0% acharam este documento útil (0 voto)
194 visualizações24 páginas

Análise de Circuitos Elétricos: Jaime Santos

Enviado por

boyhustle291
Direitos autorais
© © All Rights Reserved
Levamos muito a sério os direitos de conteúdo. Se você suspeita que este conteúdo é seu, reivindique-o aqui.
Formatos disponíveis
Baixe no formato PDF, TXT ou leia on-line no Scribd
0% acharam este documento útil (0 voto)
194 visualizações24 páginas

Análise de Circuitos Elétricos: Jaime Santos

Enviado por

boyhustle291
Direitos autorais
© © All Rights Reserved
Levamos muito a sério os direitos de conteúdo. Se você suspeita que este conteúdo é seu, reivindique-o aqui.
Formatos disponíveis
Baixe no formato PDF, TXT ou leia on-line no Scribd
Você está na página 1/ 24

JAIME SANTOS

ANÁLISE DE
CIRCUITOS
ELÉTRICOS
ia ib
A

ic id


R = 
A

OHM
vb R4

+ i6 V
+ v
-
- W
S
Q
 v
P 1 ciclo

t
L 1 segundo

10 9A 5
a + v -
20 vx
R1 R2 i
R3 ix
v0 40
b c 40V 7.25 ix
Autor
Jaime Santos

Título
Análise de Circuitos Elétricos

Editora
Publindústria, Edições Técnicas
Praça da Corujeira n.o 38 . 4300-144 PORTO
www.publindustria.pt

Distribuidor
Engebook – Conteúdos de Engenharia e Gestão
Tel. 220 104 872 . Fax 220 104 871
E-mail: apoiocliente@engebook.com . www.engebook.com

Revisão
Publindústria, Produção de Comunicação, Lda.

Design
Luciano Carvalho

Copyright © 2016 | Publindústria, Produção de Comunicação, Lda.


Todos os direitos reservados a Publindústria, Produção de Comunicação, Lda.
Nenhuma parte desta publicação poderá ser reproduzida, no todo ou em parte, sob qualquer forma ou meio,
seja eletrónico, mecânico, de fotocópia, de gravação ou outros sem autorização prévia por escrito do autor.

Este livro encontra-se em conformidade com o novo Acordo Ortográfico de 1990, respeitando
as suas indicações genéricas e assumindo algumas opções específicas.
Para uma maior coerência ortográfica, e nos casos em que esta situação se verifique, converteram-se
todos os textos transcritos à nova ortografia, independentemente de a edição original ser ou não anterior
à adoção do novo Acordo Ortográfico.

CDU
621.3 Electrotecnia. Electrónica

ISBN
978-989-723-186-5 (Papel)
978-989-723-187-2 (E-book)

Engebook – Catalogação da publicação


Família: Electrotecnia
Subfamília: Análise de Circuitos e Sinais
JAIME SANTOS

ANÁLISE DE
CIRCUITOS
ELÉTRICOS
ia ib
A

ic id


R = 
A

OHM
vb R4

+ i6 V
+ v
-
- W
S
Q
 v
P 1 ciclo

t
L 1 segundo

10 9A 5
a + v -
20 vx
R1 R2 i
R3 ix
v0 40
b c 40V 7.25 ix
PREFÁCIO

Objetivos
Esta obra foi concebida com o objectivo de proporcionar uma introdução às técnicas
fundamentais de análise de circuitos elétricos a leccionar em cursos de engenharia
eletrotécnica e similares. Este livro compreende as unidades de conhecimento
essenciais, a lecionar em dois semestres, tendo por o objetivo dotar os estudantes
com as ferramentas de análise que permitam habilitá-los a desenvolver raciocínio e
capacidade de resolução de circuitos elétricos lineares e não lineares.
As matérias estão dispostas de forma sequencial, de modo a facilitar a aprendizagem dos
estudantes. Os primeiros seis capítulos são inteiramente dedicados à análise de circuitos em
corrente contínua, com o objectivo de proporcionar ao estudante uma adequada prática,
que permita enfrentar sem grandes dificuldades a segunda parte da matéria que engloba a
análise sinusoidal em regime permanente (fasorial), análise em regime transitória usando
a transformada de Laplace, estudo de funções periódicas usando as séries de Fourier e
análise de redes de dois portos.
Em cada capítulo, são apresentados exemplos resolvidos bem como um conjunto de
exercícios com a respetiva solução, incentivando o aluno a resolvê-lo, de modo a sedimentar
as matérias apresentadas.

Organização
O capítulo I, providencia as definições básicas de grandezas fundamentais, tais
como, carga, corrente, tensão e potência. É, ainda, dado a conhecer os elementos
constituintes de um circuito elementar em corrente contínua, nomeadamente:
resistência, fontes de tensão e de corrente independentes e dependentes. As leis de
Kirchhoff, o circuito divisor de tensão, o circuito divisor de corrente e o equivalente
triângulo-estrela são, também, aqui introduzidos com o objectivo de proporcionarem
uma primeira abordagem à análise de circuito simples.
No capítulo II, são introduzidas as técnicas de análise de circuitos de maior
complexidade, mais concretamente, o método das tensões nos nós, o método das correntes
de malha, transformação de fontes, equivalentes de Thévenin e de Norton e teorema da
sobreposição.
No capítulo III, são abordados dois novos elementos de circuito: indutância e
capacidade, suas relações tensão-corrente, respectivas potências e energias armazenadas.

PREFÁCIO V
Nos capítulos IV, V e VI, é realizada uma primeira abordagem à análise da resposta de
circuitos em regime transitório (com fontes dc), no domínio do tempo, usando equações
diferenciais. Os circuitos de 1ª ordem são estudados nos capítulos IV e V e os de 2ª ordem
surgem no capítulo VI.
O capítulo VII, introduz a análise sinusoidal em regime permanente. É dado grande
ênfase à análise fasorial, nomeadamente, às relações fasoriais entre tensão e corrente para
os diferentes elementos passivos de um circuito. Demonstra-se, ainda, que as técnicas
apresentadas para a análise em corrente contínua, são aplicáveis à análise em regime
sinusoidal permanente. É, ainda, introduzido um novo conceito de análise de circuitos:
o diagrama fasorial.
No capítulo VIII, identificam-se as potências em jogo num circuito alimentado por
uma fonte sinusoidal em regime permanente, mais concretamente: a potência média, a
potência reactiva e a potência complexa. É, ainda, estabelecida a condição para máxima
transferência de potência para uma determinada carga.
No capítulo IX, são introduzidos os circuitos trifásicos equilibrados, evidenciando-
se as diferentes configurações possíveis bem como os processos de análise. São, ainda,
deduzidas as expressões das potências para este tipo de circuitos bem como o procedimento
para medição experimental da potência média num circuito polifásico, recorrendo a
wattímetros. São, também, abordados os circuitos trifásicos desequilibrados e a sua
caracterização usando as componentes simétricas.
O capítulo X, apresenta a metodologia de análise de circuitos com acoplamento
magnético, de grande relevância para o estudo dos transformadores.
No capítulo XI, é processada a análise de circuitos RLC série e paralelo, quando
alimentados por fontes sinusoidais de frequência variável.
No capítulo XII, procede-se à análise de funções periódicas usando séries de Fourier. O
objectivo, é demonstrar a aplicabilidade desta técnica na análise de circuitos alimentados
por fontes periódicas não-sinusoidais.
O capítulo XIII, introduz a transformada de Laplace e a sua aplicação na análise de
circuitos em regime transitório. Demonstra-se as vantagens desta técnica, para este tipo
de análise, quando comparada com o uso de equações diferenciais para o mesmo fim.
Finalmente, no capítulo XIV, procede-se à análise de circuitos contendo dois pares de
terminais, vulgarmente conhecidos por redes de dois portos ou quadripolos. Esta matéria
é de grande importância no estudo de linhas de transmissão e na análise de circuitos
electrónicos.

VI ANÁLISE DE CIRCUITOS ELÉTRICOS


ÍNDICE

1 DEFINIÇÃO DE GRANDEZAS ELÉCTRICAS BÁSICAS,


LEIS DE OHM E DE KIRCHHOFF ................................................................................. 1
1.1 Noção de carga eléctrica............................................................................................................1
1.2 Corrente ......................................................................................................................................2
1.3 Tensão ..........................................................................................................................................4
1.4 Potência .......................................................................................................................................5
1.5 Elementos de circuito ................................................................................................................6
1.6 Resistência eléctrica e lei de Ohm ...........................................................................................9
1.7 Leis de Kirchhoff ......................................................................................................................11
1.8 Aplicação das Leis de Kirchhoff na análise de circuitos......................................................14
1.9 Associação de resistências.......................................................................................................16
1.9.1 Associação em série .................................................................................................................16
1.9.2 Associação em paralelo ...........................................................................................................17
1.10 Circuito divisor de tensão .......................................................................................................18
1.11 Circuito divisor de corrente ....................................................................................................20
1.12 Equivalente triângulo-estrela..................................................................................................21
Exercício 1.1 ..............................................................................................................................23
Exercício 1.2 ..............................................................................................................................23
Exercício 1.3 ..............................................................................................................................24
Exercício 1.4 ..............................................................................................................................24
Exercício 1.5 ..............................................................................................................................25
Exercício 1.6 ..............................................................................................................................25
Exercício 1.7 ..............................................................................................................................26

2 MÉTODOS DE ANÁLISE DE CIRCUITOS ..................................................................27


2.1 Introdução.................................................................................................................................27
2.2 Considerações gerais ...............................................................................................................27
2.3. Método das tensões nos nós ...................................................................................................28
2.3.1 Método das tensões nos nós – Fontes de tensão isoladas em ramos do circuito.............31
2.4 Método das correntes de malha .............................................................................................33

ÍNDICE VII
2.4.1 Método das correntes de malha – Casos particulares .........................................................36
2.5 Transformação de fontes .........................................................................................................38
2.6 Equivalentes de Thévenin e de Norton. ................................................................................40
2.7 Máxima transferência de potência .........................................................................................46
2.8 Princípio da sobreposição .......................................................................................................47
Exercício 2.1 ..............................................................................................................................51
Exercício 2.2 ..............................................................................................................................51
Exercício 2.3 ..............................................................................................................................52
Exercício 2.4 ..............................................................................................................................52
Exercício 2.5 ..............................................................................................................................52
Exercício 2.6 ..............................................................................................................................53
Exercício 2.7 ..............................................................................................................................53
Exercício 2.8 ..............................................................................................................................54
Exercício 2.9 ..............................................................................................................................54
Exercício 2.10............................................................................................................................55

3 INDUTÂNCIA E CAPACIDADE ....................................................................................57


3.1 Introdução.................................................................................................................................57
3.2 Bobina........................................................................................................................................57
3.2.1 Corrente versus tensão numa bobina ....................................................................................58
3.2.2 Potência e energia numa bobina. ...........................................................................................59
3.3 Condensador ............................................................................................................................61
3.3.1 Tensão versus corrente num condensador. ...........................................................................62
3.3.2 Potência e energia associadas a um condensador. ...............................................................63
3.4 Associação em série e em paralelo de bobinas e condensadores. ......................................66
3.4.1 Bobinas em série. .....................................................................................................................66
3.4.2 Bobinas em paralelo.................................................................................................................67
3.4.3 Condensadores em série .........................................................................................................69
3.4.4 Condensadores em paralelo....................................................................................................70
Exercício 3.1 .............................................................................................................................73
Exercício 3.2 .............................................................................................................................73
Exercício 3.3 ............................................................................................................................74
Exercício 3.4 ............................................................................................................................74
Exercício 3.5 ............................................................................................................................75
Exercício 3.6 ...........................................................................................................................75

4 CIRCUITOS RL E RC – RESPOSTA NATURAL ...........................................................77


4.1 Introdução.................................................................................................................................77
4.1 Resposta natural de um circuito RL.......................................................................................78
4.2.1 Cálculo da corrente. .................................................................................................................79

VIII ANÁLISE DE CIRCUITOS ELÉTRICOS


4.2.2 Cálculo da tensão, potência e energia. ..................................................................................81
4.3 Resposta natural de um circuito RC. .....................................................................................85
4.3.1 Cálculo da tensão. ....................................................................................................................86
4.3.2 Cálculo da corrente, potência e energia. ...............................................................................88
Exercício 4.1 .............................................................................................................................92
Exercício 4.2 .............................................................................................................................92
Exercício 4.3 .............................................................................................................................93
Exercício 4.4 .............................................................................................................................93

5 RESPOSTA EM DEGRAU DE CIRCUITOS RL E RC .................................................... 95


5.1 Introdução.................................................................................................................................95
5.2 Resposta em degrau de um circuito RL.................................................................................95
5.3 Resposta em degrau de um circuito RC ..............................................................................105
Exercício 5.1 ...........................................................................................................................112
Exercício 5.2 ...........................................................................................................................112
Exercício 5.3 ...........................................................................................................................113
Exercício 5.4 ...........................................................................................................................113
Exercício 5.5 ...........................................................................................................................114
Exercício 5.6 ...........................................................................................................................114
Exercício 5.7 ...........................................................................................................................115
Exercício 5.8 ...........................................................................................................................115
Exercício 5.9 ...........................................................................................................................116
Exercício 5.10 .........................................................................................................................116

6 RESPOSTA NATURAL E EM DEGRAU DE CIRCUITOS RLC ..................................117


6.1 Considerações gerais .............................................................................................................117
6.2 Resposta natural de um circuito RLC paralelo ...................................................................117
6.2.1 Resposta em tensão sobreamortecida .................................................................................121
6.2.2 Resposta em tensão subamortecida .....................................................................................125
6.2.3 Resposta em tensão com amortecimento crítico. ..............................................................131
6.3 Respostas natural de um circuito RLC série .......................................................................134
6.4 Resposta em degrau de um circuito RLC em paralelo. .....................................................142
6.5 Resposta em degrau de um circuito RLC série...................................................................148
Exercício 6.1 ...........................................................................................................................154
Exercício 6.2 ...........................................................................................................................154
Exercício 6.3. ..........................................................................................................................155
Exercício 6.4. ..........................................................................................................................156
Exercício 6.5. ..........................................................................................................................156
Exercício 6.6. ..........................................................................................................................157
Exercício 6.7. ..........................................................................................................................157

ÍNDICE IX
Exercício 6.8. ..........................................................................................................................158
Exercício 6.9. ..........................................................................................................................159
Exercício 6.10. ........................................................................................................................160

7 ANÁLISE SINUSOIDAL EM REGIME PERMANENTE ..............................................161


7.1 Introdução...............................................................................................................................161
7.2 Fonte sinusoidal .....................................................................................................................161
7.3 Noção de fasor ........................................................................................................................166
7.3.1 Diagramas fasoriais................................................................................................................167
7.4 Elementos passivos no domínio fasorial .............................................................................168
7.4.1 Relação V – I para uma resistência. .....................................................................................168
7.4.2 Relação V – I para uma bobina. ...........................................................................................169
7.4.3 Relação V – I para uma capacidade .....................................................................................170
7.5 Leis de Kirchhoff no domínio fasorial.................................................................................172
7.5.1 Lei da tensão de Kirchhoff ...................................................................................................172
7.5.2 Lei da corrente de Kirchhoff .................................................................................................173
7.6 Associação e equivalência de impedâncias .........................................................................173
7.6.1 Associação de impedâncias em série ...................................................................................173
7.6.2 Associação de impedâncias em paralelo .............................................................................174
7.6.3 Equivalente triângulo-estrela e estrela-triângulo...............................................................175
7.7 Transformações de fontes e equivalentes de Thévenin e Norton.....................................176
Exercício 7.1 ...........................................................................................................................186
Exercício 7.2 ...........................................................................................................................186
Exercício 7.3 ...........................................................................................................................187
Exercício 7.4 ...........................................................................................................................187
Exercício 7.5 ...........................................................................................................................187
Exercício 7.6 ...........................................................................................................................188
Exercício 7.7 ...........................................................................................................................188
Exercício 7.8 ...........................................................................................................................189
Exercício 7.9 ...........................................................................................................................189
Exercício 7.10 .........................................................................................................................190

8 POTÊNCIAS EM REGIME SINUSOIDAL PERMANENTE ........................................191


8.1 Introdução...............................................................................................................................191
8.2 Potência instantânea, média e reativa..................................................................................191
8.2.1 Circuito puramente resistivo ................................................................................................194
8.2.2 Circuito puramente indutivo ................................................................................................194
8.2.3 Circuito puramente capacitivo .............................................................................................195
8.3 Valor eficaz (rms) de umA ONDA periódica .....................................................................198
8.4 Potência complexa .................................................................................................................200

X ANÁLISE DE CIRCUITOS ELÉTRICOS


8.4.1 Formas alternativas para a potência complexa ..................................................................202
8.5 Máxima transferência de potência .......................................................................................205
8.6 Correção do fator de potência ..............................................................................................209
8.7 Instrumento de medida da potência média........................................................................213
Exercício 8.1 ...........................................................................................................................214
Exercício 8.2 ...........................................................................................................................214
Exercício 8.3 ...........................................................................................................................215
Exercício 8.4 ...........................................................................................................................215
Exercício 8.5 ...........................................................................................................................216
Exercício 8.6 ...........................................................................................................................216
Exercício 8.7 ...........................................................................................................................217
Exercício 8.8. .........................................................................................................................217
Exercício 8.9. .........................................................................................................................218
Exercício 8.10 .........................................................................................................................218

9 CIRCUITOS TRIFÁSICOS EQUILIBRADOS............................................................. 219


9.1 Introdução...............................................................................................................................219
9.2 Sistema de tensões trifásico equilibrado. ............................................................................219
9.3 Fontes de tensão trifásicas.....................................................................................................221
9.4 Configuração estrela – estrela (Y-Y) ....................................................................................223
9.5 Configuração estrela-triângulo ............................................................................................229
9.6 Análise de um circuito triângulo - estrela ..........................................................................234
9.7 nálise de um circuito triângulo – triângulo ........................................................................236
9.8 Cálculo de potências em circuitos trifásicos equilibrados................................................238
9.8.1 Potências numa carga equilibrada em estrela.....................................................................239
9.8.2 Potências numa carga equilibrada em triângulo................................................................241
9.8.3 Potência instantânea em circuitos trifásicos equilibrados ................................................244
9.8.4 Sistemas trifásicos desequilibrados......................................................................................245
9.9 Medição da potência média em circuitos trifásicos ..........................................................249
9.9.1 Método dos dois wattímetros ...............................................................................................249
Exercício 9.1. ..........................................................................................................................254
Exercício 9.2 ...........................................................................................................................254
Exercício 9.3 ...........................................................................................................................255
Exercício 9.4 ...........................................................................................................................256
Exercício 9.5 ...........................................................................................................................256
Exercício 9.6 ...........................................................................................................................257
Exercício 9.7 ............................................................................................................................258
Exercício 9.8 ...........................................................................................................................259
Exercício 9.9 ...........................................................................................................................260
Exercício 9.10 .........................................................................................................................261

ÍNDICE XI
10 ACOPLAMENTO MAGNÉTICO ............................................................................... 263
10.1 Introdução...............................................................................................................................263
10.2 Auto-indutância .....................................................................................................................264
10.3 Indutância mútua ...................................................................................................................265
10.4 Polaridade das tensões induzidas mútuas...........................................................................268
10.4.1 Uso da convenção do ponto na análise de circuitos acoplados........................................270
10.5 Energia armazenada em bobinas acopladas .......................................................................274
Exercício 10.1. ........................................................................................................................281
Exercício 10.2 .........................................................................................................................281
Exercício 10.3 .........................................................................................................................282
Exercício 10.4 .........................................................................................................................282
Exercício 10.5 .........................................................................................................................283

11 RESSONÂNCIA SÉRIE E PARALELO ...................................................................... 285


11.1 Introdução...............................................................................................................................285
11.2 Ressonância em paralelo. ......................................................................................................285
11.3 Ressonância em série .............................................................................................................295
11.3.1 Comportamento da tensão nos elementos reativos num circuito série,
em ressonância .......................................................................................................................300
11.4 Mudança de escalas................................................................................................................304
Exercício 11.1. ........................................................................................................................306
Exercício 11.2 .........................................................................................................................306
Exercício 11.3 .........................................................................................................................307
Exercício 11.4 .........................................................................................................................308
Exercício 11.5 .........................................................................................................................308
Exercício 11.6 .........................................................................................................................309
Exercício 11.7 .........................................................................................................................310
Exercício 11.8 .........................................................................................................................310

12 SÉRIES DE FOURIER...................................................................................................311
12.1 Considerações gerais .............................................................................................................311
12.2 Séries de Fourier trigonométricas ........................................................................................311
12.3 Coeficientes de Fourier .........................................................................................................313
12.4 O efeito da simetria no cálculo dos coeficientes de Fourier. ............................................317
12.4.1 Simetria par.............................................................................................................................317
12.4.2 Simetria ímpar ........................................................................................................................319
12.4.3 Simetria de meia-onda ..........................................................................................................320
12.5 Séries de Fourier aplicadas à análise de circuitos ..............................................................329
12.6 Potência média de uma função periódica...........................................................................332
12.7 Valor eficaz de uma função periódica .................................................................................334

XII ANÁLISE DE CIRCUITOS ELÉTRICOS


12.8 Forma exponencial complexa das séries de Fourier ..........................................................336
Exercício 12.1. ........................................................................................................................341
Exercício 12.2 .........................................................................................................................341
Exercício 12.3 .........................................................................................................................342
Exercício 12.4 .........................................................................................................................342
Exercício 12.5 .........................................................................................................................343
Exercício 12.6 .........................................................................................................................343
Exercício 12.7..........................................................................................................................344
Exercício 12.8..........................................................................................................................345
Exercício 12.9..........................................................................................................................345
Exercício 12.10........................................................................................................................346

13 TRANSFORMADA DE LAPLACE ............................................................................. 347


13.1 Introdução...............................................................................................................................347
13.2 Definição da transformada de Laplace. ...............................................................................347
13.3 Transformada de Laplace de funções. .................................................................................348
13.3.1 Função degrau. .......................................................................................................................348
13.3.2 Função impulso. .....................................................................................................................349
13.4 Propriedades da transformada de Laplace..........................................................................352
13.4.1 Linearidade. ............................................................................................................................352
13.4.2 Mudança de escala .................................................................................................................354
13.4.3 Deslocamento no tempo .......................................................................................................354
13.4.4 Deslocamento na frequência ................................................................................................355
13.4.5 Diferenciação no tempo ........................................................................................................355
13.4.6 Diferenciação na frequência .................................................................................................356
13.4.7 Integração no tempo ..............................................................................................................357
13.5 Cálculo da transformada inversa de Laplace ......................................................................359
13.5.1 Expansão em frações parciais: funções racionais próprias. ..............................................359
13.5.2 Expansão em frações parciais: funções racionais impróprias. .........................................364
13.6 Valor inicial e valor final. ......................................................................................................367
13.7 A transformada de Laplace na análise de circuitos. .........................................................369
13.7.1 Elementos de circuito no domínio de s. ..............................................................................370
13.8 Análise de circuitos no domínio de s ..................................................................................372
13.9 Variáveis de estado .................................................................................................................378
Exercício 13.1. ........................................................................................................................382
Exercício 13.2. .......................................................................................................................382
Exercício 13.3. ........................................................................................................................383
Exercício 13.4. ........................................................................................................................383
Exercício 13.5. ........................................................................................................................384
Exercício 13.6. .......................................................................................................................384
Exercício 13.7. .......................................................................................................................385

ÍNDICE XIII
Exercício 13.8. .......................................................................................................................385
Exercício 13.9. ........................................................................................................................386
Exercício 13.10. .....................................................................................................................386

14 QUADRIPOLOS ......................................................................................................... 387


14.1 Introdução...............................................................................................................................387
14.2 Parâmetros de uma rede de dois portos ..............................................................................388
14.2.1 Parâmetros de admitância ....................................................................................................388
14.2.2 Parâmetros de impedâncias ..................................................................................................392
14.2.3 Parâmetros híbridos...............................................................................................................398
14.2.4 Parâmetros de transmissão ...................................................................................................403
14.3 Relações entre parâmetros ....................................................................................................407
14.4 Redes de dois portos recíprocas e simétricas .....................................................................409
14.5 Redes ativas .............................................................................................................................411
Exercício 14.1. ........................................................................................................................416
Exercício 14.2. ........................................................................................................................417
Exercício 14.3. ........................................................................................................................418
Exercício 14.4. ........................................................................................................................418
Exercício 14.5. .......................................................................................................................419
Exercício 14.6. .......................................................................................................................419
Exercício 14.7. .......................................................................................................................420
Exercício 14.8. .......................................................................................................................420
Exercício 14.9. ........................................................................................................................421
Exercício 14.10. .....................................................................................................................422

XIV ANÁLISE DE CIRCUITOS ELÉTRICOS


CAPÍTULO 1
DEFINIÇÃO DE GRANDEZAS ELÉCTRICAS BÁSICAS,
LEIS DE OHM E DE KIRCHHOFF

1.1 – NOÇÃO DE CARGA ELÉCTRICA


A noção de carga eléctrica, pode ser introduzida através da visualização de uma experi-
ência muito simples. Se friccionarmos uma vareta de ebonite (vidro) num pano de lã e a
aproximar-mos de um material leve, verifica-se que este tem tendência a aproximar-se e
posteriormente a afastar-se, i.e., uma força de atracção e de repulsão é verificada entre a
vareta e o material. Aproximando, agora, o material ao pano de lã, há lugar a uma força
de atracção entre eles.
As forças exibidas são designadas por forças eléctricas, causadas pela presença de car-
gas eléctricas no material, na vareta de ebonite e no pano de lã. O facto de se verificarem
forças eléctricas de atracção e repulsão sugere a existência de dois tipos de carga: positi-
va e negativa.
A seguinte questão deve ser colocada. Como se explica este fenómeno? O facto de se
friccionar a vareta com o pano, leva a que se verifique uma transferência de cargas nega-
tivas para a ebonite, ficando esta com excesso de cargas negativas e o pano de lã despro-
vido destas cargas, i.e., com excesso de cargas positivas. Quando se aproxima o material
leve da vareta, verifica-se uma força de atracção entre eles. Caso se verifique o contac-
to, existirá uma transferência de parte da carga negativa da vareta para o material. Deste
modo os dois corpos passam a ter cargas com o mesmo sinal, o que origina uma força de
repulsão entre eles.
Como informação, refira-se que um electrão possui uma massa de 9.10956×10-31 Kg,
enquanto a do protão (neutrão) é 1840 vezes superior.
A unidade de carga é o Coulomb, em homenagem a Charles Coulomb, a primeira per-
sonalidade a realizar medições quantitativas credíveis da força entre duas cargas, cuja de-
finição é a seguinte: duas partículas pequenas, com cargas do mesmo tipo, que se encon-
trem no vácuo separadas de 1 m e que exerçam entre si uma força de repulsão de 10-7c2 N,
possuem uma carga idêntica de mais ao menos 1 C. A grandeza c representa a velocidade
da luz (2.997925×108 m/s).
A carga deve ser simbolizada por Q ou q, sendo a letra maiúscula reservada para a
carga invariável no tempo (constante) e a letra minúscula para o caso geral de uma car-
ga variável no tempo. Esta é também designada por valor instantâneo da carga, realçan-
do-se a sua dependência temporal ao representá-la na forma q(t).

CAPÍTULO 1. DEFINIÇÃO DE GRANDEZAS ELÉCTRICAS BÁSICAS, LEIS DE OHM E DE KIRCHHOFF 1


1.2 – CORRENTE
A ideia de transferência de carga ou carga em movimento, definida na secção anterior, é
de grande importância no estudo de circuitos eléctricos uma vez que, se é possível movi-
mentar carga de um lugar para outro, também é possível transferir energia de um pon-
to para outro.
Carga em movimento representa uma corrente. A corrente presente num percurso dis-
creto, p.ex., fio metálico, possui uma amplitude e direcção associadas, apresentando-se
como uma medida da taxa de movimento de carga, numa dada direcção. Especificando-
se um ponto de referência, podemos definir q(t) como sendo a carga total que passou por
esse ponto considerando-se um tempo inicial arbitrário t=0.
É possível, agora, considerar a taxa à qual se verifica a transferência de carga. Assim,
no intervalo de tempo variando de t a (t + Δt), a quantidade de carga transferida no pon-
to de referência variou de q para (q+Δq). Assim, a taxa de transferência de carga através
do ponto de referência, para um tempo t, é aproximadamente igual a Δq/Δt e, à medida
que o intervalo Δt decresce, o valor exacto desta taxa é dado pela derivada

 TW  'W   TW  'T


   (1.1)
 'W o 'W 'W o 'W

A corrente num dado ponto, fluindo numa direcção específica, pode ser definida como
a taxa instantânea com que carga positiva se move nessa direcção. Esta é simbolizada por
I ou i, pelo que


L  (1.2)


A unidade de corrente é o ampere (A) em homenagem a A. M. Ampère. Saliente-se


que o uso da letra minúscula está associado a um valor instantâneo.
A carga transferida entre o tempo to e t, pode ser representada através do integral
W

  ³  (1.3)
 WR

pelo que a carga total transferida, é o resultado da soma de q(to) com o integral da ex-
pressão (1.3):
W

 ³   (1.4)


WR

em que q(to) constitui a carga transferida até ao instante t=to.


A figura 1.1 ilustra três importantes formas de correntes. Uma corrente que se man-
tenha constante é designada por corrente contínua ou simplesmente corrente d.c. (ver
figura 1.1a). A corrente mostrada na figura 1.1b varia de forma sinusoidal com o tem-
po sendo, por isso, referida como corrente alternada ou corrente a.c. A figura 1.1c ilus-

2 ANÁLISE DE CIRCUITOS ELÉTRICOS


tra um andamento exponencial decrescente, caracterizando um comportamento tran-
sitório da corrente.

  

 

 
 

(a) (b) (c)


Figura 1.1 – Formas de corrente: (a) corrente contínua (dc); (b) corrente alternada sinusoidal (ac);
(c) corrente exponencial decrescente.

O símbolo gráfico para a corrente, consiste numa seta que é colocada próximo do con-
dutor. Assim, uma corrente positiva de 2 ampere, fluindo no sentido ilustrado na figu-
ra 1.2a, é o mesmo que representar uma corrente negativa de igual valor fluindo na dire-
ção oposta (fig.1.2b).

2A -2A

(a) (b)
Figura 1.2 – Dois processos de representação para a mesma corrente

Por convenção, a corrente é definida como o movimento de cargas positivas, apesar


de o fluxo de corrente em condutores metálicos resultar do movimento de electrões. Em
gases ionizados, soluções electrolíticas e em semicondutores, os elementos carregados po-
sitivamente constituem parte ou a totalidade da corrente. Assim, qualquer definição de
corrente concorda apenas em parte com a natureza física da condução.




(a) (b) (c)


Figura 1.3 – Representação da corrente: (a) e (b) incompletas (incorretas); (c) correta

Em resumo, para que uma corrente se apresente corretamente caracterizada num dado
circuito, é necessário ter em atenção o seguinte: a seta que simboliza a corrente, por si só,

CAPÍTULO 1. DEFINIÇÃO DE GRANDEZAS ELÉCTRICAS BÁSICAS, LEIS DE OHM E DE KIRCHHOFF 3


não indica a direção efectiva do fluxo de corrente, sendo apenas parte da convenção que
permite definir a corrente num condutor sem ambiguidade, pelo que a especificação da
amplitude é de essencial importância. A figura 1.3a-c, exemplifica o exposto.

1.3 – TENSÃO
Antes de se definir o que se entende por tensão, é conveniente adquirir, primeiramente,
a noção de elemento de um circuito, em termos gerais. Um elemento de circuito básico,
possuindo dois terminais, é representado na figura 1.4.
Existem dois percursos possíveis para a corrente no elemento. Vamos admitir que
uma corrente contínua é dirigida ao terminal A, percorre o elemento e sai no terminal
B. Assuma-se, também, que a passagem de carga através do elemento conduz a gasto de
energia. Isto significa que, para mover a carga do ponto A para o ponto B, é necessário a
acção de uma força eletromotriz. Pode-se referir, então, que existe uma tensão ou diferen-
ça de potencial entre os dois terminais, a qual identifica o trabalho necessário para mo-
ver uma carga positiva de 1C de um terminal para outro, i.e.,

dw AB
YAB = (1.5)
dq

A unidade de tensão é o Volt (V) e 1 V é o mesmo que 1 Joule/Coulomb. Em termos


de simbologia, a tensão é representada por V ou v.

B

Figura 1.4 – Elemento de um circuito genérico, caracterizado por um par de terminais.

É importante, agora, estabelecer uma convenção a partir da qual seja possível fazer a
distinção entre energia fornecida a um elemento por uma fonte externa e energia forne-
cida pelo próprio elemento a outros elementos existentes no circuito. Uma forma conve-
niente de o fazer, passa pela seleção da polaridade do terminal A em relação ao terminal
B. Assim, convenciona-se que, se uma corrente positiva entra no terminal A do elemento
e se uma fonte externa tem de desenvolver trabalho para estabelecer esta corrente então,
o terminal A é positivo em relação ao terminal B. Em termos gráficos, a tensão é indica-
da por um par de sinais +/- . Na figura 1.5a, por exemplo, a colocação do sinal + no ter-
minal A indica que este é 2 V volts positivo em relação ao terminal B. Na fig.1.5b, é ilus-
trada uma representação equivalente a (a), em que terminal B é -2 V positivo em relação
a A. Esta equivalência é facilmente demonstrado através da troca da polaridade dos ter-
minais (A, B) e do sinal da amplitude da tensão (- → +).

4 ANÁLISE DE CIRCUITOS ELÉTRICOS


A A -
+
 =2 V =-2V
+
-
B B

(a) (b)
Figura 1.5 – Representações equivalentes para a mesma tensão: (a) terminal A é 2 V positivo
em relação a B; (b) terminal B é -2 V positivo em relação a A.

A A A
+ +
 

- -
B B B

(a) (b) (c)


Figura 1.6 – Representação da tensão: (a) e (b) incompletas (incorretas); (c) correta.

À semelhança do exposto para a corrente elétrica, é importante referir que uma ten-
são ou ddp só é considerada devidamente caracterizada se apresentar a polaridade e am-
plitude. A figura 1.6 ilustra o exposto. Em resumo, os sinais +/- são parte integrante da
definição de uma tensão.

1.4 – POTÊNCIA
Embora a tensão e a corrente sejam as grandezas que regem o comportamento de um cir-
cuito elétrico, na prática, é usada uma outra grandeza, designada por potência, que para
além de caracterizar os equipamentos determina o valor da energia a pagar pelos consu-
midores. É importante definir, agora, uma expressão que traduza a potência absorvida
por um qualquer elemento de circuito, em função da tensão aplicada aos seus terminais
e da corrente que o percorre. Potência traduz a taxa à qual se verifica dispêndio de ener-
gia ao longo do tempo.

dw AB
S (1.6)
dt

Reportando-nos à figura 1.5a, como exemplo, verifica-se não ser possivel fazer con-
siderações acerca do processo de transferência de energia, enquanto o sentido da cor-
rente não for estabelecido. Vamos admitir que a seta que identifica a corrente é coloca-
da sobre o condutor que liga o terminal A, é dirigida para a direita e possui uma am-
plitude de +5 A. Então, nestas circunstâncias, diz-se que está a ser fornecida energia ao
elemento ou que o elemento obedece à designada convenção de sinal passivo (a corrente

CAPÍTULO 1. DEFINIÇÃO DE GRANDEZAS ELÉCTRICAS BÁSICAS, LEIS DE OHM E DE KIRCHHOFF 5


CAPÍTULO 4
CIRCUITOS RL E RC – RESPOSTA NATURAL

4.1 – INTRODUÇÃO
No capítulo III foi estudado o comportamento de bobinas e condensadores ideais. Foi re-
ferido, então, que esses elementos de circuito possuem a capacidade de armazenar ener-
gia. Neste capítulo, procurar-se-á quantificar e caracterizar o comportamento da corren-
te e tensão, como resultado do fornecimento da energia previamente armazenada numa
bobina ou condensador para um circuito puramente resistivo. Por questões de simplici-
dade, limita-se o estudo a circuitos contendo uma bobina e uma resistência (RL) e cir-
cuitos contendo um condensador e uma resistência (RC). Existindo no circuito mais de
que uma bobina (condensador), estes podem ser associados de modo a obter-se o equiva-
lente, de acordo com o exposto no capítulo III. O mesmo se aplica a elementos resistivos.
Para as duas configurações mencionadas (RL e RC), dois modos de alimentação dos
circuitos podem ser considerados: (i) Ausência de fontes independentes aplicada às con-
figurações; a resposta do circuito, designada por resposta natural, é determinada apenas
pela natureza dos elementos passivos, assumindo-se que previamente foi armazenada
energia nos elementos bobina ou condensador; (ii) uso de fontes independentes para ex-
citação dos circuitos em causa.
Na análise das diferentes configurações envolvendo os três elementos passivos a reali-
zar no capítulo IV, V e VI, serão apenas consideradas fontes dc. Para a caracterização da
resposta das configurações RL e RC, com e sem fontes de excitação independentes aplica-
das, serão usadas as leis de Kirchhoff de modo semelhante ao verificado aquando da aná-
lise de circuitos resistivos. Todavia, a aplicação das leis de K. aos circuitos RL e RC origi-
nam equações diferenciais, enquanto a sua aplicação em circuitos puramente resistivos
conduz a equações algébricas. A diferença reside apenas no facto de equações diferen-
ciais apresentarem um maior grau de dificuldade, do ponto de vista da resolução. Para os
circuitos em questão, as equações diferenciais são de primeira ordem, pelo que estes são,
também, conhecidos por circuitos de primeira ordem.
Neste capítulo aborda-se a resposta natural dos circuitos RL e RC, isto é, a resposta do
circuito (tensão e/ou corrente), é devida apenas à energia previamente armazenada nos
elementos bobina (condensador) e à natureza do circuito, visto não existirem quaisquer
fontes externas. Os circuitos em causa são largamente aplicados em sistemas de contro-
lo, de comunicações, eletrónicos e de energia.

CAPÍTULO 4. CIRCUITOS RL E RC – RESPOSTA NATURAL 77


RESPOSTA NATURAL:
Ausência de fontes: a resposta do circuito é devida apena à natureza dos elementos do circuito.

4.1 – RESPOSTA NATURAL DE UM CIRCUITO RL.


De acordo com o exposto, um circuito RL consiste na configuração série dos elementos
em causa, como se representa na fig. 4.1. A análise deste circuito tem por objetivo o cál-
culo da sua resposta. Tratando-se de um circuito série, é vantajoso iniciar a análise, cal-
culando a corrente que o percorre, uma vez que a caracterização das tensões na bobina e
resistência fica facilitada.

Figura 4.1 – Circuito RL: resposta natural

A fim de caracterizar a resposta do circuito da fig. 4.1, nomeadamente, calculando a evo-


lução da corrente e tensões mencionadas, aquando da libertação da energia armazena-
da na bobina, considere-se, o circuito mostrado na figura 4.2a. Assuma-se que a fonte de
tensão independente permaneceu ligada (através de um interruptor) à configuração RL
durante um largo período de tempo e que no instante t = 0, foi desligada, com a abertu-
ra do interruptor.

(a) (b)
Figura 4.2 – (a) Circuito de carga da bobina; (b) Circuito para t ≥ 0

Antes da abertura do interruptor, apenas existiam correntes dc no circuito. Nestas cir-


cunstâncias e de acordo com a Eq. (3.1), a bobina comporta-se como um curto-circui-
to, pelo que toda a corrente fornecida pela fonte vai passar pela bobina. Assim, da figura
4.2a, verifica-se que a corrente inicial na bobina é determinada pela relação entre a ten-
são da fonte e a sua resistência interna, i.e., i(0) = v/Ri = I0. No instante t = 0, o interrup-
tor é aberto, resultando o circuito da fig. 4.2b, para o qual se pretende avaliar as grande-
zas i(t) e v(t) para t ≥ 0.

78 ANÁLISE DE CIRCUITOS ELÉTRICOS


4.2.1 – Cálculo da corrente.
Para o cálculo de i(t), vamos aplicar a lei da tensão de Kirchhoff, ao circuito da fig. 4.2b,
usando o sentido de circulação especificado. Assim, somando as tensões ao longo do per-
curso fechado, vem:

R !  (4.1)

ou, usando a Eq. (3.1) e a lei de Ohm,

"
R !   (4.2)
"

A Eq. (4.2) é conhecida por equação diferencial de primeira ordem, pelo facto de conter
um termo envolvendo a derivada de uma grandeza. Como os coeficientes R e L são cons-
tantes, a equação (4.2) caracteriza uma equação diferencial com coeficientes constantes.
Assim, com vista à obtenção da solução para a corrente, mova-se o termo Ri e L para o
segundo membro e multiplique-se ambos os lados por dt. Assim,

" !
"    "  (4.3)
" R

Rearranjando (4.3), vem:

" !
 ") (4.4)
 R

Aplicando integrais a ambos os lados de (4.4),

+, 
" 
³     ( ³ "
+ ,
(4.5)


com i(to) identificando a corrente inicial e i(t) a corrente para o tempo t. Considerando
t0 = 0, então i(0) = I0, caracterizando a corrente (energia) inicial na bobina. Resolvendo
os integrais vem:

+, 
D       (4.6)
+., (

CAPÍTULO 4. CIRCUITOS RL E RC – RESPOSTA NATURAL 79


Aplicando o inverso do logaritmo resulta,

     7R (4.7)

Recorde-se que, de acordo com o circuito da fig. 4.2a, a corrente na bobina possui o va-
lor I0, antes da abertura do interruptor. Por outro lado, como foi exposto no capítulo III,
não se pode verificar uma variação instantânea da corrente numa bobina. Assim, a cor-
rente na bobina mantém o valor I0, no instante imediatamente após a abertura do inter-
ruptor. Deste modo, usando t=0- para caracterizar o tempo imediatamente antes da aber-
tura do interruptor e t=0+ para designar o tempo imediatamente após a abertura do in-
terruptor, então,

       (4.8)

Atendendo a que a corrente inicial I0 possui a mesma orientação que a corrente i (ver fig.
4.2b), da Eq. (4.7) resulta a seguinte solução para a corrente i(t),

    7(   ≥  (4.9)

Verifica-se que a corrente assume, inicialmente, o valor Io e decresce exponencialmente


com o tempo, como ilustrado na fig. 4.3.

+,
.

+,  .  7(
 .

Figura 4.3 – Resposta em corrente do circuito da figura 4.2b.

A taxa de decrescimento da corrente, é determinada pelo termo R/L. O inverso desta re-
lação é designada por constante de tempo (τ). Assim,

(
τ  (4.10)


Usando a constante de tempo, a Eq. (4.9) pode ser escrita na seguinte forma,

    Kτ  ≥  (4.11)

A constante de tempo, revela-se um parâmetro importante na medida da taxa de decai-


mento da corrente e na determinação da inclinação inicial da resposta da corrente. A taxa

80 ANÁLISE DE CIRCUITOS ELÉTRICOS


ANÁLISE DE CIRCUITOS
ELÉTRICOS
JAIME SANTOS

Sobre o Livro

Objetivos
Esta obra foi concebida com o objectivo de proporcionar uma introdução às técnicas fundamentais de
análise de circuitos elétricos a leccionar em cursos de engenharia eletrotécnica e similares.

Organização
O capítulo I, introduz as definições básicas de grandezas fundamentais, tais como, carga, corrente, tensão
e potência bem como a noção de elemento ativo e passivo, lei de ohm e leis de Kirchhoff.
No capítulo II, são apresentados métodos avançados de análise de circuitos, transformação de fontes,
equivalentes de Thévenin e de Norton e teorema da sobreposição.
No capítulo III, são abordados dois novos elementos de circuito: bobina e condensador; relações
tensão-corrente, potências e energias armazenadas, respetivas.
Nos capítulos IV, V e VI, é realizada uma primeira abordagem à análise da resposta de circuitos em
regime transitório (com fontes dc), no domínio do tempo, usando equações diferenciais.
O capítulo VII, introduz a análise sinusoidal em regime permanente. É dado ênfase à análise no
domínio fasorial.
No capítulo VIII, identificam-se as potências em circuitos AC em regime permanente.
No capítulo IX, são introduzidos os circuitos trifásicos equilibrados e as configurações possíveis. É
feita referência aos circuitos trifásicos desequilibrados e a sua análise usando as componentes simétricas.
O capítulo X, apresenta a metodologia de análise de circuitos com acoplamento magnético.
No capítulo XI, é processada a análise de circuitos RLC série e paralelo, quando alimentados por
fontes sinusoidais de frequência variável.
No capítulo XII, procede-se à análise de funções periódicas usando séries de Fourier. O capítulo
XIII, introduz a transformada de Laplace e a sua aplicação na análise de circuitos em regime transitório.
Finalmente, no capítulo XIV, procede-se à análise de circuitos contendo dois pares de terminais,
vulgarmente conhecidos por redes de dois portos ou quadripolos.

Sobre o autor

Jaime Santos, desenvolve a sua atividade pedagógica no Departamento de Engenharia Eletrotécnica e


de Computadores da Faculdade de Ciências e Tecnologia da Universidade de Coimbra, na qualidade de
Professor Associado. A atividade pedagógica do docente caracteriza-se pela lecionação de disciplinas
de circuitos elétricos e de disciplinas de nível avançado ligadas à investigação na área dos ultrassons,
nomeadamente, ultrassons no domínio médico e controlo não destrutivo de materiais, a qual se enquadra
no Centro de Engenharia Mecânica da Universidade de Coimbra (CEMUC).

Também disponível em formato papel

ISBN E-Book
978-989-723-187-2

www.engebook.com

Você também pode gostar

pFad - Phonifier reborn

Pfad - The Proxy pFad of © 2024 Garber Painting. All rights reserved.

Note: This service is not intended for secure transactions such as banking, social media, email, or purchasing. Use at your own risk. We assume no liability whatsoever for broken pages.


Alternative Proxies:

Alternative Proxy

pFad Proxy

pFad v3 Proxy

pFad v4 Proxy