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Roteiro Punção Venosa

O documento fornece instruções sobre como realizar corretamente uma punção venosa, incluindo escolher o local adequado, preparar o paciente e o local da punção, realizar a coleta de sangue com cuidado e orientar o paciente após o procedimento.
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CENTRO UNIVERSITÁRIO DE PATOS DE MINAS

DISCIPLINA: PRÁTICA FUNCIONAIS – MÓDULO I


Profa.: Paula Marynella Lima
Natália Tafuri
Rosiane Gomes

Punção Venosa

Uma das principais finalidades dos resultados dos exames laboratoriais é reduzir as dúvidas que
a história clínica e o exame físico fazem surgir no raciocínio médico. Para que o laboratório clínico possa
atender, adequadamente, a este propósito, é indispensável que todas as fases do atendimento ao
paciente sejam desenvolvidas seguindo os mais elevados princípios de correção técnica, considerando a
existência e a importância de diversas variáveis biológicas que influenciam, significativamente, a
qualidade final do trabalho.
Atualmente, tem se tornado comum a declaração de que a fase pré-analítica é responsável por
cerca de 70% do total de erros ocorridos nos laboratórios clínicos. A fase pré-analítica inclui a indicação
do exame, redação da solicitação, transmissão de eventuais instruções de preparo do paciente, avaliação
do atendimento às condições prévias, procedimentos de coleta, acondicionamento, preservação e
transporte da amostra biológica até o momento em que o exame seja, efetivamente, realizado. Para a
coleta de sangue para a realização de exames laboratoriais, é importante que se conheça, controle e, se
possível, evite algumas variáveis que possam interferir na exatidão dos resultados.
A escolha do local de punção representa uma parte vital do diagnóstico. O local de preferência
para as venopunções é a fossa antecubital, na área anterior do braço em frente e abaixo do cotovelo,
onde está localizado um grande número de veias, relativamente próximas à superfície da pele. As veias
desta localização variam de pessoa para pessoa, entretanto, há dois tipos comuns de regimes de
distribuição venosa: um com formato de H e outro se assemelhando a um M. O padrão H foi assim
denominado devido às veias que o compõem (cefálica, cubital mediana e basílica) distribuírem-se como
se fosse um H, ele representa cerca de 70% dos casos. No padrão M, a distribuição das veias mais
proeminentes (cefálica, cefálica mediana, basílica mediana e basílica) assemelha-se à letra M.
Embora qualquer veia do membro superior que apresente condições para coleta possa ser
puncionada, as veias cubital mediana e cefálica são as mais frequentemente utilizadas. Dentre elas, a
veia cefálica é a mais propensa à formação de hematomas e pode ser dolorosa ao ser puncionada.
Quando as veias desta região não estão disponíveis ou são inacessíveis, a veias do dorso da mão
também podem ser utilizadas para a venopunção. Veias na parte inferior do punho não devem ser
utilizadas porque, assim como elas, os nervos e tendões estão próximos à superfície da pele nessa área.
Locais alternativos, tais como tornozelos ou extremidades inferiores, não devem ser utilizados sem a
permissão do médico, devido ao potencial significativo de complicações médicas, por exemplo: flebites,
tromboses ou necrose tissular. Já no dorso da mão, o arco venoso dorsal é o mais recomendado por ser
mais calibroso, porém a veia dorsal do metacarpo também poderá ser puncionada.
Sociedade Brasileira de Patologia Clínica - Medicina Laboratorial para coleta de sangue venoso.

PROTOCOLO:

Seguir com rigor a metodologia proposta para que não ocorram erros na execução e acidentes com
perfurocortantes.

• Verificar a solicitação do médico e o cadastro do pedido;


• Apresentar-se ao paciente, estabelecendo comunicação e ganhando sua confiança;
• Explicar ao paciente ou ao seu responsável o procedimento ao qual o paciente será submetido;
• Realizar a identificação dos pacientes: Conscientes: confirmar os dados pessoais, comparando-
os com aqueles do pedido. Se o paciente estiver internado, fazer a comparação com o seu
bracelete de internação; inconscientes, muito jovens ou que não falam a língua do flebotomista:
confirmar os dados cadastrais com o acompanhante ou equipe da enfermagem assistencial,
anotando o nome da pessoa que forneceu as informações; semiconscientes, comatosos ou
dormindo: o paciente deve ser despertado antes da coleta de sangue. Em situação de paciente
internado, se não for possível identificá-lo, entrar em contato com o enfermeiro ou médico-
assistente. Em pacientes comatosos, cuidado adicional deve ser tomado para prevenirem
movimentos bruscos ou vibrações, enquanto a agulha estiver sendo introduzida ou quando já
estiver inserida na veia;
• Verificar se as condições de preparo e o jejum do paciente estão adequados;
• Conferir e ordenar todo o material a ser usado no paciente, de acordo com o pedido médico (tubo,
gaze, torniquete etc.). Essa identificação dos tubos deve ser feita na frente do paciente;
• Abrir o lacre da agulha de coleta e da seringa em frente ao paciente;
• Rosquear a agulha no adaptador da seringa;
• Fazer a assepsia das mãos, conforme recomendação do Centers for Disease Control and
Prevention (CDC) no documento sobre “Diretriz para Higiene de Mãos”;
• O flebotomista deve calçar as luvas com cuidado, para que não rasguem. Devem ficar bem
aderidas à pele, para que não perca a sensibilidade no momento da punção;
• Posicionar o braço do paciente, inclinando-o para baixo, a partir da altura do ombro;
• Se o torniquete for usado para seleção preliminar da veia, fazê-lo apenas por um breve momento,
pedindo ao paciente para fechar a mão. Localizar a veia e, em seguida, afrouxar o torniquete.
Esperar 2 minutos para usá-lo novamente;
• Não aplicar, no momento de seleção venosa, o procedimento de “bater na veia com dois dedos”.
Esse tipo de procedimento provoca hemólise capilar e, portanto, altera o resultado de certos
analitos;
• Para antissepsia recomenda-se usar um algodão umedecido com etanol 70%, comercialmente
preparado;
• Limpar o local com um movimento circular do centro para fora;
• Permitir a secagem da área por 30 segundos para prevenir hemólise da amostra e reduzir a
sensação de ardência na venopunção. Não assoprar, não abanar e não colocar nada no local.
Não tocar novamente na região após a antissepsia. Se a venopunção for difícil de ser obtida e a
veia precisar ser palpada novamente para efetuar a coleta, o local escolhido deve ser limpo
novamente;
• Ao garrotear, pedir ao paciente que feche a mão para evidenciar a veia. Posicionar o torniquete
com o laço para cima, a fim de evitar a contaminação da área de punção;
• Não apertar intensamente o torniquete, pois o fluxo arterial não deve ser interrompido. O pulso
deve permanecer palpável;
• Retirar a proteção que recobre a agulha hipodérmica;
• Fazer a punção numa angulação oblíqua de 30°, com o bisel da agulha voltado para cima. Se
necessário, para melhor visualizar a veia, esticar a pele com a outra mão (longe do local onde foi
feita a antissepsia).
• Quando o sangue começar a fluir dentro da seringa, tirar o torniquete o braço do paciente;
• Aspirar devagar o volume necessário, de acordo com a quantidade de sangue requerida na
etiqueta dos tubos a serem utilizados (respeitar, ao máximo, a exigência da proporção
sangue/aditivo). Aspirar o sangue, evitando bolhas e espuma, com agilidade, pois o processo de
coagulação do organismo do paciente já foi ativado no momento da punção;
• Após a coleta do sangue, remover a agulha e fazer a compressão no local da punção, com algodão
ou gaze secos;
• Exercer pressão no local, em geral, de 1 a 2 minutos, evitando-se, assim, a formação de
hematomas e sangramentos. Se o paciente estiver em condições de fazê-lo, orientá-lo
adequadamente para que faça a pressão até que o orifício da punção pare de sangrar;
• Descartar a seringa com agulha imediatamente após sua remoção do braço do paciente, em
recipiente para materiais perfurocortantes;
• Tenha cuidado com a agulha para evitar acidentes perfurocortantes;
• Descartar a agulha imediatamente após sua remoção do braço do paciente, em recipiente
adequado, sem a utilização das mãos (de acordo com a normatização nacional – não desconectar
a agulha – não reencapar);
• Fazer curativo oclusivo no local da punção;
• Orientar o paciente a não dobrar o braço, não carregar peso ou bolsa a tiracolo no mesmo lado
da punção por, no mínimo, 1 hora, e não manter a manga dobrada, pois pode funcionar como
torniquete;
• Certificar-se das condições gerais do paciente perguntando se está em condições de se locomover
sozinho. Em caso afirmativo, entregar o comprovante de retirada do resultado ao paciente para,
em seguida, liberá-lo.

Exercícios

1- Qual o grau ideal de angulação para coleta venosa?


2- Quais os locais de preferência para a venopunção?
3- Quais áreas devem ser evitadas na venopunção?

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