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Resumo End p1 - Ayme

1) O documento discute descontinuidades em materiais, fatores que determinam a periculosidade de defeitos e técnicas de inspeção não destrutivas como radiografia de raios-X e raios gama. 2) São apresentados os principais tipos de interação de fótons com a matéria durante a inspeção radiográfica, como efeito fotoelétrico, efeito Compton e produção de pares. 3) Fatores como localização, tipo e dimensão de descontinuidade, temperatura, tipo de solicitação

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Resumo End p1 - Ayme

1) O documento discute descontinuidades em materiais, fatores que determinam a periculosidade de defeitos e técnicas de inspeção não destrutivas como radiografia de raios-X e raios gama. 2) São apresentados os principais tipos de interação de fótons com a matéria durante a inspeção radiográfica, como efeito fotoelétrico, efeito Compton e produção de pares. 3) Fatores como localização, tipo e dimensão de descontinuidade, temperatura, tipo de solicitação

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Resumo END - P1 Aymê Assis

Introdução

Descontinuidade: Separação física dentro do material, perda da continuidade. Não é necessariamente um defeito.
Ex: Trinca, porosidade, falta de penetração, falta de fusão ou mordeduras.

Defeito: É a descontinuidade com poder danoso. Podem ser pontuais, lineares, superficiais ou volumétricos.
Ex: Átomos intersticiais ou lacunas (pontual), discordâncias em aresta ou espiral (lineares)

o Fatores que determinam a periculosidade de uma descontinuidade:


 Localização:
Superficial Concentrador de Tensão: mais crítico.

 Tipo de esforço: Tração é propagadora de trincas perpendiculares à sua direção.

Maior área de contato da trinca Maior área de contato da trinca Menor área de contato da
sofrendo a tração. (mais crítico) sofrendo a tração. (mais crítico) trinca sofrendo a tração.

 Dimensão de descontinuidade: A probabilidade de detecção depende da habilidade do inspetor.


Custo ($) Probabilidade de Detecção (PD)
Limiar
maior tamanho do defeito = maior a detectabilidade = menor custo.
$ PD

Limiar: Limite do que a técnica consegue ver. Depende da técnica e


do equipamento utilizado.

Tamanho do defeito

 Temperatura em serviço:
Ex: T alta: Pode favorecer corrosão, oxidação, fluência..
T criogênica (muito baixa): Fragilização.

 Tipo de solicitação: Ex: Esforço cíclico (promove fratura por fadiga), esforço simples (rompimento
por tração ou compressão) ou esforço cíclico em meio corrosivo.

 Material: No projeto, deve-se avaliar:


 Custo do material.
 Tempo de vida do material.
 Custo da manutenção (mão de obra + produção parada).
 Custo de reposição do material.

Qualificação: Área acadêmica. Ex: LNDC, engenheiros, físicos..


Certificação: Recebido por um inspetor, que deverá ter feito provas para isto.

Nível 1: Nível médio. Não lauda. Identifica se tem defeito ou não.


Nível 2: Dá laudo, pode dimensionar.
1 Nível 3: Superqualificado. Determina equipamento, qual técnica e pode treinar os demais.
Controle de qualidade: Avalia a produção por meio de inspeções da fabricação ou por amostragem (Ensaios Não
Destrutivos).

Garantia de qualidade: Avaliação da empresa como um todo. Mostra a confiabilidade da empresa (sua imagem):

 RH da empresa.
 Relacionamento cliente-empresa.
 Relacionamento cliente-meio ambiente.

Radiografia

Fótons Fótons Detector: - Filme convencional


Fonte de fótons
- Image plate
(Raio X ou Raio γ )
- Flat Panel

Objeto: Interação
fóton com a matéria

Fonte: Comentário: Os elétrons de W (anodo) são acelerados por


o Raio X uma ddp aplicada e lançados contra o alvo (catodo). Ao se
aproximarem do alvo, os elétrons são freados, produzindo
um espectro contínuo de energia dos fótons. Ao se colidirem
(Filamento de W): Anodo com o alvo, pelo efeito fotoelétrico, ocorre a produção de
e Catodo raio X característico (energia discretizada liberada pelo salto
dos elétrons de um nível de maior energia para outro de
e ALVO menor energia, pela tendência universal de menor energia).

 Aumento da ddp: Aumenta a energia do raio X e


e
melhora a passagem de elétrons pelo objeto (maior
Raio x profundidade)
característico  Aumento da corrente: Aumenta a quantidade de fótons
(intensidade), não necessariamente a energia deles.

Obs: 99% da colisão e – alvo é dissipada em calor.


1% da colisão produz raio x. - Bremmsstrahung
Gráfico obtido: - Raio X Característico

Espectro contínuo (Bremmsstrahung): Raio X característico: Energia discretizada específica para


É o fenômeno de frenagem radiação, devido a saltos entre camadas eletrônicas específicas dentro de cada
repulsão dos elétrons acelerados com o elétrons alvo.
do alvo.

2
Aumenta a Intensidade dos fótons.
Resultado:
Aumentando a corrente da fonte

Aumentando a voltagem da fonte

Aumenta a Energia dos fótons.


Mantém os picos nos E originais.

Comentário: Ao aumentar a ddp, consequentemente a anergia, os picos


de raio x característicos se mantém em seus respectivos E, aumentando
apenas a faixa de energia dos fótons detectados.

o Raio γ

Isótopos instáveis (radioisótopos) isótopos estáveis


60 59
Ex: C 27  Co27 + γ Raios γ

Atividade de um raio isótopo: Meia vida:

A = A0 .e− λt t= 0,693 λ : Constante de desintegração


T meia vida =

( )
A0 λ
radioativa.
ln
A
 Alterar a energia de radiação:
λ Mudar a fonte (cada fonte tem uma faixa de energia de radiação). Não
existe ddp (voltagem) quando se trata de radiação gama, apenas existem os parâmetros tempo e tipo de
fonte para alterar.
 Aumentar a intensidade: Aumentar o tempo de exposição.

Gráfico obtido: Ex: Co I

energia (MeV )
1,17 1,37
Comparação: Raio X vs Raio γ

Raio X Raio γ
Aparência Idênticos
Origem Gerado pela eletrosfera Gerado pelo núcleo
Espectro Contínuo + discreto Discreto
Emissão Controlada: Por meio de aplicação de ddp Espontânea e contínua

Por que então usar raio γ ? Necessidade de realizar radiografia em lugares de difícil acesso à energia (ex: pré sal).
3
o Interação dos fótons com a matéria: Atenuação do fóton.
1) Efeito Fotoelétrico
2) Efeito Compton
3) Produção de Par Elétron ejetado
com certa
1) Efeito Fotoelétrico: Elétron absorve toda energia cinética
a energia do fóton

Raio x ou
Raio γ
vacânci

vacânci
Elétron muda
para a vacância Raio x característico

Comentário: Muito utilizado em blindagem. Ex: Blindagem de Pb para radiografia (maior segurança para as pessoas)
Quanto maior o número atômico = maior absorção de fóton = menor radiação emitida = maior elétrons emitidos.
Costuma ocorrer nas camadas mais internas.
Elétron absorve toda Elétron ejetado
 Elétrons Auger Elétron ejetado
a energia do fóton

Raio x ou
Raio γ
vacâncias

Elétron muda para a vacância, liberando a


diferença de energia. (n.e que estava – n.e pronde
Comentário: A emissão de elétrons Auger diminui o número de raios X
vai). Essa energia é absorvida por outro elétron,
característicos. A probabilidade de emissão de elétron Auger diminui com o
que é também ejetado.
aumento do número atômico.
Elementos menor número atômico = maior probabilidade de emissão de Auger.

2) Efeito Compton (Espalhamento de Compton): O elétron colidido absorve parte da energia do fóton.

Elétron ejetado

Raio x ou Raio γ de menor


Raio x ou Raio γ energia (E’=h.f’)
(E =h.f)
Comentário: Quando o fóton é absorvido por um elétron de camada externa. Por ser fracamente ligado ao núcleo,
necessita de pouca energia para ser ejetado, sobrando energia. A probabilidade de ocorrência de Efeito Compton é
Z
proporcional ao número atômico dividido pela energia da radiação incidente. P ∝ Esse efeito cria ruído na
E
imagem, porque não se sabe se a radiação que chegou foi a original (emitida pela fonte de raio x) ou se foi o raio x

4
de energia reduzida, pelo espalhamento de compton. Elementos de maior o número atômico = maior a
probabilidade de ocorrência.

3) Produção de Par Núcleo: próton + neutron


Elétron: Carga (-1)
Raio x ou Pósitron: Antipartícula do elétron (massa do elétron, carga +1)
Raio γ

Comentário: Ocorre para altas energias (E≥ 1 MeV ), quando o fóton é absorvido pelo núcleo, gera duas partículas:
elétron e pósitron. O pósitron se junta com outro elétron e são aniquilados (pelas cargas opostas), gerando dois
fótons neste processo (fótons de aniquilação) em direções opostas. Esse efeito cria ruído, por sua alta energia.
Comum ocorrer em indústrias. É necessário E≥ 511 KeV para gerar o elétron ou o pósitron.

Efeito dominante dependendo da ddp aplicada:

o Detecção:

Atenuação do Raio X ou Raio γ :


I
− μx
I =I 0 . e I0
Fonte I0 I
μ : Coeficiente de Atenuação.
Depende da probabilidade de
ocorrer efeito fotoelétrico,
Objeto efeito de Compton e Produção
Detecto
de Par. Depende da Energia e
r do Número atômico.
Exemplo:
x

Material 1: Aço  atenua mais a radiação por ser mais denso


Material 2: Polímero  atenua menos por ser menos denso

Comentário: A diferença entre a intensidade dos dois materiais é,


na verdade, os μ diferentes. Dessa forma, ocorre o contraste
1
2 (regiões claras e escuras).

Região clara: mais densa


I Região escura: menos densa.

I0 E se os coeficientes de atenuação forem iguais? Não é indicado


utilizar radiografia.
I2
5
I1
o Filmes:
x
1) Filme Convencional
2) Image Plate
3) Flat Panel

1) Radiografia Convencional: Utiliza filme convencional.

Brometo de Prata: AgBr Radiografia: O AgBr é sensibilizado


quando exposto a radiação.
Base: celulose
AgBr  AgBr+¿ ¿
Brometo de Prata: AgBr

Após a radiografia:

 Banhos:
−¿¿ +¿ ¿
1. Revelador: Separa o Ag0 do Br , quando AgBr . Essa dissociação é rápida.

Obs: A dissociação AgBr → Ag+¿+ Br ¿é lenta.
+¿ ¿
2. Parada: Interrompe a dissociação do AgBr , não dando tempo para ocorrer a dissociação do AgBr .
3. Fixador: Fixa o Ag0 (prata metálica) na celulose.
Obs: Se demorar muito, o AgBr também é fixado. (não é o interesse deste processo)
4. Parada: Para não dar tempo de ocorrer fixação do AgBr .
5. Lavagem e secagem: Permite analisar e produzir os laudos.

Lembrar do raio x da mão: O osso é mais


 Laudo:
denso do que os músculos, então o osso
Região escura da radiografia  Ag0Região clara da radiografia  Celulose ou pouca deposição do Ag0
fica BRANCO, porque os fótons são
atenuados pelo osso e não sensibilizam o
 Vantagem:
filme. Enquanto os músculos ficam PRETOS
 O filme é flexível: Se molda ao objeto.
pois oferecem pouca ou nenhuma
 O filme tem vários tamanhos.
resistência à passagem dos fótons,
 Tem várias normas: Facilita o trabalho do inspetor.
deixando-os sensibilizarem o filme, fixando
 Boa resolução: 3 μm no mínimo
a prata metálica.

 Desvantagem:
 Imagem indireta (latente): Custo de ter que refazer e custo do tempo de espera.
 Sensibilidade à luz.
 Descarte e compra de químicos: Lixo perigoso ao meio ambiente e possui coleta específica.
 Radiografia depois de pronta não pode ser reutilizada: é rejeito.
 Resolução espacial está associada ao tamanho do grão de AgBr.
 Armazenamento com umidade e iluminação controlados: alto custo para algo já de pouco valor. A
norma obriga que a radiografia seja guardada por 10 anos.
 Custo de manutenção: Compra dos filmes e químicos permanentemente, pois eles são consumidos no
processo da radiografia e revelação.

Obs: Quanto maior o grão  mais rapidamente será sensibilizado.  pior resolução
Resolução: menor distância entre dois pontos distinguíveis.

6
 Curva característica do filme:
Densidade Óptica
1 Base Fog: Celulose pura, sem o Ag0
3
2 Trabalho

2 3 Saturação: rejeito
2
1
Obs: Só pode laudar se Densidade Óptica ≥ 2.

log ⁡(t de Exposição)

Comentário: Densidade óptica indica a quantidade de tons de cinza da imagem. D .O=log


Densidade Óptica
( )
I0
I
Filme A: Sensibiliza mais rápido  grãos maiores  pior resolução
Filme B: Sensibiliza em tempo moderado  grãos medianos  média resolução
Filme A Filme C: Sensibiliza mais devagar  grãos pequenos  boa resolução
Filme B
Filme C

log ⁡(t de Exposição)

2) Radiografia Digital
I) Filme convencional + scanner
II) Image Plate (radiografia computadorizada)
III) Flat Panel (radiografia digital direta)

I) Filme convencional + scanner: Filme convencional (celulose + Prata metálica) digitalizado. Para digitalizar, um
laser passa pelo filme. Quando o laser entra em contato com a:
- Celulose: transmite mais
- Prata metálica transmite menos.
O conversor identifica a diferença de intensidade e interpreta digitalmente. Após a digitalização, a resolução
fica dependente do tamanho do feixe do laser. Como o feixe tem diâmetro maior do que o grão de Ag, a
resolução digitalizada sempre é pior.

II) Image Plate (radiografia computadorizada):


 Estrutura: - Camada protetora: Protege a camada sensível
- Camada sensível  BaFBr: Eu2+¿ ¿ (mecanismo baseado na oxidação do Europo)
- Suporte de poliéster
- Reforço de controle da curvatura

 Sensibilização do filme (Oxidação do Europo): O Eu2+¿ ¿ é sensibilizado pela radiação e seus elétrons da
banda de valência são removidos (oxidação do Eu2+¿ ¿  Eu3+ ¿¿) e aprisionados em “armadilhas” da rede
cristalina da camada sensível.

7
 Revelação: O laser emite um feixe que varre as armadilhas, fornecendo energia aos elétrons presos. Os
elétrons conseguem energia suficiente para voltar para suas camadas de origem. Para voltar, é necessário
gastar energia no processo, então, o elétron emite luz (fóton). O fóton é, então, capturado pelo guia de luz e
direcionado para o tubo fotomultiplicador. A fotomultiplicadora recebe a luz incidente (fóton) e transforma
em elétron (no fotocatodo) e depois multiplica em vários elétrons a partir do choque com os dinodos. A
fotomultiplicadora pode filtrar e receber apenas fótons de comprimentos de onda específicos, garantindo
que os fótons do laser não sejam confundidos com os fótons do processo de revelação.

 Resolução espacial: Depende do tamanho do feixe do laser e da velocidade que o image plate se movimenta
(varredura do laser)  25 a 50 μm

 Vantagens:
 Filme reutilizável.
 Filme flexível.
 Variedade de tamanhos do filme.
 Dose reduzida de radiação: O Eu se sensibiliza mais do que o AgBr, então, pode ser utilizada dose menor
de radiação. Ideal para o setor da saúde.
 Revelação e armazenamento digitais: Facilidade e baixo custo para armazenar.

 Desvantagens:
 Imagem indireta (latente): É necessário uma segunda etapa, para revelar. Talvez seja necessário refazer a
radiografia.
 Filme sensível à luz.
 Custo inicial (equipamento) alto, mas o custo benefício a longo prazo é vantajoso.
 Falta de normatização: Por ser recente, não há normas suficientes para a prática.
 Resolução espacial não tão boa.

III) Flat Panel (Radiografia Digital Direta):


a) Conversão indireta: Há etapa intermediária. b) Conversão direta: Sem etapa intermediária.
raio x/raio ϒ  fótons de luz  elétrons raio x/raio γ  elétrons

Raio x/ Raio ϒ Raio x/ Raio ϒ

Cintilado Semicondutor
r
Fótons de luz elétrons
Fotodiodo
TFT
elétrons

TFT
Semicondutor: Converte fótons de raio X ou raio ϒ em
elétrons diretamente. Geralmente, é feito de selênio
Cintilador: Converte fótons de raio X ou raio ϒ em fótons amorfo. Após conversão, aplica-se uma ddp para que os
de luz. Feito de material cristalino, para direcionar a luz elétrons cheguem ao TFT no ponto mais próximo
(ex: iodeto de césio) possível a eles. (menor distância líquida)
Fotodiodo: Converte os fótons de luz em elétrons. TFT (Transmissor de filmes finos): Capta os elétrons
Geralmente, é feito de silício amorfo. para formação de sinal.
TFT (Transmissor de filmes finos): Capta os elétrons para  Menor ruídos por envolver menos etapas.
formação de sinal.

 Resolução espacial: Depende do tamanho do TFT. Melhor hipótese: 100 μm, em média 200 μm.

8
 Obs: Inicialmente o cintilador era de fósforo (P), mas não era possível controlar a dispersão da luz por ser um
material amorfo.

 Vantagens:
 Imagem direta (ao vivo): É possível ver o resultado enquanto ocorre a radiografia.
 Menor dose de radiação: Dentro todos os outros.
 Filme reutilizável.
 Possibilidade de fazer várias imagens: Menor chance de diminnuir o ruído.

 Desvantagens:
 Resolução espacial ruim: As novas normas tentam compensar a resolução ruim com alto contraste.
 Filme rígido: Não é flexível.
 Custo inicial (equipamento) é alto.
 Falta de normas.
 Pouco portátil.
 Sensível a intemperismo: chuva, sol.. danificam o TFT.
 Limitação de temperatura: O semicondutor é feito de selênio, material com baixa temperatura de serviço (5
a 50°C)

o Técnicas de imagem: Específicas no caso de tubos


1) (PSVS) Parede Simples, Vista Simples:
 É a técnica mais simples, inspeciona apenas uma parede do tubo.
 É necessário ter acesso ao interior do tubo, para colocar a fonte
(de Raio X ou ϒ) ou o detector.

2) (PDVS) Parede Dupla, Vista Simples:


 É uma técnica mais complexa, inspeciona apenas uma parede do tubo.
 Quando não é possível ter acesso ao interior do tubo.
 Fonte de alta energia (Raio X ou ϒ) colada em uma das paredes e o detector na outra.
O fato de ser colada e de alta energia evita que os fótons sejam atenuados pela primeira parede,
não havendo impressão da primeira parede, apenas da segunda.

3) (PDVD) Parede Dupla, Vista Dupla:


 Inspeciona duas paredes do tubo simultaneamente.
 A técnica para evitar sobreposição das imagens é colocar a fonte inclinada
em relação ao tubo(não centralizada). Requer estudo aprofundado para
entender a imagem.
 Para isto, a fonte não é colada.

o Qualidade da Imagem
1) Resolução espacial (S.R): menor distância entre dois pontos distinguíveis. É o principal parâmetro que
afeta a qualidade da imagem. Para determinar a resolução, utiliza-se o Indicador de Qualidade de
Imagem (IQI) de fio duplo.
IQI: Barra de plástico com 13 pares de fios metálicos de diâmetros específicos, em ordem de tamanho do
diâmetro crescente. O espaçamento entre eles é igual ao diâmetro dos fios. Ele participa da radiografia
do material.
a) Método digital: Se for filme convencional, precisa escanear.
Densidade Óptica MTF
Transformando amplitude do maior fio S . R=¿ 1 ¿
em 1, é criada a curva MTF (Função de 1 2. MT F20 %

Transferência de Modulação)
9

x ( posição)
0,2
b) Método visual: Não há necessidade de escanear. É o número do primeiro fio que já não se vê na
radiografia.

2) Resolução em contraste: É a diferença de densidade ótica entre duas regiões adjacentes. Para
possibilitar a identificação, é necessário que o material analisado tenha diferença de densidade. A
imagem, portanto, precisa ser formada por regiões claras e escuras.
MAIOR contraste = MAIOR segurança na interpretação = MAIOR qualidade

 Fatores que criam contraste:


 Diferença de composição química
 Tipo de fonte: Raio X (foco não tem tamanho) ou ϒ (foco possui tamanho)
 Diferença de densidade
 Diferença de espessura

 Tipos de contraste:
 Contraste físico: Depende do objeto (densidade, número atômico, espessura..)
 Contraste do sujeito: Contraste físico + energia do fóton incidente.
 Contraste da imagem: Contraste do sujeito + exposição + sistema de detecção de imagem

Contraste (%)
 Fatores que influenciam o contraste:
1) Radiação espalhada (espalhamento de Compton): Sem espalhamentos.
100
Diminui o contraste, mascarando detalhes importantes
na imagem. O contraste diminui exponencialmente
com o aumento da radiação espalhada.

Para reduzir a radiação espalhada:


Quantidade de espalhamentos (s)
a) Colimação do feixe da radiação:
Técnica mais utilizada. O colimador controla o tamanho do feixe incidente, barrando parte da
radiação, garantindo um feixe estreito. Isso reduz o tamanho do campo da radiação, reduzindo a
radiação espalhada.
b) Grade: Conjunto de tiras de material radio-opaco separadas entre si e envolvidas por um material
radio-transparente. A grade deixa passar o feixe reto (o feixe de radiação atenuado) e absorve/
não deixa passar o feixe oblíquo (radiação espalhada). A restrição é que essas tiras tem que ser
muito fina (de preferência menor do que a resolução espacial do detector) para não atrapalhar a
imagem, pois ela é colocado entre o objeto e o detector.
c) Gap de ar: Consiste no aumento da distância entre o filme radiográfico e o detector criando uma
camada de ar entre os dois, reduzindo a radiação espalhada. Essa técnica só compensa quando a
radiação espalhada é muito grande, pois a distância entre objeto e detector causa
magnificação/distorção da imagem.

2) Energia do feixe de Radiação: Controla a capacidade de penetração do feixe da radiação. Quanto


maior a energia menor será a diferença entre a intensidade de fótons provenientes das várias
densidades de massa do corpo de prova, produzindo menor variação de atenuação (Ressalva: uma
energia muito baixa pode não ser suficientepara ter contraste. Ou seja, só é válido quando se tem
energia suficiente.
1. Menor espessura  radiação passou mais rapidamente (sensibilizou mais o detector)
 partes mais escuras de cada energia

10
2. Maior espessura  radiação foi mais absorvida (sensibilizou menos o detector)
 partes mais claras de cada energia

3) Tempo: MENOR tempo = MENOR contraste (sem mudar corrente, voltagem, energia, etc) porque
uma menor quantidade de fóton chega.

Nitidez da Imagem: Associada ao grau de visualização de detalhes na radiografia, ou seja, associa contraste e
resolução espacial.

 “Barramento”: Insuficiência de detalhes ou definição.


 Fatores que afetam a nitidez.
 Distribuição da intensidade do feixe através do ponto focal.
 Fatores Geométricos: Causam distorção, ampliação e indefinição de contornos, devido à distância
inadequada entre o foco da fonte – [ objeto + detector ] ou foco-objeto, além do não-alinhamento do
raio central do feixe com o objeto.
 Tamanho do ponto focal: MAIOR tamanho focal = MAIOR indefinição das bordas das imagens
(principalmente quando há magnificação)
 Penumbra: Existe uma penumbra máxima permitida pela norma.
 Para obter melhor imagem:
 O diâmetro da fonte emissora de radiação deve ser o menor possível.
 A fonte emissora deve estar posicionada o mais afastado possível do materal a ensaiar.
 O filme radiográfico deve estar mais próximo do material.
 O feixe de radiação deve se aproximar o máximo possível da perpendicularidade em relação ao filme.
 O plano do material e do filme devem ser paralelos.

OBS: MENOR nitidez = MENOR contraste = MENOR resolução

 Relação Sinal-Ruído (SNR):

Ruído: Incerteza ou imprecisão com que um sinal é registrado. MAIOR ruído = MENOR detectabilidade de
falhas
S Sendo S : média do sinal de certa região daimagem
SNR=
σ
σ : Desvio padrão dessamédia

OBS: MAIOR SNR = MAIOR qualidade de visualização de detalhes

o Correntes Parasitas (Eddy Current)

i(t) Limitação: Só funciona em materiais condutores e superficialmente.

Mecanismo: Aplicando uma corrente alternada (que varia com o tempo) em


uma bobina (condutor enrolado em espiras) ocorre a indução de um campo
magnético (primário) no sentido indicado pela Lei de Lenz (mão direita).
Aproximando à bobina um material também condutor elétrico, o campo
magnético da bobina induz uma corrente circular no material. A corrente
induzida (parasita), por sua vez, induz também um campo magnético

B ⃗
Bp (secundário) no sentido contrário ao primário. O detector capta o campo
magnético total do sistema (primário + secundário)
i p (t)
Profundidade de Penetração: Depende da frequência da bobina (f), da
condutividade do material (C) (ou sua resistividade ρ ¿ e permebilidade do
material (µ). Então, o único parâmetro controlável é a frequência da bobina.

11
Comentário: A profundidade padrão ( δ ) é a profundidade quando a corrrente possui 37% de sua densidade na
superfície do material.

Profundidade de Penetração
Densidade da corrente


37% 100%
ρ MAIOR f = MENOR profundidade
δ=So
f . μr
δ

Objetivos da técnica:

 Caracterizar o material: Quando o material muda seu comportamento magnético, por uma mudança de
permeabilidade ou resistência, causada por uma mudança na sua microestrutura.
Ex: A ferrita é ferro magnética e a austenita é para-magnética. Então, em um aço que ocorra um erro na
fabricação e surja a fase σ (não magnética), é possível detectar pois é um material que se esperava
comportamento magnético o qual não foi detectado.
 Detecção de trinca: A trinca é uma descontinuidade, ou seja, é uma região que deveria ter material mas
tem ar no lugar. A trinca causa uma distorção nos padrões circulares do fluxo de correntes parasitas, pois
a corrente não percorre o ar (dentro da trinca), então ela precisa adaptar seu percurso (aumentando ou
diminuindo o seu raio naquela região.) Isso culmina em uma diminuição da densidade da corrente’,
alterando o campo magnético secundário, que pode ser identificado no detector.

É um ensaio comparativo: Para tal, é necessário ensaiar o tipo de material que se quer investigar SEM DEFEITOS
(perfeito) antes de analisar o que se deseja a procura de defeitos. Além disso, utiliza-se a mesma bobina e os
materiais (o de trabalho e o de referência) devem ter a composição química e espessuras o mais próximo possível.

Impedância: É a total resistência (oposição) à passagem de corrente. |Z|= √ V R +V xL , com defasagem de 90°.
V XL
VL X L =2 πfL
∅ =arct ( )
VR
Onde L depende do nº de espiras e do diâmetro do fio.
|Z| X L= Reatância Indutiva (é a resistência do indutor)
∅ Fatores que influenciam: Frequência, Condutividade, Permeabilidade e geometria.
VR

 Plano de Impedância: Resultado do ensaio, no osciloscópio.


 Ponto Ar: Sinal do aparelho de que o detector apenas “vê”o ar e
XL
Lift - off Trinca V =R . i não o material a ser investigado. Obtem-se o R e XL do AR.
Condut.
Aço Para materiais Não- Magnéticos:
 Lift-off (Ar  Alumínio): A corrente parasita aumenta no material,
conforme a bobina vai se aproximando. Isso implica que a corrente
Magnético
Ar Condutividade da bobina precisa diminuir, para fornecer corrente para a parasita.
Não-magnético Pela lei de Ohm, para o mesmo V (potencial) aplicado, reduzindo-se
a corrente (i), a resistência (R) da bobina aumenta. A Reatância
Lift - off Trinca
12

Alumínio reduz i  aumenta R  reduz xL


indutiva diminui, pois há menos corrente para transitar pela
bobina.
 Trinca: Quando existe uma trinca, a densidade da corrente parasita se reduz, aumentando a corrente da
bobina. aumenta i  reduz R  aumenta xL

Para materiais Magnéticos:

 Lift-off (ArAço): A corrente parasita aumenta, conforme a bobina se aproxima, reduzindo a corrente da
bobina. Em materiais magnéticos, a reatância indutiva (xL) também aumenta pois o material reage ao campo
magnético, atraindo ele. (Como: O material magnético puxa as linhas de campo da bobina, concentrando o
campo magnético em torno da bobina, sem alterar a intensidade.) Essa reação dificulta a passagem de
corrente na bobina, aumentando xL. R aumenta pois corrente na bobina diminui. reduz i  aumenta R 
aumenta xL
 Trinca: Igual ao caso do não-magnético. aumenta i  reduz R  aumenta xL

 Tipos de sondas (sensores):


 Absoluta: Mais utilizada. Consiste de uma sonda (bobina) apenas, que gera a corrente e também mede o
campo total.
 Diferencial: O sensor consiste de duas bobinas que operam separadamente. Ou seja, cada uma gera a sua
corrente e captam a impedância. Juntas, elas inspecionam o material. O computador recebe as informações
das duas bobinas e elabora um resultado final, a partir da diferença de resposta entre as bobinas (pelo sinal
borboleta) Problema: Se o defeito for muito grande, as duas sondas vão detectá-lo e a diferença será zero,
como se não existisse defeito.
 Reflexão: 1 bobina para gerar a corrente e 1 para captar o campo.
 Híbrida: Junção das outras. Você escolhe qual modo usar.
 Array: Matriz de bobinas (várias bobinas)  Livre para montagem, escolhe-se o modo para cada bobina e a
sonda (matriz) percorre o material. Sua vantagem é acelerar a inspeção.

 Aplicação: Medida de revestimento não-condutor (aplicados XL Normalizado (Ar e Alumínio no mesmo xL):
sobre materiais condutores)
O revestimento não é condutor, então é “sentido” como Ar. É Ar Al1 Al2 Al3
uma distância que o sensor terá do material condutor, nunca
tocando nele. É possível identificar desnivelamento do R
recobrimento.

Al1 Al2
 Vantagens: Al3
 Variedade de normas bem definidas. Revestimento
 Resultado imediato e equipamento portátil. não nivelado (tinta)
 Serve em difícil acesso.
Metal
 Permite analisar diferentes geometria e tamanhos
 Análise de Revestimento
 Várias sondas.
 Não é necessário contato da sonda com o material (evita desgaste) Material A

 Caracterizar o material XL

 Desvantagens: Ar
Material B
 Apenas para material elétrico
 Ensaio comparativo (necessidade de um material perfeito) Material C R
 O lift-off pode criar um sinal que confunde o operador em caso
Material A: Magnético
de rugosidade ou mal acabamento, podendo ser interpretado como trinca.
Material B: Não magnético, gera
 Difícil interpretação, requer muito treinamento menos corrente parasita. (menor R)
Material C: Não magnético, gera
13
mais corrente parasita (maior R)

Obs: Além disso, nada pode-se


afirmar.
 Necessidade de preparar a superfície, afim de eliminar rugosidades.
 Não enxerga a profundidade da trinca, apenas sua extensão

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