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Cinturão Orogênico Van

Um cinturão orogênico é formado na convergência de placas tectônicas e contém zonas estruturais, litológicas e metamórficas. Os principais cinturões na África Austral incluem o Cinturão de Moçambique e o Cinturão do Zambezi.

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Cinturão Orogênico Van

Um cinturão orogênico é formado na convergência de placas tectônicas e contém zonas estruturais, litológicas e metamórficas. Os principais cinturões na África Austral incluem o Cinturão de Moçambique e o Cinturão do Zambezi.

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UNIVERSIDADE WUTIVI-UNITIVA

FACULDADE DE ENGENHARIA, ARQUITETURA E PLANEAMENTO FÍSICO

3ᵒ Ano Semestre Laboral (II) - GEOLOGIA APLICADA

Tectónica

TEMA:

Anatomia de um cinturão orogénico

Discentes:

Tavares Cipriano Ngonga.

Docente:

Dr. Daniel Balate

Boane,16 de novembro de 2020


 Cinturão orogênico

 Conceito de Orogênese: A orogênese ou orogenia é o conjunto de processos que


levam na formação ou rejuvenescimento de cadeias de montanhas, devido à deformação
compressiva da litosfera continental. A orogênese traz como consequência a formação de
dobramentos, cordilheiras ou fossas (SILVA e VAZ, 2012).
O processo de construção de um orogénio ou de orogéneses ocorre em margens
convergentes de placas.

 Cinturão Orogênico: também conhecidos como dobramentos modernos são


estruturas geológicas que se originaram em virtude das ações do tectonismo e
correspondem à formação de cadeias montanhosas, apresentando as maiores altitudes do
planeta. Em geral, são compostos por rochas magmáticas e metamórficas.
As cadeias montanhosas formadas por orogênese costumam ser lineares, e as rochas
que as constituem sofreram uma série de fenômenos característicos: dobras, falhas,
metamorfismo, atividade ígnea etc.

 Processo de formação de um cinturão orogênico: A orogênese sempre é


gerada nas bordas de placas convergentes. Basicamente, o fenômeno envolve,
dependendo do tipo de placa tectônica envolvida na colisão, a geração de uma Zona de
Subducção, gerada pela placa que mergulha no manto e na formação de cordilheira
marginal a esta zona.
Quando há a colisão de placas, uma delas mergulha no manto e é consumida, devido
às altas temperaturas, enquanto que a outra é soerguida, formando uma cordilheira
montanhosa (A e B) ou as duas são soerguidas (C).
• Quando a colisão envolve uma placa oceânica e outra continental, a placa oceânica
mergulha, gerando uma zona de subducção, enquanto que a continental é soerguida,
formando uma cordilheira montanhosa.
• Quando a colisão é do tipo oceânica x oceânica, a placa oceânica mais densa mergulha,
formando uma zona de subducção e outra é soerguida, mas a cordilheira formada não é
muito elevada.
• E quando é do tipo continental x continental não é gerada uma zona de subducção, pois
as duas são leves e formam cordilheiras monumentais.

 Anatomia de um cinturão orogênico:


1. Zonas Estruturais :
• Prisma acrescionário : Consiste numa cunha formada por rochas
metasedimentares e metabasaltos deformadas por tectônica de empurrão
contra a placa em subducção.
• Arco Ígneo : Quando a placa descendente atinge cerca de 100 km de profundidade
começa a derreter. O magma invade a crosta, criando batólitos e uma cadeia de

montanhas vulcânicas. O arco compreende também o trecho entre a cadeia de vulcões e a


bacia anti-arco.
• Foreland: Consiste em uma acumulação de sedimentos, aqui metamorfismo é suave,
mas a compressão da crosta resulta em dobramento e cavalgamento.
• Cratão: Este é o interior estável do continente. Pode ser finamente envolvida com
rochas sedimentares ou ter grandes áreas de rochas ígneas e metamórficas antigas.

2. Zonas litológicas:
 eugeocline: Muitas vezes, mostram evidências de deposição em um ambiente instável,
como evidência de fluxos de turbidez ou deslizamentos submarinos. Este tipo de depósito
é conhecido como flysch. Essas rochas são típicas de um aumento continental ou
ambiente de trincheira.
 Miogeocline: Como o Cinturão de montanhas aumenta, grandes espessuras de arenito
e conglomerado são depositados em seus flancos.
Estas rochas são tipicamente de águas superficiais ou terrestres, muitas vezes de cor
vermelha, e são chamados de depósitos melasses.
 Plataforma: O interior estável do continente geralmente é coberto por camadas finas de
rochas sedimentares terrestres ou de águas superficiais.
 Escudo: Áreas onde rochas cristalinas antigas estão expostas. Todos os continentes têm
pelo menos um escudo. O escudo e a plataforma adjacente junta formam o cratão.

3. Zonas metamórficas:
 Metamorfismo xisto verde-anfibolito: A ascenção do magma a partir da placa
descendente aquece a crosta, resultando em metamorfismo xisto verde e anfibolito no
arco ígneo.
 Metamorfismo granulito: Ocorre nas profundezas da crosta quase todos os lugares
simplesmente devido ao gradiente geotérmico normal. A temperaturas muito elevadas, as
rochas tornam-se muito desidratadas; mesmo mica moscovite quebra para feldspato
potássico e anfíbola para piroxénio.
 Metamorfismo xisto azul : A alta pressão e baixa temperatura, no entanto, feldspato
albite quebra e forma o piroxênio jadeite e anfíbolas como glaucophane e aegerine. As

anfíbolas são azuladas, daí o termo “xisto azul”. Na maioria dos cinturões orogênicos
essas rochas, eventualmente, foram aquecidas ao grau xisto verde, e só vemos os lugares
onde ela ainda não aconteceu.

 Metamorfismo eclogito : A cerca de 100 km de profundidade, piroxénio, olivina e


plagioclásio recristalizam a uma forma mais densa para produzir piroxénio sódico e
granada. As altas temperaturas inibem a recristalização de rochas para formas mais
densas porque causam expansão dos materiais. Assim metamorfismo eclogito ocorre em
profundidades superficiais na placa descendente.

 Principais cinturões móveis e cratões na Africa Austral

 Cinturão de Moçambique: O Cinturão Moçambicano, ou “Mozambique Belt” (MB) é


um cinturão orogênico com direção aproximadamente N-S, exposto no flanco oriental do
Cratão da Tanzânia, que se estende a partir do norte do Kenya, Uganda e Etiópia, para o
sul até Moçambique, onde ocupa o flanco oriental do Cratão do Zimbabwe.
Caracterizado por rochas granitoides de alto-grau, interpretadas como oriundas de
margens deformadas de continentes em colisão.
 Cinturão do Zambezi: O Cinturão do Zambezi, com direções estruturais próximas de E-
W, situa-se ao longo da margem setentrional do Craton do Kalahari, como extensão dos
cinturões orogênicos Pan Africanos Damara e Lufiliano.
Estrutura dominante na região é um empurrão com vergência para Sul, em que as
rochas supracrustais sofreram metamorfismo em condições de facies anfibolito durante a
fase principal da orogenia Pan-Africana, entre 550 e 530 Ma, temporalmente coincidente
com o metamorfismo de alto grau datado em Malawi e no norte de Moçambique.

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