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Trabalho Trocador de Calor

Resumo: Este documento descreve um experimento de destilação de uma mistura etanol-água utilizando uma planta piloto, com o objetivo de avaliar a transferência de calor nos trocadores de calor C1 e TC e obter um produto destilado com 90% de etanol. O processo envolve a alimentação da mistura na coluna de destilação, separando-a em dois produtos - um rico em etanol no topo e outro rico em água no fundo. Objetivos: 1) Conhecer um processo comumente utilizado na indúst

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Trabalho Trocador de Calor

Resumo: Este documento descreve um experimento de destilação de uma mistura etanol-água utilizando uma planta piloto, com o objetivo de avaliar a transferência de calor nos trocadores de calor C1 e TC e obter um produto destilado com 90% de etanol. O processo envolve a alimentação da mistura na coluna de destilação, separando-a em dois produtos - um rico em etanol no topo e outro rico em água no fundo. Objetivos: 1) Conhecer um processo comumente utilizado na indúst

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UNIVERSIDADE FEDERAL DE SANTA MARIA

CENTRO DE TECNOLOGIA
DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA QUÍMICA
DEQ 1011 – OPERAÇÕES UNIT. COM TRANSF. DE CALOR E MASSA I

DESTILAÇÃO DE UMA SOLUÇÃO ETANOL-ÁGUA

Santa Maria, RS, Brasil.

25 de outubro de 2016

Sumário
RESUMO........................................................................................................................3
SIMBOLOGIA E NOMENCLATURA..........................................................................4
1. INTRODUÇÃO....................................................................................................5
2. OBJETIVOS.........................................................................................................6
3. MATERIAIS E MÉTODOS........................................................................................7
3.1 Materiais................................................................................................................7
3.2 Procedimento experimental...................................................................................7
3.3 Metodologia..........................................................................................................8
4. DISCUSSÃO.............................................................................................................10
5. BIBLIOGRAFIA................................................................................................15
RESUMO
Nesse trabalho realizou-se uma destilação de mistura etanol-água, processo de
separação baseado na diferença de ponto de ebulição entre os componentes.
Alimentando uma mistura com concentração de 6,0% em massa de etanol, desejou-se
obter um produto destilado com concentração de 90% em massa de etanol, mediante
ajuste das vazões e da razão de refluxo. Também foram realizados cálculos referentes ao
trocador de calor e condensador presentes na planta piloto.
SIMBOLOGIA E NOMENCLATURA
D = Diâmetro dos tubos;
L = Comprimento dos tubos;
N = Numero de tubos;
q = Taxa de calor transferido;
A = Área de transferência de calor;
∆ T ml=M é dia Logaritmica das diferencas da temperatura;
∆ T mlcc =¿ Média Logarítmica das diferenças da temperatura para um escoamento
contracorrente;
F = Fator de correção para trocadores de calor com múltiplos passes e escoamento cruzado;
Δ T 1 = Diferença entre as temperaturas de entrada do fluido quente, e de saída do fluido frio;
Δ T 2 = Diferença entre as temperaturas de entrada do fluido frio, e de saída do fluido quente;
t e e t s = Temperaturas de saída e entrada do fluido que passa dentro dos tubos;
T e −T s = Temperaturas de entrada e saída do fluido que passa pelo casco;
ṁ = vazão mássica;
c = calor específico;
ΔT = diferença de temperaturas;
F = vazão mássica da alimentação;
A = vazão mássica do vapor de aquecimento;
V = vazão mássica do topo;
B = vazão mássica do produto de fundo;
1. INTRODUÇÃO

A destilação é uma operação unitária antiga e que tem sido amplamente


praticada por milhares de anos. Durante o início do século 20, a aplicação da destilação
se expandiu de uma ferramenta para concentrar o teor alcoólico de bebidas para uma
técnica de separação na indústria química. Essa expansão acelerou uma vez que a
destilação foi reconhecida como meio de separar petróleo bruto em vários produtos. A
partir daí o uso da destilação se espalhou para a maioria das indústrias.

A destilação fracionada é um processo de separação de líquidos miscíveis,


baseado na diferença entre os pontos de ebulição das substâncias que compõem a
solução. É um processo muito utilizado nas indústrias químicas e petrolíferas,
principalmente.

O processo analisado consistiu na destilação da mistura etanol-água, cujos


pontos de ebulição aproximados são de 78 °C e 100 °C, respectivamente, a pressão
atmosférica. A alimentação da coluna de destilação é utilizada para condensar o produto
de topo no primeiro condensador, e ainda, resfriar o produto de fundo, no segundo
trocador de calor, sendo então pré-aquecida antes de entrar na coluna de destilação,
onde, finalmente, ocorre a transferência de calor e massa entre o líquido e o vapor. Os
produtos obtidos são denominados de produto de topo (destilado) e produto de fundo. O
destilado contém alta concentração de etanol, e após ser condensado retorna a coluna
como refluxo. Já o produto de fundo é composto basicamente por água. A configuração
do processo é ainda composta por um vapor de aquecimento que entra na coluna de
destilação em torno de 143 °C, responsável pela manutenção da temperatura necessária
para destilação. Há também dois condensadores reservas, refrigerados por água
proveniente da torre de resfriamento, ativados apenas quando a temperatura da
alimentação não é baixa o suficiente para condensar o destilado. É importante ressaltar
que existem sensores de temperatura e pressão ao longo do equipamento, permitindo o
controle e acompanhamento da operação.

O estudo permitiu a análise dos trocadores de calor envolvidos no processo,


além de possibilitar a reflexão sobre melhorias na eficiência energética, condições
operacionais e custos do processo.
2. OBJETIVOS

O experimento tem por objetivo a avaliação da transferência de calor nos


trocadores de calor C1 e TC. Ao final do experimento o aluno será capaz de:
 Conhecer um processo comumente utilizado na indústria química;
 Analisar um problema multivariável;
 Aplicar conhecimentos de engenharia na solução de problemas operacionais.
3. MATERIAIS E MÉTODOS

3.1 Materiais
 Solução de alimentação mistura etanol-água, com concentração de 6% em
massa;
 Densímetro digital DMA 4500, para aferição da concentração dos produtos
de topo e fundo;
 Termômetro infravermelho;
 Proveta graduada 500 mL;
 Cronômetro digital.

3.2 Procedimento experimental


O experimento consistirá na destilação de uma mistura etanol-água, com
concentração de 6,0% em massa de etanol. Deseja-se obter um produto destilado
com concentração de 90% em massa de etanol, mediante ajuste das vazões e da
razão de refluxo.
Figura 1 – Fluxograma do processo de destilação

3.3 Metodologia
O experimento consistiu em um processo de destilação de uma mistura etanol-
água, de concentração igual a 6% em massa, que está representado em um fluxograma
(Figura 1). A corrente de alimentação encontrava-se à temperatura ambiente de 27,7 ºC
no tanque de alimentação, a partir do qual é bombeada (corrente F) para o trocador de
calor casco e tubo C1, um condensador, visando maior aproveitamento do calor residual
cedido pelo produto de topo. Ao entrar no trocador, a corrente F passa através de 37
tubos com passe único, recebendo em torno de X J/s para cada tubo e deixando o
equipamento com temperatura de 44,74 ºC. Com o objetivo de aproveitar o calor
liberado pelo trocador de calor casco e tubo TC, a corrente é direcionada para o mesmo,
onde se desloca através de 28 tubos com dois passes, recebendo cerca de X J/s para cada
tubo, vindos do produto de fundo da torre, e deixando o equipamento com uma
temperatura de 78 ºC.

Na etapa seguinte a corrente de alimentação é conduzida para a torre de


destilação, que pela diferença de volatilidade entre os componentes da mistura, separa a
alimentação em outras duas correntes: corrente B rica em água e corrente V rica em
etanol. Um vapor de aquecimento com temperatura próxima a 132 ºC é introduzido na
torre, com a função de manter a temperatura necessária para que o processo de
destilação ocorra.

A corrente B provém da torre de destilação com temperatura de 98 ºC e é


encaminhada para o trocador de calor TC, na forma de fluido quente que passa pelo
casco, onde é resfriada até 78 ºC e deixa o processo como produto de fundo rico em
água. A corrente V deixa a torre de destilação com temperatura de 78 ºC e é orientada
para o trocador de calor C1, onde passa pelo casco e é condensada, liberando calor
latente na grandeza de X J/s para cada tubo. Parte do vapor condensado retorna para a
torre como refluxo, sua composição é etanol-água com concentração X % em massa de
etanol. Acoplados a C1 estão outros dois trocadores de calor (C2 e C3), que apenas são
utilizados quando a temperatura da corrente de alimentação não for suficiente para
condensar todo o vapor em C1. Esses dois condensadores são refrigerados por água,
proveniente da torre de destilação, mas não se fizeram necessários no processo
experimental realizado. Dessa forma, o vapor condensado que não retornou como
refluxo, deixou o trocador de calor como produto de topo rico em etanol.

3. Memorial de Cálculos e Discussão

4.1 Memorial de Cálculos


4. DISCUSSÃO
O trocador de calor TC está corretamente dimensionado? Discuta possíveis
melhorias visando a eficiência energética do processo.

Quanto maior a velocidade de escoamento num trocador de calor, maior a


intensidade de turbulência criada e melhor deve ser o coeficiente de transporte de
energia. Consequentemente, a área do trocador necessária para uma dada carga térmica
será menor. Nesse aspecto, é desejável que a velocidade de escoamento seja alta. Por
isso, podemos melhorar a eficiência do TC aumentando a vazão de água.

Sabendo-se que o condensador C1 é refrigerado pela alimentação e os


condensadores C2 e C3 são refrigerados a água, discuta a implicação desse arranjo
em relação à operação (flexibilidade operacional, segurança e custos fixos e
variáveis).
Em relação à operação, este arranjo tem como objetivo evitar que o condensador
C1 seja sobrecarregado, gerando assim uma maior segurança ao processo, logo aumenta
a vida útil do equipamento e diminui custos do processo.

Comente sobre a utilização de trocadores de calor na integração energética de


processos.
Integração de Processos é um conjunto de métodos gerais e sistemáticos para o
projeto de sistemas de produção integrados, desde processos individuais até complexos
industriais, com ênfase especial no uso eficiente de energia e na redução de efeitos ao
meio ambiente. Para alcançarem os objetivos da Integração de Processo, métodos têm
sido desenvolvidos nas últimas duas décadas.
Trocadores de calor são crescentemente aproveitados na chamada integração
energética, com o objetivo de desenvolver de forma unificada processos antes realizados
de maneira individualizada. Consiste na troca térmica entre as correntes de um processo
para aproveitar o potencial térmico das correntes quentes e economizar utilidades.

Exemplo: pré-aquecimento da alimentação e o resfriamento do efluente de um


reator:

(a) Sem integração: Aquecimento com vapor, resfriamento com água.


(b) Com integração: consome menos utilidades, mas utiliza um terceiro trocador
(de integração).

Plantas industriais consomem grandes quantidades de energia. Tais consumos se


tornam mais acentuados, principalmente nas plantas mais antigas, com pouca integração
energética nos seus processos, ou seja, pouca recuperação de calor entre as correntes
que compõem os mesmos. O objetivo de otimizar energeticamente os processos é
minimizar o uso de energia e, consequentemente, minimizar a geração de resíduos e
efluentes, implicando em operar as plantas com custos reduzidos e com redução das
utilidades vapor, água de resfriamento e combustíveis.

Inclua na discussão uma análise sobre a torre de resfriamento e o gerador


de vapor.
Torre de resfriamento

Em muitos processos, há necessidade de remover carga térmica de um dado


sistema e usa se, na maioria dos casos, água como o fluido de resfriamento. Devido
à sua crescente escassez e preocupação com o meio ambiente, a água "quente" que sai
desses resfriadores deve ser reaproveitada. Para tanto, ela passa por um outro
equipamento que a resfria, em geral uma torre chamada
torre de resfriamento evaporativo ("evaporative cooling tower"), e retorna ao circuito
dos resfriadores de processo.

Em uma planta química ou petroquímica, a pressão de operação nos


condensadores das colunas de destilação ou nos evaporadores de sistemas
de concentração é estabelecida a partir da temperatura da água de resfriamento.
Para que os condensadores de produtos voláteis possam operar com água
de resfriamento, são necessárias pressões de operação suficientemente elevadas. A
temperatura da água de resfriamento é um dado muito importante para o projeto de um
condensador de topo de uma coluna de resfriamento e também para o
dimensionamento da própria coluna de destilação.

Variações na temperatura da água de resfriamento influenciam


diretamente na operação dos condensadores de topo de uma coluna de destilação
e consequentemente a operação da própria coluna. Na prática, há outros sistemas
de resfriamento de água. Por exemplo: lagoa de resfriamento (água quente entra num
lado da lagoa e após atravessar a sua extensão, sai resfriada no outro lado da lagoa),
torres de resfriamento não evaporativo (usadas em usinas nucleares), etc.

Gerador de vapor

Toda indústria de processo químico tem vapor como principal fonte de


aquecimento: reatores químicos, trocadores de calor, evaporadores, secadores e
inúmeros processos e equipamentos térmicos. Mesmo outros setores industriais, como
metalúrgico, metal-mecânico, eletrônica, etc., pode-se utilizar de vapor como fonte de
aquecimentos de diversos processos.

Vapor saturado tem a grande vantagem de manter temperatura constante durante


a condensação a pressão constante. A pressão de condensação do vapor saturado
controla indiretamente a temperatura dos processos. O controle de pressão, por ser um
controle mecânico de ação direta é conseguido muito mais facilmente que o controle
direto de temperatura.

Caldeira Elétrica

No experimento foi utilizada uma caldeira elétrica. Basicamente a caldeira elétrica é constituída
de um vaso de pressão não sujeito a chama, um sistema de aquecimento elétrico e de um sistema de
água de alimentação. O rendimento deste tipo de caldeira é bastante elevado já que por efeito joule a
troca de calor ocorre no interior da massa líquida sem perda do calor gerado. O custo deste equipamento
se torna reduzido devido a inexistência de dutos, câmaras de queima, queimadores, tubos de troca de
calor, refratários, chaminés, dispersão de poluentes, etc.

Duas técnicas são usadas para a troca de calor nas caldeiras elétricas. A primeira consiste na
introdução dentro do vaso de um conjunto de resistores blindados nos quais circula a corrente elétrica
com alta liberação de calor. A potência dissipada é diretamente transferida para a água pelo processo de
convecção.

A outra técnica consiste da condução elétrica, que acontece através da própria massa de água
por onde circula a corrente elétrica entre eletrodos adequadamente posicionados. Neste caso a energia se
dissipa na água também por efeito joule. Para que este segundo método tenha efeito é necessário que a
água possua um valor de condutividade capaz de permitir a circulação elétrica.
O mercado já oferece outro tipo de caldeira elétrica denominada caldeira de indução. Nestas
caldeiras a água a ser transformada em vapor circula de forma forçada no interior das bobinas do
secundário de um transformador, absorvendo o calor dissipado.

 As caldeiras elétricas requerem especial atenção no que concerne a segurança no uso de
energia elétrica, cujos equipamentos devem estar permanentemente sendo revisados e monitorados
contra falhas. Os elementos de troca de calor.
5. BIBLIOGRAFIA
INCROPERA, P.F.; WITT, D.P. Fundamentos de transferência de calor e
massa. 4.ed. Rio de Janeiro: LTC, 1998.

FOUST, A.S.et al. Princípios de operações unitárias. 2.ed. Rio de Janeiro:


Guanabara Dois, 1982.

WELTY, J. R., WICKS, C. E. e WILSON, R. E., RORRER, G. L.


Fundamentals of momentum, heat and mass transfer. John Wiley and Sons Inc, 5th
ed, Hoboken - NJ, 2008, 711 p.

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