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Trabalho de Estagio

Relatório de Estagio 2ºAno, Instituto Politécnico de Tecnologia e Empreendedorismo Tete

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INSTITUTO POLITECNICO DE TECNOLOGIA E

EMPREENDEDORISMO DE TETE
Farmácia

EULALIA FERRAO DOS SANTOS MACAMO

RELATORIO DE ESTAGIO INTEGRAL

Tete
2021
EULALIA FERRAO DOS SANTOS MACAMO

RELATORIO DE ESTAGIO INTEGRAL

Relatorio apresentado ao Curso de Farmacia da IPET-


Instituto Politecnico de Tecnologias e Empreendedorismo
Tete, para obtenção do grau Técnico Medio de Farmácia

Prof. Nelson Cote

TETE

2021
Eu, Eulalia Ferrão Dos Santos Macamo, estudante Medio de Farmácia, com o Nº B.I
2011168495, declaro assumir toda a responsabilidade pelo conteúdo deste relatório apresentado
ao Instituto Politécnico De Tecnologia E Empreendedorismo de Tete, no âmbito da unidade
curricular de Estágio Integral. Mais declaro que este é um trabalho original e que toda e qualquer
afirmação ou expressão, por mim utilizada, está referenciada na Bibliografia deste relatório,
segundo os critérios bibliográficos legalmente estabelecidos, salvaguardando sempre os Direitos
de Autor, à exceção das minhas opiniões pessoais.

Tete, de Dezembro de 2021

__________________________________
(Eulalia Ferrão Dos Santos Macamo)
Agradecimentos

Agradecer a Deus pai todo poderoso, pela forca e coragem que me deu, no decorrer do curso e
para a elaboração deste relatório.
Quero agradecer ao meu marido e aos meus Pais pelo apoio.
A minha tutora Dra. Maria Filomena, Dra. Carmélia e Técnico Reinaldo pelas suas contribuições,
acolhimento, pela sua paciência na orientação e sobretudo pelos seus conselhos, um apreço muito
especial.
Índice
SIGLAS........................................................................................................................................4
I.Introdução...................................................................................................................................5
1. DESCRIÇÃO GERAL DOS SERVIÇOS FARMACÊUTICOS DO CS Nº1......................6
1.1 . Setores dos SF.......................................................................................................................6
2. GESTÃO E APROVISIONAMENTO.....................................................................................6
PONTOS FORTES.......................................................................................................................7
PONTOS FRACOS......................................................................................................................8
OPORTUNIDADE.......................................................................................................................8
AMEAÇA.....................................................................................................................................9
3. RECEPÇÃO e ARMAZENAMENTO...................................................................................10
OPORTUNIDADE.....................................................................................................................11
AMEAÇA...................................................................................................................................12
4. MÉTODOS de DISTRIBUIÇÃO...........................................................................................12
Pontos Fortes...............................................................................................................................13
Pontos Fracos..............................................................................................................................13
Ameaças......................................................................................................................................13
4.2. Distribuição Tradicional......................................................................................................14
4.3. Ambulatório.........................................................................................................................14
PONTOS FORTES.....................................................................................................................15
DISPENSA GRATUITA............................................................................................................15
OPORTUNIDADES...................................................................................................................15
CONHECIMENTO ADQUIRIDOS...........................................................................................15
5. ACTIVIDADES DESENVOLVIDAS...................................................................................16
6. CONCLUSÃO.......................................................................................................................17
7. BIBLIOGRAFIA....................................................................................................................18
ANEXOS....................................................................................................................................19
ANEXOS 1.................................................................................................................................19
ANEXOS 2.................................................................................................................................20
4

SIGLAS

Dra – Doutora
Prof. – Professor
DF – Deposito Fornecedor
CS Nº1 – Centro de Saúde Nº1
SF - Serviços Farmacêuticos
AO - Assistentes Operacionais
SGICM - Sistema de Gestão Integrada do Circuito do Medicamento
SWOT - Strengths (Forças), Weaknesses (Fraquezas), Opportunities (Oportunidades) e Threats
(Ameaças) e também é conhecida como Análise FOFA ou Matriz SWOT.
FH – Farmacêutico Hospitalar
FHNM - Formulário Hospitalar Nacional de Medicamentos
5

I.Introdução

O presente relatório visa a apresentação de uma análise do ambiente interno e externo, isto é,
respeitante ao estágio curricular previsto para alunos do último ano medio em Farmácia Integrado
em Ciências Farmacêuticas. Pretende-se, assim, uma análise menos descritiva, mas ilustrativa e
crítica do funcionamento dos Serviços Farmacêuticos da Unidade Hospitalar, abordando os seus
pontos fortes e fracos bem como as ameaças e oportunidades externas subjacentes sendo que,
apenas do meu ponto de vista, enquanto estagiária.
Estágio Rural Integral é uma parte do ciclo formativo, que compreende a última fase das práticas
profissionais que nos desenvolvemos no Centro de Saúde Nº 1, estando eu submetida a muitas
responsabilidades nas minhas práticas.
O estágio teve início no dia 21 de julho de 2021 e terminou no dia 21 de outubro de 2021.

O principal objetivo deste estágio rural integral é complementar a formação do estudante.

Proporcionar uma experiência académica e profissional através de vivencia nos campos de


práticas farmacêuticas, no âmbito das farmácias dos centros de saúde. São dotados de diferentes
responsabilidades e funções e são constituídos por diversos setores:

 Elaborar e responder as requisições dos medicamentos;


 Analisar o processo de farmacovigilância no contexto de centro de saúde;
 Pratica nos diferentes tipos de distribuição de medicamentos;
 Gerir medicamentos e preencher as fichas de stock;
 Avaliar receitas e fazer dispensa de medicamentos;
 Promover atividades de promoção e educação sanitária para prevenir diferentes
enfermidades.
 Desenvolver diferentes atividades da atenção farmacêutica nos pacientes selecionados por
grupos de risco.
 Realizar perfil de história;
 Fármaco terapêutico para detetar, prevenir e controlar os PRM.
 Controlar e dispensar medicamento Antirretrovirais.
6

1. DESCRIÇÃO GERAL DOS SERVIÇOS FARMACÊUTICOS DO CS Nº1

Os Serviços Farmacêuticos (SF) encontram-se localizados no piso 1 do hospital


funcionando todo o ano, 24 horas por dia e tendo como colaboradores Farmacêuticos,
Gestores de Medicamentos (GM), Assistentes Operacionais (AO) e Assistentes
Administrativos (AA).

Os SF possuem, como mais-valia na prestação de serviços, o Sistema de Gestão Integrada


do Circuito do Medicamento (SGICM), como pilar na estrutura dos cuidados de saúde
prestados no meio hospitalar. A atividade desenvolvida visa essencialmente a promoção
do uso racional do medicamento promovendo-se assim a segurança, eficácia e eficiência
dos serviços prestados aos utentes do CSNº1.

1.1 . Setores dos SF

No que diz respeito à estruturação dos SF do CSNº1, esta tem por base diferentes
sectores, que funcionam em espaços distintos, e com os quais tive a oportunidade de
contactar ao longo do meu estágio. Deste modo, apresenta-se o setor do Ambulatório
acessível ao público em geral, a Distribuição Tradicional, de seguida, pois é constante a
necessidade de acesso aos AO, a Distribuição por Dose Individual Diária em Dose
Unitária, e, por fim, a Receção de Encomendas na parte traseira do edifício. No decorrer
da análise SWOT, que apresentarei em diante, e cuja análise optei por realizar
separadamente em cada um dos setores, será feita uma descrição prévia e sucinta acerca
do funcionamento geral dos mesmos.

2. GESTÃO E APROVISIONAMENTO
Neste setor exercem funções duas farmacêuticas e um assistente administrativo (AA) os
quais são responsáveis pelo processo inicial de seleção e aquisição de medicamentos e
outros produtos farmacêuticos, isto é, aquele que irá permitir todo o posterior
funcionamento do serviço prestado pelos SF do CSNº1.
7

A seleção de medicamentos feita para o hospital baseia-se não somente nas necessidades
específicas dos utentes bem como na consulta do Formulário Hospitalar Nacional de
Medicamentos (FHNM).

PONTOS FORTES
TRABALHO Somente garantindo uma comunicação
DE EQUIPA ENTRE eficaz entre os vários setores é possível manter os
SETORES stocks atualizados. A existência de um “Livro de
Faltas” pretende a recolha da informação
necessária para que a Gestão e Aprovisionamento
possa efetuar as encomendas corretas e nas
quantidades mais apropriadas para satisfazer as
necessidades dos SF. Este funcionamento permite
evitar desperdícios e aproxima a compra da real
necessidade dos SF.
INFORMATIZAÇÃO O sistema informatizado, no qual são
realizadas as encomendas, possui funcionalidades
que, em muito, facilitam o processo de compra,
sendo exemplo a consulta do histórico de consumo
de cada produto que torna possível efetuar
encomendas o mais próximas possível das
necessidades reais do CSNº1. As previsões de
consumo para um ano podem ser consultadas na
ficha de cada produto.
O acesso à plataforma digital dos Serviços
Partilhados do Ministério da Saúde (SPMS)
permite, por sua vez, a requisição de
orçamentos/propostas para a quantidade
pretendida, tendo por base o catálogo online que é
disponibilizado.
8

PONTOS FRACOS

RECURSOS FINANCEIROS Porque a crise nacional afeta, naturalmente, o


RESTRITOS serviço público foi evidente neste setor a preocupação
na gestão rigorosa dos recursos financeiros.
Atualizações constantes e análise de novas propostas
de fornecedores, mais vantajosas economicamente,
são recorrentes.

CONTACTO COM O O tempo que contactámos com este setor foi


SETOR escasso e teve lugar no último dia de estágio.
Considero como um ponto fraco apenas porque, a
meu ver, o contacto com o setor numa fase inicial
teria permitido uma melhor perceção de todo o
encadeamento do processo de aquisição dos
medicamentos e produtos de saúde.

OPORTUNIDADE

CONTACT O contacto com a realidade da necessidade da


O COM A gestão financeira na aquisição dos medicamentos
GESTÃO considerei uma oportunidade de consciencialização
FINANCEIRA para a mesma.
A título de exemplo, apesar de a adjudicação
dever ser realizada junto do fornecedor mais barato,
existem, contudo, exceções que permitem, com a
devida justificação técnica, que se adjudique ao mais
caro. Referiram-nos como exemplo concreto o
medicamento Lasix® cuja prática clínica relata ter
um efeito mais eficaz do que os respetivos
medicamentos genéricos. A avaliação
Custo/Benefício é assim determinante neste setor.
Enquanto futura profissional de saúde julgo
importante uma formação variada e consciente das
problemáticas reais do Sistema Nacional De Saúde.
9

AMEAÇA

GESTÃO FINANCEIRA EM A falta de integração no plano curricular de uma

FALTA NO PLANO unidade orientada para a gestão financeira deixa-nos,


enquanto estudantes, pouco aptos para trabalhar neste
CURRICULAR
setor. A Unidade Curricular de Organização e Gestão
Farmacêutica é uma mais-valia que, no entanto, não
aborda toda a realidade nos diferentes setores de
atuação do farmacêutico.
10

3. RECEPÇÃO e ARMAZENAMENTO

O setor de Receção e Armazenamento é responsável pela entrada dos medicamentos e


produtos farmacêuticos nos SF, advindos do exterior e é gerido diariamente por um GM
com o auxílio dos AO.

Sempre que é feita a receção de produtos nos SF, o


GM procede à análise das condições do mesmo.
Efetua-se, assim, a confirmação na nota de
encomenda do produto – dose, via, lote,

CONTROLO DAS quantidades, estado de conservação (embalagem


ENCOMENDAS intacta, por exemplo) e validade.
Numa segunda fase, é feito o registo de entrada do
produto no sistema informático para atualização dos
stocks bem como o arquivo da nota de encomenda.
De salientar que nos foi permitido realizar, a título
experimental, estas funções, o que foi naturalmente
proveitoso.

A existência de um arquivo organizado de toda a


ARQUIVO documentação facilita bastante a pesquisa futura caso
sejam necessários quaisquer esclarecimentos quer por
parte de autoridades externas, quer internas ao
serviço.
11

Todos os meses é feito o “levantamento” dos produtos


existentes em armazém ou no frio e cuja validade
expirará nos próximos três meses. Nestes casos, tenta-
VERIFICAÇÃO DE se a devolução ou troca ao laboratório, ou ainda a
VALIDADES A EXPIRAR realização do chamado “empréstimo à consignação” a
outro hospital onde é depois devolvido o produto caso
não consiga escoar. Este método é vantajoso
contribuindo também para a otimização dos recursos
financeiros.

Cabe a este setor a criação de etiquetas com


identificação do princípio ativo, da respetiva
ETIQUETAS DE dosagem, lote e prazo de validade com vista à sua
IDENTIFICAÇÃO
fácil identificação quando dispensados em unidose.
Este sistema reduz a existência de posteriores erros
de medicação.

OPORTUNIDADE
Na sequência do contacto que pude ter com

CONTACTO COM todos os medicamentos, foi uma oportunidade


MEDICAMENTOS importante neste estágio pois permitiu a
DE USO
EXCLUSIVO familiarização com os medicamentos de uso
HOSPITALAR exclusivo hospitalar que em farmácia comunitária
não seria, de todo, possível.
12

AMEAÇA

NECESSIDADE O setor de gestão e aprovisionamento exige a


CONSTANTE DA
permanência, praticamente constante, de um
PRESENÇA DE UM TDT
Técnico de Diagnóstico e Terapêutica devido à
imprevisibilidade da hora de chegada de
encomendas ao longo do dia. Constituirá assim uma
ameaça se noutros setores for necessária a presença
deste GM. O esquema de rotatividade dos GM entre
os setores torna qualquer técnico apto para as
funções distintas em cada um deles.

4. MÉTODOS de DISTRIBUIÇÃO

4.1. Distribuição Individual Diária em Dose Unitária


O Sistema de Distribuição Individual Diária em Dose Unitária consiste na
disponibilização de medicamentos em dose individualizada e em dose unitária aos doentes
hospitalizados. Com este método de distribuição é garantido o cumprimento da prescrição
médica, bem como uma melhor gestão da distribuição. Podemos dividir este setor em
duas partes distintas: numa delas laboram farmacêuticos na validação das prescrições
médicas; numa fase posterior, a informação já validade é acessível aos GM que, noutra
sala dos SF, fazem a respetiva preparação da medicação para 24h, por doente, com
recurso aos sistemas de requisição previa manual bem como a reposição de stocks fixos
das respetivas enfermarias.
13

Pontos Fortes
Sistema de Gestão Integrado do Circuito do Medicamento (SGICM)

- Participação do farmacêutico na validação da prescrição

- Segurança do circuito

O Sistema de Gestão Integrado do Circuito do Medicamento (SGICM) permite, em meio


hospitalar, o acesso fácil e rápido ao historial do doente e perfil terapêutico permitindo um
acompanhamento mais eficaz do doente.

Este sistema aumenta a segurança no circuito do medicamento diminuindo também os


desperdícios. Por outro lado, ao permitir a intervenção farmacêutica permite conhecer o
perfil farmacoterapêutico do doente, diminuir os riscos de interação e ainda racionalizar o
uso do medicamento em geral.

Pontos Fracos
FINS-DE-SEMANA E FERIADOS

A exigência na preparação de medicação para 48h e não 24h sobrecarrega, não só as

“cassetes” que, por vezes, não conseguem incorporar toda a medicação, mas também os

colaboradores que estão em bastante menor número nestes dias.

Ameaças
DEVOLUÇÕES

Após distribuição das cassetes pelas enfermarias e a recolha das mesmas, supostamente

vazias, cuja medicação já foi administrada, constatei que era frequente a devolução de

muita medicação. De esperar, seria aquela que pertencia a um doente que tivera,

entretanto, alta. Contudo, isso nem sempre era a justificação pois poderia também surgir

como consequência de alterações da tabela terapêutica.


14

4.2. Distribuição Tradicional

Este sistema de distribuição é utilizado para serviços como os de urgência (geral,


pediátrica e obstétrica/ginecológica) e o bloco operatório visa a reposição semanal dos
stocks, nas cassetes de cada enfermaria, dos medicamentos aí utilizados com mais
frequência, bem como o atendimento de pedidos específicos e relativamente urgentes das
mesmas. Toda a medicação em unidose, e cuja administração tem caráter de urgência,
segue por vácuo, à exceção daquela cuja pressão utilizada por este sistema possa colocar
em risco a estabilidade do medicamento. Neste setor, contrariamente à Distribuição
Individual Diária em Dose Unitária, esta realiza-se por serviço e não por doente, sendo
distribuídos medicamentos de uso geral, material de penso com ação terapêutica,
injetáveis de grande volume, gases medicinais e estupefacientes e psicotrópicos.

4.3. Ambulatório

O sistema de distribuição de medicação em regime de ambulatório surge na sequência de


dar continuidade aos tratamentos iniciados em meio hospitalar (e cuja manutenção em
internamento acarretaria mais custos, sendo desnecessária), ou simplesmente face à
resposta a patologias crónicas que exigem seguimento médico e/ou dispensa de
medicamentos exclusivos da farmácia hospitalar, para que exista um controlo da sua
utilização como também uma vigilância mais rigorosa do doente. Posto isto, é
indispensável este controlo da dispensa de medicamentos pois, muitos deles, podem
implicar efeitos secundários graves e/ou custos elevados sendo necessário acompanhar a
terapêutica e garantir a adesão do doente à mesma. Surgem como exemplo de patologias
mais comuns em ambulatório a síndrome da imunodeficiência adquirida, as escleroses
múltiplas e a lateral amiotrófica, as hepatites B e C e a insuficiência renal crónica sendo
seguidos também doentes transplantados neste setor dos SF. A medicação é prescrita via
eletrónica ou em papel, apesar de já pouco usual esta última, normalmente para um mês
de terapêutica, e dispensada após consulta farmacêutica onde a privacidade e segurança do
doente são, à partida, asseguradas.
15

PONTOS FORTES
A dispensa de medicamentos em regime de ambulatório torna possível que os doentes
realizem o tratamento em casa sem, no entanto, descurar a farmacovigilância por parte do
farmacêutico e proporcionando um maior bem-estar àqueles. A cedência de medicação em
serviço de ambulatório compete, única e exclusivamente, ao Farmacêutico Hospitalar
assumindo este um papel pro-ativo no processo. A dispensa, sendo realizada normalmente
para um período de 30 dias (salvo se requerido para mais tempo e autorizado pelo
Conselho de Administração do CS Nº1), permite ao FH uma ação de farmacovigilância
regular e, assim, fulcral na avaliação do estado do paciente com o decorrer do tempo,
permitindo uma deteção atempada de possíveis complicações subjacentes à terapêutica.

DISPENSA GRATUITA
Em regime de ambulatório, todos os medicamentos são dispensados de forma gratuita, ou
porque são abrangidos pela lei, ou porque o conselho de administração da instituição
concedeu a devida autorização. Apresenta-se, assim, como ponto muitíssimo forte pois,
caso isto não acontecesse, o acesso de muitos doentes à medicação tornar-se-ia impossível
devido aos custos elevados de muitos medicamentos.

OPORTUNIDADES
CONHECIMENTO ADQUIRIDOS
Durante, aproximadamente, duas semanas pude contatar com o regime de cedência de
medicamentos em ambulatório o que me permitiu obter uma visão muito objetiva acerca
da relevância do SNS no quotidiano dos cidadãos portadores de doenças crónicas.
Também a associação de medicamentos a patologias foi interessante do ponto de vista de
aquisição de conhecimentos farmacoterapêuticos. A associação, aprovada em 2014 pela
Food and Drug Administration (FDA), de sofosbuvir + ledispavir no tratamento da
hepatite C tive também oportunidade de tomar conhecimento.
16

5. ACTIVIDADES DESENVOLVIDAS

 Trabalho sobre interações medicamentosas


No decorrer do estágio no CS Nº1, surgiu a oportunidade de colaborarmos na atualização
da base de dados do sistema informático. Procedemos assim à recolha de informação
acerca de interações do tipo major com os medicamentos existentes no setor da
Distribuição Individual Diária em Dose Unitária. As principais fontes de pesquisa foram
via online a plataforma “Drugs.com” bem como o livro “Stockley’s Drug interactions
2007” e o Prontuário Terapêutico. Tornou-se relevante este trabalho pois foi realizado no
final do dia quando, nalguns serviços, já não se justificava a nossa presença.
 Prescrição de receita
Já nos últimos dias, decorreu no CS Nº1 uma sessão de esclarecimento sobre prescrição
de receitas com papel duplicado que, apesar de destinada a médicos, foi permitido que
assistíssemos. Tornou-se bastante proveitoso conhecer o processo por detrás da prescrição
médica. Do meu ponto de vista, adquiriu importância pois permitiu a transposição e
melhor compreensão das novas receitas já presentes no estágio curricular em Farmácia
Comunitária. Relatório de Estágio em Farmácia Hospitalar
17

6. CONCLUSÃO

Fazendo uma análise final do meu período de estágio no CS Nº1 posso afirmar que,
apesar da curta duração do estágio, foi sem dúvida importante este contacto com a área da
Farmácia Hospitalar. Contudo, gostaria de poder ter realizado mais algum trabalho
autónomo. Como ameaça geral, apontaria a inexistência de preparação nutrição
parentérica no hospital, porém a informação que obtivemos foi que não se justificaria a
sua existência. No que concerne ao seguimento farmacoterapêutico, este julgo ser escasso
pois a visita farmacêutica não tem, neste momento, lugar no CS Nº1, o que apontaria
também como uma ameaça geral à função do FH no seio da equipa médica que
acompanha o doente.
A observação do quotidiano em meio hospitalar permitiu-me consciencializar para a
equipa multidisciplinar (médicos, enfermeiros, GM, AO, entre outros) onde o FH está
inserido. A integração da Comissão de Farmácia do hospital, a título de exemplo, permite
ao farmacêutico participar no debate de decisões relevantes para o exercício das suas
funções. Sem dúvida que, somente com uma gestão e comunicação eficientes entre todos
os profissionais de saúde, é possível a prestação dos devidos cuidados de saúde ao doente,
o principal foco neste processo. O FH adquire uma dimensão relevante e, pode mesmo
designar-se, como o principal responsável por todo o circuito do medicamento devendo
zelar ininterruptamente pelo seu uso racional. Relatório de Estágio em Farmácia
Hospitalar
18

7. BIBLIOGRAFIA

(1) Plano Estratégico CHTV 2013-2015 - acedido a 25 de Dezembro de 2021 e


disponível em http://www.hstviseu.min-saude.pt/Plano_Estrategico_2013_2015.pdf

(2) BROU M. H. L, FEIO J. A. L., MESQUITA E., RIBEIRO R. M. P. F., BRITO M. C.


M., CRAVO C. - Manual da Farmácia Hospitalar. Ministério da Saúde. 2005.

(3) Ministério da Saúde. Decreto-lei no15/93, de 22 de Janeiro - Regime jurídico do


tráfico e consumo de estupefacientes e psicotrópicos. Diário da República, 1a série.
1991;234–52.

(4) CENTRAL, S. - Prescrição de Medicamentos para Dispensa em regime de


Ambulatório pelas Farmácias Hospitalares. 2013 1–40.
19

ANEXOS

ANEXOS 1
20

Ficha de Stock Farmacêutica

ANEXOS 2

Livro de Registo Diário de Terapêutica Antirretroviral

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