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Resumo Esportiva Prova 1

O documento descreve a evolução dos protocolos de atendimento a atletas lesionados ao longo dos anos, do ICE de 1978 ao atual PEACE AND LOVE de 2019. Também aborda os requisitos para ser um fisioterapeuta esportivo reconhecido, as funções deste profissional, a avaliação de atletas e os tipos de lesões e treinamentos relacionados ao esporte.

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Simone Soares
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Resumo Esportiva Prova 1

O documento descreve a evolução dos protocolos de atendimento a atletas lesionados ao longo dos anos, do ICE de 1978 ao atual PEACE AND LOVE de 2019. Também aborda os requisitos para ser um fisioterapeuta esportivo reconhecido, as funções deste profissional, a avaliação de atletas e os tipos de lesões e treinamentos relacionados ao esporte.

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FISIOTERAPIA ESPORTIVA

PROTOCOLOS DE ATENDIMENTOS DOS ATLETAS

ANO PROTOCOLO RECOMENDAÇÃO


GERENCIAMENTO
LESÕES
PRE ICE Exclusivamente uso de gelo, compressão e
1978 elevação
1978 RICE Usar gelo, compressão, elevação e repouso
1998 PRICE Usar gelo, compressão, elevação, repouso e
proteção
2012 POLICE Retirou o repouso, incluiu a carga
2014 RICE RETRACTED Retorno do RICE + encaminhamento ao
profissional de referência
2019 PEACE + LOVE Divide em duas fases: peace para fase aguda da
lesão e love para a fase seguinte. Retira o gelo

PEACE AND LOVE – é o praticado atualmente e considera para a fase aguda: proteção,
elevação, administração de anti inflamatórios, compressão e educação e a fase pós aguda:
retorno gradual às atividades, otimismo, inclusão e escolha de atividades que otimizem a saúde
cardiovascular e exercícios de propriocepção para a recuperação.

INTRODUÇÃO E RECONHECIMENTO DA FISIOTERAPIA ESPORTIVA


Resolução 337 de novembro de 2007 reconhece a fisioterapia esportiva e exclusiva do
fisioterapeuta.
Resolução 395 de agosto de 2011 disciplina a especialidade.
Para ser especialista em fisioterapia esportiva necessário fazer a prova do COFFITO em
convenio com a SONAFE.
A atuação do fisioterapeuta esportivo se caracteriza:

 Atividade física no contexto da saúde, do esporte e do lazer


 Exercício de condicionamento físico no processo da recuperação funciona, para retorno
à prática esportiva
 Relação do esporte e atividade física no contexto da saúde coletiva e prevenção das
lesões
 Prova de título COFFITO E SONAFE.
O que é necessário para o exercício da fisioterapia esportiva?
Dominar:

 Anamnese, aplicar e interpretar escalas, questionários, testes funcionas;


 Determinar o diagnóstico e prognóstico fisioterapêutico;
 Estabelecer o nexo de causa cinesiológica funcional;
 Aplicar técnicas fisioterapêuticas e readaptar para o retorno das atividades esportivas.
 Prescrever, confeccionar e gerenciar órteses, prótese e tecnologia assistiva.
 Recondicionar atleta de alto rendimento;
 Determinar condições de performance esportiva;
 Desenvolver programas preventivos e de promoção à saúde;
 Determinar as condições de alta fisioterapêutica.
 Anatomia, biomecânica no esporte;
 Fisiopatologia das lesões esportivas;
 Noções de regras, equipamentos entre outras diversas modalidades esportivas;
 Atividade física no contexto de saúde e do lazer;
 Exercício físico e condicionamento físico;
 Esporte competitivo adaptado profissional e amador;
 Relação do esporte e da atividade física no contexto da saúde coletiva e da prevenção
das lesões.
Um atleta profissional é difícil atuar 100% nas suas condições integrais.

 Geralmente é colocado para atuar sem ter se recuperado totalmente. O fisioterapeuta


não só reabilita e previne. Ele cuida do atleta para que ele cumpra o seu contrato.
Inclusive o preserva das baladas.
 Fisioterapeuta tem autonomia no seu trabalho, mas é limitado ao trabalho em equipe.
 Quem conduz a equipe de saúde no esporte? De quem é a decisão final se atleta vai
jogar ou não? O treinador.
 Quando um treinador é demitido ou troca de clube, ele leva a equipe de saúde junto.
 Existe uma linha tênue nas intervenções. Se o objetivo for muito preventivo, o atleta
não terá condicionamento.
 Para reabilitar melhor um atleta de determinado esporte, o fisio deve praticar o mesmo
esporte para conseguir fazer o melhor acompanhamento.

Níveis de atenção à saúde que necessitam do enfoque esportivo:


 Hospitalar;
 Ambulatorial (clínicas, consultórios, centros de saúde);
 Domiciliar e home care;
 Públicos;
 Filantrópicos;
 Militares;
 Privados.
Fisioterapeuta precisa se identificar com números pois eles farão a mensuração dos resultados.
Medir o antes e o depois. Mostrar o que está fazendo através dos números. Para isso, deve
aplicar questionários antes e após intervenção. Saber controlar a evolução. Criar metas. Avaliar
e reavaliar todo processo para garantir os resultados.

O fisioterapeuta esportivo pode exercer as seguintes atribuições:


Coordenação;
Gestão;
Gerenciamento
Direção;
Chefia;
Consultoria;
Auditoria;
 Perícia.
PERÌCIA>
SONAFE Brasil é uma sociedade de caráter científico cultural, responsável pela prova de
títulos de especialista. Para fazer a prova o profissional precisa atuar dois anos na área e não
necessariamente precisa da pós graduação. Nossa turma de 2024 estará apta para a prova de
2027.
Fisioterapeuta precisa ter em seu perfil profissional a dedicação à modalidade e ao seu modo
de acontecer. Necessário conhecer como são os movimentos. Saber trabalhar em equipe.
Locais de atuação do fisioterapeuta esportivo: clubes, academias, escolas e clínicas.
Uma equipe multiprofissional e/ou interprofissional na assistência do atleta envolve as
seguintes especialidades: clínico e ortopedista (médico); fisioterapeuta; profissional de educação
física; fisiologista; nutricionista; psicólogo; assistente social; massagista; treinador.
Recursos terapêuticos: maca, colchonete, triangulo de espuma, cama elástica, bastões, balanço
e tábua proprioceptiva, caneleira, hlater, barra paralela, espaldar, espelho, bolas grandes e
pequenas, câmera hiperbárica, ofurô (hidrocinesioterapia).
Atleta de alto nível é o centro de todas as intervenções, costuma ser curioso e quer entender o
processo de: aprimoramento; tratamento e reabilitação; prevenção de lesões; treinamento e
condicionamento.
 Não há local específico para tratar o atleta esportivo. Trata onde ele estiver.
 Necessário estar inteirado de todas as condições de autocuidado: comeu antes? Se
hidratou?
Tipos de lesões no esporte:
 Típicas: contusões; lesões articulares; lesões musculares.
 Atípicas: lesões neurológicas; lesões cardiorrespiratórias.
Quais os tipos de treino direcionados ao atleta esportivo?
 Condicionamento físico;
 Aeróbico
 Força muscular
 Gesto esportivo: este é o mais importante porque o movimento é fracionado e estudado
para que se enxergue a composição do movimento. Treinar o gesto evita lesões.
Entender o gesto, entender as regras e o esporte ajudam a determinar os mecanismos de
lesão e assim fica mais fácil tratar e prevenir.
O que está incluído no gesto esportivo?
 Posição do corpo no início do movimento;
 Posição do corpo durante o movimento;
 Posição do corpo no final do movimento.
Exemplo: o mecanismo de chute no futebol. Há impulso com a cintura escapular. Quanto maior
a alavanca, maior será a potência do chute. A energia cinética tem início no pé de apoio.
AVALIAÇAO DO ATLETA
Os fundamentos da avaliação consideram:
 Funcionalidade: foco é no paciente e não na doença
 Capacidade e demanda: equilíbrio do fluxo de energia mecânica. Considera a
capacidade do corpo em assumir a carga para não lesionar. Expor o corpo à uma
demanda alta e não considerar a sua capacidade, incorrerá e estresse. Exemplo, excesso
de treino ou de carga lesionam o atleta. Necessário respeitar limitações como idade e
sexo. O sistema deve ser capaz de gerar, dissipar e transferira a energia mecânica.
Importante que todos os segmentos estejam fortalecidos.
A carga cinética será sempre maior no movimento do que parada. Quanto maior a massa
muscular maior a força? Não. Nem sempre quantidade de músculo reflete a energia
cinética, mobilidade e equilíbrio harmônico. Equilíbrio é melhor que excesso de peso.
No salto a dissipação da energia se dá com os joelhos fletidos na aterrisagem e depois
com outro salto.
 Cadeia cinética: link entre os segmentos corporais. Considera a harmonia de todo o
corpo e a relação entre todos os componentes. Por exemplo, não adianta ter pernas
fortes com o core fraco. Seu entendimento permite entender a cascata biomecânica das
lesões, atua na melhora da performance muscular.
Core: tem a função de prevenir o movimento e garantir transferência de energia
mecânica. Sua fraqueza gera vazamento da energia e o movimento não será produzido
corretamente. No arremesso, 50% da energia vem do core.
 Interações relevantes: capacidade x demanda

Como avaliar?
 O melhor jeito de avaliar o atleta é usar ele mesmo. Faz a primeira avaliação, estabelece
os objetivos e conhece os déficits. Na segunda avaliação, é possível conhecer a
evolução.
 Buscar sempre testes padronizados
 Seguir padrão na medida pré e pós: ele com ele mesmo. No pré até pode ser a média de
outro paciente, mas a partir da segunda avaliação é a do paciente com ele mesmo.
 Treinamento / Confiabilidade
 Desenvolver formas de quantificar: fazer protocolo e avaliar os mesmos segmentos na
mesma ordem. Sempre. Teste de campo sempre vai variar. Teste de laboratório traz mais
confiabilidade, mas não traz a função do campo.
Por onde começar a avaliar?
Não existe padrão para avaliar. Vai depender da modalidade esportiva. Exemplo: futebol começa
pelo membro inferior enquanto a canoagem pelo membro superior.
Observar:
 Pronação excessiva;
 Valgismo dinâmico do joelho;
 Assimetrias;
 Amplitude do movimento;
 Queda pélvica;
 Instabilidade do core.
Excesso de amplitude de movimento resulta em diminuição na força.
 Quando preciso de movimento? Quando preciso de força? Vai depender da modalidade
 Step down test
É um teste de agachamento unipodal que testa bilateralmente e verifica a assimetria.
Na sua execução, ficar sempre atento à queda pélvica. Porem, responder à pergunta: vai afetar a
sua funcionalidade?
 Teste de Lunge
Coloca-se o paciente em frente a parede e mantem o tornozelo fixo no chão. Desejável maior
que 45 graus

 Rigidez dos RE de quadril


Desejável de 30 a 40 graus sendo que: <30º e >40º há risco de lesão.
Verificar sempre a assimetria.
Quanto maior o ângulo, menor a rigidez.
Quanto menor o ângulo, maior a rigidez.
Para pernas diferentes com características diferentes, o treino tem que ser diferente. Assim, os
tratamentos são opostos porque o comportamento de cada membro é oposto ao outro.

Exemplo:
Um paciente com RE de quadril onde a sua perna esquerda tem 50º e a direita tem 25º, como
proceder?
A meta é chegar a 35º então tenho que fortalecer a perna esquerda (50) e mobilizar a direita (25)
para equilibrar.

 Glúteos médios e máximo


Valores de referência até 15 repetições.
Médio com pac deitado de lado, perna perpendicular, a debaixo fletida e a de cima esticada, pac
tem que fazer 25 reps de cada lado.
Máximo, pac fica em DV, uma das pernas fora da maca, mãos na altura da lombar e vai abrir e
fechar a perna.
 Single hop Test
Mede a estabilidade dinâmica do joelho em um salto. Observa-se dos dois lados e compara a
distância entre as pernas e a distancia em relação ao tamanho das pernas.
 Y balance test
Detectar instabilidades e déficits proprioceptivos e de equilíbrio, identificando atletas com
maior risco de lesão em membros inferiores (MMII). Verifica o equilíbrio em anterior, póstero
medial e póstero lateral. Tem um protocolo a seguir e as referências.
 Teste de ponte de quadril e prancha
Necessário manter o movimento de ponte por 60 segundos. Observar o desalinhamento pélvico
e a assimetria.
 Rotação de tronco com alcance lateral
 Rotação de tronco com alcance cruzado
Todos os testes necessário registrar parar ter o pré e o pós intervenção.

CROSSFIT
É a marca de uma modalidade que foi criada nos EUA e consiste numa modalidade de atividade
que abrange força e condicionamento físico por meio da junção de exercícios aeróbicos, que
usam o próprio peso do corpo e o levantamento olímpico.
Crossfit é para todos mas não é para qualquer um. Quem faz o crossfit é mais condicionado.
Os movimentos são funcionais e preparam a pessoa para a vida.
Ameniza a redução da capacidade.
Melhora a performance.
Treina 10 capacidades físicas: cardiorrespiratória, resistência muscular, força, flexibilidade/
mobilidade, coordenação, acurácia, agilidade, equilíbrio, potência e velocidade.
O treino com duração de uma hora é dividido em: mobilidade, aquecimento, treino de força,
tarefa do dia.
Exercícios que compõem o crossfit: ginásticos com o peso do próprio corpo, levantamento de
peso olímpico e cardiorrespiratórios.
Lesões mais comuns no crossfit: ombros, lombar, joelhos, quadril.
Como prevenir as lesões? Com mobilidade, técnica, disciplina, alimentação, descanso,
exercícios orientados, periodização.
Entender os mecanismos de lesão: erros ou vícios, déficit de força, déficit de mobilidade,
acidentes.
Necessário entender o esporte e o gesto esportivo. O fisioterapeuta atua nesta: na avaliação,
recovery, reabilitação, prevenção.
Avaliação do crossfit: dados pessoais, anamnese, história pregressa (lesões, cirurgias), história
familiar, queixa principal, testes especiais: força, amplitude de movimento, mobilidade,
possíveis encurtamentos, movimentos específicos como overheadsquat.
Recovery acelera o processo de recuperação do organismo e conta com: mobilização
miofascial, massagem esportiva e seus benefícios são:
 Aumento da circulação
 Melhora da vascularização
 Eliminação de toxinas
 Diminuição do processo inflamatório
 Liberação de endorfina
Reabilitação faz uso de técnicas combinadas para a recuperação e disfunção ou lesão como por
exemplo:
 Quadros álgicos
 Hipomobilidade
 Trofismo diferente entre os MMII
 Diminuição de força de algum músculo específico
 Diminuição do equilíbrio e da propriocepção
 Diminuição da ADM.
Técnicas que podem ser utilizadas na reabilitação:
 Terapia manual
 Mobilização miofascial
 Mulligan
 Maitland
 Quiropraxia
 Exercicios de fortalecimento, estabilização e mobilidade
Exercícios de mobilidade na prevenção
Todos possuem experiência de postura. Cicatriz de movimentos e adaptações posturais.
Necessário ter exercícios que a articulação consiga realizar sem restrições. A prioridade é
manter a função e desenvolver função para melhor performance.
Para aumentar a performance: treinar bem e com frequência.
Para isso é necessário atentar para a artrocinemática para depois atuar na osteocinemática.
Respeitar a forma de como o corpo funciona. Iniciar do mais simples para o mais complexo.
Liberar. Mobiliar. Ativar.
Exercícios de prevenção contemplam:
 Equilíbrio e propriocepção
 Coordenação motora
 Potência
 Força
 Cardio
 Simulação dos exercícios que fazer para o gesto esportivo e trabalhar o conceito: fazer o
mais difícil para na hora ficar mais fácil.

A prevenção das lesões requer:


Mobilidade. Quanto mais mobilidade, melhor execução dos movimentos sem restrição, melhor
padrão de movimento, mais força que impacta em ganho e melhora de performance.

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