VIGILÂNCIA
VIGILÂNCIA
VIGILÂNCIA (VIG)
I. TIPOS DE VIGILÂNCIA
1. CONCEITO. O termo vigilância remete a uma atitude de precaução, cuidado e prevenção, ou ainda,
zelo e diligência. Em outras palavras, vigilância é uma condição de movimento, dinamismo e alerta,
conceito este oposto ao de estático. A vigilância patrimonial é uma atividade autorizada, controlada e
fiscalizada pelo Departamento de Polícia Federal, desenvolvida por pessoas capacitadas através de Cursos
de Formação de Vigilantes, vinculadas às Empresas autorizadas, com o fim de exercer preventivamente a
proteção do patrimônio e das pessoas que se encontram nos limites do imóvel vigiado, podendo ser em
estabelecimentos urbanos ou rurais; públicos ou privados.
Outra definição de Vigilância: É uma sensação na qual a pessoa ou empresa emprega recursos humanos
capacitados agregando a isso o uso de equipamentos específicos e estabelecendo normas e
procedimentos a fim de produzir um ESTADO DE AUSÊNCIA DE RISCO.
Cabe salientar que nos termos do artigo 1 3 da Portaria 387/06, do DPF (Departamento de Polícia
Federal) a atividade de vigilância patrimonial somente poderá ser exercida dentro dos limites dos
imóveis vigiados, portanto das barreiras perimetrais para o interior do estabelecimento.
2. PERFIL DO VIGILANTE
O vigilante é a pessoa capacitada a zelar pela ordem nos limites do seu local de trabalho,
visando à satisfação do usuário final do seu serviço. Dentro das normas aplicadas sobre segurança privada,
temos que o vigilante deve exercer suas atividades com urbanidade (civilidade, cortesia, boas relações
públicas), probidade (honestidade) e denodo (coragem, bravura, mostrando seu valor).
As próprias exigências estabelecidas pelo órgão controlador d a segurança privada nos
revelam que o vigilante deve ser pessoa de conduta reta, sendo, portanto, pessoa de confiança.
Além do aspecto moral, no que tange à conduta de retidão, o vigilante é uma pessoa que
deve estar o tempo todo alerta a tudo e a todos, tendo total controle da situação local, através da
própria inspeção visual em todo perímetro de segurança, como forma primordial de prevenção e
demonstração de controle.
A atuação do vigilante é de caráter preventivo, de modo a inibir, dificultar e impedir
qualquer ação delituosa, mostrando-se dinâmico nas suas atitudes.
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Curso Básico de Formação de Vigilante
2.7 Proativo: Ação de antever e se antecipar ao evento danoso, com o fim de evitá-lo ou de minimizar
seus efeitos e, principalmente, visar à adoção de providências para auxiliar os agentes de segurança
pública, como na coleta das primeiras informações e evidências da ocorrência, de preservação dos
vestígios e isolamento do local do crime15.
5. VIGILÂNCIA EM GERAL
O vigilante patrimonial é profissional capacitado, registrado no Departamento de Polícia Federal e
autorizado a exercer a vigilância patrimonial, desde que vinculado a uma empresa autorizada, em
qualquer estabelecimento, seja da iniciativa privada (instituições financeiras, empresas, shopping-centers,
hospitais, escolas etc.), seja da Administração Pública Direta (órgãos federais, estaduais, municipais ou
distritais) ou Indireta (autarquias, empresas públicas, empresas de economia mista e fundações). Nestas
últimas, empregam-se vigilantes contratados por empresas especializadas em segurança, que forem
vencedoras em procedimento licitatório e celebrarem o contrato de prestação de serviços de segurança.
Em todos esses locais em que o vigilante atua, seu objetivo deve estar voltado à garantia da ordem interna, à
preservação da integridade patrimonial, à proteção da integridade pessoal, à constatação de irregularidades
com as correspondentes providências e a satisfação do usuário final.
6. VIGILÂNCIA EM BANCO
Por força da Lei 7.102/83, as instituições financeiras são obrigadas a possuir sistema de segurança com
pessoas adequadamente preparadas, denominadas vigilantes. Logo, não se trata de uma faculdade e sim de
uma obrigação a que todos os estabelecimentos financeiros devem se submeter, mantendo vigilância
ininterrupta durante seu horário de funcionamento.
Por se referir a local em que há guarda de valores e movimentação de numerários, é inegável que se trata
de um ponto visado pelos criminosos e que exige do vigilante atuação atenta para garantir a prevenção
e, por conseguinte, a proteção das pessoas e do patrimônio.
Na vigilância dos estabelecimentos financeiros o vigilante deve sempre procurar posicionar-se em pontos
estratégicos, o que lhe permitirá maior ângulo de visão, de modo que sua retaguarda esteja sempre
protegida, impedindo dessa forma que seja alvo de criminosos que sempre se valem do fator surpresa.
Os deslocamentos para fazer a rendição do ponto estratégico (cabines ou similares) devem ser feitos em
momento oportuno, sem seguir rotinas, procurando a ocasião de menor movimento na agência,
deslocando-se com as costas protegidas, o coldre aberto e mão na arma, a arma no coldre e o dedo fora
do gatilho. No ato da rendição, primeiro entra o v igilante que está substituindo para depois sair o
vigilante que foi rendido. Ao entrar na cabine, fazer de modo que o coldre fique à frente do corpo e o
vigilante entre olhando para o público e com as costas protegidas.
14 Idem.
15 Idem.
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PORTA GIRATÓRIA
Aqui estão as normas mais comuns que devem ser seguidas pelo vigilante que esteja atuando junto a
porta giratória de segurança, também conhecida como “porta panda”:
1) O vigilante deverá permanecer posicionado em local que será demarcado pelo Departamento de
Segurança, onde existirão acionadores de alarmes;
1) Quando houver o travamento da p orta, o vigilante deverá deslocar-se para perto da mesma e
perguntar à pessoa se esta está portando algum objeto metálico; em caso afirmativo, deverá pedir para
ver o objeto (molhos de chaves, fivela de cinto, moedas, guarda-chuvas, etc.);
2) Após a verificação do objeto metálico, deve solicitar à pessoa que entregue tal objeto e novamente passe
pelo detetor de metais;
3) Se o detetor não acusar nenhum outro objeto metálico, devolver à pessoa o objeto que lhe foi entregue
anteriormente;
4) Se o detetor acusar a presença de outro objeto metálico, indagar se a pessoa ainda possui algo de
metal. Proceder, então, conforme itens 1 e 2 acima;
5) Quando a pessoa que causou o travamento tratar-se de mulher ou senhoras idosas, o vigilante deverá
proceder conforme o item 2 e solicitar a abertura de bolsa ou sacola a fim de fazer uma rápida
(porém eficiente) revista visual. Todo trabalho deve ser feito com educação exemplar, ponderação e
palavras amenas;
6) Quando o travamento ocorrer com pessoas que possuam arma de fogo, avisando o vigilante a respeito
dessa condição e apresentando registro e porte de arma, o vigilante deverá perguntar se é cliente
daquela agência e somente liberar a porta após autorização da gerência. Caso a pessoa não receba
autorização, impedir a entrada e solicitar que retorne sem a arma;
7) Quando o travamento ocorrer e a pessoa tratar-se de policial civil ou militar, solicitar a identidade
funcional, observando bem a fotografia e a data de validade. Vale acrescentar que existem no mercado
“carteiras porta- funcional”, que não são documentos e podem ser adquiridas por pessoas alheias à
função. Em caso de confirmar a presença de policial, após a identificação, liberar a porta;
8) Quando tratar-se de policial militar fardado, proceder conforme item 8. Vale lembrar que vários
estabelecimentos bancários já sofreram assaltos em que o meliante trajava uniforme completo da
Policia Militar ou coletes de uso costumeiro pela Policia Civil.
7. VIGILÂNCIA EM SHOPPING
Os shoppings são as principais opções de passeio, compras, diversões infantis, alimentação, e uso de
caixas eletrônicos dos grandes centros urbanos, justamente por ser considerado um lugar de maior
circulação de pessoas e que possui segurança.
A atuação do vigilante patrimonial nos shoppings, como em todo e qualquer
estabelecimento, tem caráter preventivo de modo a coibir ações criminosas pela sua própria presença
reconhecida pelo uso de uniforme.
Por se tratar de local aberto ao público e com grande circulação de pessoas, o vigilante deve
ficar atento ao comportamento e atitude das pessoas, agindo com muita discrição, de modo a fazer
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segurança sem constranger aqueles que buscam nos shoppings um passeio em um ambiente seguro e
protegido. O vigilante não deve considerar seu trabalho como um lazer, simplesmente por estar em um
shopping. Seu comportamento deve ser o mais responsável possível, estabelecendo um meio de
comunicação com os lojistas em situações de anormalidades e/ou pessoas com comportamento suspeito.
Todos que ali se encontram contam com a proteção que se inicia com a entrada no
estacionamento e se prolonga pelos corredores, lojas, praça de alimentação, playland e caixas eletrônicos,
que por ser considerado um ambiente seguro e movimentado, são constantemente visitados da abertura ao
fechamento dos shoppings.
8. VIGILÂNCIA EM HOSPITAL
Outra instituição que utiliza o serviço de vigilância patrimonial para proteger o patrimônio e pessoas são
os Hospitais. Nestes locais, os principais delitos são furtos de medicamentos, seqüestro e troca de recém-
nascidos, assassinatos e seqüestro de criminosos internados.
O vigilante empregado neste local de trabalho deve estar atento a todos os movimentos
internos, em especial nas dependências em que o acesso seja restrito a determinadas pessoas e
horários pré- estabelecidos pela Direção.
O equilíbrio emocional é de fundamental importância, pois se trata de local onde as pessoas
constantemente entram em desespero e, por vezes, d emonstrando real insatisfação em relação ao
atendimento dos médicos e seus auxiliares, sendo, portanto, propício ao conflito e desgaste psíquico.
A portaria é o local de acesso ao público em geral, devendo o vigilante ficar atento às vias de
acesso para a parte interna das instalações que são restritas a funcionários e pessoas autorizadas.
Outro momento crítico é o horário das visitas, em que a atenção deve ser redobrada, pois os
grupos criminosos que praticam delitos em hospitais são estrategistas e na maioria das vezes se passam
por enfermeiros, médicos, funcionários de empresas prestadoras de serviços etc. Como em todos os locais
de vigilância, a instalação de medidas de segurança é de fundamental importância para prevenir as ações
criminosas, como por exemplo: Circuito Fechado de TV, em todos os pontos possíveis, inclusive
nos berçários; pulseiras com código de barras pelos pacientes; controle de visitantes através de
identificação e biometria (íris, impressões digitais), com o devido registro de dados; câmeras nas
farmácias, com monitoramento e acesso controlado eletronicamente através de senhas pessoais, etc.
9. VIGILÂNCIA EM ESCOLA
A vigilância em estabelecimentos de ensino é a que requer o melhor preparo, pois nestes locais o
profissional de segurança é mais que um vigilante. É um auxiliar direto dos educadores. Sua postura, seu
comportamento maduro, suas atitudes coerentes e discretas permitirão o sucesso no relacionamento
com os alunos, pois qualquer tipo de liberdade ou brincadeira pode comprometer a boa imagem de toda a
equipe de segurança.
O controle de acesso e as rondas permanentes é que garantirão a segurança e irão impedir a
prática de atos ilegais. O acesso deve ser restrito aos alunos matriculados, funcionários, membros do
corpo docente e pessoas devidamente autorizadas.
A utilização de medidas de segurança, como por exemplo, catracas eletrônicas, circuito
fechado de TV, uso de uniforme pelos alunos e vigilantes controlando acesso e realizando rondas
permanentes, são as melhores maneiras de evitar qualquer ocorrência no estabelecimento de ensino.
Os problemas nos estabelecimentos de ensino não são apenas internos, portanto, o vigilante
deve ficar atento quanto à presença de pessoas estranhas nas imediações da escola, pois ocorrências de
tráfico de entorpecentes são bastante comuns nestes locais, onde traficantes se aproveitam da pouca
experiência e imaturidade dos jovens, para “vender” drogas. Caso perceba tal ação, o vigilante deve
relatar o fato ao Diretor da escola a fim de que sejam adotadas providências junto à Secretaria de
Segurança Pública.
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Curso Básico de Formação de Vigilante
Vigilância em Prédios Comerciais: Nos prédios comerciais a atuação do vigilante visa à proteção
e a segurança dos funcionários, visitantes, clientes e das instalações físicas. Neste caso, o sistema de
segurança deve ser planejado de acordo com as peculiaridades locais, de modo que os principais pontos
de segurança sejam os controles de acessos de pessoas e veículos.
O uso de tecnologias modernas (circuito fechado de TV, botão de pânico; catracas
eletrônicas, controles de acesso pela biometria, clausuras etc.) tem sido os principais recursos
utilizados para garantir a segurança destes locais.
O acesso restrito e controlado com emprego de tecnologias modernas, utilização de
manobristas para evitar a entrada de visitantes por pontos em que não seja o de acesso de pessoas,
normas internas e rondas constantes garantirão a prevenção nos prédios comerciais.
Cabe ao vigilante o efetivo controle de tudo que diz respeito à ordem interna; a
regularidade das instalações; o controle das entradas proibidas; das entradas permitidas; o controle da
circulação interna; o fiel cumprimento das normas emanadas por quem de direito; o controle do
material sob sua responsabilidade; o registro das ocorrências internas; a imediata comunicação ao seu
superior de qualquer incidente, principalmente irregularidade com armamento, munição e colete a prova
de balas; o devido zelo com a apresentação pessoal; a postura e o comportamento de acordo com os
padrões sociais, dentre outras atribuições peculiares à sua função.
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várias modalidades de serviços, desde que esteja habilitado de acordo com a lei, para o exercício dessas
atividades:
Vigilante Patrimonial, quando empregado para vigiar um determinado local (com bens ou não);
Equipes de Transporte de Valores, se possuir o curso de vigilante, a extensão em Transporte de
Valores e pertencer a uma Empresa Especializada em Transporte de Valores (legalmente
autorizada a funcionar).
Segurança pessoal, se for possuidor do curso de vigilante; exercer a profissão há pelo menos um
ano; possuir extensão em Segurança Pessoal e estiver vinculado a uma Empresa de Segurança
(devidamente regularizada perante o Departamento de Polícia Federal).
O vigilante é, hoje, essencial à segurança de grande parte da população, pois é ele quem está nas
fábricas, nos condomínios, nas residências, nos shoppings, centros comerciais e outros locais, onde o
sistema de segurança pública não pode estar (dada a natureza privada destes locais).
O profissional deve estar atento às técnicas do serviço, sempre cuidando para não prejudicar
o Plano (esquema) de Segurança.
Fixos: Postos Fixos: são os postos onde o segurança deverá permanecer sem se afastar, sob pena de
perder o controle do acesso ou até mesmo facilitar uma invasão. Como exemplo de posto fixo, podemos
citar: Guaritas de Segurança ou Cabines de Segurança, instaladas em pontos estratégicos, de onde o
vigilante tem maior campo de visão; S a l a d e M o n i t o r a m e n t o d e I m a g e n s , C entral de
Comunicação Operacional etc.
Móveis (ou de Ligação): são os postos onde o vigilante se desloca dentro de uma área delimitada (em
qualquer direção). Este tipo de posto é utilizado quando a área a ser coberta é mais extensa.
Postos de Extensão: são os postos nos quais o vigilante se desloca dentro de uma área razoavelmente
extensa (não sendo necessário um ponto de referência)
a) Rondas Internas: São aquelas realizadas no interior das instalações, nos setores
desativados por ocasião do encerramento expediente.
Sede do Guarda
Considera-se sede do guarda o local onde os vigilantes fazem a assunção do serviço, bem
como permanecem os materiais e livros de registro de recebimento e passagem do serviço e de ocorrências.
Todo vigilante deve fazer a conferência dos materiais que se encontram sob sua guarda, sejam de
propriedade do empregador, sejam de propriedade do tomador do serviço (cliente).
Tais materiais devem ser controlados e registrados em livro próprio, como forma de
controle, de modo que o vigilante que está passando o posto transfira sua responsabilidade àquele que está
assumindo.
De todos os materiais que existem no posto de serviço, os que merecem atenção
redobrada são aqueles controlados pela Polícia Federal e Comando do Exército (armamentos, munições
e colete a prova de balas), pois o furto, roubo ou extravio de qualquer um desses equipamentos obriga a
empresa de vigilância a fazer o Boletim de Ocorrência e a comunicação imediata ao Departamento de
Polícia Federal, não sendo possível resolver tal questão apenas internamente.
Nesse sentido, observa-se que o artigo 13, parágrafo único da Lei Federal 10.826/03
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prevê a responsabilidade criminal do dono ou diretor da empresa de segurança que deixar de fazer a
ocorrência policial e comunicar à Polícia Federal em 24 horas o furto, roubo ou qualquer forma de
extravio de armamento, munições e acessórios, de propriedade da Empresa de Segurança.
4. DESEMPENHO DO VIGILANTE
A fim de que o vigilante desempenhe suas função de acordo com os ditames estabelecidos
pela política da segurança privada adotada pela Policia Federal, é necessário que se invista de maneira
sólida em seu treinamento e capacitação profissional. Somente um profissional capacitado
profissionalmente terá condições de agir de acordo com as expectativas do usuário final do serviço.
Portanto, é de suma importância o treinamento permanente e a conscientização do próprio
profissional, no que tange a seu dever de controle, fiscalização e promoção da ordem interna do
estabelecimento vigiado.
O conceito Segurança Física de Instalações pode ser entendido por uma atitude que reúne uma
série de ações preventivas, conhecimentos, reflexos e mecanismos a serem utilizados no momento
preciso, vindo dessa forma favorecer as ações desenvolvidas pelo agente de segurança.
a) Medidas Estáticas são barreiras e equipamentos utilizados no sistema de segurança que visam inibir e
impedir ações criminosas, bem como garantir maior eficiência da atividade de vigilância patrimonial. Ex:
Barreiras perimetrais, circuito fechado de TV, sistemas de alarmes, portas giratórias detectoras de metais,
catracas eletrônicas, portinholas (passagem de objetos), clausuras (espaço entre dois portões, que
antecedem a entrada de veículos e pessoas, aparelhos de controle de acesso com base na biometria
(impressão digital, íris) etc.).
b) Medidas Dinâmicas é a atuação inteligente do vigilante, como pessoa capacitada para fazer a
segurança física das instalações e dignitários. Ex: Identificação pessoal, abordagem à distância,
sinalização entre os integrantes da equipe de segurança em casos de pessoas em atitude suspeita, contato
telefônico com empresas fornecedoras e prestadoras de serviços para confirmar dados de funcionários,
vigilância atenta, posicionar-se em pontos estratégicos (pontos que permitam visão ampla do
perímetro de segurança), redobrar a atenção quanto aos pontos vulneráveis (pontos que permitam fácil
acesso) etc.
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Curso Básico de Formação de Vigilante
As entradas não permitidas não são os maiores alvos das invasões, pois quaisquer acessos
por esses pontos chamam a atenção, ficando em evidência, que é justamente o que os grupos
criminosos evitam em suas ações.
No entanto, o maior erro do profissional de segurança é não acreditar na audácia do
criminoso, mesmo as pesquisas indicando que, via de regra, as invasões ocorrem pelas entradas
permitidas. A fiscalização, o controle e a vigilância devem ser constantes e abranger todos os pontos do
perímetro de segurança, de modo a inibir e impedir qualquer ação criminosa, ressaltando que a atividade de
vigilância patrimonial tem caráter preventivo.
Várias medidas de proteção devem ser adotadas, incluindo restrição de acesso, a vigilância
constante executada pelo homem ainda é a mais importante.
2.1 Barreiras Perimetrais: são obstáculos disponibilizados na área do serviço, podendo ser
aplicada, por exemplo, na preservação da cena do crime, no ordenamento de estacionamento interno ou
externo, etc., as quais se classificam em:
a) Naturais: são acidentes da natureza, aproveitados pelo homem na área de segurança. Ex.:
rios, mares, lagoas, montanhas, etc.;
b) Artificiais: são as construídas ou estabelecidas pelo homem, que podemos classificar como:
- Vazadas: cerca de arame farpado, grades;
- Opacas: tapume de uma construção;
- Permanentes: um muro de uma residência;
- Temporárias: limites de uma casa realizados com varas;
- Animais: são aquelas em que o homem utiliza o emprego de animais. Ex.: cães, cavalos,
gansos, cobras, etc.
4. PREVENÇÃO DE SABOTAGEM
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No controle do acesso de pessoas o vigilante deve seguir determinados procedimentos que garantam a
segurança das instalações e de todos que estejam envolvidos no sistema (colaboradores, visitantes,
c lientes, fornecedores etc.). Para tanto seguem alguns mandamentos indispensáveis:
Fazer a inspeção visual, procurando analisar e memorizar as características das pessoas, mostrando-se
atento, pois tal comportamento garante a prevenção, uma vez que qualquer pessoa mal intencionada
perde o interesse de agir quando percebe que foi observada antes de se aproximar;
Fazer a abordagem, preferencialmente à distância, procurando obter e confirmar todos os dados
necessários ao efetivo controle do acesso;
Nunca julgar as pessoas pela aparência, pois as quadrilhas de criminosos procuram induzir o vigilante
a erro. Levar sempre em consideração se é pessoa desconhecida, e mesmo sendo conhecida, caso esteja
acompanhada de desconhecido, deve-se agir com maior critério;
Fazer a identificação pessoal, exigindo a apresentação de documento emitido por órgão oficial e que
possua fotografia. Ex: RG, reservista, passaporte, nova CNH, identidades funcionais etc.
Obs.: A Lei Federal 5.553/68, alterada pela Lei Federal 9.453/97, estabelece que nos locais onde for
indispensável a apresentação de documento para o acesso será feito o registro dos dados e o documento
imediatamente devolvido ao interessado.
Anunciar o visitante ao visitado e, sendo autorizado seu acesso certificar-se de quem partiu a autorização;
Fazer o devido registro dos dados;
Cumprir às normas estabelecidas internamente.
Obs.: Para a efetiva segurança no controle de acesso é indispensável a instalação de medidas
estáticas (Circuito Fechado de TV, Botão de Pânico, aparelhos de controle com base na biometria, etc.)
e treinamento constante dos profissionais de segurança.
Entrada de Materiais
Saída de Materiais
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Curso Básico de Formação de Vigilante
ponto que exige investimento da empresa tanto no que tange às medidas estáticas (CFTV, clausuras,
etc.) como também em treinamento de pessoal.
Procedimentos
Fazer inspeção visual com atenção voltada às características do veículo e ocupantes, bem como o
comportamento e atitude dos últimos;
Fazer a abordagem, à distância, procurando obter e confirmar todos os dados e, se for necessário, ligar
para a empresa dos ocupantes do auto para fazer a confirmação, antes do ingresso no estabelecimento;
É conveniente que, caso seja autorizado o acesso, o veículo adentre apenas c om o condutor, de modo
que os demais ocupantes desembarquem e acessem pela entrada de pedestres;
Sendo adotado o procedimento acima, identificar o condutor, conforme estudado no controle do acesso
de pessoas, caso contrário todos devem ser identificados;
A instalação de clausuras tem sido uma das principais formas de proteger o vigilante e evitar
invasões, principalmente com uso de veículos clonados;
Caso o estabelecimento não disponha de clausura e, em se tratando de veículo com compartimento
fechado (baú), é viável que se determine seu ingresso de ré, de modo que seja aberto o baú, antes da
abertura do portão, a fim de que o vigilante não se exponha ao vistoriar o veículo e, nem ocorra
invasão;
Fazer o devido registro dos dados de acordo com normas estabelecidas;
Cumprir rigorosamente as normas internas.
Obs.: O registro dos dados é a única forma de controle e a melhor forma de produção de provas para
diversas finalidades. Portanto, o vigilante deve fazê-lo com corretamente e sem qualquer exceção.
7. SIGILO PROFISSIONAL
Violação do segredo profissional: art.154. “Revelar alguém, sem justa causa, segredo, de que
tem ciência em razão de função, ministério, ofício ou profissão, e cuja revelação possa produzir dano a
outrem”.
O profissional de segurança, pela natureza de seu serviço, tem acesso a um maior número de
informações que a maioria dos outros empregados da empresa.
Pela sua condição de "Homem de Segurança", deve manter sigilo sobre todas as informações
que lhe forem confiadas, não cabendo a ele avaliar o caráter sigiloso ou não da informação, ou fato
ocorrido.
Deve desconfiar de quem muito pergunta e encaminhar os interessados na informação ao
setor próprio da empresa.
Mesmo fora do horário de serviço, deve estar atento para não comentar assuntos de serviço
em público, nem fornecer dados da segurança a familiares ou amigos.
O sigilo profissional para o homem de segurança, não é virtude, é dever.
Jamais deve informar a pessoas alheias ao serviço sobre:
a) horário de chegada e saída do carro forte;
b) número de elementos que compõe a equipe;
c) numerários;
d) armamento utilizado;
e) sistema de alarmes existentes no estabelecimento, etc.
8. PLANO DE SEGURANÇA
Deve-se ter bem claro que dois dos principais pilares da segurança são a prevenção e a
reação, sendo esta última um conjunto de ações tomadas para conter aquilo que se tentava evitar
(prevenir). Dessa forma, a reação deve ser bem estudada e descrita em forma de um procedimento, que
costuma receber o nome de “planejamento”. Atualmente, muitas empresas elaboram “Manuais de
Procedimentos”, que contemplam diversas situações/problemas, indicando a melhor maneira de como
se deve lidar com cada evento. É importante que todos os envolvidos saibam da existência desses
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Curso Básico de Formação de Vigilante
manuais, para que possam agir de acordo com suas orientações, pois trata das atitudes que a
empresa/cliente espera que o Vigilante demonstre, se houver a concretização dos eventos em questão. Plano
de segurança é um termo muito abrangente. Por isso, costuma-se utilizar conceitos mais específicos, já
que existem diversos tipos de planejamento, tais como: estratégico, tático, técnico, operacional, de gerenciamento
de crises, etc.
O treinamento dos planos de segurança, sejam eles quais forem, desde o abandono de área,
incêndio de grandes proporções, colisão de aeronave em heliponto, ameaça de bomba, ameaça de
contaminação biológica, falta de água/energia elétrica/telefone, espionagem, sabotagem, greve, suicídio,
até um simples plano de abordagem de indivíduo não identificado em atitude suspeita, deve ser levado a
sério, pois, a mais simples das situações pode gerar efeitos desastrosos que se perpetuam por toda a vida.
a) Roubo:
Manter a calma, evitar o pânico e fazer a comunicação a Polícia na primeira oportunidade;
Contato com o Plantão da Empresa de Segurança;
Reação somente se houver oportunidade total de sucesso, lembrando-se que a atuação do vigilante é
preventiva, de modo a evitar o fator surpresa;
Observação atenta de tudo que se passa: O quê? Quando? Onde? Como? Quem? Quais foram as rotas
de fuga?
Preservação do local para permitir à Polícia Científica a análise e levantamentos devidos.
b) Tumulto:
Manter a calma e controlar o público;
Evacuar o local de forma rápida e discreta;
Não sendo possível manter a ordem interna pelos recursos próprios, acionar a polícia;
Agir de maneira imparcial, conscientizando-se que em ocorrência em que há pessoas com os ânimos
exaltados, a imparcialidade, o equilíbrio emocional e o diálogo são os melhores recursos.
Registrar a ocorrência no livro.
b) Pânico: podem ser o resultado do medo da morte, provocado por situações várias, tendo sua origem
geralmente por meio de boatos, assaltos, explosões, etc.
Manter a ordem e a calma, controlando a situação;
Transmitir às pessoas confiança e calma;
Conduzir os envolvidos a um lugar seguro;
Comunicar a integrantes da empresa;
Registrar a ocorrência no livro.
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Curso Básico de Formação de Vigilante
Escadas de segurança:
a) Todas as escadas de segurança devem ser enclausuradas com paredes resistentes ao fogo e
portas corta-fogo. Em determinadas situações estas escadas também devem ser dotadas de
antecâmaras enclausuradas de maneira a dificultar o acesso de fumaça no interior da caixa
de escada. As dimensões mínimas (largura e comprimento) são determinadas por Normas
Técnicas;
b) A antecâmara só deve dar acesso à escada e a porta entre ambas, quando aberta, não deve
avançar sobre o patamar da mudança da direção, de forma a prejudicar a livre circulação;
c) Para prevenir que o fogo e a fumaça desprendidos por meio das fachadas do edifício
penetrem em eventuais aberturas de ventilação na escada e antecâmara, deve ser mantida
uma distância horizontal mínima entre estas aberturas e as janelas do edifício.
Acessos:
a) Quando a rota de fuga horizontal incorporar corredores, o fechamento destes deve ser feito
de forma a restringir a penetração de fumaça durante o estágio inicial do incêndio. Para isto
suas paredes e portas devem apresentar resistência ao fogo;
b) Para prevenir que corredores longos se inundem de fumaça, é necessário prever aberturas
de exaustão e sua subdivisão com portas à prova de fumaça;
c) As portas incluídas nas rotas de fuga não podem ser trancadas, entretanto devem
permanecer sempre fechadas, dispondo para isto de um mecanismo de fechamento
automático;
d) Alternativamente, estas portas podem permanecer abertas, desde que o fechamento seja
acionado automaticamente no momento do incêndio;
e) Estas portas devem abrir no sentido do fluxo, com exceção do caso em que não estão
localizadas na escada ou na antecâmara e não são utilizadas por mais de 50 pessoas. Para
prevenir acidentes e obstruções, não devem ser admitidos degraus junto à soleira, e a
abertura de porta não deve obstruir a passagem de pessoas nas rotas de fuga;
f) O único tipo de porta admitida é aquele com dobradiças de eixo vertical com único sentido
de abertura;
g) Dependendo da situação, tais portas podem ser a prova de fumaça, corta fogo ou ambos;
h) A largura mínima do vão livre deve ser de 80 centímetros.
d) Sua previsão deve ser feita nas rotas de fuga, tais como corredores, acessos, passagens
antecâmara e patamares de escadas;
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Curso Básico de Formação de Vigilante
e) Seu posicionamento, distanciamento entre pontos e sua potência são determinados por
Normas Técnicas.
Elevador de segurança:
a) Para o caso de edifícios altos, adicionalmente à escada, é necessária a disposição de
elevadores de emergência, alimentada por circuito próprio e concebida de forma a não
sofrer interrupção de funcionamento durante um incêndio. Estes elevadores devem:
1) Apresentar a possibilidade de serem operados pela Brigada local ou do Corpo de
Bombeiros;
2) Estar localizados em área protegida dos efeitos de um incêndio.
b) O número de elevadores de emergência necessário a suas localizações é estabelecido
levando-se em conta as áreas dos pavimentos e as distâncias a percorrer para serem
alcançados a partir de qualquer ponto do pavimento.
Os planos de emergências são formulados pelo responsável pela segurança, com a participação
da equipe, a fim de que se garanta o sucesso da atuação da segurança, caso ocorra o evento crítico, isto
é, situações emergenciais que destoam da rotina do local de trabalho.
A filosofia de um plano emergencial é atribuir a cada integrante da equipe de segurança uma missão
específica, caso ocorra uma situação emergencial previsível (invasão, incêndio, ameaça de bomba,
greve de funcionários etc.).
Pode-se ressaltar aqui as seguintes atitudes a serem tomadas diante das ocorrências abaixo:
a) Incêndio:
1) Tentar debelar o foco de incêndio, não conseguindo, dispara o alarme, se existir, e
entrar em contato com o Corpo de Bombeiros Militar;
2) Proceder à evacuação parcial ou total da área, de forma ordenada, para evitar pânico;
3) Comunicar à Direção da Empresa;
4) Registrar a ocorrência no livro.
c) Greve ou vandalismo:
1) Deverá comunicar as autoridades policiais em tempo hábil;
2) Comunicar a integrantes da Direção da Empresa;
3) Redobrar as atenções nos desdobramentos das ações criminosas;
4) Impedir ou dificultar a invasão da área da Empresa;
5) Registrar a ocorrência no livro.
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d) Desabamento ou inundações:
1) Entrar em contato com o Corpo de Bombeiros Militar e Defesa Civil, se for o caso;
2) Entrar em contato com integrantes da Direção da Empresa;
3) Proceder buscas e salvamentos na área do sinistro;
4) Isolar a área para evitar saques, presença de curiosos, etc.;
5) Registrar a ocorrência no livro.
e) Boatos perniciosos:
1) Identificar sua origem e agir com medidas que possam neutralizar e impedir sua
propagação;
2) Comunicar em tempo hábil a integrantes da Direção da Empresa;
3) Registrar a ocorrência no livro.
a) Adotar medidas preventivas, procurando avaliar quais são os riscos que mais ameaçam o
condomínio, levando em conta sua localização, estrutura de construção, capacidade de
ocupação e áreas mais vulneráveis, entre outros aspectos;
b) Organizar Brigadas de Incêndio e Emergência, formadas por funcionários e ocupantes. No
caso dos ocupantes, a participação deverá ser sempre voluntária;
c) Manter um canal de comunicação eficiente com o Corpo de Bombeiros e com a Defesa
Civil;
d) Estabelecer com antecedência qual o tipo de ação a ser adotada em cada situação particular,
como evacuação e socorro a feridos;
e) Fazer exercícios simulados, periodicamente, envolvendo funcionários e ocupantes, para
manter o pessoal sempre alerta contra perigos e riscos eventuais.
12. EXPLOSIVOS
Explosivo é todo composto sólido, líquido ou gasoso, que sofrendo uma reação química
violenta, transforma-se instantaneamente em gás, com produção de alta pressão e elevada temperatura.
Ocorrências com e xplosivos são consideradas de grande vulto e de alto isco, portanto
requer a atuação de profissionais capacitados, com emprego de equipamentos e táticas adequadas. Trata-
se de uma ocorrência onde um erro na atuação poderá ser fatal, com conseqüências danosas a quem se
encontre pelas imediações.
Naturalmente o bem maior que cuidamos não é o patrimônio e sim a vida e a integridade
física; logo, nossa maior preocupação deve centrar-se na evacuação do local e interdição da área de
forma rápida e discreta, sem causar pânico.
Indubitavelmente o vigilante patrimonial não é o profissional capacitado para atuar
efetivamente em ocorrências envolvendo explosivos ou com ameaças de bomba, devendo tomar apenas as
primeiras medidas e acionar a polícia a fim de que a central de operações envie para o local uma equipe
especializada no assunto.
Por se tratar de ações típicas de terrorismo, seus principais agentes são integrantes de
facções criminosas que visam, sobretudo, abalar a estrutura do poder público constituído, de modo que
os maiores alvos de ataque são os edifícios da administração pública, principalmente aqueles ligados
à Polícia, Justiça, Ministério Público, Embaixadas e Instituições Financeiras. Outros pontos visados são
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Em cartas ou pacotes:
a) Selos e lacres alterados ou violados;
b) Papel ou envelope amarrotados;
c) Cordão de pacotes arrebentados ou com nós;
d) Peso e volume avantajado;
e) Cheiro diferente ou característico;
f) Carimbos ilegíveis, anormais ou diferentes;
g) Rigidez da embalagem interna, a qual pode constituir a proteção para o explosivo ou
detonador;
h) Conteúdo ocupando todo espaço interno do envelope;
i) Utilização de envelope duplo ou fora do comum;
j) Pacotes em forma de livro, caixa-pacote ou caixa de bombons;
k) Pacotes que apresentam tensão em lugar qualquer, deixando transparecer a presença de uma
mala;
l) Espessura superior a 5mm;
m) Objeto como lápis, pilhas ou baterias;
n) Marcas gordurosas;
o) Objetos metálicos ou de aço;
p) Emissão de sons ou mau cheiro.
Há casos em que não se recebe a ameaça, mas encontram-se artefatos ou objetos suspeitos.
Nesta situação, o vigilante deve sempre acreditar na pior hipótese, ou seja, considerar que se trata de um
explosivo e tomar todas as precauções necessárias para a preservação das vidas e da integridade física de
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As Polícias, como Órgão de Segurança Pública, dispõem de grupos especializados para atuar nas
mais diversas ocorrências. O acionamento do órgão policial para cada caso de evento crítico sempre será através
da Central de Operações. No caso da Polícia Militar (190) e da Polícia Civil (197).
Ao acionar 190 e 197, cada central de operações saberá, de acordo com a natureza da ocorrência, qual
o grupo policial que melhor se adequará para a solução do evento critico.
1. PESSOAL DE SERVIÇO:
Relação nominal dos seguranças que executaram o serviço de portaria no dia (narrar a data), no turno de 24
horas (narrar os nomes dos seguranças).
2. MATERIAL EXISTENTE:
Deverá narrar todos os materiais diários de serviço. Ex.:
- 01 (um) birô de madeira com uma cadeira giratória;
- 50 (cinqüenta) crachás de identificação;
3. EQUIPAMENTOS ELETRÔNICOS:
Exemplos:
- 01 (um) aparelho de TV 14” (identificar a marca do produto), com controle remoto, número
de série (para evitar uma possível troca).
4. ARMAMENTO E MUNIÇÃO:
Exemplos:
- 03 (três) revólveres (identificar a marca da arma), calibre 38, números (identificar a
numeração);
- 100 (cem) cartuchos calibre 38 (bom para uso ou impróprio para uso).
5. OCORRÊNCIAS:
Neste campo relatar, resumidamente, a ocorrência e os procedimentos adotados pelo segurança. Caso não
tenha havido ocorrências, narra-se “nada a registrar”.
6. OBSERVAÇÕES:
Este campo será reservado para narrar qualquer anormalidade que aconteça durante a execução do serviço.
7. PASSAGEM DE SERVIÇO:
Neste campo realiza-se o fechamento do livro, da seguinte forma:
“Fi-la ao meu substituto legal (nome do segurança líder que irá assumir o serviço), a quem transmiti as
ordens e materiais.
CRISE
1. CONCEITO DE CRISE: Crise é todo incidente ou situação crucial não rotineira, que exige resposta
especial da Polícia, a fim de assegurar uma solução aceitável, em razão da possibilidade de agravamento
conjuntural, inclusive com risco a vida das pessoas envolvidas, podendo se manifestar através de motins
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em presídios, roubos a bancos com reféns, seqüestros, atos de terrorismo, tentativa de suicídio, dentre
outras ocorrências de grande vulto.
Considerando que a segurança pública é dever do Estado, sendo exercida para a preservação
da ordem pública e da incolumidade das pessoas e do patrimônio, os órgãos policiais se estruturaram
e se especializaram de acordo com a natureza da ocorrência. No que tange ao gerenciamento de crise,
em vários Estados, a Polícia Civil e a Polícia Militar atuam de maneira integrada; no entanto, cada
uma tem seu grupo especializado em casos de ocorrência de situação crucial que exige uma resposta
rápida e aceitável.
A Polícia Civil costuma atuar nas situações de crise com emprego de Grupos de Resgate. Já
a Polícia M ilitar dispõe de Grupos de Ações Táticas, cujas funções principais são atuar em ocorrências
com reféns e explosivos.
O acionamento de qualquer dos Grupos especializados sempre se dá através da Central de
Operações. Quando o atendente da central de operações recebe a informação e toma conhecimento da
natureza da ocorrência, já adotará as providências necessárias.
Em ocorrências de grande vulto, com ameaça de vidas, urgência e necessidade de atuação
especializada organizacional não rotineira, as medidas internas em uma empresa devem se restringir a
manter a calma e acionar imediatamente a Polícia a fim de que sejam adotadas as providências adequadas
e aceitáveis por parte do grupo especializado.
O profissional de segurança privada deve se conscientizar que qualquer decisão precipitada
e inadequada pode resultar em prejuízos irreparáveis e irreversíveis.
Lembre-se!
“Escreveu, assinou , virou documento!”.
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