Grupo manteve sempre, na sua essência, o espírito empreendedor e a
orientação para o crescimento que sobrevive às gerações.

Na sua longa história, a ambição e a capacidade para resistir às dificuldades tornaram-


se valores intrínsecos ao Grupo, estimulando-o a ser cada vez mais eficiente e
competente no desenvolvimento da sua atividade.

Ocupando hoje uma posição de liderança nos países onde opera, o Grupo acredita
que a sua história de êxito se deve, em grande medida, ao espírito de união e ao forte
sentido de equipa que se vive nas suas Companhias.

Os valores do trabalho, da disciplina, do rigor e da competência encontram no Grupo


um ambiente propício ao seu reforço e desenvolvimento. A gestão orienta-se para
responder aos desafios imediatos, incorporando preocupações com impactos tanto no
médio como no longo prazo, em linha com uma filosofia de responsabilidade.

Combinando de forma única a prudência que lhe vem de uma longa experiência
acumulada com a ousadia para assumir riscos e inovar, o Grupo valoriza o
conhecimento e o esforço na procura incessante de novas e cada vez melhores
soluções para responder às necessidades e expectativas dos que consigo se
relacionam.

Esta motivação para uma constante inovação e pioneirismo é parte integrante da


cultura de gestão do Grupo, traduzindo-se em múltiplos exemplos, dos quais alguns
dos mais recentes são: o desenvolvimento da operação de Meal Solutions (Take-Away

8
e Restaurantes nas lojas Pingo Doce), o lançamento de uma gama de produtos
dietéticos e orientados para uma alimentação mais saudável e a criação do projeto de
lojas "Amanhecer".

A maneira do Grupo estar nos negócios caracteriza-se desde logo pelo rigor que
coloca na definição e execução dos seus planos estratégicos. A transparência,
nomeadamente na defesa dos interesses dos seus acionistas e na avaliação e
desenvolvimento das carreiras dos seus colaboradores, traduz a importância atribuída
às relações com os seus stakeholders. Tudo isto, no quadro de um paradigma de
atuação sustentável.

3.3 - Missão e Estratégia

A missão do Grupo Jerónimo Martins é satisfazer os legítimos interesses dos


Accionistas através de uma estratégia centrada na criação de valor e no
desenvolvimento sustentável.

O Grupo Jerónimo Martins assume como pilares centrais da sua missão a criação de
valor e o desenvolvimento sustentável, no âmbito do exercício da sua
Responsabilidade Corporativa.

As orientações estratégicas do Grupo para a criação de valor assentam em quatro


vertentes, reforço contínuo da solidez do balanço; gestão do risco na preservação de
valor dos ativos; maximização do efeito de escala e das sinergias e promoção da
inovação e pioneirismo como fatores de desenvolvimento de vantagens competitivas.

Estes quatro vectores visam atingir os seguintes objetivos estratégicos: atingir e


consolidar uma posição de liderança nos mercados onde atua; construir e desenvolver
insígnias e marcas fortes e responsáveis; assegurar o crescimento equilibrado das
suas unidades de negócio em vendas e rentabilidade.

Na prossecução destes objetivos, as Companhias do Grupo desenvolvem a sua


atividade orientadas pelas seguintes linhas de atuação: reforço da competitividade do
preço e da proposta de valor; melhoria da eficiência operacional; incorporação da
atualização tecnológica; identificação de oportunidades de crescimento rentável.

9
3.4 - Desenvolvimento Sustentável

A orientação estratégica do Grupo assenta também na incorporação de preocupações


ambientais e sociais na gestão da cadeia de valor, com vista a promover o
desenvolvimento sustentável das regiões onde opera e das comunidades envolventes.

Neste âmbito, assumimos cinco compromissos prioritários e de enquadramento ao


desenvolvimento da atividade: promover a Saúde pela Alimentação; respeitar o
Ambiente; comprar com Responsabilidade; apoiar as Comunidades Envolventes; ser
um Empregador de Referência.

Na prossecução destes compromissos, o Grupo procura integrar nos processos e na


cultura das suas Companhias, a diversos níveis e junto dos vários stakeholders,
grandes linhas transversais e orientadoras da sua ação: desenvolver gamas de Marca
Própria de grande qualidade nutricional e organolética e elevada segurança alimentar;
minimizar impactos ambientais negativos decorrentes das atividades; preferir, sempre
que possível e em igualdade de circunstâncias, comprar ao nível local/nacional e
desenvolver relações comerciais duradouras; apoiar a luta contra a fome, a
malnutrição e a exclusão social em 2 grupos-alvo prioritários: crianças, jovens e
idosos; promover políticas salariais justas e competitivas; desenvolvimento do capital
humano e a melhoria das condições de trabalho.

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3.5 – Pingo Doce Azeitão

A loja Pingo Doce de Azeitão é a mais recente loja do Grupo com apenas 2 meses de
vida. Está localizada na Azinhaga dos Pasmados em S. Simão, Azeitão, com o horário
de funcionamento ao público das 9 às 21h.

Com 65 colaboradores, a loja segue a mesma linha de funcionamento de todas as


outras lojas do grupo. Um gerente, dois adjuntos, uma secretaria, uma operadora de
logística, um chefe por cada secção: charcutaria, frente de loja, fruta, padaria, peixaria,
reposição e talho, e entre 4 e 14 colaboradores por secção.

Os horários dos colaboradores variam conforme as necessidades das secções


iniciando a sua atividade, a maioria, às 6h, excetuo a padaria que inicia às 5h, a frente
de loja inicia às 8:30 e a reposição é noturna. A hora de saída do turno de fecho de
loja é às 22h, excetuo, como foi dito anteriormente, a reposição. A totalidade das horas
de trabalho são de 8 diárias com 2 horas de intervalo para almoço e 15 minutos de
pausa. As folgas são 2 por semana rotativas. O controlo dos horários é feito através do
cartão de identificação pessoal que cada trabalhador possui, ao picar o ponto.

Todos os novos colaboradores tiveram formação sobre a sua própria secção, SHT,
HACCP, vendas e regras de conduta do grupo, em sala, e 2 meses de formação on
job nas lojas “escola”. A medicina no trabalho foi feita 15 dias após o início da data do
contrato de trabalho.

Figura1 – Loja Pingo Doce Azeitão

11
3.6 – Organograma da Loja

Gerente de Loja

Adjunta Adjunto Secretária

Chefe Chefe Fr. Chefe Chefe Chefe Chefe Chefe


Charcutaria Loja - 3 Fruta Padaria Peixaria Reposição Talho

Operador Operador Operador Op. Pad Operador Operador Operador


Operador Operador Operador Op. Pad Operador Operador Operador
Operador Operador Operador Op. Pad Operador Operador Operador
Operador Operador Operador Op. Pad Operador Operador Operador
Operador Operador Op. Pad Operador Operador Operador
Operador Operador Balcão Operador Operador
Operador Balcão Op. Logist Operador
Operador Balcão
Operador Balcão
Operador Balcão
Operador Balcão
Operador

Esquema1 - Organograma

Os Serviços de Marketing, Financeiros, SHT, HACCP, Formação e Medicina no


Trabalho não foram inseridos no organograma pois são efetuados através do
departamento central do Grupo Pingo Doce.

Os serviços de limpeza e segurança são feitos por empresas externas.

12
4 – AVALIAÇÃO DE RISCOS

São considerados riscos de trabalho todas as situações, reais ou potenciais,


susceptiveis a curto, medio ou longo prazo de causarem lesões aos trabalhadores ou
à comunidade, em resultado do trabalho.

A avaliação de riscos é um processo continuo e dinâmico que tem por objetivo calcular
os riscos para a segurança do trabalhador, de modo a criar medidas de controlo para
excluir ou, se não for possível, minimizar esses riscos não aceitáveis.

De modo a elaborar uma avaliação de riscos fiável é necessário listar as atividades


e/ou tarefas que são efetuadas, identificar os perigos adjacentes a essas
atividades/tarefas e por fim identificar os riscos que são resultado da interação do
trabalhador com o perigo.

Existem vários tipos de riscos que são de grande importância identificar a nível de um
posto de trabalho, entre eles os de iluminação, vibrações, ruido, ambientes térmicos,
agentes biológicos e químicos (higiene no trabalho), riscos elétricos, máquinas,
incêndios e explosões (segurança no trabalho), riscos ergonómicos, e psicossociais.

Neste trabalho, para a identificação dos perigos, foi feito um levantamento de


informações através de conversas informais com a técnica de SHT, com os
trabalhadores de cada secção e observação direta das tarefas que os mesmos
executam.

As avaliações de risco efetuadas neste trabalho têm como objetivo identificar os


perigos de cada seção e avaliar os riscos a que os trabalhadores estão sujeitos ao
interagirem com esses perigos com o intuito de sugerir medidas corretivas.

A metodologia escolhida para a elaboração da avaliação de risco deste projeto é a


William T.Fine, confrontando o grau de risco com a probabilidade, em que o resultado
será analisado numa Matriz de Grau de Risco, sendo possível analisar se o risco é ou
não aceitável.

O método William-Fine parte do conceito geral de risco para determinar o grau de


perigosidade de um risco, determinado pela seguinte expressão:

13
GP = C x E x P

Em que:

GP – grau de perigosidade do risco

C – consequências esperadas

E – Tempo de exposição do trabalhador à situação de risco

P – probabilidade de ocorrência

As tabelas seguintes apresentam os vários níveis e descritores associados a cada


uma das variáveis em questão:

Consequências (C) Descrição Valor


Catástrofe Numerosas mortes, grandes perdas > 100
100000€
Várias mortes Perdas entre 500000 e 1000000€ 50
Morte Perdas entre 100000 e 500000€ 25
Lesões graves Perdas entre 1000 e 100000€ 15
Lesões com baixa Perdas até 1000€ 5
Pequenas feridas Contusões, golpes, etc. 1

Tabela1 – Consequências esperadas

Exposição (E) Descrição Valor


Continuamente Muitas vezes ao dia 10
Frequentemente Aproximadamente uma vez ao dia 6
Ocasionalmente De uma vez por semana a uma vez por mês 3
Irregularmente Pelo menos uma vez por ano 2
Raramente 1
Remotamente 0,5

Tabela2 - Exposição

14
Probabilidade (P) Valor
Acidente muito grave e esperado 10
Acidente frequente (50%) 6
Acidente pouco esperado 3
Acidente raro 1
Acidente com uma probabilidade remota de ocorrência 0,5
Acidente praticamente impossível 0,1

Tabela3 - Probabilidade

O produto das 3 variáveis (C,E e P) dá origem à magnitude de risco (R) ou grau de


perigosidade (GP).

Para determinar as prioridades de intervenção recorre-se à escala de Índice de


Risco:

Grau de Perigosidade Nível de Risco Atuação


GP > 400 1 Grave / eminente Suspensão imediata da atividade
200 < GP < 400 2 Alta Correção imediata
70 < GP < 200 3 Notável Correção necessária urgente
20 < GP < 70 4 Moderado Não urgente, mas deve-se corrigir
GP < 20 5 Aceitável Pode omitir-se a correção

Tabela4 – Grau de Perigosidade

15
5 – CONTROLO DO RISCO

O controlo de risco é definido em função do nível de perigosidade, sendo a prioridade,


o grave e eminente, que requer ação imediata em relação a todas as outras.

O grau de risco 5 não requer qualquer medida correctiva, sendo mantidos os controlos
existentes. As medidas de controlo de riscos são revistas em função dos resultados
obtidos na avaliação do Grau de perigosidade.

Para controlar os riscos profissionais é imprescindível que a empresa forneça os


equipamentos de proteção adequados aos riscos existêntes, preferencialmente os
equipamentos de proteção coletiva, pois são os mais abrangentes, protegem todos os
trabalhadores da seção e os mais cómodos.

Quando os equipamentos de proteção coletivos não são eficientes ou não são


possíveis de aplicar, a empresa tem a obrigação de fornecer equipamentos de
proteção individual.

O Grupo Pindo Doce, honra este compromisso e fornece a todos os funcionários o uso
de equipamentos de proteção individual, controlando e incentivando os funcionários a
usá-los.

Em cada seção é fornecido equipamentos adequados, todos os funcionários da loja


usam sapatos antiderrapante de biqueira de aço, e todos aqueles que integram as
secções de frescos utilizam touca.

No ato da entrega dos EPIs, o trabalhador assina uma declaração em como recebeu o
equipamento, de modo a tomar consciência que são para manter estimados e limpos.

16
6 – AVALIAÇÃO DE RISCO POR SECÇÕES

Após o levantamento de dados, por conversas com os funcionários e observação


direta, segue-se uma avaliação de riscos detalhada por cada secção, onde, apesar da
subjetividade, são apresentados o grau de exposição, probabilidade e consequência e
a priorização das medidas a tomar.

Secção Número de Colaboradores


Administração 4
Charcutaria 7
Frente de Loja 15
Fruta 5
Padaria 12
Peixaria 6
Reposição 8
Talho 8

Tabela5 – Número de trabalhadores por secção

17
6.1 - Administração

Aceitação
Análise dos Riscos Avaliação Grau de Risco Medidas de
Risco
Controlo
Tarefa Perigo Risco Consequência Exposição Probabilidade Perigosidade Grau Risco
Atendimento
Má Estratégias de
ao público/ Psicossocial 5 10 0,5 25 4
comunicação motivação
colaboradores
Formação em
Consequências
movimentação
Peso a nível de 15 10 0,5 75 3
manual de
costas
cargas
Cansaço
Movimentação
Consequências
de Mercadoria Movimentos a nível de Sem
1 6 0,5 3 5
repetitivos costas, intervenção
articulações e
musculares
Queda de Esmagamento
5 10 1 50 4 Vitafilm
mercadoria Contusões
Sem
X-acto Corte 1 6 1 6 5
intervenção
Lesões
Monitor do Elevação do
oculares
computador monitor ao
Tarefas gerais Consequências 5 10 0,5 25 4
abaixo nível nível dos
a nível da
do olhar olhos
coluna
Esmagamento EPC (sist de
Empilhador 15 6 0,5 45 4
Entalamento proteção,

18
Fractura sinalização)
EPI (sapatos
biqueira de
aço e
capacete)
Esmagamento
Sem
Porta-paletes Entalamento 1 6 0,1 0,6 5
intervenção
Fractura
Piso Sem
Queda 1 6 3 18 5
molhado intervenção
Formação em
Consequência
Postura movimentação
a nível de 1 10 3 30 4
inadequada manual de
costas
cargas
Fratura
Sem
Compactador Amputação 15 3 0,1 4,5 5
intervenção
Esmagamento
Mudança de Consequência
Sem
ambientes a nível dos 1 10 0,5 5 5
intervenção
térmicos ossos
Sugere-se
Cansaço
Ruido 1 10 0,1 1 5 avaliação de
Perda auditiva
ruido
Consequência
8h em
a nível de Exercícios de
posição de 1 10 3 30 4
costas, pernas pernas

e joelhos

19
6.2 - Charcutaria

Aceitação
Análise dos Riscos Avaliação Grau de Risco Medidas de
Risco
Controlo
Tarefa Perigo Risco Consequência Exposição Probabilidade Perigosidade Grau Risco
Atendimento
Má Estratégias de
ao público/ Psicossocial 5 10 0,5 25 4
comunicação motivação
colaboradores
Piso EPI (sapatos
Queda 5 10 3 150 3
escorregadio antiderrapantes)
Formação em
Consequências
Higienização Postura movimentação
a nível de 5 10 6 300 2
dos espaços inadequada manual de
costas
cargas
Produtos Intoxicação Sem
1 10 0,1 1 5
químicos Queimadura intervenção
Chaminé Intoxicação Máscara de
Higienização 5 3 3 45 4
churrasqueira Queimaduras rosto
Sem
Temperatura Queimaduras 1 10 0,1 1 5
Máquina de intervenção
assar frangos Intoxicação Sem
Higienização 1 10 0,1 1 5
Queimaduras intervenção
Formação em
Consequências
movimentação
Peso a nível de 15 10 6 900 1
Movimentação manual de
costas
de Mercadoria cargas
Queda de Esmagamento
5 10 6 300 2 Vitafilm
mercadoria Contusões
Movimentos Consequências 15 10 3 450 1 Exercícios de

20
repetitivos a nível de pulsos
costas,
articulações e
musculares
Entalamento
Sem
Porta-paletes Esmagamento 1 6 0,1 0,6 5
intervenção
Fratura
Corte
EPC (proteção
Fiambreira Movimento de 1 10 3 30 4
de laminas)
pulso repetitivo
Sem
Preparação Facas Corte 1 10 0,5 5 5
intervenção
dos produtos
Consequência
Postura a nível de Sem
1 10 0,5 5 5
inadequada costas, pernas intervenção
e joelhos
Piso EPI (sapatos
Queda 5 10 0,5 25 4
gorduroso antiderrapantes)
Formação em
Consequência
Postura movimentação
a nível de 5 10 0,5 25 4
inadequada manual de
costas
cargas
Tarefas gerais EPC (proteção
Embaladora Queimaduras 1 10 3 30 4
da barra)
Fratura
Compactador Amputação 15 6 0,5 45 4 Sinalização
Esmagamento
Sem
Facas Corte 1 10 0,5 5 5
intervenção

21
Material não
Queda 1 10 3 30 4 Organização
arrumado
Mudança de Consequência
EPI (colete/
ambientes a nível dos 5 10 6 600 1
casaco térmico)
térmicos ossos
Sugere-se
Cansaço
Ruido 1 10 0,5 5 5 avaliação de
Perda auditiva
ruido
Consequência
8h em
a nível de Exercício de
posição de 5 10 0,5 25 4
costas, pernas pernas

e joelhos

22
6.3 – Frente de Loja

Aceitação
Análise dos Riscos Avaliação Grau de Risco Medidas de
Risco
Controlo
Tarefa Perigo Risco Consequência Exposição Probabilidade Perigosidade Grau Risco
Atendimento
Má Estratégias de
ao público/ Psicossocial 5 10 0,5 25 4
comunicação motivação
colaboradores
Piso Sem
Queda 5 6 0,5 15 5
escorregadio intervenção
Consequências
Higienização Postura Sem
a nível de 1 6 0,5 3 5
dos espaços inadequada intervenção
costas
Produtos Intoxicação Sem
1 6 0,1 0,6 5
químicos Queimadura intervenção
Consequências
Sem
Peso a nível de 5 6 0,1 3 5
intervenção
costas
Cansaço
Consequências
Exercícios de
Movimentos a nível de
Movimentação 5 10 3 150 3 pulso e
repetitivos costas,
de Mercadoria ombros
articulações e
musculares
Queda de Esmagamento Sem
1 10 0,5 5 5
mercadorias Contusões intervenção
Entalamento
Sem
Porta-paletes Esmagamento 1 3 0,1 0,3 5
intervenção
Fratura

23
Piso Sem
Queda 5 6 0,5 15 5
gorduroso intervenção
Formação em
Consequência
Postura movimentação
a nível de 5 10 6 300 3
inadequada manual de
costas
cargas
Fratura
Sem
Compactador Amputação 15 3 0,1 4,5 5
intervenção
Esmagamento
Material não Sem
Tarefas gerais Queda 1 6 0,5 3 5
arrumado intervenção
Utilização do Lesões Sem
1 10 0,5 5 5
scanner oculares intervenção
Monitor
Consequências
abaixo do Elevação do
a nível de 5 10 6 300 3
nível dos monitor
coluna
olhos
Sugere-se
Cansaço
Ruido 1 10 0,5 5 5 avaliação de
Perda auditiva
ruido

24
6.4 – Frutaria

Aceitação
Análise dos Riscos Avaliação Grau de Risco Medidas de
Risco
Controlo
Tarefa Perigo Risco Consequência Exposição Probabilidade Perigosidade Grau Risco
Atendimento
Má Sem
ao público/ Psicossocial 1 10 0,5 5 5
comunicação intervenção
colaboradores
Piso EPI
Queda 5 10 3 150 3
escorregadio (galochas)
Formação em
Consequências
Higienização Postura movimentação
a nível de 5 10 1 50 2
dos espaços inadequada manual de
costas
cargas
Produtos Intoxicação Sem
1 10 0,5 5 5
químicos Queimadura intervenção
Formação em
Consequências
movimentação
Peso a nível de 15 10 6 900 1
manual de
costas
cargas
Cansaço
Movimentação Consequências
Exercícios de
de Mercadoria Movimentos a nível de
5 10 3 150 3 pernas e
repetitivos costas,
pulsos
articulações e
musculares
Queda de Esmagamento
5 10 3 150 3 Vitafilm
mercadorias Contusões
Porta-paletes Entalamento 1 10 0,5 5 5 Sem

25
Esmagamento intervenção
Fratura
Proteção de
Embaladora Queimaduras 1 10 3 30 4
barras
EPI (luvas
Facas Corte 1 10 3 30 4
malha de aço)
Máquina
Amputação Proteção de
corte de 1 10 3 30 4
esmagamento corte
ananás
Piso Sem
Queda 1 10 1 10 5
gorduroso intervenção
Formação em
Consequência
Postura movimentação
a nível de 15 10 6 900 1
inadequada manual de
costas
cargas
Tarefas gerais Fratura
Sem
Compactador Amputação 15 6 0,1 9 5
intervenção
Esmagamento
Mudança de Consequência
Camisolas
ambientes a nível dos 5 10 6 300 2
térmicas
térmicos ossos
Sugere-se
Cansaço
Ruido 1 10 0,5 5 5 avaliação de
Perda auditiva
ruido
Consequência
8h em
a nível de Exercícios de
posição de 5 10 0,5 25 4
costas, pernas pernas

e joelhos

26
6.5 – Padaria

Aceitação
Análise dos Riscos Avaliação Grau de Risco
Risco Medidas de
Grau Controlo
Tarefa Perigo Risco Consequência Exposição Probabilidade Perigosidade
Risco
Atendimento
Má Estratégias de
ao público/ Psicossocial 5 10 0,5 25 4
comunicação motivação
colaboradores
Piso EPI (sapatos
Queda 5 10 0,5 25 4
escorregadio antiderrapantes)
Formação em
Consequências
Higienização Postura movimentação
a nível de 1 10 3 30 4
dos espaços inadequada manual de
costas
cargas
Produtos Intoxicação Sem
1 10 0,5 5 5
químicos Queimadura intervenção
Formação em
Consequências
movimentação
Peso a nível de 15 6 3 270 2
manual de
costas
cargas
Cansaço
Movimentação
Consequências
de Mercadoria Movimentos a nível de
5 10 3 150 3 Alternar tarefas
repetitivos costas,
articulações e
musculares
Queda de Esmagamento
5 10 3 150 3 Vitafilm
mercadoria Contusões

27
Entalamento
Sem
Porta-paletes Esmagamento 1 6 0,5 3 5
intervenção
Fratura
Colocar
Amassadeira Entalamento 5 10 1 50 4
proteção
Entalamento
Apenas 1
Divisoras 20/30 Fractura 5 10 3 150 3
utilizador
esmagamento
Transformadora Respeitar
Entalamento 5 10 3 150 3
de barras manual
EPI (luvas
Fornos Queimaduras 1 10 3 30 4
térmicas)
Sem
Leiteira Queimaduras 1 10 1 10 5
intervenção
Maquina corte
Corte 5 10 0,5 25 4 Sinalização
de pão
Tarefas gerais Máquina do Sem
Queimaduras 1 10 1 10 5
café intervenção
Inalação de
Desidratação 1 10 3 30 4 Hidratação
farinha
Sem
Facas Corte 1 10 1 10 5
intervenção
Piso gorduroso/ Sem
Queda 1 10 0,5 5 5
farinha intervenção
Formação em
Consequência
Postura movimentação
a nível de 15 10 3 450 1
inadequada manual de
costas
cargas
Fratura Sem
Compactador 15 6 0,1 9 5
Amputação intervenção

28
Esmagamento
Mudança de Consequência
EPI (casaco
ambientes a nível dos 5 10 3 150 3
térmico)
térmicos ossos
Sugere-se
Cansaço
Ruido 1 10 0,5 5 5 avaliação de
Perda auditiva
ruido
Consequência
8h em posição a nível de Exercícios de
5 10 0,5 25 4
de pé costas, pernas pernas
e joelhos

29
6.6 Peixaria

Aceitação
Análise dos Riscos Avaliação Grau de Risco Medidas de
Risco
Controlo
Tarefa Perigo Risco Consequência Exposição Probabilidade Perigosidade Grau Risco
Atendimento
Má Estratégias de
ao público/ Psicossocial 5 10 0,5 25 4
comunicação motivação
colaboradores
Piso Sem
Queda 1 10 1 10 5
escorregadio intervenção
Consequências
Higienização Postura Sem
a nível de 1 10 0,5 5 5
dos espaços inadequada intervenção
costas
Produtos Intoxicação Sem
1 10 0,5 5 5
químicos Queimadura intervenção
Formação em
Consequências
movimentação
Peso a nível de 15 10 6 900 1
manual de
costas
cargas
Cansaço
Consequências
Movimentação
Movimentos a nível de Alternar
de Mercadoria 5 10 3 150 3
repetitivos costas, tarefas
articulações e
musculares
Queda de Esmagamento
5 10 1 50 4 Vitafilm
mercadoria Contusões
Entalamento Sem
Porta-paletes 1 6 0,5 3 5
Esmagamento intervenção

30
Fratura
Corte Corte Apenas 1
15 10 3 450 1
bacalhau Amputação utilizador
Serradora Corte Utilizar
15 10 3 450 1
peixe Amputação proteções
Luvas malha
Facas Corte 1 10 3 30 4
de aço
Piso com EPI (galochas
Queda 5 10 1 50 4
gelo antiderrapante)
Formação em
Consequência
Postura movimentação
a nível de 15 10 3 450 1
inadequada manual de
costas
cargas
Fratura
Sem
Compactador Amputação 15 6 0,1 9 5
Tarefas gerais intervenção
Esmagamento
Mudança de Consequência EPI (Casacos
ambientes a nível dos 5 10 3 150 3 e Coletes
térmicos ossos térmicos)
Sugere-se
Cansaço
Ruido 1 10 0,5 5 5 avaliação de
Perda auditiva
ruido
8h em Consequência
temperaturas a nível de 15 10 3 450 1 Fato térmico
baixas ossos
Consequência
8h em
a nível de Exercícios de
posição de 5 10 0,5 25 4
costas, pernas pernas

e joelhos

31
6.7 – Reposição

Aceitação
Análise dos Riscos Avaliação Grau de Risco Medidas de
Risco
Controlo
Tarefa Perigo Risco Consequência Exposição Probabilidade Perigosidade Grau Risco
Atendimento
Má Sem
ao público/ Psicossocial 1 10 0,5 5 5
comunicação intervenção
colaboradores
Formação em
Consequências
movimentação
Peso a nível de 15 10 3 450 1
manual de
costas
cargas
Cansaço
Consequências
Movimentos a nível de
5 10 1 50 4 Alternar tarefas
repetitivos costas,
articulações e
Movimentação musculares
de Mercadoria Queda de Esmagamento
1 10 3 30 4 Vitafilm
mercadoria Contusões
Entalamento
Sem
Porta-paletes Esmagamento 1 10 1 10 5
intervenção
Fratura
EPC (sist de
proteção,
Esmagamento
sinalização) EPI
Empilhador Entalamento 15 10 1 150 3
(sapatos
Fractura
biqueira de aço
e capacete)

32
X-acto Corte 1 10 3 30 4 EPI (Luvas)
Amputação
Sem
Compactador Esmagamento 15 10 0,1 15 5
intervenção
Fractura
Piso EPI (Sapatos
Queda 5 10 0,5 25 4
molhado antiderrapantes)
Formação em
Consequência
Postura movimentação
a nível de 15 10 3 450 1
inadequada manual de
costas
cargas
Tarefas gerais Mudança de Consequência EPI (Casacos e
ambientes a nível dos 5 10 0,5 25 4 coletes
térmicos ossos térmicos)
Sugere-se
Cansaço
Ruido 1 6 0,5 3 5 avaliação de
Perda auditiva
ruido
Consequência
8h em
a nível de Exercícios e
posição de 5 10 0,5 25 4
costas, pernas pernas

e joelhos

33
6.8 – Talho

Aceitação
Análise dos Riscos Avaliação Grau de Risco Medidas de
Risco
Controlo
Tarefa Perigo Risco Consequência Exposição Probabilidade Perigosidade Grau Risco
Atendimento
Má Estratégias de
ao público/ Psicossocial 5 10 0,5 25 4
comunicação motivação
colaboradores
Piso Sem
Queda 1 10 0,5 5 5
escorregadio intervenção
Formação em
Consequências
Higienização Postura movimentação
a nível de 5 10 0,5 25 4
dos espaços inadequada manual de
costas
cargas
Produtos Intoxicação Sem
1 10 0,5 5 5
químicos Queimadura intervenção
Formação em
Consequências
movimentação
Peso a nível de 15 10 3 450 1
manual de
costas
cargas
Cansaço
Movimentação Consequências
de Mercadoria Movimentos a nível de Rotatividade
5 10 3 150 3
repetitivos costas, das tarefas
articulações e
musculares
Queda de Esmagamento Sem
1 10 0,5 5 5
mercadoria Contusões intervenção
Porta-paletes Entalamento 1 6 0,5 3 5 Sem

34
Esmagamento intervenção
Fratura
Proteção de
Embaladora Queimaduras 1 10 3 30 4
barras
EPI (Luvas
Facas Corte 5 10 3 150 3
Malha de aço)
Picadora de Feridas Utilizar
5 10 0,5 25 4
carne Esmagamento proteções
Piso com EPI (sapatos
Queda 5 10 0,5 25 4
sangue antiderrapantes)
Formação em
Consequência
Postura movimentação
a nível de 1 10 3 30 4
inadequada manual de
costas
cargas
Tarefas gerais Fratura
Compactador Amputação 15 6 0,5 45 4 Sinalização
Esmagamento
Mudança de Consequência
EPI (casaco e
ambientes a nível dos 1 10 3 30 4
colete térmico)
térmicos ossos
Sugere-se
Cansaço
Ruido 1 10 0,5 5 5 avaliação de
Perda auditiva
ruido
Consequência
8h em
a nível de Exercícios de
posição de 1 10 3 30 4
costas, pernas pernas

e joelhos

35
7 – PRINCIPAIS PERIGOS

Após a Identificação dos perigos e avaliação dos riscos por dada secção, é de
salientar que os perigos existentes são comuns nas diversas secções nas mais
diversas tarefas, o que é compreensível, visto que se trata de uma empresa de
distribuição alimentar, na qual entre as diferentes secção o que diverge é o tipo de
produto que se vende, sendo que as tarefas são bastante identicas.

Analisando os perigos mais comumente identificados nas várias secções, é de realçar


a movimentação manual de cargas, tarefa comum nas várias secções, que se aplica a
qualquer operação de movimentação ou deslocamento voluntário de uma carga por
um ou mais trabalhadores, compreendendo as operações fundamentais de elevação,
transporte e descarga. Devido às suas características ou condições ergonómicas
desfavoráveis, a movimentação manual de cargas comporta riscos para os
trabalhadores, nomeadamente na região dorso-lombar.

É de grande importância a utilização de equipamento que facilite o manuseamento de


cargas, como porta paletes ou carrinhos, tomar precauções e ter formação, garantir o
uso correto de EPIs são algumas medidas que ajudam a prevenir danos nos
trabalhadores.

É de salientar, também, que os perigos com maior grau de risco não originam lesão
imediata, o seja, ao longo do tempo, que varia de individuo para individuo, a postura
incorreta e a variação de temperatura causaram danos, muitas vezes severos, físicos.

36
Excerto do Decreto-Lei nº 330/93 de 25 de Setembro - Movimentação Manual de
Cargas:

“ Artigo 4º - Medidas gerais de prevenção:

1 – O empregador deve adotar medidas de organização do trabalho adequadas ou


utilizar os meios apropriados, nomeadamente equipamentos mecânicos, de modo a
evitar a movimentação manual de cargas pelos trabalhadores.

2 – Sempre que não seja possível evitar a movimentação manual de cargas, o


empregador deve (…), utilizar ou fornecer aos trabalhadores os meios adequados, a
fim de que essa movimentação seja a mais segura possível.

Artigo 5º - Avaliação de referência de risco:

1 – O empregador deve proceder à avaliação dos elementos de referência do risco da


movimentação manual das cargas e das condições de segurança e de saúde (…),
considerando, nomeadamente:

a) As características da carga (…)


b) O esforço físico exigido (…)

2 – O empregador deve tomar as medidas apropriadas para evitar ou reduzir os riscos,


nomeadamente para a região dorso-lombar, nas seguintes situações:

- Espaço livre, nomeadamente vertical, insuficiente para o exercício da atividade em


causa;

- Pavimento irregular que implique riscos de tropeçar ou seja escorregadio;

- Pavimento ou plano de trabalho com desníveis que impliquem movimentação manual


de cargas em diversos níveis;

- Local ou condições de trabalho que não permitam ao trabalhador movimentar


manualmente as cargas a uma segura ou numa postura correta;

- Pavimento ou ponto de apoio instáveis;

37
- Temperatura, humidade ou circulação de ar inadequadas.

3 – O empregador deve tomar, ainda, medidas apropriadas quando a atividade


implique:

- Esforços físicos que solicitem, nomeadamente, a coluna vertebral e sejam


frequentes ou prolongados;

- Período insuficiente de descanso fisiológico ou de recuperação;

- Grandes distâncias de elevação, abaixamento ou transporte;

- Cadência que não possa ser controlada pelo trabalhador.

Artigo 6º - Reavaliação dos elementos de risco:

Quando as avaliações dos elementos de referência previstas no artigo anterior


revelarem risco para a segurança e saúde dos trabalhadores, o empregador deve
adotar os seguintes procedimentos:

a) Identificar as causas de risco e os fatores individuais de risco, nomeadamente


a inaptidão física, e tomar rapidamente as medidas corretivas apropriadas;
b) Proceder a nova avaliação, a fim de verificar a eficácia das medidas corretivas
adotadas.

Artigo 7º - Consulta aos trabalhadores:

Os trabalhadores, assim como os seus representantes na empresa ou


estabelecimento, devem ser consultados sobre a aplicação das medidas previstas no
presente diploma.

38
Artigo 8º - Informação e formação aos trabalhadores:

1 – O empregador deve facultar aos trabalhadores (…) informação sobre:

a) Os riscos potenciais para a saúde derivados da incorreta movimentação


manual de cargas;
b) O peso máximo e outras características da carga;
c) O centro de gravidade da carga e o lado mais pesado da mesma, quando o
conteúdo de uma embalagem tiver uma distribuição não uniforme de peso;

2 – O empregador deve providenciar no sentido de os trabalhadores receberem


formação adequada e informações precisas sobre a movimentação correta das
cargas.”

O segundo perigo que também é comum a todas as secções são as mudanças de


ambientes térmicos, caracterizados pelas grandes diferenças de temperatura. Devido
às regras de HCCP os congeladores têm de estar a -18º, as camaras de peixe, talho e
fruta a 5º, os corredores internos (de frescos), a pastelaria e a peixaria a 12º e as
vitrinas e expositores de lacticínios a rondar os 4º. A loja encontra-se a temperatura
ambiente. Recomenda-se, para quem tem de estar constantemente a baixas
temperaturas como é o caso da peixaria e frutaria a utilização de fatos térmicos.

Excerto do Decreto-Lei nº 47/2012 de 29 de Agosto – Código de trabalho:

Artigo 281º - Princípios gerais em matéria de segurança e saúde no trabalho:

1 – O trabalhador tem direito a prestar trabalho em condições de segurança e saúde.


2 – O empregador deve assegurar aos trabalhadores condições de segurança e saúde

39
em todos os aspetos relacionados com o trabalho, aplicando as medidas necessárias
tendo em conta princípios gerais de prevenção.
3 – Na aplicação das medidas de prevenção, o empregador deve mobilizar os meios
necessários, nomeadamente nos domínios da prevenção técnica, da formação,
informação e consulta dos trabalhadores e de serviços adequados, internos ou
externos à empresa.
4 – Os empregadores que desenvolvam simultaneamente atividades no mesmo local
de trabalho devem cooperar na proteção da segurança e da saúde dos respectivos
trabalhadores, tendo em conta a natureza das atividades de cada um.
5 – A lei regula os modos de organização e funcionamento dos serviços de segurança
e saúde no trabalho, que o empregador deve assegurar.
6 – São proibidos ou condicionados os trabalhos que sejam considerados, por
regulamentação em legislação especial, susceptíveis de implicar riscos para o
património genético do trabalhador ou dos seus descendentes.
7 – Os trabalhadores devem cumprir as prescrições de segurança e saúde no trabalho
estabelecidas na lei ou em instrumentos de regulamentação coletiva de trabalho, ou
determinadas pelo empregador.

Artigo 282.º - Informação, consulta e formação dos trabalhadores:

1 – O empregador deve informar os trabalhadores sobre os aspetos relevantes para a


proteção da sua segurança e saúde e a de terceiros.
2 – O empregador deve consultar em tempo útil os representantes dos trabalhadores,
ou os próprios trabalhadores, sobre a preparação e aplicação das medidas de
prevenção.
3 – O empregador deve assegurar formação adequada, que habilite os trabalhadores
a prevenir os riscos associados à respectiva atividade e os representantes dos
trabalhadores a exercer de modo competente as respectivas funções.
4 – Em cada empresa, os trabalhadores são representados na promoção da
segurança e saúde no trabalho por representantes eleitos com essa finalidade ou, na
sua falta, pela comissão de trabalhadores.

40
Terceiro perigo identificado, que poderá levar a graves lesões nos trabalhadores é a
movimentação mecânica de cargas, que se aplica nas situações onde são utilizados
meios para a movimentação de cargas (carrinhos, porta-paletes, empilhadores…)

Apesar dos trabalhadores referenciarem que como os equipamentos são novos, são
mais fáceis de manusear do que, por exemplo, em lojas onde estiveram a estagiar, o
risco de lesão relacionado com a colisão de equipamentos e queda de carga em cima
dos trabalhadores durante a movimentação ou deficiência técnica no equipamento são
as principais causas de dano para o trabalhador.

No entanto, é necessário serem tomadas medidas preventivas para evitar incidentes,


tais como respeitar as instruções definidas pelos fabricantes dos equipamentos,
respeitar o espaço de trabalho organizando o espaço, verificar regularmente o estado
do material e limitar a utilização dos equipamentos apenas às pessoas habilitadas.

Excerto do Decreto-lei nº 50/2005 de 25 de Fevereiro – Equipamentos de


trabalho:

Artigo 5º - Esquipamentos de trabalho com riscos específicos:

Sempre que a utilização de um equipamento de trabalho possa apresentar risco


específico para a segurança ou a saúde dos trabalhadores, o empregador deve tomar
as medidas necessárias para que a sua utilização seja reservada a operador
especificamente habilitado para o efeito, considerando a correspondente atividade.

Artigo 8º - Informação aos Trabalhadores:

1 – O empregador deve prestar aos trabalhadores e seus representantes para a


segurança, higiene e saúde no trabalho a informação adequada sobre os
equipamentos de trabalho utilizados.

41
2 – A informação deve ser facilmente compreensível, escrita, se necessário, e conter,
no mínimo, indicações sobre:

a) Condições de utilização dos equipamentos;


b) Situações anormais previsíveis;
c) Conclusões a retirar da experiencia eventualmente adquirida com a utilização
dos equipamentos;
d) Riscos para os trabalhadores decorrentes de equipamentos de trabalho
existentes no ambiente de trabalho ou de alterações dos mesmos que possam
afetar os trabalhadores, ainda que não utilizem diretamente.

Artigo 13º - Paragem do Equipamento:

1 – O equipamento de trabalho deve estar provido de um sistema de comando que


permita a sua paragem geral em condições de segurança, bem como de um
dispositivo de paragem de emergência se for necessário em função dos perigos
inerentes ao equipamento e ao tempo normal de paragem.

Artigo 16º - Riscos de contacto mecânico:

1 – Os elementos móveis de um equipamento de trabalho que possam causar


acidentes por contato mecânico devem dispor de protetores que impeçam o acesso às
zonas perigosas ou de dispositivos que interrompam o movimento dos elementos
móveis antes do acesso a essas zonas.

Artigo 25º - Risco de capotamento de empilhadores:

O empilhador que transporta o operador deve ser adaptado de equipamento de modo


a limitar os riscos de capotamento, nomeadamente através de uma estrutura que o

42
impeça, ou uma cabina ou outra estrutura que, em caso de capotamento, assegure ao
operador um espaço suficiente entre o solo e o empilhador, ou uma estrutura que
mantenha o operador no posto de condução e o impeça de ser apanhado por alguma
parte do empilhador.

Artigo 28º - Sinalização e marcação:

1 – Os equipamentos de trabalho de elevação de cargas devem ostentar a indicação,


de forma visível, da sua carga nominal e, se necessário, uma placa que indique a
carga nominal para cada configuração de máquina.

Artigo 32º - Utilização de equipamentos móveis:

1 – Os equipamentos de trabalho automotores só podem ser conduzidos por


trabalhadores devidamente habilitados.

2 – Se os equipamentos se movimentarem em zonas de trabalho, devem ser


estabelecidas e respeitadas regras de circulação.

4 – Os equipamentos de trabalho móveis acionados mecanicamente só podem


transportar trabalhadores em lugares seguros previstos para o efeito.

Artigo 33º - Equipamentos de trabalho de elevação de cargas:

1 – Os equipamentos de trabalho desmontáveis ou móveis de elevação de cargas


devem ser utilizados de modo a garantir a sua estabilidade durante a utilização e em
todas as condições previsíveis, tendo em conta a natureza do solo.

43
Outro perigo muito frequente é a utilização de máquinas e/ou utensílios de trabalho,
como facas, cutelos ou x-actos.

Todas as secções analisadas utilizam utensílios cortantes para as mais diversas


tarefas, sendo os trabalhadores do talho e da peixaria os que mais necessitam de
utensílios como facas e cutelos nas suas tarefas.

Este perigo está associado à utilização de qualquer equipamento de trabalho


(máquina, ferramenta, utensilio), podendo provocar danos no trabalhador que os utiliza
ou pessoas que estejam nas proximidades. Existe um risco de lesão (corte, ferida
aberta) pela ação mecânica do equipamento, por parte do equipamento ou pela
utilização manual da ferramenta.

As medidas preventivas que devem ser utilizadas para minimizar os riscos são a
utilização de EPCs ou, caso não sejam possíveis, a utilização de EPIs, dar formação
aos trabalhadores e informá-los acerca de medidas de segurança (fornecimento de
fichas de segurança para cada secção), utilizar máquinas e utensílios em consonância
com a legislação e utilizar máquinas segundo as instruções do fornecedor.

Excerto Decreto-lei nº 50/2005 de Fevereiro – Equipamentos de trabalho:

Artigo 3º - Obrigações gerais do empregador:

Para assegurar a segurança e a saúde dos trabalhadores na utilização de


equipamentos de trabalho, o empregador deve:

a) Assegurar que os equipamentos de trabalho são adequados ou


convenientemente adaptados ao trabalho a efetuar e garantem a segurança e
a saúde dos trabalhadores durante a sua utilização;
b) Atender, na escolha dos equipamentos de trabalho, às condições e
características especificas do trabalho, aos riscos existentes para a segurança
e a saúde dos trabalhadores, bem como aos novos riscos resultantes da sua
utilização.

44
e) Assegurar a manutenção adequada dos equipamentos de trabalho durante o
seu período de utilização, de modo que os mesmos respeitem os requisitos
mínimos de segurança constantes dos artigos 10º a 29º e não provoquem
riscos para a segurança ou a saúde dos trabalhadores.

Artigo 15º - Projeções e emanações:

1 – O equipamento de trabalho que provoque riscos devido a quedas ou projeções de


objetos deve dispor de dispositivos de segurança adequados.

2 – O equipamento de trabalho que provoque riscos devido a emanações de gases,


vapores ou líquidos ou a emissão de poeiras deve dispor de dispositivos de retenção
ou extração eficaz, instalados na proximidade da respetiva fonte.

Artigo 20º - Riscos elétricos, de incendio e explosão:

Os equipamentos de trabalho devem:

a) Proteger os trabalhadores expostos contra riscos de contato direto ou indireto


com a eletricidade;

O último perigo a ser analisado é o contacto com substâncias químicas, perigo comum
em todas as secções aquando da higienização dos espaços utilizados (diariamente).

Aplica-se a todas as utilizações de substâncias perigosas (manipulação ou


armazenagem) que se encontram sob a forma de gás, sólidos (pó) ou líquidos, sendo
esta última forma a mais comum.

Estas substâncias criam o risco de infeção, intoxicação, alergia, queimadura por


inalação, ingestão ou contacto com a pele dos produtos utilizados.

Algumas medidas preventivas a tomar:

45
- Substituir os produtos mais perigosos por outros menos perigosos;

- Limitar as manipulações dos produtos (diminuir as quantidades);

- Manter as embalagens dos produtos químicos em bom estado de conservação, com


o rótulo original e tapadas;

- Manter as embalagens acessíveis apenas a pessoas afetas ao serviço;

- Respeitar as instruções de utilização dos produtos e seguir as medidas de segurança


constantes nas fichas técnicas dos mesmos e respeitar as doses recomendadas pelo
fabricante;

- Não misturar produtos diferentes ou incompatíveis mesmo que sejam para o mesmo
fim (exceto quando existam instruções do fabricante em contrário);

- Evitar o contacto com a pele através da utilização de equipamentos de proteção


individual adequados (proteção respiratória e luvas) durante o manuseamento das
substâncias;

- Informar os colaboradores sobre as precauções a ter durante a utilização de produtos


perigosos: ler as fichas de segurança dos produtos.

Excerto do Decreto-Lei 24/2012 de 6 de Fevereiro – Riscos de exposição a


agentes químicos:

Artigo 7º - Avaliação de riscos:

1 – Sem prejuízo das obrigações gerais em matéria de segurança e saúde no trabalho,


o empregador deve avaliar os riscos e verificar a existência de agentes químicos
perigosos no local de trabalho.

2 – Se a verificação referida no numero anterior revelar a existência de agentes


químicos perigosos, o empregador deve avaliar os riscos para a segurança e saúde

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dos trabalhadores resultante da presença desses agentes, tendo em consideração,
nomeadamente:

a) As suas propriedades perigosas;


b) As informações relativas à segurança e saúde constantes das fichas de dados
de segurança de acordo com a legislação aplicável (…), informações
suplementares necessárias à avaliação de risco fornecida pelo fabricante,
designadamente a avaliação específica dos riscos para os utilizadores;
c) A natureza, o grau e a duração da exposição;

e) As condições de trabalho que impliquem a presença desses agentes, incluindo


a sua quantidade;

Artigo 9º - Medidas gerais de prevenção e proteção:

1 – O empregador deve assegurar que os riscos para a segurança e a saúde dos


trabalhadores resultante da presença no local de trabalho de um agente químico
perigoso sejam eliminados ou reduzidos ao mínimo mediante:

a) A conceção e a organização de métodos de trabalho adequados;


b) A utilização de equipamento adequado para trabalhar com agentes químicos;
c) A utilização de processos de manutenção que garantam a segurança e a
saúde dos trabalhadores;
d) A redução ao mínimo de trabalhadores expostos ou susceptiveis de estar
expostos;
e) A redução ao mínimo da duração e do grau de exposição;
f) A adoção de medidas de higienização adequadas;
g) A redução ao mínimo da quantidade de agentes químicos necessários à
atividade;
h) A utilização de processos de trabalho adequados que assegurem,
nomeadamente, a segurança durante o manuseamento, a armazenagem e o
transporte de agentes químicos perigosos e respectivos resíduos.

47
Artigo 10º - Medidas especificas de prevenção e proteção:

1 – Quando não é possível a eliminação ou redução ao mínimo da presença de um


agente químico perigoso através de medidas previstas no nº1 do artigo anterior, o
empregador deve substitui-lo por outro agente ou processo químico cujas condições
de utilização não apresentem perigo ou ofereçam menor perigo ou, se a substituição
não for possível, através de outra medida preventiva de eficácia equivalente.

2 – Nas actividades em que não é possível a eliminação dos riscos através da


substituição do agente, o empregador deve, tendo em conta o resultado da avaliação
efetuada nos termos do artigo 7º, aplicar medidas de proteção adequadas e de acordo
com a seguinte ordem de perigosidade:

a) Conceber processos de trabalho e controlos técnicos apropriados e utilizar


equipamentos e materiais adequados que permitam evitar ou reduzir ao
mínimo a libertação de agentes químicos perigosos;
b) Aplicar medidas de proteção coletiva na fonte do risco, designadamente de
ventilação adequada e medidas organizativas apropriadas;
c) Adotar medidas de proteção individual, incluindo a utilização de equipamentos
de proteção individual, se não for possível evitar a exposição por outros meios.

48
8 – MEDIDAS PREVENTIVAS

Após elaborada a análise é possível verificar que os trabalhadores das várias secções
estão sujeitos a certos riscos, embora sejam de baixo risco, com equipamentos de
proteção coletivo, individual e com formação são possíveis de controlar.

Se há risco, é de grande importancia controlar ou, se possível, eliminá-lo na origem,


produzindo assim uma proteção coletiva, ou seja, que abrange vários trabalhadores,
sendo esta sempre possível a uma proteção individual. Desse modo, durante a
conceção das máquinas foram criadas proteções que, utilizadas corretamente,
reduzem para muito baixo o risco de um trabalhador ter algum tipo de lesão.

Os EPCs existentes no Pingo Doce de Azeitão estão colocados em todas as zonas em


que tal é possível verificar.

Algumas regras de segurança que são necessárias na utilização de EPC:

- Utilizar sempre as máquinas de acordo com as instruções do fabricante e unicamente


para as funções as quais forma projetadas;

- Colocá-las sempre numa superfície estável, lisa e seca;

- Utilizar sempre os resguardos móveis que protegem o trabalhador das laminas das
máquinas – nunca retirar as proteções, excetuo na limpeza da lamina, com a máquina
desligada;

- Nunca introduzir os alimentos nas máquinas diretamente com as mãos, utilizar


sempre um empurrador ou outro acessório adequado (fixador de alimento no caso da
fatiadora ou carne picada);

- Não tocar nem retirar o cabo elétrico das máquinas com as mãos molhadas ou
húmidas;

- Desligar as máquinas da rede elétrica quando não estão a ser utilizadas;

- Desligar sempre a máquina quando é efetuada a sua limpeza;

- Ao desligar, não puxar pelo cabo, para extrair a ficha da tomada elétrica;

- Verificar periodicamente o estado de todas as peças do equipamento de modo a


evitar ou detectar as avarias, ou desgaste das peças;

- Pedir intervenção de um técnico especializado no caso de avaria ou substituição de


alguma peça.

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Na limpeza é necessário ter sempre em conta:

- Iniciar a limpeza sempre com a máquina desligada da rede elétrica;

- Reduzir sempre a espessura a corte zero;

- Desmontar as partes removíveis da máquina e eliminar resíduos;

- Realizar a limpeza segundo as indicações do plano de limpeza e desinfeção: usar


escova própria e o produto indicado – nunca mergulhar a máquina em água ou noutro
líquido;

- Utilizar luvas de proteção para os produtos químicos;

- Deixar secar ao ar livre ou utilize papel de uso único.

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9 – CONCLUSÃO

Este projeto teve como objetivo a identificação de perigos e a avaliação de riscos da


Loja Pingo Doce de Azeitão.

Numa primeira abordagem foram identificados os perigos de cada seção da loja. Estes
foram posteriormente trabalhados através da metodologia William T. Fine, escalados
por ordem de perigosidade, do mais perigoso para o sem perigo eminente e
analisados tendo por base a Lei Portuguesa. Por último foram sugeridas algumas
medidas corretivas.

A movimentação manual de cargas, a diferença de ambientes térmicos e a utilização


de utensílios são os perigos mais comuns nas diversas secções.

Como medidas corretivas sugere-se formação a nível da movimentação manual de


cargas tendo como especificação a postura correta nas várias seções, on job.
Acrescenta-se, que se devia tomar medidas no âmbito dos diferentes ambientes
térmicos a que os trabalhadores estão expostos sugerindo roupa térmica, ou apenas
camisolas ou fato completo em algumas seções. Outro acrescento, será uma proteção
na barra quente da embaladora.

Conclui-se que o Pingo Doce de azeitão cumpre todas as normas e Decretos-leis


vigentes.

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10 – BIBLIOGRAFIA

Livros:

- Miguel, Alberto S. S. R.; Manual de Higiene e Segurança no Trabalho; 12ª


Edição; Porto Editora; Porto; 2012

- Pinto, A.; Segurança e Saúde no Trabalho; 2ª Edição; Edições Silabo; Lisboa;


2009

Sebentas:

- Ganso, M.; Modulo V: Identificação e avaliação de Riscos; 2012

- Ganso, M.; Modulo VI: Controlo dos Riscos; 2012

- Pereira, J.; Modulo III: Legislação, Normalização e Regulamentação; 2012

Internet:

- Autoridade para as condições de trabalho – www.act.gov.pt; Outubro 2012

- Grupo Jerónimo Martins – www.jeronimomartins.pt ; Outubro 2012

- Pingo Doce – www.pingodoce.pt; Outubro 2012

Trabalho:

- Pestana, A.; Projeto individual: Manual de Procedimentos de Segurança;


Setúbal; 2011

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