Capítulo 1 – BANCO DE DADOS

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1. Introdução

Vamos entender os conceitos fundamentais de um Banco de Dados, quais são suas

principais características e utilização. Mas antes disso é preciso entender a
diferença entre dado, informação e conhecimento.

Segundo TOREY et al (2007):

• Dado: é o componente básico de um arquivo, é um elemento com um

significado no mundo real, que compõe um sistema de arquivos. Como
exemplo, podemos citar nome, sobrenome, cidade, bairro e outros.
• Informação: após a interpretação dos dados, é possível associar um
significado aos dados ou processa-los. Normalmente a informação vem de
convenções utilizadas por pessoas por meio de associações aos dados.
• Conhecimento: todo discernimento, obtido por meio de critérios, e apreciação
aos dados e informações.

Como vimos, o dado é um componente básico para compor arquivo.

2. Dados, Registros e Arquivos

O registro nos dará uma informação completa, pois ele é formado por uma
sequência de dados juntos. Um exemplo de registro é a ficha de cliente de uma loja
que deve conter seus dados pessoais tais como:

Ficha do Cliente (Registro) Arquivo de Clientes

• nome,
• sobrenome,
• RG,
• CPF,
• Endereço.

O que dizemos para o cliente quando

pedimos para preencher uma ficha,
dizemos “insira seus dados’.

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Dados – Informação - Conhecimento

3. Mas o que é um banco de dados?

O termo banco de dados, no sentido técnico, origina-se de database, do inglês, e o

livro-texto de edição norte-americana mais adotado no mundo o define de maneira
simples e direta: “banco de dados é uma coleção de dados relacionados” (ELMASRI;
NAVATHE, 2019), em que dados são fatos conhecidos que podem ser registrados e
possuem significado implícito.

4. O que é um banco de dados relacional?

Um banco de dados relacional é um tipo de banco de dados que armazena e

fornece acesso a pontos de dados relacionados entre si. Bancos de
dados relacionais são baseados no modelo relacional, uma maneira intuitiva e direta
de representar dados em tabelas. Em um banco de dados relacional, cada linha na
tabela é um registro com uma ID (identificador) exclusivo. As colunas da tabela
contêm atributos dos dados e cada registro geralmente tem um valor para cada
atributo, facilitando o estabelecimento das relações entre os pontos de dados.

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Em 2010, com a aquisição da Sun Microsystems, uma grande empresa de hardware

tradicionalmente incentivadora de projetos de software livre, a Oracle incorporou
entre seus produtos o MySQL, um SGBD (Sistema de Gerência de Banco de Dados)
relacional de reconhecida liderança na comunidade de desenvolvimento de sistemas
para a Web. O SGBD MySQL, associado ao sistema operacional Linux, ao servidor
Web Apache e à linguagem de programação PHP, formou o quarteto de software
conhecido pela sigla LAMP, de grande sucesso no desenvolvimento de aplicações
Web até os dias atuais.

O PostgreSQL e o MySQL são os SGBDs mais utilizados no aprendizado dos

bancos de dados relacionais pela sua popularidade e pelo fato de disponibilizarem
versões com licença e documentação livres.

5. E o que são esses outros modelos de banco de dados, além do relacional?

Não resta dúvida de que o modelo relacional se firmou no mundo corporativo, sendo
utilizado na grande maioria dos sistemas de informação empresariais pela sua
popularidade e robustez dos produtos disponíveis ao longo de décadas de
desenvolvimento, bem como pela padronização e pelo uso da linguagem de consulta
e manipulação de dados SQL.

Entretanto, existem aplicações em sistemas de informação que requerem muito mais

recursos de armazenamento e manipulação de dados do que as tabelas do modelo
relacional, em especial aplicações Web e de cunho científico que processam
grandes quantidades de dados em formatos diversos, com as atuais tendências
como Big Data, Internet of Things e Data Science.

Assim, vários modelos de banco de dados não relacionais vêm surgindo no

mercado, sendo denominados de NoSQL, termo traduzido como “Não SQL” ou “Não
somente SQL” (de Not Only SQL), bancos de dados que não utilizam tabelas. São,
de fato, bancos de dados que não adotam o modelo relacional de dados e, portanto,
não usam a linguagem SQL, embora alguns possuam implementações do comando
SELECT da SQL para fins de compatibilidade de linguagem de consulta com os
bancos de dados relacionais.

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6. O Modelo Relacional de Banco de Dados

Características do Modelo Relacional:

• Uma tabela não pode conter linhas repetidas, conceito chave primária;
• Uma tabela pode ser acessada por qualquer coluna;
• O relacionamento entre tabelas não existe fisicamente, as tabelas são
distintas e o relacionameto é lógico;

7. Componente do Modelo Relacional

Relação -> cada linha na tabela é um registro com uma ID exclusivo.

Os dados são armazenados em relações, ou seja, tabelas.

Relação = Tabela

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Atributos -> As colunas da tabela são chamadas atributos da relação. Abaixo temos
3 atributos:

• ID
• NOME
• ID_REGIAO

Atributo = Coluna

Domínio (tipo do campo) -> é o conjunto de valores válidos para um determinado

atributo.

Valores dos Atributos = Domínio

• O atributo ID tem como domínio os números inteiros, da mesma forma para

atributo ID_REGIAO.
• O atributo NOME tem como domínio string, conjunto de caracteres que
formam palavras.

OBS.: Quando criamos uma tabela temos que determinar o tipo da coluna.

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Esquema -> Conjunto de atribuído da tabela, descreve a estrutura da tabela. É

relativamente estável e não muda ao longo do tempo, eventualmente quando a
necessidade criar uma coluna, por exemplo.

Conjunto de Atributo = Esquema

Tupla -> Como sabemos tabelas possuem linhas, e no modelo relacional são
chamadas de Tupla. A Tupla tem os dados do banco de dados.

Tupla = Linha

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Instância -> O conjunto de linhas da tabela formam sua Instância.

Conjunto de Tuplas = Instância

O conjunto de Instâncias de todas as tabelas forma o banco de dados propriamente

dito.

Ao contrário do Esquema a Instância muda ao longo do tempo, ou seja, para cada

novo dado inserido será criado uma nova linha (Tupla) e a Instância muda,
permanecendo a estrutura (Esquema).

Campo -> é o encontro de uma linha com uma coluna.

Campo = Encontro de Linha e Coluna

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Temos o Valor que é o conteúdo do campo. No exemplo abaixo o Valor é

OPERAÇÕES.

Conteúdo do Campo = Valor

Nulo -> é um campo que não tem valor.

Campo sem Conteúdo = Nulo

OBS.: Nulo não é valor, é ausência de valor.

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Chave Primária (Simples) -> A Primary Key (PK) tem um único atributo, temos
como exemplo a imagem abaixo o atributo ID. Os campos devem ter preenchimento
obrigatório e não pode ser nulo.

Chave Primária Simples

No exemplo abaixo o atributo ID não serve como chave primária, não é possível
identificar a linha.

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Chave Primária Composta -> é utilizada quando agrupamos dois ou mais atributos
formando assim a chave primária composta.

Chave Primária Composta

Chave Candidata -> é um atributo que tem as características de ser única e

preenchimento obrigatório. Podendo ser uma chave primária da tabela os atributos
ID ou NOME.

Chave Candidata

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Chave Estrangeira -> A Foreign Key (FK) é ligação de uma tabela com outra tabela,
fazendo com que a chave primária de uma tabela seja exportada para outra tabela.

Na imagem abaixo a tabela “TABELA DEPARTAMENTO” tem como chave primaria o

atributo ID e chave estrangeira o atributo ID_REGIAO.

Na tabela “TABELA REGIÃO” temos o atributo ID como chave primária que é

exportado para o atributo “ID_REGIAO” da tabela “TABELA DEPARTAMENTO”.

Foreign Key

AMPLIANDO O CONHECIMENTO

Qual o nome da linguagem de consulta e manipulação de banco de dados que se

tornou sinônimo do modelo relacional de banco de dados?

a) PostgreSQL
b) MySQL
c) SQL
d) SQL Server

Todas as demais alternativas referem-se a nomes de SGBDs (Sistema de Gerência

de Banco de Dados) que implementam o modelo relacional e, portanto,
implementam a linguagem SQL (Structured Query Language), chegando a confundir
o nome do produto com a linguagem.

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