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Sobrepeso e Obesidade - Marco Fortes

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Professor Dr.

Marco Fortes
- Nutricionista – Universidade Anhanguera
- Professor de Educação Física – Universidade Estadual de Londrina
- Esp. Treinamento Personalizado e Musculação – UNOPAR
- Esp. Fisiologia do Exercício - Universidade Gama-Filho
- Esp. Prescrição de Fitoterápicos e Suplementação Nutricional Clínica e Esportiva -
Universidade Estácio de Sá
- Certificação em Ciência da Obesidade – PABOM | SBEMO
- Mestre e Doutor em Ciências (Fisiologia Humana) – ICB | USP
- Professor Universitário
- Coautor dos Livros MIT A FUNDO | Fecha a Boca e Treina II
- Autor de capítulos e artigos internacionais
- Diretor Sociedade Brasileira de Medicina da Obesidade – SBEMO
- Diretor Sociedade Brasileira de Andropausa e Menopausa - SBAM
De onde vem a informação que você “replica”?
Mudança Clínica
VS
Efeito da Intervenção
Mudança Clínica ou
mudança de desfecho Efeito da Intervenção

• Melhora do paciente após um • Melhora do paciente excluindo todos


tratamento qualquer; os efeitos de confusão (fatores
confundidores);
• “Na minha prática clínica”;
• Necessário:
• “A prática é diferente da teoria”; • Grupos de comparação

• “O que importa é a melhora dos pctes”; • Então → possível subtrair os efeitos


de confusão da melhora do paciente;
• Muitos casos, houve melhora sem a
causa da intervenção. • Só é possível mensurar isso em um
Ensaio Clínico Aleatorizado.
Fatores confundidores
• O quanto a melhora do paciente pode ser atribuída ao tratamento?

• Fatores que mudam os desfechos clínicos além dos efeitos do tratamento propriamente
dito:

1. Recuperação natural → (prognóstico favorável – ex. gripe);

2. Regressão para a média → (fenômeno estatístico – paciente procura quando é grave);

3. Hawthorne effect – Polite patients – Pacientes bonzinhos → exageram em sua recuperação;

4. Placebo → o “ritual” de uma intervenção pode produzir efeitos por si só (6%);

5. Viés de memorização – Recall Bias → Sua memória reconhece apenar eventos extremos (bons
e ruins), e na média o prescritor não sabe se é bom ou ruim.
Exemplo → emagrecimento
• Caso 1
• O indivíduo P.J.S. relatou que quando tomou o suplemento
masteremagrecimator®, emagreceu:
• Processo de emagrecimento: Envolve déficit calórico e atividade
física;
• Ao iniciar o uso do suplemento P.J.S. reduziu suas baladas no findi, reduziu o
consumo de comidas ultraprocessadas e a quantidade de alimento que
consumia diariamente.

• Usou suplemento: Durante todo o processo!


• Relato final: Quando foi à balança conferir o peso, P.J.S. tinha reduzido
4 Kg e o suplemento que era responsável pelo emagrecimento.
Exemplo → imunidade
• Caso 2

• O indivíduo J.P.S. relatou que quando tomou o


suplemento masterimmunity®, se curou da gripe:

• Gripe: Dura entre 5 e 7 dias;


• Usou o suplemento: Dia 3, 4 e 5;
• Relato final: No dia 7 relatou que a gripe passou e o
suplemento que o curou e melhorou sua imunidade.
Resumindo

• Melhora clínica não tem nada a ver com efeitos de intervenção;

• Não há como medir efeitos de intervenção na clínica;

• Solução → Ensaios controlados aleatorizados!


Como as pessoas são convencidas
e manipuladas facilmente para
acreditar nos GURUS com
milhares de seguidores e famosos
com e falácia da autoridade
Falácias da lógica argumentativa

• Construção e exposição de raciocínio ou argumentação;

• Falácia → qualidade do que é falaz; falsidade


→ no aristotelismo, qualquer enunciado ou raciocínio falso
que entretanto simula a veracidade; sofisma

• Existem inúmeras falácias


Principais falácias da lógica argumentativa
• Espantalho
• Ao exagerar, desvirtuar ou simplesmente inventar um argumento de alguém, fica
bem mais fácil apresentar a sua posição como razoável ou válida.
• Depois de Felipe dizer que gordura saturada eleva LDL e risco cardiovascular, Jader
respondeu dizendo estar surpreso que Felipe apoie a indústria farmacêutica que
quer vender mais remédios para a população.
• Causa falsa
• Causalidade VS Correlação → supõe que, pelo fato de duas coisas
estaremacontecendo juntas, uma é a causa da outra
• Apontando para um gráfico metido a besta, Rogério mostra como a quantidade de
ingestão de carboidratos têm aumentado nos últimos séculos, ao mesmo tempo em
que o número de obesos tem aumentado; sendo assim, obviamente, o carboidrato é
o único responsável pela obesidade mundial 🤡.
Principais falácias da lógica argumentativa
• Apelo a emoção
• Manipular uma resposta emocional no lugar de um argumento válido ou convincente → são
relacionados a medo, inveja, ódio, pena, orgulho, entre outros.
• “Como você poderia comer aquele animalzinho indefeso?”
• Ad Hominem
• Ataca o caráter ou traços pessoais do seu oponente em vez de refutar o argumento dele
• Depois de apresentar de maneira eloquente e convincente uma possível estratégia alimentar para
o grupo, Samuel pergunta aos presentes se eles deveriam mesmo acreditar em qualquer coisa
dita por uma mulher que está com sobrepeso e não sabe se vestir adequadamente para a
reunião.
• Tu quoque (tradução do latim é literalmente “você também”)
• Responde críticas com críticas
• O oponente de alguém também faz aquilo de que acusa o outro, ele é um hipócrita
• Nicole identificou que Ana cometeu uma falácia lógica, mas, em vez de retificar o seu argumento,
Ana acusou Nicole de ter cometido uma falácia anteriormente no debate.
Principais falácias da lógica argumentativa
• Alegação especial
• Você altera as regras ou abre uma exceção quando sua afirmação é exposta como falsa
• Eduardo afirma ser vidente, mas quando as suas “habilidades” foram testadas em condições científicas apropriadas, elas
magicamente desapareceram. Ele explicou, então, que elas só funcionam para quem tem fé nelas

• Ônus da prova
• Você espera que outra pessoa prove que você está errado, em vez de você mesmo provar que está certo.
• O ônus (obrigação) da prova está sempre com quem faz uma afirmação, nunca com quem refuta a afirmação.
• “Usar óleos essenciais melhora o humor

• Apelo a autoridade
• Você usa a sua posição como figura ou instituição de autoridade no lugar deum argumento válido. (A popular "carteirada".)
• Um suposto médico quando questionado insistentemente sobre sua posição ser diferente de todas as diretrizes de
associações cardiovasculares diz que a indústria alimentar e farmacêutica só querem lucrar adoecendo as pessoas e diz
que e é mestre e mostra seu currículo dizendo que foi professor em Harvard.
Principais falácias da lógica argumentativa
• Apelo a natureza
• Argumenta que só porque algo é "natural", aquilo é válido, justificado, inevitável ou ideal

• Óleos essenciais são naturais e te auxiliam.....

• Anedótica

• Você usa uma experiência pessoal ou um exemplo isolado em vez de um argumento sólido
ou prova convincente

• José disse que o seu avô fumava, tipo, 30 cigarros por dia e viveu até os97 anos -- então não
acredite nessas meta análises que você lê sobre estudos metodicamente corretos provando
relações causais entre cigarros e expectativa devida.

• Comecei a usar glutamina e não fico mais doente.


Porque um passado
preocupante?
Epidemiologia

• Obesidade → um dos maiores problemas de saúde pública.

• O NIH (National Institute of Health) → Indivíduo é obeso quando:

“a quantidade de seu tecido adiposo aumenta numa proporção capaz de afetar sua
saúde, diminuindo sua expectativa de vida.”
No Mundo

• Avaliação do IMC em mais de 200 países, em indivíduos acima de 18 anos;


• 19,2 milhões de participantes (9,3m mulheres e 9,9m homens);

• Risco de morbidade e mortalidade na:


• obesidade severa (≥35 kg/m²) ou;
• obesidade mórbida (≥40 kg/m²) ou também;
• baixo peso (>18 kg/m²)

• IMC global (de 1975 e 2014):


• mulheres: ↑ de 22,1 para 24,4 kg/m²
• homens: ↑ de 21,7 para 24,2 kg/m²
No Mundo • 4 décadas → troca de prevalência de baixo-peso para
obesidade (dobro), exceto na Ásia e África Subsaariana;

• Anos 2000 → crescimento do IMC foi mais lento em


países desenvolvidos;
• Tornou-se um problema público de saúde, porém,
por conta da aceleração do IMC em outras regiões, o
IMC global continuou aumentando.

• Se a taxa de crescimento continuar, a obesidade severa


irá ultrapassar o baixo-peso em mulheres em 2025

• Projeção para 2025: 18% de obesidade em homens e


21% em mulheres.

• Para obesidade severa: 6% em homens e 9% em


mulheres!

Lancet 2016; 387: 1377–96


No Mundo
Lancet 2016; 387: 1377–96

Nas últimas quatro décadas,


passamos de um mundo em que a
prevalência de baixo peso era mais do que o dobro da obesidade,
para um mundo em que mais pessoas são obesas do que abaixo do peso,
tanto globalmente como em todas as regiões,
exceto partes da África Subsaariana e da Ásia.
2019
Vigitel – Brasil 2023
Vigilância de Doenças Crônicas por Inquérito Telefônico
• Sobrepeso
• 2006 – 43%
• .....
• 2014 – 52,5%
• 2017 – 54%
• 2019 – 55,4%
• 2020 – 57,5%
• 2021 – 57,2%
• 2023 – 61,4%

• Obesidade
• 2006 – 11,8%
• .....
• 2014 – 17,9%
• 2017 – 18,9%
• 2019 – 20,3%
• 2020 – 21,5% → 2020 – Pandemia Corona vírus
• 2021 – 22,4% Pandemia Obesidade
• 2023 – 24,3%
2020

2020

2021

2020

2021
2020

2021
5 a 15% da população (UK):
Obesidade: Eutrofia → sobrepeso
Resultados – Covid-19 Sobrepeso→ Obesidade
Consequências Obesidade → Ob. Severa
Influencia eficácia – vacinas → Lockdown 
Stefan et al., 2021
Katsoulis et al., 2021
Vigitel 2023
Vigitel 2023
VIGITEL 2023
Fumantes 2023 → 9,3%
Inatividade Física → 13,1%
A Federação Mundial de Obesidade e
Associações Médicas Americanas e Canadenses declararam:

“A obesidade é uma doença crônica progressiva claramente distinta de


ser apenas um fator de risco para outras doenças”.
Quais são as
maiores
barreiras hoje
para se tratar
o obeso?
Falta de
tratamento
É possível emagrecer muito?
Obesidade se torna eutrofia?
Suplementos emagrecem?
O que emagrece?
O que é Sobrepeso e Obesidade?

Sobrepeso ≠ Obesidade

Sobrepeso: Aumento excessivo do peso corporal. (gordura,


músculos, ossos, água)

Obesidade: Aumento na quantidade generalizada ou localizada


de gordura em relação ao peso corporal.
Obesidade

Excesso de gordura corporal

OMS: “Acúmulo de gordura corporal em excesso que


compromete a saúde”
Obesidade

A obesidade tem sido definida como doença crônica associada


ao excesso de gordura corporal (acúmulo de tecido adiposo
localizado ou generalizado), com etiologia complexa e
multifatorial, resultando da interação de estilo de vida, genes e
fatores emocionais.
Obesidade
Patologia multifatorial geralmente desencadeada ou influenciada
por causas identificáveis como anormalidades genéticas,
desordens endócrinas (ex. hipotireoidismo, hipercortisolismo,
hipopituitarismo), medicamentos iatrogênicos (ex. antipsicóticos,
atípicos), imobilização, estilo de vida (social, cultural e ambiental)
ou distúrbios psiquiátricos (ex. depressão, ansiedade, síndrome
do comer noturno)
Obesidade
Doença crônica, complexa, multifatorial levando a um excesso
de tecido adiposo corporal explicado matematicamente pelo
desequilíbrio entre consumo e gasto energético.

ABCD
Adiposity-Based Chronic Disease
Gordura corporal é ruim?
Distribuição de gordura
e suas implicações
“Estoques” de
Gordura Corporal

• Tecido adiposo subcutâneo:

• Citocinas derivadas deste tecido são mais


diluídas ao chegar no fígado do que as
produzidas pela gordura visceral;

• É necessário um acúmulo de ~ 10 Kg até que


ocorra uma disfunção metabólica.
“Estoques” de Gordura Corporal

• Tecido adiposo visceral:

• Presente no mesentério e omento,


metabolicamente ativa, mais celular,
vascular e mais inervado que a gordura
subcutânea, drena para circulação porta;

• ~2 Kg de excesso de TAV aumenta os


níveis de citocinas na veia porta, ↑ a
resistência hepática a insulina.
“Estoques” de
Gordura Corporal

• Gordura Ectópica (fígado e músculo):

• Associada com disfunção metabólica, no fígado é


preditora do desenvolvimento de DM2 e DCV;

• ~250g de gordura acumulada no fígado aumenta a


resistência hepática a insulina em crianças.
O que é Sobrepeso e Obesidade?
• Devido à dificuldades em se obter medidas precisas, foram desenvolvidos índices para
se calcular determinados valores para atribuição de sobrepeso e obesidade:

• Índice de Quetelet (1835): um valor derivado da massa (peso) e altura de um indivíduo. O


IMC é definida como a massa corporal, dividido pelo quadrado da altura do corpo, e é
universalmente expressos em unidades de kg / m2, o que resulta em quilogramas de
massa e a altura em metros.

(Lambert Adolphe Jacques Quetelet - francês: 22 de fevereiro de 1796 - 17 de fevereiro de 1874)

De forma GERAL, a obesidade é consequência de uma


ingestão calórica a qual excede o gasto calórico por um
período considerável.
O que é Obesidade?
• A Organização Mundial da Saúde (OMS) define o diagnóstico através do
índice de massa corporal (IMC)

• IMC 18,5 e 24,9 kg/m²: eutrofia

• IMC entre 25 e 29,9 kg/m² são diagnosticados como sobrepeso, e já


podem ter alguns prejuízos com o excesso de gordura.

• IMC ≥30 kg/m²: obesidade

• IMC ≥40 kg/m²: obesidade severa


Diagnóstico - Antes
• A classificação da obesidade foi proposta por um painel de especialistas convocado pelo National
Heart, Lung and Blood Institute (NHLBI), em 1998;

• O painel classificou as condições de obesidade e sobrepeso com base no IMC e na medida da


circunferência da cintura;
O que mais tem por aí?
Escala de Edmonton
Escala de Edmonton
Circunferência do
Pescoço
Críticas ao IMC
• Pouco estimado em indivíduos mais velhos e superestimado em indivíduos com maior massa

magra;

• Não reflete o mesmo grau de gordura em diferentes populações;

• Não define exatamente o conteúdo corporal de massa magra ou gordura e não caracteriza a

distribuição de adiposidade corporal, importante marcador metabólico do risco cardiovascular:

• Adiposidade abdominal: risco cardiovascular aumentado

• Adiposidade periférica: efeito protetor


Comitê AMA – maio/2023
World J Gastroenterol, 2016

IMC é baseado em estudos de morbidade e mortalidade na população caucasiana;

Não avalia diretamente o % de gordura e não distingue MM;

Não existe ponto de corte para diagnosticar obesidade através de % de


gordura → Sugestão:
23-25% M
30-35% H;
Diagnóstico da Obesidade
Circunferência Abdominal (CA) ou cintura (CC)
• Recomendadas pelo OMS.
• Medidas com o paciente em posição ortostática, ereto, sem roupas
ou sapatos, no ponto médio da distância entre o rebordo costal
inferior e a crista ilíaca, visto do aspecto anterior.
• Melhor do que a RCQ para avaliação da gordura visceral mas falho
no paciente grande obeso.
• Ponto de corte (NCEP-ATPIII): > 102 cm no homem e > 88 na
mulher definem maior risco cardiometabólico.
Diagnóstico da Obesidade

Circunferência ou medida do quadril (CQ)

• Medida no maior diâmetro da região glútea , passando sobre


os trocanteres maiores do fêmur.

• Útil quando avaliada na relação cintura-quadril (RCQ).

• Sem ponto de corte universal mas OMS, NCEP e IDF


consideram 0,90 para homens e 0,85 para mulheres para
caracterizar síndrome metabólica.
Avaliação da Composição Corporal

Pesagem hidrostática
• Considera que o corpo é constituído por massa gorda e massa livre
de gordura.

• A partir da determinação da densidade corporal (peso no ar/peso na


agua) é possível estimar o percentual de gordura corporal.

• Influenciado pelo horário do dia, ciclo menstrual, atividade física e


medicamentos.

• Método demorado que requer adaptação ao meio hídrico.


Avaliação da Composição Corporal

Prega cutânea

• Técnica duplamente indireta na avaliação da gordura corporal.

• Não aconselhável para aferir o grau de adiposidade em indivíduos


obesos em razão da gordura subcutânea não ser separada
facilmente da musculatura e também devido a limitação máxima da
abertura do adipômetro.

• Precisão afetada pela habilidade do avaliador, nível de hidratação,


tipo de compasso e compressibilidade do tecido adiposo.
Avaliação da Composição Corporal

Bioimpedância elétrica (BIA)

• Método rápido e não invasivo de avaliação da composição


corporal a partir da passagem de uma corrente elétrica de
baixa intensidade pelo corpo do indivíduo de modo que a
resistência à passagem dessa corrente é mensurada.

• A precisão da BIA pode ser afetada pelo equipamento utilizado,


alimentação, ingestão hídrica, atividade física, ciclo menstrual e
consumo de álcool.
Avaliação da Composição Corporal
• Aparelhos disponíveis no mercado: uso doméstico e profissional.
• Diferem em númeroBioimpedância elétrica
de frequências (BIA)
(mono – 50 a 100 Hz, ou
multifreqüencia – 1 Hz a 500 Hz), número e localização de eletrodos
(tetra ou octopolar);
• Exige preparo para minimizar a ocorrência de fatores que alteram a
confiabilidade do exame:
• Jejum de pelo menos 4 horas,
• Não realizar exercícios físicos 12 h antes,
• Abstinência alcoólica nas 24 h anteriores,
• Não utilizar diuréticos 7 dias precedentes,
• Urinar 30 minutos antes do exame,
• Em mulheres preferencialmente entre o 7 e 21 dia do ciclo menstrual.
Avaliação da Composição Corporal

Bioimpedância elétrica (BIA)


Avaliação da Composição Corporal

Dual-energy X-ray absorptiometry (DEXA)


• Padrão de referência para avaliação da composição corporal em
obesos com menor demanda de tempo e emissão de radiação
comparada a tomografia computadorizada.
• Avalia a composição corporal total e a regional.
• Limitação técnica do aparelho nos grandes obesos devido ao limite
de peso do equipamento (de 120 a 150 quilos), superfície corporal
extensa e larga não poder ser escaneada e espessuras de tecido
acima de 20 a 25 cm superestimam a massa de gordura e a massa
óssea.
2022
Maeda et al. Advances in Rheumatology (2022) 62:7
https://doi.org/10.1186/s42358-022-00241-8
Avaliação da Composição Corporal

Ultrassonografia
• Quantifica a espessura do músculo e do tecido adiposo em
diferentes regiões corporais e quantifica mudanças no padrão
topográfico de deposição da gordura.

• Elevada correlação com a TC na avalição da gordura visceral.


Avaliação da Composição Corporal

Pletismografia por deslocamento de ar (BOD POD)


• Medição rápida, precisa e segura.

• Equiparado a acurácia da pesagem hidrostática.

• Exige o mesmo preparo da bioimpedância.

• Utiliza a superfície do corpo para determinar a densidade


corporal e, por conseguinte, a composição corporal
E por fim...
Obeso
saudável...existe
isso?

• Obesidade metabolicamente saudável


Atualmente

• Quatro fenótipos de indivíduos obesos têm sido amplamente descritos:

• Obesidade com peso normal (NWO)


• Peso normal metabolicamente obeso (MONW)
• Obeso metabolicamente saudável (MHO)
• Obesos metabolicamente não-saudáveis (MUO)
Distribuição dos tipos fenotípicos de obesos
• NWO
• Eutrófico (IMC)
• BF% - ≥ 23,5%H e ≥ 29,2%M
• ↑ inflamação e risco de DCV
• ↑ GLI e perfil lipídico alterado

• MONW
• Eutrófico (IMC)
• ↑ G visceral, %G, TGL
• ↓ FFM, sens insulínica
• Doença degenerativa crônica precoce e
esteatose hepática

• MHO
• ↑IMC
• ↑ %G
• Sens insulínica normal
• Perfil lipídico favorável

• MUO
• ↑ IMC - ≥30
Peso Obesidade Obeso Obeso Obeso • BF% - ≥ 30%
• ↑ G visceral, inflamação
normal com peso Metabólico Metabólico Metabólico • ↑ GLI e perfil lipídico alterado
magro normal com peso saudável não saudável • Risco para síndrome met. DM2 e DCV
normal
• MHO → maior prevalência aterosclerose
que pessoas de peso normal
Importante
• MHO → Maior risco de morte e DCV
Etiologia
Comer menos e se mexer mais resolve a obesidade?
Definição Simplista
Entrada de energia
Saída de energia

Fome
hedônica
Hormônios Inflamação
intestinais baixa-moderada
alterados
Predisposição
↑ Concentração genética Microbiota
de LPS Outros alterada
fatores
Tônus neurogênico Metabolismo
alterado alterado
Comunicação cérebro-
intestino alterados

A complexidade do estado de obesidade


Etiologia da Obesidade

Alto
consumo Baixo gasto Inatividade
alimentar energético Física

Blüher, 2019
Etiologia
• A massa gorda corporal é determinada pelo equilíbrio estabelecido entre a
ingestão energética e o gasto energético;

• Resultado de um prolongado desequilíbrio entre ingestão e dispêndio de


energia
• → ingestão > gasto energético
• → gasto energético muito baixo < para o nível de ingestão energética.
Origem Multifatorial
1. Fatores genéticos → Sim, eles existem (não são desculpas dos que não emagrecem);

Até 40 a 70% de variação no IMC pode ser via fator genético.

Bouchard et al., 1990 → Estudo com gêmeos idênticos; 120 dias de estudo;

Aleatoriamente → acréscimo de 1000kcal a mais do que a ingestão basal;

Aumento de massa corporal em TODOS os participantes!!!

Aumento foi similar entre irmãos e diferente entre os participantes. ~4,2 até 13,3kg
1990
Origem • “A obesidade não é causada por escolha
pessoal ou pela sociedade, mas sim pela
Multifatorial relação entre um indivíduo e seu ambiente.”
Origem Multifatorial
• A susceptibilidade genética pode ocorrer em razão da influência de distintos mecanismos:

• Gasto energético → Cada componente do gasto energético pode sofrer influência genética:
• Taxa metabólica de repouso;
• Termogênese não associada ao exercício;
• Efeito térmico dos alimentos;

• Ingestão energética → Neuropeptídios e peptídeos são envolvidos na regulação do apetite e


fome;

• Eficiência de armazenamento → existem variações na oxidação de substrato e na quantidade


armazenada como gordura e proteína durante períodos de desequilíbrio energético;

• Utilização de substratos → redução na oxidação de gorduras;


GWAS
(genome-wide association study)
2014

Síndromes monogênicas são raras:


Mas existem
Variabilidade da TMB
• O gasto energético de repouso varia com a fase circadiana em
humanos;

• O quociente respiratório varia com a fase circadiana em


humanos;

• O gasto de energia em repouso é mais baixo no final da noite


biológica;

• A variação circadiana no gasto de energia excede a causada


pela privação do sono.
• Variabilidade genética
nos componentes do
gasto energético;

• Indivíduos da mesma
família tendem a ter
TMBs semelhantes;
Aplicação prática:
Genética
Etiologia - Ambiente
• Ambiente alimentar facilita a maior ingestão de alimentos em razão da
superabundância de alimentos baratos e ricos em calorias;

• A maior disponibilidade de produtos alimentares ultraprocessados é associada de


forma positiva e independente com maior prevalência de excesso de peso e
obesidade em todas as faixas etárias.
Ambiente

• Ambientes alimentares facilitam altas ingestões de energia;


• Aumentam acesso a lojas que promovem escolhas alimentares não saudáveis;
• Take-away e fast food;
• Lojas menos propensas a vender opções de alimentos saudáveis.
Influências ambientais na ingestão energética

• Gordura na dieta;
• Densidade energética;
• Bebidas açucaradas;
• Xarope de milho (rico em
frutose);
• Tamanho das porções;
• Variedade dietética;
• Fatores econômicos;

https://ourworldindata.org/diet-compositions - OXFORD UNIVERSITY


Brasil: Pouco menos de
200 kcal no consumo de
CHO em 50 anos
74% → 55% CHO GET

• Carboidratos

EUA: Pouco menos de


250 kcal no consumo de
CHO em 50 anos

52% → 48% CHO GET


Brasil: Em 50 anos com
alterações no consumo
de GOR em ~ 700kcal

15% → 32% CHO GET

• Gorduras

EUA: Em 50 anos com


alterações no consumo
de GOR em ~ 450kcal

35% → 40% CHO GET


Brasil: Em 50 anos

2200 → 3200 kcal

EUA: Em 50 anos

2800 → 3600 kcal


Genética e • Interação → gene & ambiente;

Ambiente
Obesogênico “A genética carrega a arma, o ambiente
obesogênico puxa o gatilho” - George Bray, 1998
Genética e Ambiente Obesogênico
• Desinibição → mediador chave entre susceptibilidade genética e ganho de peso em adultos;
• Susceptibilidade à fome;
• Padrão alimentar infrequente e pouco saudável → medeia a susceptibilidade genética
para obesidade;

• Má qualidade da dieta;
• Ingestão de grupos de alimentos ricos em gordura e bebidas açucaradas;
• Baixa ingestão de vegetais, frutas, leite e iogurte;
• → Medeiam parcialmente a associação entre susceptibilidade genética à obesidade e IMC e
circunferência de cintura
Origem Multifatorial
Fatores comportamentais e ambientais → Ambiente Obesogênico

Inatividade Física → Estilo de vida que não inclui atividades físicas regulares.
Facilidades modernas – dia mais sedentário.

Ativo Chance de ser obeso

→ Televisão durante refeições, tablet, celulares

→Excesso de açucares e gorduras na alimentação. Principalmente crianças.


Exemplo.............
• Trabalho:
• compra de alimentos nos intervalos nas padarias
“ao redor”, pressão dos pares para comer “só um
pouquinho”, “não vai fazer mal”.

• Em casa e na vizinhança:
• Exemplo dos pais →“A palavra convence, o
exemplo arrasta”. Próximo a locais de venda de
alimentos ultraprocessados, fast-food.

• Influência da mídia:
• Propagandas de alimentos não saudáveis dominam
redes sociais e televisão. Venda casada para
crianças.

• Alimentos convenientes e tamanho de


porções:
• Pré-prontos → micro-ondas (ex: lasanha)
• Facilidades → delivery App
• Densidade calórica de porções → CHO+GOR

• Escolas:
• lanches nos intervalos com opções
ultraprocessadas nas cantinas e os lanches que o
“coleguinha” leva e oferece.

AIHW 2017
Gasto
Energético
Gasto Energético
Exercício Gasto
Percentual de gasto energético diário
Atividade Física energético
Espontânea com atividades
Efeito térmico dos alimentos

Taxa Metabólica
Basal

• Componentes da gasto energético diário:


• Taxa metabólica basal / repouso;
• Efeito térmico dos alimentos;
• Energia gasta em atividades físicas planejadas e termogênese de atividades
sem exercício (NEAT), que combinados formam o Efeito Térmico da Atividade
Física. Incluído também atividade física espontânea (SPA).
Ao longo da
vida
Idade
7165
Homens
• O gasto ajustado à idade:
5971 Mulheres
• Acelera rapidamente em neonatos;
GET (Kcal/dia)

4776
• 1 e 20 anos → continua a aumentar, com
3582 a idade ao longo da infância e
adolescência;
2388

1194 • Permanece estável na idade adulta (20 a


60 anos);

• Diminui em adultos mais velhos.

Idade (anos)
GET ajustado (%) GET e TMB ajustados à
massa tecidual
• Progressão do gasto total e basal ao
longo da vida:

• Neonatos – ajustados pelo tamanho


Homens
corporal → semelhante à adultos;
Mulheres • Acelera rapidamente em até 50%
maior comparado à adultos (9-15 m);

Idade (anos) • 1 a 20 anos → Constantemente


baixando a uma taxa de 3% ao ano;
TMB ajustada (%)

• Estável na idade adulta (20 a 60 anos);

• Diminui em adultos mais velhos (break


point 63a (60.1,65.9));
• Baixando a uma taxa de 0,7% ao ano;
• 90+ → 26% menor que adultos.
Já estou nos meus 40

Meu metabolismo
não é o mesmo!
• Rotina aos 20 e poucos.... • Rotina aos 40 e poucos....

• Festas de final de semana; • Nas festas, só vai se voltar cedo e se tiver


• Sair a pé para vários locais; lugar pra sentar (e na maioria das vezes da
• Normalmente não possui carro; uma desculpa pra não ir);
• Sem “responsabilidades”, contas para pagar; • Só sai de casa de carro pra economizar
• Consegue dormir até mais tarde tempo;
(12h...13h....15h); • Crescer e ser independente é: pagar boleto e
• Rotina da faculdade/casa/sono; tentar emagrecer;
• Trabalho (8-18h na média);
• As vezes estuda junto com o trabalho;
• Tem dificuldades para manter uma rotina de
exercícios (acordar as 06h);

Rotinas totalmente diferentes com


gastos energéticos diferentes
Regulação Neuroendócrina do peso corporal
Como sentir menos fome?
Como ter mais saciedade? (eu como e continuo com fome, sinto fome o tempo todo)
Como manipular isso de forma inteligente?
Fome e Saciedade
• Depois que comemos o alimento, componentes estimulam a secreção de hormônios;

• Esses hormônios funcionam como sinais de saciedade de curto prazo para desencadear a
saciedade;

• Na pós-absorção → glicose, ácidos graxos e alguns aminoácidos, continuam a aumentar os


níveis de saciedade diretamente através dos sistemas de detecção de nutrientes do cérebro;

• E Indiretamente, promovendo a secreção de sinais de longo prazo de tecido adiposo (leptina)


e o pâncreas (insulina).
Neurônios de
segunda ordem
Núcleo
Paraventricular
Núcleo
Dorsomedial
Núcleo
Posterior
Área Hipotalâmica Hipotálamo → chave integrativa cerebral que
Lateral - LHA
governa o comportamento orexígeno e anorexígeno.

Núcleos:
Arqueado – ARC
Núcleo
Ventromedial
Paraventricular – PVN
Ventromedial – VMH (VMN)
Dorsomedial – DMH (DMN)
Núcleo
Arqueado - ARC
Hipotálamo lateral – LH (LHA)

Neurônios de → Áreas hipotalâmicas envolvidas na homeostase


primeira ordem energética.
• O centro da saciedade → Núcleo Ventromedial (VMN);

• O centro da fome → Região Lateral do Hipotálamo (LHA);


• Neurônios Orexígenos e Hormônios Concentrador de Melanina (MCH) → orexígenos

• O DMN → Ação da leptina leva a aumento do gasto energético e sinal simpático em BAT;
5
4 Neurônios de 2ª ordem:
3 1 1. LHA. Neste centro da fome, NPY/AgRP estimulam, mas os neurônios POMC inibem,
2 neurônios secundários a produzir o peptídeo orexígeno hormônio concentrador de
melanina (MCH) ou orexinas A e B.
2. VMN. Este núcleo é um centro de saciedade – estimulado por POMC.
3. Núcleo dorsomedial hipotalâmico (DMN).
4. Núcleo paraventricular hipotalâmico (PVN). Este núcleo contém neurônios que, por sua
vez, se projetam para o córtex cerebral e as áreas do tronco cerebral.
5. Núcleo do trato solitário (NTS). Este núcleo integra informações sensoriais das vísceras
e também recebe informações dos neurônios paraventriculares hipotalâmicos.

Presença Ausência

Presença Ausência
JEJUM Pós Prandial – alimentado
Nucleo Accumbens
Area Tegmental Ventral

Núcleo Parabraquial

Ingestão Ingestão
Alimentar Alimentar

Produção
Hepática
Gasto E Glicose

Produção de
GLI hepática

Timper & Bruning, 2017


JEJUM Nucleo Accumbens
Resistência à leptina em neurônios
VTA
Area Tegmental Ventral
Pós Prandial
Alimentado
Núcleo Parabraquial Ação da
Ação da grelina leptina
permanece no PVN permanece
no DMA

Resistência à leptina e
insulina em AgRP e POMC,
Inflamação induzida por FA ácidos aumentando sinalização de
graxos no hipotálamo INS em VMA

Resistência à leptina e Perda da sensibilidade à


insulina nos astrócitos glicose em POMC

Flutuações em
EROS prejudicadas

Neurônios AgRP
resistentes à grelina

Elevada na obesidade RESPOSTA À DIETA HF

Produção de
GLI hepática

Em geral, a obesidade é associada à resistência seletiva de


leptina e insulina no SNC, promovendo hiperfagia, ganho
de peso e desregulação da homeostase glicêmica. Timper & Bruning, 2017
Fisiologia do
Estado de Peso
Reduzido
Proceedings of the Royal Society B: Biological Sciences

Os
primórdios...
Teoria do
Set Point -
1982
William Bennett and Joel Gurin
Ponto de “Ajuste”
• “Ponto de Ajuste” central do peso corporal;
• Cada indivíduo → biologicamente e geneticamente programado para manter um peso
corporal - hipotálamo;
• Alguns → acreditam que o ponto de ajuste pode não ser realmente um conceito útil para
entender o peso corporal humano por não considerar adequadamente influências:
• Ambientais
• Comportamentais
• Sociais
• Hedônicas

• Detectável → o ponto de ajuste normal, gradualmente continua se ajustando para ↑.


• Na tentativa de perder peso → organismo “luta” para manter o peso do ponto de ajuste
mais elevado, “desacelerando” o metabolismo, limitando a perda de peso.
Ponto de “Acomodação”
• Existe uma segunda teoria
• Modelo do “ponto de acomodação”;
• Sugere que nosso peso é influenciado por mais de um fator;
• A navegação das escolhas alimentares + características biológicas + balanço energético
afeta as mudanças de peso ao longo do tempo;
• Controle de feedback negativo simples;
• Alguns → acreditam que o ponto de acomodação pode não ser realmente um conceito útil
para entender o peso corporal humano por não considerar adequadamente influências:
• Genéticas (gêmeos)
• Da termogênese adaptativa (redução TMB)
• Controle do peso “magro” (engorda colateral)

• O peso corporal → não é baseado em um aspecto unidimensional, mas sim em um


conjunto complexo de sinais internos e externos - uma combinação de fatores
ambientais e biológicos.
Aproximadamente 30% a 35% do peso perdido é recuperado um ano após o tratamento

50% dos pacientes retornarão ao seu peso inicial no quinto ano após a perda de peso
O Instituto Nacional de Diabetes e Doenças Digestivas e Renais convocou
um workshop de 3 a 4 de junho de 2019:

"A Fisiologia do Estado Reduzido de Peso",

Para explorar os mecanismos fisiológicos de adaptação metabólica e no


apetite que ocorrem no estado de peso reduzido acabam por atrapalhar os
esforços do indivíduo para manter o peso reduzido após a perda de peso.
Alterações no equilíbrio energético e nos sistemas homeostáticos durante a
manutenção de um peso corporal reduzido de 10% ou mais
Modelos matemáticos de ingestão e gasto de
energia durante intervenções para perda de peso

• Perdas ponderais rápidas seguidas por um platô aos 12 meses;

• O gasto “e” → ↓ rapidamente em ~200 kcal/d no início;


• ↓ mais gradual à medida que a massa corporal é progressivamente
perdida;
• Ingestão → ↑ progressivamente pós redução inicial de ~700 kcal/d
no início da restrição calórica;
• Progride para apenas ~300 kcal/d aos 12 m;

• Aumentos de apetite previstos pelo modelo → para cada Kg de peso


perdido, o apetite aumenta 95 kcal/d.
Modelos e Dados
se sobrepõem

CHO
GOR
PTN

Re-fed 3m
Baseline 2m EB 6m ↓intake controled
Ad libitum 2m
Para cada Kg de peso perdido,
o gasto calórico diminui cerca
de 15-25 kcal/d;

Ajuste metabólico
Para cada Kg de peso perdido,
o apetite aumenta cerca de
95 kcal/d acima dos níveis
basais antes da perda de
peso;
Comparação de perda de peso dinâmica e manutenção do peso reduzido estático
Perda de peso ativa Manutenção de peso corporal reduzido
Estado metabólico anterior Peso usual (em balanço energético) Perda de peso (balanço negativo)
Estado metabólico atual Balanço energético negativo Balanço energético
Mudanças comparadas com a manutenção do peso no peso corporal atual
Gasto energético

Eixo Neuroendócrino

Sistema autonômico
Ingestão energética

Perda de peso ativa Depois de emagrecer para manter o peso reduzido


Comparação do ganho de peso em relação ao peso inicial e à recuperação do peso após a perda de peso
Ganho de peso intencional em relação ao Recuperação de peso a partir do peso
peso corporal basal corporal reduzido
Estado metabólico anterior Peso usual (em balanço energético) Peso reduzido em manutenção (balanço energético)
Estado metabólico atual Balanço energético positivo Balanço energético positivo
Mudanças comparadas com a manutenção no peso atual
Gasto energético por kg MLG ↑ TMB ↓ TMB
Eficiência muscular contrátil
Fome
Tireoide ↑ T3 e T4
Leptina por Kg de massa gorda

Ganho de peso após ter reduzido uma


Ganho de peso normal
quantidade significativa de peso
corporal
Gasto Energético

% do gasto energético diário total


Efeito térmico da atividade
% do gasto energético diário total

física

Atividade física espontânea

Efeito térmico dos


alimentos
Câmara respiratória (calorimetria direta)
Capuz ventilado (calorimetria indireta)

Despertar

Água duplamente marcada

Taxa Taxa
metabólica metabólica
ao dormir de repouso termogênese de atividades
sem exercício
(NEAT)

Métodos para mensurar o


gasto energético
Fisiologia do Gasto Energético no Estado de Peso Reduzido
Redução ponderal

↓ Taxa metabólica ↓ Efeito térmico dos ↓ Efeito térmico da


basal alimentos atividade física

Favorecem reganho
Aumento de sinais Diminuição de sinais
e atenuam a perda
orexígenos; anorexígenos
de peso.
Processo no qual o excesso de gordura é estocado
como resultado da tentativa do corpo de conter e/ou
reverter um déficit na massa magra através da ingestão
excessiva de alimentos;

Fat A quantidade de peso e gordura recuperada são


overshooting maiores do que tinha sido perdido;

Primórdios → 1907, Benedict FG


Derivado de estudos de privação de alimentos e realimentação em indivíduos com peso normal;
→ Mais peso e gordura são recuperados do que perdidos;
→ A hiperfagia persistiu bem depois que o peso corporal (e gordura) foram totalmente recuperados.
Quando a gordura corporal foi completamente
recuperada, a MLG ainda não estava
totalmente recuperada;

A hiperfagia persistente, desapareceu quando


o FFM foi totalmente recuperado
Engorda
colateral
Características da engorda colateral

• A existência de um sistema de feedback entre o tecido


magro e o controle do apetite, com déficit de tecido
magro levando à hiperfagia;

• Ocorrência de uma dessincronização temporal na


recuperação da composição corporal, com recuperação
completa de massa gorda precedendo a massa magra.
Reganho
Composição do peso perdido durante a
intervenção de 5 meses

Composição do peso recuperado durante o


Perda período de acompanhamento de 6 e 12 meses.
Fisiologia do
gasto de
energia no
estado de
peso reduzido
CICO
• CICO é um acrônimo;

• Calorie IN VS Calorie OUT

• A ideia de que a perda ou ganho de peso é determinado por


um déficit ou excedente calórico, independentemente da
composição da dieta.
Uma dieta;

O que não Uma estratégia de perda de peso;


é CICO
O oposto de CIM (Carbohydrate
Insulin Model);
Termodinâmica = 1ª Lei
• A primeira lei da termodinâmica:
• Conservação de energia!

• A energia não pode ser criada nem destruída, mas


apenas transformada;

• Lei → rege nosso organismo, que está


invariavelmente transformando energia, ou seja, as
calorias, utilizando alimentos para produzir energia,
calor e processos metabólicos.
Modelo do Balanço Energético

• Não é uma redundância da primeira LEI da termodinâmica;

• Leva em consideração diferentes fatores no ambiente


alimenta sendo que diferentes dietas podem levar à
obesidade;
Balanço Energético - EBM
• EBM é firmado na biologia e leva em consideração:
• Regulação neuroendócrina;
• Regulação endócrina;
• A detecção energética periférica;
• Fisiologia do particionamento energético.

1. Cérebro – Via integração de sinais do ambiente com os de


órgãos periféricos que controlam a ingesta alimentar
(neuroendócrina).
2. Leva em consideração mudanças no padrão dietético e
como nossa biologia responde a esse padrão e não somente
conteúdo calórico;
3. Incorpora mecanismos fisiológicos ao particionamento da
energia corporal em que a composição e a quantidade da
dieta afetam as taxas de oxidação de CHO, GOR e PTN, de
modo que os desequilíbrios de energia são refletidos como
desequilíbrios de gordura, independentemente da
composição da dieta;
Balanço Energético - EBM
4. Propõe que aumentos na obesidade populacional é
devido à mudanças no ambiente alimentar;

5. EBM reconhece diferenças individuais no


particionamento energético que podem resultar em
diferentes graus de adiposidade;

6. Demonstra o papel da diminuição da atividade física


diária no desenvolvimento da obesidade, mas não
sendo necessário pela diminuição do gasto
energético per se;
• Nosso organismo humano é um sistema bioquímico altamente complexo, com processos
elaborados que regulam o equilíbrio energético em meio à sinalizações endócrinas, humorais
e neurais;

• Os alimentos diferentes passam por diferentes vias bioquímicas, como digestão, absorção e
metabolismo, incluindo estocagem, a biossíntese de macromoléculas, e estes têm custos
de energia diferentes;

• Alguns são mais ineficientes do que outros e fazem com que parte da energia dos alimentos
seja perdida na forma de calor (eficiência 20%);

• Diferentes alimentos e macronutrientes → efeito sobre os hormônios e centros reguladores do


cérebro que controlam nossa fome, saciedade e comportamento alimentar;

• Afetam os processos biológicos que governam quando, o quê e quanto comemos.


Calorias ≠ Calorias

Porque nem todas as calorias dos


alimentos são iguais?
Calorias são sempre calorias!
Mas......... nem sempre!
Efeito térmico dos alimentos → 10% a 15% da diária gasto total de energia;

Inclui → custo da digestão, absorção, transporte, metabolização


e estocagem no organismo

Os processos metabólicos para proteínas são menos eficientes


do que as vias metabólicas para carboidratos e gorduras.

PTN → grande parte é perdida na forma de calor quando é


metabolizada (síntese pós-prandial);

ETA → gordura é de 1% a 3% e para CHO é de 5% a 10%, mas para


PTN é de 20% a 30%.
Acheson et al., 2011

“Vantagem metabólica” da proteína


Efeito térmico dos alimentos

Refeições com 50% de proteína, 40% CHO, 10% de gordura


WHEY teve um efeito térmico maior do que a caseína e a soja;

Acheson et al., 2011


Todas as fontes de proteína tem um efeito térmico maior do que
uma refeição totalmente composta de CHO;

A energia da proteína depende do tipo de proteína e do conteúdo de nitrogênio:


→ O nitrogênio não fornece energia;
→ Quanto + N → menos energia por grama;
O teor de nitrogênio → 15% (leite integral) até 19% (nozes e sementes).

O efeito térmico de cada macronutriente pode variar entre


indivíduos (Hall et al., 2011);

8 a 15% do total de energia gastos no dia


A proteína é sacietógena e reduz o apetite de forma mais
eficaz, o que resulta na redução da ingestão de energia

O aumento da ingestão de proteína na dieta como uma


porcentagem da ingestão energética diária total auxilia na
perda de peso
Weigler et al., 2005

Proteico

Ortinau et al., 2014


Diferentes açúcares simples são metabolizados de maneiras
diferentes e têm efeitos diferentes sobre o apetite;
glicose

A glicose pode ser metabolizada por todos os tecidos do corpo;


A maior parte da frutose só pode ser metabolizada pelo fígado;
frutose
GLICOSE reduz mais grelina do que a frutose depois de uma refeição;

A frutose não estimula os centros de saciedade no cérebro da mesma forma


que a glicose, levando a uma sensação reduzida de saciedade;
Menos insulina e leptina liberados com a frutose;
glicose

frutose Existe uma tendência de


“querer” comer mais calorias
após ingestão predominante frutose
de frutose.
glicose

Teff et al., 2004


Carboidratos refinados levam a picos maiores e mais rápidos no glicose no
sangue, o que leva a desejos e aumento da ingestão de alimentos

Os carboidratos → ↑índice glicêmico (baixo teor de fibras);


Digeridos e absorvidos rapidamente;
Picos mais rápidos e maiores na glicose no sangue;

1 a 2 horas após a ingestão → rápido aumento na glicemia;


Rapidamente caem abaixo do normal

Quando isso ocorre → estimulo no centro do apetite


resultando em desejos por lanches ricos em carboidratos

Mas atenção!! Lennerz et al., 2013


Problemas com o índice glicêmico
A combinação de
2 pessoas, tem
respostas diferentes alimentos provê um IG
ao mesmo alimento imprevisível

Índice Glicêmico
Medida da glicose
sanguínea em
resposta a uma
determinada
quantidade de
alimento

O mesmo Existem muitas limitações


alimento muda em usar o IG, e então acabou
de IG quando a se tornando uma forte
porção é levada
em consideração
confusão
Alimentos diferentes têm efeitos diferentes sobre a saciedade

Alguns alimentos afetam mais a saciedade do que outros;


Afeta quantas calorias são consumidas nas refeições
subsequentes;

O índice de saciedade é uma medida da capacidade dos alimentos Holt et al., 1995
de reduzir a fome, aumentar a sensação de saciedade e reduzir a
ingestão de energia nas horas após uma refeição;

Alimentos com alto índice de saciedade → carne, ovos, batata cozida, feijão e frutas;

Alimentos com baixo índice de saciedade → donuts, biscoitos e bolo.


Barr et al., 2010

Alimentos ultraprocessados tem um custo calórico muito


inferior ao alimentos in natura In natura

A média de gasto calórico que isso gera nos indivíduos é de Processada


aproximadamente 10% do nosso gasto energético diário total;

Causa ↑ da ingestão energética ad libitum e mais ganho de peso


→ Mesmo pareada à uma dieta não processada para calorias, açúcar,
gordura, sódio, fibra e macros.

A termogênese induzida pelo alimento pode chegar a ser ~ 47%


menor após uma refeição com alimentos processados, quando
comparada a uma refeição completa.

Hall et al., 2019; Mohr et al., 2020

Hall et al., 2019


• 20 adultos internados receberam dietas ultraprocessadas e não
processadas por 14 dias;
• As dietas foram pareadas para apresentar calorias, açúcar, gordura, fibra
e macronutrientes iguais;
• Os indivíduos foram instruídos a consumir o quanto quisessem pra mais ou
menos;
• A ingestão ad libitum foi de ~500 kcal/dia a mais na dieta
ultraprocessada vs não processada
• As mudanças no peso corporal foram altamente correlacionadas com as
diferenças da dieta na ingestão de energia.
Então é só comer
menos e se mexer
mais?
• Existe uma simplificação excessiva do conceito de caloria é uma caloria → "comer menos, mover-se mais" como uma
solução para a pandemia da obesidade;

Tecnicamente OK mas....
• Desafio → programar as variáveis de modo que o balanço de energia desejado seja sustentado a longo prazo;

• A composição corporal direcionada seja alcançada e mantida enquanto se previne ou minimiza as perdas no gasto
energético de repouso;

• Quando condições hipocalóricas são impostas, o gasto de energia tem uma tendência a diminuir pela diminuição
ponderal e Termogênese Adaptativa;

• Organismo humano tende a ser desequilibrado em favor de ganhar peso com mais facilidade, mas perdendo menos
peso;

• Essa facilidade é atribuída evolução com a sobrevivência de indivíduos “metabolicamente econômicos” que mais
facilmente armazenam gordura corporal durante períodos de fome.
Pontos
• Insulina elevada sem substratos não leva a deposição de
gordura;

• O déficit calórico sempre prevalecerá (termodinâmica) para o


emagrecimento – em linhas gerais;
Termogênese Adaptativa – Adaptação Metabólica
Termogênese Adaptativa – TA
• Redução na taxa metabólica basal independente da diminuição de FFM quando ocorre
restrição calórica;

• Descreve → as perdas nos tecidos metabólicos (FM e FFM) não explicam a redução no gasto
energético;

• Magros e obesos → manter uma queda de ≥10% do peso → diminuição de 20 a 25% no GET;

• TA é uma queda de 10–15% no Gasto Calórico Total Diário além do que é previsto pelas
perdas em FM e FFM como resultado de manter uma perda de ≥10% do peso corporal total;
Leptina

• A magnitude da adaptação metabólica → relacionada à diminuição da concentração


plasmática de leptina;

• O declínio da leptina → importante sinal biológico para a resistência a uma maior


perda de peso;

• Desencadeia diminuição do GET e possivelmente oxidação de gordura após restrição


calórica e perda de peso;

• Leptina → acionador fisiológico do sistema nervoso simpático e do eixo da tireoide,


ambos importantes moduladores da EE.
2016

• A composição corporal e taxa metabólica basal medidas no final da competição → 30 sem / 6 anos;
• 14 participantes;
• 6 anos → adaptação metabólica persistente;
• Perda de peso a longo prazo requer um esforço contra a adaptação metabólica persistente, que atua sobre os esforços em
andamento para reduzir o peso corporal.
2015

A restrição calórica pode modificar o gasto energético em mais 100kcal por dia em um período de 1 a 3 semanas;

Ocorre em mais ~60% dos indivíduos que realizaram a restrição calórica.


• AT se diferencia em relação à:

• (i) o componente individual do TEE;

• (ii) diferentes fases de perda de peso e;

• (iii) manutenção da perda de peso.


Controle imediato
do metabolismo em a adaptação no componente do gasto
resposta ao balanço energético não-repouso (nREE) é
energético negativo proporcional à perda de peso.
Depois da restrição →2 semanas de refeed
com 50% a mais do GET - ~4000kcal

Primeiro → 3 semanas de restrição com


50% a menos do GET - ~1300kcal
A termogênese adaptativa é o resultado do
controle autorregulatório que atua para
limitar a perda de peso e restaurar a
composição corporal.
Lições para quem luta em manter peso perdido
em nosso moderno ambiente obesogênico
• 1. A perda de muito peso → é realmente possível
• O tipo de perda de peso entre 30 e 50 kg (exceto cirurgia bariátrica) é quase impossível de manter
quando os indivíduos retornam ao seu ambiente natural na ausência de suporte terapêutico
constante.

• 2. Os principais impulsionadores do reganho de peso: respostas fisiológicas:


• → persistência de um TMB mais baixa;
• Menor custo de energia das atividades de sustentação de peso (exercício)
• Diminuição da oxidação de gordura e persistência de aumento do apetite de longa duração devido ao
aumento dos sinais orexígenos e diminuição dos sinais anoréxicos.

• 3. Somente aqueles que praticam altos níveis de atividade física após a perda de peso
conseguem manter um peso reduzido.
Sono e Obesidade
Platô e agora?
• Emagrecimento → respostas fisiológicas | Set
Point | ↑ Fome ↓ Saciedade | ↓ Gasto calórico

• O gasto energético pode ter um limite superior;

• Depois de um determinado tempo, o gasto


calórico não é o mesmo;
Principal fator para evitar reganho de peso

• Intervenções de longo termo;

• Comportamento;

• Exercício;

• Mais de 90% das pessoas bem sucedidas em


manter o peso perdida são fisicamente ativas
(com 300min/sem).
Efeitos do Exercício

2022

2021
Recomendações
Recomendações
O que funciona?

Quase a mesma
perda de peso!

Semanas
5% de redução ponderal traz
excelentes benefícios à saúde
• ↓ 2% ± 2 → FFM 100kg = 5kg
• ↓ 8% ± 3 → FM 120kg = 6kg
140kg = 7kg
• ↓ 7% ± 12 → gordura visceral 160kg = 8kg
• ↓ 40% ± 21 → gordura hepática
• ↓ FC e PAS

• ↓ glicose, insulina, TAG, TGP


• ↓ Resistência a insulina – Fígado, MM (25%) e TAB
• ↑ Função da célula β-pancreática

• Continuam a reduzir/melhorar com a progressão da


diminuição ponderal (11-16%).
(Insuficiência cardíaca com
fração de ejeção preservada)

(Non-alcoholic Steatohepatitis)
(non-alcoholic fatty liver disease)
Obesidade – Inflamação sistêmica - Resistência à insulina
Gatilhos da inflamação do adipócito:

1) Substância derivada do intestino


(dietético ou metabólito)

↑ níveis circulantes de LPS


produzidos pelas bactérias gram-
negativas intestinais

2) ↑ Permeabilidade intestinal na
obesidade → ↑ LPS

3) Rápida expansão do tecido adiposo


Aumento de adipócitos
Redução na perfusão
Hipóxia
Infiltração de macrófagos
Inflamação!!

Produção de citocinas (TNF e IL-1β)


Resistência à insulina
Aumento de AGL
Derivados tóxicos
aumenta ATP e ROS

Gatilhos da Resistência à Insulina:

→ Deficiências pré-receptor, no receptor e/ou pós-receptor:

Capacidade de expansão do tecido saturada (obesidade) e/ou


limitada (lipodistrofia) → os lipídios se espalham para locais
de tecido não adiposo (deposição de gordura ectópica);

Aumento de adipócitos disfuncionais:


→Produção de citocinas (TNF, IL-6 e MCP-1) (inflamação)
→Hipoxia em adipócitos hipertrofiados
→ ↑ de AGL no plasma

Posteriormente → Hiperinsulinemia → Degradação de


receptores
Como se trata a Obesidade?
Abordagem contendo 5 braços
Estratégias nutricionais para
sobrepeso e obesidade
Tratamento
Classe de Recomendação e Níveis de Evidência
Bariátrica
Quando?
Metabólica
Quando?
Estratégias nutricionais para sobrepeso e obesidade

→Intervenção dietética

Base para todo o esforço para a perda de peso;

O que é mais fácil?

Atividade Física Redução ingesta alimentar

Medicação
Farmacoterapia → Quando?
• Quando houver falha em tratamento não farmacológico em pacientes:

• IMC ≥ 30 kg/m2 (obesidade tipo l);

• IMC 25 (alguns autores 27) a 29 kg/m2 (sobrepeso), na presença comorbidades:


• HAS | DM2 | Pré DM2 | Dislipidemia | Apnéia sono | Infertilidade | Sindrome do Ovário Policístico;
• Depressão | TCA | Hepatopatias | Pneumopatias | Doenças articulares | Cardiopatias | Colecistopatias |
Nefropatias;

• IMC normal com Circunferência abdominal ≥ 102 cm (homens) e ≥ 88 cm (mulheres) →


gordura abdominal e visceral → risco cardiometabólico;

• Pós cirurgia bariátrica → efeito platô/ reganho de peso;

• IMC = não define % corporal massa magra/gordura e não define distribuição adiposidade.
Fármacos
• Auxiliam na perda de peso;

• Mitigam o reganho de peso;


Semaglutida
Semaglutida

% de participantes que tiveram reduções de peso de pelo menos:


→ 5%, 10%, 15% e 20% do início até a semana 68
Coprimário, Confirmatório e Pontos Exploratórios e Secundários Selecionados para suporte da Política de Tratamento Estimada

Diferença entre
Semaglutida e Placebo Razão de
(95%IC) probabilidade
Pontos finais coprimários avaliados na população geral
Alteração percentual do peso corporal desde o início até a semana 68
Participantes com redução de peso corporal ≥5% na semana 68 em %
Pontos finais secundários confirmatórios avaliados na população geral
Participantes com redução de peso corporal ≥10% na semana 68 em %
Participantes com redução de peso corporal ≥15% na semana 68 em %
Mudança desde o início até a semana 68
Circunferência da cintura – cm
Pressão Arterial Sistólica – mmHg
Pontuação de funcionalidade física SF-36
Pontuação da função física IWQOL-Lite-CT
Pontos finais secundários de suporte avaliados na população geral
Participantes com redução de peso corporal ≥20% na semana 68 em %
Mudança desde o início até a semana 68
Peso Corporal – Kg
Índice de Massa Corporal
Hemoglobina Glicada em %
Glicose plasmática em jejum – mg/dL
Pressão Arterial Diastólica – mmHg
GLP-1 | GIP
GLP-1 | GIP | Glucagon
Glucagon
emagrece?
Quando a
farmacoterapia
atrapalha?
Abordagem recomendada para iniciar a disponibilidade da terapia
medicamentosa antiobesidade
Estratégias nutricionais para sobrepeso e obesidade

→Quantas dietas “prontas” existem?

Dukan, Sem glúten, Dieta "Slim Fast“ (Shakes), Dieta da Ivete Sangalo, Carnívora
Atlântica, Detox, Dieta "The Spark Solution“, Dieta das notas, Low Carb
Mediterrânea, Dieta “The Biggest Loser”, Dieta Dash, Dieta anti-inflamatória, Low Fat,
Ortomolecular, Vigilantes do peso, Dieta Japonesa, Dieta da Sopa, Cetogênica,
Ovolactovegetariana, Dieta da Comida Crua, Dieta da Chia, Dieta do Chá Verde, Jejum intermitente,
Pontos, Volumétrica, Dieta do Abacaxi, Dieta da Água, Metabólica,
Atkins, Dieta Flexitariana ou Vegetariana Dieta da Ração Humana, Dieta Gogiberry, Mitocondrial
Antienvelhecimento, Flexível, Dieta da Claudia Raia, Autofagia Não fazer dieta,
Independente da dieta, todas partem do mesmo pressuposto:
Conteúdo calórico e equilíbrio de macronutrientes
Nome Descrição Como funciona
Low Carb Comer menos carboidratos e mais alimentos ricos em proteínas e gorduras Criando um déficit calórico
Cetogênica Comer quase zero carboidratos e poucos alimentos ricos em proteínas e muitos Criando um déficit calórico
ricos em gorduras
Low Fat Evite alimentos com muita gordura e coma mais alimentos contendo proteínas e Criando um déficit calórico
carboidratos
Jejum intermitente Restrinja sua janela alimentar para algumas horas do dia Criando um déficit calórico
Vigilantes do peso Sistema baseado em pontos ajudando a porcionar alimentos Criando um déficit calórico
Paleolítica Comer somente alimentos minimamente processados (paleo) Criando um déficit calórico
Qualquer uma que Comer menos calorias do que se gasta Criando um déficit calórico
prometa emagrecer
Dieta do Suco Comer somente frutas e vegetais enquanto se não come outros alimentos sólidos Criando um déficit calórico
Dieta alimentos crus Comer somente alimentos crus Criando um déficit calórico
Estratégias nutricionais para sobrepeso e obesidade

→LEIS da alimentação:
• 1. Lei da Quantidade: obter a energia (calorias) que necessitamos
diariamente (não comer em exagero, por exemplo).
• 2. Lei da Harmonia: distribuir a energia de forma adequada pelos diversos
nutrientes (não comer só saladas, por exemplo).
• 3. Lei da Qualidade: os alimentos da dieta deve ser seguros e completos
• 4. Lei da Adequação: as escolhas alimentares devem ser apropriadas para
cada pessoa (cultura, religião, etc..)

Em 1937, Pedro Escudero, médico argentino, criou as Leis da Alimentação


Estratégias nutricionais para sobrepeso e obesidade

→A princípio, o conteúdo calórico é mais importante para a perda de peso;

Quanto menor a ingestão calórica, maior o déficit energético e a perda de


peso resultante;

→ Termodinâmica.
Estratégias nutricionais para sobrepeso e obesidade
→Normalmente as dietas de redução de peso são categorizadas de acordo com o conteúdo calórico, mas
mais recentemente houve diversas proposições de novas dietas;
• Restrição Calórica (RC) – contínua ou intermitente: redução do conteúdo calórico entre 25 e 50%;
• Dietas com muito poucas calorias (VLED – Very Low Energy Diet) fornecem entre 400 e 800 kcal/dia;
• Dieta com poucas calorias (LED – Low Energy Diet) fornecem um intervalo entre 800 e 1200 kcal/dia;
• Dietas baixas em Gorduras (Low-Fat): 25-30% da dieta advindos de gorduras OU 10-20%;
• Dietas baixas em Carboidratos (Low-Carb): 50-150g de carboidratos no dia ou até 40% da dieta
advindos de carboidratos;
• Dieta Cetogênica: máximo de 50g de carboidratos no dia ou até 10% da dieta advindos de carboidratos;
• Dietas com alta proteína: mais de 25% das calorias totais, 1,2 a 1,6 g/kg (ou mais) ou acima de 3 g/kg;
• Jejum intermitente: Jejum em dias alternados alternando 24 h de jejum e alimentação em 24 h; Jejum
durante todo o dia, 1–2 dias completos de jejum por semana; Alimentação com restrição temporal, 16–
20 h de jejum, 4-8 h de alimentação, diariamente.
Restrição calórica (contínua ou intermitente)

• Reduzir a disponibilidade calórica em até 50%;

• É a intervenção mais estudada e robusta para estender o tempo de vida e a


expectativa de vida em vários modelos animais;

• Em espécies de vida curta, como roedores, a RC pode aumentar avida útil de


até 50%;
• enquanto melhora a saúde geral e diminui as doenças associadas ao
envelhecimento
Macacos
• População de macacos rhesus;

• Restrição calórica moderada reduziu a incidência


de mortes relacionadas ao envelhecimento;

• 50% dos animais do grupo controle sobreviveram


em comparação com 80% dos animais CR;

• Atrasou o aparecimento de patologias associadas


à idade (DM, câncer, doenças cardiovasculares e
atrofia cerebral). (A and B) Photographs of a typical control animal at 27.6
years of age (about the average life span). (C and D)
Photographs of an age-matched animal on CR.
Centenários de Okinawa
• Nesta ilha, cerca de 50 em cada 100.000 pessoas tinham
100 anos de idade ou mais;
• Isso é aproximadamente 4 a 5 vezes maior do que o
número de centenários residentes em qualquer outro
país industrializado;

• Consumiam:
• 17% menos calorias do que o adulto médio no Japão;
• 40% menos do que o adulto médio nos Estados Unidos.
CALERIE → o maior estudo até o momento para
avaliar a CR sustentada em humanos saudáveis sem
obesidade.

O grupo CR declinou desde o


início em uma média de 480 Ingestão estabilizou em 234
kcal/d (19,5% CR) durante os kcal/d (9,5% CR)
primeiros 6 meses
Média de 11,9% durante todo o
período de 24 meses.

CR → ~15% no mês 12
CR → ~11% no mês 24.
Não pode prescrever dieta abaixo da TMB?
Dieta com muito baixas calorias!
400-800 kcal
• Mais recente posicionamento da ABESO diz que a maioria dos profissionais aprova esse tipo de dieta
com classe de recomendação IIa, e segundo o nível de evidência sobre dietas de muito baixas calorias
é A, ou seja, existem múltiplos ensaios clínicos controlados e aleatorizados;

• Nossa prática não se baseia única e exclusivamente em diretrizes e posicionamentos de entidades.


• O profissional tem total autonomia para julgar o uso de alguma estratégia, desde que seja baseado em evidências e estiver
sob os pilares da prática baseada em evidência (preferência do paciente, evidências científicas e expertise do profissional);

• Metanálise de seis RCTs, que comparou a eficácia de longo prazo de LCDs e VLCDs na perda de peso,
mostraram que, embora VLCDs produzam perda de peso significativamente maior em curto prazo
(4 meses), 16,1 ± 1,6% vs. 9,7 ± 2,4% do peso inicial, não houve diferença na perda de peso entre as
duas dietas em acompanhamento de longo prazo (> 1 ano) → DOI: 10.1038/oby.2006.146;
Dieta com muito baixas calorias!

• Revisão sistemática e metanálise de ensaios clínicos randomizados examinaram a


eficácia clínica e segurança do uso de VLCDs para perda de peso.

• Foram incluídos estudos com adultos (≥ 18 anos) com sobrepeso (IMC ≥ 25kg/m²) ou com
obesidade (IMC ≥ 30 kg/m²),com ou sem comorbidades.

• As intervenções propostas nos estudos contemplaram três comparações: VLCD vs. programa
comportamental, VLCD mais programa comportamental vs. intervenção breve e VLCD mais
programa comportamental vs. programa comportamental isolado.

• Os autores concluíram que a maior parte dos estudos mostrou que a associação de VLCD a
programa comportamental induziu maior perda de peso no médio e longo prazo em comparação
a programa comportamental isolado → DOI: 10.1111/obr.12366
Dieta com muito baixas calorias!

• Ensaio randomizado com 117 indivíduos adultos com idade ≥ 65 anos, e IMC ≥ 32
kg/m² foi conduzido por um período de 12 semanas com realização de exercícios
físicos três vezes por semana, combinados com orientação alimentar (Ex/OA), dieta
hipocalórica (Ex/Dieta) ou VLCD (Ex/ VLCD).

• Os autores concluíram que VLCD pode ser de uso específico naqueles indivíduos cuja
obesidade impacta imediatamente na sua capacidade física e funcional. → DOI:
10.1093/gerona/glx012
Muito poucas kcal
• Tipicamente componentes líquidos (400-800kcal);
• Possível falta de micronutrientes e fibras;
• Maior perda de peso inicial → Motivação;
• Evitar por tempo prolongado;
• Limitação para populações saudáveis e atléticas.

Massa magra Densidade óssea

doi:10.1001/jamanetworkopen.2019.13733
Poucas kcal
• 800 – 1200 kcal

• As dietas de baixa caloria são fundamentais para o tratamento da obesidade e o


gerenciamento do plano alimentar deve estar associado à mudança de estilo de vida;

• Perda de peso → seguimento mínimo de 3a (n = 6.163) perda 3,5% do peso corporal


→ seguimento de 4 anos (n = 5.696) perda 4,5% do peso corporal
Dietas com poucas calorias

• Em obesos, a restrição calórica agressiva é uma intervenção potencial;

• Uma maior perda de peso inicial está associada a um maior sucesso a longo prazo na
manutenção da perda de peso → Motivação;

• Porém, VLED não resulta em maior perda de peso a longo prazo (1 ano ou mais) do que o
LED (Tsai et al. 2006);

• VLED - 8 a 12 semanas são comuns na prática clínica antes da transição para restrição
calórica menos severa (debate em andamento sobre a duração).
• Múltiplas mortes foram relatadas devido à baixa ingestão de proteína, perda excessiva de
massa magra e supervisão médica inadequada (Je et al. 1991);

• Os efeitos adversos do VLED incluem intolerância ao frio, fadiga, dor de cabeça, tontura,
cãibras musculares e constipação;

• Perda de cabelo foi relatada como a queixa mais comum de uso prolongado de VLED;
VLED

• Não devem ser a primeira opção para tratamento da obesidade;

• Devem ser indicadas apenas em circunstâncias limitadas e


sempre com acompanhamento médico e de nutricionistas;

• Classe de recomendação IIa, Nível de evidência A


Existe divergência, mas a Múltiplos ensaios clínicos
maioria aprova controlados, aleatorizados
LED

• As dietas de baixa caloria são fundamentais para o tratamento


da obesidade e o gerenciamento do plano alimentar deve estar
associado à mudança de estilo de vida;

• Classe de recomendação I, Nível de evidência A

Existe consenso e evidência Múltiplos ensaios clínicos


em favor da indicação controlados, aleatorizados
Dietas de baixa Gordura

• Definidas com 20-35% de gordura;

• Normalmente chamada de High-Carb/Low-Fat → HCLF;

• A premissa: atuar sobre o macronutriente mais denso em energia para impor


condições hipocalóricas significativas;

• Ao longo de 6 meses uma redução na proporção de gordura pode reduzir o peso


corporal, a gordura corporal e a circunferência da cintura (Hooper et al., 2015);
Dietas de baixa Gordura

• Definidas com 10-20% de gordura (Very-low-fat-diets);

• Dietas vegetarianas e veganas que restringem a ingesta de


gordura agressivamente;

• Poucos dados na literatura;

• Efeito positivo na perda de peso.


A briga: High Carb VS Low Carb
Será que talvez nós podemos abandonar a ideia de que uma dieta
é melhor do que a outra para todos em todas as condições!?
Low ou High? Existe uma hora e lugar para o que é melhor,
depende do indivíduo e seus objetivos

HIGH CARB é LOW CARB é


melhor melhor
Pergunta simples:
O que é uma dieta Low Carb?

Todos os
carbos
Eu comi são ruins
uma
torrada
Dietas Low-Carb
• Existem várias definições:

• <40%
• <200g
• 50-150g

• Tem subdivisões:
• Very low-carbohydrate (< 10% carbohydrates) or 20-50 g/day (cetogênica, Atkins)
• Low-carbohydrate (<26% carbohydrates) or less than < 130 g/day
• Moderate-carbohydrate (26-44%)

• Pode auxiliar na melhora do fatores de risco cardiovasculares;

• LCD → maior conteúdo proteico.


Efeitos Fisiológicos
• Redução de insulina

• Redução de lipogênese

• Melhora da composição corporal

• Redução da retenção (maior perda de peso no início da dieta)


• Outras estratégias nutricionais
também causam os mesmos
benefícios!
CIM (Carbohydrate Insulin
Model)
Carboidratos
Excesso de um drive anabólico no tecido adiposo

Secreção de insulina

↑ Ingestão calórica ↓ Combustíveis ↑ Depósito de


circulantes (glicose, gordura (processo
↓ Gasto calórico lipídeos) anabólico do TAB)

• “dieta com altas quantidades de carboidratos ... produz hiperinsulinemia pós-prandial, promove a
deposição de calorias nas células adiposas em vez de oxidação nos tecidos magros e, portanto,
predispõe ao ganho de peso através do aumento da fome, diminuição da taxa metabólica ou ambos.”
CHO ↑ Insulina – levando à armazenamento de GOR

• Seu corpo pode sintetizar e armazenar gordura mesmo quando a insulina está baixa;

• Insulina suprime a enzima LHS (quebra de gordura);

• Gordura também suprime LHS;

→ O organismo será incapaz de perder


oral gordura mesmo quando a ingestão de
carboidratos for baixa, se estiver ingerindo
intravenoso excesso de calorias

Evans et al., 1999


Insulina não causa obesidade!

não engorda!

não é um hormônio malvado!


Insulina
• Glicemia

• Músculos → ação na síntese e degradação proteica

• Inibe a lipólise (quebra de gordura) e estimula a lipogênese


(criação de gordura).
Então..............
• ↑ CHO → ↑ Insulina → ↑ Lipogênese/↓ Lipólise → ↑ Gordura → Obesidade

• Usando essa mesma lógica, uma dieta baixa em carboidratos é melhor para perda
de gordura, porque os níveis de insulina são mantidos baixos.

• ↓ CHO → ↓ Insulina → ↓ Lipogênese/ ↑ Lipólise → ↓ da Gordura Corporal

de

Será?
• Balanço normal entre refeições em pessoas saudáveis;

• Populações → consomem ↑ CHO → ↓ taxas de obesidade;

• Ingesta menor que o gasto → uma dieta ↑ CHO resultará em perda de


peso, assim como qualquer outra dieta.
• Não induz maior perda de peso em relação a outras dietas.
Insulina & Fome
• Na verdade → Sacietógena

músculo

• Inibe a liberação de NPY/AgRP;


• Ativa de neurônios do núcleo arqueado
(ARC) que liberam POMC.

eliminando receptores de insulina do


cérebro de um camundongo, este
come mais e desenvolve obesidade
Alimentos com baixo IG com elevada resposta insulinêmica
• Derivados do leite → ↓ IG
• Leite integral - 39 / desnatado – 37 / sorvete - 51

• Maior resposta insulínica do que o pão branco,


Nilsson et al., 2004
apesar de ter quantidades semelhantes de
carboidratos;
• Resposta glicêmica de alguns produtos lácteos foi
60% menor do que o pão branco;
• Leite → menor resposta glicêmica / 3ª maior resposta
insulínica;

25g CHO
18,2g PTN
25g CHO
18,5g PTN
Pico insulinêmico sem CHO
Pal S, Ellis V, 2010
51g PTN
11g CHO

21g PTN 75g PTN


125g CHO 75g CHO

Boelsma et al., 2010

Holt et al., 1997


Burke et al., 2012

Holt et al., 1997

A resposta glicêmica de 38 alimentos só


explica 23% da variabilidade na secreção
de insulina neste estudo.
Carboidratos não são vilões → Fibras

• Melhora imunidade / microbiota

• Melhora perfil lipídico → ↓ Col. Tot. e LDL

• Melhora SII e Crohn

• Melhor controle glicêmico e manejo DM


Low Carb
• A dieta low carb induz redução de peso em estudos de curta a média
duração (3-6 meses) (Classe de Recomendação IIa, Nível de
evidência A);

• Parece ser segura em curto prazo, podendo estar relacionada à


restrição da opção de alimentos, monotonia e simplicidade da dieta,
além do efeito mais potente da proteína na saciedade;

• Não induz maior perda de peso em relação a outros tipos de dieta


em estudos de longa duração (Classe de Recomendação IIa, Nível
de evidência A);

• Necessários estudos mais longos e com amostras maiores para que


seja possível avaliar o equilíbrio energético, a composição corporal, os
efeitos adversos, os fatores de risco cardiovascular e de diabetes, a
saúde óssea e renal e garantir a adequação nutricional durante a fase
de manutenção de peso;
Existe divergência, mas a
maioria aprova • Analisar o efeito do baixo consumo de grãos integrais, frutas e fibras,
inerente em dietas pobres em carboidrato, no risco de alguns tipos de
Múltiplos ensaios clínicos
câncer.
controlados, aleatorizados
Dieta Cetogênica
• Subtipo da LCD;

• 60-80 % GOR – 10-20 % PTN (1,8 g/kg) – 5% CHO (<50 gramas)

• Eleva a quantidade de corpos cetônicos circulantes – cetose (3-4 dias).


Dieta Cetogênica
➢ Restrição de carboidratos;
➢ 50g ou 10% do total ingerido diário;
➢ Proteína é mantida em 1,2 a 1,5 g/kg;
➢ 60-80% de gordura ou mais;

➢ Em estudos com alimentação controlada isocalórica, equivalentes em proteínas, em que toda a ingestão de
alimentos foi fornecida aos indivíduos mostraram nenhuma vantagem térmica ou perda de gordura maior nas
condições de CHO inferior;

➢ O gasto de energia e perda de gordura foram ligeiramente maiores nas condições de maior CHO/menor gordura
(muito pouco);

➢ O aumento da oxidação da gordura - medido por meio do quociente respiratório diminuído - atinge um platô na
primeira semana dieta cetogênica.

➢ Possibilidade de redução de apetite pela diminuição de grelina (fome) e aumento de ingestão de proteínas;
→ Diminuição de glicose;

→ Diminuição de piruvato;

→ Diminuição de oxaloacetato;

→ Ocorre gliconeogênese para produzir OX com AAs


glicogênicos (para tentar compensar a baixa concentração
de OX e ocorrer condensação do início do ciclo);
→ Redução de CHO;

→Aumento da oxidação de gorduras;

→ Gorduras provenientes da dieta (exógenas);

→ Ocorre acúmulo de Acetil-CoA;


→ Ocorre acúmulo de Acetil-CoA;
→ Condensação e produção de corpos cetônicos;
→ Cetonemia, cetonúria e hálito cetônico;
→ Corpos cetônicos poupam proteína.
→ Tecidos extra-hepáticos β-hidroxibutirato é oxidado a acetoacetato
e depois a dois acetil-CoAs, que entram no ciclo do Krebs;

→ Os corpos cetônicos são usados como combustível em todos os


tecidos, exceto o fígado;

→ Os intermediários do ciclo de Krebs são desviados para a síntese


de glicose pela gliconeogênese.
→Constipação (redução de CHO – reduz fibras – suplementar);

→Câimbras musculares (aumenta perda de sódio, potássio e água)

→ Diminuição de hormônios tireoidianos;

→ Alteração níveis de colesterol (↑LDL e HDL, redução de TG)

→Redução do glicogênio → ↓ água corporal (1:3) → Peso na balança somente


Dieta Cetogênica - Performance
Cetogênica
• O tratamento da obesidade contemplar prazos longos
• Médicos e nutricionistas → avaliar criteriosamente os riscos
do seguimento da dieta cetogênica de acordo com as
evidências científicas.

• Baixo consumo de vitaminas hidrossolúveis;


• Baixa concentração plasmática de cálcio;
• A motivação para a indicação dessa prática alimentar
excede as evidências atuais;
• Dieta muito radical, induzir diminuição de massa
magra, não promove alimentação balanceada, com
equilíbrio entre os macro e micronutrientes e não
favorecer aderência a hábitos alimentares saudáveis, a
dieta cetogênica não deve ser recomendada para o
tratamento nutricional da obesidade;
• Classe de recomendação III, Nível de evidência A.
Não se recomenda Múltiplos ensaios clínicos
controlados, aleatorizados
1975

Dieta com poucas calorias → 400-800 kcal

90 -95% de CHO

10 - 5% de PTN e LIP

Perda entre 45 e 137kg em 56 semanas


H
H
H H H
M M M
M M
M
2007

Dieta com baixas calorias → 1700-200kcal

79 - 85% de CHO

9 - 13% de PTN e 6 – 8 % de LIP

IMC sempre se manteve baixo


• Alterações de peso
→ perdas de 32 kg
→ganhos de 11kg

• Gráficos similares;

• Aderência:
Não funciona para todos Início instruídos a consumir
≤20 g de G ou
≤20 g de CHO durante os primeiros dois meses;

Poderiam aumentar a quantidade o quanto


quiserem até acharem que poderiam sustentar
as dietas indefinidamente;

Não funciona para todos A maioria não havia conseguido manter níveis
tão baixos;

Ingestão média final diária de gordura de ≈57 g;

Ingestão média final diária de carboidratos de


≈132 g.
Dietas Hiperproteicas
• >25% da energia total consumida a dia;

• 1,2 a 1,6 g/kg;

• O dobro da Recommended dietary allowances - RDA 1,6g/kg é melhor para preservar massa
muscular e reduzir gordura corporal;

• “Protein-pacing” (4–6 refs/dia, > 30% proteína por refeição = > 1,4 g / kg / dia), superior em
relação às dietas convencionais de baixa proteína / baixa frequência para melhorar o corpo
composição em condições hipocalóricas (Arciero et al., 2016);

• Proteínas tem maior efeito térmico (20-30% PTN, 5-10% CHO, 0-3% LIP), com maior custo
metabólico e proporcionam maior saciedade! (Westerterp 2004)
Assim.....

• Baixa proteína → O ganho de peso reduzido (5% das kcal)


• Proteína normal → Mais ganho de peso comparado à baixa PTN (15% das kcal);

• Somente as calorias → contribuíram para o aumento da gordura corporal;

• A proteína contribuiu para as mudanças no gasto energético e na massa corporal magra,


mas não para o aumento da gordura corporal.
2016

• Sprints intervalados de alta intensidade e treinamento resistido;

• Ingestão de proteína a 2,4 g / kg resultou em ganhos de MM (1,2 kg) e perda de gordura (4,8 kg);

• Ingestão de proteína a 1,2 g / kg resultou em preservação de massa magra (0,1 kg) e menos perda
de gordura (3,5 kg).
800 kcal adicionais de proteínas não aumentaram o
peso corporal
2014

Maior diminuição de gordura comparado com o grupo 2015


que consumiu menos proteína

Aumento de 450 kcal (3,3g/kg) VS 81 kcal


(2,6g/kg) não apresentou diferença na
2016 composição corporal (8 semanas)

Aumento de 450 kcal (3,3g/kg) VS 81 kcal (2,6g/kg) não


apresentou diferença na composição corporal ( POR 1 2016
ano)

A ingestão prolongada de alta proteína (3 a 4 vezes a RDA) não


apresentou efeitos adversos em marcadores clínicos, incluindo um
painel metabólico completo e perfil lipídico sanguíneo.
Pra onde foi tanta proteína?

• Efeito térmico mais alto da alimentação (25 a 30%);


• Aumento da termogênese da atividade sem exercício (NEAT);
• Aumenta o gasto energético total e ganho de massa magra
• Redução da ingestão de outros macronutrientes via aumento da saciedade e supressão lipogênese hepática;
• Oxidação → ureia → neurotransmissores → Intestino → hormônios → estrutura;
• Os efeitos térmicos, saciantes e de preservação da LM da proteína da dieta podem ser amplificados em
indivíduos treinados submetidos a exercício resistido progressivo;

• Caso haja ganho de peso e / ou gordura corporal → via outros macros.


Jejum Intermitente

Janela alimentar

Janela do jejum
JI
• Ganhou muito popularidade nos últimos anos;

• Diferentes tipos de jejum intermitente;

• Jejum religioso (Ramadã);

• Diversos efeitos benéficos (aumento de GH,


aumento de lipólise, aumento da sensibilidade a
insulina, longevidade).
No Jejum ocorre.....

Queda de insulina (anabólico);

Aumento de glucagon (catabólico);

Aumento de cortisol (catabólico);

Aumento de catecolaminas (catabólico).


Processos Catabólicos
• Processo de quebra;
• Glicólise;
• Glicogenólise (quebra de glicogênio hepático para manter os níveis de glicemia);
• Lipólise (aumento uso de gordura como fonte energética – glicerol utilizado para
gliconeogênese – aumento de corpos cetônicos);
• Proteólise (aminoácidos utilizados para gliconeogênese);
• Aumento da produção de corpos cetônicos;
• SNC e hemácias (exclusivo) precisam de glicose;
Catabolismo Muscular
• Depende da restrição calórica e do nível de treinamento;

• Restrição calórica Nível de treinamento = catabolismo;

• Depende da ingestão proteica e tipo de jejum empregado;

• Não é um processo tão intenso;

• Não causará uma maior perda de MM ➔ estratégia


Jejum intermitente
É dividido em 2 categorias:

Jejum Intra-semana
→Alternate-Day Fasting (ADF) – Jejum em dias alternados, 24 h de jejum – alimentação livre em 24 h;
pode ser modificado para consumir 25% das calorias em dias de jejum

→Twice-Weekly Fasting (TWF) – Jejum durante todo o dia, 2 dias completos consecutivos ou não de jejum/semana;
pode ser modificado para consumir 25% das calorias em dias de jejum
Jejum Intra-dia
→ Early Time-Restricted Eating (eTRE) – Janela alimentar, 14–20h de jejum, 4-10h de janela alimentar (8h + comum).
Janela alimentar no início do dia

→ Delayed Time-Restricted Eating (dTRE) – Janela alimentar, 14–20h de jejum, 4-10h de janela alimentar (8h).
Janela alimentar no final do dia
Jejum “Intra-semana”
Alternate-day fasting (ADF) – Jejum em dias alternados

• Talvez a subclasse mais estudada do jejum intermitente;

• Não ocorre ingestão compensatória nos dias de


alimentação;

• Ocorre perda total de peso e a perda de gordura;

• Alguns estudos mostram boa retenção de massa muscular


e outros não;

• Sua versão modificada com 25% das kcal de manutenção


mantidas em dias de jejum (aprox. 500 kcal) é o tipo de
ADF predominante na literatura.
Alternate-day fasting (ADF) – Jejum em dias alternados

• Investigações de ADF zero caloria/dia são poucas, mas mostraram


eficácia e tolerabilidade semelhantes em comparação com DCR;

• A perda de peso por ADF variou de ~ 3 a 7% em ensaios com duração de


aproximadamente dois a seis meses;

• Os efeitos do ADF na composição corporal foram recentemente


quantificados em uma metanálise (2020);
• reduções significativas em massa magra e massa gorda foram relatadas em
comparação ao controle com uma dieta habitual
Alternate-day fasting (ADF) – Jejum em dias alternados

• Dados existentes sobre a sustentabilidade do ADF em longo prazo lançam


dúvidas sobre a execução adequada deste plano;

• Alguns trabalhos mostram uma taxa de desistência mais elevada que DCR;

• Permitir uma ingesta livre nos dias de alimentação pode trazer melhora na
sustentabilidade;

• É provável que o JI tenha benefícios decrescentes quando a pessoa se torna


mais magra e condicionada;
• Já que nessa população a perda de massa magra é maior;
Twice-Weekly Fasting • 2 dias completos consecutivos ou não de jejum/semana;
(TWF) – Jejum durante
todo o dia • Pode ser modificado para consumir 25% das calorias em dias de jejum
Twice-Weekly Fasting (TWF) – Jejum durante todo o dia

• É menos restritivo e, portanto, potencialmente mais realista em


comparação com o ADF em virtude de substancialmente menos dias
de jejum durante a semana;

• Apesar da disparidade nos dias de jejum, a perda de peso é


surpreendentemente comparável à do ADF, variando de ~ 4 a 8%
em 3 a 12 meses;

• Mudanças na massa magra variam de ~0,7 a 2,2 kg com maiores


perdas de massa magra em TWF em comparação com DCR.
Twice-Weekly Fasting (TWF) – Jejum durante todo o dia

• Aqueles indivíduos que planejam continuar o plano alimentar


além de 6 meses aderem menos à TWF em comparação com
DCR;

• Quando combinados ao exercício, a retenção de massa


magra é maior.
Jejum “Intra-dia”
Time-restricted eating (TRE) – Alimentação com restrição temporal

• O mais comum atualmente no Brasil;


• Mágica metabólica.

• 14 a 20 h de jejum com 4-10 h de período de


alimentação;

• Mais comum 8h de janela de alimentação;

• A forma mais estudada de TRF → Ramadan (1 mês


completo de jejum de comida e bebida do nascer até o
por do sol);

• Maneira simples de reduzir a ingesta energética diária;


Time-restricted eating (TRE) – Alimentação com restrição temporal

• Alguns estudos mostram que se não houver controle na ingestão na


janela alimentar pode ser que não ocorra perda de peso;

• Principais estudos mostram uma redução de ~1,9kg entre 1-12


semanas → equivale a 4% de perda de peso (máx);

• Efeitos na massa magra são mistos, mas estáveis;

• TRE combinado com treinamento de resistência parece reter massa


magra e reduzir massa gorda comparável ou mais do que as
distribuições de refeições convencionais abrangendo ~ 12 h;
Time-restricted eating (TRE) – Alimentação com restrição temporal

• Possibilidade de que a duração do TER em uma janela de


alimentação de 4 h seja curta para facilitar a ingestão suficiente de
nutrientes (e, portanto, o anabolismo muscular);

• Retenção de massa magra significativa quando ocorre uso de


exercícios de endurance e de resistência.
Variações do TRE
Early Time-restricted eating (eTRE) – janela alimentar no início do dia

• Envolve ingestões deslocadas para a parte anterior do dia, da manhã


ao meio ou final da tarde;

• Foi proposto que os padrões eTRE se alinham com o ciclo circadiano,


melhorando assim índices de saúde, enquanto a alimentação com
restrição de tempo atrasada ou tardia (dTRE) pode prejudicar o ritmo
circadiano.
Early Time-restricted eating (eTRE) – janela alimentar no início do dia

No entanto, ao ver o corpo de pesquisa como um todo, é


difícil separar os benefícios da alimentação da
temporalidade das consequências positivas da diminuição
da ingestão total de energia.

• Os benefícios clínicos mais consistentes do eTRE em comparação com o dTRE ou


janelas de alimentação convencionais (12 h) são:
• tolerância à glicose e sensibilidade à insulina melhoradas, que foram repetidamente demonstradas
(principalmente em indivíduos sedentários com excesso de peso corporal)
Delayed Time-restricted eating (dTRE) – janela alimentar no final do dia

• Envolve ingestões deslocadas para a parte final do dia, do final da


tarde para noite;

• Há evidências consideráveis que desafiam a ideia de que dTRE


(especialmente sem excesso de ingestão total de energia) é
prejudicial à saúde (a exemplo do Ramadan);

• Comparações longitudinais diretas de eTRE VS não-eTRE ou dTRE


no peso corporal e na composição corporal são escassas, mas a
literatura existente produziu diferenças mistas, mas principalmente
nulas.
Metanálise
2019

2018

2020
2018

2016 2020

2015

2020 2020

2020 2020
2021
2021

2020
As primeiras revisões saíram em 2015
Comparando IF e CR
2020
Minha primeira pesquisa – 4 → 2019
Segunda – 12 → 01/04/2021
Hoje → total 95...e contando

Único que diz que o IF


é melhor pra reduzir
gordura e peso;
2022 Erro na meta-análise
🤔
Atualmente, as meta-análises sobre os efeitos na saúde
e no peso corporal/composição corporal da restrição
energética intermitente em comparação com a restrição
energética diária/contínua em humanos concluem:

O jejum intermitente não apresenta melhor


desempenho que a restrição energética diária/contínua.
B A C

Novos estudos
• 3 grupos:
• A – 0kcal dia sim / 150% GET no outro dia (déficit 25%/dia);
• B – Déficit calórico normal de 25% do GET/dia;
• C – 0kcal dia sim / 200% do GET no outro dia (sem déficit).

• Déficit calórico sem jejum perdeu mais peso e mais


gordura;
• Grupo B → diminuiu atividades físicas diárias;
• Jejum intermitente emagreceu menos que
restrição calórica comum
Cuidado!
• Rebote (gatilho para compulsão);
• Diabetes (hipoglicemia);
• Refluxo;
• Gastrite.
• Dores de cabeça;
• Constipação;
• Distúrbios psicológicos;
• Irritabilidade
• Acompanhamento → Chave
• Restrição calórica não é privação

• Redução da exposição a alimentos


palatáveis;
• Restrição causa/gera compulsão? • Melhora do auto controle;
• →Depende
• Sensibilidade a leptina e insulina
• Em pacientes sem compulsão → sem risco
• Pacientes com compulsão → auxílio na compulsão • Sensibilidade dopaminérgica;
• Resultados temporários → aumento de risco após um período
• Período de reintrodução → crítico → mais cuidado
• Longos períodos sem se alimentar → Gatilhos para quem tem
compulsão
• Pacientes com transtornos alimentares tendem a buscar dietas
mais restritivas!!
2014

Perca 2,1 kg de gordura em 4 dias!

Ingestão → 320 kcal dia, com whey protein ou sacarose;


45 min de exercício (ergômetro manual a 15% de intensidade máxima);
+ 8 h de caminhada (4,5 km/h,35 km/dia) 9h de EX total;
Gerando um déficit calórico de ~5000 kcal/dia;
Perda de 2,8 kg de massa magra.
Low-fat
1500 kcal por dia para mulher e 1800 kcal por dia para 1 ano - Redução de colesterol foi 20% low
homem -2.9 kg low-fat carb e 12% low fat
30% kcal da gordura -4.4 kg Mediterrânea - Reduçao de glicemia de jejum foi
10% kcal AG saturado -4.7 kg low carb maior na mediterrânea

Dieta Mediterrânea
Rica em vegetais, pobre em carnes
1500 kcal por dia para mulher e 1800 kcal por dia
para homem
35% gordura: 30-45g de azeite extra-virgem e
oleaginosas (até 20g/ dia)

Low-Carbohydrate Diet
Low carb sem restrição de kcal, 20g de
carboidratos/ dia por 2 meses e depois aumento
gradual até 120g/ dia para a fase de manutenção.
O consumo de kcal, gordura e proteína não é
limitado
• Alterações de peso
→ perdas de 32 kg
→ganhos de 11kg

• Gráficos similares;

• Aderência:
Não funciona para todos Início instruídos a consumir
≤20 g de G ou
≤20 g de CHO durante os primeiros dois meses;

Poderiam aumentar a quantidade o quanto


quiserem até acharem que poderiam sustentar
as dietas indefinidamente;

Não funciona para todos A maioria não havia conseguido manter níveis
tão baixos;

Ingestão média final diária de gordura de ≈57 g;

Ingestão média final diária de carboidratos de


≈132 g.
Qual a melhor dieta?

Preferência Pessoal Déficit Calórico

A melhor dieta é
aquela que o seu
paciente consegue
seguir
Porque nunca teremos uma “melhor dieta”?

Low Carb Mediterrânea

Pontos
em
Comum

Paleo
Muito comum
essa afirmação;
Eu treino para
“poder comer”
Mas não é bem
assim!
Lembre-se....

60-80% do gasto total de energia 10% 10-30%


• Embora sua ingestão de alimentos seja
responsável por 100% da energia que
entra em seu corpo, o exercício queima
apenas menos de 10 a 30% dela!
É difícil criar um déficit calórico com o
exercício físico
Gasto energético médio do exercício

Esteira moderado – 7km/h Musculação moderado


Pessoa de 70kg Pessoa de 70kg
30 min de treino 45 min de treino
~175-220kcal ~180-200kcal
Cuidado com “efeitos” do exercício
• O quanto comemos → o quanto nos movemos
• Quanto ↑ movimento → Provavelmente comeremos mais
• Alguns acreditam que gastam muitas kcal no exercício → comem mais
• Algumas pessoas após o exercício → “desaceleram” o resto do dia
• Efeito da compensação metabólica
• Exercícios intensos parecem ser mais efetivos para reduzir a fome;
• Exercícios menos intensos parecem aumentar a fome;
Treino para poder comer!
Uma hora de treino pesado
pode ser apagado com 5
minutos de alimentação
inadequada
Exercício é importante?

• Discussão na literatura:

• Exercício isolado não emagrece significativamente;

• Redução de atividade contribui para aumento da obesidade;

• Exercício sem dieta → ↓ gordura visceral e ↓ RI – previne reganho


de peso

• Efeito da dieta é maior para reduzir peso mas o efeito do exercícios


sobre a gordura visceral é maior;
Ter mais
musculo
aumenta o
metabolismo?
Gasto energético em diferentes tecidos/órgãos
Órgão ou tecido Taxa metabólica % Gasto total TMB Peso (kg) % do total de peso corporal
Adiposo
Outro (osso, pele, intestino, glândulas)
Músculo esquelético

Fígado

Cérebro

Coração

Rins

• Se cada Kg de músculo = + 13kcal/dia

• 5Kg de músculos = 65kcal/dia

• É significativo?
Como ter mais músculo vai me ajudar a
emagrecer e me manter magro depois?

• Aumento da sensibilidade a insulina/ melhora do metabolismo

• Aumento da lipólise

• Aumento das mitocôndrias

• Aumento do metabolismo
Efeitos do Exercício
• ↓ Gordura visceral e Esteatose
• ↓ RI - ↑ SI
• ↓ HAS
• ↓ Risco cardiometabólico
• ↓ Câncer
• ↓ DMs
• ↓ Depressão
• ↓Osteoporose
• ↓Sarcopenia
• ↓ Ansiedade
• ↓ Doenças cardiovasculares
• ↑ Função cognitiva
Plateau e agora?
• Emagrecimento → respostas fisiológicas | Set Point
| ↑ Fome ↓ Saciedade | ↓ Gasto calórico

• O gasto energético pode ter um limite superior;


• Depois de um determinado tempo, o gasto calórico
não é o mesmo;
Platôs de gasto de energia em um determinado ponto

Depois de uma certa quantidade de exercício, você não continua queimando calorias na mesma taxa: o
gasto total de energia pode eventualmente se estabilizar
Principal fator para evitar reganho de peso

• Intervenções de longo termo;

• Comportamento;

• Exercício;

• Mais de 90% das pessoas bem


sucedidas em manter o peso perdida são
fisicamente ativas (com 300min/sem).
Recomendações
Recomendações
O que funciona?

Quase a mesma
perda de peso!

Semanas
Constância
“Eu gasto muitas calorias, meu smartwatch
mostra que gasto 600kcal por treino”
• Isso significa:
→ O gasto no exercício é superestimado

• Explicações:
• O smartwatch superestima o gasto energético no exercício em 30-100%
O déficit que você pensa que está, muito
provavelmente não é o que você realmente está.

• Alguém comendo 2.000 kcal

• Acreditando estar em um déficit de 500 kcal

• Depois de algumas semanas → não perdeu o peso esperado

• Talvez estivessem comendo 2200 → mas, sem poder rastrear EXATAMENTE

• Não sabia que estava comendo 10% a mais


Aerobiose em Jejum
Uma Boa Reputação
insustentável
Crenças Comuns

• Aumenta a “queima de gordura”;


• Emagrece “mais”.

• Zero evidências;
• Não existem mecanismos plausíveis para a possibilidade de aumentar
a perda de gordura;
Para o Aeróbio em Jejum aumentar
a perda de gordura ele precisa.....

• 1. Aumentar o gasto de energia.


ou
• 2. Diminuir a ingestão de energia.
ou
• 3. Aumentar a perda de gordura e preservar a massa magra para o
mesmo déficit de energia (um efeito de repartição dos tecidos).
Aeróbio em Jejum aumenta o Gasto
Energético?
Aeróbio em jejum tem um efeito
supressor do apetite?
O Aeróbio em jejum tem um efeito de repartição (perda de gordura
aprimorada e menos massa magra para um determinado déficit)?
• TERCEIRO → O aeróbio em jejum pode aumentar a oxidação de gordura em 24
horas, poupando carboidratos, NÃO proteínas ou massa magra.
Resultados Reais
• 20 mulheres (~22 anos);
• Exercício: 1 hora de aerobiose em
esteira – 70%;
• 4 semanas de intervenção;
• Dietas customizadas com déficit de
500kcal (por cálculo);
• 1,8 g/kg de proteínas;
• Grupos: Aeróbio em jejum VS
Estado alimentado;
• Sem diferenças significativas na
perda de gordura entre os grupos.
Resultados Reais
• 16 mulheres obesas/sobrepeso;
• HIIT (10 séries bicicleta a 90% por 60s, descanso de
1:1);
• 3 dias por semana por 6 semanas;
• Mantiveram as dietas habituais;
• Sem diferença no peso corporal;
• Menor concentração de gordura na perna e abdome

2011
O que prefere?
• Não há razão para fazer aeróbio em jejum para tentar aumentar a perda de gordura;

• Não há boas evidências para apoiar seus mecanismos;

• Os números indicam → nenhuma vantagem significativa na perda de gordura, mesmo


que existisse uma vantagem (hipotética);

• Ensaios clínicos randomizados, embora tenham limitações, também não apoiam seu
uso;

• Faça o tipo de treino que preferir – desde que bem ajustado para desvantagens.
1) Exercício em jejum: Será executado em baixa ou alta intensidade? Será
prolongado?

2) Se o exercício for feito nessas condições, o gasto energético será alto ou


baixo?

3) Se o gasto energético não for alto, mesmo que, no jejum, se oxidasse mais
gordura, será que isso realmente faria a diferença?

4) Se praticamos o exercício estando alimentados, teremos capacidade de treinar


com mais intensidade e por mais tempo, promovendo, maior gasto energético?

5) Então, será que isso não seria melhor para quem deseja emagrecer?
Termogênicos Glúten/Lactose
Aeróbio em Jejum
Dietas prontas
Suplementos Frutas emagrecedoras
Dieta do HCG
Taça de VINHO = Exercício?
Emagrecendo deitado

Cinta modeladora Sucos DETOX


Exercícios localizados
Procedimentos estéticos Água emagrece Treino para definição
Anel magnético emagrecedor

Dieta Exercícios Físicos Hormônios


MITOS
• São narrativas utilizadas pelos povos gregos antigos para
explicar fatos da realidade e fenômenos da natureza, as
origens do mundo e do homem, que não eram
compreendidos por eles.

• Os mitos se utilizam de muita simbologia, personagens


sobrenaturais, deuses e heróis. Todos estes componentes
são misturados a fatos reais, características humanas e
pessoas que realmente existiram.

• Um dos objetivos do mito era transmitir conhecimento e


explicar fatos que a ciência ainda não havia explicado,
através de rituais em cerimônias, danças, sacrifícios e
orações.
Verdade
• A palavra verdade pode ter vários significados,
desde “ser o caso”, “estar de acordo com os fatos
ou a realidade”, ou ainda ser fiel às origens ou a
um padrão.

• Usos mais antigos abrangiam o sentido de


fidelidade, constância ou sinceridade em atos,
palavras e caráter.

• Pode significar o que é real ou possivelmente


real dentro de um sistema de valores.
Porque emagrecer é difícil?

• Algumas pessoas não contentes com o peso e estética corporal,


tentam emagrecer......

• Independentemente do motivo, na maioria das vezes, a estratégia é


uma só: fazer uma dieta para emagrecer!

Então (as vezes): dieta...restrição...tira glúten...tira lactose...tira


carbo...mais dieta...e...NADA

• “Será que eu estou fazendo alguma coisa errada?”, “Por que o


resultado não vem?”

• O motivo é: nosso corpo se adapta!

• Durante o processo de emagrecimento, surgem algumas adaptações


fisiológicas que dificultam a tarefa!
Speakman et al., 2002

→ Restrição Calórica (CR) ou do Exercício físico (E) ou de ambos (CRE), ocorria a perda de peso;

→ Após o período existia a tendência de ganho de peso;

→ Organismo “controlava” a massa corporal;

→ O “efeito sanfona”, na literatura científica, é conhecido como teoria adipostática ou teoria do set-point.
Quais adaptações são essas?
2021

Perda de peso corporal

Redução do gasto energético

Chegando até 19kcal/dia/kg de peso perdido

Ex: → Perder 10kg pode chegar a reduzir 190kcal/dia

Muller et al., 2013; 2015


Quais adaptações são essas?
2021

Aumento na fome

Aumento de ~100kcal dos


valores pré-perda de peso

Pode perdurar por até 1 ano em pessoas que


perderam até 8Kg

Leptina/ PYY/GLP-1 → diminuídos


Grelina → aumentados

Muller et al., 2013; 2015; Cameron et al., 2016


Quais adaptações são essas?
2021

Recompensa aumenta quando o consumo kcal é menor

Jejum de curto prazo melhora o olfato e a palatabilidade

Muller et al., 2013; 2015; Cameron et al., 2016


Quais adaptações são essas?
• 1) Alteração na produção de hormônios que regulam o controle alimentar.
• A concentração de leptina, diminui no nosso sangue: efeito na saciedade. T3, adiponectina, testosterona e insulina.
• Ou seja, ao perdermos peso, a produção diminui e, por isso, sentimos mais fome!

• 2) Aumento na eficiência alimentar e redução no gasto calórico.


• Durante a restrição calórica, o organismo fica mais eficiente, precisando de menos calorias para manter suas atividades
fisiológicas, dificultando, portanto, a perda de peso. → Termogênese Adaptativa (registrados até 39%)

• 3) Preferência em armazenar energia na forma de gordura.


• Quando ficamos por um período em déficit calórico e, depois desse tempo, voltamos a ter uma alimentação normal, nosso
corpo tende a armazenar mais energia na forma de gordura no tecido adiposo.
• Por que isso acontece? Uma maneira do nosso organismo armazenar energia para poder utilizar em um próximo evento de redução do
consumo calórico.

Muller et al., 2013; 2015


Gordura localizada
• Em mulheres normalmente existe uma dificuldade maior quando treinam e seguem um plano
alimentar mas não conseguem eliminar a gordura localizada;

• Esta gordura localizada geralmente é a subcutânea;

• Durante o exercício físico, por exemplo, liberamos catecolaminas (adrenalina e noradrenalina)


que se ligam nos receptores adrenérgicos para estimular a lipólise (oxidação da gordura);

• Existem dois tipos de receptores adrenérgicos: Alfa e Beta.


• O receptor beta adrenérgico estimula a lipólise o receptor alfa inibe.
• A eliminação de gordura é mais estimulada através de receptores beta adrenérgicos;

• O estrogênio nas mulheres aumenta o número de receptores Alfa. Implicando numa


dificuldade maior de diminuir a gordura.

Garenc et al., 2002; Berkowitz et al., 1995; Pedersen et al., 2004; Isacco et al., 2014;
Mauriege et al., 1987; Ukkola et al., 2001.
Promessas
• Cuidado com promessas milagrosas de
exercícios localizados ou qualquer outra
propaganda de produto ou serviço que
“vendem” eliminar gordura localizada.

• O processo é fisiológico, a perda de gordura


em nosso organismo acontece como um todo,
o que irá definir em qual região você irá
eliminar mais será a sua distribuição de
receptores!
→Quantas dietas “prontas” existem?
Dukan, Atântica, Mediterrânea, Ortomolecular, Ovolactovegetariana, Pontos,
Atkins, Antienvelhecimento, Sem glúten, Detox, Dieta “The Biggest Loser”,
Jenny Craig, Dieta da Comida Crua, Volumétrica, Dieta Flexitariana ou
Vegetariana Flexível, Dieta "Slim Fast“ (Shakes), Dieta "The Spark Solution“,
Dieta Dash, Dieta Japonesa, Dieta da Chia, Dieta do Abacaxi, Dieta da
Ração Humana, Dieta da Claudia Raia, Dieta da Ivete Sangalo, Dieta das
notas, Dieta anti-inflamatória, Dieta da Sopa, Dieta do Chá Verde, Dieta da
Água, Dieta Gogiberry, Dieta Metabólica, Dieta da USP, Dieta da “Bela
Adormecida”, Desinchá.

• Independente do número, todas partem do mesmo pressuposto:


→ Conteúdo calórico e equilíbrio de macronutrientes
Independente da dieta que se escolhe...
Nome Descrição Como funciona
Low Carb Comer menos carboidratos e mais alimentos ricos em proteínas e gorduras Criando um déficit calórico
Cetogênica Comer quase zero carboidratos e poucos alimentos ricos em proteínas e muitos Criando um déficit calórico
ricos em gorduras
Low Fat Evite alimentos com muita gordura e coma mais alimentos contendo proteínas e Criando um déficit calórico
carboidratos
Jejum intermitente Restrinja sua janela alimentar para algumas horas do dia Criando um déficit calórico
Vigilantes do peso Sistema baseado em pontos ajudando a porcionar alimentos Criando um déficit calórico
Paleolítica Comer somente alimentos minimamente processados (paleo) Criando um déficit calórico
Qualquer uma que Comer menos calorias do que se gasta Criando um déficit calórico
prometa emagrecer
Suplementos
emagrecem?
Não se esqueça também:
• Picolinato de Cromo
• Dieta do HCG (anos 50)
• Bulletproof coffee
• Etc...
Suplementos

“There is no strong research evidence indicating that a specific supplement will produce significant weight loss”

NÃO existem fortes evidências indicando que um suplemento específico irão produzir perda significativa de peso!
Feijão
Chá verde

Laranja-azeda
Ácido Linoleico
Conjugado

Ácido
hidroxicítrico
Manore replica que:
O artigo de revisão foi projetado para fornecer uma visão geral da literatura
de pesquisa sobre suplementos para perda de peso e não de cada
suplemento potencial para perda de peso;

MEDLINE foi o principal banco de dados pesquisado para estudos em


humanos; Stohs et al. cita pesquisas com animais e outras referências não
Stohs e colegas argumentam que: encontradas no MEDLINE;
Citrus aurantium
Ephedra Estudos sem a supervisão do governo não garante os testes adequados
Ácido hidroxicítrico para à pureza e segurança. Assim, há poucas razões para recomendar os
Podem auxiliar no emagrecimento, são seguros produtos, especialmente quando a perda total de peso e o custo não
e que artigos foram omitidos na revisão. merecem o risco.

Os custos e o resultado esperado da perda de peso ou gordura superam o


risco de usar?
(MIDS) → cafeína, ácido linoleico conjugado (CLA), chá verde e aminoácidos de cadeia ramificada (BCAA) (8 semanas)
A Agência Nacional de Saúde Suplementar lançou no final de
2017 o Manual de Diretrizes para o Enfrentamento da
Obesidade na Saúde Suplementar Brasileira
esclarecimentos, e orientações sobre a temática da obesidade.
Não comprovado!!
• POTENCIALIZE LIWALIB • MAX XTREME • DUROMAX
• KIT ACELERADOR EXTRA FORTE • LIPOEXTREME ORIGINAL • BLUEELIFE
• DERRETE GORDURA LIWALIB • LIPODIET ROSA EMAGRY • BIOSLIM
• COMPOSTO EMAGRECEDOR LIWAIB • LIPODIET NIVEL 4 • FINE NATURE
• EMAGRECEDOR CHAMOMILA • LIPODIET BLUE EMAGRY
• • NEW GREEN
• CHAMOMILLE EXTRA FORTE KI FINA CORPUS
• CHAMOMILLE EMAGRECEDOR • DIET+STRONGER • ELIXIR DA VIDA
• 50 ERVAS EMAGRECEDOR FORTE – NATUVIVA • DETOX SLIM NATURE • LIDA DAIDAIHUA
• VIDA ERVAS MULHER REGULADOR MESTRUAL - VIDA ERVAS • BLACK EXTREME ULTRA • MZT
• CHÁ DA VIDA DIABETE - PRÓ-ERVAS • BLACK EXTREME TRADICIONAL NIVEL 3 • SIBUTRAMIN
• CHÁ BARRIGA DOS SONHOS - VIDA FIBER • BIONATTI EMAGRY • CHÁ DA VIDA
• EMAGRECEDOR DA BEL • NATURAL DIETA • LIPO DA DONA
• EMAGRECEDOR ALWAYS FITNESS GOLD • STRONGER DIET + • AMERICAN FIT
• SUPER CHÁ SB • TODOS OS PRODUTOS DA LINHA DIET +
• • BIO SLIM
• VALERIANA MASTER FIT
• UNHA DE GATO COM UXI AMARELO • MODER DIET • NATUDRIN
• CASTANHA DA ÍNDIA • MODER DIET • VIVENDO E EMAGRECENDO
• 50 ERVAS EMAGRECEDOR • MODER DIET GOLD • EMAGFIT
• COMPOSTO EMAGRECEDOR FORMULA 1 • BLACK SLIM • CHÁ PARA EMAGRECER O CORPO – SHOU SHEN CHÁ (VERMELHO)
• COMPOSTO EMAGRECEDOR FORMULA 3 • DIET SLIM (EXTRATO DE ERVAS) • CÁPSULAS PARA REGULAR OS INTESTINOS – TONG BIAN JIAO NANG (VERDE)
• COMPOSTO EMAGRECEDOR FORMULA 2 • NATU DIET • CÁPSULAS PARA EMAGRECER O CORPO – SHOU SHEN JIAO NANG
• BIOFITSLIM • ALWAYS FITNESS GOLD (VERMELHO)
• XTREME SLIM • STRONGER DIET
• • EMAGIL FIT
• WORLD SLIM SLIM RED TURBO
• SLIM NATURE • PHYTOPLUS X • TODOS OS PRODUTOS LISTADOS NO WEBSITE WWW.EMAGILFIT.COM.BR
• SLIM BLUE LOSS • NATUPLUS X • SECA BARRIGA 120 COMP 600 MG
• PINK BLACK EXTRATO DE ERVAS • NATUDRIN • EMAGREZAN 90 COMP 600 MG
• PINK BLACK • LIPOTRIL • LADYFIT EMAGRACEDOR

https://www.gov.br/anvisa/pt-br/assuntos/fiscalizacao-e-monitoramento/produtos-irregulares/emagrecedores
• NEW REDUX DR LIMÃO • FIT MAX DETOX • DETOX BUGROON
• MELHOR LITHOTHAMNIUM MELHOR LIFE • FIT MAX BLACK DIAMOND • CHÁ MISTO EM SACHÊS DA MARCA TIPUANA
• KIT LIMPEZA HEPÁTICA (MALIC PRO + SAL AMARGO) DR
LIMÃO • REDUTROL NATURAVITTA
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MELHOR LIFE • RENOVA FIT POWER • CHÁ MISTO EM CÁPSULAS DA MARCA TIPUANA
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• EXCELÊNCIA FITNESS - EXTRATO DE ERVAS • THE BEST SLIM • NATURAL FIT TURBO
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• LIPOFITE PRO • TEXTOTRIL • WRA POWER - MULTI ERVAS
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• FIT TURBO EXTRA FORTE
• SECA BARRIGA COM NOZ DA ÍNDIA E GARCÍNIA
• SEKKA ABDOMEN DIURETIC TEA SEKKA
• ABDOMEN DETOX
• SEKKA ABDOMEN
• ZERO K

https://www.gov.br/anvisa/pt-br/assuntos/fiscalizacao-e-monitoramento/produtos-irregulares/emagrecedores
• Um artigo (2014), relata a resposta a suplementos termogênicos em parâmetros metabólicos,
cardiovasculares, e de percepção de esforço;

• Uma mistura cafeína, capsaicin, piperina, gengibre, niacina, Platycodon grandiflorus, canela e M. pruriens

• → Nenhuma alteração metabólica ou cardiovascular 50 min após a suplementação ou na fase de


recuperação pós-exercício. Já durante o exercício, a mistura resultou numa maior taxa metabólica
aumentando em 3-4% o gasto calórico e uma hora de caminhada (mais ou menos 10 calorias),

• * Efedrina ou dimetilamina são até categorizadas como doping e apresentam riscos em potencial para o
usuário.

Stohs e Badmaev, 2016; Bergstrom et al., 2014


FRUTA EMAGRECEDORA?
2011

Métodos → O suco (GoChi) é fornecido pela Free Life International;

Placebo é fornecido pela Free Life International;

Participantes → Homens e mulheres com 18 anos e mais velhos (???) recrutados separadamente;

Tinham dietas semelhantes (???);

→ A ingestão de calorias por dia foi restrita a 1200 kcal durante 14 dias por meio de diários alimentares
diários, 67% eram mulheres;
→ Caminhadas diárias de 15 minutos;
TAXA BASAL dos participantes era 1761 kcal em média (só comiam 1200kcal);

14 pessoas no grupo experimental = reduziram 5.54 cm


15 pessoas no grupo placebo = reduziram 0,88 cm

“Outros parâmetros morfométricos, tais como peso corporal, IMC e gordura corporal total não apresentaram diferenças
estatisticamente significativas das medidas de intervenção pré em ambos os grupos”;

Peso Corporal:

Grupo = -400g
Placebo= -100g

Todas as fontes de apoio financeiro


vieram de FreeLife Internacional®.
ABDOMINAL FAZ PERDER BARRIGA?
TREINO PARA DEFINIÇÃO?
• Nenhum estudo clínico randomizado mostra informação similar a estas propagandas:
Exemplo: Perder 15 quilos em 30 dias; Redução de circunferência abdominal, etc...

• “Perder a barriga“ → Os hormônios lipolíticos são liberados no sangue e atuam de maneira sistêmica,
ou seja, não se perde a gordura de regiões específicas.

• Estudos mostram que exercícios localizados não causam esta redução.

Vispute et al. The effect of abdominal exercise on abdominal fat. J Strength Cond Res. 2011 Sep;25(9):2559-64.
E o que a nutrição tem a
ver com detoxificação?
• Dieta ou Suco Detox?

• ➔ Não
Detoxificação
• Processo realizado pelo organismo que busca a eliminação de
substâncias xenobióticas ou de toxinas endógenas;

• Biotransformação para poder serem eliminados do organismo;


Phase I Cytochrome P450 Enzymes

Phase II Conjugation Enzymes


Alimentos que modulam
enzimas de fase 1

Alecrim
Exemplos de dieta “DETOX”
Sucos Detox

• “To the best of our knowledge, no “Para o melhor do nosso conhecimento,


randomized controlled trials have não há ensaios clínicos randomizados
been conducted to assess the que foram realizados para avaliar a
effectiveness of commercial detox eficácia das dietas de desintoxicação
diets in humans.” comerciais em humanos.”
Sucos
“Detox” 2015, Maio
Metodologia
400 kcal por 7 dias?? • 2 L of lemon detox juice - 11 dias de intervenção;
• All diets and ingredients were supplied by Cencorp Korea Co.
Ltd. (Seoul, Korea);
• This study was supported by a research grant (2013-RE01443)
900 kcal por + 4 dias??
from the Cencorp Korea Co. Ltd. (Seoul, Korea). É
DISTRIBUIDOR DO PRODUTO!!!!

Gordura no tronco
Gordura total
Metodologia

IMC

Só piorou ou se manteve igual


MASSA MAGRA

CIRCUNFERÊNCIA
DE CINTURA
Qual foi o responsável pela redução nos
parâmetros?
A restrição calórica e não o suco!
1-Não há evidência suficiente que comprovem algum benefício em consumir dieta sem glúten para indivíduos saudáveis;
2- Dados epidemiológicos suportam que mesmo indivíduos com sobrepesos celíacos não conseguem emagrecimento com essa dieta;
3- Não existe comprovação que a dieta sem glúten possa contribuir para a perda de peso;
4- Estudos recentes mostram possíveis efeitos deletérios na microbiota intestinal de indivíduos que realizaram a dieta sem glúten;
5- As dietas sem glúten podem ser saudáveis para a população em geral, desde que os alimentos processados (com glúten) sejam evitados e a
ingestão de outros grãos integrais e legumes de baixa densidade energética seja assegurada.

Este trabalho foi revisado e aprovada externamente pela diretoria da Sociedade Brasileira de Alimentação e Nutrição
• Produtos lácteos, em particular os fermentados, têm propriedades anti-inflamatórias em humanos que não
sofrem de alergia ao leite;
• Ajuda na recuperação de atletas;
• Ajuda na quantidade proteica ingerida diária;
• Auxilia na saúde óssea → cálcio
• Salvo → Intolerantes a lactose e alergia à proteína do leite
1. Apertar a cintura, não faz a gordura diminuir;
2. Existe a remodelação das costelas. Mas isso é conseguido porque a compressão é aplicada nos ossos em
desenvolvimento, que se calcificavam e enrijeciam dentro do formato desejado;
3. Ocorre que celebridades que aparecem nesses corpetes, do passado e de hoje, arrancaram costelas para ficar com a
cintura mais fina, sem contar lipoaspiração, Photoshop;
4. A gordura precisa ser removida dos locais de armazenamento (lipólise) e depois oxidada em tecidos ativos (que usam a
gordura como combustível).
5. Quando se faz uma compressão, há restrição de fluxo sanguíneo e menos sangue circula pela região, com isso, menos
gordura é utilizada, já que muitos agentes lipolíticos estão no sangue.
6. Além disso, a elevação da temperatura pode levar ao aumento da sudorese e perda de líquidos, causando modificações
na osmolalidade que prejudicam a oxidação da gordura;
7. Existem riscos de enfraquecimento dos músculos estabilizadores. A região da sua cintura possui um conjunto de
músculos que têm a importante função de estabilizar sua postura. Quando há uma compressão externa, eles deixam de
ser usados, tornando-se mais fracos e menos ativos;
Stone 2012; Roberts 1977; Gibson 2015

https://www.cnet.com/news/vintage-x-rays-reveal-the-hidden-effects-of-corsets/
• Único artigo que não conseguiu finalizar as análises devido a quase
todos os participantes deixarem de usar a cinta por desconforto;
DIETA DO HCG
• Essa dieta altamente restritiva com HCG surgiu na década de 1950, proposta por Albert Simeons;

• Vem sendo descreditada pela ciência desde 1977 (Greenway; Bray);

• Já em 1983 (Birmingham; Smith) afirmou-se que o HCG para tratamento da obesidade é desacreditado pela comunidade
médica e, caso o paciente venha a ter efeitos colaterais o profissional que indicou o uso deve ser responsabilizado.

• Um artigo dinamarquês publicado em 2014 mostra uma mulher de 28 anos de idade apresentando dor abdominal. Havia
injetado HCG, como parte de um programa de perda de peso. Tomografia computadorizada detectou uma TROMBOSE da
veia mesentérica superior. O HCG pode ser um fator de risco de trombose venosa, artigos de 2014 e 2015 apontam para
isso (Thellesen, 2014; Pektezel, 2015);

• Artigo de 2013 mostra que o HCG não reduz fome, não altera a distribuição do tecido adiposo e não é mais efetiva
que uma dieta de restrição calórica isolada (Goodbar, 2013), na verdade o artigo de 1983 já tinha mostrado que o efeito
do HCG era igual ao do placebo;
• Ainda em 2013 os efeitos colaterais são vários como: dor de cabeça, alteração do humor, depressão, hipercoagulação
sanguínea, síndrome da hiperestimulação ovariana, alteração de enzimas hepáticas, hipotensão, hipoglicemia,
constipação etc.;

• O HCG não é efetivo para o emagrecimento, o que leva à perda de PESO é a restrição calórica (mal
programada e recomendada);

• E a restrição calórica que associam ao HCG → 500kcal?


• Normalmente dietas entre 500 e 800 Kcal são utilizadas em pessoas OBRIGATORIAMENTE com IMC >
30. Um indivíduo com 1,70m de altura, teria que pesar mais do que 87 kg. Essas dietas comprometem a
massa muscular e não podem ser feitas por período prolongado por expor pacientes a altos riscos;
PROMESSAS PARA PERDA RÁPIDA DE PESO

DIA 1 DIA 15 DIA 60


1992
• Glicogênio = cada g carrega mais 3 a 4g de
água;

• Em média, é possível perder mais de 5kg sem


estar associado a qualquer conteúdo de
gordura corporal;

• Quando o estoque do glicogênio volta a


aumentar após a “dieta” o peso corporal
aumenta muito rapidamente.

• Bergstrom (1967) já mostrou que uma dieta


baixa em carboidratos pode reduzir a
quantidade de glicogênio em um terço
somente em 3 dias.
E quando a dieta
é mal planejada
Diminuição de 50% na síntese proteica
muscular entre 15 e 18h de jejum.

Maior desistência no grupo do jejum:


mal estar, dores e desmotivação
• Dietas restritas em carboidratos apresentam benefícios somente
em curtos períodos;

• Perda de peso, composição corporal, HAS, COL, HDL-c, TG,


Glicemia, Resistencia à insulina.
• Melhores efeitos no
início da dieta (2 sem);
Tempo
• Sem diferença nos
(3 semanas até 4 meses)
resultados comparado
a outras estratégias.

• Ansiedade
• Depressão
Tempo mais longo • Humor
(acima de 90 dias) • Hostilidade
• Confusão
• Desânimo
• Depressão
Exercícios

Teixeira et al., 2009


DIETA Cell Metabolism, Volume 22,
Issue 3, 2015
“Parece que o jogo
Nobel de Medicina?? virou. Especialistas do
mundo inteiro estão
indo na contramão da
crença popular de que
comer de 3 em 3
horas é a melhor
forma de se
alimentar.”

SERÁ???
1992

• Estudo da década de 1990 - o grupo Yoshinori Ohsumi descobriu como funcionam os processos de
autofagia (reciclagem celular) ao induzir inanição em células isoladas em leveduras;
• O grupo do dr Yoshinori Ohsumi NÃO estudou alimentação;
• Cuidado com matérias tendenciosas e focadas em vender produtos e serviços;
• Ainda não há comprovação científica publicada de que o jejum é mais benéfico do que qualquer
outra estratégia nutricional;
• Cuidado com dietas restritivas: SÃO porta para transtornos alimentares;
• E assim, um trabalho sobre autofagia celular em leveduras iniciada por INANIÇÃO, se transformou
em um estudo dizendo que comer de 3 em 3h não é bom... e que Jejum é melhor.
A promessa é sempre a mesma

• Quando o artigo reforça o que o “guru” quer dizer → basta o título do artigo ser apresentado;

• Quando o artigo é contrário à crença do guru → não serve, não presta, é manipulado,
indústria farmacêutica é ruim, meu produto é natural e antigo, mecanicista.

• Aquele [qualquer alimento] é ruim → “compre meus produtos e tome a sua lista de 3
páginas de manipulados!”

• Nunca nenhuma evidência vai mostrar que o método do guru funciona;


• Vão dizer que funciona mas nunca: como, quanto e em que situação funciona!
ADERÊNCIA
• Plano restrito por muito tempo;

• Plano fixo, engessado, imutável;

• Existem inúmeras dietas da moda (qual a evidência?);

• Escutar o paciente;

• Colocar em Prática o PBE (Prática • Atividade física;


Baseadas em Evidência);
• Procure não mudar a rotina no paciente;
• Tripé:
1. resultados obtidos em pesquisas • Estimule bons hábitos;
2. Experiência profissional
3. Valores/preferência do paciente • O mundo conspira para o sedentarismo.
O QUE MAIS
FUNCIONA PARA
EMAGRECER É
Não existe sequer menção de algo parecido na literatura científica;

Estas funções fisiológicas não estão relacionadas ao magnetismo;


Corte de peso
Condutas: Pré-Competição
• É necessário perda de peso?
• Divisão de peso;
• Restrições;

• Existem diversas técnicas empregadas para perda de peso:


• Restrição alimentar – kcal e jejum;
• Restrição de água;
• Aumento de volume e intensidade de treino;
• Treino com agasalhos/plásticos/borracha;
• Deixar de fazer 1 ou 2 refeições;
• Sauna;
• Banheira de imersão.
Condutas: Perda de Peso
• Ideal → reduzir peso em água ou gordura!
• Recuperar glicogênio > performance;
• Manter a capacidade física e técnica;
• Saúde
• Riscos:
• Desidratação;
• Desequilíbrio hidroeletrolítico;
• Sudorese prejudicada – impedindo evaporação e troca de calor - termorregulação;
• Hipertermia;
• Manutenção da massa muscular;
• Função cognitiva – humor, memória de curto-prazo, depressão, fadiga, raiva;
• Perda na força e performance;
Corte de Peso
Jiu-Jitsu
Campeonato de Jiu-Jitsu
• Corte de peso:

• 4 dias → baixar 4-5 Kg

• Alvo 77kg → Competição Abu Dhabi Jiu Jitsu Pro - AJP Tour – 30/04/2022

• Dia da Pesagem → dia 29 - 13:30h


25/04 • Ajuste hipocalórico → gasto calórico aprox. = 3000kcal
25/04 • Ajuste hipocalórico → gasto calórico aprox. = 3000kcal
Acompanhar o peso diariamente Várias vezes ao dia
26/04

• Normal o peso estar maior no final do dia


(retenção)

• Orientar o atleta para não ficar nervoso


27/04 • Orientação:
Peso → 79,7Kg • Não fazer a refeição da manhã

Às 07:30h • Só fazer o almoço

Peso → 79,9Kg • Orientação:

Às 14h • 30 min aerobiose


• Se fosse treinar Jiu-Jitsu → intensidade baixa → Não treinou

Peso → 79,4Kg • Orientação:

• Não fazer a refeição do jantar


Às 19:30h

• Orientação:
Peso → 79,1Kg
• Realizou um treino leve de Jiu-Jitsu
Às 23h • Não fazer a refeição da ceia → Jejum até o outro dia de manhã na pesagem diária
28/04 • Orientação:
Peso → 78,3Kg • Fazer a refeição da manhã

Às 07:30h • 20 min Bike + 15 min sauna

Peso → 78Kg • Orientação:

• Fazer o shake com whey no meio da manhã


Às 09:15h • Almoço normal
• Treino de Jiu-Jitsu → Normal as 12h
UM DIA ANTES.....
Peso → 78Kg • Orientação:

• Não fazer a refeição do jantar


Às 16:30h
• 1h de treino aeróbio + 30´ de sauna

• Orientação:
Peso → 77,6Kg
• Aeróbio mais intenso pela manhã
Às 23:20h
• Beber somente 250mL desde a hora que acordar até a pesagem oficial
Relato de condicionamento do atleta → “estou fibrado”
29/04 • Orientação: DIA DA
Peso → 77,3Kg • Fazer a refeição da manhã PESAGEM.....
• 20 min Bike + 40 min de sauna
Às 07:00h • Cafeína

Peso → 76,8Kg • Orientação:

• Jejum
Às 08:30h
• 250 mL até a pesagem

Peso → 76,6Kg • Orientação:

• idem
Às 13:29h

• Orientação:
Peso → 77Kg

Às 14:30h
18h30
Peso as 23:34 do dia 29-04-2022

• Estratégia de reposição de carboidratos;

• Aumento de peso corporal;

• Lutar com o maior peso e energia possíveis;


30/04 DIA DA LUTA.....

• Orientações:

• As 09h → repetir
• Entre 11:30 e 12h → macarrão (250g)
• Lutas iniciam 14:30h

• Peso as 13h → 81,2kg

Refeição das 07h


Resultado
Definição Avançada
Passos

Constância Déficit calórico Proteínas Evitar perda Uso de fármacos


muscular
Se assemelha à finalização para
uma competição de
fisiculturismo
Carboidratos
• Redução progressiva de carboidratos;

• Alguns podem retirar completamente os carboidratos (necessário?);

• Porque depletar CHO?


• depletar os estoques de glicogênio
• supercompensação de carboidratos
• Cada g de glicogênio → 2 a 4g de água

• Aumentar os estoques de glicogênio → maior volume muscular


Carboidratos → Loading
• Ingerir muito → aspecto “retido”

• Ingerir pouco → aspecto “vazio/murcho”

• Geralmente → consumidos 3 a 4x mais CHO do que em pré-contest


• 100-200g → 400-600-800g

• Individualizar
Equilíbrio
Hidroeletrolítico
Regulação hormonal do equilíbrio
hidroeletrolítico durante o exercício
• O equilíbrio dos líquidos → fundamental para um funcionamento metabólico, cardiovascular e
termorregulador;

• Início do exercício → a água é deslocada do volume plasmático para os espaços intersticiais e


intracelulares;

• Desvio específico à massa muscular recrutada;

• Subprodutos metabólicos começam a se acumular no interior e ao redor das fibras musculares,


aumentando a pressão osmótica na área;

• Aumento da PA;

• Suor.
Glândulas endócrinas envolvidas na
homeostase de líquidos e eletrólitos
• As duas principais glândulas endócrinas:

• Hipófise posterior (neurohipófise) → ADH/Vasopressina;


• Córtex suprarrenal → Aldosterona;

• Os rins são o alvo primário dos hormônios liberados por essas


glândulas.
Manipulação da
Água Corporal
ADH – Hormônio antidiurético

• Hormônio antidiurético (ADH, também chamado de vasopressina, ou


arginina vasopressina AVP);

• Liberado em capilares, conforme a necessidade, em resposta a impulsos


nervosos provenientes do hipotálamo;

• ADH → Promove conservação da água ao aumentar a reabsorção de


água pelos rins.
ADH – Hormônio antidiurético

• Sob condições de restrição da ingestão de água ou hidropenia, níveis


elevados de ADH aumentam a permeabilidade à água do néfron;
• Aumenta a reabsorção de água.

• Sob condições de sobrecarga de água, os níveis de ADH diminuídos fazem


com que a permeabilidade à água do néfron distal permaneça baixa;
• Aumenta a eliminação de água.
ADH – Hormônio antidiurético
• A alta permeabilidade a agua nesses segmentos → presença abundante de canais para agua AQP1;

• ADH aumenta drasticamente as permeabilidades à água dos túbulos coletores e ductos, fazendo os
canais para água AQP2 serem inseridos na membrana apical;
ADH – Hormônio antidiurético
• A atividade muscular e o suor provocam a concentração de eletrólitos no plasma
sanguíneo, pois mais líquidos saem do plasma em comparação a eletrólitos;

• Hemoconcentração → aumenta a osmolalidade plasmática (a concentração iônica


de substâncias dissolvidas no plasma) – percebida pelo hipotálamo → SÓDIO;
• Principal estímulo fisiológico para a liberação de ADH;

• Um segundo estímulo p/ liberar ADH → baixo volume plasmático – percebida pelo


hipotálamo;

• → Hipotálamo envia impulsos nervosos para a hipófise posterior, estimulando a


liberação do ADH.
• ↑ ↑ ↑ H2O → ↓ ↓ ↓ ADH
• Aumenta excreção de H2O na urina
• ↓ Retenção hídrica

• Diminui a reabsorção de água e excreção de alto volume de


urina diluída;
• ↓ ↓ ↓ H2O → ↑ ↑ ↑ ADH
• Diminui excreção de H2O na urina
• Vasoconstrição / ↑ Retenção hídrica

• Aumento da reabsorção de água e excreção de pequeno


volume de urina concentrada;
Cortex Suprarrenal - Aldosterona
• Aldosterona é o principal mineralocorticoide, responsável por pelo menos 95% de toda
atividade dos mineralocorticoides;

• Componente do Sistema Renina-Angiotensina-Aldosterona

• Secreção estimulada por:


• Diminuição do sódio plasmático,
• Diminuição do volume sanguíneo e da PA;
• Aumento da concentração plasmática de potássio;

• Promove reabsorção renal de sódio (Na+), retendo esse mineral;

• Promove vasoconstrição;

• Na+ retido = + H2O retido → retenção de H2O

• A retenção de Na+ → promove a excreção de potássio (K+);


• ↑ ↑ ↑ Sódio → ↑ ↑ ↑ ADH → ↑ ↑ retenção de H2O
• ↑ concentração do sangue
• Diminui excreção de H2O na urina
• Vasoconstrição / ↑ Retenção hídrica

• ↓ ↓ ↓ Sódio → ↑ ↑ ↑ Aldosterona → ↑ ↑ retenção de Na+


• ↑ retenção de H2O
• ↑ excreção de K +
• Diminui excreção de H2O na urina

• ↑ ↑ ↑ Potássio → ↑ ↑ ↑ Aldosterona → ↑ ↑ retenção de Na+


• ↑ retenção de H2O
• ↑ excreção de K +
• Diminui excreção de H2O na urina
Estratégias “as vezes” utilizadas
• Aumentar sódio no início da semana e reduzir ou cortar no final;
• Aumentar potássio enquanto reduz sódio;
• Manter água elevada e reduzi-la ao longo da semana;
• ↓ ↓ ↓ Sódio → ↑ ↑ ↑ Aldosterona (Na+)
• ↑ ↑ ↑ Potássio → ↑ ↑ ↑ Aldosterona (Na+)
• ↑ ↑ ↑ H2O → ↓ ↓ ↓ ADH (H2O)

• Não faz sentido aumentar a consumo de sódio dias antes da


competição em conjunto com o consumo de água estando elevado;
• Ações antagônicas.
Estratégias
• Diuréticos → combinação de protocolos/perigo de morte;
• Chás → podem ser úteis (hibisco, cavalinha, chá verde/preto);
• Laxantes → favorecem perda de peso/desidratação;
• Sauna → perde peso/água – combinação perigosa
• Banheira de Imersão → água quente + álcool + sal grosso
Exemplo da fase de depleção e saturação e
manipulação de água

CHO Dom Seg Ter Qua Qui Sex Sáb


Total g 100-200 100-200 100-200 100-200 400-800 400-800 400-800
g/Kg 1a3 1a3 1a3 1a3 4 a 10 4 a 10 4 a 10
% 15-30 15-30 15-30 15-30 50-80 50-80 50-80
Água (L) 10 8 8 8 6 4 0,5
Dorian Yates Gunter Schlierkamp Naser El Sonbaty Markus Ruhl Lee Haney Mike Mentzer Kevin Levrone

Ronnie Coleman Shawn Ray Arnold Frank Zane Tom Platz Flex Wheeler Kai Greene Victor Martinez

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