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Mca 121 5 2021

Este documento estabelece os procedimentos para inspeções de segurança operacional e segurança da aviação civil contra atos de interferência ilícita no sistema de controle do espaço aéreo brasileiro realizadas pela Assessoria de Segurança Operacional do Controle do Espaço Aéreo.

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MINISTÉRIO DA DEFESA

COMANDO DA AERONÁUTICA

INSPEÇÃO

MCA 121-5

MANUAL DE INSPEÇÃO DE SEGURANÇA


OPERACIONAL E DE SEGURANÇA DA AVIAÇÃO
CIVIL CONTRA ATOS DE INTERFERÊNCIA ILÍCITA
NO SISTEMA DE CONTROLE DO ESPAÇO AÉREO
BRASILEIRO

2021
MINISTÉRIO DA DEFESA
COMANDO DA AERONÁUTICA
ASSESSORIA DE SEGURANÇA OPERACIONAL DO CONTROLE DO ESPAÇO AÉREO

INSPEÇÃO

MCA 121-5

MANUAL DE INSPEÇÃO DE SEGURANÇA


OPERACIONAL E DE SEGURANÇA DA AVIAÇÃO
CIVIL CONTRA ATOS DE INTERFERÊNCIA ILÍCITA
NO SISTEMA DE CONTROLE DO ESPAÇO AÉREO
BRASILEIRO

2021
MINISTÉRIO DA DEFESA
COMANDO DA AERONÁUTICA
GABINETE DO COMANDANTE DA AERONÁUTICA

PORTARIA GABAER Nº 164/GC3, DE 15 DE OUTUBRO DE 2021.

Aprova o Manual que dispõe sobre a Inspeção


de Segurança Operacional e de Segurança da
Aviação Civil contra Atos de Interferência
Ilícita no Controle do Espaço Aéreo Brasileiro.

O CHEFE DO GABINETE DO COMANDANTE DA AERONÁUTICA,


no uso de suas atribuições e de conformidade com o previsto no Parágrafo único do art. 2º do
ROCA 21-81 “Regulamento da Assessoria de Segurança Operacional do Controle do Espaço
Aéreo”, aprovado pela Portaria GABAER nº 143/GC3, de 9 de setembro de 2021 e
considerando o que consta do Processo nº 67004.000395/2021-14, procedente da Assessoria
de Segurança operacional do Controle do Espaço Aéreo, resolve:

Art. 1º Aprovar a edição do MCA 121-5 “Manual de Inspeção de Segurança


Operacional e de Segurança da Aviação Civil contra Atos de Interferência Ilícita no Controle
do Espaço Aéreo Brasileiro”, que com esta baixa.

Art. 2º Esta Portaria entra em vigor na data de sua publicação.

Art. 3º Revogam-se as seguintes Portarias:


I - Portaria n° 5/ASOCEA, de 9 de julho de 2010, publicada no Boletim do
Comando da Aeronáutica nº 179, de 24 de setembro de 2010;
II - Portaria nº 6/ASOCEA, de 6 de abril de 2011, publicada no Boletim do
Comando da Aeronáutica nº 79, de 27 de abril de 2011;
III - Portaria n° 9/ASOCEA, de 25 de agosto de 2011, publicada no Boletim do
Comando da Aeronáutica nº 237, de 15 de dezembro de 2011;
IV - Portaria n° 12/DINSP, de 23 de abril de 2019, publicada no Boletim do
Comando da Aeronáutica nº 73, de 3 de maio de 2019; e
V - Portaria ASOCEA n° 37/VCH, de 24 de maio de 2019, publicada no
Boletim do Comando da Aeronáutica nº 155, de 2 de setembro de 2019.

Maj Brig Ar ARY SOARES MESQUITA


Chefe do GABAER

(Publicado no BCA nº193, de 20 de outubro de 2021)


MCA 121-5/2021

SUMÁRIO

1 DISPOSIÇÕES PRELIMINARES ............................................................................................11


1.1 FINALIDADE ...............................................................................................................................11
1.2 ÂMBITO ........................................................................................................................................11
1.3 CONCEITUAÇÕES .....................................................................................................................11
1.4 ABREVIATURAS ........................................................................................................................22
2 PRINCÍPIOS DA INSPEÇÃO ....................................................................................................25
2.1 GENERALIDADES .....................................................................................................................25
2.2 O USO DOS PRINCÍPIOS EM SUPORTE À DECISÃO......................................................27
3 ELEMENTOS CRÍTICOS ..........................................................................................................29
3.1 ELEMENTOS CRÍTICOS (EC) .................................................................................................29
4 PROGRAMAÇÃO E CONTROLE DAS INSPEÇÕES .......................................................31
4.1 PLANO ANUAL DE INSPEÇÕES ...........................................................................................31
4.2 CONTROLE E ESCALA DOS INSPCEA ...............................................................................31
5 PROCEDIMENTOS DA INSPEÇÃO REGULAR ................................................................33
5.1 RESPONSABILIDADES DA ASOCEA ..................................................................................33
5.2 ATIVIDADES DA FASE DE PRÉ-INSPEÇÃO .....................................................................33
5.3 ATIVIDADES DA FASE DE INSPEÇÃO LOCAL ...............................................................36
5.4 ATIVIDADES DA FASE DE PÓS-INSPEÇÃO .....................................................................39
6 PROCEDIMENTOS DA INSPEÇÃO SISTÊMICA .............................................................41
6.1 ATIVIDADES DA FASE DE PRÉ-INSPEÇÃO .....................................................................41
6.2 ATIVIDADES DA FASE DE INSPEÇÃO LOCAL ...............................................................41
6.3 ATIVIDADES DA FASE DE PÓS-INSPEÇÃO .....................................................................42
7 PROCEDIMENTOS DA INSPEÇÃO DE SEGUIMENTO .................................................43
7.1 ATIVIDADES DA FASE DE PRÉ-INSPEÇÃO .....................................................................43
7.2 ATIVIDADES DA FASE DE INSPEÇÃO LOCAL ...............................................................43
7.3 ATIVIDADES DA FASE DE PÓS-INSPEÇÃO .....................................................................44
8 PROTOCOLOS DE INSPEÇÃO ...............................................................................................45
8.1 APLICAÇÃO DOS PROTOCOLOS DE INSPEÇÃO ............................................................45
8.2 PROTOCOLOS DE INSPEÇÃO VIGENTES .........................................................................45
8.3 CONTEÚDO DO PROTOCOLO DE INSPEÇÃO ..................................................................46
8.4 EVIDÊNCIAS ...............................................................................................................................47
9 FICHA DE NÃO CONFORMIDADE .......................................................................................48
9.1 IDENTIFICAÇÃO DA NÃO CONFORMIDADE ..................................................................48
9.2 RECOMENDAÇÕES ...................................................................................................................48
9.3 PEDIDO DE RECONSIDERAÇÃO DE NÃO CONFORMIDADE ....................................48
10 AVALIAÇÃO DO RISCO E DO IMPACTO NA SEGURANÇA ...................................50
10.1 INFORMAÇÕES GERAIS .......................................................................................................50
10.2 FATOR SEVERIDADE.............................................................................................................50
MCA 121-2/2021

10.3 FATOR PROBABILIDADE .................................................................................................... 51


10.4 IMPACTO NA SEGURANÇA ................................................................................................ 53
11 RELATO DE POSSÍVEL INFRAÇÃO ................................................................................. 56
12 RELATÓRIO DE INSPEÇÃO ................................................................................................ 58
12.1 RELATÓRIO DA INSPEÇÃO REGULAR........................................................................... 58
12.2 RELATÓRIO DA INSPEÇÃO SISTÊMICA ........................................................................ 59
12.3 RELATÓRIO DA INSPEÇÃO DE SEGUIMENTO ............................................................ 60
12.4 RELATÓRIO DA INSPEÇÃO ESPECÍFICA ....................................................................... 61
12.5 TRAMITAÇÃO DOS RELATÓRIOS DE INSPEÇÃO DEPOIS DE CONCLUÍDA A
INSPEÇÃO ........................................................................................................................ 61
13 PLANO DE AÇÕES CORRETIVAS ..................................................................................... 62
14 CONTROLE DE QUALIDADE DOS REGISTROS DAS INSPEÇÕES ...................... 65
14.1 FINALIDADE ............................................................................................................................ 65
14.2 INSPCEA MEMBRO DE EQUIPE DE INSPEÇÃO ........................................................... 65
14.3 CHEFE DE EQUIPE DE INSPEÇÃO .................................................................................... 66
14.4 DIVISÃO DE INSPEÇÕES DA ASOCEA............................................................................ 67
15. FICHA DE CRÍTICAS DO INSPETOR E DA ORGANIZAÇÃO
INSPECIONADA...................................................................................................................................
................................................................................................................................................................ 68
16 NOTIFICAÇÃO DE INFRAÇÃO AO PROVEDOR DE SERVIÇOS DE
NAVEGAÇÃO AÉREA .................................................................................................................. 69
16.1 NOTIFICAÇÃO DE INFRAÇÃO ........................................................................................... 69
16.2 RESPONSABILIDADES DO PROVEDOR DE SERVIÇOS ............................................ 69
16.3 FICHA INFORMATIVA DA SEÇÃO DE ACOMPANHAMENTO DE PLANO DE
AÇÕES CORRETIVAS (FISPAC) .......................................................................................... 69
16.4 RESPONSABILIDADES DA ASOCEA ............................................................................... 70
17 CONSELHO DE INSPETORES ............................................................................................. 71
17.1 OBJETIVO .................................................................................................................................. 71
17.2 COMPOSIÇÃO .......................................................................................................................... 71
17.3 REUNIÃO DO CONSELHO ................................................................................................... 71
18 RELATÓRIOS DE ANÁLISE DE DESEMPENHO .......................................................... 72
19 CIRCULAR DE INSPEÇÃO .................................................................................................... 73
19.1 OBJETIVO .................................................................................................................................. 73
19.2 MODIFICAÇÃO ........................................................................................................................ 73
20 SEGURANÇA E SIGILO DAS INFORMAÇÕES .............................................................. 74
20.1 TRANSPARÊNCIA LIMITADA ............................................................................................ 74
20.2 CLASSIFICAÇÃO DA INFORMAÇÃO QUANTO AO GRAU DE SIGILO ................ 74
20.3 SISTEMA INFORMATIZADO DE VIGILÂNCIA DA SEGURANÇA DO
CONTROLE DO ESPAÇO AÉREO ....................................................................................... 74
20.4 AMEAÇA CIBERNÉTICA ...................................................................................................... 74
21 DIVULGAÇÃO E TRANSPARÊNCIA ................................................................................. 75
21.1 SÍTIOS DA ASOCEA ............................................................................................................... 75
22 DISPOSIÇÕES FINAIS ............................................................................................................. 76
REFERÊNCIAS ................................................................................................................................ 77
MCA 121-5/2021

Anexo A - Tabela do Plano Anual de Inspeções .........................................................................80


Anexo B - Lista de Verificação da ASOCEA ..............................................................................81
Anexo C - Comunicação de Inspeção ............................................................................................82
Anexo D - Planejamento de Inspeção Sistêmica .........................................................................83
Anexo E - Lista de Verificação do Chefe de Equipe..................................................................84
Anexo F - Lista de Verificação de Membro da Equipe.............................................................86
Anexo G - Ficha Informativa da Seção de Acompanhamento de Plano de Ações
Corretivas (FISPAC) ........................................................................................................................88
Anexo H - Relato de Possível Infração .........................................................................................90
Anexo I - Ficha de Não Conformidade Preenchida ...................................................................93
Anexo J - Ficha Ações Corretivas Pendentes (FACP) ..............................................................95
Anexo K - Protocolo de Inspeção ...................................................................................................97
Anexo L - Formulário de Incorreções do Relatório - FORM .................................................99
Anexo M - Avaliação do IS ............................................................................................................101
Anexo N - Relatório de Inspeção ..................................................................................................107
Anexo O - Errata .............................................................................................................................111
Anexo P - Pedido de Reconsideração de Não Conformidade ................................................112
Anexo Q - Notificação de Infração ..............................................................................................113
Anexo R - Ficha de Ação Corretiva.............................................................................................114
ÍNDICE...................................................................................................................................115
MCA 121-5/2021

PREFÁCIO

Sob a ótica dos oito elementos críticos de um sistema de vigilância, após o


estado autorizar uma organização ou um profissional a desempenhar atividades de interesse
do controle do espaço aéreo na prestação de Serviços de Navegação Aérea, faz-se necessário
o estabelecimento de uma rotina de verificações periódicas para avaliar se aquela organização
ou aquele profissional mantém a competência que comprovou possuir, antes de iniciar a
prestação dos serviços. Trata-se do elemento crítico que versa sobre as ações de vigilância da
segurança operacional e da segurança da aviação civil contra atos de interferência ilícita por
parte do estado.

A ICA 121-13 (Inspeções de Segurança Operacional e de Segurança da


Aviação Civil contra Atos de Interferência Ilícita do Sistema de Controle do Espaço Aéreo
Brasileiro) define as linhas mestras do processo de inspeção gerenciado pela ASOCEA. No
entanto, os inspetores do Controle do Espaço Aéreo (INSPCEA) necessitam de orientações
específicas e detalhadas sobre como devem cumprir com suas obrigações, ao avaliar um
Provedor de Serviços de Navegação Aérea, nos diferentes tipos de inspeção.

Tais orientações devem estar em consonância com os princípios do processo de


inspeção, que precisam ser absorvidos pelo inspetor, pautando e orientando suas decisões em
todas as fases de uma inspeção.

Reveste-se, também, de fundamental importância a busca pela padronização


nos procedimentos de identificação do impacto na segurança decorrente de cada não
conformidade, uniformizando os critérios para a definição dos prazos máximos que devem ser
cumpridos pelos inspecionados para o restabelecimento da situação de conformidade e
proporcionando uma referência para o planejamento dos gestores das organizações envolvidas
com a solução dessas deficiências.

Com foco nesses objetivos, foi elaborado o presente Manual, sistematizando as


tarefas de vigilância dos Serviços de Navegação Aérea e subsidiando a permanente evolução dos
níveis da segurança praticada pelos componentes do SISCEAB.

Em prosseguimento ao aperfeiçoamento do processo de inspeção desta Assessoria,


em 2021, ocorreu uma revisão deste Manual, sendo inseridos os conceitos e padronizações
aprovados e sedimentados, principalmente por meio das circulares de inspeção, bem como ficou
definido a necessidade de ser extraído todo o processo de instrução, treinamento e capacitação
desta Assessoria para um manual exclusivo, devido a evolução substancial desta área no decorrer
dos anos.
MCA 121-2/2021

1 DISPOSIÇÕES PRELIMINARES

1.1 FINALIDADE
O presente Manual tem por finalidade estabelecer os procedimentos, diretrizes
e orientações para os Inspetores do Controle do Espaço Aéreo (INSPCEA) no desempenho de
suas tarefas, na atividade de inspeção de segurança operacional e de segurança da aviação
civil contra atos de interferência ilícita.

1.2 ÂMBITO
Este Manual aplica-se à ASOCEA, aos Provedores de Serviços de Navegação
Aérea (PSNA), aos Inspetores de Controle do Espaço Aéreo (INSPCEA) e às Organizações
do COMAER que contribuem para o Sistema, com a formação, a capacitação e o treinamento
de pessoal, com a avaliação psicofísica dos profissionais que atuam no Sistema de Controle
do Espaço Aéreo Brasileiro.

1.3 CONCEITUAÇÕES
Os termos empregados neste Manual são de uso corrente no Comando da
Aeronáutica, na ICA 121-13 “Inspeções de Segurança Operacional e de Segurança da
Aviação Civil contra Atos de Interferência Ilícita no Sistema de Controle do Espaço Aéreo
Brasileiro” e similares aos que se encontram nos Anexos à Convenção de Chicago e em
outros documentos da OACI.

1.3.1 AÇÃO CORRETIVA


Medida ou um conjunto de medidas adotadas pela organização inspecionada
que visa a correção da não conformidade.

1.3.2 AÇÃO CORRETIVA CONCLUÍDA


Ação executada e registrada pela organização inspecionada a fim de corrigir
uma não conformidade.

1.3.3 AÇÃO CORRETIVA VALIDADA


Ação corretiva concluída que foi considerada adequada pela ASOCEA para a
correção da não conformidade.

1.3.4 ACIDENTE AERONÁUTICO


Toda ocorrência aeronáutica relacionada à operação de uma aeronave tripulada,
havida entre o momento em que uma pessoa nela embarca com a intenção de realizar um voo
até o momento em que todas as pessoas tenham dela desembarcado ou; no caso de uma
aeronave não tripulada, toda ocorrência havida entre o momento que a aeronave está pronta
para se movimentar, com a intenção de voo, até a sua parada total pelo término do voo, e seu
sistema de propulsão tenha sido desligado e, durante os quais, pelo menos uma das situações
abaixo ocorra:
a) uma pessoa sofra lesão grave ou venha a falecer como resultado de:
- estar na aeronave;
- ter contato direto com qualquer parte da aeronave, incluindo aquelas que
dela tenham se desprendido; ou
12/115 MCA 121-5/2021

- ser submetida à exposição direta do sopro de hélice, de rotor ou de


escapamento de jato, ou às suas consequências.
b) a aeronave tenha falha estrutural ou dano que:
- afete a resistência estrutural, o seu desempenho ou as suas características
de voo; ou
- normalmente exija a realização de grande reparo ou a substituição do
componente afetado.
c) a aeronave seja considerada desaparecida ou esteja em local inacessível.

NOTA 1 - Exceção será feita quando as lesões, ou óbito, resultarem de causas naturais, forem
autoinfligidas ou infligidas por terceiros, ou forem causadas a pessoas que embarcaram
clandestinamente e se acomodaram em área que não as destinadas aos passageiros e
tripulantes.
NOTA 2 - As lesões decorrentes de um acidente aeronáutico que resultem óbito em até 30
dias após a data da ocorrência são consideradas lesões fatais.
NOTA 3 - Exceção será feita para falha ou danos quando limitados a um único motor
(incluindo carenagens ou acessórios), para danos limitados às hélices, às pontas de asa, às
antenas, aos probes, aletas, aos pneus, aos freios, às rodas, às carenagens do trem, aos painéis,
às portas do trem de pouso, aos para-brisas, aos amassamentos leves e pequenas perfurações
no revestimento da aeronave, ou danos menores às pás do rotor principal e de cauda, ao trem
de pouso, e aqueles danos resultantes de colisão com granizo ou ave (incluindo perfurações no
radome).
NOTA 4 - O adendo E do anexo 13 à Convenção sobre Aviação Civil Internacional apresenta
uma lista de danos que podem ser considerados exemplos de acidentes aeronáuticos. Uma
tradução livre desta lista encontra-se no anexo B do MCA 3-6/2017 do CENIPA.
NOTA 5 - Uma aeronave será considerada desaparecida quando as buscas oficiais forem
suspensas e os destroços não forem encontrados.

1.3.5 ASSESSORIA DE SEGURANÇA OPERACIONAL DO CONTROLE DO ESPAÇO


AÉREO
Órgão da Estrutura Regimental do COMAER ao qual compete assessorar o
Comandante da Aeronáutica nos assuntos relativos à vigilância da segurança operacional e da
segurança da aviação civil contra atos de interferência ilícita nos Serviços de Navegação
Aérea, coordenar e controlar as atividades de inspeção dos Serviços de Navegação Aérea, no
que tange à segurança operacional e à segurança da aviação civil contra atos de interferência
ilícita, e gerenciar o Programa de Vigilância da Segurança Operacional dos Serviços de
Navegação Aérea e o Programa de Vigilância da Segurança da Aviação Civil dos Serviços de
Navegação Aérea.
MCA 121-5/2021 13/115

1.3.6 ATO DE INTERFERÊNCIA ILÍCITA CONTRA A AVIAÇÃO CIVIL


Ato ou atentado que coloca em risco a segurança da aviação civil e o transporte
aéreo.

1.3.7 AUDITORIA DA SEGURANÇA OPERACIONAL


Processo de verificação realizado pela Organização de Aviação Civil
Internacional na estrutura de aviação civil dos estados, para a verificação de sua conformidade
em relação às provisões de segurança operacional constantes dos Anexos à Convenção de
Aviação Civil Internacional e documentos complementares, bem como de avaliação do nível
de implantação dos elementos críticos de um sistema de supervisão da segurança operacional.

1.3.8 AUDITORIA USAP-CMA DA OACI


Atividade in situ ou ex situ do USAP-CMA, durante o qual a OACI realiza
uma avaliação sistemática e objetiva dos sistemas de supervisão e segurança da aviação de um
estado-membro, a fim de avaliar o nível de implementação dos elementos críticos do sistema
de supervisão da segurança da aviação de um estado e de determinar o grau de conformidade
com as normas do Anexo 17 e as disposições relacionadas com a segurança do Anexo 9, bem
como os procedimentos, textos de orientação e as práticas relacionadas com a segurança
correspondente.

1.3.9 CHEFE DE EQUIPE DE INSPEÇÃO

Inspetor do controle do espaço aéreo, preferencialmente oficial superior,


designado como responsável pela condução de uma equipe de inspeção e pela tarefa de
elaborar o relatório de inspeção.

1.3.10 CIRCULAR DE INSPEÇÃO


Publicação não convencional elaborada pela ASOCEA, com o objetivo de
padronizar procedimentos da inspeção de segurança operacional e da segurança da aviação
contra atos de interferência ilícita, de modo a complementar as orientações nas demais
regulamentações.
1.3.11 COMITÊ DE SEGURANÇA OPERACIONAL
Comitê estabelecido entre o COMAER (DECEA, CENIPA e ASOCEA) e a
ANAC com a finalidade de estabelecer e monitorar o nível aceitável de desempenho de
segurança operacional do Estado brasileiro e deliberar sobre os indicadores de segurança
operacional da aviação civil brasileira.
1.3.12 CONSELHO DE INSPETORES
É o órgão de assessoramento do Chefe da ASOCEA que tem por finalidade
discutir e propor recomendações acerca de temas relacionados à formação, ao desempenho e à
conduta dos inspetores, quando no exercício da atividade de inspeção, bem como, as situações
não previstas na ICA 121-13, neste Manual e nos demais documentos da ASOCEA,
concernentes ao processo de inspeção de segurança operacional e da segurança dos Serviços
de Navegação Aérea contra atos de interferência ilícita.

1.3.13 CONTRAPARTES
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Profissionais designados pela organização inspecionada para representar


tecnicamente o serviço ou a área que será inspecionada e responder aos questionamentos dos
INSPCEA.

1.3.14 CONTROLE DE QUALIDADE NA AVSEC


Técnicas e atividades de supervisão empregadas para avaliar o sistema da
segurança da aviação civil contra atos de interferência ilícita de um estado e, se necessário,
corrigir as deficiências identificadas. A ASOCEA considera o “Controle de Qualidade na
AVSEC” como “Vigilância”, conforme definido neste Manual e faz referência ao Elemento
Crítico 7 do USAP-CMA, para fins de entendimento e emprego do termo no processo de
inspeção.

1.3.15 CREDENCIAL FUNCIONAL


Documento funcional do INSPCEA que confirma sua competência para o
exercício de suas responsabilidades, nas inspeções no SISCEAB, bem como lhe proporciona o
acesso irrestrito a locais e a documentos do Provedor de Serviços de Navegação Aérea.

1.3.16 ELEMENTOS CRÍTICOS


Elementos essenciais de um sistema de supervisão da segurança operacional e
da segurança da aviação civil que devem ser considerados para implementar com eficácia as
políticas e procedimentos relacionados à segurança.

1.3.17 ELO SOCEA


Profissional, com habilitação de INSPCEA, que atua como elemento de ligação
com a ASOCEA, para a coordenação de atividades pertinentes à vigilância da segurança
operacional e à vigilância da segurança da aviação civil contra atos de interferência ilícita nos
Serviços de Navegação Aérea em sua organização e naquelas a ela jurisdicionadas.

1.3.18 ENTIDADE AUTORIZADA


Pessoa física ou jurídica a quem foi concedida, pela União – COMAER -
DECEA, a autorização para implantar uma EPTA e que será responsável pelo funcionamento
da estação, podendo delegar a operação a uma Prestadora de Serviços Especializados (PSE).

1.3.19 ENTIDADE OPERADORA


É a pessoa física ou jurídica que efetivamente opera uma EPTA, podendo ser a
própria entidade autorizada ou uma prestadora de serviços especializados.

1.3.20 ENTIDADE PROVEDORA DE SERVIÇOS DE NAVEGAÇÃO AÉREA


Entidade responsável pelo funcionamento dos Serviços de Navegação Aérea do
aeroporto. Os Serviços de Navegação Aérea do aeroporto poderão ser prestados por entidades
provedoras distintas mediante autorização do DECEA.

1.3.21 EQUIPE DE INSPEÇÃO

Conjunto de INSPCEA designado pela ASOCEA para realizar uma inspeção


de segurança operacional e/ou segurança da aviação civil contra atos de interferência ilícita
nas organizações inspecionadas.
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1.3.22 ESTAÇÃO AERONÁUTICA


Estação terrestre do serviço móvel aeronáutico. Em certos casos, a estação
aeronáutica pode estar instalada a bordo de um navio ou de uma plataforma sobre o mar.

1.3.23 ESTAÇÕES PRESTADORAS DE SERVIÇOS DE TELECOMUNICAÇÕES E DE


TRÁFEGO AÉREO
Autorizada de serviço público pertencente a pessoa física ou jurídica de direito
público ou privado, dotada de pessoal, instalações, equipamentos, sistemas e materiais
suficientes para prestar, isolada ou cumulativamente, os seguintes serviços: Controle de
Tráfego Aéreo (Controle de Aproximação e/ou Controle de Aeródromo), Serviço de Controle
de Pátio (movimentação de aeronaves, veículos e equipamentos nos pátios), Informação de
Voo de Aeródromo (AFIS), Telecomunicações Aeronáuticas, Meteorologia Aeronáutica,
Informações Aeronáuticas e de Alerta; apoiar a navegação aérea por meio de auxílios à
navegação aérea; apoiar as operações de pouso e decolagem em plataformas marítimas, ou
ainda veicular mensagens de caráter geral entre as entidades autorizadas e suas respectivas
aeronaves, em complemento à infraestrutura de apoio à navegação aérea provida e operada
pela União – COMAER - DECEA.

1.3.24 FASE DE INSPEÇÃO LOCAL


Fase da inspeção que consiste na coleta de evidências objetivas e observadas,
através do emprego dos protocolos de inspeção e da apresentação das recomendações do
inspetor a respeito das não conformidades identificadas.

1.3.25 FASE DE PÓS-INSPEÇÃO


Fase da inspeção que se caracteriza pela elaboração do plano de ações
corretivas e pela consolidação do relatório de inspeção.

1.3.26 FASE DE PRÉ-INSPEÇÃO


Fase da inspeção que se inicia com a comunicação de inspeção ao Provedor de
Serviços de Navegação Aérea a ser inspecionado e a preparação da equipe escalada para a
realização da inspeção.

1.3.27 FICHA DE AÇÃO CORRETIVA


Ficha de modelo padronizado que contém o detalhamento das ações corretivas,
o cronograma de etapas planejado pela organização inspecionada para a eliminação de cada
não conformidade, bem como a medida mitigadora adotada, quando for o caso.
1.3.28 FICHA DE ANÁLISE DE AÇÃO CORRETIVA
Ficha de modelo padronizado que contém as observações do INSPCEA a
respeito das ações corretivas implementadas pelo DECEA.
1.3.29 FICHA DE CRÍTICAS
Questionário padronizado para a coleta de informações e sugestões dos
inspetores e das organizações inspecionadas, objetivando o aperfeiçoamento do processo de
inspeção.
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1.3.30 FICHA DE NÃO CONFORMIDADE


Ficha de modelo padronizado, onde é descrita a não conformidade identificada
na inspeção de um provedor de Serviços com sua respectiva recomendação.

1.3.31 FORMULÁRIO DE COMUNICAÇÃO DE INSPEÇÃO


Modelo padronizado, onde são descritos para a organização inspecionada, os
serviços ou as áreas avaliadas, o período da inspeção e o nome do chefe de equipe designado
para a inspeção.

1.3.32 IMPACTO NA SEGURANÇA


Classificação do nível do risco de uma não conformidade que auxilia o
planejamento, elaborado e implementado pelo provedor, das medidas para sua correção e,
quando necessário, sua mitigação.

1.3.33 INCIDENTE AERONÁUTICO


Uma ocorrência aeronáutica, não classificada como um acidente, associada à
operação de uma aeronave, que afete ou possa afetar a segurança da operação.
NOTA 1 - Os tipos de incidentes que são de interesse principal à OACI para estudos de
prevenção de acidentes estão listados no Adendo C do Anexo 13 à Convenção sobre Aviação
Civil Internacional. Uma tradução livre desta lista encontra-se na NSCA 3-6 e NSCA 3-13,
ambas do CENIPA.

1.3.34 INCIDENTE DE TRÁFEGO AÉREO


Toda ocorrência, envolvendo tráfego aéreo, que constitua risco para as
aeronaves, relacionada com:
a) facilidades - situação em que a condição anormal de alguma instalação de
infraestrutura de navegação aérea tenha causado dificuldades operacionais;
b) procedimentos - situação em que houve dificuldades operacionais por
procedimentos falhos, ou pelo não cumprimento dos procedimentos
aplicáveis; e
c) proximidade entre aeronaves (AIRPROX) - situação em que a distância
entre aeronaves, bem como suas posições relativas e velocidades foram tais
que a segurança tenha sido comprometida.

NOTA 1 - Em função do nível de comprometimento da segurança o Incidente de Tráfego


Aéreo é classificado como: Risco Crítico ou Risco Potencial.

1.3.35 INSPEÇÃO DE SEGURANÇA DA AVIAÇÃO CIVIL CONTRA ATOS DE


INTERFERÊNCIA ILÍCITA

Processo, coordenado pela ASOCEA, de verificação da conformidade


normativa das atividades desenvolvidas pelas Organizações Inspecionadas quanto ao que
estabelece o órgão central e regulador do SISCEAB, em relação à segurança da aviação civil
contra atos de interferência ilícita. No DECEA, este processo verifica a conformidade com as
disposições constantes dos Anexos à Convenção de Aviação Civil Internacional e do nível de
implementação dos elementos críticos de um sistema de supervisão da segurança da aviação
civil contra atos de interferência ilícita.
MCA 121-5/2021 17/115

1.3.36 INSPEÇÃO DE SEGURANÇA OPERACIONAL

Processo, coordenado pela ASOCEA, de verificação da conformidade


normativa das atividades desenvolvidas pelas Organizações Inspecionadas, quanto ao que
estabelece o órgão central e regulador do SISCEAB em relação à segurança operacional. No
DECEA, este processo verifica a conformidade com as disposições constantes dos Anexos à
Convenção de Aviação Civil Internacional e do nível de implementação dos elementos
críticos de um sistema de supervisão da segurança operacional.

1.3.37 INSPEÇÃO DE SEGUIMENTO


Inspeção com o objetivo de verificar a eficácia do provedor na eliminação das
não conformidades identificadas em inspeções anteriores.

1.3.38 INSPEÇÃO ESPECÍFICA


Inspeção com o objetivo de verificar a conformidade normativa em serviço
específico prestado pelo provedor.

1.3.39 INSPEÇÃO NÃO PROGRAMADA

Inspeção que não foi prevista no plano anual de inspeções.

1.3.40 INSPEÇÃO PROGRAMADA


Inspeção que consta do plano anual de inspeções.

1.3.41 INSPEÇÃO REGULAR


Inspeção em que a equipe de inspetores realiza, de forma presencial, uma
avaliação do serviço prestado pelo provedor.

1.3.42 INSPEÇÃO SISTÊMICA


Inspeção em que a equipe de inspetores realiza, remotamente, uma avaliação
no serviço prestado pelo provedor.

1.3.43 INSPETOR DO CONTROLE DO ESPAÇO AÉREO

Militar (da ativa ou veterano) ou servidor público do COMAER, certificado e


habilitado pela ASOCEA para o exercício da função

1.3.44 INSPETOR DO CONTROLE DO ESPAÇO AÉREO CREDENCIADO


Profissional sem vínculo empregatício com o COMAER, certificado e
habilitado pela ASOCEA para o exercício da função.

1.3.45 LESÃO GRAVES

Lesões resultantes de uma ocorrência aeronáutica que caracterizam um


acidente aeronáutico, e que:
a) requeiram hospitalização por mais de 48 horas, no período de sete dias, a
partir da data da ocorrência; ou
18/115 MCA 121-5/2021

b) resultem em fratura de qualquer osso (exceto fraturas simples dos dedos das
mãos, dedos dos pés e nariz); ou
c) envolvam lacerações que causem hemorragia severa, danos a nervos,
músculos ou tendões; ou
d) envolvam lesões a qualquer órgão interno; ou
e) envolvam queimaduras de segundo ou terceiro grau, ou qualquer
queimadura que afete mais de 5% da superfície corporal do indivíduo; ou
f) envolvam exposição a substâncias infecciosas ou ferimentos por radiação.

1.3.46 MEDIDA MITIGADORA


Medida adotada pela organização inspecionada que visa a redução da
probabilidade e/ou da severidade dos riscos associados à manutenção da não conformidade.

1.3.47 NÃO CONFORMIDADE


Condição observada durante uma inspeção em que há descumprimento da
legislação, verificada durante a aplicação do protocolo pertinente.

1.3.48 NÃO CONFORMIDADE CANCELADA


Não conformidade que não prospera a partir de uma análise da ASOCEA.

1.3.49 NÃO CONFORMIDADE ELIMINADA


Não conformidade verificada por um INSPCEA ou pela ASOCEA de que a
ação corretiva concluída pela organização inspecionada foi efetiva.

1.3.50 NOTIFICAÇÃO DE INFRAÇÃO


Documento por intermédio do qual o Chefe da ASOCEA notifica o Provedor
de Serviços de Navegação Aérea ou a organização do COMAER que contribui para o Sistema
de que cometeu uma infração à norma estabelecida pelo órgão central e regulador do
SISCEAB ou à ICA 121-13.

1.3.51 OCORRÊNCIA DE TRÁFEGO AÉREO


Circunstância em que ocorreu uma situação de anormalidade na prestação do
Air Traffic Service (ATS - Serviço de Tráfego Aéreo), considerando as normas e os
procedimentos aplicáveis aos Air Navigation Service (ANS - Serviços de Navegação Aérea),
exigindo a adoção de medidas mitigadoras para manutenção do Nível Aceitável de
Desempenho da Segurança Operacional (NADSO).

1.3.52 ORGANIZAÇÃO DE AVIAÇÃO CIVIL INTERNACIONAL


Agência Especializada da Organização das Nações Unidas (ONU),
estabelecida pela Convenção de Chicago com o objetivo de promover a cooperação
internacional e o maior grau possível de uniformidade nas regulamentações, normas e
procedimentos, e o desenvolvimento da aviação civil internacional.

1.3.53 ORGANIZAÇÃO INSPECIONADA


Organização submetida à inspeção sob a coordenação da ASOCEA.
MCA 121-5/2021 19/115

1.3.54 ORGANIZAÇÃO REGIONAL


Organização Militar, subordinada ao DECEA, responsável pela prestação de
serviços à navegação aérea em uma determinada área do território nacional. São Organizações
Regionais os CINDACTA I, II, III e IV e o CRCEA-SE.

1.3.55 ÓRGÃO REGULADOR


Organização responsável pela elaboração das normas nacionais que aplicam no
País as provisões constantes dos Anexos à Convenção de Aviação Civil Internacional e seus
documentos complementares. No caso dos Serviços de Navegação Aérea, o órgão regulador
brasileiro é o DECEA.

1.3.56 PERIGO

Qualquer condição, potencial ou real, que possa causar dano físico, doença ou
morte a pessoas, dano ou perda de um sistema, equipamento ou propriedade ou danos ao meio
ambiente. Um perigo é uma condição que se constitui num pré-requisito para a ocorrência de
um acidente ou incidente.

1.3.57 PLANO ANUAL DE INSPEÇÕES

Planejamento anual, em que a ASOCEA prevê a realização das inspeções


programadas de segurança operacional e de segurança da aviação civil contra atos de interferência
ilícita nos Provedores de Serviços de Navegação Aérea e nas demais Organizações do Sistema de
Controle do Espaço Aéreo Brasileiro (SISCEAB).

1.3.58 PLANO DE AÇÕES CORRETIVAS

Plano elaborado pela organização inspecionada, após submeter-se a uma inspeção,


que se destina a corrigir as não conformidades relativas à segurança operacional e à segurança da
aviação civil contra atos de interferência ilícita nos Serviços de Navegação Aérea, observadas e
indicadas pela equipe de inspeção em seus relatórios.

1.3.59 PROGRAMA DE VIGILÂNCIA DA SEGURANÇA OPERACIONAL DO


SERVIÇO DE NAVEGAÇÃO AÉREA

Programa que estabelece os objetivos e as ações estratégicas em prol da


segurança operacional da aviação civil, no que concerne às atividades de vigilância dos
Serviços de Navegação Aérea.

1.3.60 PROGRAMA DE VIGILÂNCIA DA SEGURANÇA DA AVIAÇÃO CIVIL


CONTRA ATOS DE INTERFERÊNCIA ILÍCITA DO SERVIÇO DE NAVEGAÇÃO
AÉREA

Programa que estabelece os objetivos e as ações estratégicas em prol da


segurança da aviação civil contra atos de interferência ilícita, no que concerne às atividades de
vigilância dos Serviços de Navegação Aérea.

1.3.61 PROTOCOLOS DE AUDITORIA

Listas de verificação padronizadas, elaboradas pela OACI, que orientam os


questionamentos do inspetor na avaliação do nível de implementação dos elementos críticos
20/115 MCA 121-5/2021

de um sistema de supervisão da segurança operacional e da segurança da aviação civil contra


atos de interferência ilícita, de modo a assegurar o atendimento às normas e métodos
recomendados constantes dos Anexos à Convenção de Aviação Civil Internacional e
documentos complementares.

1.3.62 PROTOCOLOS DE INSPEÇÃO

Listas de verificação padronizadas, organizadas por serviços ou áreas de


inspeção, que norteiam os questionamentos do inspetor na avaliação do cumprimento das
normas emanadas pelo DECEA e orientam com propostas de evidências a serem apresentadas
para a confirmação da efetiva implementação dessas normas.

1.3.63 PROVEDOR DE SERVIÇOS DE NAVEGAÇÃO AÉREA

Organização que recebeu do órgão regulador a autorização para a prestação de


serviços de navegação aérea, após comprovar o atendimento aos requisitos estabelecidos na
legislação e na regulamentação nacional.

1.3.64 RELATO DE POSSÍVEL INFRAÇÃO

Documento por intermédio do qual o INSPCEA informa à ASOCEA que,


durante uma inspeção de segurança operacional ou de segurança da aviação civil contra atos
de interferência ilícita, observou que a organização inspecionada cometeu um
descumprimento à norma estabelecida pelo órgão central e regulador do SISCEAB.

1.3.65 RELATÓRIO DE INSPEÇÃO

Documento elaborado pelo chefe de equipe que retrata a condição do provedor


no período da inspeção.

1.3.66 RISCO

Possibilidade de perda ou dano, medida em termos de severidade e


probabilidade. A possibilidade de um evento ocorrer e suas consequências se efetivamente
ocorrer.

1.3.66.1 Análise de Risco

A compreensão da fonte do risco determina o risco inerente, devendo ser


apreciadas as suas causas, possíveis consequências, probabilidade e severidade.

1.3.66.2 Avaliação de RiscoA finalidade da avaliação do risco é auxiliar na tomada de


decisões com base nos seguintes aspectos:
a) resultados da análise de riscos;
b) quais riscos necessitam de tratamento; e
c) prioridade para a implementação do tratamento.

1.3.66.3 Gerenciamento do Risco

Processo para identificar perigos e analisar, avaliar e tratar riscos, conforme


parâmetros preestabelecidos.
MCA 121-5/2021 21/115

1.3.66.4 Nível de Risco

Magnitude de um risco, expressa em termos da combinação de sua probabilidade e


de sua severidade.

1.3.66.5 Probabilidade do Risco

Possibilidade de uma situação de perigo à segurança ocorrer, classificada em


níveis de probabilidade para análise e gerenciamento do risco.

1.3.66.6 Severidade do Risco

As consequências possíveis de uma situação de perigo à segurança, tomando


como referência a pior condição possível.

1.3.67 SEGURANÇA DA AVIAÇÃO CIVIL CONTRA ATOS DE INTERFERÊNCIA


ILÍCITA

Combinação de medidas, de recursos humanos e de materiais destinados a


proteger a aviação civil contra atos de interferência ilícita.

1.3.68 SEGURANÇA OPERACIONAL DO CONTROLE DO ESPAÇO AÉREO

Estado no qual o risco de lesões às pessoas ou danos aos bens resultantes das
atividades do controle do espaço aéreo se reduz e se mantém em um nível aceitável, ou abaixo
deste, por meio de um processo contínuo de identificação de perigos e gestão de riscos.

1.3.69 SERVIÇOS DE NAVEGAÇÃO AÉREA

Conjunto de serviços prestados pelo SISCEAB, observando as disposições


normativas do DECEA, órgão central e regulador do sistema. Por convenção, no Brasil, tal
conjunto de serviços é denominado “Controle do Espaço Aéreo”, embora abrangendo outros
serviços como: Tráfego Aéreo; Informação Aeronáutica; Comunicações, Navegação e
Vigilância; Meteorologia Aeronáutica; Cartografia; e Busca e Salvamento.

1.3.70 SISTEMA DE GERENCIAMENTO DA SEGURANÇA OPERACIONAL

Sistema que apresenta os objetivos, as políticas, as responsabilidades e as


estruturas organizacionais necessários ao funcionamento do Gerenciamento da Segurança
Operacional, de acordo com as metas de desempenho aceitas pelo DECEA, contendo os
procedimentos para o Gerenciamento do Risco.

1.3.71 SISTEMA DE CONTROLE DO ESPAÇO AÉREO BRASILEIRO


Sistema instituído com a finalidade de dotar o Comando da Aeronáutica de
uma estrutura capaz de integrar os Órgãos e Sistemas que participam do controle da
Circulação Aérea Nacional, nos limites das suas respectivas atribuições.

1.3.72 SISTEMA INFORMATIZADO DE VIGILÂNCIA DA SEGURANÇA DO


CONTROLE DO ESPAÇO AÉREO

Recurso informatizado que consiste em um banco de dados que se destina ao


registro das inspeções realizadas nos Provedores de Serviços de Navegação Aérea,
22/115 MCA 121-5/2021

concernentes à vigilância da segurança operacional do controle do espaço aéreo e à vigilância


da segurança da aviação civil contra atos de interferência.

1.3.73 TREINAMENTO NO POSTO DE TRABALHO

Instrução ministrada por um inspetor habilitado a um profissional que tenha


concluído com aproveitamento a parte teórica do Curso de Inspetor de Segurança do Controle
do Espaço Aéreo.

1.3.74 VIGILÂNCIA (SURVEILLANCE)

Atividades desempenhadas pelo estado nas quais se verifica, proativamente,


por meio de inspeções e auditorias que os detentores de licenças, certificados, autorizações,
outorgas ou aprovações continuam a cumprir os requisitos e as funções estabelecidas pelo
próprio.

1.4 ABREVIATURAS

As abreviaturas empregadas neste Manual são de uso corrente no COMAER e


similares aos que se encontram nos Anexos à Convenção de Chicago e em outros documentos
da OACI.

Serviço de Informação de Voo de Aeródromo (Aerodrome Flight


AFIS Information Service)

AIS Serviço de Informação Aeronáutica

ANS Serviço de Navegação Aérea (Air Navigation Service)

ANAC Agência Nacional de Aviação Civil

ASOCEA Assessoria de Segurança Operacional do Controle do Espaço Aéreo


ATC Controle de Tráfego Aéreo (Air Traffic Control)
Gerenciamento de Fluxo de Tráfego Aéreo (Air Traffic Flow
ATFM
Management)

ATS Serviço de Tráfego Aéreo (Air Traffic Service)

AVSEC Segurança da Aviação Civil contra Atos de Interferência Ilícita

CENIPA Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos

CGNA Centro de Gerenciamento da Navegação Aérea

CINDACTA Centro Integrado de Defesa Aérea e Controle de Tráfego Aéreo

CIRINSP Circular de Inspeção da ASOCEA

CMA Centro Meteorológico de Aeródromo


Serviço de Comunicações, Navegação e Vigilância (Communications,
CNS Navigation and Surveillance)
MCA 121-5/2021 23/115

COMAER Comando da Aeronáutica


CRCEA-SE Centro Regional de Controle do Espaço Aéreo Sudeste
CTG Serviço de Cartografia
DECEA Departamento de Controle do Espaço Aéreo
DINSP Divisão de Inspeções da ASOCEA
DTCEA Destacamento de Controle do Espaço Aéreo
EC Elementos Críticos (Critical Elements – CE)
ENS Serviço de Ensino
Estações Prestadoras de Serviços de Telecomunicações e de Tráfego
EPTA Aéreo

FAC Ficha de Ação Corretiva


Ficha Informativa da Seção de Acompanhamento do Plano de Ações
FISPAC Corretivas
FMC Célula de Gerenciamento de Fluxo (Flow Management Cell)

FORM Formulário de Verificação do Relatório de Inspeção da ASOCEA


FNC Ficha de Não Conformidade
ICEA Instituto de Controle do Espaço Aéreo
INFRAERO Empresa Brasileira de Infraestrutura Aeroportuária
INSPCEA Inspetor do Controle do Espaço Aéreo
IS Impacto na Segurança

MDSO Metas de Desempenho de Segurança Operacional

MET Meteorologia Aeronáutica


NADSO Nível Aceitável de Desempenho de Segurança Operacional
OACI Organização de Aviação Civil Internacional
PAC Plano de Ações Corretivas
Serviço de Elaboração de Procedimentos de Navegação Aérea
PANS-OPS (Procedures for Air Navigation Services - Aircraft Operations)

PSNA Provedor de Serviços de Navegação Aérea


Serviço de Informação de Voo de Aeródromo Remoto (Remote
R-AFIS
Aerodrome Flight Information Service)

RICA Regulamento Interno de Organização do Comando da Aeronáutica


ROCA Regulamento de Organização do Comando da Aeronáutica
RPI Relato de Possível Infração
SAN Seção de Análise
24/115 MCA 121-5/2021

SAU Serviço de Saúde


SCO Seção de Controle da Divisão de Inspeções da ASOCEA
SGSO Sistema de Gerenciamento da Segurança Operacional
SIPAER Sistema de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos
SISCEAB Sistema de Controle do Espaço Aéreo Brasileiro

SOCEA Segurança Operacional do Controle do Espaço Aéreo

Seção de Acompanhamento de Plano de Ações Corretivas da Divisão


SPAC de Inspeções da ASOCEA

SPL Seção de Planejamento


TPT Treinamento no Posto de Trabalho
Programa Universal de Auditoria de Segurança Operacional da OACI
USOAP (Universal Safety Oversight Audit Programme)
Programa Universal de Auditoria de Segurança da Aviação Civil contra
USAP-CMA Atos de Interferência Ilícita (Universal Security Audit Programme
Continuous Monitoring Approach)
Sistema Informatizado de Vigilância da Segurança Operacional do
VIGILANTE
Controle do Espaço Aéreo
MCA 121-5/2021 25/115

2 PRINCÍPIOS DA INSPEÇÃO

2.1 GENERALIDADES

2.1.2 Os princípios são os alicerces e as disposições fundamentais que se irradiam sobre


diferentes normas, definindo a lógica e a racionalidade de um sistema normativo. "Violar um
princípio é muito mais grave do que transgredir uma norma. A desatenção ao princípio
implica ofensa não apenas a um específico mandamento obrigatório, mas a todo o sistema de
comandos (...) representa insurgência contra todo o sistema" (Princípios Gerais de Direito
Constitucional Moderno, Vol. 1. 5a.ed. – São Paulo: RT, 1971, p. 50-51).

2.1.3 Referente ao assunto, o jurista Germano R. Carrió conclui que a ideia de princípio ou a
sua conceituação, seja lá qual for o campo do saber que se tenha em mente, designa a
estruturação de um sistema de ideias por uma ideia mestra de onde todas as demais ideias,
pensamentos ou normas derivam.

2.1.4 Os princípios dos processos de inspeção da ASOCEA estão baseados nos princípios da
Constituição Federal, promulgada em 5 de outubro de 1988: legalidade, impessoalidade,
moralidade, publicidade e eficiência.

2.1.5 Aos princípios constitucionais acima relacionados, são acrescentados os princípios da


oportunidade e da razoabilidade.

2.1.6 O princípio da oportunidade deriva da importância em se permitir, já durante a fase de


inspeção, que as medidas que restabeleçam os níveis adequados de segurança sejam definidas
e executadas satisfatoriamente pela organização inspecionada em tempo compatível com a
gravidade das deficiências identificadas.

2.1.7 O princípio da razoabilidade deve ser utilizado como forma de limitar o exercício da
competência discricionária do inspetor. Este princípio foi estabelecido, principalmente, para
garantir o entendimento, por todos os envolvidos no processo de inspeção, que a principal
interessada e primariamente responsável por garantir o nível de segurança desejado, durante a
prestação dos aplicáveis Serviços de Navegação Aérea, é a organização inspecionada. O
inspetor, entretanto, no desempenho de suas funções de verificação do cumprimento dos
requisitos regulamentares e, eventualmente, de imposição de medidas que garantam o
restabelecimento dos níveis desejados de segurança, dispõe de poderes para melhor atender às
necessidades do estado regulador e fiscalizador e às necessidades coletivas da sociedade pela
segurança nas operações. Assim, há que se admitir que o correto cumprimento da
regulamentação pode ser alcançado de formas distintas, permitindo ao provedor de serviços a
adoção da alternativa que julgar mais conveniente para atender a finalidade desejada. A
imposição de medidas que extrapolem os objetivos mínimos pretendidos pelas normas
nacionais e que possam representar ônus desnecessário fere o princípio da razoabilidade.

2.2 O USO DOS PRINCÍPIOS EM SUPORTE À DECISÃO

2.2.1 A formação técnica especializada de inspetores e o uso de ferramentas padronizadas


nos processos de inspeção buscam, dentre outros objetivos, minimizar a ocorrência de
situações imprevistas. No entanto, quando ocorrerem situações imprevistas em uma inspeção,
compete ao inspetor tomar a decisão, balizando-se pelos princípios preconizados para este
processo.
26/115 MCA 121-5/2021

2.2.2 Pelo princípio da legalidade, o inspetor deve amparar suas avaliações e exigências
unicamente nas publicações oficiais atualizadas que estabelecem os requisitos e
procedimentos nacionais aplicáveis à organização inspecionada, conforme referenciado em
cada pergunta dos protocolos de inspeção.

2.2.3 O INSPCEA deverá conhecer e ser capaz de interpretar cada requisito regulamentar a
ser avaliado, devendo buscar amparo formal nos regulamentos das organizações, nos
certificados, nas homologações ou nas autorizações concedidas pelos órgãos competentes,
para atribuir, a uma determinada organização, pública ou privada, a responsabilidade pela
solução de uma eventual não conformidade identificada na inspeção.

2.2.4 Especificamente, no caso da inspeção no DECEA, o inspetor deve utilizar os


protocolos de auditoria da OACI e os resultados das inspeções anteriores.

2.2.5 Ainda que a equipe de inspetores reúna profissionais com elevada competência técnica
acerca das áreas avaliadas, a manifestação de tal conhecimento e experiência não devem ser
suficientes, fazendo-se fundamental basear qualquer afirmação ou atribuição de
responsabilidade em documentos oficiais e atualizados.

2.2.6 Ao assegurar a observância do princípio da impessoalidade, o INSPCEA deve estar


atento a qualquer situação que possa representar um conflito de interesses, alertando a
ASOCEA para que esta tome as providências cabíveis.

2.2.7 Na eventualidade de existirem vínculos profissionais ou familiares do INSPCEA com


os responsáveis ou integrantes da administração da organização inspecionada, o inspetor deve
se declarar impedido de realizar a inspeção, informando-o à ASOCEA, para que se proceda a
sua substituição.

2.2.8 O inspetor deve, preventivamente, também se declarar impedido, quando existirem


interesses convergentes ou divergentes com a organização inspecionada, o que poderia gerar o
comprometimento da equidade na avaliação, suscitando insegurança quanto à efetiva
aplicação do princípio da impessoalidade.

2.2.9 Na situação citada no item anterior, a ASOCEA acatará a informação do INSPCEA


que se declarar impedido, providenciando a sua substituição na equipe de inspeção.

2.2.10 Qualquer comportamento que se afaste do princípio da impessoalidade se sujeita à


invalidação por desvio de finalidade, sem prejuízo das demais medidas cabíveis.

2.2.11 Quanto ao princípio da moralidade, o INSPCEA deve ter em mente que não é
suficiente, apenas, o cumprimento da missão de inspeção, mas que isso aconteça em prol do
interesse público, conforme os padrões éticos de lealdade em relação à instituição que
representa e aos anseios da sociedade.

2.2.12 O INSPCEA deve otimizar os recursos disponibilizados para a realização das


inspeções, não onerando desnecessariamente a União, nem impondo dispêndios acima do
necessário à organização que está sendo avaliada.

2.2.13 O INSPCEA deve buscar o aproveitamento máximo do tempo da equipe de inspeção,


bem como da organização que está sendo avaliada, planejando suas atividades e o
envolvimento dos técnicos que respondem às avaliações, na medida exata da necessidade.
MCA 121-5/2021 27/115

2.2.14 O comportamento do INSPCEA, sua apresentação pessoal, seu linguajar e seu foco
nos objetivos da inspeção devem distingui-lo e refletir os valores da instituição que
representa.

2.2.15 Os INSPCEA devem arcar com as despesas relativas à sua estadia e alimentação na
localidade. Não se admite que tais despesas sejam custeadas pela organização inspecionada.
Por outro lado, a equipe de inspeção pode aceitar uma eventual oferta de apoio de transporte
pela organização inspecionada, como forma de assegurar o cumprimento das atividades da
fase de inspeção local. No entanto, o suporte proporcionado pela organização inspecionada
deve se restringir, exclusivamente, aos objetivos da missão de inspeção.

2.2.16 O princípio da publicidade deve ser aplicado pelo INSPCEA no esclarecimento de


dúvidas, em especial, quanto à aplicabilidade e interpretação dos requisitos regulamentares
que estão sendo avaliados e na prestação de todas as informações de que necessitar a
organização inspecionada, durante as três fases da inspeção, bem como no encaminhamento
do relatório de inspeção e do plano de ações corretivas para as providências dos órgãos
envolvidos.

2.2.17 Os contatos com a imprensa devem ser canalizados através dos elos do
CECOMSAER, eximindo-se o INSPCEA de contato direto com a imprensa. Esta postura não
representa um descumprimento do princípio da publicidade, já que a veiculação das
informações colhidas em uma inspeção à sociedade não é atribuição do inspetor.

2.2.18 Cabe ao INSPCEA, como parte do princípio da publicidade, assegurar-se de que


informações de interesse para a segurança sejam divulgadas por meio dos canais formais,
dirigidas aos agentes que precisam ter conhecimento daquela informação.

2.2.19 As demais ações de atendimento ao princípio da publicidade estão a cargo da


ASOCEA, da organização regional, do DECEA e do Comandante da Aeronáutica, devendo o
INSPCEA estar atento para que não seja prematuramente divulgada informação que não tenha
recebido o tratamento estabelecido pela ICA 121-13.

2.2.20 Na observância do princípio da eficiência, o INSPCEA deve zelar pelo conhecimento


do assunto que está sendo avaliado, de forma a estar em condições de dirimir todas as dúvidas
que lhe sejam apresentadas pela organização inspecionada.

2.2.21 É essencial que o INSPCEA esteja preparado adequadamente, na fase de pré-inspeção,


reunindo e analisando criticamente os dados, informações, documentos, normas internas,
manuais de procedimentos, etc. a respeito da organização inspecionada, e atualizando-se
sobre o conteúdo do protocolo e correspondentes referências normativas.

2.2.22 Ajustes que possam ser realizados nas ferramentas disponibilizadas ao INSPCEA
devem ser relatados à ASOCEA para avaliação, na ficha de críticas da inspeção, visando ao
aperfeiçoamento desses instrumentos.

2.2.23 O chefe de equipe deve supervisionar as tarefas da inspeção, em busca da máxima


eficiência de todos os membros da equipe.

2.2.24 A aplicação do princípio da oportunidade requer que o INSPCEA cumpra e faça


cumprir os prazos estabelecidos em todas as fases da inspeção, assegurando as condições para
que os demais órgãos intervenientes no processo possam adotar, em tempo hábil, as ações
pertinentes. Ademais, a constatação da existência de problemas requer que sejam adotadas
28/115 MCA 121-5/2021

providências em prazo compatível com o seu grau de impacto na segurança. Com isso, é
preciso que a organização inspecionada, com o apoio do INSPCEA, avalie os potenciais
riscos decorrentes das deficiências identificadas, definindo e implementando ações corretivas,
mitigadoras ou preventivas, adequadas e efetivas, com vistas ao restabelecimento das
condições desejadas.

2.2.25 Em relação ao princípio da razoabilidade, o INSPCEA deve ter em conta a


responsabilidade e a competência técnica do provedor de serviços em identificar e aplicar as
medidas que proporcionem a correção dos problemas identificados. Por isso, ao redigir sua
recomendação para a eliminação de uma não conformidade, o inspetor deve se limitar a
determinar “o que” deve ser feito. Normalmente, isso se resume em recomendar o
cumprimento dos requisitos regulamentares cujo cumprimento está não conforme. Será no
plano de ações corretivas que o provedor de serviços detalhará “como” será feito para que seja
restabelecida a conformidade com o requisito regulamentar.
MCA 121-5/2021 29/115

3 ELEMENTOS CRÍTICOS

3.1 ELEMENTOS CRÍTICOS (EC)

A capacidade de um estado de supervisionar os provedores de serviços por ele


certificados ou autorizados é garantida e demonstrada ao se estruturar seu órgão regulador de
acordo com os 08 Elementos Críticos descritos no Doc. 9734 Parte A e no Doc. 10047,
emitidos pela ICAO. Esses Elementos Críticos, conforme abaixo descritos, são instrumentos
de defesa da segurança operacional e da segurança da aviação civil contra atos de
interferência ilícita cuja efetiva implementação é um indicativo da existência de um adequado
sistema de vigilância da segurança no estado.

3.1.1 EC-1 - Legislação Aeronáutica Básica

Conjunto de dispositivos legais que discipline as atividades aeronáuticas no


estado, adequado à complexidade do sistema, em consonância com as disposições da
Convenção de Aviação Civil Internacional.

3.1.2 EC-2 - Regulamentação Aeronáutica

Conjunto de regulamentos elaborados com o suporte da legislação aeronáutica


básica e que contemplem os requisitos técnicos e operacionais das atividades aeronáuticas no
estado, em conformidade com as provisões de segurança constantes dos Anexos à Convenção
de Aviação Civil Internacional e documentos complementares da Organização de Aviação
Civil Internacional – OACI.

3.1.3 EC-3 - Organização do Sistema de Aviação Civil

Existência de uma administração de aviação civil ou de outras autoridades ou


entidades governamentais que esteja encabeçada por um funcionário executivo principal e que
conte com o apoio de pessoal técnico e administrativo, com recursos financeiros compatíveis
com suas necessidades.

3.1.4 EC-4 - Qualificação e Treinamento

O estabelecimento de requisitos mínimos de conhecimento e experiência do


pessoal técnico que desempenha as funções de vigilância e a aplicação de treinamento
apropriado para manter e melhorar sua competência no nível desejado.

3.1.5 EC-5 - Meios e Material de Apoio

Instruções Técnicas contendo as orientações para as atividades do pessoal


técnico, os meios adequados para o desempenho de suas atividades, incluindo instalações e
equipamentos, e o acesso a informações essenciais sobre segurança, de forma a permitir ao
corpo técnico cumprir com suas funções de vigilância, segundo os requisitos e normas
estabelecidas pelo estado.
30/115 MCA 121-5/2021

3.1.6 EC-6 - Autorizações e Licenças.

Existência de processos e procedimentos para assegurar que os detentores de


licenças, certificados, autorizações e outras aprovações, expedidas pelas Autoridades do
estado, cumpram com os requisitos estabelecidos pela regulamentação nacional, antes de
exercer o privilégio concedido pela licença, certificado, autorização ou por outras aprovações.

3.1.7 EC-7 - Obrigações de Vigilância

A implantação de mecanismos, como as inspeções e auditorias, que permitam


avaliar se os titulares das licenças, certificados, autorizações e outras aprovações mantêm as
competências que foram demonstradas por ocasião da concessão da licença, certificado,
autorização ou outras aprovações.

3.1.8 EC-8 - Resolução de Problemas

Implantação de mecanismos e procedimentos para sanar as deficiências


detectadas que possam repercutir na segurança.
MCA 121-5/2021 31/115

4 PROGRAMAÇÃO E CONTROLE DAS INSPEÇÕES

4.1 PLANO ANUAL DE INSPEÇÕES

4.1.1 O plano anual de inspeções será composto exclusivamente pelas inspeções regulares e
sistêmicas a serem realizadas em um determinado ano.

4.1.2 A ASOCEA, com base na periodicidade estabelecida na tabela 2 da ICA 121-13,


elaborará o plano anual de inspeções de acordo com o modelo do anexo A deste Manual.

4.1.3 Na elaboração dos planos anuais de inspeções, a ASOCEA adotará o conceito de


Gerenciamento de Risco de modo a priorizar inspeções nos PSNA para que atinjam o nível
aceitável de segurança, independentemente da periodicidade acima referenciada.

4.2 CONTROLE E ESCALA DOS INSPCEA

4.2.1 Todos os eventos de uma inspeção deverão ser acompanhados pela ASOCEA,
seguindo a lista de verificação constante do anexo B.

4.2.2 A ASOCEA é a organização responsável pela elaboração da escala dos inspetores e


pela definição da equipe de inspeção, de acordo com os procedimentos e critérios
estabelecidos em normas setoriais, devendo manter um controle sobre a escala dos INSPCEA
de forma a equilibrar a participação de cada inspetor no cumprimento do plano anual de
inspeções.

4.2.3 O INSPCEA e sua organização devem envidar esforços para acatar o plano anual de
inspeções, devendo, cada INSPCEA, participar de, no mínimo, duas inspeções no período de
um ano.

4.2.4 Somente os INSPCEA com habilitações válidas poderão compor uma equipe de
inspeção.

4.2.5 Os INSPCEA não poderão compor equipe de inspeção designada para avaliar
organização da qual é efetivo. Os INSPCEA do efetivo das Organizações Regionais não
deverão ser escalados para inspeção nos PSNA sob sua jurisdição.

4.2.6 Todos os INSPCEA deverão manter seus dados atualizados junto à ASOCEA no
sistema informatizado de vigilância.

4.2.7 Toda equipe de inspeção será chefiada pelo INSPCEA mais antigo, preferencialmente
oficial superior.

4.2.8 O controle da escala do INSPCEA distinguirá aqueles que atuarem como membros de
uma equipe, daqueles que desempenharem as tarefas de chefe de equipe.

4.2.9 A definição da área a ser inspecionada pelo INSPCEA deverá estar em conformidade
com a sua formação profissional, especialização e capacitação por cursos ao longo da carreira.

4.2.10 A ASOCEA coordenará, com as respectivas organizações, a liberação dos INSPCEA


de seus efetivos para a formação da equipe de inspeção, preferencialmente, com uma
antecedência mínima de trinta dias em relação à data planejada para o início da fase de
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inspeção local.

4.2.11 Ao tomar conhecimento de sua cogitação para compor uma equipe de inspeção, o
INSPCEA deverá estar atento ao que dispõe os itens 2.2.7 e 2.2.8, comunicando, à ASOCEA,
o seu eventual impedimento para participar da inspeção de um determinado Provedor de
Serviços de Navegação Aérea.

4.2.12 A ASOCEA expedirá a comunicação de inspeção (Anexo C) para a organização a ser


inspecionada depois de definido o chefe de equipe de inspeção. O formulário da COMINSP
será enviado formalmente à organização inspecionada com antecedência mínima de 20 dias
da inspeção, conforme preconiza a ICA 121-13.

4.2.13 No caso de inspeção sistêmica, a comunicação de inspeção será acompanhada pelo


planejamento da inspeção, que deverá ser cumprido pela organização inspecionada, com base
no modelo constante do Anexo D.

4.2.14 Depois de confirmados os membros da equipe de inspeção, somente poderá ocorrer


mudança na composição da equipe em casos excepcionais e por solicitação formal do
Comandante/Chefe/Diretor da Organização do INSPCEA à ASOCEA.

4.2.15 No caso de ausência de algum INSPCEA durante a fase da inspeção local, o chefe de
equipe deverá substituí-lo se a sua formação profissional, especialização ou capacitação por
cursos ao longo da carreira for a mesma da área do protocolo. Nos demais casos, ficará a
critério da ASOCEA, por intermédio da Divisão de Inspeções, a substituição ou não do
INSPCEA pelo chefe de equipe ou por membro da equipe que esteja capacitado para tal.

4.2.16 Se durante a fase de inspeção local, o chefe de equipe ficar ausente, o INSPCEA mais
antigo hierarquicamente acumulará a função de chefe de equipe.
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5 PROCEDIMENTOS DA INSPEÇÃO REGULAR


5.1 RESPONSABILIDADES DA ASOCEA

5.1.1 A partir do momento em que ocorrer a formalização da equipe de inspeção, a


ASOCEA deverá encaminhar a todos os INSPCEA as informações relacionadas com a
inspeção anterior no PSNA, que se constituem em:
a) relatório da última inspeção realizada;
b) plano de ações corretivas do PSNA com as informações atualizadas
disponibilizadas pelo provedor à ASOCEA; e
c) Ficha de Ações Corretivas Pendentes - FACP.
5.2 ATIVIDADES DA FASE DE PRÉ-INSPEÇÃO
5.2.1 Nesta fase, o chefe de equipe deve estabelecer estreito contato com a organização a ser
inspecionada e com os membros da equipe de inspeção, certificando-se de que toda a sua
equipe recebeu as informações sobre a inspeção anterior, em tempo hábil para a realização da
preparação à fase de inspeção local.
5.2.2 Em atendimento ao princípio da eficiência, o INSPCEA deverá, na fase de pré-
inspeção, coletar todas as informações pertinentes ao provedor a ser avaliado. Desta forma, o
inspetor deverá levar em consideração que podem existir informações importantes e
pertinentes a sua área de atuação nos registros das inspeções anteriores.
5.2.3 Para orientar o cumprimento das ações preparatórias para a fase de inspeção local, é
recomendável que o chefe de equipe e os demais inspetores utilizem as Listas de Verificação
constantes dos Anexos E e F, respectivamente.
5.2.4 Uma reunião de coordenação inicial deverá sempre ser realizada com a presença de
todos os membros da equipe, antes do início da fase de inspeção local.
5.2.5 O chefe de equipe deverá coordenar com todos os membros da equipe o local, a hora e
a duração dessa reunião.
5.2.6 A duração da reunião de coordenação inicial deve ser adequada à preparação e ao
planejamento das atividades da fase de inspeção local a cargo de toda a equipe.
5.2.7 Na reunião de coordenação inicial, o chefe de equipe deverá preconizar a padronização
das ações de sua equipe no tocante a verificação da implementação do PAC com a finalidade
de assegurar uniformidade nos procedimentos de análise e clareza no registro da situação do
PAC da organização inspecionada.
5.2.8 O chefe de equipe deverá abordar, no mínimo, os seguintes tópicos, durante a reunião
de coordenação inicial:
a) princípios do processo de inspeção;
b) responsabilidades dos inspetores;
c) meios de contato com os inspetores durante a inspeção;
d) substituto eventual do chefe de equipe, em caso de impedimentos;
e) processo de definição e aplicação do Impacto na Segurança (IS);
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f) planejamento da fase de inspeção local, contendo:


- horário das entrevistas;
- reuniões diárias da equipe;
- prazo limite para a apresentação de evidências por parte da organização
inspecionada;
- prazos para a preparação e para a conclusão, pelos INSPCEA, das fichas
de não conformidades, das fichas de críticas da inspeção, dos relatos de
possível infração e dos protocolos de inspeção;
- data, hora e local da reunião de coordenação final; e
- data, hora e local da reunião de encerramento da inspeção.
g) compartilhamento e discussão sobre dados ou informações disponíveis a
respeito da organização inspecionada, as evidências concernentes à
inspeção, aos relatórios das inspeções anteriores e ao plano de ações
corretivas em andamento, se aplicável.
5.2.9 Preferencialmente, a reunião de coordenação inicial deverá ser realizada em local que
permita à equipe discutir os assuntos relativos à inspeção, sem a possibilidade de
comprometimento do sigilo dos assuntos tratados.
5.2.10 Os inspetores deverão, antes do início das atividades de entrevistas da fase de inspeção
local, revisar todos os requisitos regulamentares referenciados nas perguntas do protocolo de
sua área de atuação e familiarizar-se com todos os documentos e informações disponíveis. Os
seguintes documentos e informações são fundamentais para um adequado processo de
avaliação durante a realização de uma inspeção e, portanto, devem ser utilizados pela equipe
de inspetores para a preparação da fase de inspeção local, caso estejam previamente
disponíveis:
a) os protocolos de inspeção preenchidos pela organização a ser inspecionada,
conforme estabelece o item 3.7.2 da ICA 121-13;
b) os manuais e normas internas da organização a ser inspecionada que
apresentam os procedimentos implementados, considerados como
evidências e referências para as respostas às perguntas dos protocolos; e
c) o relatório de inspeção, os protocolos de inspeção e o plano de ações
corretivas da inspeção anterior.
5.2.11 O chefe da equipe deverá solicitar que os documentos citados nas alíneas “a” e “b” do
parágrafo anterior sejam preenchidos e inseridos no sistema informatizado de vigilância pela
organização a ser inspecionada, caso ela não o tenha feito ainda anteriormente,
preferencialmente, logo após o envio dos dados da inspeção, visando possibilitar uma
adequada preparação e planejamento, por cada inspetor, das entrevistas e atividades da fase de
inspeção local de sua área de atuação. Do mesmo modo, os inspetores devem acessar o
sistema informatizado de vigilância para conhecimento dos documentos citados na alínea “c’
do parágrafo anterior.
5.2.12 Uma vez que ocorrem alterações na redação de algumas perguntas dos protocolos e
em sua numeração, quando da edição de novas versões, as páginas da ASOCEA na
INTRAER (www.asocea.intraer) e na INTERNET (www.asocea.aer.mil.br) apresentam uma
correlação entre as perguntas das diferentes versões, para apoiar esta tarefa do INSPCEA.
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Exemplo:
Um PSNA, que presta serviço MET, foi inspecionado em 2017 e será
novamente inspecionado em 2020, devendo o INSPCEA MET adotar o
seguinte procedimento na fase de pré-inspeção:
- o INSPCEA identificou que, na inspeção anterior a esse PSNA, foi expedida
a Ficha de Não Conformidade MET 001;
- no relatório de inspeção está registrado que foi utilizada a versão 10 do
protocolo MET;
- a MET 001 tem associada como não satisfatória a resposta à pergunta do
protocolo MET 7.103;
- na nova inspeção, o INSPCEA utilizará a versão 11 do protocolo MET;
- verificando na página da ASOCEA na INTRAER/INTERNET, a “Correlação
entre as versões dos protocolos”, o INSPCEA identificará que a pergunta
7.103 da versão 9 do protocolo MET, corresponde à pergunta 7.089 da versão
11 do protocolo atual; e
- o INSPCEA registrará no protocolo, no campo “Resposta/ Comentários”, na
linha correspondente à pergunta 7.089, a observação “Resposta não
satisfatória na inspeção de 2017, gerando a Não Conformidade MET
001(7.103)”.
5.2.13 Se para a pergunta do protocolo que originou a não conformidade não existir
correlação com outra pergunta na nova versão, anotá-la, relatar ao chefe de equipe, para que
seja registrado no relatório de inspeção. Neste caso, o INSPCEA não avaliará a ação corretiva
correspondente, pois caberá a ASOCEA validar a referida não conformidade, de acordo com
dispositivo normativo interno.
5.2.14 O INSPCEA deverá verificar, no relatório da inspeção anterior, se houve alguma
questão de seu protocolo identificada como não satisfatória, porém sanada durante a fase de
inspeção local. Caso isto tenha ocorrido, deverá constar se a não conformidade voltou a
ocorrer.
a) é esperado, então, que o INSPCEA, na fase de pré-inspeção, adote os
seguintes procedimentos ao preparar seu protocolo e registrar as perguntas
consideradas não satisfatórias na inspeção anterior, com base no relatório de
inspeção e nas tabelas de correlações constantes da página da ASOCEA, na
INTRAER e INTERNET;
b) anotar as não conformidades cujas perguntas do protocolo aplicado à época
não possuem correlação com a versão do protocolo vigente, para informação
posterior ao chefe de equipe;
c) verificar o estágio de implementação de cada ação corretiva, conforme as
informações atualizadas disponibilizadas pelo provedor à ASOCEA; e
d) anotar, em seu protocolo, eventuais perguntas com respostas não
satisfatórias que foram identificadas e sanadas durante o transcorrer da fase
de inspeção local, na última inspeção, conforme registrado no relatório da
inspeção anterior.
5.2.15 Considerando o item 3.7 da ICA 121-13, as organizações inspecionadas deverão se
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preparar para a fase de inspeção local, utilizando os protocolos de inspeção de cada área de
atuação a ser inspecionada. Tais protocolos estão disponíveis nas páginas da ASOCEA na
INTRAER (www.asocea.intraer), na INTERNET (www.asocea.aer.mil.br) e no sistema
informatizado de vigilância.
5.2.16 Essa preparação deverá ser feita por meio da resposta a cada pergunta dos protocolos
aplicáveis à Organização, através do preenchimento da coluna “Resposta/Comentários”, onde
devem ser inseridas as referências a todos os documentos que serão apresentados como
evidências de conformidade aos requisitos regulamentares no sistema informatizado de
vigilância, num prazo máximo de 07 dias corridos antes da data de início da fase de inspeção
local, conforme preconiza a ICA 121-13.
5.2.17 A organização deverá inserir, no sistema informatizado de vigilância, as evidências
das respectivas respostas das perguntas do protocolo e, ainda, separar os documentos (cópias
físicas ou eletrônicas), que foram referenciados nos protocolos, para serem apresentados aos
inspetores na fase de inspeção local.

5.2.18 As dúvidas quando à preparação para as Inspeções podem ser dirimidas com a
ASOCEA, com o Elo SOCEA alocado na organização regional de sua jurisdição ou com o
chefe de equipe da inspeção.

5.3 ATIVIDADES DA FASE DE INSPEÇÃO LOCAL

5.3.1 O chefe de equipe deve realizar a reunião de abertura da inspeção com a presença
do(a) responsável pela organização inspecionada e todas as contrapartes que estarão
envolvidas e demais profissionais de interesse do PSNA, antes de iniciar as atividades da fase
de inspeção local. Tal reunião deve abranger, no mínimo, os seguintes assuntos:
a) revisão dos objetivos, abrangência, características e princípios do processo
de inspeção, de acordo com a ICA 121-13 e este Manual;
b) revisão das atribuições da organização inspecionada de acordo com o item
3.7 da ICA 121-13;
c) definição e aplicação do Impacto na Segurança (IS), conforme definido
neste Manual;
d) apresentação e aceitação, por parte da organização inspecionada, do
planejamento das atividades da fase de inspeção local;
e) apresentação dos protocolos e do modelo de ficha de não conformidade;
f) apresentação dos membros da equipe e respectivas áreas de atuação;
g) apresentação das contrapartes designadas pela organização inspecionada
para cada área de atuação;
h) data limite para a apresentação de evidências, ainda na fase de inspeção
local; e
i) data, hora e local da reunião de encerramento.

5.3.2 O chefe de equipe deve se certificar do efetivo cumprimento do planejamento das


atividades da fase de inspeção local, coordenando as tarefas e resultados de cada membro da
equipe de inspeção.

5.3.3 Quando a organização inspecionada estiver impossibilitada de disponibilizar uma


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contraparte para cada área, o chefe de equipe deverá coordenar o planejamento das atividades
de cada área de atuação levando em consideração que o princípio da oportunidade impede que
entrevistas sejam realizadas sem a presença da contraparte designada pela organização.

5.3.4 Cada membro da equipe de inspeção é responsável pelo preenchimento adequado e


completo do seu protocolo de inspeção, pela ficha de críticas e pela confecção de suas
respectivas fichas de não conformidades, numerando-as sequencialmente e, quando se tratar
de inspeção regular, por obter as assinaturas das contrapartes responsáveis pelos setores
avaliados da organização inspecionada.

5.3.5 Caso haja indisponibilidade do sistema informatizado de vigilância durante o período


da fase de inspeção local, os dados deverão ser inseridos no sistema pelo chefe de equipe e
pelos INSPCEA dentro de um prazo de 15 dias, após a reunião de encerramento.

5.3.6 Nesse caso, as fichas de não conformidades deverão ser confeccionadas utilizando-se
um editor de texto e impressas para o colhimento das devidas assinaturas ainda durante o
período da fase de inspeção local.

5.3.7 De posse das informações disponibilizadas pelo sistema informatizado de vigilância


sobre as inspeções anteriormente realizadas na organização inspecionada, cabe ao INSPCEA
analisar o estágio de implementação de todas as ações corretivas constantes do PAC do
PSNA, de sua área de atuação, e verificar se realmente eliminaram as deficiências apontadas
na inspeção anterior. O INSPCEA deverá validar no sistema informatizado de vigilância,
conforme aplicável, as ações corretivas implementadas.

5.3.8 No caso específico de verificação da implementação do PAC, o INSPCEA poderá


identificar as seguintes situações:
a) a não conformidade foi eliminada;
b) a não conformidade permanece com prazo de correção expirado;
c) a não conformidade originou uma notificação de infração pela ASOCEA e a
sua solução do processo está a cargo do DECEA; ou
d) a não conformidade permanece, porém o prazo para a correção ainda não foi
expirado.

5.3.9 Se a não conformidade foi eliminada, o INSPCEA deverá relatar isso no campo
“Resposta/Comentários” do protocolo referente à pergunta que gerou a não conformidade, e
acrescentar as evidências que o levaram a concluir pela sua eliminação.

5.3.10 Se permanecer a não conformidade com prazo para a correção expirado, o INSPCEA
deverá relatar isso no campo “Resposta/Comentários” do protocolo referente à pergunta que
gerou a não conformidade, e justificar as razões que o levaram a concluir pela sua
permanência, nesse caso, o INSPCEA deverá confeccionar o relato de possível infração, de
acordo com as instruções contidas no Capítulo 11, deste Manual.

5.3.11 Se a não conformidade originou uma notificação de infração pela ASOCEA, o


INSPCEA deverá verificar o estado de implementação das medidas corretivas que estão sendo
efetivadas e relatar no campo “Resposta/Comentários” do protocolo referente à pergunta que
originou a notificação de infração a observação “Resposta não satisfatória na inspeção
anterior (identificar a inspeção anterior), gerando a Não Conformidade XXX-XX (pergunta
nº/versão XX), que originou uma notificação de infração”. Em seguida registrar as evidências
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que levaram a eliminação ou a permanência da não conformidade. Caso a não conformidade


permaneça, deverá informar ao chefe da equipe, para constar do relatório e confeccionar um
relato de possível infração, conforme Capítulo 11 deste Manual.

5.3.12 A constatação, por parte do INSPCEA, de que uma dada não conformidade
identificada na inspeção anterior permanece ativa, dentro do prazo de validade ou expirada,
não gera uma nova Ficha de Não Conformidade.

5.3.13 No relatório de inspeção e na reunião de encerramento deverão ser informadas as não


conformidades que foram identificadas pela equipe e eliminadas durante a fase de inspeção
local.

5.3.14 Concluídos os levantamentos da fase de inspeção local, o chefe de equipe realizará a


reunião de coordenação final, com a presença de todos os membros da equipe, de modo a
consolidar as fichas de não conformidades a serem entregues à organização inspecionada por
ocasião da reunião de encerramento.

5.3.15 A reunião de coordenação final visa garantir uma harmonização dos julgamentos e dos
resultados entre as diversas áreas de atuação, devendo conter, no mínimo, os seguintes
tópicos:
a) discussão das não conformidades identificadas;
b) discussão e definição do Impacto na Segurança (IS) para cada ficha de não
conformidade;
c) discussão e definição de relatos de possíveis infrações;
d) conclusão do preenchimento dos protocolos de inspeção, das fichas de não
conformidade, das fichas de críticas e dos relatos de possíveis infrações; e
e) estágio do cumprimento das ações corretivas das inspeções anteriores, se
aplicável.

5.3.16 Caso permaneça uma condição inaceitável de Impacto na Segurança (IS = 1), o chefe
de equipe deverá proceder de acordo com as instruções contidas no Capítulo 10, deste
Manual.

5.3.17 A coleta das assinaturas das contrapartes dos setores avaliados das organizações
inspecionadas deverá ser realizada após a reunião de coordenação final da equipe de inspeção,
quando deverão ser definidos os Impactos na Segurança (IS) de cada não conformidade.

5.3.18 A reunião de encerramento da inspeção, a ser conduzida pelo chefe de equipe, deverá
conter, no mínimo, o seguinte conteúdo:
a) entrega das fichas de não conformidades;
b) informação sobre os relatos de possível infração, se houver;
c) esclarecimentos sobre como elaborar o plano de ações corretivas; e
d) orientação sobre as próximas etapas do processo de inspeção e seus prazos.

5.4 ATIVIDADES DA FASE DE PÓS-INSPEÇÃO

5.4.1 O chefe de equipe deverá preparar o relatório da inspeção utilizando o sistema


informatizado de vigilância, imprimindo-o para assinatura e envio à ASOCEA em até 15 dias
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corridos após a reunião de encerramento da inspeção, juntamente com as fichas de não


conformidades assinadas pelas contrapartes e inspetores de cada área de atuação e os relatos
de possíveis infrações da organização inspecionada, quando houver.

5.4.2 O chefe de equipe deverá fazer constar as informações a respeito do PAC do PSNA,
na parte III (fichas de não conformidades) do relatório de inspeção. A menção da situação de
cada não conformidade deverá estar acompanhada das perguntas do protocolo vigente,
relacionadas a não conformidade em análise, bem como das perguntas do protocolo da versão
da inspeção anterior, conforme o exemplo abaixo.

Exemplo:

- Uma inspeção no DTCEA XY foi realizada na versão 9 dos protocolos e a inspeção


atual na versão 11. Na inspeção anterior, foram detectadas seis não conformidades a
saber: MET 001, MET 002, AIS 001, AIS 002, AIS 003 e ATS 001.

- Verificando na página da ASOCEA na INTRAER/INTERNET, a “Correlação entre


as versões dos protocolos”, o INSPCEA identificará que as perguntas da versão 9 dos
protocolos MET, AIS e ATS, que originaram as não conformidades correspondem às
seguintes perguntas da versão 11 dos protocolos atuais:

Versão 9 Versão 11
MET 001 7.103 7.089
MET 002 7.007 7.007
AIS 001 1.131 ------
AIS 002 1.028 1.027
AIS 003 1.139 1.139
ATS 001 2.035 2.007

- Os INSPCEA validaram a eliminação das não conformidades MET 001, AIS 002 e
ATS 001. No entanto, permanecem deficientes as não conformidades MET 002 e AIS
003, e a não conformidade AIS 001 não foi avaliada, por não existir correlação da
pergunta AIS 1.131 com pergunta da versão em uso do protocolo.

- O chefe de equipe, ao receber essas informações relatará os fatos no relatório,


conforme abaixo indicado:

“Foram validadas a eliminação das não conformidades referentes às FAC MET 001
(7.103/7.089), AIS 002(1.028/1.027) e ATS 001 (2.035/2.007).

“Permanecem as seguintes não conformidades, conforme abaixo discriminado:

- MET 002 (7.007/7.007): A existência de técnico do CMA sem o Curso de


Meteorologia Aeronáutica, do ICEA, detectada na inspeção de 2017, ainda não
foi sanada pelo provedor.

- AIS 003 (1.139/1.139): A Sala AIS permanece com o mesmo quantitativo de


especialistas AIS verificado na inspeção de 2017 e inferior ao previsto na
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legislação pertinente.”

“A não conformidade referente à FAC AIS 001 não foi avaliada, visto não existir
correlação para a pergunta AIS 1.131 da versão 9 do protocolo AIS com a versão
vigente nesta inspeção.”

5.4.3 De posse das fichas de não conformidades, a organização inspecionada elaborará seu
plano de ações corretivas e deverá proceder de acordo com o Capítulo 13.
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6 PROCEDIMENTOS DA INSPEÇÃO SISTÊMICA

6.1 ATIVIDADES DA FASE DE PRÉ-INSPEÇÃO

6.1.1 O chefe de equipe da inspeção sistêmica deve estabelecer estreito contato com a
organização inspecionada, de modo a orientá-la sobre o processo de inspeção.

6.1.2 A designação de técnicos para a realização dos levantamentos com base nos
protocolos de inspeção aplicáveis é responsabilidade da organização inspecionada. Os nomes
dos técnicos designados devem ser informados ao chefe de equipe.

6.1.3 Eventuais dúvidas da organização inspecionada sobre a interpretação das questões dos
protocolos de inspeção deverão ser sanadas com o chefe da equipe antes do período
estabelecido para os levantamentos no local.

6.2 ATIVIDADES DA FASE DE INSPEÇÃO LOCAL

6.2.1 Os técnicos designados pela organização inspecionada para o preenchimento dos


protocolos de inspeção deverão responder todas as perguntas e encaminhá-los, devidamente
assinados, para o chefe de equipe, dentro do prazo estabelecido.

6.2.2 Os protocolos de inspeção devem ser preenchidos com relatos claros e pertinentes,
incluídas as referências a documentos e evidências aplicáveis, especialmente, nas perguntas
com repostas não satisfatórias, para subsidiar a elaboração das fichas de não conformidades.

6.2.3 A omissão de informações relevantes ou a prestação de informações incorretas ou


inexatas ensejam a responsabilização do titular da organização inspecionada.

6.2.4 De posse dos protocolos preenchidos, o INSPCEA confeccionará as fichas de não


conformidades através do sistema informatizado de vigilância, imprimindo-o em duas vias
originais, encaminhando uma destas à organização inspecionada, para a elaboração do plano
de ações corretivas.

6.2.5 As fichas de não conformidades da inspeção sistêmica são assinadas, apenas, pelo
INSPCEA.

6.2.6 Independentemente da resposta provida pela organização inspecionada, compete ao


INSPCEA decidir se a situação constitui ou não uma não conformidade. Assim, apesar de a
organização inspecionada registrar no protocolo de inspeção que atende a uma determinada
pergunta do protocolo, o INSPCEA poderá considerar a resposta não satisfatória, elaborando
a correspondente ficha de não conformidade.

6.2.7 Apesar do disposto em 6.2.2, a organização inspecionada, ao identificar a existência de


resposta não satisfatória aos protocolos de inspeção, deverá adotar as medidas pertinentes para
a identificação e implementação de ações corretivas.

6.2.8 No caso de ser detectada uma condição de impacto na segurança inaceitável (IS = 1), o
chefe de equipe deverá proceder como indicado no Capítulo 10.
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6.2.9 O chefe de equipe deverá preparar o relatório da inspeção, utilizando o sistema


informatizado de vigilância, imprimindo-o para assinatura e envio à ASOCEA em até 15 dias
corridos, a contar da data em que receber os protocolos de inspeção, devidamente preenchidos
pela organização inspecionada, com as fichas de não conformidades em anexo, se houver.

6.3 ATIVIDADES DA FASE DE PÓS-INSPEÇÃO

6.3.1 A organização inspecionada elaborará seu plano de ações corretivas, utilizando o


sistema informatizado de vigilância, observando o prazo estabelecido no planejamento da
inspeção.

6.3.2 A ASOCEA avaliará o plano de ações corretivas, elaborado pela organização


inspecionada, com vistas a:
a) confirmar se todas as não conformidades estão contempladas pelas ações
corretivas planejadas pela organização inspecionada;
b) verificar se, para cada não conformidade, foram definidas ações corretivas
ou medidas mitigadoras, quando aplicável, que deverão estar concluídas
dentro do prazo estabelecido por este Manual, em função do Impacto na
Segurança (IS); e
c) verificar se o cronograma com o detalhamento das fases das ações
corretivas, foi estabelecido.

6.3.3 Em observância ao princípio da razoabilidade, a definição e aplicação das ações


corretivas e sua eficácia na eliminação da não conformidade apontada pela equipe de inspeção
é responsabilidade da organização inspecionada. Por esta razão, compete à ASOCEA
confirmar se o plano apresentado contempla os aspectos listados no item anterior.

6.3.4 Na hipótese de o plano de ações corretivas não atender ao disposto no item 6.3.2, a
organização inspecionada será informada visando à adequação do PAC.

6.3.5 Ao encaminhar o seu plano de ações corretivas, a organização inspecionada poderá


solicitar ao Chefe da ASOCEA a revisão dos prazos estabelecidos pela equipe de inspeção
para a correção das não conformidades, conforme definido neste Manual, para cada IS
identificado. No entanto, não serão consideradas as solicitações que não sejam acompanhadas
de justificativas fundamentadas que amparem tal solicitação.

6.3.6 No caso relatado em 6.3.5, a ficha de ação corretiva objeto do pleito de prorrogação de
prazo, permanecerá compondo o plano de ações corretivas.

6.3.7 A solicitação da revisão de prazos não suspende a obrigação de a organização


inspecionada cumprir os prazos informados nas fichas de não conformidades.

6.3.8 Os novos prazos eventualmente concedidos somente passarão a vigorar a partir da


expedição de manifestação formal favorável ao pleito, por parte da ASOCEA.
MCA 121-5/2021 43/115

7 PROCEDIMENTOS DA INSPEÇÃO DE SEGUIMENTO

7.1 ATIVIDADES DA FASE DE PRÉ-INSPEÇÃO

7.1.1 A inspeção de seguimento, diferente da inspeção regular, tem uma abrangência


limitada à verificação da implementação, no todo ou em parte, do plano de ações corretivas da
organização inspecionada, decorrente de inspeção anterior.

7.1.2 Assim, exceto pela abrangência da inspeção, as atividades da fase de pré- inspeção são
as mesmas de uma inspeção regular.

7.2 ATIVIDADES DA FASE DE INSPEÇÃO LOCAL

7.2.1 De posse das informações a respeito das Inspeções anteriores realizadas na


organização inspecionada, cada INSPCEA deverá verificar o estágio do cumprimento das
ações corretivas da área sob sua responsabilidade.

7.2.2 Os INSPCEA deverão verificar se a implementação das ações corretivas eliminou ou


não as não conformidades.

7.2.3 Para as ações corretivas que ainda não estão com seus prazos vencidos, os INSPCEA
deverão verificar e registrar no protocolo se as medidas mitigadoras, se houver, surtiram os
efeitos desejados e se há indícios de que as ações corretivas serão concluídas no prazo
estabelecido.

7.2.4 Os INSPCEA deverão verificar as ações corretivas que estão com os seus prazos
vencidos e que não eliminaram as não conformidades. Nesses casos, os INSPCEA deverão
verificar se as medidas mitigadoras, se houver, surtiram os efeitos desejados.

7.2.5 As não conformidades ainda não eliminadas e com os prazos das ações corretivas
vencidos ensejarão de relato de possível infração à organização inspecionada, por parte do
INSPCEA, conforme Capítulo 11 deste Manual.

7.2.6 Cada INSPCEA, em sua área de atuação, deverá validar, no sistema informatizado de
vigilância, as ações corretivas que efetivamente eliminaram as não conformidades. Transmitir
ao chefe de equipe as informações sobre as ações corretivas em andamento, e preencher o
protocolo referente a sua área da inspeção.

7.2.7 Concluídos os levantamentos da fase de inspeção local, o chefe de equipe realizará a


reunião de coordenação final, de modo a debater, com a equipe, os resultados obtidos pelos
INSPCEA e para consolidar as informações a serem prestadas à organização inspecionada por
ocasião da reunião de encerramento, bem como as informações que foram registradas nos
protocolos e no relatório de inspeção.

7.2.8 A reunião de coordenação final deverá conter, no mínimo, os seguintes tópicos:

a) consolidação do estágio de implementação das ações corretivas;


b) conclusão do preenchimento da situação de validação das ações corretivas
no sistema informatizado de vigilância; e
44/115 MCA 121-5/2021

c) consolidação das orientações a serem transmitidas à organização


inspecionada sobre o seu plano de ações corretivas.

7.2.9 A reunião de encerramento da inspeção, a ser conduzida pelo chefe de equipe, deverá
conter, no mínimo, o seguinte conteúdo:

a) explanação sobre as observações da equipe de inspeção quanto ao estágio de


implementação do plano de ações corretivas; e
b) orientações da equipe de inspeção à organização inspecionada quanto a
eventuais ajustes no plano de ações corretivas.

7.3 ATIVIDADES DA FASE DE PÓS-INSPEÇÃO

7.3.1 O chefe da equipe de inspeção deverá preparar o relatório de inspeção, utilizando o


sistema informatizado de vigilância, imprimindo-o para assinatura e envio à ASOCEA em até
15 dias corridos após a reunião de encerramento da inspeção.

7.3.2 As não conformidades ainda não eliminadas, e com os prazos das ações corretivas
vencidos e para as quais foram emitidos relatos de possível infração resultarão, após análise,
na elaboração de notificações de infração à organização inspecionada, por parte do Chefe da
ASOCEA.

7.3.3 As justificativas ou as novas ações corretivas não aceitas pela ASOCEA, bem como as
notificações de infração não respondidas serão remetidas ao DECEA para a aplicação das
sanções que julgadas adequadas.
MCA 121-5/2021 45/115

8 PROTOCOLOS DE INSPEÇÃO

8.1 APLICAÇÃO DOS PROTOCOLOS DE INSPEÇÃO

8.1.1 Os protocolos de inspeção são “ferramentas” de apoio às tarefas do inspetor, que


direcionam a verificação do cumprimento das normas em vigor e proporcionam orientações
sobre as evidências a serem obtidas.

8.1.2 Não é esperado, na fase de inspeção local, que o INSPCEA realize questionamentos à
contraparte da organização inspecionada seguindo, exclusivamente, as perguntas do protocolo
de inspeção. Na busca por evidências, o INSPCEA deve realizar tantos questionamentos
quanto julgue necessários, até cobrir o objetivo pretendido pela pergunta que está sendo
aplicada.

8.1.3 Apesar da inspeção ser limitada em tempo, o INSPCEA deve cobrir todo o conteúdo do
protocolo de inspeção. Eventuais requisitos não abrangidos pelo protocolo deverão ser objeto
de observação na ficha de críticas do INSPCEA, como sugestões para futura inclusão.

8.1.4 O inspetor deve, em sua preparação na fase de pré-inspeção, familiarizar-se com os


requisitos regulamentares envolvidos em cada pergunta dos protocolos, antecipando as
respostas através das informações já disponíveis e dedicando maior tempo às perguntas onde
houver indícios de eventuais problemas ou preocupações.

8.2 PROTOCOLOS DE INSPEÇÃO VIGENTES

8.2.1 Os protocolos de inspeção devem estar permanentemente atualizados em relação à


normativa vigente, em virtude da necessidade das atuações do INSPCEA, na inspeção,
dependerem do correto enquadramento de cada disposição normativa.

8.2.2 Para conceder maior flexibilidade para atualizações, os protocolos de inspeção não
foram incluídos na ICA 121-13, nem no presente Manual, e serão disponibilizados pela
ASOCEA, com indicação da versão vigente e a data de sua entrada em vigor.

8.2.3 A ASOCEA disponibilizará os seguintes protocolos para aplicação pelos INSPCEA:


a) AGA - Aeródromos e Auxílios Terrestres;
b) AIS - Serviço de Informação Aeronáutica;
c) ATFM - Gerenciamento de Fluxo de Tráfego Aéreo;
d) ATS - Serviço de Tráfego Aéreo;
e) AVSEC - Segurança da Aviação Civil Contra Atos de Interferência Ilícita;
f) CNS - Comunicação, Navegação e Vigilância;
g) CTG - Cartografia Aeronáutica;
h) ENS - Ensino;
i) EPTA CAT “M” - Estação Provedora de Serviços de Telecomunicações e
de Tráfego Aéreo Categoria “M”;
j) MET - Meteorologia Aeronáutica;
46/115 MCA 121-5/2021

k) PANS-OPS - Procedimentos para os Serviços de Navegação Aérea –


Operações de Aeronaves;
l) SAR - Busca e Salvamento;
m) SAU - Saúde; e
n) SGSO - Sistema de Gerenciamento da Segurança Operacional.

8.2.4 O chefe de equipe deverá certificar-se de que os membros da equipe de inspeção


empreguem as versões mais atualizadas dos protocolos, registrando-as no relatório de
inspeção.

8.3 CONTEÚDO DO PROTOCOLO DE INSPEÇÃO

8.3.1 O protocolo de inspeção consiste em uma tabela com colunas que deve ser preenchido
através do sistema informatizado de vigilância, seguindo as orientações constantes do Anexo
K.

8.3.2 A primeira coluna indica o requisito regulamentar que ampara a pergunta constante na
segunda coluna.

8.3.3 Na segunda coluna consta a pergunta do protocolo que deverá ser respondida pela
organização inspecionada. Esta pergunta formulada ao inspecionado, serve, apenas, de guia ao
inspetor, na avaliação do Provedor de Serviços de Navegação Aérea. Com isso, ao discorrer
sobre o processo, durante as entrevistas da inspeção, o INSPCEA poderá acompanhar a
exposição do inspecionado com questionamentos que contemplem todo o escopo do
protocolo.

8.3.4 Na terceira coluna, deve ser registrada a resposta da organização inspecionada à


questão.

8.3.5 A quarta coluna apresenta exemplos de evidências que poderão ser pesquisadas pelo
inspetor em suporte à sua avaliação quanto ao cumprimento daquele requisito regulamentar,
por parte da organização inspecionada.

8.3.6 A quinta coluna reflete o posicionamento do inspetor em relação às evidências obtidas


frente à pergunta do protocolo, existindo o espaço, na sexta coluna, para anotações do
inspetor. No caso de um requisito ou pergunta não poder ser observada durante a fase de
inspeção local, o inspetor deverá informá-lo na sexta coluna do protocolo.

8.3.7 A sexta coluna é a mais importante para o processo de inspeção dos PSNA. Nela, o
inspetor responsável deve descrever ou indicar as evidências apresentadas pela organização
inspecionada que o levaram a chegar à conclusão indicada na quinta coluna. Esse
procedimento deve ser efetuado para qualquer estado de implementação que seja assinalado
na coluna cinco, isto é, satisfatório, não satisfatório ou não aplicável.
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8.3.8 A descrição das evidências na sexta coluna do protocolo de inspeção deve ser feita
com a maior riqueza de detalhes possíveis (por exemplo: registrar número do documento, data
do documento, responsáveis pelas assinaturas e etc.). Nesta coluna, deve constar a observação
de que foi confeccionado um relato de possível infração, se houver, conforme Capítulo 11
deste Manual.

8.4 EVIDÊNCIAS

8.4.1 O inspetor deve obter e registrar todas as evidências que embasem suas conclusões
com respeito a cada pergunta do Protocolo.

8.4.2 A evidência pode ser:


a) Física: constatação da existência de elementos concretos pelo inspetor, tais
como as dimensões reduzidas de uma Sala AIS, um equipamento inoperante
por problemas de manutenção, etc;
b) Documental: obtida através da verificação, pelo inspetor, dos documentos e
registros relacionados com as atividades do Provedor de Serviços de
Navegação Aérea; e
c) Analítica: refere-se à realização de ensaios ou à execução de procedimentos
por solicitação do inspetor para a verificação de sua conformidade.

8.4.3 Ao coletar a evidência, o inspetor deve se assegurar de sua pertinência e


fidedignidade.

8.4.4 A pertinência indica o grau de correlação da evidência com o aspecto em análise.


Desta forma, há que se verificar se a evidência identificada está diretamente associada à
pergunta ou se existem outros aspectos relacionados que podem ter uma maior ou menor
importância na existência do perigo ou na ocorrência da situação perigosa.

8.4.5 A fidedignidade está associada à autenticidade, à validade e à exatidão da evidência


coletada.
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9 FICHA DE NÃO CONFORMIDADE

9.1 IDENTIFICAÇÃO DA NÃO CONFORMIDADE

9.1.1 Os protocolos de inspeção apoiam o inspetor na identificação de não conformidades na


atuação do Provedor de Serviços de Navegação Aérea, em comparação com o disposto nas
normas nacionais.

9.1.2 Toda deficiência detectada deve ser registrada em ficha de não conformidade,
inclusive, nos casos em que sua eliminação dependa, no entendimento do inspecionado, do
apoio do DECEA ou órgão hierarquicamente superior ao inspecionado.

9.1.3 A ficha de não conformidade deve ser elaborada em duas vias originais. Uma das vias
será entregue à organização inspecionada, na reunião de encerramento da inspeção. A outra
via comporá o relatório de inspeção.

9.1.4 As orientações para a avaliação do Impacto na Segurança (IS) de cada não


conformidade encontram-se no Capítulo 10 deste Manual.

9.1.5 O Anexo I apresenta exemplo de ficha de não conformidade preenchida com um caso
fictício.

9.2 RECOMENDAÇÕES

9.2.1 A recomendação que deve constar de cada ficha de não conformidade é a providência
que deverá ser adotada pela organização inspecionada, com o objetivo de eliminar a não
conformidade relatada.

9.2.2 A recomendação não se constitui na ação corretiva que será identificada e


implementada pela organização inspecionada. Trata-se da descrição da providência que
deverá culminar com a adoção de uma ou mais ações encadeadas para a eliminação da
deficiência.

9.2.3 Com isso, em consonância com o princípio da razoabilidade, o inspetor deve redigir
uma recomendação que indique “o que” deverá ser feito, sendo providência de
responsabilidade exclusiva da organização inspecionada identificar “como” fazê-lo.

9.2.4 Exemplificando a situação descrita no item anterior:


a) não conformidade identificada pelo inspetor – O PSNA ABC não realiza a
manutenção periódica dos equipamentos NAV/COM sob sua
responsabilidade.
b) recomendação do inspetor – O PSNA ABC deverá realizar a manutenção
periódica dos equipamentos NAV/COM sob sua responsabilidade.

9.3 PEDIDO DE RECONSIDERAÇÃO DE NÃO CONFORMIDADE

9.3.1 As organizações inspecionadas poderão solicitar, formalmente ao Chefe da ASOCEA,


o cancelamento de uma não conformidade aplicada, apresentando as justificativas,
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fundamentadas nas legislações, que amparem sua solicitação, conforme modelo do anexo P.

9.3.2 A ASOCEA poderá cancelar uma não conformidade após a análise de um pedido de
reconsideração confeccionado pela organização inspecionada.
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10 AVALIAÇÃO DO RISCO E DO IMPACTO NA SEGURANÇA

10.1 INFORMAÇÕES GERAIS

10.1.1 A identificação das não conformidades durante uma inspeção por parte do INSPCEA é
o ponto de partida para o encaminhamento de ações que conduzam ao restabelecimento das
condições desejadas, buscando assegurar níveis aceitáveis de segurança. De forma a melhor
orientar tais ações, torna-se igualmente importante analisar e avaliar o quanto cada não
conformidade afeta a segurança, propiciando uma priorização dos planejamentos dos agentes
públicos e privados e definindo prazos máximos para a correção ou atenuação dos problemas.

10.1.2 A finalidade da avaliação do risco é auxiliar na tomada de decisão com base no


resultado da análise do risco, em qual risco necessita de tratamento e qual a prioridade para a
implementação da ação corretiva.

10.1.3 Com o objetivo de uniformizar a atuação do inspetor, a ASOCEA adotou um processo


para o estabelecimento do grau de impacto que uma deficiência gera na segurança.

10.1.4 O procedimento adotado consiste na identificação de duas variáveis: o Fator


Severidade (FS) e o Fator Probabilidade (FP). O produto desses fatores gera o Nível do Risco,
que é associado a um Impacto na Segurança (IS), para aplicação pelo INSPCEA.

10.1.5 A identificação de cada fator dependerá do conhecimento e da experiência do


INSPCEA, que proporá o correspondente IS, ao chefe da equipe de inspeção.

10.1.6 De acordo com o IS, é definida a prioridade a ser dada na eliminação ou mitigação da
não conformidade, assim como os prazos máximos admissíveis para tais ações.

10.1.7 Os prazos máximos admissíveis para a eliminação ou mitigação da não conformidade


deverão constar nas fichas de não conformidades.

10.1.8 O chefe de equipe deverá estar atento para que não sejam adotados valores que gerem
uma indicação de IS não adequada à situação existente, quer seja por subestimar ou por
superestimar os perigos avaliados. Para isso, deverá debater com os demais inspetores,
durante a reunião de coordenação final, a definição do impacto na segurança para cada ficha
de não conformidade.

10.2 FATOR SEVERIDADE

10.2.1 A constatação de uma não conformidade deve ser avaliada quanto às suas eventuais
consequências.

10.2.2 Assim, a severidade é caracterizada pelas consequências possíveis de uma situação de


perigo à segurança.

10.2.3 O perigo associado à não conformidade revela a existência de potencial para a


ocorrência de danos ou lesões, e a natureza dessas ocorrências qualifica o que vem a ser a
severidade desses danos ou lesões.

10.2.4 Desta forma, se, em uma dada situação extrema, os danos materiais são de grande
MCA 121-5/2021 51/115

vulto ou há perdas de vidas humanas, com a ocorrência do evento perigoso, a severidade é


classificada como catastrófica.

10.2.5 Por outro lado, quando não há danos materiais nem lesões às pessoas envolvidas, a
severidade é considerada insignificante.

10.2.6 Para obter o valor a ser atribuído ao fator severidade, a equipe de inspeção deverá
identificar o perigo associado à não conformidade e considerar que todas as demais defesas
existentes na prevenção do evento perigoso tenham sido ultrapassadas, para, assim, identificar
a severidade dos danos.

10.2.7 O FS, após discussão da equipe de inspetores, é obtido a partir da Tabela 1 a seguir:
FATOR SEVERIDADE
FS
Segurança operacional Atos ilícitos
CATASTRÓFICO lesões fatais e elevadíssimos interrupção severa dos serviços e
(A) prejuízos materiais. grande quantidade de mortos.
GRANDE lesões graves e elevados interrupção grande dos serviços
(B) prejuízos materiais. e feridos graves.
MODERADO lesões leves e médios prejuízos interrupção moderada dos
(C) materiais. serviços e feridos leves.
não há ocorrência de lesões, mas
PEQUENO interrupção pequena dos
há prejuízos materiais de
(D) serviços e sem feridos.
pequeno vulto.
INSIGNIFICANTE sem ocorrência de lesões ou sem
sem interrupção dos serviços.
(E) prejuízos materiais.
Tabela 1: Fator Severidade

10.3 FATOR PROBABILIDADE

10.3.1 A probabilidade é a mensuração, em termos qualitativos ou quantitativos, da


possibilidade de uma situação de perigo ocorrer.

10.3.2 A constatação de uma não conformidade deve ser avaliada quanto à possibilidade de
gerar as seguintes consequências, dentre outras:
a) acidente ou incidente;
b) propagação de um dado crítico ou essencial para a segurança;
c) contribuição para que o próximo passo do processo se torne o descrito na
letra “a” acima;
d) contribuição para que o próximo passo do processo se torne o descrito na
letra “b”;
e) falta de padronização de um registro; ou
f) existência de condições inadequadas (instalações e equipamentos) para o
trabalho.

10.3.3 Ao avaliar o perigo decorrente da não conformidade deve-se verificar se este pode
envolver ações na própria organização inspecionada e em outras organizações. O
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encadeamento de ações que antecedem a situação perigosa e que a sucedem deve ser
considerado na avaliação, de forma a se vislumbrar eventuais redundâncias que atenuem a
deficiência, ou a ausência delas, o que aumenta a possibilidade de ocorrência de um evento
perigoso e o correspondente valor do Fator Probabilidade.

10.3.4 Toda situação perigosa que gere informação ou dado diretamente para a tripulação da
aeronave deve ser criteriosamente estudada, existindo a possibilidade de tratar-se da última
barreira da segurança e, portanto, com grande probabilidade de ocorrência do evento perigoso.

10.3.5 O FP é obtido a partir da Tabela 2 a seguir:


FATOR PROBABILIDADE
FP
Segurança operacional Atos ilícitos
cenário muito plausível, com
MUITO ALTA
evento perigoso deverá ocorrer. evidência de capacidade,
(1)
intenção e planejamento.
grande possibilidade de ocorrer
cenário claramente plausível,
ALTA um evento perigoso, havendo
com evidências de início de
(2) registro que já ocorreu algumas
planejamento do ataque.
vezes.
é pouco provável que ocorra um
evento perigoso, dependendo de cenário plausível, mas sem
POSSÍVEL
uma sequência de erros ou nenhuma evidência de
(3)
coincidências. Situação similar já planejamento de ataque.
ocorreu.
muito baixa possibilidade de
ocorrer um evento perigoso,
BAIXA dependendo de uma incomum cenário pouco plausível com
(4) sequência de erros ou baixa possibilidade do ataque.
coincidências. Não há registro de
que tenha ocorrido.
REMOTA quase impossível ocorrer um cenário com remota
(5) evento perigoso. possibilidade de ataque.

Tabela 2: Fator Probabilidade


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10.4 IMPACTO NA SEGURANÇA

10.4.1 O IS é obtido a partir do produto dos Fatores, conforme indicado na Tabela 3:

PROBABILIDADE FATOR SEVERIDADE


X
SEVERIDADE CATASTRÓFICO GRANDE MODERADO PEQUENO INSIGNIFICANTE
(A) (B) (C) (D) (E)

MUITO 1A 1B 1C 1D 1E
FATOR PROBABILIDADE

ALTA (1)

ALTA 2A 2B 2C 2D 2E
(2)

POSSÍVEL 3A 3B 3C 3D 3E
(3)

BAIXA 4A 4B 4C 4D 4E
(4)

REMOTA 5A 5B 5C 5D 5E
(5)
Tabela 3: Matriz Probabilidade x Severidade - Nível do Risco

10.4.2 O impacto na segurança é estabelecido de modo a orientar a priorização dos


planejamentos da organização inspecionada e a definir os prazos máximos para as medidas
mitigadoras e ações corretivas das não conformidades, durante uma inspeção de segurança
operacional e de segurança da aviação civil contra atos de interferência ilícita, conforme
tabela 4 abaixo:

IMPACTO NA NÍVEL DO
PRIORIDADE DE INTERVENÇÃO
SEGURANÇA RISCO
Suspensão da atividade, se não for imediatamente
1 Inaceitável 1A, 1B e 2A adotada medida mitigadora. Sendo possível, sua
correção deve ser imediata.
1C, 2B, 2C, 3A Correção em, no máximo, 2 meses, porém deve ser
2 Alto
e 3B adotada medida mitigadora em, no máximo, 48 horas.

1D, 2D, 3C, 3D, Correção em, no máximo, 4 meses e adoção de medida
3 Médio
4A, 4B, 4C mitigadora em, no máximo, 5 dias.

1E, 2E, 3E, 4D, Correção em, no máximo, 6 meses e adoção de medida
4 Baixo
5A, 5B e 5C mitigadora em, no máximo, 10 dias.

Correção em, no máximo, 1 ano. Não necessita medida


5 Aceitável 4E, 5D e 5E
mitigadora.

Tabela 4: Impacto na Segurança


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10.4.3 Em cumprimento ao princípio da razoabilidade, o INSPCEA não poderá estabelecer


prazos mais restritivos do que os previstos na Tabela 4. Porém, a organização inspecionada,
ao elaborar sua ficha de ação corretiva, poderá planejar a eliminação e a mitigação das
deficiências em prazos menores do que os estipulados.

10.4.4 Se for detectado um impacto na segurança igual a 1 (IS = 1), o chefe de equipe
deverá comunicar o fato imediatamente ao Chefe da Divisão de Inspeção da ASOCEA,
relatando, detalhadamente, o problema encontrado e a falta de evidências que levaram a
equipe a essa conclusão.

10.4.5 O Chefe da DINSP, de posse de tal relato detalhado, comunicará o fato ao Chefe da
ASOCEA e ao Elo SOCEA do Regional jurisdicionado para que possam ser adotadas as
necessárias providências, dentre as quais, uma possível suspensão das atividades de prestação
daquele serviço.

10.4.6 O Chefe da ASOCEA deverá comunicar imediatamente ao Chefe/Comandante do


Regional jurisdicionado. Esta comunicação tem por objetivo equacionar alternativas para
superar os efeitos que a suspensão da prestação dos serviços possa representar para as
atividades aeronáuticas.

10.4.7 Caso a condição observada não tenha sido mitigada até momento da reunião de
encerramento da inspeção, o chefe de equipe deverá orientar o INSPCEA da área que
preencha o relato de possível infração, conforme previsto no Capítulo 11 deste Manual.

10.4.8 Permanecendo a situação de IS igual à 1 (condição inaceitável) até o momento da


reunião de encerramento da inspeção, o Chefe da ASOCEA deverá oficializar ao
Chefe/Comandante do Regional, ao qual o PSNA encontra-se jurisdicionado, a sugestão de
suspensão dos serviços prestados pelo PSNA e informar o caso ao Chefe do Subdepartamento
pertinente do DECEA. Cabe ressaltar, que o Chefe da ASOCEA não precisa aguardar esse
prazo para sugerir a suspensão do serviço prestado pelo PSNA.

10.4.9 As medidas mitigadoras de não conformidades classificadas com IS 2, 3 ou 4


deverão ser identificadas e implementadas pela organização inspecionada em um prazo
máximo de 48 horas, 5 dias ou 10 dias, respectivamente, a partir da comunicação da equipe de
inspeção na reunião de encerramento da inspeção, independentemente das providências de
elaboração do plano de ações corretivas.

10.4.10 As correções das não conformidades classificadas com IS 2, 3, 4 e 5 deverão ser


implementadas pela organização inspecionada em um prazo máximo de 2 meses, 4 meses, 6
meses e 1 ano, respectivamente.
10.4.11 Conforme estabelece a ICA 121-13, em seu item 4.12.9, as medidas corretivas e
mitigadoras devem ser identificadas e implementadas pela organização inspecionada, que é a
responsável pela eficácia dessas ações.

10.4.12 A medida mitigadora a ser identificada e implementada pela organização


inspecionada consiste na ação ou conjunto de ações que proporcione a atenuação de um ou
ambos os fatores. Compete à organização inspecionada certificar-se da eficácia da medida
mitigadora, com substancial redução de, ao menos, um dos referidos fatores que conduza,
preferencialmente, ao IS “Aceitável”, conforme definido na Tabela 4.
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10.4.13 O não cumprimento dos prazos definidos nas fichas de não conformidades enseja a
emissão de notificação de infração à organização inspecionada pela ASOCEA, conforme
modelo do Anexo Q.

10.4.14 O descumprimento do prazo que trata o item 10.4.13 será apurado pela ASOCEA,
durante o monitoramento da execução do plano de ações corretivas (PAC), quanto à
implementação das ações corretivas.

10.4.15 O Anexo M apresenta alguns exemplos de avaliação do IS.


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11 RELATO DE POSSÍVEL INFRAÇÃO

11.1 O relato de possível infração é o documento pelo qual o INSPCEA informa à


ASOCEA que, durante uma inspeção de segurança operacional ou de segurança da aviação
civil contra atos de interferência ilícita, observou que a organização inspecionada cometeu
uma possível infração à norma estabelecida pelo órgão central e regulador do SISCEAB.

11.2 O objetivo da inspeção é identificar as não conformidades com vistas ao


restabelecimento das condições desejadas. Não é objetivo da inspeção apurar
responsabilidades sobre a ocorrência de não conformidades.

11.3 No entanto, diante de uma possível infração à legislação ou à regulamentação


nacional, cabe ao inspetor dar andamento aos procedimentos para que seja realizada a devida
apuração pelos setores competentes. Neste contexto, o relato do INSPCEA sobre uma
possível infração da organização inspecionada não representa uma sanção ao Provedor de
Serviços de Navegação Aérea.

11.4 O INSPCEA deve relatar à ASOCEA as seguintes situações, dentre outras:


a) inobservância deliberada de requisito legal ou normativo, constatada por
meio de resposta negativa a uma pergunta do Protocolo para a qual a
organização inspecionada não adotou medida mitigadora ou alternativa que
atenda aos objetivos da respectiva disposição normativa;
b) ausência de providências para a solução, nos prazos estabelecidos, de não
conformidades previamente identificadas pela ASOCEA; e
c) prestação de serviço deficiente com inaceitável Impacto na Segurança
(IS=1), conforme procedimento de avaliação descrito no Capítulo 10, item
10.4.7, deste Manual.

11.5 O relato de possível infração deverá seguir o modelo do Anexo H, sendo requerida a
assinatura do INSPCEA no campo relativo ao “Relator”.

11.6 O INSPCEA deverá preencher e assinar o seu relato de possível infração, entregando-
o ao chefe de equipe até a reunião de coordenação final e deverá fazer isto constar no
protocolo de inspeção (campo Resposta/Comentários), na pergunta correspondente: “Foi
confeccionado um relato de possível infração devido a não conformidade da última inspeção
permanecer”.

11.7 Em caso de IS=1 ocorrer durante a inspeção, o INSPCEA deverá reportar esta situação
no protocolo de inspeção, conforme exemplo a seguir: “Foi identificada a não conformidade
referente à questão MET 7.401, sendo preenchido relato de possível infração relativo a essa
questão.”

11.8 O chefe de equipe deverá inteirar-se da pertinência do relato do INSPCEA, apresentar


seus comentários sobre a situação relatada e assiná-lo.

11.9 O chefe de equipe é o responsável por encaminhar o relato para a ASOCEA, no


entanto, este não se constituirá em anexo ao relatório de inspeção.

11.10 O chefe de equipe deverá informar à organização inspecionada, durante a reunião de


MCA 121-5/2021 57/115

encerramento, sobre os relatos de possível infração emitidos pelos inspetores, orientando-a


sobre a sequência do processo.

11.11 O Chefe da ASOCEA avaliará o relato de possível infração e decidirá pela expedição
da notificação de infração ou por medida administrativa que proporcione o adequado
tratamento para a situação relatada.
58/115 MCA 121-5/2021

12 RELATÓRIO DE INSPEÇÃO

12.1 RELATÓRIO DA INSPEÇÃO REGULAR

O relatório da inspeção regular é composto por um corpo principal e os seus


anexos. Deverão ser elaborados relatórios separados, quando, na mesma missão, ocorrer
inspeção de vigilância da segurança operacional e inspeção de vigilância da segurança da
aviação civil contra atos de interferência ilícita.

12.1.1 CORPO PRINCIPAL:

12.1.1.1 Registra nas primeiras páginas as informações gerais relacionadas a organização


inspecionada e a equipe de inspeção, em seguida os Capítulos relacionados com a Finalidade
(I), Desenvolvimento da Inspeção (II), Fichas de Não Conformidades (III) e Comentários
Finais (IV).

12.1.1.2 Primeira página, informações gerais resumidas, incluindo o número do relatório, o


nome da organização inspecionada (tipo de provedor e designativo ICAO, quando houver), o
período programado da inspeção, a relação da equipe de inspetores com suas respectivas áreas
de atuação os serviços que serão inspecionados, a quantidade de perguntas aplicáveis e de
perguntas com respostas não satisfatórias, em cada protocolo aplicado.

12.1.1.3 Segunda página, precedendo o corpo do relatório propriamente dito, são citados os
dados da organização inspecionada com seu nome oficial, registrado na Portaria de Ativação,
seu endereço; o nome do responsável pela OI e meios de contato.

12.1.1.4 Iniciando na segunda página e prosseguindo nas páginas seguintes, o corpo do


relatório, com 4 Capítulos – Finalidade (I), Desenvolvimento da Inspeção (II), Fichas de Não
Conformidades (III) e Comentários Finais (IV).

12.1.1.5 O Capítulo I deve descrever a finalidade do relatório da inspeção realizada no


Provedor de Serviços da Navegação Aérea.

12.1.1.6 O Capítulo II deve conter:


a) dados da comunicação de inspeção expedida pela ASOCEA;
b) resumo da programação realizada pela equipe durante a inspeção;
c) caso seja a primeira inspeção, deverá ser registrada a seguinte informação:
“Esta foi a primeira inspeção realizada no(a) DTCEA XX (EPTA YY).”;
d) protocolos aplicados e respectivas versões; e
e) contrapartes da OI em cada área avaliada.

12.1.1.7 O Capítulo III deve indicar:


a) o conteúdo, de cada anexo do relatório, e a quantidade de FNC aplicadas na
inspeção por área avaliada;
b) a formalização da entrega das FNC ao responsável pelo provedor;
MCA 121-5/2021 59/115

c) as não conformidades que foram eliminadas e validadas, com uma descrição


sucinta da não conformidade;
d) as não conformidades que não foram avaliadas, por não existir correlação
com as perguntas dos protocolos vigentes na inspeção;
e) quando aplicável, as não conformidades que permanecem, com o estágio em
que se encontram as ações corretivas decorrentes de inspeções anteriores,
conforme exemplo contido em modelo de relatório deste Manual (Anexo
N); e
f) não conformidades detectadas pela equipe e que foram eliminadas durante a
fase de inspeção local.

12.1.1.8 No Capítulo IV devem ser lançadas as informações complementares não


relacionadas aos capítulos anteriores, que o chefe de equipe considere em relação a fase de
inspeção local e à aplicação dos respectivos protocolos de inspeção. Ao final deste capítulo
deve também ser registrada a data em que o chefe de equipe concluiu seu relatório.
12.1.2 ANEXOS AO RELATÓRIO:

12.1.2.1 As fichas de não conformidades originais, assinadas pelo INSPCEA da área e pela
contraparte do setor avaliado da OI, com numeração específica para cada área. No caso de
ausência da contraparte do setor avaliado, por motivo de força maior, a FNC poderá ser
assinada pelo responsável da OI.

12.1.2.2 Um exemplo do corpo principal do relatório de inspeção regular encontra-se no


Anexo N.

12.2 RELATÓRIO DA INSPEÇÃO SISTÊMICA

O relatório da inspeção sistêmica é composto por um corpo principal e os seus


anexos.

12.2.1 CORPO PRINCIPAL:

12.2.1.1 Primeira página: informações gerais resumidas, incluindo o número do relatório, o


nome da organização inspecionada, o período da inspeção, a relação da equipe de inspetores
com suas respectivas áreas de atuação e informações sobre a quantidade de perguntas
aplicáveis e de perguntas com respostas não satisfatórias, em cada protocolo aplicado.

12.2.1.2 Segunda página: precedendo o corpo do relatório propriamente dito, são apresentadas
informações sobre os dados da organização inspecionada, seu endereço, o nome do
responsável pela OI e seus meios de contato.

12.2.1.3 Páginas seguintes: o corpo do relatório com 4 Capítulos – Finalidade (I),


Desenvolvimento da Inspeção (II), Fichas de Não Conformidades (III) e Comentários Finais
(IV).

12.2.1.4 O capítulo I deve descrever a finalidade do relatório da inspeção realizada no


Provedor de Serviços da Navegação Aérea.

12.2.1.5 O capítulo II deve conter:


60/115 MCA 121-5/2021

a) dados da comunicação de inspeção expedida pela ASOCEA; e


b) protocolos aplicados e respectivas versões.

12.2.1.6 O capítulo III deve indicar:


a) o conteúdo, de cada anexo do relatório, e a quantidade de FNC aplicadas na
inspeção por área avaliada;
b) a formalização da entrega das FNC ao responsável pelo provedor;
c) as não conformidades que foram eliminadas e validadas, com uma descrição
sucinta da não conformidade;
d) as não conformidades que não foram avaliadas, por não existir correlação
com as perguntas dos protocolos vigentes na inspeção;
e) quando aplicável, as não conformidades que permanecem, com o estágio em
que se encontram as ações corretivas decorrentes de inspeções anteriores,
conforme exemplo contido em modelo de relatório deste Manual (Anexo
N); e
f) não conformidades detectadas pela equipe e que foram eliminadas durante a
fase de inspeção local.

12.2.1.7 No capítulo IV devem ser lançadas as informações complementares não


relacionadas aos capítulos anteriores, que o chefe de equipe considere pertinentes.

12.2.2 ANEXOS AO RELATÓRIO:

As fichas de não conformidades originais, assinadas pelo INSPCEA da área,


com numeração específica para área.

12.3 RELATÓRIO DA INSPEÇÃO DE SEGUIMENTO

O relatório da inspeção de seguimento é composto por um corpo principal.

12.3.1 CORPO PRINCIPAL:

12.3.1.1 Primeira página: informações gerais resumidas, incluindo o número do relatório, o


nome da organização inspecionada, o período da inspeção e a relação da equipe de inspetores
com suas respectivas áreas de atuação.

12.3.1.2 Segunda página: precedendo o corpo do relatório propriamente dito, são


apresentadas informações sobre os dados da organização inspecionada, seu endereço, o nome
do responsável pela OI e seus meios de contato.

12.3.1.3 Páginas seguintes: o corpo do relatório com 4 Capítulos – Finalidade (I),


Desenvolvimento da Inspeção (II), Fichas de Não Conformidades (III) e Comentários Finais
(IV).

12.3.1.4 O capítulo I deve descrever a finalidade do relatório da inspeção realizada no


Provedor de Serviços da Navegação Aérea.

12.3.1.5 O capítulo II deve conter:


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a) dados da comunicação de inspeção expedida pela ASOCEA;


b) resumo da programação seguida pela equipe durante a inspeção; e
c) protocolos aplicados e respectivas versões.

12.3.1.6 O capítulo III deve indicar o estágio de implementação de cada ação corretiva da
correspondente não conformidade, caso a mesma não tenha ainda sido eliminada.

12.3.1.7 No capítulo IV devem ser lançadas as informações complementares não


relacionadas aos capítulos anteriores, que o chefe de equipe considere em relação a fase de
inspeção local.

12.4 RELATÓRIO DA INSPEÇÃO ESPECÍFICA

O relatório da inspeção específica tem a mesma composição do relatório de


inspeção regular.

12.5 TRAMITAÇÃO DOS RELATÓRIOS DE INSPEÇÃO DEPOIS DE CONCLUÍDA A


INSPEÇÃO
12.5.1 A ASOCEA concluirá o relatório de inspeção, incluindo o plano de ações corretivas da
organização inspecionada, num prazo máximo de 15 dias corridos, após o recebimento do
material encaminhado pelo chefe de equipe e pela organização inspecionada, conforme
preconiza a ICA 121-13.

12.5.2 Os relatórios de inspeção serão encaminhados ao Chefe da ASOCEA para


conhecimento e assinatura.

12.5.3 Os originais dos relatórios de inspeção, assinados pelo Chefe da ASOCEA, serão
arquivados na ASOCEA.

12.5.4 A ASOCEA encaminhará cópias dos relatórios de inspeção:


a) ao DECEA;
b) às organizações inspecionadas;
c) aos órgãos ao qual a organização inspecionada estiver subordinada; e
d) às Organizações Regionais ao qual a organização inspecionada encontra-se
jurisdicionada.
12.5.5 Além do disposto no item anterior, os relatórios das inspeções poderão ser acessados
por meio do sistema informatizado de vigilância, na INTRAER (www.asocea.intraer) e pela
INTERNET (www.asocea.aer.mil.br).
62/115 MCA 121-5/2021

13 PLANO DE AÇÕES CORRETIVAS

13.1 Plano elaborado pela organização inspecionada após submeter-se a uma inspeção, que
se destina a corrigir as não conformidades relativas à segurança operacional e à segurança da
aviação civil contra atos de interferência ilícita nos Serviços de Navegação Aérea, observadas
e indicadas pela equipe de inspeção em seus relatórios.

13.2 De posse das fichas de não conformidades, a organização inspecionada elabora seu
plano de ações corretivas (PAC), utilizando o sistema informatizado de vigilância, em um
prazo máximo de 15 dias corridos, a contar da data da reunião de encerramento da fase de
inspeção local. Em caso de indisponibilidade do sistema informatizado de vigilância, a
organização inspecionada deverá elaborar o seu PAC utilizando a ficha de ação corretiva
(Anexo R), devendo ser confeccionada uma ficha para cada uma das fichas de não
conformidades aplicadas pela equipe de inspeção, que deverão ser remetidas à ASOCEA.

13.3 A ASOCEA, em um prazo máximo de 15 dias corridos, avaliará o plano de ações


corretivas elaborado pela organização inspecionada, com vistas a:
a) confirmar se todas as não conformidades estão contempladas nas ações
corretivas planejadas pela organização inspecionada;
b) verificar se, para cada não conformidade, foram definidas ações corretivas
ou medidas mitigadoras, quando aplicável, que deverão estar concluídas nos
prazos definidos em cada FNC, estabelecidos por este Manual em função do
Impacto Segurança (IS); e
c) verificar se o cronograma, com o detalhamento das fases das ações
corretivas, foi estabelecido.

13.4 Em observância ao princípio da razoabilidade, a definição e a aplicação das ações


corretivas e sua eficácia na eliminação da não conformidade, apontada pela equipe de
inspeção são de responsabilidade da organização inspecionada. Por esta razão, compete à
ASOCEA apenas confirmar se o plano apresentado contempla os aspectos listados no item
anterior.

13.5 Na hipótese de o plano de ações corretivas não atender ao disposto no item 13.3, a
organização inspecionada será informada, visando à adequação do plano, adotando-se o
mesmo prazo estabelecido em 13.2. Entretanto, a contagem dos prazos estabelecidos nas
fichas de não conformidades, para a conclusão das ações corretivas, serão os mesmos
definidos a partir da data da reunião de encerramento da fase de inspeção local. Compete
exclusivamente à organização inspecionada adotar as medidas cabíveis para corrigir as
discrepâncias do seu PAC.

13.6 A organização inspecionada deverá comunicar à ASOCEA o cumprimento de cada


fase prevista no seu plano de ações corretivas, nas datas previamente estabelecidas para a sua
conclusão, oportunidade em que deverá informar, também, o estágio em que se encontram as
ações do citado Plano, ainda não concluídas.

13.7 A organização inspecionada deverá utilizar o sistema informatizado de vigilância para


manter atualizada a situação de conclusão de cada fase das ações corretivas, propostas no seu
plano de ações corretivas.
MCA 121-5/2021 63/115

13.8 Na eventualidade de fato superveniente comprometer o cumprimento de parte ou da


totalidade do plano de ações corretivas, a organização inspecionada deverá apresentar as
devidas justificativas à ASOCEA, bem como apresentar uma proposta de um novo
cronograma, para análise.

13.9 A ASOCEA poderá acolher, para análise, a solicitação de alteração no cronograma


proposto pela organização inspecionada, desde que:

a) comprove a ocorrência do fato superveniente;


b) confirme a implementação de medidas mitigadoras, quando pertinente,
enquanto não se concretiza a eliminação da não conformidade; e
c) apresente declaração formal, onde o responsável pela referida OI assegura
que foram adotadas, provisoriamente, as medidas necessárias para a
manutenção dos níveis desejados de segurança das atividades aeronáuticas,
assumindo total responsabilidade pela situação decorrente da não
conformidade, ainda não eliminada.

13.10 A solicitação de prorrogação de prazos não suspende a obrigação de a organização


inspecionada cumprir os prazos informados nas fichas de não conformidades e adotar medidas
que mitiguem os riscos, enquanto não houver a manifestação formal favorável da ASOCEA.

13.11 Caso a alteração do prazo para a eliminação da não conformidade não extrapole os
prazos máximos estabelecidos na Ficha de Não Conformidade, observado as condições
estabelecidas no item 13.9, a ASOCEA poderá autorizar a alteração proposta pela organização
inspecionada.

13.12 Quando a proposta de alteração do prazo implicar em um prazo total superior ao prazo
máximo estabelecido na ficha de não conformidade, a ASOCEA avaliará a pertinência das
justificativas apresentadas em consonância com o estabelecido no item 13.9.

13.13 Os novos prazos eventualmente concedidos somente passarão a vigorar a partir da


expedição de manifestação formal favorável ao pleito, por parte da ASOCEA.

13.14 A prorrogação de prazo, que trata o item 13.9, poderá ser solicitada apenas uma vez
pela organização inspecionada, até o último dia do prazo estabelecido na FNC, pela equipe de
inspeção para a correção da não conformidade.

13.15 Especial atenção e prioridade deverá ser dada aos pleitos de revisão de prazos com IS
igual a 2.

13.16 A organização inspecionada permanecerá em situação de não conformidade com


relação à implementação de seu plano de ações corretivas, enquanto não for expedida a
resposta formal ao pleito de alteração ou prorrogação no cronograma.

13.17 Na eventualidade de não serem implementadas as ações corretivas para o


restabelecimento da normalidade, no prazo estabelecido pela equipe de inspeção ou no prazo
prorrogado autorizado pela ASOCEA, a organização inspecionada receberá uma notificação
de infração da ASOCEA, ficando sujeita às sanções que o DECEA estabelecer.

13.18 As organizações inspecionadas poderão solicitar, formalmente ao Chefe da ASOCEA,


o cancelamento de uma não conformidade aplicada, apresentando as justificativas,
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fundamentadas nas legislações, que amparem sua solicitação, conforme item 9.3 deste
Manual.
MCA 121-5/2021 65/115

14 CONTROLE DE QUALIDADE DOS REGISTROS DAS INSPEÇÕES

14.1 FINALIDADE

14.1.1 A ASOCEA executa um controle de qualidade a fim de garantir e manter os mais


elevados padrões em suas inspeções.

14.1.2 A medida é adotada para verificar se os procedimentos estabelecidos são realizados de


maneira uniforme.

14.1.3 O controle de qualidade consiste em uma série de procedimentos utilizados pela


ASOCEA para verificar se as inspeções estão de acordo com os padrões por ela estabelecidos.

14.1.4 O objetivo principal do controle de qualidade nas inspeções é o de investigar as


origens das falhas, não se limitando a apenas identificá-las.

14.1.5 Portanto, o controle da qualidade contribui para que os erros não se repitam, bem
como propicia a inovação, promovendo o aperfeiçoamento do processo de inspeção, incluindo
a capacitação de seus inspetores.

14.1.6 Os erros ou inconsistências identificadas, seja na documentação de inspeção ou por


intermédio de informação prestada pelo provedor, além de corrigidas, deverão ser
considerados para o aperfeiçoamento do processo de capacitação dos inspetores.

14.1.7 Os procedimentos específicos concernentes ao controle de qualidade executado pela


ASOCEA se encontram formalmente estabelecidos em documentação interna da organização.

14.2 INSPCEA MEMBRO DE EQUIPE DE INSPEÇÃO

14.2.1 Conforme estabelecido na ICA 121-13 e as orientações constantes deste Manual, o


inspetor membro da equipe de inspeção formaliza os resultados obtidos em uma inspeção de
segurança operacional e de segurança da aviação civil contra atos de interferência ilícita,
mediante as seguintes providências, quando aplicáveis:
a) atualização do PAC, conforme orientação da ICA 121-13 e deste Manual;
b) preenchimento dos protocolos de inspeção:
- verificar com o chefe de equipe, ao final da inspeção, se o número total de
perguntas não satisfatórias de sua área, que consta na página inicial do
relatório de inspeção, representa o somatório das perguntas que
permanecem não conformes da inspeção anterior, com aquelas não
conformidades novas, que foram constatadas na inspeção atual (ver
exemplo de conformidade da estatística do relatório no anexo N);
- fechar o protocolo no sistema informatizado de vigilância somente após
receber autorização para tal do chefe de equipe; e
- realizar, imediatamente, todos os ajustes que forem orientados pelo chefe
de equipe, visando eliminar eventuais discrepâncias detectadas.
c) elaboração das fichas de não conformidades e coleta das assinaturas das
contrapartes:
66/115 MCA 121-5/2021

- verificar com o chefe de equipe, ao final da inspeção, se a quantidade de


novas fichas de não conformidades geradas em sua área, na inspeção atual,
é a mesma quantidade que consta no corpo e nos anexos do relatório de
inspeção; e
- excluir no sistema informatizado de vigilância, quando aplicável, as fichas
de não conformidades geradas durante a fase inspeção local, porém, que
foram sanadas, antes do encerramento da inspeção.
d) elaboração do relato de possível infração, conforme previsto no Capítulo 11
deste Manual; e
e) preencher sua ficha de críticas no sistema informatizado de vigilância,
conforme orientações contidas no Capítulo 15, deste Manual.

14.3 CHEFE DE EQUIPE DE INSPEÇÃO

14.3.1 Conforme estabelecido na ICA 121-13 e as orientações deste Manual, o chefe de


equipe formaliza os resultados obtidos em uma inspeção de segurança operacional e de
segurança da aviação civil contra atos de interferência ilícita, mediante as seguintes
providências, quando aplicáveis:
a) complementação do relato de possível infração, conforme previsto no item
11.8, deste Manual;
b) preenchimento da ficha de críticas conforme orientações contidas no
Capítulo 15, deste Manual;
c) elaboração do relatório de inspeção:
- certificar-se da compatibilidade dos dados constantes do corpo do relatório
de inspeção com os produzidos pelos INSPCEA;
- informar, por e-mail, à Divisão de Inspeções (SCO) da ASOCEA, dentro
do prazo de quinze dias, após o término da inspeção, que os registros da
equipe já foram inseridos no sistema informatizado de vigilância, para que
sejam procedidas as verificações;
- encaminhar, por e-mail, à Divisão de Inspeções da ASOCEA, o relatório
de inspeção com os respectivos protocolos de inspeção, preenchidos pelos
INSPCEA, no formato PDF, caso não tenha sido elaborado no sistema
informatizado de vigilância;
- realizar os ajustes que forem orientados pela Divisão de Inspeções da
ASOCEA, por intermédio do formulário de verificação do relatório de
inspeção, conforme modelo do anexo L;
- informar, por e-mail, à Divisão de Inspeções da ASOCEA, que os ajustes
orientados foram realizados; e
- fechar o relatório de inspeção no sistema informatizado de vigilância, após
autorização da Divisão de Inspeções da ASOCEA.
d) supervisão do preenchimento dos protocolos de inspeção:
- determinar aos INSPCEA da sua equipe que realizem, imediatamente, os
ajustes solicitados pela Divisão de Inspeções da ASOCEA, nos protocolos
de inspeção e, se necessário, na validação das ações corretivas da OI no
MCA 121-5/2021 67/115

PAC; e
- determinar aos INSPCEA de sua equipe que fechem seus protocolos de
inspeção no sistema informatizado de vigilância, tão logo se encerre a fase
de inspeção local.

14.4 DIVISÃO DE INSPEÇÕES DA ASOCEA

14.4.1 A Divisão de Inspeções da ASOCEA verifica a eventual existência de discrepância


nos registros realizados pelos INSPCEA, a partir do cruzamento das informações constantes
dos seguintes documentos, em sua forma eletrônica:
a) protocolo de inspeção;
b) ficha de não conformidade;
c) relato de possível infração;
d) relatório de inspeção; e
e) plano de ações corretivas.

14.4.2 As avaliações das Seções da DINSP terão por base os registros eletrônicos feitos pela
equipe de inspeção no sistema informatizado de vigilância e, quando aplicável, nos arquivos
digitais encaminhados à Divisão, pelo chefe de equipe.

14.4.3 A Divisão de Inspeções efetuará o cruzamento das informações indicadas em 14.4.1,


visando detectar eventuais discrepâncias nas informações registradas.

14.4.4 Caso seja detectada discrepância que possa ser sanada mediante ajustes no protocolo
de inspeção ou no texto do relatório de inspeção, a DINSP transmitirá o fato ao chefe da
equipe, por intermédio de correio eletrônico, para que sejam realizados, de imediato, os
ajustes necessários.

14.4.5 Caso a discrepância não possa ser solucionada, a DINSP elaborará uma errata ao
relatório de inspeção, conforme modelo anexo O.

14.4.6 Depois de concluir suas verificações, a DINSP informará ao chefe de equipe que os
registros realizados na inspeção poderão ser “fechados” no sistema informatizado de
vigilância.

14.4.7 Até a data da assinatura do relatório de inspeção pelo Chefe da ASOCEA, caso o chefe
de equipe não tenha ainda providenciado o fechamento dos registros no sistema informatizado
de vigilância, a DINSP providenciará o fechamento do relatório de inspeção e dos protocolos,
bem como providenciará o “fechamento” das fichas de crítica.
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15 FICHA DE CRÍTICAS DO INSPETOR E DA ORGANIZAÇÃO INSPECIONADA

15.1 Questionário padronizado para a coleta de informações e sugestões dos inspetores e


das organizações inspecionadas, objetivando o aperfeiçoamento do processo de inspeção.

15.2 A crítica consiste na coleta de informações sobre a eficácia do processo de inspeção e


a adequabilidade das normas vigentes, além de sugestões que proporcionem o
aperfeiçoamento do processo. Seu modelo será disponibilizado no sistema informatizado de
vigilância, nas páginas da INTRAER (www.asocea.intraer) e da INTERNET
(www.asocea.aer.mil.br) e se encontra formalmente estabelecido em documentação interna da
ASOCEA.

15.3 Após cumprir com suas obrigações no atendimento às recomendações da equipe de


inspeção e com a elaboração do plano de ações corretivas, a organização inspecionada poderá
apresentar suas críticas sobre o processo de inspeção à ASOCEA, por meio do sistema
informatizado de vigilância.

15.4 Todos os membros da equipe de inspeção deverão preencher as fichas de críticas por
meio do sistema informatizado de vigilância. Caso não consiga por meio do sistema, deverá
preencher fisicamente e o chefe de equipe será o responsável por coletá-las e encaminhá-las,
juntamente com o relatório de inspeção, à ASOCEA.

15.5 Por meio das fichas de críticas, tanto o inspetor, quanto a organização inspecionada
podem relatar, com a pertinente fundamentação, as carências porventura existentes na
regulamentação nacional.

15.6 A Divisão de Inspeções da ASOCEA avaliará as críticas recebidas como subsídio para
o aperfeiçoamento do processo de inspeção e encaminhará ao DECEA aquelas que versem
sobre a adequabilidade das normas.

15.7 Com base no processo decisório da análise da ficha de críticas e com vistas ao
aperfeiçoamento do processo de inspeção, a ASOCEA poderá:
a) atualizar as legislações do processo de inspeção;
b) implementar ações de orientações aos chefes de equipe e INSPCEA;
c) promover treinamento recorrente e capacitação aos chefes de equipe e
INSPCEA; e
d) promover uma melhoria na qualidade do processo de inspeção.
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16 NOTIFICAÇÃO DE INFRAÇÃO AO PROVEDOR DE SERVIÇOS DE


NAVEGAÇÃO AÉREA

16.1 NOTIFICAÇÃO DE INFRAÇÃO

A notificação de infração é o documento pelo qual o PSNA é comunicado que


infringiu uma norma do órgão regulador do SISCEAB ou da ASOCEA.

16.2 RESPONSABILIDADES DO PROVEDOR DE SERVIÇOS

16.2.1 Todos os Provedores de Serviços de Navegação Aérea do SISCEAB, antes de


iniciarem suas atividades, demonstraram possuir as competências técnicas e operacionais e
assumiram a responsabilidade de sua manutenção, em conformidade com as normas vigentes.

16.2.2 Portanto, não é esperada a existência de não conformidades na avaliação dos


Provedores de Serviços de Navegação Aérea, excetuando-se as situações de transição para a
adoção de novos requisitos.

16.2.3 No entanto, há fatores exógenos que fogem ao controle da organização e que geram
não conformidades, as quais devem ser tratadas mediante a adoção de medidas que atenuem o
impacto na segurança, até o restabelecimento da conformidade em relação às normas. Assim,
as medidas mitigadoras devem ser adotadas pelo PSNA, sempre que necessárias,
independentemente da atuação fiscalizadora do Estado.

16.2.4 Em consequência, todo comprometimento da segurança pode representar uma infração


do PSNA, se constatada a ação deliberada de inobservância dos requisitos estabelecidos ou a
omissão dos seus responsáveis na gestão dos problemas de segurança.

16.2.5 As notificações de infração serão aplicadas quando do descumprimento às legislações,


relatadas pelos inspetores durante uma inspeção por meio do RPI, ou diretamente pela
ASOCEA, pela constatação da não eliminação das não conformidades nos prazos
estabelecidos. Neste caso, será aberta a Ficha de Informação da Seção de Acompanhamento
de Plano de Ações Corretivas (FISPAC), conforme o modelo do anexo G.

16.2.6 A organização inspecionada que receber uma notificação de infração deverá


encaminhar suas justificativas à ASOCEA, em, no máximo, 15 dias corridos a contar do seu
recebimento, conforme preconiza a ICA 121-13.

16.3 FICHA INFORMATIVA DA SEÇÃO DE ACOMPANHAMENTO DE PLANO DE


AÇÕES CORRETIVAS (FISPAC)

16.3.1 A FISPAC é o mecanismo, utilizado pela ASOCEA, para a abertura do processo de


notificação de infração à OI, que deixar de aplicar as ações corretivas dentro do prazo
estabelecido.

16.3.2 A Divisão de Inspeção deverá inteirar-se da pertinência da FISPAC e efetuar seu


parecer, para posterior avaliação e aprovação pelo Chefe da ASOCEA.
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16.4 RESPONSABILIDADES DA ASOCEA

16.4.1 O Chefe da ASOCEA avaliará o RPI e/ou a FISPAC e decidirá pela expedição da
notificação de infração ou por medida administrativa que proporcione o adequado tratamento
para a situação relatada.

16.4.2 De posse dos esclarecimentos da organização notificada, a ASOCEA deverá


encaminhá-los ao DECEA para as providências julgadas cabíveis.
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17 CONSELHO DE INSPETORES

17.1 OBJETIVO

O Chefe da ASOCEA dispõe de um Conselho de Inspetores para assessorá-lo


nas decisões sobre assuntos de vigilância da segurança, com base nas disposições da ICA 121-
13 e deste Manual, estando o seu funcionamento regulado em norma específica da
Organização.

17.2 COMPOSIÇÃO

O Conselho é composto por um Presidente, por Membros, por um Relator e por


um Secretário.

17.3 REUNIÃO DO CONSELHO

O Conselho de Inspetores será convocado para deliberar sobre os seguintes


assuntos:
a) habilitação e revogação de habilitação dos INSPCEA, mediante avaliação
do desempenho dos inspetores e com base no disposto na legislação
pertinente;
b) situações excepcionais, envolvendo a atuação de INSPCEA, ocorridas no
âmbito do processo de inspeção e propor ações para o seu tratamento;
c) assuntos concernentes à formação, qualificação e capacitação dos
INSPCEA;
d) implantação ou modificação de procedimentos pertinentes aos processos de
inspeção da segurança operacional e da inspeção da segurança da aviação
civil contra atos de interferência ilícita; e
e) outros temas, a critério do Chefe da ASOCEA.
72/115 MCA 121-5/2021

18 RELATÓRIOS DE ANÁLISE DE DESEMPENHO

18.1 Os relatórios de análise de desempenho da vigilância da segurança operacional e o da


segurança da aviação contra atos de interferência ilícita nos Serviços de Navegação Aérea têm
por finalidade apresentar o grau de conformidade normativa dos PSNA, quanto ao que
estabelece a legislação brasileira pertinente ao SISCEAB.

18.2 A conformidade normativa é essencial para a garantia de níveis adequados de


segurança, ou seja, quanto maior o grau de conformidade dos PSNA com as normas emitidas
pelo órgão regulador, o DECEA, maior será o nível de segurança operacional e de segurança
da aviação civil contra atos de interferência ilícita no SISCEAB.

18.3 O documento apresenta um registro do estágio do grau de conformidade alcançado


pelos Provedores de Serviços de Navegação Aérea, uma avaliação da evolução dos
indicadores de segurança operacional estabelecidos no Programa de Vigilância da Segurança
Operacional dos Serviços de Navegação Aérea (ICA 63-22) e no Programa de Vigilância da
Segurança da Aviação Civil dos Serviços de Navegação Aérea (PSECNAV), bem como as
recomendações com vistas a proporcionar melhor segurança da aviação no âmbito do
SISCEAB.

18.4 Os relatórios de análise de desempenho devem ser disponibilizados no site da


ASOCEA, ressalvados o sigilo de informações sensíveis.

18.5 Os relatórios de análise de desempenho devem ser elaborados anualmente, a fim de


propiciar uma avaliação evolutiva do desempenho dos PSNA e, por conseguinte, do
SISCEAB nas atividades de segurança operacional e da segurança da aviação civil contra atos
de interferência ilícita.
MCA 121-5/2021 73/115

19 CIRCULAR DE INSPEÇÃO

19.1 OBJETIVO

19.1.1 Tem por objetivo divulgar procedimentos, recomendações, informações ou orientações


complementares acerca de assuntos relativos à ASOCEA e aos processos de inspeção.

19.1.2 A Circular de Inspeção será aprovada mediante Portaria do Chefe da ASOCEA,


publicada no Boletim do Comando da Aeronáutica e disponibilizada nos sítios da ASOCEA
na INTRAER (www.asocea.intraer) e na INTERNET (www.asocea.aer.mil.br).

19.2 MODIFICAÇÃO

A CIRINSP não poderá modificar disposição contida na ICA 121-13 ou nas


demais legislações da ASOCEA.
74/115 MCA 121-5/2021

20 SEGURANÇA E SIGILO DAS INFORMAÇÕES

20.1 TRANSPARÊNCIA LIMITADA

Os resultados das inspeções realizadas pela ASOCEA serão apresentados com


suas informações consolidadas em relatórios anuais de análise de desempenho. No entanto,
estes relatórios não deverão disponibilizar informações classificadas para domínio público.

20.2 CLASSIFICAÇÃO DA INFORMAÇÃO QUANTO AO GRAU DE SIGILO

20.2.1 Todos os documentos de inspeção de segurança operacional são de natureza ostensiva.

20.2.2 Os documentos relativos à inspeção de segurança da aviação civil contra atos de


interferência ilícita serão classificados pela ASOCEA, de acordo com as orientações contidas
na ICA 205-47 Instrução para a Salvaguarda de Assuntos Sigilosos da Aeronáutica (ISAS).

20.3 SISTEMA INFORMATIZADO DE VIGILÂNCIA DA SEGURANÇA DO


CONTROLE DO ESPAÇO AÉREO

20.3.1 O sistema informatizado de vigilância foi inicialmente concebido para realizar o


registro das Inspeções de vigilância da segurança operacional do controle do espaço aéreo.
Entretanto, passou também a registrar as Inspeções de vigilância da segurança da aviação civil
contra atos de interferência ilícita, em decorrência da similaridade de ambos os processos.

20.3.2 As informações contidas no sistema são protegidas, haja vista que o acesso ao banco
de dados somente é possível com a identificação do usuário e o emprego de senha pessoal.

20.3.3 O sistema informatizado de vigilância possui guias de orientações que são


“ferramentas” de auxílio ao chefe de equipe, INSPCEA e às Organizações Inspecionadas no
exercício diário de inserção de dados no sistema e se encontram disponíveis nas páginas da
ASOCEA na INTRAER e na INTERNET. Sua apresentação contempla todas as telas de
manuseio diário do usuário, visando dirimir dúvidas e facilitar a navegação pelo banco de
dados.

20.4 AMEAÇA CIBERNÉTICA

20.4.1 O sistema informatizado de vigilância é protegido de interferências não desejáveis por


intermédio de recursos de proteção dos ativos de Tecnologia de Informação. Dessa forma, é
assegurado que as medidas empregadas visam garantir a confidencialidade, a integridade e a
disponibilidade do Sistema e de seus dados críticos identificados.

20.4.2 O servidor está hospedado em uma infraestrutura física dedicada e localizado em uma
sala segura de acordo com as boas práticas para a gestão de segurança da informação.

20.4.3 Qualquer anormalidade de funcionamento do sistema deverá ser informada para a


Seção de Tecnologia da Informação da ASOCEA (sti.asocea@fab.mil.br), a qual deverá
adotar as medidas adequadas, juntos aos órgãos pertinentes do Comando da Aeronáutica.

20.4.4 As Inspeções de segurança operacional e de segurança da aviação civil contra atos de


interferência ilícita deverão ser realizadas manualmente, ou seja, sem a utilização do sistema
informatizado de vigilância, caso seja identificada alguma ameaça cibernética.
MCA 121-5/2021 75/115

21 DIVULGAÇÃO E TRANSPARÊNCIA

21.1 SÍTIOS DA ASOCEA

21.1.1 A ASOCEA possui um portal que pode ser acessado na INTRAER


(www.asocea.intraer) e na INTERNET (www.asocea.aer.mil.br) onde o usuário pode obter
diversas informações concernentes às atividades desenvolvidas pela Organização, mostrando,
dessa forma, a transparência com que divulga e executa os seus trabalhos.

21.1.2 Os sítios, além de apresentarem os aspectos institucionais da Organização, também


abordam assuntos relacionados com a instrução, o treinamento e a capacitação do pessoal,
com as Inspeções propriamente ditas, e com temas relacionados com as atividades da
ASOCEA.

21.1.3 Disponibiliza os documentos que norteiam o processo de inspeção, propiciando a


disponibilização e o acesso à informação a partir de um único local.

21.1.4 Esse recurso também é utilizado para divulgar, de forma expedita, orientações para as
inspeções e avisos de inspeção, tornando-se uma “ferramenta” de grande utilidade para
alcançar a todos, especialmente, os inspetores e Provedores de Serviços de Navegação Aérea,
envolvidos no processo de inspeção.

21.1.5 O Portal da ASOCEA é uma das possibilidades de acesso às informações restritas


contidas no sistema informatizado de vigilância da segurança do controle do espaço aéreo.

21.1.6 Por meio do Portal da ASOCEA, pode-se acessar o portal do Departamento de


Controle do Espaço Aéreo (DECEA) – órgão central e regulador do Sistema de Controle do
Espaço Aéreo Brasileiro (SISCEAB) – possibilitando, dessa forma, aos inspetores,
Provedores de Serviços de Navegação Aérea e demais interessados, o alcance às normas
pertinentes à segurança operacional e à segurança da aviação civil contra atos de interferência
ilícita (AVSEC).
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22 DISPOSIÇÕES FINAIS

22.1 As dificuldades de utilização do Sistema Vigilante no cumprimento das orientações e


procedimentos estabelecidos neste Manual deverão ser informadas à ASOCEA para o
fornecimento das orientações necessárias visando à continuidade das atividades do processo
de inspeção.

22.2 Os casos não previstos neste Manual ou que suscitem dúvidas deverão ser submetidos
à apreciação do Chefe do GABAER.
MCA 121-5/2021 77/115

REFERÊNCIAS

BRASIL. [Constituição 1988)]. Constituição da República Federativa do Brasil. Brasília,


DF, 05 out. 1988.
Disponível em: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/constituicao.htm. Acesso
em: 10 fev. 2021.

BRASIL. Comando da Aeronáutica. Assessoria de Segurança Operacional do Controle do


Espaço Aéreo. Inspeções de Segurança Operacional e de Segurança da Aviação Civil contra
Atos de Interferência Ilícita do Sistema de Controle do Espaço Aéreo Brasileiro: ICA 121-13.
Brasília-DF. [s.n.], 2021.

BRASIL. Comando da Aeronáutica. Assessoria de Segurança Operacional do Controle do


Espaço Aéreo. Regimento Interno da Assessoria de Segurança Operacional do Controle do
Espaço Aéreo (ASOCEA): RICA 21-231. [Brasília-DF], 2020.

BRASIL. Comando da Aeronáutica. Assessoria de Segurança Operacional do Controle do


Espaço Aéreo. Regulamento da Assessoria de Segurança Operacional do Controle do Espaço
Aéreo (ASOCEA): ROCA 21-81. [Brasília-DF], 2018.

BRASIL. Comando da Aeronáutica. Centro de Documentação e Histórico da Aeronáutica.


Confecção, Controle e Numeração de Publicações Oficiais do Comando da Aeronáutica:
NSCA 5-1. [Brasília-DF], 2011.

BRASIL. Comando da Aeronáutica. Comando-Geral do Pessoal. Centro de Documentação e


Histórico da Aeronáutica. Correspondência e atos oficiais do COMAER: NSCA 10-2.
[Brasília-DF], 2019.

BRASIL. Lei nº 7.565, de 19 de dezembro de 1986. Dispõe sobre o Código Brasileiro de


Aeronáutica. Diário Oficial [da] República Federativa do Brasil. Brasília, DF, 30 dez.
1986.

BRASIL. Decreto nº 7.168, de 5 de maio de 2010. Dispõe sobre o Programa Nacional de


Segurança da Aviação Civil Contra Atos de Interferência Ilícita (PNAVSEC). Diário Oficial
[da] República Federativa do Brasil. Brasília, DF, 06 maio 2010.

CANADÁ. International Civil Aviation Organization (ICAO). Resolução A32-11 da 32a


Assembleia da OACI. Universal Safety Oversight Audit Programme (USOAP). Montreal,
1999.

CANADÁ. International Civil Aviation Organization (ICAO). Resolução A35-6 da 35a


Assembleia da OACI. Universal Safety Oversight Audit Programme (USOAP). Montreal,
2004.

CANADÁ. International Civil Aviation Organization (ICAO). Aviation Security Oversight


Manual – DOC 10047. Montreal, 2015.

CANADÁ. International Civil Aviation Organization (ICAO). Universal Security Audit


78/115 MCA 121-5/2021

Programme Continuous Monitoring Manual – DOC 9807. Montreal, 2016.

CANADÁ. International Civil Aviation Organization (ICAO). USOAP CMA Protocol


Questions – LEG. Montreal, 2017.

CANADÁ. International Civil Aviation Organization (ICAO). USOAP CMA Protocol


Questions – ORG. Montreal, 2017.

BRASIL. Comando da Aeronáutica. Departamento de Controle do Espaço Aéreo. Portaria


DECEA nº 95/DGCEA, de 9 de junho de 2010. Aprova a edição da Instrução do Comando da
Aeronáutica “Gerenciamento do Risco à Segurança Operacional (GRSO) no SISCEAB” =
ICA 63-26. Boletim do Comando da Aeronáutica, Rio de Janeiro, RJ, nº 141, 02 ago. 2010.

BRASIL. Comando da Aeronáutica. Departamento de Controle do Espaço Aéreo. Portaria


DECEA nº 201/DGCEA, de 22 de novembro de 2017. Aprova a reedição da Instrução do
Comando da Aeronáutica “Elaboração de Procedimentos de Navegação Aérea” = ICA 100-
24. Boletim do Comando da Aeronáutica, Rio de Janeiro, RJ, nº 201, 23 nov. 2017.

BRASIL. Comando da Aeronáutica. Departamento de Controle do Espaço Aéreo. Portaria


DECEA nº 136/DGCEA, de 4 de setembro de 2018. Aprova a reedição da Instrução do
Comando da Aeronáutica “Serviço de Gerenciamento de Fluxo de Tráfego Aéreo” = ICA
100-22. Boletim do Comando da Aeronáutica, Rio de Janeiro, RJ, nº 159, 11 set. 2018.

BRASIL. Comando da Aeronáutica. Departamento de Controle do Espaço Aéreo. Portaria


DECEA nº 251/DGCEA, de 26 de dezembro de 2019. Aprova a reedição da Instrução do
Comando da Aeronáutica “Sala de Informação Aeronáutica (Sala AIS)” = ICA 53-2. Boletim
do Comando da Aeronáutica, Rio de Janeiro, RJ, nº 15, 28 jan. 2020.

BRASIL. Comando da Aeronáutica. Departamento de Controle do Espaço Aéreo. Portaria


DECEA nº 157/DGCEA, de 12 de agosto de 2020. Aprova a reedição da Instrução do
Comando da Aeronáutica “Serviços de Telecomunicações do Comando da Aeronáutica” =
ICA 102-16. Boletim do Comando da Aeronáutica, Rio de Janeiro, RJ, nº 151, 24 ago.
2020.

BRASIL. Comando da Aeronáutica. Departamento de Controle do Espaço Aéreo. Portaria


DECEA nº 256/DGCEA, de 10 de novembro de 2020. Aprova a reedição da Instrução do
Comando da Aeronáutica “Serviços de Tráfego Aéreo” = ICA 100-37. Boletim do Comando
da Aeronáutica, Rio de Janeiro, RJ, nº 210, 19 nov. 2020.

BRASIL. Comando da Aeronáutica. Departamento de Controle do Espaço Aéreo. Portaria


DECEA nº 283/DGCEA, de 1º de dezembro de 2020. Aprova a reedição da Instrução do
Comando da Aeronáutica “Estações Prestadoras de Serviços de Telecomunicações e de
Tráfego Aéreo – EPTA” = ICA 63-10. Boletim do Comando da Aeronáutica, Rio de
Janeiro, RJ, nº 225, 10 dez. 2020.

BRASIL. Comando da Aeronáutica. Departamento de Controle do Espaço Aéreo. Portaria nº


1.425/GC3, de 14 de dezembro de 2020. Aprova a reedição da Instrução do Comando da
Aeronáutica “Processos da Área de Aeródromos (AGA) no Âmbito do COMAER” = ICA 11-
3. Boletim do Comando da Aeronáutica, Rio de Janeiro, RJ, nº 233, 22 dez. 2020.
MCA 121-5/2021 79/115

BRASIL. Comando da Aeronáutica. Departamento de Controle do Espaço Aéreo. Portaria


DECEA nº 18/DGCEA, de 11 de janeiro de 2021. Aprova a reedição da Instrução do
Comando da Aeronáutica “Horário de Trabalho do Pessoal ATC, COM, MET, AIS, SAR e
OPM” = ICA 63-33. Boletim do Comando da Aeronáutica, Rio de Janeiro, RJ, nº 16, 25
jan. 2021.

BRASIL. Comando da Aeronáutica. Assessoria de Segurança Operacional do Controle do


Espaço Aéreo. Portaria nº 63/GC3, de 19 de março de 2021. Aprova a reedição da Instrução
do Comando da Aeronáutica “Programa de Vigilância da Segurança Operacional do Serviços
de Navegação Aérea” = ICA 63-22. Boletim do Comando da Aeronáutica, Rio de Janeiro,
RJ, nº 56, 24 mar. 2021.

BRASIL. Comando da Aeronáutica. Assessoria de Segurança Operacional do Controle do


Espaço Aéreo. Portaria nº 21/CHGC, de 29 de junho de 2020. Aprova a reedição do
“Regimento Interno da Assessoria de Segurança Operacional do Controle do Espaço Aéreo
(ASOCEA)” = RICA 21-231. Boletim do Comando da Aeronáutica, Rio de Janeiro, RJ, nº
114, 29 jun. 2020.
80/115 MCA 121-5/2021

Anexo A - Tabela do Plano Anual de Inspeções


MCA 121-5/2021 81/115

Anexo B - Lista de Verificação da ASOCEA

Duração Data de
Data limite Estágio
estimada ATIVIDADE efetivo
planejada atual
(dias) cumprimento
Verificação da disponibilidade dos INSPCEA
Verificação da validade da Credencial dos INSPCEA
escalados
Formalização da ASOCEA, junto as Organizações, sobre a
autorização de participação do INSPCEA na equipe de
inspeção.
Expedição da Comunicação de Inspeção à Organização
SPL

Inspecionada com as informações do Chefe de Equipe


Definição da Equipe de Inspeção
Fornecimento de dados ao Chefe de Equipe:
Informações sobre a última inspeção na Organização
Plano de Ações Corretivas em vigor
Lista de Verificação das atividades do Chefe de Equipe
Fornecimento de dados aos demais membros:
Informações sobre a última inspeção na Organização
Plano de Ações Corretivas em vigor
Lista de Verificação das atividades do Membro da Equipe
Recebimento das Fichas de Críticas dos INSPCEA, após a
fase de inspeção local
SAN
Recebimento das Fichas de Críticas da Organização
Inspecionada, após a fase de inspeção local
Recebimento das Fichas de Ações Corretivas da Organização
SPAC Inspecionada
Aceitação, pela ASOCEA, das Fichas de Ações Corretivas
Recebimento do Relatório da Inspeção

Encaminhamento do Relatório da Inspeção e do Plano de


SCO Ações Corretivas ao DECEA, pela ASOCEA
Encaminhamento do Relatório da Inspeção à Organização
Inspecionada
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Anexo C - Comunicação de Inspeção

COMANDO DA AERONÁUTICA
ASSESSORIA DE SEGURANÇA OPERACIONAL DO CONTROLE DO ESPAÇO AÉREO

COMUNICAÇÃO DE INSPEÇÃO Nº XX / ano


Organização Inspecionada

Nome da Organização

Período Tipo de Inspeção

dd/mm/aaaa a dd//mm/aaaa Regular Seguimento Sistêmica Específica

Áreas a serem avaliadas


AIS AGA ATS AVSEC CNS CTG

ENS MET PANS OPS SAU SAR SGSO

Chefe de Equipe de Inspeção


Nome / Posto / Especialidade / Unidade

nome<posto/graduação>om

Telefones E-mails
(99) 9999-9999 email@provedor.com

Rio de Janeiro, de de

Posto>nome completo
CHEFE DA ASOCEA
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Anexo D - Planejamento de Inspeção Sistêmica

PLANO ANUAL DE INSPEÇÕES DE < a n o >

CRONOGRAMA DE EVENTOS DA INSPEÇÃO SI STÊM ICA


PARA CUMPRIMENTO PELA ORGANIZAÇÃO INSPECI ONADA

Organização inspecionada:

Ár eas da Inspeção – Protocolos aplicáveis:

EVENTO DATAS LIMITES

Preparação para o levantamento no local, com


eliminação de eventuais dúvidas da organização
Até < dia D> de < mês>
inspecionada sobre os Protocolos, junto ao Chefe de
Equipe.

Organização inspecionada realiza o levantamento no


local, com base nos Protocolos de Inspeção De < dia D> a < dia D+ 2> de < mês>
aplicáveis, empregando técnicos do seu efetivo.

Organização inspecionada remete ao Chefe de


Até < dia D+ 5> de < mês>
Equipe do Protocolo de Inspeção preenchido.

Chefe de Equipe remete à organização inspecionada


Até < dia D+ 15> de < mês>
as Fichas de Não-Conformidades.

O Chefe de Equipe elabora e remete o Relatório de


Até < dia D+ 30> de < mês>
Inspeção à ASOCEA.

A organização inspecionada elabora e remete seu


Até < dia D+ 35> de < mês>
Plano de Ações Corretivas à ASOCEA.
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Anexo E - Lista de Verificação do Chefe de Equipe

Duração Data de
ATIVIDADE DE INSPEÇÃO LOCAL E PÓS-INSPEÇÃO Data limite Estágio
estimada planejada atual efetivo
(dias) cumprimento
Reunião de abertura da Inspeção, contendo, no mínimo:
Visão geral do processo de Inspeção
Apresentação dos Protocolos e do modelo de Ficha de Não Conformidade
Apresentação dos Membros da Equipe e respectivas áreas de atuação
Planejamento das atividades da Fase de Inspeção Local
Data, hora e local da Reunião de Encerramento
Atualização do Planejamento da Inspeção Local
Recebimento das informações da inspeção dos demais
membros
Reunião de Coordenação Final com Equipe de Inspeção
Discussão das não conformidades identificadas
Conclusão das Fichas de Não Conformidade
Coleta dos Relatos de possíveis infrações, se aplicável
Verificação do cumprimento do Plano de Ações Corretivas em vigor
Reunião de Encerramento da Inspeção Local
Entrega das Fichas de Não Conformidade
Explanação sobre o Plano de Ações Corretivas
Orientação sobre as próximas etapas do processo de inspeção
Entrega da Ficha de Críticas da Inspeção para preenchimento da Organização Inspecionada
Remessa do Relatório de Inspeção à ASOCEA, incluindo:
Corpo principal do Relatório e Fichas de Não Conformidade
Informações sobre o cumprimento do Plano de Ações Corretivas em vigor, se aplicável
Remessa à ASOCEA:
Ficha de Críticas da Inspeção de todos INSPCEA da Equipe
Relatos efetuados pelos INSPCEA, quando aplicável
Encaminhamento da Ordem de Serviço e da Ficha de Diária da missão
assinadas à ASOCEA

Encaminhamento da cópia dos bilhetes de embarque


(passagem aérea) ao setor responsável
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Continuação do Anexo E - Lista de Verificação do Chefe de Equipe


Duração Data de
ATIVIDADE DE INSPEÇÃO LOCAL E PÓS-INSPEÇÃO Data limite Estágio
estimada planejada atual efetivo
(dias) cumprimento
Reunião de abertura da Inspeção, contendo, no mínimo:
Visão geral do processo de Inspeção
Apresentação dos Protocolos e do modelo de Ficha de Não Conformidade
Apresentação dos Membros da Equipe e respectivas áreas de atuação
Planejamento das atividades da Fase de Inspeção Local
Data, hora e local da Reunião de Encerramento
Atualização do Planejamento da Inspeção Local
Recebimento das informações da inspeção dos demais
membros
Reunião de Coordenação Final com Equipe de Inspeção
Discussão das não conformidades identificadas
Conclusão das Fichas de Não Conformidade
Coleta dos Relatos de possíveis infrações, se aplicável
Verificação do cumprimento do Plano de Ações Corretivas em vigor
Reunião de Encerramento da Inspeção Local
Entrega das Fichas de Não Conformidade
Explanação sobre o Plano de Ações Corretivas
Orientação sobre as próximas etapas do processo de inspeção
Entrega da Ficha de Críticas da Inspeção para preenchimento da Organização Inspecionada
Remessa do Relatório de Inspeção à ASOCEA, incluindo:
Corpo principal do Relatório e Fichas de Não Conformidade
Informações sobre o cumprimento do Plano de Ações Corretivas em vigor, se aplicável
Remessa à ASOCEA:
Ficha de Críticas da Inspeção de todos INSPCEA da Equipe
Relatos efetuados pelos INSPCEA, quando aplicável
Encaminhamento da Ordem de Serviço e da Ficha de Diária da missão
assinadas à ASOCEA

Encaminhamento da cópia dos bilhetes de embarque


(passagem aérea) ao setor responsável
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Anexo F - Lista de Verificação de Membro da Equipe


Duração Data de
ATIVIDADE DE PRÉ-INSPEÇÃO Data limite Estágio
estimada planejada atual efetivo
(dias) cumprimento

Verificação do material pertinente à Inspeção


Informações sobre a última inspeção na Organização
Plano de Ações Corretivas em vigor
Cópia da Comunicação de Inspeção à Organização a ser inspecionada
Relação membros da equipe e dados de contato
Lista de Verificação das atividades do Membro da Equipe
Arquivos dos Protocolos de Inspeção
Modelo de Ficha de Não Conformidade
Modelo de Ficha de Ação Corretiva
Formulário do Treinamento no Posto de Trabalho - TPT (quando aplicável)
Ficha de Críticas da Inspeção - Inspetor
Minuta de Relatório de Inspeção
Preenchimento prévio das Perguntas do Protocolo com o
material disponível
Recebimento da Ordem de Serviço da missão
Recebimento das passagens para os deslocamento da
missão.
Confirmação da reserva de hospedagem
Contato com o Chefe de Equipe para confirmação de que está
pronto para a Inspeção Local.

Reunião de Coordenação Inicial com a Equipe de Inspeção


MCA 121-5/2021 87/115

Continuação do Anexo F - Lista de Verificação de Membro da Equipe


Duração Data de
Data limite Estágio
estimada planejada atual efetivo
ATIVIDADE DE INSPEÇÃO LOCAL E PÓS-INSPEÇÃO
(dias) cumprimento

Reunião de abertura da Inspeção


Atualização do Planejamento da Inspeção Local

Fornecimento das informações da inspeção ao Chefe de Equipe

Protocolos preenchidos
Fichas de Não Conformidades
Verificação do cumprimento do Plano de Ações Corretivas, se aplicável
Quando aplicável, entrega de Relato de possível infração ao Chefe de Equipe
Reunião de Coordenação Final com Equipe de Inspeção
Reunião de Encerramento da Inspeção Local
Entrega das Fichas de Não Conformidade
Entrega da Ficha de Críticas da Inspeção - Organização Inspecionada
Entrega ao Chefe de Equipe da Ficha de Críticas da Inspeção

Se solicitado, apoio à ASOCEA na aceitação do Plano de Ações


Corretivas
Encaminhamento da Ordem de Serviço e da Ficha de Diária da
missão assinadas à ASOCEA
Encaminhamento da cópia dos bilhetes de embarque
(passagem aérea) ao setor responsável
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Anexo G - Ficha Informativa da Seção de Acompanhamento de Plano de Ações


Corretivas - FISPAC

FISPAC XXX/2020
DADOS DO PROVEDOR DE SERVIÇOS
Nome da Organização:
Endereço:
Município: UF:
Telefones:
Data da Observação:
NÃO CONFORMIDADES RELACIONADAS
Ficha de Não Conformidade Questão Correlação
XXX 2020001 XXX Versão XX XXX Versão XX
RELATO DA SITUAÇÃO OBSERVADA (Usar o verso, se necessário)

.
Dispositivos provavelmente infringidos:

_______________________________________________
_____/____/_______ nome por extenso
Data Auxiliar da SPAC

COMENTÁRIOS DO CHEFE DA SPAC

__________________________________________________
_____/____/_______ nome por extenso
Data Chefe da SPAC

AVALIAÇÃO DO CHEFE DA ASOCEA


Parecer da ASOCEA:

__________________________________________________
_____/____/_______ nome por extenso
Data Chefe da ASOCEA
MCA 121-5/2021 89/115

Continuação do Anexo G - Modelo de FISPAC

INSTRUÇÕES DE PREENCHIMENTO DA FICHA

Ø DADOS DO PROVEDOR DE SERVIÇOS


i. Nome da Organização:
Registrar o mesmo nome da organização inspecionada constante do relatório de
inspeção
ii. Endereço, Município e UF:
Endereço completo, para correspondência postal, da organização inspecionada.
iii. Telefones:
Telefones de contato do responsável local pela organização inspecionada.
iv. Data da Observação:
Ainda que a Ficha seja preenchida em data posterior, neste campo, deve ser indicada a
data em que o Auxiliar da SPAC verificou o fato.

Ø RELATO DA SITUAÇÃO OBSERVADA


i. Texto do Relato:
Descrever, de forma clara e sucinta, a situação que pode caracterizar uma possível
infração.
ii. Dispositivos provavelmente infringidos:
Citar qual ou quais disposições normativas julga que estão sendo descumpridos.
iii. Data:
Data de assinatura da Ficha, que pode ser posterior à data da observação.

Ø COMENTÁRIOS DO CHEFE DA SPAC


i. Texto do comentário:
Depois de tomar ciência da Ficha e realizar verificações próprias sobre o assunto, o
Chefe da SPAC deve apor suas considerações sobre o Ficha Informativa.
ii. Data:
Data de assinatura do comentário realizado pelo Chefe da SPAC.

Ø AVALIAÇÃO DA ASOCEA
i. Parecer da ASOCEA:
Campo destinado para registro do parecer da ASOCEA sobre a ficha, incluindo a
providência a ser adotada que pode consistir na expedição de notificação de infração;
no encaminhamento ao DECEA para as avaliações ou o seu arquivamento, por não se
constituir em infração; ou outra razão identificada no curso da análise.
ii. Data:
Data em que o Chefe da ASOCEA assina a ficha, formalizando o parecer da
Assessoria sobre o assunto.
90/115 MCA 121-5/2021

Anexo H - Relato de Possível Infração


DADOS DO PROVEDOR DE SERVIÇOS
Nome da Organização:
Endereço:
Município: UF:
Telefones:
E-mail:
Data da Observação:
NÃO CONFORMIDADES RELACIONADAS
Ficha(s) de Não Conformidade(s) Pergunta(s) Correlação
AIS-2014001 1.005 Versão 4 1.005 Versão 14
RELATO DA SITUAÇÃO OBSERVADA (Usar o verso, se necessário)
Texto do Relato

Dispositivos provavelmente infringidos:

_____ / ______/ _____ _______________________________________________________


Data Nome e assinatura do Relator – INSPCEA No

COMENTÁRIOS DO CHEFE DE EQUIPE


Texto do comentário

_____ / ______/ _____ _______________________________________________________


Data Nome e assinatura do chefe de equipe – INSPCEA No

AVALIAÇÃO DA ASOCEA
O Relato reflete uma das condições descritas no item 11.4 do MCA 121-5? Sim Não
a) inobservância deliberada de requisito legal b) ausência de providências para solução de c) prestação de serviço
ou normativo não conformidade deficiente com inaceitável
IS
Existe não conformidade(s) associada(s) ao relato que consta(m) da base de dados? Sim Não
Parecer da ASOCEA:

_____ / ______/ _____ _______________________________________________________


Data Chefe da ASOCEA

Relato nº _____/_________

Obs. 1: Os campos sombreados são reservados para preenchimento pela ASOCEA


Obs. 2: O INSPCEA deverá atentar para o que relato esteja em folha única ao imprimir. Caso necessite da
segunda página, não deverá seccionar a parte de avaliação da ASOCEA em folhas separadas.
MCA 121-5/2021 91/115

Continuação do Anexo H - Relato de Possível Infração

INSTRUÇÕES DE PREENCHIMENTO DO RELATO

DADOS DO PROVEDOR DE SERVIÇOS


I. Nome da Organização:
Registrar o mesmo nome da organização inspecionada constante do relatório de inspeção.
II. Endereço, Município e UF:
Endereço completo, para correspondência postal, da organização inspecionada.
III. Telefones:
Telefones de contato do responsável local pela organização inspecionada.
IV. Data da Observação:
Ainda que o Relato seja preenchido em data posterior, neste campo, deve ser indicada a
data em que o INSPCEA verificou o fato.
NÃO CONFORMIDADES RELACIONADAS
I. Ficha de Não Conformidade:
Numeração da Ficha de Não Conformidade. Exemplo: AIS-2014001.
II. Pergunta:
Número da pergunta da Ficha de Não Conformidade. Exemplo: 1.005 Versão 4.
III. Correlação:
Número da correlação atual. Exemplo: 1.005 Versão 14.
RELATO DA SITUAÇÃO OBSERVADA
I. Texto do Relato:
Descrever, de forma clara e sucinta, a situação encontrada que pode caracterizar uma
infração. Atentar para que esteja dentro das situações listadas no parágrafo 11.4 do MCA 121-
5.
II. Dispositivos provavelmente infringidos:
Citar qual ou quais disposições normativas julga que estão sendo descumpridas pela
organização inspecionada.
III. Data:
Data de assinatura do Relato, que pode ser posterior à data da observação, porém dentro
do período da inspeção local.
COMENTÁRIOS DO CHEFE DE EQUIPE
I. Texto do comentário:
Depois de tomar ciência do Relato e realizar verificações próprias sobre o assunto, o
chefe de equipe deve apor suas considerações sobre o Relato do INSPCEA.
II. Data:
Data de assinatura do comentário realizado pelo chefe de equipe, dentro do período da
inspeção local.
AVALIAÇÃO DA ASOCEA
IMPORTANTE: Este campo será respondido pela Divisão de Inspeções da ASOCEA, não
devendo ser efetuada nenhuma marcação pelo INSPCEA, nem pelo chefe de equipe.
92/115 MCA 121-5/2021

Continuação do Anexo H - Relato de Possível Infração

I. O Relato reflete uma das condições descritas no item 11.4 do MCA 121-5?
Marcar a opção, dentre as listadas de “a” a “c”, em que se enquadra o Relato em análise.
II. Existe não conformidade(s) associada(s) ao relato que consta(m) da base de
dados?
Registrar se o relato se refere a uma não conformidade da organização inspecionada
constante dos registros da Divisão de Inspeções. Se a não conformidade existe e foi detectada
durante a inspeção em que foi feito o relato, deve-se responder “sim”.
III. Parecer da ASOCEA:
Campo destinado para registro do parecer da ASOCEA sobre o Relato, incluindo a
providência a ser adotada que pode consistir na expedição de notificação de infração; no
encaminhamento ao DECEA para as avaliações; no arquivamento, por não se constituir em
infração; ou outra razão identificada no curso da análise.
IV. Data:
Data em que o Chefe da ASOCEA assina o Relato, formalizando o parecer da Assessoria
sobre o assunto.
V. Numeração do Relato:
A numeração será gerada pela ASOCEA.
MCA 121-5/2021 93/115

Anexo I - Ficha de Não Conformidade Preenchida

FICHA DE NÃO CONFORMIDADE

DATA
SETOR INSPECIONADO PSNA ABC
25 / 02 / 2021

NÃO CONFORMIDADE PERGUNTAS DO PROTOCOLO (Versão)


NÚMERO CNS-001
IMPACTO NA
CNS 3.005 Versão 12
SEGURANÇA – IS 1 2 3 X 4 5

DESCRIÇÃO DA NÃO CONFORMIDADE

O PSNA ABC não foi homologado e ativado pelo DECEA.

RECOMENDAÇÃO DO INSPETOR

O PSNA ABC deverá ser homologado e ativado pelo DECEA.

Prazo máximo para correção: 6 meses


Deve ser identificada e adotada medida mitigadora em prazo não superior a 10 dias.

<assinatura>
______________________________________________________________________
<assinatura>
______________________________________________________________________
<NOME DO RESPONSÁVEL PELO SETOR INSPECIONADO> <NOME DO INSPETOR> – INSPCEA No ______
94/115 MCA 121-5/2021

Continuação do Anexo I - Ficha de Não Conformidade Preenchida

Instruções para preenchimento


SETOR INSPECIONADO: Nome ou sigla do setor avaliado da organização inspecionada.
Exemplos:
Seção CNS do PSNA-ABC, CNS/PSNA-ABC, etc.
DATA: Data (dd/mm/aa) da formalização da Ficha de Não Conformidade, com assinatura do
INSPCEA e do responsável do setor.
NÃO CONFORMIDADE NÚMERO: Número sequencial atribuído pelo INSPCEA para a
não conformidade, precedido pela abreviatura da área avaliada. Cada área terá sua própria
sequência numérica.
Exemplos:
ATS-001, ATS-002, ATS-003, MET-001, MET-002, CNS-001, CNS-002, CNS-003, etc.
PERGUNTAS DO PROTOCOLO (Versão): Transcrição dos números que identificam as
perguntas do protocolo que geraram a não conformidade, precedida pelos caracteres que
designam a área da avaliação e pela versão do protocolo que foi aplicado. Toda não
conformidade deve estar associada a uma pergunta do protocolo e uma pergunta não
satisfatória não poderá constar em mais de uma Ficha de Não Conformidade.
Exemplos:
ATS 2.003, CNS 3.005, MET 7.001, etc.
IMPACTO NA SEGURANÇA (IS): Indicação do valor do IS, entre 1 e 5, identificado após
a aplicação dos procedimentos descritos no Capítulo 10, do MCA 121-5.
DESCRIÇÃO DA NÃO CONFORMIDADE: Texto gerado pelo INSPCEA que contemple
o(s) aspecto(s) abordado(s) pela(s) correspondente pergunta não satisfatória do protocolo. A
redação deve ser clara e concisa, sendo relatada a ressalva que se constitui na não
conformidade. Deverá ser realizada a “negativa” da respectiva pergunta.
Exemplo:
O PSNA ABC não foi homologado e ativado pelo DECEA.
RECOMENDAÇÃO DO INSPETOR: Texto que oriente a ação da organização
inspecionada no sentido de eliminar a não conformidade relatada. Deve-se descrever “o que”
deverá ser feito. A identificação de “como” será realizada é de responsabilidade da
organização inspecionada. Deve ser informado o prazo máximo para a correção e a
necessidade de aplicação de medida mitigadora, conforme descrito na Tabela 4 (item 10.4.2)
do MCA 121-5.
Exemplo:
O PSNA ABC deverá ser homologado e ativado pelo DECEA.
Prazo máximo para a correção: 6 meses;
Prazo máximo para implementação de medida mitigadora: 10 dias.
MCA 121-5/2021 95/115

Anexo J - Ficha Ações Corretivas Pendentes (FACP)


96/115 MCA 121-5/2021

Continuação do Anexo J - Ficha Ações Corretivas Pendentes (FACP)

INSTRUÇÕES DE PREENCHIMENTO DA FICHA

1 – DADOS DO PROVEDOR DE SERVIÇOS


PSNA: Lançar o nome da organização inspecionada.
Ex.: SBAQ, DTCEA-ST

Localidade: Lançar o nome do Município por extenso.


Ex.: Passo Fundo, Santos

Próxima Inspeção: Lançar a data prevista no plano anual de inspeções.


Ex.: 13/05/2019

Última Inspeção: Lançar a data da última inspeção conforme relatório de inspeção.


Ex.: 27/02/2017

Órgão Regional: Lançar o Órgão Regional ao qual está jurisdicionado o PSNA.


Ex.: CINDACTA I, CRCEA-SE

Órgão Superior: Lançar o Órgão Superior ao qual está subordinado administrativamente o


PSNA.
Ex.: INFRAERO, PETROBRAS

2 – IDENTIFICAÇÃO DAS NÃO CONFORMIDADES


N° da Ação Corretiva: Lançar o número da Não Conformidade (NC), conforme o sistema
informatizado de vigilância.
Ex.: CNS-2017001, MET-2018001

IS: Lançar o IS correspondente a NC, conforme o sistema informatizado de vigilância. Ex.: 5

Questão: Lançar o número da questão referente a NC, conforme o sistema informatizado de


vigilância.
Ex.: 3.035, 5.125

Versão: Lançar a versão do protocolo aplicado na última inspeção, conforme o sistema


informatizado de vigilância.
Ex.: 8, 11

Vencimento: Lançar a data em que vencerá o prazo determinado pelo IS ou pela prorrogação
deferida, caso não esteja vencido, ou lançar “expirado”, caso já esteja vencido o prazo.
Ex.: 20/07/2019, Expirado.
Anexo K – Protocolo de Inspeção
MCA 121-5/2021
97/117
98/117 MCA 121-5/2021

Continuação do Anexo K - Protocolo de Inspeção

SIGNIFICADO DAS COLUNAS DO PROTOCOLO


ORIENTAÇÃO AO INSPCEA

1ª coluna
Indica o requisito regulamentar que ampara a pergunta constante da segunda coluna.
2ª coluna
Pergunta para verificação do cumprimento, pelo provedor, do requisito regulamentar indicado
na primeira coluna.
3ª coluna
Resposta da organização inspecionada à pergunta constante da segunda coluna.
4ª coluna
Exemplos de evidências que poderão ser pesquisadas pelo inspetor em suporte à sua avaliação
quanto ao cumprimento daquele requisito regulamentar, por parte da organização
inspecionada.
5ª coluna
Posicionamento do inspetor (satisfatório, não-satisfatório ou não aplicável) em relação à
pergunta do protocolo, depois de avaliar as evidências obtidas.
6ª coluna
Campo no qual o INSPCEA descreve ou indica as evidências apresentadas pela organização
inspecionada que o levaram à conclusão indicada na quinta coluna. Esse procedimento deve
ser efetuado tanto para as perguntas com respostas não-satisfatórias, quanto para as perguntas
com respostas satisfatórias. As perguntas cujo posicionamento do INSPCEA seja não
aplicável, deverão, também, ser justificadas.
MCA 121-5/2021 99/115

Anexo L - Formulário de Incorreções do Relatório - FORM


100/115 MCA 121-5/2021

Continuação do Anexo L - Formulário de Incorreções do Relatório - FORM


INSTRUÇÕES DE PREENCHIMENTO DO FORMULÁRIO

1 – DADOS DO PROVEDOR DE SERVIÇOS


PSNA: registrar o nome da organização inspecionada.
Ex.: EPTA A SBAQ, DTCEA-ST

CH EQUIPE: nome do militar designado chefe de equipe e registrado no relatório de inspeção


Ex: MAJ Fulano, CEL R/1 Siclano

RELATÓRIO N°: registrar o número e o ano do relatório de inspeção


Ex.: 001/ASOCEA/2008, 048/ASOCEA/2020

PERÍODO: registro da data do período da inspeção


Ex.: 22 a 25 MAIO 2018, 1° a 04 ABR 2020, 29 SET a 02 OUT 2019

ENVIO PREV REL: registro da data do envio do relatório para a ASOCEA


Ex.: 27 MAIO 2018, 09 ABR 2020, 15 OUT 2019

DATA: registro da data que foi feita a verificação do relatório


Ex.: 30 MAIO 2018, 10 ABR 2020, 15 OUT 2019

VERIFICADOR: nome do militar da SCO que fez a verificação do relatório de inspeção


Ex: 3S Fulano, CB Siclano

REVISOR: nome do militar da SCO que fez a revisão da verificação do relatório de inspeção
Ex: 3S Fulano, CB Siclano
MCA 121-5/2021 101/115

Anexo M - Avaliação do IS

PROBLEMA 1

O Aeródromo SXXX possui, há 10 anos, ligações regulares com 3 aeródromos: SXXY,


SXXZ e SXXW. Em todos os 10 anos de operação, as tripulações ao elaborarem seus planos
de voos indicam como alternativa, respectivamente, AXXY, AXXZ e AXXW.
A equipe MET do CMA, como o faz há 10 anos, coleta todas as informações meteorológicas
sobre os aeródromos SXXY, SXXZ, SXXW, AXXY, AXXZ e AXXW, porém, não tem
fornecido à Sala AIS as informações de todos os aeródromos sob a responsabilidade daquele
Centro Meteorológico, às vezes, deixando de fornecer as condições do aeródromo TXXX.
O aeródromo TXXX está na área de responsabilidade do CMA, porém, como não possui
terminal de passageiros, nunca foi utilizado como alternativa pela aviação que se utiliza de
SXXX.
Uma possibilidade de evento perigoso seria ocorrer alguma condição meteorológica adversa
em TXXX que deveria ser de conhecimento de uma tripulação que se dirige à Sala AIS e que
não tenha sido divulgada pelo CMA.

PASSOS PARA AVALIAÇÃO DO IMPACTO NA SEGURANÇA – IS

1º Passo: Listar a sequência de eventos que podem resultar em um evento perigoso.


1. A tripulação de uma aeronave reporta a ocorrência de cortante de vento em TXXX;
2. O CMA não divulga a informação recebida para a Sala AIS.
3. A tripulação de uma aeronave com 3 tripulantes e 45 passageiros planeja voo para
SXXY e declarando TXXX como alternativa, inferindo que as condições meteorológicas
em TXXX são as mesmas que em SXXY devido à proximidade desses dois aeródromos.
4. SXXY suspende temporariamente as operações e a aeronave segue para a alternativa
para aguardar a reabertura de SXXY.
5. Aeronave enfrenta perda de sustentação na final e choca-se com o solo imediatamente
antes da cabeceira com perda total e morte de todos os ocupantes.

2º Passo: Determinar o Fator Severidade a partir da Tabela 1.


Tendo em vista a ocorrência de destruição da aeronave com morte de seus ocupantes
FS=CATASTRÓFICO (A).

3º Passo: Determinar o Fator Probabilidade a partir da Tabela 2.


1. Um evento perigoso dependeria de uma tripulação optar pela alternativa TXXX, no
fechamento de SXXY. Esta situação ocorre muito raramente, não havendo registro de que
isso tenha ocorrido nos últimos 5 anos, já que existem as alternativas SXXW e SXXZ
usualmente utilizadas.
2. Há registros de que no período de 1964 a 1985 ocorreram 26 acidentes que tiveram o
windshear como fator contribuinte. Muitas aeronaves já são equipadas com dispositivos
que permitem detectar a ocorrência desse fenômeno meteorológico. Além disso, a situação
torna-se crítica quando o problema se dá em baixos níveis, na aproximação para o pouso,
por exemplo. Tal situação pode ocorrer, porém, é pouco provável o que leva a um
FP=POSSÍVEL (3).
102/115 MCA 121-5/2021

Continuação do Anexo M - Avaliação do IS

4º Passo: Obter o Nível do Risco a partir do produto dos dois Fatores (FS X FP – Tabela
3) e identificar o Impacto da Segurança – IS na Tabela 4.
Nível do Risco = A x 3 = 3A.
Com tal valor, na Tabela 4, identifica-se IS = 3A, ou seja, é “Alto” o impacto na segurança,
requerendo a adoção de medida mitigadora em, no máximo, 48 horas e correção definitiva
do problema em, no máximo, 2 meses.

PROBLEMA 2

Os aeródromos SXXX e TXXX estão afastados cerca de 30 km.


Apesar da proximidade, existem procedimentos específicos para a operação por instrumento
nos dois aeródromos, que permitem o máximo aproveitamento de suas capacidades.
No entanto, o procedimento de aproximação para SXXX requer a existência de teto mínimo
de 2500 pés na vertical da ATZ José Longo. Quando cancelado este procedimento, o circuito
para SXXX e TXXX é único, restringindo a capacidade dos dois aeródromos.
O Previsor MET, muito experiente na função e profundo conhecedor das condições da região,
faz uso de observação visual das condições atmosféricas, não consultando regularmente os
METAR para orientar suas informações quanto ao cancelamento ou liberação dos
procedimentos de aproximação por instrumentos. Historicamente, há problemas de teto na
vertical da ATZ, apenas, algumas vezes por semana no inverno.
Uma possibilidade de evento perigoso seria ocorrer a melhoria das condições que permitisse a
liberação do procedimento específico de SXXX e o Previsor, baseando-se em avaliações que
não levem em conta informações oficiais, manter o procedimento cancelado, na hora pico dos
aeródromos.

PASSOS PARA AVALIAÇÃO DO IMPACTO NA SEGURANÇA – IS

1º Passo: Listar a sequência de eventos que podem resultar no evento perigoso.


1. Previsor MET cancela procedimento baseado em informação do METAR.
2. Cancelamento do procedimento é mantido até a hora pico de operação em SXXX e
TXXX.
3. Novo METAR indica teto acima de 2500 pés na vertical da ATZ José Longo mas
Previsor não libera procedimento porque, baseando-se em sua experiência prática, enquanto
o Morro do Justo estiver encoberto o teto na ATZ José Longo seria inferior a 2500 pés.
4. Ocorre grande acúmulo de tráfego e atraso nas operações em SXXX e TXXX.

2º Passo: Determinar o Fator Severidade a partir da Tabela 1.


Não risco há segurança. O que ocorre é o comprometimento da regularidade das operações.
Assim, FS=INSIGNIFICANTE (E).
MCA 121-5/2021 103/115

Continuação do Anexo M - Avaliação do IS

3º Passo: Determinar o Fator Probabilidade a partir da Tabela 2.


1. Considerando que o problema ocorre algumas vezes por semana, no período do inverno e
que o evento perigoso se dá na hora pico.
2. Uma vez que o Previsor sempre faz uso de sua experiência, prescindindo a consulta aos
METAR, trata-se de situação que certamente se repetirá na época do inverno, levando a um
FP=POSSÍVEL (3).

4º Passo: Obter o Nível do Risco a partir do produto dos dois Fatores (FS X FP – Tabela
3) e identificar o Impacto da Segurança – IS na Tabela 4.
Nível do Risco = E x 3 = 3E.
Com tal valor, na Tabela 4, identifica-se IS = 4, ou seja, é “Baixo” o impacto na segurança,
requerendo a adoção de medida mitigadora em, no máximo, 10 dias e correção definitiva
do problema em, no máximo, 6 meses.

PROBLEMA 3

Em SXXX existem diversos voos regulares destinados a 10 aeroportos.


Embora exista um terminal de computador dedicado à consulta de NOTAM pela tripulação, a
Sala AIS disponibiliza, antecipadamente, os NOTAM impressos, distribuídos em 10 pastas,
uma para cada aeroporto, para facilitar a consulta da tripulação. No entanto, os operadores da
Sala AIS estabeleceram uma rotina de atualizar as referidas pastas duas vezes ao dia: no início
das operações da Sala, às 8 horas, e no início da tarde, às 13 horas.

Uma possibilidade de evento perigoso seria uma tripulação efetuar o planejamento do seu voo
sem o conhecimento de informação constante de NOTAM que não foi colocado na pasta
correspondente.

PASSOS PARA AVALIAÇÃO DO IMPACTO NA SEGURANÇA – IS

1º Passo: Listar a sequência de eventos que podem resultar no evento perigoso.


1. Às 10 horas foi expedido um NOTAM, com efeito imediato, notificando que a pista de
pouso e decolagem do aeródromo TXXX encontra-se escorregadia quando molhada, devido
à existência de coeficiente de atrito abaixo do valor mínimo estabelecido pelas normas em
vigor.
2. A tripulação da aeronave KKK, com 3 tripulantes e 29 passageiros, acostumada à
facilidade criada pela Sala AIS, consulta, apenas, a pasta dos NOTAM vigentes do TXXX,
não utilizando o sistema informatizado.
3. Às 11 horas a tripulação da aeronave KKK planeja seu voo para TXXX e considera,
apenas, a informação da existência de chuva leve sobre o aeródromo TXXX, fazendo uso
do máximo peso permitido pelas condições naquele aeródromo.
104/115 MCA 121-5/2021

Continuação do Anexo M - Avaliação do IS


4. Durante o pouso no TXXX a tripulação enfrenta problemas de controle direcional e a
aeronave derrapa, sai da pista lateralmente e ocorre o colapso do trem de pouso,
danificando a asa esquerda e com derramamento de combustível, gerando incêndio e uma
explosão que rompe a parte central da fuselagem. Resulta perda total da aeronave e
falecimento de 20 dos 32 ocupantes.

2º Passo: Determinar o Fator Severidade a partir da Tabela 1.


Tendo em vista a ocorrência de destruição da aeronave com morte de 20 dos seus
ocupantes, FS= CATASTRÓFICO (A).

3º Passo: Determinar o Fator Probabilidade a partir da Tabela 2.


1. A disponibilização de NOTAM em pastas como facilidade para a tripulação e sua
atualização 2 vezes ao dia gera a possibilidade de que a pasta não esteja atualizada em
várias horas durante o dia.
2. Considerando que é prática comum o procedimento da Sala AIS a ocorrência de
acidente dependeria da existência de condições críticas da pista do aeroporto de destino e
da perda do controle direcional da aeronave pela tripulação. Reconhecidamente, sabe-se
que alguns aeródromos têm dificuldades em realizar os serviços de remoção de borracha,
podendo significar, em alguns casos, que o atrito da pista seja comprometido.
Adicionalmente, a condição de pista escorregadia precisaria estar conjugada com a
existência de condições meteorológicas desfavoráveis. Trata-se de um evento perigoso e
deverá ocorrer, sendo o FP = 1.

4º Passo: Obter o Nível do Risco a partir do produto dos dois Fatores (FS X FP – Tabela
3) e identificar o Impacto da Segurança – IS na Tabela 4.
Nível do Risco = A x 1 = 1A
Com tal valor, na Tabela 4, identifica-se IS = 1, ou seja, é “Inaceitável” o impacto na
segurança, requerendo a adoção de medida mitigadora, se não for possível a correção
imediata, caso contrário as operações deverão ser suspensas.

PROBLEMA 4

Em uma TWR há uma instrução interna que detalha o conteúdo do treinamento a ser
ministrado aos controladores que são incorporados a equipe, antes de assumir posições
operacionais, entretanto, o treinamento previsto não contempla o fornecimento de todas as
informações operacionais específicas do setor, tal como a existência de acordo operacional
que restringe a utilização simultânea da pista de táxi paralela e da pista de pouso e decolagem
por aeronaves Classe D ou E. Naquele aeroporto, uma vez por semana (às sextas-feiras) existe
a proximidade nos horários das operações de uma aeronave Classe E com outra Classe D.
Uma possibilidade de evento perigoso seria a TWR receber um novo controlador e ministrar
seu treinamento, porém, a instrução não contemplar a orientação da existência do mencionado
acordo operacional e o controlador, quando na posição operacional, autorizar a operação
simultânea.
MCA 121-5/2021 105/115

Continuação do Anexo M - Avaliação do IS

PASSOS PARA AVALIAÇÃO DO IMPACTO NA SEGURANÇA – IS

1º Passo: Listar a sequência de eventos que podem resultar no evento perigoso.


1. A aeronave Classe E atrasa sua preparação para o voo e novo horário para decolagem
está próximo do pouso da aeronave Classe D.
2. Novo controlador é integrado na equipe de uma TWR, porém, o treinamento não
contempla orientações sobre a observância do acordo operacional que restringe a utilização
simultânea da pista de táxi paralela e da pista de pouso e decolagem por aeronaves classe D
ou E.
3. O operador autoriza o taxiamento de uma aeronave classe E após já haver autorizado o
pouso de uma outra aeronave classe D.
4. A aeronave no pouso enfrenta problemas de controle direcional e sai lateralmente da
pista de pouso, ocorrendo um choque entre as pontas das asas das duas aeronaves.
5. Ocorre derramamento de combustível de uma das aeronaves e inicia-se um incêndio,
seguido de explosão em uma das aeronaves. Resulta perda total de uma aeronave,
significativos danos na outra e morte de 5 dos 60 ocupantes da aeronave que efetuava o
pouso.

2º Passo: Determinar o Fator Severidade a partir da Tabela 1.


Tendo em vista a ocorrência de destruição em uma das aeronaves com morte de 5 dos seus
ocupantes e danos significativos na outra, FS= CATASTRÓFICO (A).

3º Passo: Determinar o Fator Probabilidade a partir da Tabela 2.


1. O Controlador recém incorporado à equipe desconhece o acordo operacional e sempre
autorizará a operação simultânea, quando estiver em serviço na TWR. No entanto, a
coincidência dos dois movimentos (taxi da Classe E e pouso da Classe D) é rara, ocorrendo
algumas pouquíssimas vezes no ano.
2. A possibilidade de ocorrer o desvio lateral da aeronave no pouso e seu deslocamento
ocorrer de forma a gerar o impacto com uma aeronave no táxi é situação excepcional, que
depende do encadeamento de situações raras, por exemplo, incluindo condições
meteorológicas adversas e má condição de frenagem da pista. Desta forma, trata-se de
situação improvável, sendo o FP= REMOTA (5).

4º Passo: Obter o Nível do Risco a partir do produto dos dois Fatores (FS X FP – Tabela
3) e identificar o Impacto da Segurança – IS na Tabela 4.
Nível do Risco = A x 5 = 5A
Com tal valor, na Tabela 4, identifica-se IS = 4, ou seja, é “Baixo” o impacto na segurança,
requerendo a adoção de medida mitigadora em, no máximo, 10 dias e a correção do
problema, no máximo, em 6 meses.
106/115 MCA 121-5/2021

Continuação do Anexo M - Avaliação do IS

PROBLEMA 5
A Subdivisão da entidade Aeroespaço Brasil XWXY possui aprovado o Programa de
Segurança e Defesa dos órgãos e entidades provedoras dos Serviços de Navegação Aérea, na
sua área de jurisdição. Entretanto, em face da elevada carga de trabalho dos colaboradores do
setor não foi possível estabelecer rotinas padronizadas a serem adotadas, nos órgãos ATS, nas
diversas situações relacionadas com os atos de interferência ilícita contra a aviação civil (SEC
3.020/NCF). A Subdivisão tem envidado esforços, porém, sem lograr êxito, junto à SIAT, no
sentido de capacitar, conforme previsto, o pessoal ATS dos órgãos da área de jurisdição do
CINDACEA VI, incluindo os da INFRAERA e de outras empresas. O Plano de Segurança e
Defesa foi elaborado com base em normas revogadas, ficando o plano, dessa forma, sem
abordar os elementos essenciais previstos para o seu conteúdo.

1º Passo: Listar a sequência de eventos que podem resultar no evento perigoso.


1. As ações a serem adotadas nos casos de atos de interferência ilícita inexistem no
Programa de Segurança e Defesa.
2. O pessoal ATS dos órgãos de sua área de jurisdição não estão capacitados por meio de
curso específico e nem por treinamento de reciclagem para lidarem com casos de atos de
interferência ilícita.
3. O Plano de Segurança e Defesa está defasado, por ter sido elaborado com base em
normas revogadas, sendo pouco confiável em caso da necessidade de ações defensivas,
ofensivas e de proteção, a fim de garantir o grau de segurança desejado das instalações dos
órgãos e entidades provedoras dos Serviços de Navegação Aérea.

2º Passo: Determinar o Fator Severidade a partir da Tabela 1.


Tendo em vista a vulnerabilidade dos órgãos ATS diante de atos de interferência ilícita sem
que haja ações a serem adotadas nos casos de atos de interferência ilícita. Dependendo dos
danos causados podem tornar inoperante um órgão de controle de tráfego aéreo que tenha
sido o alvo de atos de interferência ilícita por explosivo. Com isto, FS = CATASTRÓFICO
(A).

3º Passo: Determinar o Fator Probabilidade a partir da Tabela 2.


A possibilidade de ocorrerem atos de interferência ilícita em quaisquer órgãos provedoras
dos Serviços de Navegação Aérea subordinados à entidade Aeroespaço Brasil XWXY de
forma a impactar a prestação de serviço é situação de constante preocupação. Mesmo que
nunca tenha ocorrido e sem nenhuma evidência de planejamento de ataque este cenário é
plausível. Desta forma, trata-se de situação possível, sendo o FP = POSSÍVEL (3).

4º Passo: Obter o Nível do Risco a partir do produto dos dois Fatores (FS X FP – Tabela
3) e identificar o Impacto da Segurança – IS na Tabela 4.
Nível do Risco = A x 3 = 3A.
Com tal valor, na Tabela 4, identifica-se IS = 2, ou seja, é “Alto” o impacto na segurança,
requerendo a adoção de medida mitigadora em, no máximo, 2 meses e a correção do
problema, no máximo, em 48 dias.
MCA 121-5/2021 107/115

Anexo N - Relatório de Inspeção

COMANDO DA AERONÁUTICA
ASSESSORIA DE SEGURANÇA OPERACIONAL DO CONTROLE DO ESPAÇO AÉREO

RELATÓRIO DE INSPEÇÃO
Nº / ASOCEA / 20XX

ORGANIZAÇÃO INSPECIONADA PERÍODO


DESTACAMENTO DE CONTROLE DO ESPAÇO AÉREO DE XXX – DTCEA-XX 00/00/00 a 00/00/00

EQUIPE DE INSPEÇÃO
Ten Cel Av JOÃO ALVES – chefe de equipe
Maj Com JOSÉ SOUSA – CNS
1º Ten CTA JOSÉ RIBEIRO – ATS
2º Sgt BMT MARIA SANTOS – MET
2º Sgt SAI ANA SILVA - AIS

Qtd Perguntas do Qtd Respostas não


Serviços Inspecionados Protocolo Aplicáveis Satisfatórias
AIS
26 2
Informação Aeronáutica
ATS
32 0
Tráfego Aéreo
CNS
34 0
Comunicação, Navegação e Vigilância
CTG
NA NA
Cartografia
ENS
NA NA
Ensino
EPTA-B
NA NA
Estação Provedora de Svç de Telecom. e ATS Classe B
MET
28 1
Meteorologia Aeronáutica
PANS-OPS
NA NA
Procedimentos de Navegação Aérea
SAR
NA NA
Busca e Salvamento
SAU
NA NA
Saúde
SGSO
NA NA
Sistema de Gerenciamento da Segurança Operacional
108/115 MCA 121-5/2021

Continuação do Anexo N - Relatório de Inspeção

DADOS DA ORGANIZAÇÃO INSPECIONADA


DESTACAMENTO DE CONTROLE DO ESPAÇO AÉREO DE XXXX – DTCEA-XX

ENDEREÇO
Aeroporto Internacional XXXXX - Av. XXXXX, Nº 00 - Cidade - UF CEP: 00000-000

RESPONSÁVEL
COMANDANTE – JOÃO DA SILVA MAJ COM
TEL. FUNCIONAL FAX E-MAIL
(00) 0000-0000 (00) 0000-0000 dtceaxx@cindactax.intraer

I – FINALIDADE
O presente relatório apresenta o resultado da inspeção regular realizada no(a) DTCEA-XX
(EPTA YYYY), em cumprimento ao plano anual de inspeções de 20XX.

II – DESENVOLVIMENTO DA INSPEÇÃO
O DTCEA-XX foi comunicado pela ASOCEA por intermédio de comunicação de inspeção
nº 000/20XX, datada de dia/mês/ano, sobre a realização de inspeção regular, no período de dia/mês a
dia/mês/ano.
Em cumprimento ao que estabelece a ICA 121-10 e o MCA 121-2, os eventos da inspeção se
sucederam conforme abaixo detalhado:
- reunião de coordenação inicial da equipe de inspeção – dia / mês;
- reunião de abertura – dia / mês;
- avaliação no local – dia / mês a dia / mês;
- reunião de coordenação final da equipe de inspeção – dia / mês; e
- reunião de encerramento – dia / mês.
Esta foi a primeira inspeção realizada no(a) DTCEA XX (EPTA YY).

Foram utilizadas as seguintes versões dos protocolos de inspeção:


- AIS – versão 8 – 25/FEV/201X.
- ATS – versão 9 – 03/JUN/201X.
- CNS – versão 8 – 25/FEV/201X.
- MET – versão 8 – 28/MAI/201X.

Com respeito aos levantamentos realizados pela equipe de inspeção, atuaram como
responsáveis pelo fornecimento das informações solicitadas pelos inspetores os seguintes técnicos do
efetivo do DTCEA-XX:
- AIS – 1º Ten SIA João da Silva.
- ATS – 2º Ten CTA João Santos.
- CNS – SO BET João Gomes.
- MET – 1º Sgt BMT João Oliveira.
MCA 121-5/2021 109/115

Continuação do Anexo N - Relatório de Inspeção

III – FICHAS DE NÃO CONFORMIDADES


Anexas ao presente relatório constam as fichas de não conformidades elaboradas pelos
inspetores das respectivas áreas, e assinadas tanto pelo INSPCEA quanto pelo responsável da
organização inspecionada, conforme abaixo discriminado:
- Anexo A – AIS 0 ficha(s);
- Anexo B – ATS 2 ficha(s);
- Anexo C – CNS 1 ficha(s); e
- Anexo D – MET 0 ficha(s).
01 (uma) via original de cada FNC foi entregue ao Comandante do DTCEA-XX (ou
responsável pela EPTA X), Maj Com JOÃO DA SILVA (Sr. Antônio José), por ocasião da reunião de
encerramento, visando à elaboração do seu plano de ações corretivas.

Foram eliminadas e validadas as não conformidades referentes às FAC:


AIS 2011001(1.085V2/1.085V9);
ATS 2011001 (2.087V2/2.087V9);
CNS 2011001 (3.007V2/3.007V9; e
MET 2011001 (7.021V2/7.021V8).

As não conformidades abaixo discriminadas não foram avaliadas, visto não existir correlação
com as perguntas dos respectivos protocolos, vigentes nesta inspeção:

FAC AIS 2011002(1.113V2;


FAC ATS 2011002 (2.095V2);
FAC CNS 2011004(3.029V2); e
FAC MET 2011004(7.055V2).

Permaneceram as seguintes Não Conformidades, conforme abaixo discriminado:

FAC CNS 2008002 (7.401.05V1/3.039V9), referente ao efetivo das especialidades BCO e BET. O
prazo para solução da não conformidade encontra-se prorrogado até dia/mês/ano, por intermédio da
MSG (FAX) Nº XXX/ASOCEA/YYY, de 00.00.2016 (ou: ...O prazo para solução da não
conformidade vencerá em 00/00/2017).

FAC AIS 2011003 (7.348V2/1.139V9) – O DTCEA-XX (EPTA) permanece com quantidade


insuficiente de pessoal AIS qualificado para cumprir todas as suas atribuições. Foi solicitada
prorrogação do prazo à ASOCEA, por meio do Ofício/Carta/FAX nº 00, de 00/00/00.

FAC MET 2014003 [7.007V4/(7.005V9 e 7.289V9)] - O DTCEA-XX permanece com efetivo de


meteorologistas de nível superior e técnico com qualificação e em quantidade insuficientes para a
execução de todas as suas atribuições relativas ao Serviço de Meteorologia Aeronáutica.
110/115 MCA 121-5/2021

Continuação do Anexo N - Relatório de Inspeção

As seguintes não conformidades foram identificadas pela equipe e eliminadas durante a fase
de inspeção local:
MET 7.001, 7.003, 7.009 e 7.029 - Instruções de Serviço desatualizadas.

AIS 1.009, 1017, 1.043, 1.055, 1.149 - não implementação de documentos.

IV – COMENTÁRIOS FINAIS

A inspeção ocorreu conforme planejado e seguiu as normas vigentes.

Localidade, dia de mês de ano.

Aprovo:

_____________________________________ __________________________________________________
JOÃO ALVES Ten Cel Av - INSPCEA No 00 Cel Av XXXXXXXXXXXXXXXX
CHEFE DA EQUIPE DE INSPEÇÃO Chefe da ASOCEA
MCA 121-5/2021 111/115

Anexo O - Errata

ERRATA DO RELATÓRIO DE INSPEÇÃO N° /ASOCEA/

Onde se lê:

<Texto a ser corrigido ou complementado>

Inclua-se (ou Leia-se):

<Novo texto a ser considerado ou a ser incluído>

Rio de Janeiro, <dia> de <mês> de <ano>

<nome e posto do Chefe da ASOCEA>


Chefe da ASOCEA

Errata processada através dos FORM 001 nº 001/2019 arquivados na Seção de Controle da
Divisão de Inspeções da ASOCEA.
112/115 MCA 121-5/2021

Anexo P - Pedido de Reconsideração de Não Conformidade


MCA 121-5/2021 113/115

Anexo Q - Notificação de Infração


NOTIFICAÇÃO No XXX/ASOCEA-NI/ANO
Ao Senhor _____________________
DADOS DO PROVEDOR DE SERVIÇOS NOTIFICADO
Endereço:
Município: UF:
E-mail
Telefones:
Data da Observação:
NÃO CONFORMIDADE(S) RELACIONADA(S)
Ficha(s) de Não Conformidade Questão(ões) Correlação(ões)
MET 2011003 7.037 Versão 4 7.037 Versão 11
RELATO DA POSSÍVEL INFRAÇÃO

Dispositivos provavelmente infringidos:

Encaminho para as providências, alertando quanto à necessidade de serem prestados os


esclarecimentos devidos e solicitando, após o preenchimento do quadro abaixo e sua assinatura, a remessa
de cópia desta notificação para o Fax (21) 2139-9678 ou para o e-mail dinsp.asocea@fab.mil.br.
Encaminho para as providências, alertando quanto à necessidade de serem prestados os
esclarecimentos devidos e solicitando, após o preenchimento do quadro abaixo e sua assinatura, a remessa
de cópia desta notificação para o Fax (21) 2139-9678 ou para o e-mail protocolo.asocea@fab.mil.br.

Rio de Janeiro, ____ de _______________ de ______.

_____________________________________________________________________________
Chefe da ASOCEA
Recorte aqui

DADOS DO RESPONSÁVEL PELA ORGANIZAÇÃO PROVEDORA DE SERVIÇOS


Nome:
Identidade: CPF:
Telefones de contato:
E-mails:
Estou ciente de que, tendo em vista o disposto no item 16.2.6 da ICA 121-5/2021, esta Organização deverá, em
um prazo máximo de 15 dias corridos a contar da data do recebimento desta notificação, encaminhar suas justificativas à
ASOCEA sobre o relato acima (Av. Marechal Câmara 233, 12º andar, Rio de Janeiro/RJ – CEP 20.020-080). Tenho
conhecimento de que a ausência de manifestação desta Organização provedora de serviços, dentro do prazo estabelecido,
implicará no reconhecimento dos termos desta notificação e ensejará a aplicação das sanções que o DECEA julgar
pertinentes.

_____ / ______/ _____ _______________________________________________________


Data de recebimento Assinatura
114/115 MCA 121-5/2021

Anexo R - Ficha de Ação Corretiva

FICHA DE AÇÃO CORRETIVA


DATA
SETOR INSPECIONADO GNA ABC
22/02/2020

NÃO CONFORMIDADE PERGUNTAS DO PROTOCOLO (VERSÃO)


NÚMERO CNS-001
CNS 3.087 Versão 12
IMPACTO NA
SEGURANÇA – IS
1 2 X 3 4 5

TRANSCRIÇÃO DA RECOMENDAÇÃO

O GNA-ABC deverá assegurar que os equipamentos requeridos se mantenham em condições


operacionais.

Prazo máximo para a correção: 4 meses.


Prazo máximo para implementação de medida mitigadora: 48 horas.

GNA ABC
AÇÃO CORRETIVA DO(A) _______________________________________________

Implantação de um Plano de Manutenção dos Equipamentos NAV/COM e contratação


de empresa especializada para sua execução, conforme detalhamento a seguir:
Implementação
Detalhamento da Ação
Início Fim
Elaboração do Plano de Manutenção dos
05/03/2020 31/03/2020
Equipamentos NAV/COM
Contratação de Empresa Especializada para a
01/04/2020 15/05/2020
execução do Plano de Manutenção
Inclusão no procedimento de programação
financeira da Empresa de provisão para a
16/05/2020 20/05/2020
renovação anual do contrato de manutenção dos
equipamentos NAV/COM
Atividade da Empresa contratada para a
20/05/2020 19/05/2020
manutenção dos equipamentos NAV/COM

MEDIDA MITIGADORA ADOTADA


Contratado, em caráter emergencial, a Empresa MNTNAVCOM Ltda para realizar um
diagnóstico dos equipamentos sob a responsabilidade do GNA ABC e executar ações
corretivas das discrepâncias identificadas.

______________________________________________________________________
<NOME DO RESPONSÁVEL DA ORGANIZAÇÃO>
<assinatura>
MCA 121-5/2021 115/115

ÍNDICE

Elementos Críticos, 3.1


Evidências, 8.4
Fator,
Severidade, 10.2
Probabilidade, 10.3
Ficha de Não Conformidade, 9
Impacto na Segurança, 10.4
Inspeção,
Regular, 5
Sistêmica, 6
Seguimento, 7
Notificação, 16
Protocolo de Inspeção, 8
Plano Anual de Inspeções, 4.1
Plano de Ações Corretivas,
da Inspeção Regular, 5.4.3
da Inspeção Sistêmica, 6.3.1
Princípios,
eficiência, 2.2.20
impessoalidade, 2.2.6
legalidade, 2.2.2
moralidade, 2.2.11
oportunidade, 2.2.24
publicidade, 2.2.16
razoabilidade, 2.2.25
Protocolos de Inspeção, 8
Relato de Possível Infração, 11
Relatório da Inspeção,
Regular, 12.1
Sistêmica, 12.2
de Seguimento, 12.3
Específica, 12,4

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