Sinopse Case Penalespecial2
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1. DESCRIÇÃO DO CASO
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Aluno do 6º período, do curso de Direito vespertino, da UNDB.
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Professor. Mestre.
a José trauma psicológico, é possível afirmar que este último foi vítima de tortura cometida por
aquele, visto que tais atitudes se enquadram na definição do crime supracitado, visto que tais
condutas causaram à vítima em questão sofrimento físico e mental, além de ter tido como
motivação o intuito de obter — a qualquer custo — informação e confissão de José acerca do
local em que ele teria instalado um explosivo. Ademais, cabe salientar que Roberto, delegado,
em caso de condenação e frente aos indícios suficientes de autoria e materialidade do crime de
tortura, responderia ainda pelo parágrafo quarto do art.1º da lei de tortura, dado que é agente
público.
Com base nisso e pautado na ideia de que, segundo Vicente Barreto (1996), a
Constituição Brasileira consagrou o Estado democrático de direito no qual figura como
parâmetro legitimador o da dignidade da pessoa humana, traz-se aqui o que dispõe a CRFB/88
acerca da prática de tortura: “[...] III – ninguém será submetido a tortura nem a tratamento
desumano ou degradante [...]” (BRASIL, 1988). Ou seja, se a nossa Lei Maior e o Estado
democrático de direito são indissociáveis, não há de se falar em uma boa utilização da tortura
nesse Estado no qual vigora a democracia, tanto é que há vedação clara na Carta Magna.
Outrossim é de grande importância expor que conforme Werdeson Mário
Cavalcante Olimpio (2021), a perspectiva utilitarista da tortura não fornece segurança à
coletividade, dado que as informações coletadas mediante atos coercitivos nem sempre são
dignas de confiança, além disso o autor ainda discorre com veemência que
2.3.1. Estado democrático de direito: Estado em que existe o respeito pelos direitos humanos
e pelas e garantias fundamentais.
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Universidade Federal do Maranhão, São Luís, 2021.