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Módulo 4 - Função Cardíaca (Dislipidemias)

Este documento discute dislipidemias, que são anormalidades no metabolismo de lipídios que podem incluir aumento de triglicerídeos, colesterol ou LDL e redução de HDL. Ele classifica as dislipidemias e discute o colesterol LDL e HDL, incluindo o que seus níveis significam e como são tratados para reduzir o risco de doenças cardíacas.

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Nicole Damasceno
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Módulo 4 - Função Cardíaca (Dislipidemias)

Este documento discute dislipidemias, que são anormalidades no metabolismo de lipídios que podem incluir aumento de triglicerídeos, colesterol ou LDL e redução de HDL. Ele classifica as dislipidemias e discute o colesterol LDL e HDL, incluindo o que seus níveis significam e como são tratados para reduzir o risco de doenças cardíacas.

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Análises Bioquímicas

Módulo 4

Doenças do sistema
Circulatório e Dislipidemias

@WallacePacienza

Wallacepacienza Prof. Wallace Pacienza Lima, PhD.


wallace.pacienza@gmail.com
Wallace Pacienza Lima wallace.lima@unigranrio.edu.br

@WallacePacienza

Disciplina: Análise Bioquímica dos Líquidos Corporais


Perfil Lipídico
Licenciado para - Wallace Lima - 05220240684 - Protegido por Eduzz.com
Dislipidemias

Conceito: M etas n o t rata m e nto nutricional


Redução dos níveis de LDL-colesterol e
As dislipidemias são caracterizadas por anormalidades
triglicerídeos;
no metabolismo de lipídios, e po dem incluir aumento
das concentrações de triglicerídeos, colesterol,
E/ou aumento do HDL-colesterol.
lipoproteína de baixa densidade (LDL-c) plasmáticos ou
redução nas concentrações de lipoproteína de alta
densidade (HDL-c) plasmático.

Terapia nutricional está sempre


C l assi f i cação: indicada nas dislipidemias.

ATENÇÃO: A con du ta nutricional


Hipercolesterolemia isolada: a um e nto isolado do LDL-c
deve ser INDIVIDUALIZADA
(LDL-c ≥160 mg/dL).
Hipertrigliceridemia isolada: a um e nto isolado dos triglicérides
S u p l e m e nt o s c o m
(TG ≥150 mg/dL ou ≥175 mg/dL, se a amostra for obtida s em jejum).
benef ícios n a s dis lipidemia s
Hiperlipidemia mista: a um e nto do LDL-c (LDL-c ≥160 mg/dL) e dos
Ômega 3:
TG (TG ≥150 mg/dL ou ≥175 mg/dL, se a amostra for obtida sem
jejum). Se TG ≥4 0 0 mg/dL, considerar a hiperlipidemia mista Coenzima Q10;
qua ndo o não HDL-c ≥190 mg/dL. Fitoesterois;
HDL-c baixo: redução do HDL-c (homens <4 0 mg/dL e Fibras Solúveis;
mulheres <50 mg/dL) isolada ou e m associação ao aumento Probióticos
de LDL-c ou de TG.

P r é c oma DB, Oliveira GMM, S i mã o AF, Dutra OP, Coelho OR, Izar MCO, et al. Atualização d a Diretriz d e Prevenção Cardiovascular d a Sociedade Brasileira de
Cardiologia – 2019. Ar q Bras Cardiol. 20 19; [online]. ahead print, PP.0-0
C o l e ste ro l L D L
O q u e signific a o re s u l ta do d o e x a m e ?
C o m o níveis elevados de colesterol LDL p o d e m indicar
Conceito: risco de doença cardíaca, os resultados são avaliados
e m termos de limites superiores desejáveis
As lipoproteínas de baixa densidade (LDL) são u m
tipo de lipoproteínas com pos ta principalmente
de colesterol e u m a única apo, a ApoB100. Com Sem Categoria
jejum jejum de Risco
(mg/dL) (mg/dL)

C lassificação:
<130 <130 Baixo
E m geral, a qu antidade de colesterol LDL é calculada
usando os resultados do perfil lipídico, que consiste
e m colesterol total, HDL colesterol, e triglicerídeos: <100 <100 Intermediário

Fórmula de Friedewald, [LDL] =(CT - HDL) - (TG/5), <70 <70 Alto

Na maioria dos casos, essa é u m a boa avaliação do


<50 <50 Muito Alto
colesterol LDL, m as é menos precisa quando o nível de
triacilglicerois está alto, como, por exemplo, qu an do a
amostra é colhida s em a pessoa estar e m jejum
Tratamento
Nesses casos, o único m o d o de determinar
com precisão o nível do colesterol LDL é por O primeiro passo para dim inuir os níveis de colesterol LDL é
medida direta. m u dar o estilo de vida, incluindo dim inuição da qu antidade de
gorduras saturadas na dieta, manutenção de um peso
corporal desejável e exercícios regulares. P o d e m ser prescritos
P récom a DB, Oliveira GM M , Sim ão A F, Dutra OP , Coelho OR, Izar M CO, et al. A tualização m edicamentos se essas m u danças não forem suficientes.
d a Diretriz d e P revenção Card iovascular d a Socied ad e Brasileira d e Cardiologia – 20 19. A rq
Bras Card iol. 20 19; [onlin e].ahead p rint, P P .0 -0
Colesterol H L D L

O q u e signific a o re s u l ta do d o e x a m e ?
Conceito:
O colesterol HDL, c o m o parte do perfil lipídico, po de ser
As partículas de HDL são formadas no fígado, no intestino e na pedi do c o m maior frequência e m pessoas c o m fatores
circulação. Seu principal conteúdo proteico é representado pelas de risco de doença cardíaca.
apos AI e A II;
Com jejum Sem jejum
O colesterol livre da HDL, recebido das m e m bra na s celulares, é Categoria de Risco
(mg/dL) (mg/dL)
esterificado por ação da LecitinaColesterol Aciltransferase (LC A T);
O processo de esterificação do colesterol, que ocorre
principalmente nas HDL, é fundamental para sua estabilização >40 >40 Desejável
e seu transporte no plasma, no centro desta partícula.

P o r q u e é c o n h e c id o c o m colesterol O colesterol HDL, como parte do perfil lipídico, pode ser


pedido com maior frequência em pessoas com fatores de
"bom"? risco de doença cardíaca.:
Realiza o transporte reverso d o colesterol dos
tecidos e o trans portam para ser m e t a b o liz ad o n o Fum o;
Idade (homens c o m 45 anos de idade ou mais e mulheres
fígado.
c o m 55 anos de idade ou m ais);
Q u a n d o solicitar? Hipertensão arterial (pressão arterial a c i ma de 140/90 ou
mais, ou pessoa e m uso de medi c a mento s anti-
C o m o a c o mpa nha m e nto após u m resultado alto de colesterol. hipertensivos);
E m geral isso é feito c o m outros exames relacionados, incluindo História familiar de doença cardíaca prematura (doença
colesterol, colesterol LDL, e triglicerídeos, c o m o parte de u m cardíaca e m parentes próximos – ho mens c o m meno s de
perfil lipídico durante u m a revisão de saúde de rotina. 55 anos de idade e mulheres c o m meno s de 65 anos de
idade);
P réc om a DB , Oliveira GM M , Sim ão AF, Du tra OP , Coelh o OR , Izar M CO, et al. A tu alização d a Diretriz d e
Doença cardíaca preexistente ou infarto do miocárdio no
P revenç ão Card iovasc u lar d a Soc ied ad e B rasileira d e Card iologia – 20 19. A rq B ras Card iol. 20 19; [on lin e]. passado;
ah ead p rin t,P P .0 -0
Diabetes melito.
C o l e ste ro l Tota l

O exame de colesterol total é a soma do HDL, LDL e do VLDL


Este exame de sangue ajuda a determinar o risco de O q u e signific a o re s u l ta do d o e x a m e ?
obstrução das artérias por formação de placas de gordura O desejável é que esteja c o m valor abaixo de 190 mg/dL,
(aterosclerose). já que qua ndo está alto t a m b é m aumenta o risco de
doenças c o m o infarto, A VC e angina.

Com jejum Sem jejum


Importante! Categoria de Risco
(mg/dL) (mg/dL)

Ter o colesterol total alto n em sempre significa que a


pessoa está doente, pois pode ocorrer por u m aumento
<190 <190 Desejável
colesterol b o m (HDL), o que t am b ém faz subir os valores
d o colesterol total

Q u a n d o solicitar? Trata m e nto

Mudanças na dieta: deve-se evitar alimentos ricos e m


A avaliação do colesterol total é recomenda da nos programas de
gordura, c o m o frituras o u carnes gordas, e excesso de
rastreamento populacional para mensurar o risco cardiovascular.
carboidratos;
Porém, para a avaliação adequada do risco cardiovascular é
Hábitos de vida saudáveis: c o m o por exemplo, prática de
imperativa a análise das frações não HDL-c, HDL-c e LDL-c
atividade física;
Adultos devem ser examinados a cada cinco anos ou c o m Medicação: o principais i nc l uem as estatinas, c o mo
maior frequência se estiverem em tratamento por causa de Sinvastatina
colesterol alto ou apresentarem outros fatores de risco de
O perfil lipídico completo pode ser coletado sem
doença cardíaca. T a m bé m deve ser examinado o colesterol de jejum, mantendo-se o estado metabólico estável e
crianças e adolescentes c o m fatores de risco. dieta habitual. Os valores de colesterol total, HDL-c,
não HDL-c e LDL-c não sofrem influência do estado
alimentar
P réc om a DB , Oliveira GM M , Sim ão AF, Du tra OP , Coelh o OR , Izar M CO, et al. A tu alização d a Diretriz d e
P revenç ão Card iovasc u lar d a Soc ied ad e B rasileira d e Card iologia – 20 19. A rq B ras Card iol. 20 19; [on lin e].
ah ead p rin t,P P .0 -0
Licenciado para - Wallace Lima - 05220240684 - Protegido por Eduzz.com

V L D L C ollestter oll

Conceito: O q u e signific a o re s u l ta do d o e x a m e ?
Níveis aumentados de colesterol VLDL , são
As VLDLs (sigla e m inglês) são as lipoproteínas de densidade considerados fatores de risco para doenças
muito baixa. Elas transportam colesterol, mas são cardíovasculares u m a vez que p od em contribuir
constituídas principalmente por triglicerídeos, para a aterosclerose.
transportando-os para células e m tecidos periféricos e
adiposos, sendo então convertidas e m LDL. O aumento na VLDL, além d o aumento da LDL, pode
influenciar na escolha d o tratamento para reduzir o
Q u a n d o solicitar? colesterol.

O VLDL geralmente não é solicitado c om o teste específico. Com jejum Sem jejum
Categoria de Risco
(mg/dL) (mg/dL)
Seu valor pode ser relatado junto c o m o perfil lipídico,
solicitado quando se deseja determinar o risco de doença
cardiocascular de um paciente.
<30 <30 Desejável

C omo o exame é usado? Como o VLDL é basicamente formado por triglicerídeos, a


medida do colesterol VLDL é feita indiretamente através
dos níveis de triglicérides encontrados no sangue.
Níveis aumentados de VLDL p od em refletir a presença de
partículas denominadas remanescentes de lipoproteínas
Normalmente, o VLDL é cerca de um quinto do nível de
que são intermediárias na via de conversão de VLDL a LDL. triglicerídeos. Porém, pacientes que apresentam níveis
extremamente altos de triglicerídeos no sangue não têm
Quando há níveis elevados de LDL presentes, a conversão uma estimativa precisa dos níveis de VLDL.
de VLDL a LDL é retardada e o acúmulo de partículas
intermediárias parece contribuir para o desenvolvimento P réc om a DB , Oliveira GM M , Sim ão AF, Du tra OP , Coelh o OR , Izar M CO, et al. A tu alização d a Diretriz d e

de aterosclerose e de doença arterial coronariana. P revenç ão Card iovasc u lar d a Socied ad e B rasileira d e Card iologia – 20 19. A rq B ras Card iol. 20 19; [on lin e].
ah ead p rin t,P P .0 -0
J SEVERO CURSOS C N P J 43.915.394/0001-10
Trigliceríd e os

Conceito: O q u e s i g ni fi ca o re s ul ta do d o e x a m e ?
O aumento dos triglicerídeos, corresponde a
Triacilglicerois, t am b ém denominados triglicerídeos ou
hipertrigliceridemia, que, comumente, está
triacilglicerídeos, são transportados pelo sangue d o intestino
associada a outras condições metabólicas, como,
para serem armazenados no tecido adiposo.
por exemplo, obesidade, diabetes mellitus,
A maior parte dos triglicerídeos é transportada no sangue sedentarismo e aumento o risco de doenças
por lipoproteínas chamadas lipoproteínas de densidade
cardiovasculares.
muito baixa (VLDL).

Va l e l e m b ra r. . . Com jejum Sem jejum Categoria de


(mg/dL) (mg/dL) Risco

Níveis elevados de triacilglicerois se associam


frequentemente a baixos níveis de HDL-c e a altos níveis de <150 <175 Desejável
partículas de LDL pequenas e densas;

Os triacilglicerois aumentam muito após as refeições,


chegando a valores 5 a 10 vezes maiores que os de jejum
Há u m interesse crescente na medi da dos triglicerídeos e m
algumas horas após a pessoa se alim entar;
pessoas que não estão e m jejum. A razão para isso é que a
amostra s e m jejum po de ser mais representativa dos níveis
M es mo os níveis e m jejum variam bastante de u m dia para circulantes “usuais” de triglicerídeos porque, na maior parte
o outro. Assim, variações modestas entre exames feitos e m do dia, os níveis de lipídios são pós-prandiais, e não e m jejum.
dias diferentes não são consideradas anorm ais;

P r é c oma DB, Oliveira GMM, S i mã o AF, Dutra OP, Coelho OR, Izar MCO, et al. Atualização d a Diretriz d e Prevenção Cardiovascular d a Sociedade Brasileira de
Cardiologia – 2019. Ar q Bras Cardiol. 20 19; [online]. ahead print, PP.0-0
A p o l i p o p ro te í n a s

Conceito:
Va l o re s d e Refe rê ncia :
São as proteínas constituintes das partículas lipoprotéicas
responsáveis pela estabilização de sua estrutura e que têm
• APO A1:
diferentes funções no metabolismo lipídico. • M ulher: 90 a 170mg/dL
Foram identificadas as apos B, A, C, D, E, J, (a). O percentual e o Hom em : 107 a 214mg/dL
tipo de apo divergem nas classes das lipoproteínas

• APO B:
Classific aç ão:
• M ulher: 56 a 162mg/dL
APO B- Apresenta-se sob duas form as:B-48 e B-100, A apo B- Hom em : 51 a 171mg/dL
100 é essencial para ligação das partículas de LDL aos
receptores celulares, permitindo a entrada de LDL nas células;
logo u m excesso de apo B representa u m fator desencadeante • Estes valores devem ser usados c o m o u m a
para o processo aterogênico. orientação, p o d e nd o variar ligeiramente entre
laboratórios.
APO A - Apresenta duas form as:A-I e A-II e está envolvida no
transporte reverso do colesterol;
• Os resultados de estudos clinico-epidemiológicos
Relação APO B /APO A - Esta relação reflete, de m o d o simples, e de intervenção terapêutica nas dislipidemias
o balanço d o transporte d o colesterol. Algumas investigações apontam para a importância da determinação de
clinico-epidemiológicas a apontam c om o determinante de apos B e da relação apo B/apo A-I para o prognóstico
risco de aterosclerose; de risco.

Demais APOS - As outras apos não são determinadas na rotina • No entanto, a dosagem de rotina da ApoB e
clínica e laboratorial. ApoA não são recomendadas na avaliação ou
estratificação do risco cardiovascular.
Cardio = Coração
O coração é um órgão muscular oco que
bombeia o sangue de forma que circule
no corpo.
Apresenta o septo de sabatier, que é uma
barreira fisíca ventricular que
impossibilita a mistura de sangue
venoso com o arterial, dividindo o
coração em duas cavidades, direita e
esquerda, cada qual com outras duas
cavidades, átrio e ventrículo, separadas
por valvas, sendo tricúspide do lado
direito e bicúspide, ou mitral, do lado
esquerdo. Por esse motivo esses
animais possuem circulação dupla e
completa.

10
vasculares = vasos sanguíneos

Os vasos sanguíneos são órgãos em


forma de tubos que se ramificam
por todo o organismo da maior parte
dos animais, como o ser humano,
por onde circula o sangue: artérias,
arborícolas, vênulas, veias e
capilares.
As artérias, arteríolas, veias e capilares
sanguíneos, em conjunto, têm o
comprimento de 100 000 km.

11
12
Doenças cardiovasculares são doenças que afetam o
coração e/ou os vasos sanguíneos.

• O consumo excessivo de
alimentos ricos em gordura e
sal.
• álcool (ainda que estudos
demonstrem um efeito
benéfico no consumo
moderado de bebidas
alcoólicas).
• Tabaco.

13
Fatores de risco
• Idade
• Antecedentes familiares
• Vida sedentária
• Ingestão de alimentos ricos em gordura e sal
• Tabaco e excesso de bebidas alcoólicas
• Hipertensão arterial
• Diabetes
• Obesidade
• Stress

14
O risco cardiovascular acumula com cada fator

15
Prevenção
• Alimentação equilibrada com abuso de legumes, vegetais, fruta e
cereais.
• Exercício físico moderado e com regularidade.
• Não fumar.
• Controle regular da tensão arterial, açúcar e gordura no sangue.
• A partir dos 40 anos deve haver realização de exames periódicos de
saúde.
• As pessoas com antecedentes familiares devem começar mais cedo.

16
Doenças mais frequentes
- Infarto do miocárdio,
- angina de peito,
- acidente vascular cerebral,
- hipertensão arterial,
- aterosclerose.

17
ATEROSCLEROSE

A aterosclerose atinge artérias de grande e médio calibre, é também


a acumulação de gordura, cálcio e substâncias nas paredes internas
das artérias. A redução do calibre da artéria provoca diminuição da
quantidade de sangue que consegue passar e a importância do
aumento do coração para bombear.
A aterosclerose provoca acidentes vasculares cerebrais e doenças
nas artérias coronárias.
ATEROGÊNESE

❖ Aterosclerose

Afeta a parede do vaso, levando ao estreitamento das


artérias ou à sua completa obstrução.

Clínica

- Infarto do miocárdio

- Acidente vascular cerebral

- Doença vascular periférica


20
21
Sinais clínicos

XANTOMAS
XANTOMA TENDINOSO
XANTOMA TENDINOSO
hipercolesterolemia familiar

25
hipercolesterolemia familiar
26
XANTOMA ERUPTIVO
Xantomas – Fotografia cedida pelo Professor Murilo Bittencourt
Xantomas tuberosos – cedido pelo Professor Murilo Bittencourt
XANTOMA PALPEBRAL
Xantelasmas – Fotografia cedida pelo Professor Murilo Bittencourt
Arco corneano – Fotografia cedida pelo Professor Murilo Bittencourt
33
TRATAMENTO

CLASSES TERAPÊUTICAS
Inibidores de HMG-CoA redutase
HMG-CoA redutase
➢ hidroxi-3-methyl-glutaril-CoA redutase

➢ Enzima da via do mevalonato

➢ Via metabólica que produz o colesterol

ESTATINAS
Inibidores de HMG-CoA redutase - ESTATINAS
Mecanismo
de ação
Sequestrantes de ácidos biliares - RESINAS
Ligam-se com os ácidos biliares no intestino
Impedem a sua reabsorção

Absorção de lipídios da dieta é diminuída, já que esta é


feita juntamente com a dos ácidos biliares
Derivados do ácido fíbrico - FIBRATOS

➢ Estimulam a síntese de PPAR-alfa

➢ Ativação de um receptor nuclear de transcrição gênica

➢ Aumenta a atividade dos peroxissomos celulares.

Destroí o VLDL libertando os lípidos para consumo nos


músculos
Inibidor da absorção intestinal - EZETIMIBE
Lipoproteínas

40
Os lipídeos são sintetizados no fígado e intestino, são transportados no
plasma em complexos macromoleculares denominados de lipoproteínas.

As lipoproteínas são tipicamente partículas esféricas com lipídeos


neutro apolares (triglicerídeos e ésteres de colesterol) no interior e
lipídeos anfipáticos (fosfolipídios e colesterol livre) na superfície.

Contém também uma ou mais proteína específica denominada de


apoproteina na superfície.

Existem vários tipos de lipoproteínas, e estas podem ser classificadas de


diversas maneiras. O modo pelo qual geralmente as classificam, é
baseado na sua densidade.

41
Estrutura da lipoproteína
❖ Camada Interna hidrofóbica
- Ésteres de colesterol e triglicerídios

❖ Camada Externa
- Fosfolipídios
- Colesterol livre
- Apoproteínas
Classificação baseada na sua densidade hidratada
- Quilomícrons
- VLDL → lipoproteínas de densidade muito baixa
- IDL → partículas remanescentes
- LDL → lipoproteínas de densidade baixa
- HDL → lipoproteínas de alta densidade

43
44
45
Apolipoproteínas

São a fração proteica das lipoproteínas e responsáveis pelo sistema de


transporte de triglicerídeos e colesterol entre os vários
compartimentos do organismo.

Funções principais:
• Solubilização das lipoproteínas interagindo com os fosfolipideos;

• Ligação aos receptores celulares;


• Regulação da atividade de algumas enzimas que condicionam o
metabolismo dos lipídeos.

46
Apolipoproteína A
É o principal constituinte proteico do
colesterol HDL. Subdivide-se
fundamentalmente em Apo A-I e Apo
A-II.

APO A-I: atua como ligante aos


receptores das HDL e ativa a LCAT
(Lecitina-colesterol aciltransferase)

APO A-II: ativa a lipase hepática e a


APO–IV (sintetizada no intestino) e
atua no metabolismo das
lipoproteinas ricas em triglicerídeos

47
Apolipoproteína B
Subdivide-se essencialmente em Apo
B100 sintetizada no fígado e Apo B48,
sintetizada no intestino delgado.

APO B100: encontra-se pincipalmente


nas LDL e VLDL, sendo necessária
para a síntese e secreção das duas
Lps.

APO B48: é exclusiva dos


quilomicrons, a sua função é evitar
que os quilomicrons sigam as
mesmas vias metabólicas das LDL.

48
Índice de Castelli

50
51
52
Lipidograma:

Para a triagem da arteriosclerose a dosagem plasmática de


colesterol total e triglicerídeos em uma amostra de sangue
colhida em jejum com o paciente fazendo uso de sua dieta
habitual, é importante.

Se os valores estiverem dentro dos limites normais, não haverá


necessidade de qualquer investigação adicional, porém se um
deles estiver elevado, ou ambos, torna-se imprescindível
proceder um estudo completo do metabolismo lipídico
Dislipidemia secundária
• Doenças
– Obesidade ( CT ,  TG  HDL )
– Diabetes ( TG,  HDL )
– Hipotireoidismo ( CT ,  TG )
– Síndrome nefrótica ( CT ,  TG )
– Insuficiência renal crônica ( CT )
– Hepatopatias colestáticas crônicas (  CT )

54
DOENÇAS CIRCULATÓRIAS

Infarto do Miocárdio
Em mais de 90% dos casos é a ateroesclerose a causa da
oclusão arterial que leva à necrose do músculo cardíaco.
Três são os mecanismos que participam nesta oclusão:
1) Trombose coronariana
2) Crescimento de placas ateromatosas
3) Hemorragia intramural que alteia a íntima até obstruir a
luz arterial.
DOENÇAS CIRCULATÓRIAS

O infarto do miocárdio é uma doença do ventrículo esquerdo, mas


pode estender-se ao ventrículo direito e aos átrios.
Aspectos laboratoriais
Hemograma: Leucocitose que se evidencia desde as primeiras
horas após o episódio agudo e desaparece antes do fim da primeira
semana, caso não ocorra complicações.
VHS: Encontra-se aumentada após o 2º ou 3º dia da necrose
miocárdica. Se normaliza entre o 21º e 30º dia, sendo um dos
critérios para aferição da cicatrização da lesão miocárdica.
Proteína C reativa: O teste é positivo em 90% dos casos de
infartos. Positiva-se 12 horas a 5 dias após o episódio agudo,
permanecendo por 14 a 50 dias.
57
Enzimas séricas: Quatro são as enzimas clinicamente utilizadas no
diagnóstico do Infarto do miocárdio:

Creatina-fosfoquinase (CK ou CPK)


Transaminase glutamato-oxalacetato (TGO)
Lactato-desidrogenase (LDH)
Desidrogenase alfa-hidroxibutírica (-HBDH)

Mostra-se também de grande utilidade o estudo das isoenzimas de


CPK (presença ou ausência de CPK-MB) e isoenzimas de LDH.
TGO ou AST: Seus níveis começam a subir 6 a 8 horas depois do
aparecimento da dor. Os valores máximos são alcançados depois de 24-48
horas, baixando então até a níveis normais pelo 4º ou 5º dia. Os valores
máximos são aproximadamente proporcionais à gravidade da necrose do
músculo cardíaco.

CPK ou CK: Começa elevar-se 4 a 6 horas após o início do episódio


agudo, alcança seu máximo em geral após 36 horas e volta à normalidade
em dois ou quatro dias.

Isoenzimas da CPK: A CPK é um dímero constituído de subunidades de


dois tipos: B (brain) e M (músculo). Assim como a CPK total, a isoenzima
CPK2 (CPK-MB) aumenta nas primeiras horas após o início do infarto. O
pico da CPK-MB pode ocorrer um pouco antes do da CPK total, e
mantém-se elevada até o 3º dia.
LDH: No IAM, as taxas são geralmente 5 ou 6 vezes maiores do que o
valor normal, chegando a decuplicar em certos casos (até 2.500U/l). A
elevação tem início nas primeiras 12-24 horas, atinge o máximo em dois
ou quatro dias e retorna aos valores normais em 8-14 dias.

TROPONINA I: Proteína de regulação do complexo de contração do


músculo cardíaco. Sensibilidade semelhante a CK-MB: eleva-se após 4-6
hs do infarto, pico com 12-24 hs, voltando ao normal após 4-7 dias.

MIOGLOBINA: Proteína presente no músculo cardíaco e esquelético


rapidamente liberada na circulação sanguínea após a lesão. 1º marcador a
se elevar após dor peitoral (1-3 hs), pico máximo com 4-6 hs, retornando
ao normal após 24 hs.
61
MARCADORES DE INFARTO
MARCADOR AUMENTO APÓS PICO (HORAS) RETORNO AO VANTAGENS DESVANTAGENS
IAM(HS) NORMAL

AST (TGO) 8-10 24-48 4-5 DIAS Ensaio simples Não cardíaco específico,
pico tardio

LDH 12-24 2-4 DIAS 8-14 DIAS Ensaio simples Não cardíaco específico,
pico muito tardio

CK-TOTAL 1-8 12-24 36-48 Marcador Não cardíaco específico


precoce p/
detectar lesões
no miocárdio

CK-MB 3-6 12-24 24-48 Atual marcador


padrão

TROPONINA I 4-6 12-24 4-7 DIAS Marcador Demora p/ voltar ao


cardíaco normal. Ensaio ainda não
específico difundido

MIOGLOBINA 1-3 4-6 18-24 1º marcador a se Não cardíaco específico.


elevar após dor Ensaio ainda não
peitoral difundido
63

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