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Direito, Proteção E Inclusão Social: Prof Ms. Patricia Soares

Este documento discute princípios fundamentais de inclusão social, direitos de grupos vulneráveis e políticas públicas. Aborda como a Constituição busca promover igualdade material através de intervenções estatais para reduzir desigualdades sociais e garantir direitos como educação e saúde. Também trata da proteção de idosos e da importância de assegurar seus direitos de forma compartilhada entre a sociedade e o Estado.

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Pauly Costa
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Direito, Proteção E Inclusão Social: Prof Ms. Patricia Soares

Este documento discute princípios fundamentais de inclusão social, direitos de grupos vulneráveis e políticas públicas. Aborda como a Constituição busca promover igualdade material através de intervenções estatais para reduzir desigualdades sociais e garantir direitos como educação e saúde. Também trata da proteção de idosos e da importância de assegurar seus direitos de forma compartilhada entre a sociedade e o Estado.

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DIREITO,

PROTEÇÃO E
INCLUSÃO SOCIAL

Profª Ms. Patricia Soares


A primeira unidade
• Princípios fundamentais à inclusão
social;
• Da inclusão social da pessoa com
deficiência, igualdade de gênero e a
questão indígena;
• Dos direitos materiais às crianças e
adolescentes;
• Das garantias processuais à crianças e
adolescentes.
Interação
- Fórum
- Aula Atividade e Chat Atividade
- Padlet: o nosso Mural de Ideias
coletivamente construído
- Link de acesso ao Mural de Ideias das
Aulas Atividades da disciplina de
Políticas Setoriais no padlet:

https://padlet.com/patriciasoarescampos/
petrwwbmqn02o4hh
Princípios
fundamentais à
inclusão social
A Constituição é formada por um
conjunto de normas fundamentais que
disciplina a relação do Estado com o
indivíduo (e deste com os demais
membros da sociedade), garantindo o
respeito a valores eleitos e construídos
historicamente como essenciais para
uma vida em sociedade e para cada
pessoa individualmente.
A desigualdade fática (isto é, social e
econômica) é perceptível a olho nu e
por dados objetivos. Não fossem
determinadas intervenções diretas que a
Constituição nos obriga a executar,
algumas desigualdades demorariam
centenas de anos para serem
atenuadas senão agravadas,
dependendo das circunstâncias.
Os instrumentos que a Constituição
fornece para que o Estado aja a fim de
reduzir desequilibrios:

- Os direitos
Direito à diferença
O princípio à vida e da dignidade da
pessoa humana e o direito como
mecanismo garantidor da inclusão
social.
Um tratamento igualitário entre pessoas
ou grupos de indivíduos que são
reconhecidos como mais ou menos
dominantes diante de um contexto
sociológico e jurídico.

A Constituição e os serviços essenciais


Desde a segunda metade do século
passado, a sociedade civil vem
experimentando profundas mudanças
culturais e de hábitos, as quais
provocaram transformações em
inúmeras áreas do pensamento e das
relações humanas.
Até 1945, ser opositor de um regime já
era motivo suficiente para que a pessoa
fosse vista como inimiga da sociedade.
Direitos fundamentais
Para alguns normas caracterizadas por
duas qualidades próprias: são
universais e irrenunciáveis (a
universalidade dos indivíduos estaria
protegida por certos direitos subjetivos)

Direito subjetivo
O direito que provoca no titular a
expectativa positiva (dever de agir pelo
Estado ou por alguém) ou negativa (o
Direitos fundamentais
• universalidade/ indisponibilidade não se
refere ao exercício dos direitos.
Exemplo: o direito de propriedade, mas
isso não significa que todos tenham ou
são obrigados a exercerem direitos
patrimoniais.
• A igualdade formal é aquela em que a
lei declara que todos são iguais perante
ela, considerando-se que a lei não deve
privilegiar ou prejudicar ninguém em
razão de características próprias. Já a
igualdade material vai além, reconhece
que dentro dessa igualdade (observe o
paradoxo) existem diferenças que
podem ser compensadas por ações que
visam equilibrar as relações.
• Os direitos fundamentais tornaram-se
um gênero do qual os direitos humanos
seriam uma espécie.
• Um direito possa estar previsto
constitucionalmente, ele só gera
fundamento para se cobrar do Estado a
reparação, atuação ou interrupção de
um dano na hipótese de também existir
uma garantia que permita ao indivíduo
atingido pleitear o status quo (situação
anterior) por meio do poder judiciário.
O princípio da igualdade deve ser tratado
de acordo com o binômio que emana
uma ordem dirigida ao estado, isto é:
tratar a todos com igualdade de respeito
e consideração.
Da ponderação entre liberdade e
igualdade emana o direito à diferença.
De um lado: podemos ser tudo aquilo que
não atinja um bem jurídico alheio.
Por outro lado: o Estado deve nos tratar
com igualdade, independentemente da
nossa origem, cultura, ideologia, senso
estético etc. Ter autonomia para ser o
que é, significa exercer a liberdade
constitucionalmente consagrada dentro
de uma moldura moral em relação à
qual o Estado é obrigado a respeitar.
O direito à diferença é a resposta social
contra a imposição de um padrão
cultural que o Estado pretenda
estabelecer como um único modelo
adequado.
A única igualdade que o Estado deve
preservar é que todos nós somos
igualmente diferentes.
Gradualmente, a legislação brasileira
vem reconhecendo que a dignidade é o
único valor absoluto do nosso
Análise a parti de
situação problema
Apresentando a Situação Problema
Suponhamos que uma mulher foi vítima
de estupro por parte de um terceiro.
Após dois meses do ato criminoso, ela
descobre que esta conjunção carnal
resultou numa gravidez não desejada. A
gestante-vítima decide interromper a
gravidez com base no art. 126 do
Código Penal.
Caso o pai da criança ajuíze uma ação
para impedir o aborto, com base no
Resolvendo a Situação Problema
Ele não terá fundamento legal para
sustentar o pedido, vez que, neste caso
específico (gravidez resultante de
estupro), a legislação não permite a
manifestação do pai ou de outros
familiares interessados.
A mãe pode querer se sacrificar para
garantir o nascimento do filho. Ela só
não pode ser coagida para isso. Do
mesmo modo, a gestante pode escolher
Por fim, o Estado não pode condenar um
indivíduo à vida que provoque a ele e a
todas as pessoas ao redor, tantos
sofrimentos físicos quanto psicológicos,
evitáveis com o avanço da medicina. A
vida intrauterina de um portador de
anencefalia é apenas abstrata, já que na
realidade ele morreria pouco tempo
após nascer. E não é isso que o direito
à vida visa preservar.
Vamos lá?!
Vamos construir um mural com os
conceitos e conhecimentos de cada Tele
Aula e ao final do processo teremos um
resumo intensivo do conteúdo construído
em conjunto.
Será uma atividade de interação, mas
também de consolidação dos conteúdos.
Vamos lá?!

https://padlet.com/patriciasoarescampos/p
etrwwbmqn02o4hh
Políticas Públicas de
Inclusão
O papel das políticas públicas no
combate à desigualdade e ao
tratamento de forma mais digna ao ser
humano.
A realidade brasileira, construída após o
período ditatorial, exigiu por parte dos
representantes políticos eleitos para a
assembleia constituinte do Brasil
medidas eficientes que pudessem
compensar o preocupante déficit
democrático notado, não apenas no
O processo de redemocratização – das
“Diretas Já” à CF/88.
O novo sistema jurídico inaugurado pelos
constituintes brasileiros assumia assim
a responsabilidade de concretizar
soluções que viabilizassem a
universalização de bens e serviços com
a participação dos verdadeiros
interessados nos exatos termos em que
a democracia contemporânea já nos
exigia.
A palavra-chave para a compreensão de
políticas públicas é, portanto, a
igualdade material que respeita as
individualidades e pondera soluções
adequadas.
respeito pelas diferenças e tratamentos
peculiares para cada um são o que
norteia as políticas de inclusão.
No dia a dia: primeiramente efetivar os
direitos sociais previstos no art. 6º da
Constituição de 1988.

Art. 6º São direitos sociais a educação, a


saúde, a alimentação, o trabalho, a
moradia, o transporte, o lazer, a
segurança, a previdência social, a
proteção à maternidade e à infância, a
assistência aos desamparados, na
forma desta Constituição. (BRASIL,
os direitos sociais exigem investimentos
de reserva orçamentária de dever de
garantia pelo Estado. Assim, o Brasil
criou instrumentos jurídicos (SUAS,
SUAS).

Welfare State x Constituição Federal


1988 x Brasil
Os direitos sociais criam um ambiente de
igualdade de oportunidade ao permitir
que o indivíduo experimente as
premissas básicas de uma vida digna
com suas próprias aspirações e seus
projetos de vida. Esses direitos são
protegidos, como os demais direitos
fundamentais, por um escudo de
proteção contra governos autoritários.
A política pública se revela na
organização estrategica das ações e
dos investimentos do Estado para
garantir resultados importantes ao
desenvolvimento da sociedade em seu
todo, pela profissionalização da ação
política.
As políticas públicas proporcionam,
assim, o fortalecimento das ações
discutidas democraticamente e
formuladas de acordo com as
Formas de realização das políticas
públicas

• Redistributivas
• Distributivas
• Regulatórias
O idoso
A justiça
A inclusão social
Direitos difusos, coletivos e o acesso à
justiça, instrumentos próprios de tutela e
ainda alguns grupos que são mais
frequentemente submetidos à
discriminação social, o que acaba por
torná-los mais fragilizados nas relações
em ambiente público e privado.
O Estado deve ponderar tratamento que
reequilibre eventuais distorções
decorrentes de questões econômicas,
históricas ou culturais aos grupos
vulneráveis; assim surge a necessidade
de o direito regular e tutelar situações
que abranjam não mais a
individualidade de uma pessoa, mas sim
a coletividade de um grupo atingido por
razões peculiares.
Direitos difusos e coletivos ou
supraindividuais ou de terceira
dimensão

Direitos de primeira dimensão são os


direitos de liberdade, também
denominados direitos individuais.
Direitos de segunda dimensão são
denominados direitos sociais.
Direitos de terceira dimensão, categoria
mista entre direitos privados e públicos.
Primeiramente, proteger o idoso não é
apenas uma questão de
humanidade/civilização/fraternidade,
mas uma necessidade de saúde pública
em âmbito global.
Quem é efetivamente o responsável pela
fiscalização e pelo cumprimento desses
direitos? Todos nós! Porque, de acordo
com a legislação brasileira, a proteção
em favor do idoso é compartilhada entre
os entes federativos, a sociedade e a
Além da Constituição, temos dois
instrumentos legislativos importantes
para a valorização do idoso. O primeiro
foi promulgado com a lei 8.842 de 1994,
que dispõe sobre a Política Nacional do
Idoso.
Em seguida, no ano de 2003, veio o tão
celebrado Estatuto do Idoso. Isso
ocorreu, após tramitação do projeto de
lei que durou sete anos de discussões
no Congresso Nacional. Além dos
direitos previstos constitucionalmente
em favor dos idosos, o Estatuto também
passou a disciplinar, sob a esfera
infraconstitucional, normas que
determinam a realização de políticas
públicas capazes de preservar a saúde
O Estatuto também dispõe que aos
idosos fica garantida a prioridade ao
acesso de serviços e direitos
fundamentais, como à vida, saúde,
liberdade, ao trabalho, lazer e à
cidadania. De acordo com o art. 3º do
mesmo documento, o idoso tem
precedência para atendimento em
órgãos públicos e entidades privadas,
bem como o direito de preferência em
políticas públicas, recursos dos
Reflexão
Pondere sobre as questões e contribua
criticamente

Podemos afirmar que a ilegitimidade


política advém da desigualdade social?

O que acontece se o poder legislativo


infraconstitucional for propositadamente
omisso ao deixar de criar garantias
secundárias para acesso a direitos
fundamentais sociais?
Considerações possíveis
Quanto maior a desigualdade presente
em um Estado, maior será a
ilegitimidade dos governantes. Tal
afirmativa não vem de um discurso
político ideológico, mas, como afirma
Ferrajoli (2005), sustenta-se numa
constatação empírica por meio de
argumentos histórico-sociológicos. As
garantias criadas por meio de políticas
públicas fornecem o instrumento de
Compreender esses pressupostos é
conscientizar-se de que o povo precisa
participar politicamente das decisões
que lhe atingirão para que as garantias
sejam criadas na esfera jurídica e
garantidas por meio de ações político-
legislativas.
Duas vertentes teóricas
1> uma lacuna legislativa que só poderia
ser sanada mediante a intervenção do
próprio órgão representativo.
2> direito fundamental é provido de uma
dimensão
objetiva de proteção em relação a qual
todos os poderes constituídos devem
submeter-se, inclusive o judiciário,
independentemente de lei que
regularize um direito subjetivo. Neste
Vamos lá
Vamos construir um mural com os
conceitos e conhecimentos de cada Tele
Aula e ao final do processo teremos um
resumo intensivo do conteúdo construído
em conjunto.
Será uma atividade de interação, mas
também de consolidação dos conteúdos.
Vamos lá?!

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O envelhecimento é um direito
personalissimo e sua proteção um
direito social.

Artigo 8º Estatuto do Idoso


Até a próxima aula!

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