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Anne Conway

Anne Conway nasceu em 1631 na Inglaterra e se tornou uma importante filósofa e teóloga. Sua obra The Principles of the Most Ancient and Modern Philosophy criticou o dualismo cartesiano e defendeu que o mundo foi criado de uma única substância. Ela influenciou filósofos como Leibniz e foi uma pioneira na defesa de uma abordagem monista.

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Anne Conway

Anne Conway nasceu em 1631 na Inglaterra e se tornou uma importante filósofa e teóloga. Sua obra The Principles of the Most Ancient and Modern Philosophy criticou o dualismo cartesiano e defendeu que o mundo foi criado de uma única substância. Ela influenciou filósofos como Leibniz e foi uma pioneira na defesa de uma abordagem monista.

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Nascimento: 14 de dezembro de 1631, Londres, Reino Unido

Falecimento: 18 de fevereiro de 1679, Reino Unido

A pouca literatura que há sobre a obra de Conway pode ser compreendida hoje a partir de
quatro eixos temáticos: noções gerais sobre a obra e o legado de Conway (White 2008, Hutton
2004), críticas de Conway à Descartes (McRobert 2000, Couder & Corse 1996), influência de
Conway na obra de Leibniz (Merchant 1979, Mercer 2012), criticas de Conway a Espinosa
(Pugliese 2019) e análises das teses do Principia (Lascano 2013, Duran 1989).

A metafísica de Conway é um exemplo das filosofias de transição que são presentes no


começo da modernidade. O Principia deve ser compreendido dentro deste contexto de
transição, obra de um tempo em que a filosofia se dá tanto em meio às crenças religiosas
quanto em meio aos exercícios intelectuais de motivação estritamente científica ou filosófica.

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Anne nasceu em Londres em 1631, filha de Sir Heneage Finch, 1º Conde de Nottingham,
membro da Câmara dos Comuns sob o reinado de Carlos I e sua segunda esposa Elizabeth,
filha de William Cradock de Staffordshire. Sir Finch morreu uma semana antes de seu
nascimento, sendo sua filha mais nova.[3][4] Educada em casa, seus tutores lhe ensinaram
latim, grego e hebreu. Seu padrasto, embaixador John Finch, a encorajou a ler mais sobre os
temas de filosofia e teologia e a apresentou ao platonista Henry More, que foi um dos tutores
de John em Cambridge. Isso levou a uma longa amizade e várias correspondências entre eles,
onde abordavam temas como a filosofia de René Descartes.[1][3] Tal era a admiração de Henry
More por ela, que ele declarou nunca ter conhecido alguém, homem ou mulher com tal
compreensão do conhecimento, seja divino quanto humano, quanto Anne Conway. Anne
cresceu no Palácio de Kensington, que era propriedade de sua família na época.[4]

Em 1651, ela se casou com Edward Conway, 1º visconde de Conway. Em 1652, Henry More
dedicou seu livro Antidote against Atheism à ela. Em 1658, Anne deu à luz a seu único filho,
Heneage Edward Conway, que morreu por conta da varíola apenas dois anos depois. Edward
Conway também tinha grande interesse em filosofia e também tinha sido um pupilo de Henry
More, mas não tinha o conhecimento da esposa e nem se interessava por tantos temas quanto
ela.[1][3]

Interessada em religião e filosofia teológica, Anne se interessou pelos estudos de Isaac Luria e
depois à doutrina Quaker, à qual ela se converteu em 1677.[5] Na época, os quakers eram mal
vistos na Inglaterra, geralmente temidos e sofriam perseguição religiosa e até
encarceramento. Sua decisão de se converter tornou sua casa um centro de atividade Quaker
e fazer proselitismo ativamente era, portanto, particularmente ousado e corajoso.[1][3]

Outra pessoa importante que a influenciou foi Christian Knorr von Rosenroth (1636-1689),
cabalista famoso e que escreveu um dos livros centrais da cabala. Esta foi uma obra bastante
importante para o livro de Anne, The Principles of the Most Ancient and Modern Philosophy.
[5] Anne foi uma forte crítica ao dualismo cartesiano.

Anne sofria com incapacitantes enxaquecas desde criança, o que a incapacitava por vários
períodos devido à dor e ela passou um grande tempo em busca de uma cura, a ponto de sofrer
sangria na veia jugular. Tendo sido tratada por todos os grandes médicos da época, nenhum
deles foi capaz de curá-la ou de aliviar seu sofrimento.[6]

The Principles of the Most Ancient and Modern Philosophy foi, provavelmente, escrito em
1677, apresentando evidente influência de Jan Baptist van Helmont. Publicado pela primeira
vez em latim por van Helmont, em Amsterdã, em 1690, com o título de Principia philosophiae
antiquissimae et recentissimae.[5][7] Uma edição em inglês foi publicada em 1692. O livro é
uma crítica ao dualismo cartesiano, defendendo que o mundo tinha sido criado de uma única
substância.[5]

Leibniz chegou a afirmar:[8]

“ Os meus [sentimentos] em filosofia aproximam-se mais dos da falecida Condessa


Conway, e defendem uma posição mediadora entre Platão e Demócrito, porque acredito que
tudo ocorre mecanicamente como Demócrito e Descartes afirmam, contra a opinião de Henry
More e de seus seguidores, e no entanto [também defendo] que tudo ocorre de acordo
vitalmente e segundo causas finais, estando tudo cheio de vida e de percepção,
contrariamente à opinião dos atomistas. ”

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